EGRÉGORA provém do grego “egrégoroi” e designa a força gerada pelo somatório de energias físicas, emocionais e mentais de duas ou mais pessoas, quando se reúnem com qualquer finalidade.
EGRÉGORA: A força gerada pelo somatório da energia de duas ou mais pessoas, que se reúnem com qualquer finalidade.
Por causa da Egrégora, Grupos Iniciáticos costumam se reunir sempre nos mesmos dias e horários da semana. Desta maneira, mesmo se um membro não puder comparecer, ele pode emanar pensamentos para colaborar na Grande Obra. O simples fato dele se posicionar mentalmente dentro do templo durante o período de trabalho já o coloca em sintonia com a egrégora que estiver ativada.
Qual é o coletivo dos pensamentos?
“Diz-me com quem andas e dir-te-ei quem és. Saiba eu com que te ocupas e saberei também no que te poderás tornar.” - Johann Wolfgang von Goethe -
Uma Egrégora representa o conjunto de formas-pensamento de duas ou mais pessoas, voltado para uma determinada finalidade. O conhecimento a respeito de Egrégora talvez seja uma das coisas mais importantes. A Egrégora forma o coração e o espírito de todas as Ordens Iniciáticas e profanas. É ela quem protege e auxilia em nos trabalhos.
Embora a palavra não exista em nosso idioma, não ser listada em nossos dicionários, e o seu aparecimento na maçonaria tenha acontecido nos anos 80, a egrégora existe desde os primórdios da humanidade, desde o aparecimento da criatura humana.
A utilização do Termo Egrégora pode gerar aos pesquisadores diferentes compreensões, mas afinal o que exatamente significa Egrégora?
Segundo as doutrinas que aceitam a existência de egrégoros, estes estão presentes em todas as coletividades, sejam nas mais simples associações, ou mesmo nas assembleias maçônicas e religiosas, gerado pelo somatório de energias físicas, emocionais e mentais de duas ou mais pessoas, quando se reúnem com qualquer finalidade.
Algumas definições são bastante enfáticas: “Palavra que se tornou popular entre os espiritualistas, significa a aura de um local onde há reuniões de grupo, e também a aura de um grupo de trabalho”
Outras definições são mais exóticas: “Egrégoras são entidades autônomas, semelhantes a uma classe de “devas” que se formam pela persistência e a intensidade das correntes mentais realizadas nos centros verdadeiramente espiritualistas; pois nos falsos tais criações psicomentais se transformam em autênticos monstros, que passam a perseguir seus próprios criadores, bem como os frequentadores desses centros”.
Egrégora, provém do grego “egregoroi”, do latim “gregariu”, do celta “egregor”, do francês “égrégor”, do alemão “eggregore”, do finlandês “egregoi”…
Egrégora, ou egrégoros para outros, (do grego egrêgorein, velar, vigiar), é como se denomina a entidade criada a partir do coletivo pertencente a uma assembleia.
A definição um pouco mais clássica: “designa a força gerada pelo somatório de energias físicas, emocionais e mentais de duas ou mais pessoas, quando se reúnem com qualquer finalidade. A egrégora acumula a energia de várias frequências. Assim, quanto mais poderoso for o indivíduo, mais força estará emprestando a egrégora para que ela incorpore às dos demais”.
Vem a ser uma “forma-pensamento?
Existem dimensões físicas fora do que chamamos “plano material”, que os ocultistas dominam há séculos, mas que os cientistas ortodoxos ainda estão engatinhando em suas experiências. Nestas outras faixas vibratórias residem os pensamentos, emoções e conceitos, além dos chamados “fantasmas” ou “espíritos”. O plano sutil mais próximo do Plano Material é o Plano Astral.
Uma egrégora é o conjunto é a somatória de energias mentais, de formas-pensamento criadas por um grupo ou agrupamentos, com uma mesma finalidade. Como disse a bíblia, “Onde dois ou mais se reunirem em meu nome, eu estarei entre eles”. Ou seja: quando duas ou mais pessoas se reúnem ao redor de um único objetivo, estas formas-pensamento se somam e geram algo maior, mais dinâmico. E quanto mais concentrados, intensos e constantes forem estes pensamentos, maior o campo de atuação desta egrégora. Aqui está o segredo e a base da Ritualística, ou seja, da repetição. Aliás, a título de curiosidade, “ritual” vem do grego “Arithmos”.
