1.
Introdução:
Johnn Wolfgang von Goethe nasceu em 28 de
agosto de 1749, em Frankfurt am Main, então Sacro Império Romano-Germânico e faleceu em
22 de março de 1832 (aos 82 anos) em Weimar, então Grão-Ducado de Saxe-
Weimar-Eisenach, Confederação Germânica. Foi um escritor,
filósofo, cientista e estadista alemão. Foi maçom. Seus trabalhos incluem
quatro romances, poesia épica e lírica, dramas em prosa e verso, memórias, uma
autobiografia, crítica literária e estética e tratados sobre botânica, anatomia
e cores.
2.
Biografia e suas Obras:
Goethe
era um poliglota. Falava latim, grego, francês, italiano, inglês e hebraico (Matussek, 2002). Recebeu aulas de dança, equitação e
esgrima. Frequentava muito o teatro. Celebridade literária aos 25 anos,
enobrecido em 1782 pelo duque de Saxe-Weimar, Karl August, Duke de Saxe-Weimar-Eisenach (1757-1828),
após sucesso de seu romance Die
Leiden des jungen Werthers (O Sofrimento do Jovem Werther) – 1774. Participou, então,
do movimento literário Sturm und Drang (Tempestade
e Desejo). Durante seus primeiros dez anos em Weimar tornou-se membro do
Conselho Privado do Duque, participou de comissões de guerra, supervisionou a
abertura de minas de prata e implementou uma série de reformas administrativas
na Universidade de Jena.
Estudou
direito na Universidade de Leipzig, de 1765 a 1768,desistindo em
seguida. Na época apaixonou-se em 1766 por Anna Katharina Schönkopf
(1746-1810), tendo-a enaltecida em seus versos. Escreveu a comédia Die Mitschuldigen (Os Cúmplices).
Retornou a Frankfurt. Depois de uma grave enfermidade, Goethe deixou Frankfurt,
em 1770, para terminar seus estudos na Universidade de Estrasburgo. Em Estrasburgo,
Goethe estudou Shakespeare. Entre 1770 e 1771, Goethe apaixonou-se pela
Friederike Elisabetha Brion (1752-1813), para quem fez vários poemas (Koopmann, 2014).
No final de agosto de 1771, Goethe adquiriu
o grau acadêmico deLicentia Doccendi em
direito. Estabeleceu, então, em Frankfurt, uma pequena prática jurídica que não
deu certo. Encerrou depois de alguns meses sua carreira como advogado. Dedicou-se,
então, à literatura. Escreveu Götz von
Berlichingen, história de um cavaleiro imperial
alemão, mercenário e poeta (1480-1562). Em 1774, escreveu um livro que lhe traria
fama mundial: Die Leiden des jungen
Werther (O Sofrimento do Jovem Werther)
Em 1775, Goethe foi convidado à corte de Karl
August, duque de Saxe-Weimar-Eisenach. Goethe passou a viver em Weimar.
Em
1776, Goethe estabeleceu um relacionamento com Charlotte Albertine Ernestine von Stein (1742-1827), da corte de Weimar e amiga íntima
de Friedrich Schiller (1759-1805) - Safranski, 2009. Charlotte era uma mulher mais
velha e casada. Este vínculo íntimo durou dez anos, quando Goethe partiu para
Itália.
Em
1779, Goethe assumiu a Comissão de Guerra do Grão-Ducado. Em 1782, Goethe
assumiu o cargo de Chanceler do Tesouro do Ducado, uma espécie de primeiro-ministro.
Goethe foi enobrecido em 1782, acrescentando “von” ao seu nome.
Fig. 1 – Goethe. Pintura feita em 1787, por
Angelica Kaufmann (1741-1807, pintora suíça), quadro em exposição no Goethe-Nationalmuseum (Weimar).
A viagem
de Goethe à Itália e Sicília foi de 1786 a 1788. No final de 1788, Goethe
visitou Veneza.O primeiro trabalho científico de Goethe,
Pflanzenmetamorphos(Metamorfose das
Plantas) foi publicado em 1788, após sua viagem à Itália. Tornou-se Diretor-Gerente
do Teatro de Weimar (Himmelseher, 2010) e em 1794 iniciou uma grande amizade
(Safranski, 2009) com o dramaturgo, poeta, historiador, físico e filósofo
Friedrich Schiller (Johann Christoph Friedrich von Schiller, 1759 – 1805, poeta, filósofo, médico, historiador e
dramaturgo alemão). Durante este período, Goethe publicou seu segundo romance: Die Lehre von Wilhelm Meister (Os Ensinamentos
de Wilhelm Meister), o poema épico Hermann
und Dorothea (Hermann e Doroteia) e, em 1808, a primeira parte de sua obra
prima Faust (Fausto).
