outubro 25, 2021

PAINEL DE DEBATES: EXPERIÊNCIAS

 



O Venerável Mestre *FLÁVIO ANDRÉ MOTA DE ARAÚJO*  está convidando *você*  para a reunião *Zoom* em formato híbrido da *Loja Maçônica Defensores da Ordem nº 26 da GLOMARON no GRAU DE APRENDIZ MAÇOM.*

Ordem do dia:

✔️ *Painel com o tema: EXPERIÊNCIAS*

Painelistas: 

☆ *Ir Eleutério Nicolau da Conceição* - ARLS Alferes Tiradentes nº 20 da GLSC;

☆ *Ir Michael Winetzki* - ARLS Tríplice Aliança 341 da GLESP . 

☆ *Ir Jorge Antônio Vieira Gonçalves* - ARLS Estrela de Davi, n° 4360. GOB-SE;            

Coordenação: *Flávio Araújo*                

Data: 25 de outubro de 2021

Hora/Local:

20h de Rondônia - Templo da GLOMARON

21h de Brasília - Entrar na reunião Zoom

https://us02web.zoom.us/j/81814617564?pwd=bUpsY2FXYWJNMnN6cThMUmFSek4wdz09

ID da reunião: 818 1461 7564

Senha de acesso: *DO26* 

 ✍🏻 Orientações aos participantes on line:

    • A sala virtual será aberta aos convidados as 20h55(Bsb); 

    • OS CONVIDADOS SERÃO ADMITIDOS 05 min ANTES DOS PAINÉIS.

    • *LEMBRE-SE: Trata-se de uma Sessão*, cujas formalidades serão suspensas durante a Ordem do Dia, portanto as manifestações orais serão limitadas, devendo os participantes registrarem no bate-papo Nome completo, Loja, Número, Potência e Oriente/UF, bem como *PERGUNTAS E COMENTÁRIOS.*

    • Escolha um local livre de ruídos e interferências, com um mínimo de privacidade; 

    • Vestimenta: traje informal, com camisa ou camiseta de manga, compatível com uma reunião;

    • Sua participação implica em autorização tácita de divulgação de sua imagem e voz.

PALESTRA "O CAMINHO DA FELICIDADE" - Michael Winetzki



Palestra "O Caminho da Felicidade: A Cabalá para aplicação do dia-a-dia" realizada pelo Irmão Michael Winetzki (Escritor Maçônico, REAA 33º, MI, da ARLS Tríplice Aliança nº 341 da GLESP do Or. de Mongaguá-SP) para a Augusta e Respeitável Loja Simbólica Virtual LUX IN TENEBRIS em 03/10/2020. Foi a primeira palestra realizada na primeira Loja Maçônica Virtual do Brasil.

Se não abrir neste local cole o link abaixo no seu navegador.

https://youtu.be/hMYbrVuE61Y 

A EXALTAÇÃO AO TRABALHO NO GRAU DE COMPANHEIRO MAÇOM - Ir.'. A. Jorge


Permitam-me, meus Irmãos, apoderar-me de um dos mais belos trechos da Oração aos Moços, de Rui Barbosa:

 "Oração e trabalho são os recursos mais poderosos na criação moral do homem. A oração é o íntimo sublimar-se da alma pelo contato com Deus. O trabalho é o inteirar, o desenvolver, o apurar das energias do corpo e do espírito, mediante a ação contínua de cada um sobre si mesmo e sobre o mundo onde labutamos. ... O Criador começa e a criatura acaba a criação de si própria. Quem quer, pois, que trabalhe, está em oração ao Senhor." (trecho da Obra de Rui Barbosa extraído do artigo do Ir:. Raimundo Rodrigues - Cartilha do Companheiro - Ed. A Trolha - 1a. Edição - 1998 - págs. 105 e seguintes)

O Grau de Companheiro, ensina-nos o Rito Escocês Antigo e Aceito, é o Grau dedicado à exaltação do Trabalho. De pouca relevância o tipo de trabalho, ministra também lições nesse sentido, o Ritual. Imprescindível, entretanto, nos dias tumultuados de nossa atualidade, quando valores invertidos atropelam sem ressentimentos a Ética, que o trabalho seja prestado com respaldo nos melhores princípios da dignidade, que o ato de trabalhar seja praticado com a alegria do crescimento espiritual, pois o homem, na sua capacidade de errar e transgredir, esmera-se em arquitetar formas nada saudáveis e recomendáveis de "trabalhos" distantes de qualidades sublimes, exercidos unicamente com o intuito de provocar um enriquecimento rápido e sem causa, com a meta apenas de acumular a matéria.

O Companheiro exalta o trabalho, impõe ação aos instrumentos colocados à sua disposição, como o maço e o cinzel, a régua, o compasso e o esquadro, o prumo e o nível, a alavanca, aprendendo a manejá-los com habilidade e dedicação, buscando a abundância de espigas de trigo; transformando em Pedra Cúbica a Pedra Bruta que já desbastara; escalando a escada do aprimoramento espiritual; lançando-se às profundezas dos mistérios de sua existência; conhecendo o significado da letra "G", vendo e sentindo a Estrela Flamejante.

Não encarar o trabalho como um castigo, é um sábio ensinamento e um grande e bom desafio. O preceito bíblico da transformação do suor e da força do trabalho em alimento, com uma carga evidente de suplício, teve lá a sua razão de ser. O G:.A:.D:.U:., em momento de justa fúria, lançou sobre o homem a pecha que o haveria de seguir pelas suas trilhas terrenas. E realmente, por séculos, trabalhar era próprio de alguém inferior, era próprio de escravos condenados a suprir com o seu suor e esforço o alimento dos seus senhores, na turva visão do trabalho como desonra e estigma social. O I:. Raimundo Rodrigues, num excelente artigo publicado na Cartilha do Companheiro - 1a. Edição da Ed. A Trolha, lembra-nos que - o "ora et labora" era um incentivo que se dava aos religiosos para que pudessem evitar e, até mesmo, vencer as tentações e que essa forma de entender o trabalho se modificou com o advento do humanismo e mais ainda com a chegada do Renascentismo.