Se considerarmos esta como sendo uma definição mais ou menos válida, podemos tecer algumas conclusões.
Se a Egrégora é a somatória de energias, não há limites para que nível de frequência seja a sua fonte criadora, assim pode existir em potencialidade Egrégoras com frequências elevadas e egrégoras com frequências vibratórias menos elevadas ou se preferirem “negativas”.
A existência de diferentes frequências reforça a antiga lei da dualidade entre o positivo e o negativo, ou ainda entre o claro e o escuro e o bem e o mal, embora esta última definição careça de uma analise mais profunda.
Se for então verdadeiro que a somatória de forças vibratórias ressonantes se soma no Éter é provável que esta força criada seja capaz de prover seus geradores de potencialidades, esta hipótese se confirma pela manifestação material do que pode se chamar de energia construtiva (ou destrutiva) dos diversos grupos religiosos, esotéricos ou metafísicos.
Quer me parecer que o mais correto seria considerarmos a hipótese de que realmente possa existir uma Egrégora positiva construtiva, assim como pode haver uma egrégora negativa ou destruidora, até porque, se existe como conhecemos uma arvore da vida cuja existência representa o caminho da queda e da reintegração em ultima analise, também devemos considerar que para que esta arvore exista e permaneça ereta é necessário raízes ou outra arvore imersa na escuridão da terra. Em ultima analise o bem e o mal competem para o equilíbrio das forças. Alias o equilíbrio é o objetivo e não o caminho entre os extremos.
Talvez a pergunta mais enfática seja: qual é exatamente a fonte geradora desta energia potencial que anima e mantém uma Egrégora? Como fisicamente isto ocorre? Como as energias vibram em ressonância?
A resposta talvez esteja na Constância, na geração uniforme e linear da mesma e única energia. Como isto pode acontecer?
Possa aí estar depositada a tradição do ritual e das cerimônias Templárias das diferentes tradições, inclusive a Martinista. Tal qual um gerador ou dínamo, a permanência do eixo girando sempre no mesmo sentido, velocidade e harmonia é garantia da geração da energia elétrica que é o seu resultado.
O trabalho templário regular, constante, harmônico somado aos interesses superiores de seus praticantes é a fonte geradora de um nível vibratório elevado, alimentador constante de uma Egrégora capaz de gerar paz, evolução espiritual e conhecimento aos que dela usufruem.
Esta tese também responde a uma questão importante, diz a tradição Martinista que para trabalhar no caminho do equilíbrio não é permitido a “venda”, negociação ou pagamento de graus ou conhecimentos, ou seja, num grupo Martinista o dinheiro não pode e não deve ser uma preocupação, muito menos um objetivo, tais necessidades dentro de um Templo prejudicaria a própria energia potencialmente criadora.
Se os Martinista almejam um dia virem a ser os Soldados de Nosso Senhor, os Guardiões do Vaso Sagrado, os Sentinelas do Santo Sepulcro, certamente devem primeiro ser os combatentes fervorosos do Bem sobre o mal, das virtudes sobre os vícios, da riqueza espiritual sobre a mediocridade material.
Se isto não é possível em cada segundo de sua vida, uma vez que estamos invariavelmente imersos num mundo globalizado e repleto de necessidades sociais, que o seja pelo menos em espírito, na vontade, em seu Templo.
Sempre e Sempre para a Glória de Yeschouá o Grande Arquiteto do Universo!
A Egrégora Maçônica
O nosso Irmão Castellani, discorda do culto à egrégora maçônica, por julgá-la um termo novo em nossa Ordem e, quem somos nós para contestá-lo? Acontece que há duas correntes entre os escritores maçônicos, os ocultistas e os mais tradicionalistas, que crêem apenas no palpável.
Eu sou ledor, admirador e seguidor do “castelanismo”, por entender que o irmão Castellani é o “papa” dos escritores maçônicos, mas, creio nas coisas que podemos ver, desde que vemos os seus efeitos; é apenas uma questão de ponto de vista.
Nós somos por células, e estas por átomos, moléculas e núcleos e, em sendo assim, somos um condensador de energia; somos um corpo energizado. Sabemos também que a energia pode ser positiva, ou negativa, dependendo, no caso do ser humano, do seu estado de saúde física, e ou psíquica Eric Bern, em Relações Transacionais (psicologia) afirma que a peso pode estar OK, ou não OK. Querendo dizer, positiva, ou negativa.