Fig. 2 – Goethe aos 79 anos. Pintura feita em 1828
por Joseph Karl Stieler (1781-1858), pintor alemão. Em exposição na Neue Pinakothek, museu de arte, em
Munich.
Na
década de 1790, Goethe manteve várias conversas escritas com vários pensadores:
Friedrich Schiller, Johann Gottlieb Fichte (filósofo idealista alemão, 1752-1814),
Johann Gottfried von Herder (filósofo, teólogo e poeta iluminista alemão. 1744-1803),
Alexander von Humboldt (polímata, geógrafo, naturalista, filósofo e cientista
prussiano, 1769-1859), Wilhelm von Humboldt (filósofo, linguista e diplomata
prussiano, 1767-1835, irmão de Alexander), August von Schlegel (poeta romântico,
professor de sânscrito, tradutor de Shakespeare, 1767-1845), e Friedrich von
Schlegel (poeta romântico, filósofo, filólogo, hinduísta, 1772-1829, irmão de
August). A reunião destes escritos formou uma obra chamada de Weimarer
Klassik (Classicismo de Weimar).
Em 1806,
Goethe estava vivendo em Weimar com sua amante Johanna Christiane Sophie
Vulpus (1765-1816), com quem se casou posteriormente. Em outubro de 1806, o
exército de Napoleão invadiu a cidade. Soldados franceses ocuparam a casa de Goethe
(Damm, 2001). Beberam vinho e fizeram grande alvoroço. Depois, invadiram o
quarto de Goethe. Christiane comandou a defesa da casa. Fez com os empregados,
barricadas na cozinha e no porão contra os franceses. A firmeza de Christiane
provocou a fuga dos franceses (Damm, 2001). Logo depois, Goethe se casou com
Christiane (em 19 de outubro de 1806). O casal já tinha tido vários filhos,
incluindo o mais famoso, Julius August Walter von Goethe (1789-1830). Chistiane
faleceu em 1816.
Fig. 3 – “Chistiane com
cachecol”, desenho a lápis feito em 1789 pelo próprio Goethe, ed. C.H. Beck, Munique,
1982.
Em 1823,
tendo se recuperado de uma cardiopatia quase fatal, Goethe se apaixonou pela
baronesa Ulrike von Levetzow (1804-1899), de 19 anos, último amor de Goethe.
Em 1832, aos 82 anos, Goethe faleceu em
Weimar, de insuficiência cardíaca. Suas últimas palavras foram Mehr Licht ! (Mais Luz !). Está
enterrado no Cemitério Histórico de Weimar, ao lado de Schiller (Koopmann,
2014).
Fig. 4 – Os caixões mortuários de Goethe e Schiller
na cripta de Weimar.
3.
Goethe como maçom:
Goethe
foi iniciado em 1780 na Loja Amalia, em Weimar(Brachy, 2000). O nome completo da Loja é “Anna Amalia zu den drei Rosen” (Anna Amalia nas Três Rosas) que, em
2005, completou 250 anos. A Amalia “A” é usada pelos irmãos da loja como uma
referência à fundadora, a duquesa Anna Amalia.- Anna Amalia von Braunschweig-Wolfenbüttel (1739-1807) – Fig. 5. A
Loja trabalha no Rito Zinnendorf (Aguilar, 2020). Este é o rito mais praticado
na Alemanha, na atualidade. É um rito cristão e trinitário, isto é, quem pratica
este rito necessariamente deve ser cristão e acreditar na Santíssima Trindade.
O rito teve muita influência do Rito Sueco. O Rito tem 7 graus. Foi criado por
Johann Wilhelm Kellner von Zinnendorf, médico cirurgião do Exército Prussiano,
nascido em Halle an der Saale, Estado
da Saxonia-Anhall, em 1731 e falecido em Halle, em 1782. Criou, em 1770, a Grande
Loja Nacional dos Maçons da Alemanha (Groβe
Landsloge der Freimaurer von Deutschland) onde foi Grão-Mestre em 1776. O
compositor Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791), maçom, trabalhava neste Rito.