Mas a mesma sabedoria do Grande Arquiteto teve o condão de mudar conceitos, mesmo que tão arraigados; teve a sabedoria de incutir em filósofos a essência magnífica do trabalho e daí nasceram apologias e exaltações ao ato de trabalhar, desmistificou-se a supremacia do conhecimento sobre a ação e descobriu-se que o homem, se podia pensar, conhecer, melhor estaria se colocasse em prática os seus pensamentos e conhecimentos.

É pela ação do trabalho que obras maravilhosas acontecem. É pelo trabalho que a inércia desaparece, o Universo se transforma e que tudo está em constante e perene movimento, ainda nas palavras do I:. Raimundo Rodrigues.

O Maçom é um trabalhador por excelência. Por perfeita e justa razão, recebe ele o apelido de Obreiro e o seu local de trabalho, Oficina. Junto dos Companheiros, essa qualidade de trabalhador enaltece-se ainda mais, passando a ser a essência filosófica do Grau. Deixando de usar apenas a força mais bruta, arduamente aplicada na aprendizagem do alto da Coluna do Norte, e utilizando mais a inteligência, o Companheiro estará mais livre nos seus passos em busca dos seus caminhos. Nas etapas da sua jornada, trabalhando com afinco e sempre em conjunto com seus Irmãos, na mais pura essência da fraternidade, certamente terá confrontos com dificuldades e obstáculos para vencer os degraus da escada que o levará às portas da Câmara do Meio. Mas o empenho na construção do Templo, com o uso adequado das ferramentas do Grau e a aplicação de princípios teóricos e filosóficos que passará a dominar com mais propriedade, servirá para aprender e compreender os sentidos dos emblemas, das alegorias e dos símbolos que a Maçonaria lhe proporciona e para entender o que é realmente necessário para alcançar o Grau de Mestre.

O Grau de Companheiro possui uma característica bastante forte de participação, de ação e criação em grupo, possibilitando o exercício da fraternidade com plenitude e ampliando a visão espiritual sobre a vida material. Usando a trolha, símbolo da indulgência, o Companheiro unirá as pedras cúbicas pela argamassa da irmandade, lançando o reboco e corrigindo as arestas, reconhecendo, acima de tudo, na lição de Assis Carvalho, "as qualidades de cada Irmão, perdoando-lhe os defeitos reparáveis". (Cartilha do Companheiro - 1a. Edição - Editora A Trolha - páginas 145 e seguintes).

O trabalho, nas anotações feitas pelo I:. Raimundo Rodrigues na sua obra já mencionada, evoca a essência da Maçonaria e faz parte da sua filosofia e da sua história e alguns aspectos servem sobremaneira como evidências a esse respeito, tais como:

• Na Maçonaria operativa, o trabalho dos construtores tinha uma alta qualidade e era bastante criativo, como provam as estupendas construções, muitas ainda de pé e deslumbrando a quem as visita; 

• Passando a ser especulativa em 1717, a Maçonaria adquire um caráter filosófico, espiritual e social; 

• Os locais dos Maçons, como Obreiros, passam a ser conhecidos como Templos ou Oficinas; 

• A vestimenta do Maçom é o avental, símbolo grandioso do trabalho; 

• As atividades em Loja passam a denominar-se Trabalho, tendo este a qualidade de Justo e Perfeito, quando transcorre em obediência aos ditames da lei maçônica; quando é praticado em ambiente de harmonia; com respeito aos princípios da liberdade, igualdade e fraternidade e quando recebe as bênçãos do Grande Arquiteto do Universo. 

E se o trabalho é uma característica primordial da Maçonaria, mais ainda o é no Grau de Companheiro, que a ele se dedica, como se dedica às ciências, à filosofia e às artes, ouvindo sempre, falando quando necessário e trabalhando bem e muito, dentro dos melhores princípios maçônicos.

Trabalhar, principalmente para o Companheiro, é dedicar-se à construção do seu Templo Interior, num processo contínuo, no qual o sentido de "vencer as paixões e submeter as nossas vontades" mais se acentua e se faz presente. Pouco a pouco, com a pertinácia do trabalho e o uso adequado das ferramentas, e sobretudo irmanado, o Companheiro entrega-se à construção do edifício, dentro de si, mas com o objetivo de se projetar para fora, para a sociedade, num processo sociológico que pretende exteriorizar e transmitir para outros indivíduos as conquistas espirituais que constituem a argamassa e os demais materiais utilizados na ação de construir.

E seu templo social será erguido, sempre na vertical, como quem tem o pé no chão e a cabeça, o espírito, perto do Grande Arquiteto. E nessa obra, serão observados os ensinamentos da Maçonaria, com o edifício amparado em pedras cúbicas cinzeladas para suportar uma sólida estrutura; com cálculos feitos no projeto com o melhor uso da geometria e das demais ciências; apoiados no melhor manuseio do compasso, do esquadro e da régua. E na construção, parede por parede, que a trolha tenha bom uso no aparo das arestas e com o poder de indulgência que lhe caracteriza; que o nível seja usado de bom grado para assegurar a horizontalidade e a igualdade das superfícies, onde os Irmãos estarão no mesmo patamar; que o prumo tenha a manipulação adequada, demonstrando a retidão da construção, visível na perfeita verticalidade das paredes. E, quando os obstáculos se impuserem, ou mesmo quando um esforço maior for exigido para a execução da tarefa de construção, que a alavanca seja usada na melhor acepção de Arquimedes, para facilitar a transposição de dificuldades e contribuir para a consecução dos trabalhos.

A alegria e o pensamento positivo devem acompanhar o Companheiro na construção do Templo e, maior será essa alegria, quando houver a descoberta que a construção é, na verdade, um processo de transformação, no qual, a cada pedra assentada, as virtudes vão substituindo os vícios; o espírito vai tomando o lugar da matéria; a fraternidade, pois o trabalho não deve ser apenas solitário, vai se sobrepondo ao individualismo e à vaidade.

E assim é o trabalho maçônico, o trabalho exaltado no Grau de Companheiro. De tal sorte que, se praticado com perseverança e entusiasmo, sepultará intolerâncias, ressentimentos, mágoas e medos, bem como outros sentimentos que não são e não devem ser próprios das virtudes perseguidas pelo Maçom e, em contraponto, ressaltará virtudes fortemente necessárias ao aprimoramento da humanidade, papel fundamental do verdadeiro Maçom.