Quando estamos com a saúde perfeita, bem com a família, bem com os irmãos da Ordem, nós estamos positivos, e em caso contrário, estamos negativos, é claro.
Já existe prova científica da existência da aura humana, vista através da fotografia Kirlian, que mostra a nossa aura com as suas cores e segundo os doutos no assunto, são as cores que determinam o estado de saúde física e ou psíquica, da pessoa no momento. Hoje já se conhece a cromoterapia, ou seja, a cura através das cores, mas por ser uma ciência nova, ainda é um pouco desacreditada.
É claro, lógico, matemático, óbvio, evidente e axiomático, (pleonasmos à parte) que não detenho provas científicas da existência da Egrégora, e expresso apenas o conhecimento empírico, como o meu modo de pensar, de ver, de acreditar. Acredito que a egrégora seja a soma algébrica das auras positivas e negativas das pessoas que estejam num determinado local. Como exemplo, na formação de uma Cadeia de União, as auras positivas anulam as negativas e daí se forma a egrégora positiva. No caso das auras negativas serem em número maior do que as positivas, a egrégora será negativa ou não se formará.
Podemos verificar isto quando estamos em um ambiente que deveria ser de alegria, uma festa, mas, as pessoas não se congregam, de uma ou de outra maneira e o ambiente se torna tenso, pesado. As vezes numa sessão maçônica nós sentimos que a coisa não foi bem, não foi positiva. Talvez a causa seja o número de auras negativas maior do que as positivas dos irmãos ali presentes.
Entendo pois, que a egrégora é a congregação de várias pessoas voltadas para um pensamento afim, que a egrégora maçônica é formada pelo desejo dos irmãos voltados para o seu semelhante, é o desejo da liberdade, da igualdade e da fraternidade, tríade de sustentação na formação de uma sociedade justa e perfeita.
Egrégora – Fenômeno da Força Incógnita
Com a vontade pura e a retidão de propósitos deverá estar o Iniciado Maçom revestido ao ingressar junto à soleira do Templo para início de mais uma jornada de trabalho. Esotericamente o fará sempre com o lado esquerdo ligeiramente avançado para que os caminhos do magnetismo destrocêntrico possam se manifestar com maior amplitude já logo de sua chegada para o convívio inicial com seus irmãos que o aguardam.
Quanto mais se repete a ritualística, maior e mais forte é a Egrégora; Quanto mais concentração se coloca nos pensamentos, maior e mais forte é a Egrégora; quanto mais emoção se coloca nesta ritualística, mais forte é a Egrégora. Em algum tempo, este verdadeiro colosso de energia mental, emocional, espiritual adquire “vida própria” e passa a auxiliar a causa para qual aquele grupo trabalha.
Começa a ser desencadeada nesta hora, quando não por vontade própria, mas por dever anímico, o maçom deverá entrar em um processo de “escaneamento das impurezas profanas”, senão extirpando, pelo menos lutando para cauterizar de seu âmago as amarguras da vida externa.
É bom notar que não apenas pessoas no Plano Material colaboram com a Egrégora, mas também as Pessoas que estiverem no Plano Astral (é extremamente comum que antigos mestres que já faleceram continuem a participar de reuniões dentro das ordens e instituições que faziam parte).
É nessa hora que o primeiro passo, de um fenômeno que adiante será descrito começa a se apontar. Daí, temos a importância do sentido de introspecção de que o maçom deve estar imbuído, pois o elo que nos une como se verdadeiros irmãos fôssemos, começará dentro da mística maçônica a se formar. Os comportamentos profanos nesta hora hão de cessar para dar lugar senão ao respeito à cerimônia que se inicia ao menos em respeito à ética maçônica de que todos indistintamente devem observar.
Esotericamente antes dos irmãos adentrarem ao templo, com um único golpe mântrico do bastão no chão mosaico o Augusto Irmão Mestre de Cerimônias ordena que os espíritos se elevem, pois os trabalhos logo se iniciarão. Esotericamente com esse golpe mântrico o som Se propaga e atinge o cérebro, já intimamente ligado ao significado egregoral que, – disciplina e ordena à mente – a augusta sessão irá começar, o sinal foi dado.