Sua ópera A Flauta Mágica (Die Zauber Flöte)
bem apresenta este Rito, exceto, obviamente, dos segredos do rito.
Goethe foi maçom ativo até
sua morte (Koopmann, 2014).
Goethe também foi atraído pelos Illuminati da
Baviera, uma sociedade secreta fundada em 1776 (Schüttler, 1991).
Fig. 5 – Joia da Loja Anna Amalia zu drei Rosen – 1806.
Em sua obra maior “Fausto”, Goethe descreve como
vender a alma (de Fausto) ao diabo pelo poder sobre o mundo físico. Fausto
enaltece o materialismo. Considerado símbolo da modernidade, Fausto relata a
tragédia de um homem das ciências que, desiludido com o conhecimento de seu
tempo, faz um pacto com o demônio pelo seu poder, especialmente pela energia da
paixão pela técnica e pelo progresso material. Fausto é entregue aos prazeres
materiais e, finalmente, é levado para o inferno. Fausto diz: “A arte é longa e
avida é curta” (Claudon, 2011).
Fig. 6 – Goethe; no
pescoço a Cruz do Comandante da Ordem Leopoldo Imperial-austríaca, no peito
esquerdo a Cruz de Oficial da Legião de Honra Francesa, e no peito a direita a
estrela da Grã-Cruz da Ordem de Vigilância dos Saxões-Weimar. Pintura feita em1822 por Heinrich Christoph Kobe (1771-1836), pintor alemão. Em exposição no Goethe-Nationalmuseum,
Weimar, Alemanha.
Fig.
7 – O brasão de Goethe 1782.
Goethe era cristão e racionalista. Embora luterano
na infância e adolescência, quando adulto nunca mais frequentou sua igreja
(Simm, 2000). Segundo Goethe (Goethe, 2010), sua fé foi abalada pelo terremoto
de Lisboa (1755) e a Guerra dos Sete Anos (1756-1763, guerra entre França,
Áustria, Suécia e Espanha contra Inglaterra, Portugal, Rússia e Prússia). Era,
também, um panteísta e humanista (Matussek, 2002).
Dizia Goethe que “o mundo não é mal”. O escritor
gaúcho Luís Fernando Verissimo (1936), usando os dizeres de Goethe, completou:
“O mundo não é mal, mas é muito mal frequentado”.
Fig. 8 – “Goethe na campanha romana”. Pintura de
1787, feita por Johann Heinrich Wilhelm Tischbein (1751-1829), pintor alemão.
Há umas ideias paradoxais de Goethe sobre França.
Goethe lutou contra França, teve sua casa
invadida por soldados franceses e foi molestado por franceses. Entretanto,
Goethe considerava França berço da cultura europeia e assim a respeitava. “Como
eu poderia escrever canções de ódio aos franceses quando não sentia ódio? Entre
nós, nunca odiei os franceses, embora tenha agradecido a Deus quando nos
livramos deles. Como eu poderia, a quem as únicas coisas significativas são a civilização
(die Kultur)
e a barbárie (selvageria), odiar uma nação que está entre as mais civilizadas
do mundo e à qual devo grande parte de minha própria cultura? De qualquer
forma, este negócio de ódio entre nações é uma coisa muito curiosa. Você sempre
o achará mais poderoso e bárbaro nos níveis mais baixos da civilização. Mas
existe um nível em que desaparece completamente, e onde alguém se coloca, por
assim dizer, acima das nações, e sente o bem-estar ou a angústia de um povo
vizinho como se fosse o seu” (Beachy, 2000).
Goethe teve um encontro
com Napoleão, em 2 de outubro de 1808, em Erfurt, capital da Turíngia, Alemanha
(Friedenthal, 2010; Friedenthal, 2005; Seibt, 2008). Napoleão Bonaparte
(imperador francês, 1769-1821) falava muito mal o francês, segundo Goethe. O francês
de Goethe era perfeito, formal, literário, enquanto o francês de Napoleão era
com sotaque corso (idioma corso ou córsico, com similaridades ao italiano da
Toscana) e seu linguajar era informal, grosseiro, rústico e inculto (conforme
Goethe, 2010 e Broers, 2014; Seibt, 2008). Goethe e Napoleão discutiram
política, os escritos de Voltaire e a obra de Goethe, que Napoleão disse que a
lia, especialmente “Os Sofrimentos do Jovem Werther” (Broers, 2014; Swales,
1987). Trocaram ideias, também, sobre Maçonaria (Seibt, 2008). Há controvérsias
sobre se Napoleão foi maçom. Mas conhecia muito sobre Maçonaria e nomeou seu irmão
sanguíneo José Napoleão Bonaparte (1768-1844 rei de Nápoles (1806-1808), rei da
Espanha e das Índias (1808-1813) iniciado em Marselha em 1793 e designado Grão-Mestre do Grande Oriente de França (1804-1815).