Bibliografia consultada:

• Ritual do 2º Grau - Companheiro - Rito Escocês Antigo e Aceito 

• Bíblia Sagrada 

• Cadernos de Bolso A Trolha - Instruções para Loja de Companheiro.

outubro 24, 2021

QUITE PLACET OU PLACET EX-OFICIO


Tanto o Quite Placet como o Placet Ex-Ofício são documentos Maçónicos para que um Maçom se desligue da sua Loja. Já a Cobertura de Direitos é uma decisão da Loja sem que haja um documento próprio para tal.

Todo o Maçom tem o direito de pedir para se desligar da sua Loja, desde que esteja em dia com seus compromissos pecuniários, formule o pedido por escrito e respeite o procedimento que cada Potências Maçónica normalmente tem definido para o efeito. O Quite Placet é o documento concedido ao Maçom, atestando que ele está quite com a Loja. De posse do documento, o Maçom tem um prazo determinado (geralmente de 6 meses) para se filiar noutra Loja. Durante este prazo, enquanto não se filia noutra Loja, ele é considerado inativo, perdendo os seus direitos maçónicos se não se filiar noutra Loja dentro do período determinado.

Já o Placet Ex-Ofício é o documento emitido pela Loja ao Maçom cuja presença seja considerada negativa para os seus trabalhos e/ou para os restantes obreiros. Para tal é necessário a abertura de um processo interno em que se prove que o Maçom é prejudicial à Loja. As Potências Maçónicas definem nos seus Regulamentos Gerais a forma de proceder em cada caso. O Placet Ex-Ofício, embora exclua o Maçom da sua Loja, não o exclui da Maçonaria.

A Cobertura de Direitos é quando uma Loja priva um Irmão de seus direitos maçónicos por ficar longo tempo sem frequentar a Loja e/ou se atrasar nas suas contribuições pecuniárias sem explicação. As Potências Maçónicas costumam definir nos seus Regulamentos Gerais os procedimentos a serem adoptados pelas Lojas e por quanto tempo o Maçom pode ficar nesta situação de não comparecimento e/ou não pagamento sem ficar Coberto de Direitos. A Cobertura cessa quando o Maçom cumpre as condições que justificaram a penalidade.

Adaptado de Autor desconhecido

Notas

PLACET – Significa “memorial”, “lembrança”, “rol de coisas memoráveis”. Designa, em Maçonaria, o documento entregue ao Obreiro, quando este deixa a Loja, para se filiar noutra (ou mesmo para afastamento definitivo). Este documento pode conter o memorial – as coisas que devem ser lembradas – do Obreiro: data de Iniciação, de Elevação, de Exaltação, de Filiação, etc. Normalmente, o placet é acompanhado de prova de quitação dos débitos do Obreiro para com a Loja; nesse caso, ele é o quitte-placet, na grafia francesa, ou quite-placet, numa forma híbrida.

QUITTE – significa “quite, livre, liberto”. Em Maçonaria, é usada juntamente com o vocábulo “placet”. para designar o documento em que, para além do memorial do Obreiro, há a prova de que ele deixa a Oficina com todos os seus pagamentos em dia. Embora esta seja a forma correta do adjetivo na sua relação com o substantivo “placet”, tem sido usada a forma “quite” (pago, que saldou o seu débito, livre, desembaraçado), o que torna a expressão hibrida.

LUGARES - Newton Agrella


Newton Agrella é escritor, tradutor e palestrante, um dos mais renomados intelectuais da maçonaria.

Você já se perguntou qual o seu lugar no mundo ?

Se por acaso ainda não o fez, experimente.

Perceba que todos os lugares em que estamos, ou já estivemos, de alguma maneira são nossos.

Nem que tenha sido por uma ínfima fração de tempo.

O lugar nosso de cada dia é onde a alma se instala, onde a vida pede abrigo,  e onde a sensação de pertencimento esteja contida em nós.

Difícil afirmar com precisão qual é o melhor lugar.

Provavelmente, seja aquele em que nos sentimos inteiros, onde a respiração se manifesta mais densa, porém suave e consistente.

Quem sabe, seja o lugar em que o tempo passa, todavia mal nos apercebemos dele.

Pode ser ao ar livre, dentro de um templo, numa rua deserta ou até mesmo no meio de uma multidão.

De repente, seja aquele no qual  você se encontra consigo mesmo e saiba aceitar seus limites, sem qualquer ranço de vitimismo ou auto-piedade.

A vida nos faculta trilhar os caminhos que queremos.  

A jornada, porém,  impõe-nos obstáculos, que são as provas que dão o toque sutil de nossas experiências. 

Erros e acertos são ingredientes que temperam nossa própria existência.

Não somos mais, nem menos.

Somos o que somos, frutos dos lugares de onde viemos, por onde passamos e por onde ainda poderemos passar.

Buscamos elaborar nosso íntimo, sem no entanto debruçarmo-nos sobre fórmulas. 

Seja na transcendência espiritual, na busca pelo aprimoramento da consciência, ou na simples profissão da fé, nosso lugar está reservado num cantinho único, cuja chave de entrada, ainda nos é desconhecida.

Por enquanto, o lugar mais íntimo dessa viagem é o nosso Pensamento, que se traduz na proporção de nosso universo.



outubro 23, 2021

O REI PELE PELOS SEUS SÚDITOS

 

No dia de hoje, 23 de outubro, o maior atleta da história do futebol completa 80 anos


“Filho, Deus lhe deu o dom de jogar futebol. Então, você tem a obrigação de treinar mais do que os outros.”

Dondinho aconselhando o pequeno Pelé

“A perfeição não existe, mas quem chegou mais perto dela foi o Pelé.”

Zito

“Pelé é um dos poucos craques que contrariaram minha tese.

Em vez de 15 minutos de fama, terá 15 séculos.”

Andy Warhol, artista americano criador da Pop Art

“Na cabeça de muito jogador não passa nada no momento de fazer uma jogada. Na cabeça de Pelé passa um longa metragem.”

Nilton Santos

“Pelé é a figura suprema do futebol. Como Garbo e Picasso, basta-lhe um só nome.”