Mas é na abertura da loja, o Irmão Orador, que o fenômeno da Egrégora toma força. É quando acena com a agradabilidade da convivência em união fraterna, e compara com “o óleo precioso sobre a cabeça o qual desce para a barba, a barba de Aarão… é como o orvalho do Hermon que desce sobre os montes de Sião… ali ordena o Senhor sua benção e a vida para sempre…” que o amor fraterno é comparado ao óleo santo de consagração e ao orvalho que umedece Jerusalém dando vida à natureza. Assim deve ser a convivência fraternal, a tudo que permeia e umedece como a fina borrasca de um final de madrugada.
No preciso momento da abertura e no curso da leitura de uma passagem do Livro da Lei conforme o grau em que se abre a loja inicia-se a formação da Egrégora, se entrelaça com o da espiritualidade.
Para se crer e entender o significado da egrégora impõe-se primeiramente acreditar na existência do espírito. Neste sentido a Constituição de Anderson em seu 20º Landmark, – os landmarks da Maçonaria são um conjunto de princípios que não podem ser alterados para que se mantenha a unidade maçônica mundial, criado em 1723 por James Anderson – exige do maçom uma crença na vida futura. E para não incorrer em erro substancial neste assunto de tamanha profundidade “que não sabe ler nem escrever” e está longe de dominar, mas podemos ficar com a lição de Aristóteles (Estagira – Grécia 384 a.C) e sua sabedoria grandiosa que distingue a alma do espírito: “A alma é o que move o corpo e percebe os objetos sensíveis; caracteriza-se pela auto-nutrição, sensibilidade, pensamento e mobilidade; mas o espírito tem função mais elevada do pensamento que não tem relação com o corpo, nem com os sentidos”.
Quanto à referência à doutrina, pode-se colher no ensinamento a seguinte lição. “Chama-se egrégora uma entidade, um ser coletivo originado por uma assembleia, cada Loja possui a sua egrégora, cada obediência possui a sua, e a reunião de todas essas egrégoras forma a grande Egrégora Maçônica”.
Ensinam que Egrégora deriva do grego: `egregorien`, com o significado de velar ou vigiar.
Serge Marcotoune, iminente mestre do Martinismo russo, constata que a energia nervosa se manifesta por raios no plano astral. O plano astral estaria cheio de miríades de centelhas, flechas de cores das idéias-força. “Cada pensamento, cada ação a que se mistura um elemento passional de desejo, se transmite em idéia-movimento dinâmica, completamente separada do ser que a forma e a envia, mas seguindo sempre a direção dada. Essas idéias seguem sua curva traçada pelo desejo do remetente”. É por isso que precisamos controlar nossos desejos a fim de que eles não pesem sobre nós, acorrentando-nos, imprimindo à nossa aura cores diferentes. A meditação e a prece do iniciado regeneram seu ser, permitindo emitir idéias sadias e tranquilizantes para que no plano astral, os espíritos guias canalizem as idéias-força para zonas determinadas.
O maçom pode assim se aproximar dos seres superiores e elevados através somente do seu livre-arbítrio. No astral nascerão os germes das grandes associações, das grandes amizades, das grandes proteções. Mas como as egrégoras estão em constante modificação, por força das variações das ideias-força, não possuem um ponto de apoio. Por isso a necessidade da concentração sem esforço durante a ritualística, para que essa egrégora possa permanecer o maior tempo possível ativa, constante e homogênea.
Emanuel Swedenborg diz que viajaremos em grupos unidos, sendo ensinados pelos diversos grupos de anjos que formam sociedades a parte agrupadas em um grande corpo por que segundo ele “o céu é um grande homem”.
O mestre Yeshuah – (ישוע) é considerado por muitos ser o nome hebraico ou aramaico de “Jesus”. Este nome é usado principalmente pelos judeus messiânicos – ou por pesquisadores, historiadores e outras pessoas que crêem ser essa a pronúncia original. O nome “Yeshua” deriva-se de uma raiz hebraica formada por quatro letras – ישוע (Yod, Shin, vav e Ain) – que significa “salvar”, sendo muito parecido com a palavra hebraica para “salvação” – ישועה, yeshuah – e é considerada também uma forma reduzida pós-exilio babilônica do nome de Josué em hebraico – יהושע, Yehoshua’ – que significa “o Eterno que salva” -, citado pelo apóstolo Mateus, disse: “Onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, eu estarei entre eles”.