Napoleão não gostava do Rito Moderno (que então não era denominado assim) por ser
de origem inglesa. Não gostava do Rito Escocês por ser de origem irlandesa e
escocesa. E apoiava o Rito Adonhiramita por ser genuinamente francês. Goethe
sabia disto (Goethe, 2010; Montez, 2005). Não se sabe, exatamente, quais as
ideias trocadas entre Napoleão e Goethe sobre Maçonaria.
Fig. 9 – O encontro de Napoleão com Goethe.
Fotogravura de uma pintura de Eugène
Ernest Hillemacher (1818-1887), pintor francês.
Goethe saiu da reunião com Napoleão profundamente
impressionado com o intelecto de Napoleão (Broers, 2014; Seibt, 2008). Disse
Goethe sobre a reunião com Napoleão: “Nada mais alto e agradável poderia ter
acontecido comigo em toda minha vida” (Ferber, 2008).
Goethe escreveu: “Napoleão é o homem! Sempre
iluminado, sempre claro e decidido, e dotado de energia suficiente para
executar o que ele considerava vantajoso e necessário. Sua vida foi o passo de
um semideus, de batalha em batalha, e de vitória em vitória. Pode-se dizer que
ele está num estado de iluminação contínua. Por esse motivo, seu destino é mais
brilhante do que qualquer outro que o mundo tivesse visto antes dele, ou talvez
jamais o verá” (Seibt, 2008).
4.
Considerações Finais:
Goethe
foi o criador de muitas ideias que tiveram grande efeito no século XIX e até
hoje. Escreveu vários livros sobre poesia, ensaios, críticas, trabalhos
iniciais sobre evolução, linguística e filosofia. Era fascinado por
mineralogia. Seus escritos de não ficção estimularam o desenvolvimento de
muitos filósofos como Georg Wilhelm Friedrich Hegel (1770-1831, filósofo
alemão, importante figura do Idealismo Alemão – Deutscher Idealismus), Arthur Schopenhauer (1788-1880, filósofo
alemão, desenvolveu a metafísica ateísta e o pessimismo filosófico), Søren Aabye
Kierkegaard (1813-1855, filósofo e teólogo dinamarquês, primeiro filósofo
existencialista, desenvolveu a ética cristã), Friedrich Wilhelm Nietzsche (1844-1900,
filósofo, compositor, poeta e filólogo alemão, crítico radical da verdade em
favor do perspectivismo, procurou dar resposta estética à “morte de Deus”,
desenvolveu o conceito de Superhomem – Übermensch),
Ernst Alfred Cassirer (1874-1945) filósofo alemão, filosofia idealista da ciência,
desenvolveu a teoria do simbolismo, muito importante para a Maçonaria), Carl Gustav
Jung (1875-1961, psiquiatra suíço, fundador da psicologia analítica), Johann
Christoph Friedrich von Schiller (1759-1805, filósofo, poeta, médico,
historiador e dramaturgo alemão) – Schings, 2011. Com Schiller, Goethe
desenvolveu uma amizade muito produtiva. Discutiam, frequentemente, questões
relativas à estética.
O drama “Fausto” é sua criação artística mais famosa.
Germaine de Staël (Anne Louise Germaine de Staël-Holstein – 1766-1817,
escritora e historiadora francesa pertencente ao romantismo) apresentou o
classicismo e o romantismo alemão sendo Goethe um “clássico vivo”, um gênio
alemão que uniu “tudo o que distingue a mente alemã” (Gillespie, Engel, 2008). Staël
declarou que Goethe “é um herói cultural europeu”.
Na Inglaterra vitoriana, Goethe exerceu profunda influência
sobre George Ellot (Mary Ann Evans, conhecida pelo seu pseudônimo George Eliot,
foi uma romancista e poeta do período vitoriano – 1819-1880). Eliot apresentou
Goethe como “eminentemente o homem que nos ajuda a alcançar elevado ponto de
observação” e elogiou sua “grande tolerância”. Goethe foi o "Médico da
Idade do Ferro" e "o pensador mais claro, maior e mais útil dos
tempos modernos" com uma "visão ampla e liberal da vida". Afirmou
também: “Goethe foi o maior homem de letras alemãs ..... e o último verdadeiro
homem universal que caminhou sobre a terra” (Röder-Bolton, 1998).