Daily Express, jornal de Londres

“Pelé entrava em campo com corpo, genialidade, alma e coração. Ele desequilibrou o mundo.”

Gylmar

“Pelé nunca será superado, porque é impossível haver algo melhor que a perfeição. Ele teve tudo: físico, habilidade, controle de bola, velocidade, poder, espírito, inteligência, instinto, sagacidade…”

Sunday Mirror, de Londres

“Pelé não é um rei por hereditariedade. Seu reinado não é de força nem de leis. Não foi eleito nem designado, mas reconhecido como Monarca dessa democracia ideal e universal que constitui o futebol.”

France Football

“Qual a diferença entre mim e Pelé? É simples. Eu fui craque e ele, gênio.”

Leônidas da Silva

“No momento que a bola chega aos pés de Pelé, o futebol se transforma em poesia.”

Pier Paolo Pasolini, cineasta italiano

“Posso ser um novo Di Stéfano, mas não posso ser um novo Pelé.

Ele é o único que ultrapassa os limites da lógica.”

Johan Cruyff

“Após o quinto gol, eu queria era aplaudi-lo.”

Sigge Parling, zagueiro sueco encarregado de marcar Pelé na final da Copa de 58

“Eu pensei: ‘Ele é feito de carne e osso, como eu.’ Eu me enganei.”

Tarciso Burnigch, zagueiro italiano que marcou Pelé na final da Copa de 70.

“Muito prazer, sou o presidente dos Estados Unidos. Você não precisa se apresentar, porque Pelé todo mundo sabe quem é.”

Ronald Reagan, presidente dos Estados Unidos, ao receber Pelé na Casa Branca

“O maior jogador de futebol do mundo foi Di Stefano. Eu me recuso a classificar Pelé como jogador. Ele está acima de tudo.”

Ferenc Puskas

“Subimos juntos, fora do tempo, para cabecear uma bola. Eu era mais alto e tinha mais impulsão. Quando desci ao chão, olhei pra cima, perplexo. Pelé ainda estava lá, no alto, cabeceando a bola. Parecia que podia ficar no ar o tempo que quisesse.”

Fachetti, zagueiro italiano na Copa do México, em 1970

“Jogava com grande objetividade. Seu futebol não admitia excessos, enfeites nem faltas. Ele quase não fazia embaixadas, não driblava para os lados, mas sempre em direção ao gol. Quando tentavam derrubá-lo, não caía, devido à sua estupenda massa muscular e equilíbrio.”

Tostão

“Dir-se-ia um rei, não sei se Lear, se imperador Jones, se etíope. Racionalmente perfeito, do seu peito parecem pender mantos invisíveis. Em suma: Ponham-no em qualquer rancho e sua majestade dinástica há de ofuscar toda a corte em derredor.”

Nélson Rodrigues, dramaturgo e cronista esportivo

“Senti medo, um terrível medo quando vi aqueles olhos. Pareciam olhos de um animal selvagem, olhos que soltavam fogo.”

Overath, jogador alemão nas Copas de 1966 a 74

“Maradona só será um novo Pelé quando ele ganhar três Copas do Mundo e marcar mais de mil gols.”

Cesar Luis Menotti, técnico campeão mundial pela Argentina em 1978

“O difícil, o extraordinário não é fazer mil gols, como Pelé. É fazer um gol como Pelé.”

Carlos Drummond de Andrade, poeta brasileiro

“Em alguns países as pessoas queriam tocá-lo, em outros queriam beijá-lo. Em outros até beijaram o chão que ele pisava. Eu achava tudo isso maravilhoso, simplesmente maravilhoso.”

Clodoaldo

“Cheguei com a esperança de parar um grande jogador, mas fui embora convencido de que havia sido atropelado por alguém que não nasceu no mesmo planeta que nós.”

Costa Pereira, goleiro do Benfica, sobre a derrota por 5 a 2 para o Santos na final do Mundial de 1962

“Quando vi o Pelé jogar, fiquei com a sensação de que eu deveria pendurar as chuteiras.”

Just Fontaine

“Você pode estar certo, mas não sabe nada de futebol e eu vi o Pelé jogar.”

Vicente Feola, técnico da Seleção Brasileira, ao psicólogo que afirmou que Pelé era jovem demais para jogar na Copa de 1958

“O Pelé estava muito determinado a levantar a taça Jules Rimet pela terceira vez. Era como se ele soubesse que esse era o seu destino. Ele parecia uma criança esperando pelo Natal.”

Mário Américo, massagista da Seleção Brasileira, sobre o Mundial de 1970

“O grande segredo dele era o improviso, aquelas coisas que ele fazia do nada. Ele tinha uma percepção extraordinária do futebol.”

Carlos Alberto Torres

“Às vezes fico com a sensação de que o futebol foi inventado para esse jogador fantástico.”

Sir Bobby Charlton

“Pelé jogou futebol por 22 anos e, durante aquele tempo, fez mais para promover a amizade e a fraternidade mundial do que qualquer outro embaixador.”

J.B. Pinheiro, embaixador do Brasil na Organização das Nações Unidas

“Força e beleza. Rapidez e precisão. A elasticidade e a firmeza no gesto que poderia ser de bailarino.”

Oldemário Touguinhó, jornalista esportivo

”Pelé é um jogador especial, com ele começou uma nova era no futebol.”

José Luis Garci, cineasta espanhol

“Pelé é um mito. Todo jogador que ama o futebol tem que se informar sobre ele.”

Zvonimir Boban, ex-jogador croata

“Pelé chegou.”

Jornal chileno anunciando a chegada da Seleção Brasileira para a Copa do Mundo de 1962

“Passam os anos, aparecem jogadores excelentes, mas todos sempre se lembram de Pelé.”

Fernando Torres

“Comparar o Pelé com qualquer jogador é impossível. Pelé é Pelé. Ele está em um nível completamente diferente.”

Rivellino

“Pelé foi um jogador excepcional, estupendo. Nós, brasileiros, devemos dar graças a Deus por ele ter nascido aqui.”

Zico

“Quando o Pelé chegou ao Santos, falaram que seria o melhor jogador do Brasil. Erraram, foi do mundo.”