O Martinismo – Ordem Esotérica criada por Papus baseada nos escritos de Saint-Martin que hoje faz parte dos Graus Superiores da Ordem Rosa- Cruz -, escreveu que “todo coletivo constitui na verdade, uma família no plano espiritual. Por isso jamais se deve responder ao ódio com o ódio, porque então as duas egrégoras formariam uma aliança estreita para o mal.
Egrégora é uma forma pensamento que é criada por pensamentos e sentimentos, que adquire vida e que é alimentada pelas mentalizações e energias psíquicas. É uma entidade autônoma que se forma pela persistência e intensidade de correntes emocionais e mentais. Pensamentos e sentimentos fracos criam egrégoras mal definidas e de pouca vida ou duração, porém pensamentos e sentimentos fortes criam egrégoras poderosíssimas e de longa duração.
Existem egrégoras positivas que protegem, atraem boas energias e afastam cargas negativas, e egrégoras negativas que fortalecem o mal, canalizam forças negativas e repelem forças positivas.
Locais sagrados como as localidades de Aparecida do Norte (Brasil), Lourdes (França) e Fátima (Portugal), têm egrégoras poderosíssimas, formadas pela fé e mentalizações dos devotos, que acumulam as energias psíquicas dos fiéis, e quando alguém consegue canalizar para si as energias psíquicas acumuladas na egrégora provoca o conhecido “milagre”. Esta é a explicação oculta da realização de grande parte dos milagres que acontecem. Os locais possuem egrégoras formadas pelas energias psíquicas de seus frequentadores que as canalizam em seu benefício através da fé.
A origem do termo Egrégorra é a mesma de “gregário”, do latim gregariu: o que faz parte da grei, ou seja, rebanho, congregação, sociedade, conjunto de pessoas. No plano da espiritualidade, usa-se o nome egrégora para designar um grupo vibracional, um campo de energia sutil em que se congregam forças, pensamentos ou vibrações com um determinado objetivo.
A egrégora pessoal é formada pelas energias psíquicas da pessoa e principalmente pelos seus pensamentos. Assim, uma pessoa psiquicamente equilibrada e com pensamentos positivos, cria uma egrégora positiva. Do mesmo modo, uma pessoa desequilibrada emocionalmente e negativa cria uma egrégora negativa. Porque a egrégora é como um filho coletivo que se realimenta das mesmas emoções que a criaram.
O maçom correto deve ter plena convicção de que as suas aspirações e desejos de bem, ainda que em pensamentos, nenhuma se perde. Nossa vida deve produzir ideias-força poderosas. Esse é o segredo da prece dos ditos “fracos”.
A maçonaria aceita a presença da Egrégora em suas sessões litúrgicas. A egrégora é uma “entidade” momentânea que subsiste enquanto o grupo está reunido.
Para que ela surja é necessária a preparação ambiental, formada pelo som, pelo perfume do incenso e pelas vibrações dos presentes. Estas vibrações devem ser puras.
O maçom deve eliminar, ainda no átrio, todos os pensamentos inapropriados para o culto maçônico. A ritualística e a liturgia – o vocábulo “Liturgia”, em grego, formado pelas raízes leit- (de “laós”, povo) e – urgía (trabalho, ofício) significa serviço ou trabalho público.
Por extensão de sentido, passou a significar também, no mundo grego, o ofício religioso, na medida em que a religião no mundo antigo tinha um caráter eminentemente público -, prepara o surgimento da egrégora, no exato momento em que o Irmão Orador termina a leitura em voz alta, do trecho do livro sagrado, a egrégora forma-se brotando do altar como tênue fio espiritual para adquirir corpo etéreo com as características humanas.
Os mais sensitivos percebem esta entidade, ela se mantém silenciosa, mas atua de imediato, em cada maçom presente, dando-lhe a assistência espiritual de que necessita, manipulando as permutas de maçom para maçom, construindo assim a Fraternidade – segundo o apóstolo Pedro era o tipo de união que identifica os verdadeiros cristãos. Para cada loja forma-se uma egrégora específica.
Os céticos não aceitam esta entidade, porém os estudos aprofundados revelarão a possibilidade de seu surgimento. Porém, esta entidade não deve ser motivo de adoração, pois é uma entidade formada pela força mental e pelas vibrações do conjunto. A egrégora é a materialização da força do maço enquanto em loja.
Conclusões
“Aqueles que “nada vêem”, que “nada sentem” e que atuam “mecanicamente” que participam da cerimônia porque a isso foram conclamados pelo Venerável Mestre, devem aceitar o desafio de participação efetiva e espiritual. Então, só assim, hão de se dar conta que maçonaria não é um clube social ou recreativo. ”
Todo trabalho e operação são compostos de três partes: a “Abertura dos Trabalhos”, o “Trabalho” e o “Fechamento dos Trabalhos”.
Abrindo e Fechando as Egrégoras. Esta ritualística de abrir e fechar egrégoras se repete em absolutamente todos os lugares: desde os maçons, rosacruzes e demolays que se paramentam para seus trabalhos até patricinhas e dançarinas de bailes funk que se vestem e se maquiam antes de sair para a balada, passando por médicos, bombeiros, policiais, professores, cientistas, trabalhadores que “batem cartão”, padres com suas batinas rezando uma missa, pais-de-santo com suas roupas brancas, médiuns kardecistas com seus aventais, sacerdotes e sacerdotisas wiccans com seus mantos (ou sem roupas), torcedores de times de futebol que vestem a camisa de sua torcida antes de irem ao jogo, lutadores que vestem seus kimonos antes de praticarem seus treinos e assim por diante.
Tudo o que envolver estar “no mundo profano”, uma transição para um ato e um posterior retorno ao mundo profano está ligado diretamente a uma Egrégora. Assistir passivamente uma novela é pertencer a uma egrégora.
A egrégora pode ser associada à consciência do grupo, mas ela é, ao mesmo tempo, algo mais do que isso.
Aprendemos que quando dois ou mais se reúnem em um esforço conjunto, é criado algo maior que a soma de seus esforços pessoais. Daí, podemos comparar essa idéia, a idéia de que o Todo é maior do que as partes que o compõem. Também não devemos nos esquecer que a egrégora de nossa Ordem inclui todos os maçons vivos e também aqueles que passaram pela transição e hoje vivem no Oriente Eterno. A egrégora é, portanto o resultado de nosso pensamento criativo nos planos exotérico e esotérico do pensamento.
A egrégora surge em loja a partir do esforço e da meditação de cada irmão. É um ser diáfano – em que a luz passa parcialmente; translúcido -, que apesar de compacta deixa transparecer a luz que mesmo emana e absorve.
Ela atua equilibrando as desigualdades emocionais e espirituais dos Irmãos em loja. Grande é sua atuação na Cadeia de União. E somente em Loja existe e existe oriunda da formação assemblear, onde todos nós irmãos, somos condôminos deste fenômeno.
Representa na sua forma mais sublime a expressão “Estar a Coberto”. Mais do que um manto protetor, configura para o maçom a materialização de sua fraternidade quando um pouco de si é ofertado, por um mecanismo sobrenatural e divino ao Irmão necessitado.
Para tanto se impõem as posturas mentais, espirituais e corpóreas mencionadas, não somente como um exercício de Virtudes Teologais – têm este nome porque são ordenadas direta e imediatamente para Deus como fim último.
Têm Deus como origem, motivo e objeto – (Fé, Esperança e Caridade) e Cardiais – elas são derivadas inicialmente do esquema de Platão e foram adaptadas por: Santo Ambrósio, Agostinho de Hipon e Tomás de Aquino – (Prudência, Temperança, Justiça e Coragem), mas como também na visão Aristotélica de perfilar pelo caminho do justo meio o bem absoluto e teleológico do ser humano: a felicidade; que para nós pode ser simbolizada pelo alcançar do cume da Escada de Jacó, para que possamos um dia gozar com firme fé da glória do Grande Arquiteto Do Universo e ao seu lado tomarmos assento, para que possamos descobrir em cada Irmão nossos dons espirituais mais acanhados e possamos sempre nos orgulhar dos verdadeiros motivos que nos levam a estar em fraternidade, na esteira do pensamento do filósofo Immanuel Kant, em seu imperativo categórico “age de tal modo que a máxima de tua ação possa ser elevada, por sua vontade, à categoria de lei, e de lei de universal observância”.
Tudo isso para que possamos sempre contribuir para o crescimento espiritual de nossa loja, alijando o comportamento profano que obscurece a formação da egrégora.