Pepe

“Pelé é onipresente. É a referência do Brasil. Em qualquer parte do mundo em que eu esteja, ao constatarem que sou brasileiro, dizem: Pelé!”

Antônio Carlos de Almeida Braga, banqueiro brasileiro.

T.: F.: A.:

VENERANÇA ou VENERALATO? - Kennyo Ismail




Kennyo Ismail é escritor, tradutor, professor universitário, um dos mais imprtantes intelecutuais maçônicos do Brasil.

É bastante comum ver em discursos e trabalhos apresentados em Lojas, revistas e livros maçônicos, ou mesmo em regulamentos da Ordem o termo “venerança” ao se referir à gestão do Venerável Mestre: “Desejamos que sua Venerança seja justa e perfeita”, “Durante a sua Venerança, a Loja evoluiu ainda mais na Arte Real, “farei minha Venerança no nível e no prumo”, etc.

Às vezes, quando se escuta um termo diferente, como “Veneralato”, alguns Irmãos até se assustam. Uns chegam a pensar que o Irmão está “inventando moda” ou, mais diretamente, inventando palavra.

Mas qual é o termo correto? A tão popular “Venerança” ou o raro “Veneralato”? Alguns poucos Irmãos já se ocuparam em alertar quanto ao termo correto, sem obterem muito êxito. Aí vai nossa colaboração:

VENERANÇA: Verbo “venerar” + sufixo “nça”. O sufixo “nça” é um sufixo nominalizador, ou seja, transforma um verbo em um substantivo abstrato. O sentido desse substantivo derivado do verbo + sufixo “nça” é de ação, estado, qualidade. Isso porque vem do latim “antia”, que significa ação ou estado. Exemplos: vingança = ato de vingar; aliança = ato de aliar; andança = ato de andar.

Dessa forma, “venerança” pode ser entendido como “ato de venerar”. Ex.: “Eu não entendo essa venerança toda da minha tia. Ela vai à missa quase todo dia.”

Parece que o significado real não combina muito com o uso que se costuma observar na Maçonaria, não é mesmo? Caso similar ao “Filosofismo”.

VENERALATO: Verbo “venerar” + sufixo “ato”. O sufixo “ato” vem do latim “atu”, e indica posse, grau ou situação, e geralmente está relacionado com dignidades, funções ou encargos. Em alguns casos pode ser substituído pelo sufixo “ado”. Ex.: bacharelato = grau alcançado pelo bacharel; bispado = dignidade de bispo (Dicionário Ruth Rocha).

Se ainda cabe alguma dúvida, os dicionários “Michaelis” e “Priberiam” não possuem a palavra venerança, mas apresentam o seguinte curioso significado para Veneralato: s.m. “Cargo ou grau de Venerável, na Maçonaria”.

Dessa forma, com base tanto na etimologia como no significado contido nos dicionários, fica evidente que o termo correto é “Veneralato”.

outubro 22, 2021

AS COLUNAS “B” E “J” DOS PAINÉIS DO GRAU DE COMPANHEIRO - Almir Sant’Anna Cruz


Excertos do livro *O que um Companheiro Maçom deve saber -Almir Sant’Anna Cruz - Interessados contatar o Irm.’. Almir no WhatsApp (21) 99568-1350


Em cada um dos três Painéis utilizados no Grau de Companheiro, as Colunas se apresentam de uma forma diferente, que passamos a descrever:

No Painel inglês, de autoria do Irmão John Harris, as Colunas possuem as seguintes características:

- Estão postas no lado Norte, o que fica sem sentido para os Ritos de origem francesa;

- A Ordem de Arquitetura utilizada é indefinida;

- Não apresentam caracteres no fuste;

- Nos Capitéis encontra-se uma rede de malhas, lírios, romãs e um globo em cada um.

No Painel usado pelo GOB, inspirado no Painel utilizado na França pelo REAA observa-se as seguintes características:

- A ordem de arquitetura utilizada é a Coríntia;

- Apresenta as letras B e J em seus respectivos fustes, em caracteres latinos;

- Nos Capitéis estão representadas três romãs em cada.

No Painel do Irmão Oswald Wirth, verifica-se:

- As Colunas se apresentam intumescidas em suas bases, afilando-se em direção ao Capitel (lembrando uma “garrafa de boliche”), como em uma Coluna Egípcia;

- Apresentam inscrições em seus fustes com caracteres desconhecidos, havendo quem diga que são fenícios;

- Em cada versão do Painel, os Capitéis se apresentam de formas distintas: apenas com inúmeras romãs, com romãs e globos e com romãs e somente o terço superior dos globos

As Colunas B e J ou Colunas Vestibulares ou Colunas Solsticiais estão desigualmente descritas na Bíblia, sendo mencionadas especialmente em  I Reis 7:15-22 e 41-42; II Reis 25:17; II Crônicas 3:15-17 e 4:12-13; e Jeremias 52:21-23.

Depois dessas tão minuciosas quanto confusas descrições dos autores bíblicos, restanos apenas uma única e fundamental dúvida: Afinal, como eram essas colunas?

Segundo a maioria dos relatos bíblicos, as Colunas possuíam uma altura de 18 côvados, uma circunferência de 12 côvados, eram de bronze e ocas e tinham uma espessura de 4 dedos. Sobre as Colunas havia um Capitel com 5 côvados de altura.

Um côvado comum, correspondente a distância do cotovelo à ponta do dedo médio, tinha de 0,444 a 0,445 metros. O côvado Régio ou do Templo era maior, com 0,518 a 0,525 metros. 

Quatro dedos é o mesmo que palmo menor ou mão, que corresponde a 7,5 cm. 

Sabemos também que a medida da circunferência é 3,14 vezes o diâmetro.

Assim, as Colunas tinham aproximadamente de 8 a 9,5 metros de altura (0,444 x 18 a 0,525 x 18), que somados ao Capitel de 2,2 a 2,6 metros (0,444 x 5 a 0,525 x 5), perfaziam uma altura total de 10,2 a 12,1 metros (8 + 2,2 a 9,5 + 2,6), correspondente a um prédio de 3 a 4 andares. 

Seu diâmetro era de 1,7 a 2,0 metros (0,444 x 12 ÷ 3,14 a 0,525 x 12 ÷ 3,14), eram ocas e sua espessura de 7,5 cm.

Interessados contatar o Irm.’. Almir no WhatsApp (21) 99568-1350

OS GRANDES PRINCÍPIOS DA MAÇONARIA


A Maçonaria está alicerçada em três Grandes Princípios que são:

o Amor Fraternal, 

o Alívio(tradução livre) e 

a Verdade.¹ 

Amor fraternal: 

Pelo exercício do Amor Fraternal aprendemos a pensar em cada um dos homens como parte de uma única família. 

Não importa se são ricos ou pobres, se nasceram de famílias nobres ou humildes, pois todos são iguais quando nascem, e todos são iguais quando morrem. 

Cada um deve proteger e apoiar os demais.

A Maçonaria age segundo esse princípio e une homens de todos os países, seitas ou opiniões. 

Através de seu ensino ela une as pessoas, que de outra forma poderiam ter permanecido distantes umas das outras.

Alívio: 

Todos os homens devem proporcionar alívio àqueles que estão angustiados. 

Isto se aplica especialmente aos Maçons, pois estamos unidos por uma cadeia inquebrável de genuína afeição. 

O grande objetivo que devemos ter é acalmar os infelizes, compadecermos com seus infortúnios, sermos solidários em restaurar a paz em suas mentes angustiadas.

Verdade: 

É a base e o fundamento de cada Virtude Maçônica. 

Desde nossa Iniciação, somos ensinados a sermos bons e verdadeiros. 

Devemos refletir sobre este Grande Tema. 

Devemos tentar regular nossas vidas e ações por suas exigências infalíveis. 

A hipocrisia e o engano devem ser desconhecidos para nós. 

Sinceridade e negociação direta devem ser nossas características distintivas.

É necessário ser verdadeiro consigo mesmo, e, assim sendo, seremos verdadeiros com aqueles que encontrarmos. 

Mas haverá um sentido maior? 

Poderia ele se relacionar com a verdade universal? 

Talvez só possamos responder a isso se nos aproximarmos do Grande Arquiteto do Universo. 

Existem muitos emblemas e alegorias sugerindo essa possibilidade, mas um bom ponto de partida é internalizar a escada de Jacó.

Bom dia meus irmãos. 

Nota 1: Esses princípios são os da Grande Loja Unida da Inglaterra, e de muitas outras Obediências. Para o Grande Oriente do Brasil (e muitas outras Obediências), os fins supremos da maçonaria são “Liberdade, Igualdade e Fraternidade”. (NT) - Fonte: Solomom/UGLE_

outubro 21, 2021

IRMÃOS EM GUERRA - LEALDADE MAÇONICA



A tradição maçônica abunda em exemplos dos fortes laços que unem os maçons uns aos outros.

 Uma dessas histórias fala do coronel Joh Mckinstry, um oficial americano capturado por índios aliados aos ingleses na Revolução Americana. 

Mckinstry estava amarrado a uma árvore, prestes a ser queimado vivo, quando fez o sinal secreto de pedido de socorro de um irmão maçom. Para sua surpresa, um de seus captores adiantou-se e mandou interromper a execução. 

O salvador era Joseph Brant, um chefe Nohawk educado na Europa e iniciado no ofício em Londres. Brant retornara à tribo, mas mantivera sua lealdade maçônica. 

Entregou  Mckinstry aos maçons ingleses, que o levaram a um posto americano – a fidelidade à ordem transcendia a lealdade a seu próprio país. 

...Fonte: livro “Mistérios do Desconhecido – Seitas Secretas”. Editores de Time-Life Livros e publicado no Brasil pela Abril Livros – Rio de Janeiro, 1992.

O CARÁTER DO HOMEM MAÇOM - UMA ANÁLISE À LUZ DA PRÁXIS MAÇÔNICA - Dario Baggieri


Muitas vezes vemos irmãos se manifestarem Intra e extra-Templo sobre que o irmão “X “não Tem um bom caráter, o Irmão “Y” é mau caráter e o irmão “Z” é de caráter duvidoso, dúbio.

Tais ponderações me levaram a estudar esse assunto,  dentro de nossas Oficinas dentro de uma visão Médica, Psicológica, Sociológica e de relacoes humanas, à luz da Doutrina Maçônica.

Muito difícil formar opinião a uma simples visão.

O Universo do relacionamento humano é vastíssimo, complicado, com Nuances diversificadas dentro das normas sociológicas da boa ou má “ vizinhança”.

Assim, definiríamos genericamente o Caráter como:” Conjunto de traços morais, psicológicos etc., que distinguem um indivíduo, grupo ou povo; índole; temperamento; qualidade; firmeza de atitudes.

Mau caráter: quem demonstra maldade ou qualidades negativas de caráter; pessoa sem escrúpulo; que engana as pessoas sem o menor constrangimento; desvio de caráter (para o mal); diz-se daquele ou daquela que age sem decência, sem pudor, sem sensibilidade humana.”

Nesse sentido podemos compreender o caráter como algo que se forma para manter uma estrutura necessária ao desenvolvimento do indivíduo. 

Porém, quanto mais rígida e inflexível for a estrutura do caráter, mais esse caráter se transformará em uma resistência que tenta manter o material inconsciente fora de alcance, fazendo com que o indivíduo passe a reagir de modo automático como um mecanismo de defesa. 

Ou seja, o caráter não é uma escolha deliberada, ele se forma devido a necessidade do indivíduo se proteger do meio externo. 

O caráter é uma reação àquilo que foi experimentado na infância. 

Cada caráter é único porque cada experiência é única.

Caráter é a maneira a qual a pessoa se apresenta e se comporta em suas relações. 

É a atitude psíquica particular em direção ao mundo externo, específica a um dado indivíduo. 

É determinado pela disposição e pela experiência de vida, assim, podemos considerar tipos de caráteres onde se apresentam comportamentos mais ou menos ajustados à realidade e ao contexto social.

Na Maçonaria , deveríamos ser todos , pessoas de BOM CARÁTER. 

Mas, infelizmente , temos muitos membros , que não poderiam ser definidos dentro dessa premissa.

Cada dia que passa fica mais escasso encontrarmos alguém de caráter totalmente ilibado, mesmo na Seara Maçônica. 

As virtudes, que são evidências do caráter, hoje, ao invés de serem regras, têm sido raríssimas exceções! 

Parece que é mais fácil nivelar todos por baixo, pelo o que se deixa de ser ou fazer, e abandonar de vez qualquer sentimento de “excelência”, “hombridade” e “obrigação”. 

Estamos sendo varridos violentamente por uma ideia de niilismo moral, onde tudo se reduz a um nada comportamental! 

A sensação que se tem é que não tem valido mais a pena prezar pelo nobre e pelo ético. 

Este contexto de relativização e banalização de valores tem contribuído para uma fragmentação conceitual e, consequentemente, prática do que significa caráter.

Assim, meus amados irmãos, temos que ter em

mente , que a formação do caráter leva em consideração não apenas o meio em que o ser humano vive, mas também a sua história. 

Falar de caráter é lidar com a historia do indivíduo: o que ele foi no passado, o que ele é no presente e o que ele será no futuro. 

Certamente, o seu caráter no presente-agora é determinado pelas experiências acumuladas no passado-anterior e por suas expectativas projetadas para o futuro-posterior. 

É simplesmente impossível dissociar nossa história de nossa estrutura; divorciar nossa identidade de nossos sonhos! 

Dentro de nossa vida privativa, coletiva, familiar e também dentro de nossa Sublime Instituicao. 

Noutras palavras, tudo o que priorizamos como essencial, ou não damos tanta importância; as escolhas que fazemos, as decisões que tomamos e os rumos que seguimos estão intimamente ligados e giram em torno do caráter que temos e construímos. 

Acredito que devemos nos preocupar mais com o que somos de verdade e não vivermos tanto em função do que aparentamos ser. 

Devemos retomar o caminho do caráter. 

O caminho do coração. 

Vai parecer meio retrógrado e anacrônico ser honesto, onde se cultua a hipocrisia; ser diligente, onde se louva a indolência; ser humilde, onde se prega a arrogância. 

CONCLUINDO:

“Precisamos voltar ao tempo em que nossas palavras eram a assinatura de nosso coração e as marcas de nossas mãos calejadas eram a prova de um “caráter aprovado".

Quando semeamos um pensamento, colhemos um ato; 

Quando semeamos um ato, colhemos um hábito; 

Quando semeamos um hábito, colhemos caráter; 

Quando semeamos caráter, colhemos um destino. 

Que o GADU, nos ilumine e guarde hoje e sempre e nos molde na fornalha onde o Caráter seja elemento da argamassa que  nos une juntamente com a Paz, a Harmonia e a Concórdia, que são Basilares na Essência doutrinária de nossa Sublime Ordem.

Bom dia meus irmãos. 


outubro 20, 2021

A SOMBRA DA CAVERNA - Wildon Lopes da Silva


 Ir∴ Wildon Lopes da Silva - ARLS Mount Moriah Nº 3327 - GOSP/GOB_

Platão, narra uma história alegórica chamada de Mito da Caverna ou Alegoria da Caverna em sua obra mais complexa, A República. O diálogo travado entre Sócrates, personagem principal, e Glauco, seu interlocutor, visa a apresentar ao leitor a teoria platônica sobre o conhecimento da verdade e a necessidade de que o governante da cidade tenha acesso a esse conhecimento. Esse estudo é apresentado no Grau 32 da Maçonaria.

O que o Mito da Caverna diz?: No texto, Sócrates fala para Glauco imaginar a existência de uma caverna onde prisioneiros vivessem desde a infância. Com as mãos amarradas em uma parede, eles podem avistar somente as sombras que são projetadas na parede situada à frente. As sombras são ocasionadas por uma fogueira em cima de um tapume, situada na parte traseira da parede em que os homens estão presos. Homens passam ante a fogueira, fazem gestos e passam objetos, formando sombras que, de maneira distorcida, são todo o conhecimento que os prisioneiros tinham do mundo. Aquela parede da caverna, aquelas sobras e os ecos dos sons que as pessoas de cima produziam era o mundo restrito dos prisioneiros. Repentinamente, um dos prisioneiros foi liberto. Andando pela caverna, ele percebe que havia pessoas e uma fogueira projetando as sombras que ele julgava ser a totalidade do mundo. Ao encontrar a saída da caverna, ele tem um susto ao deparar-se com o mundo exterior. A luz solar ofusca a sua visão e ele sente-se desamparado, desconfortável, deslocado. Aos poucos, sua visão acostuma-se com a luz e ele começa a perceber a infinidade do mundo e da natureza que existe fora da caverna. Ele percebe que aquelas sombras, que ele julgava ser a realidade, na verdade são cópias imperfeitas de uma pequena parcela da realidade. O prisioneiro liberto poderia fazer duas coisas: retornar para a caverna e libertar os seus companheiros ou viver a sua liberdade. Uma possível consequência da primeira possibilidade seria os ataques que sofreria de seus companheiros, que o julgariam como louco, mas poderia ser uma atitude necessária, por ser a coisa mais justa a se fazer. Platão está dispondo, hierarquicamente, os graus de conhecimento com essa metáfora e falando que existe um modo de conhecer, de saber, que é o mais adequado para se pensar em um governante capaz de fazer política com sabedoria e justiça. Os prisioneiros tinham acesso somente às sombras projetadas na parede da caverna. A metáfora proposta pela Alegoria da Caverna pode ser interpretada da seguinte maneira:

1. Os prisioneiros: os prisioneiros da caverna são os homens comuns, ou seja, somos nós mesmos, que vivemos em nosso mundo limitado, presos em nossas crenças costumeiras.

2. A caverna: a caverna é o nosso corpo e os nossos sentidos, fonte de um conhecimento que, segundo Platão, é errôneo e enganoso.

3. As sombras na parede e os ecos na caverna: sombras e ecos nunca são projetados exatamente do modo como os objetos que os ocasionam são. As sombras são distorções das imagens e os ecos são distorções sonoras. Por isso, esses elementos simbolizam as opiniões erradas e o conhecimento preconceituoso do senso comum que julgamos ser verdadeiro.

4. A saída da caverna: sair da caverna significa buscar o conhecimento verdadeiro.

5. A luz solar: a luz, que ofusca a visão do prisioneiro liberto e o coloca em uma situação de desconforto, é o conhecimento verdadeiro, a razão e a filosofia.


*POESIA*


Não haverá respostas

somente pessoas acorrentadas

atrás da grande parede, a gruta.

Reflexos de enigmas e sombras intercaladas.

Incógnitos e primitivos

já nascemos prisioneiros.

Nada sabe o fugitivo

nada sabe os carcereiros.

Sem futuro para liberdade

interroga o sábio seu próprio canto.

O conformismo, o preconceito e a falsa realidade

esclarecem no sol o seu real espanto.

O labirinto guarda a preguiça em casa

na escuridão posso ler até o infinito

nada foge da caverna, nem espírito com asa

julga-me o louco, o dramático e o granito.

E fez-se a luz

cegou-me e ardeu-me a pele.

Por que é tão intensa a luz do sol

até que meu próprio corpo me atropele?

Nada se sabe do filósofo nem da metafísica da lógica

o futuro do tempo muda a cada geração.

Nada sabe o eco das vozes ou a caverna mitológica.

Entre neófitos, gravita o fantasma de Platão.

 _Ir∴ Wildon Lopes da Silva - ARLS Mount Moriah Nº 3327 - GOSP/GOB_

ESTRELA FLAMEJANTE - Ir.’. Valter David Gonçalves




Em Maçonaria, o adjetivo flamejante é aplicado a um instrumento e a um ornamento, ou seja, respectivamente, à ESPADA FLAMEJANTE e à ESTRELA FLAMEJANTE.

Muitos Rituais e instruções ritualísticas consignam a palavra flamígera, ao invés de flamejante. Ocorre que essas palavras não são sinônimas, pois flamígero (do latim, flammigerus) é a mesma coisa que flamígero, ou seja, é aquilo que trás ou provoca chama, enquanto que flamejante, ou flamante (do latim, flammans, tis) é aquilo que flameja, que é flamejante que expele chamas, que é ardente vistoso, brilhante, resplandecente.

No caso da Estrela, o correto é FLAMEJANTE (ou, como é chamada em alguns Ritos, RADIANTE = que emite raios de luz), como sinônimo de resplandecente, vistosa, brilhante.

A Estrela Flamejante é no Rito de York, a de seis pontas, enquanto que, em outros Ritos, é a de cinco pontas (ou Pentagrama, ou Pentalfa, ou Pentáculo), quem deu o nome de Estrela Flamejante ao pentagrama foi o teólogo, médico, alquimista e cabalista Henrique Cornélio Agrippa de Neteshein, no século XVI: mas quem introduziu a Estrela Flamejante nos trabalhos maçônicos foi o barão de Tschoudy, nos meados do século XVIII, na França.

Na maçonaria ela é a Estrela Hominal dos pitagóricos (com uma ponta única voltada para cima), pois nela se inscreve a figura de um homem, em sua alta espiritualidade.

No centro do pentagrama existe, normalmente a letra hebraica IÔD, símbolo da divindade (é a primeira letra do nome hebraico de Deus) ou a Letra "G", de Geometria. Ela deve ser colocada no Templo, entre o Sol (no Oriente) e a Lua (no Ocidente), como astro intermediário.

Encontramos nas reuniões de Grau 2 - Companheiro, uma estrela acesa sobre a porta de entrada, situada entre as duas Colunas. Como a maior parte do que está dentro de uma Loja, este é também um símbolo, com um destaque: é um dos mais destacados Símbolos, pois aparece não apenas neste Grau, porém em vários outros também se faz presente.

Na obra DICCIONÁRIO ENCICLOPEDICO DE LA MASONERIA, encontramos o seguinte sobre esta estrela:

- Emblema de divindade, Símbolo misterioso que se revela ao receber o Grau de Companheiro. Brilhante estrela de 5 pontas da qual se irradiam e se desprendem inúmeros raios flamejantes, e no centro da qual encontra-se a letra "G".

Centro maravilhoso de força propulsora, atrativa e reguladora da rotação e do movimento universal dos astros.

Aparece no Grau de Companheiro e representa o espírito que anima o Universo, o princípio de toda a sabedoria e o poder gerador da natureza. 

A letra "G", significa Geometria, Geração, Deus, porque com efeito, tudo, na terra e no espaço, obedece as regras da primeira ciência, que é Deus, gerador de tudo o que foi criado.

O movimento dos astros está sujeito à Geometria; esta ciência marca e define as dimensões dos corpos e, pôr ultimo, a forma de todos os seres. A palavra Deus, ou Geração, tem por inicial a letra "G" em todos os idiomas do hemisfério Norte, onde o Simbolismo moderno teve origem. 

Por isto brilha no centro da estrela de cinco pontas que forma a Penthalfa de Pitágoras, e que entre os Maçons constitui os cinco pontos da perfeição, a saber: Força, Beleza, Sabedoria, Virtude e Caridade.

Esta Estrela misteriosa, para a Maçonaria emblema do gênio que eleva o homem e o impulsiona a grandes feitos, símbolo desse fogo sagrado, é um dos Símbolos mais interessantes da franco-maçonaria, e entra na composição de muitos Graus, especialmente no Segundo Grau, no qual serve de distintivo característico, em cujos Templos é colocado sob o Dossel em substituição ao Delta Sagrado que aparece no primeiro Grau, de onde, qual a lâmpada que entre os hebreus queimava noite e dia diante do santo dos Santos, ou qual o fogo sagrado do altar de Vesta, desprende seus vivos resplendores anunciando que os Maçons colocam seus trabalhos sob a influência de uma luz superior.

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Bibliografia:

O Companheiro Maçom - O Vigilante e seu Pupilo - Heitor Botelho.

Dicionário de Termos Maçônicos - José Castellani.

Instruções para Loja de Companheiro -Hercule Spoladore/Fernando Paschoal/Assis Carvalho.

O Grau de companheiro pôr um Companheiro - Frederico Guilherme Costa.

Cadernos de Estudos Maçônicos - Companheiro Maçom - Assis Carvalho.

Ritual do Simbolismo - Companheiro Maçom – GLESP