Fig. 10 – Monumento aos poetas Goethe e Schiller, em
Weimar (Safranski, 2009).
Goethe
tornou-se referência fundamental para Thomas Mann (Paul Thomas Mann, 1875-1955,
romancista, ensaísta e filantropo alemão, laureado com Prêmio Nobel de 1929.
Fugiu do nazismo refugiando-se na Suíça, EUA e depois, novamente, Suíça onde
faleceu. Mann é um dos expoentes do Die Exilliteratur,
ou a literatura alemã escrita no exílio).
O drama
de Fausto é muito atual. Hoje, de maneira geral, o homem “se vendeu ao demônio”:
quer ter posses, é materialista e consumista. Trocou seu comportamento e seu
pensar visando posses materiais. Trocou cultivar virtudes por ter poder e ter
posses. Acredita ter mais valor o “ter” do que o “ser”. E o fim é o “inferno”. Como
Fausto. Muito interessante Goethe ter previsto este mundo atual a mais de 200
anos. Hoje, quase todos são Fausto: quer ter, quer aparecer, quer ter poder.
O
Goetheanum, localizado em Dornach, cantão de Solothum, Suíça, é um centro mundial
do movimento antroposófico, denominado em homenagem a Goethe. Antroposofia é
uma doutrina mística formulada pelo pensador Rudolf Steiner (Rudolf Joseph
Lorenz Steiner, 1861-1925, filósofo, arquiteto, economista e esoterista
austríaco). O edifício Goetheanum projetado por Steiner, inclui 2 teatros de
1500 lugares cada, galeria, biblioteca e espaços administrativos da Sociedade
Antroposófica. Neste teatro são realizadas apresentações festivas de Fausto.
Goethe-Institut (Instituto Goethe) é a
instituição cultural da República Federal da Alemanha, fundada em 1951 e seu
centro está localizado em Munich, Bavaria.
Promove o estudo do alemão em todo mundo e conhecimento cultural, da sociedade e
da política da Alemanha. Trata-se de uma associação cultural sem fins
lucrativos, autônoma e politicamente independente. Opera em todo mundo, com 159
institutos, promovendo o estudo do idioma alemão e incentivando o intercâmbio e
as relações culturais internacionais. No Brasil há Institutos Goethe em Curitiba,
Porto Alegre, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo.
A UNESCO declarou um Memorando Goethe patrimônio literário
mundial.
A Universidade de Goethe (Johann
Wolfgang Goethe Universität Frankfurt am Main) é uma universidade fundada
em 1914, como universidade de cidadãos, isto é, fundada e financiada por cidadãos
de Frankfurt. Atualmente possui cerca de 45.000 alunos distribuídos em 4 campi.
Oferece bolsas especiais para brasileiros. A Universidade possui 20 vencedores
de prêmios Nobel entre seus docentes.
Para terminar, uma das
frases de Goethe “Somos todos responsáveis pela ausência de valores”. Esta
ideia foi muito explorada por Albert Camus (1913-1960, filósofo, escritor e
jornalista francês, premiado com Nobel em Literatura, em 1957). Ausência de valores
lembra Fausto.
Goethe foi o mais
importante escritor em idioma alemão. Suas ideias, sua vida maçônica, são
exemplos importantes de moralidade, austeridade, humildade e sapiência. Repito
uma das frases mais importantes e atuais de Goethe: “somos todos responsáveis
pela ausência de valores”.
BIBLIOGRAFIA:
61 obras de Goethe (eBook), em diversos idiomas, podem ser lidas em
http://www.gutenberg.org/ebooks/author/586 Acessado em 29.dez.2019.
Todas as obras
de Goethe, em alemão, podem ser lidas em Projekt Gutenberg
– DE, s/d
https://www.projekt-gutenberg.org/autoren/namen/goethe.html Acessado em
25.jan.2020.
- Aguilar, R. “El Rito Zinnendorf
o Rito de Reuchell”. Retales
de Masoneria 10
(103): pp: 37-41, 2020.
- Beachy, R. “Recasting
Cosmopolitanism: German Freemasonry an Regional Identity in the Early
Nineteenth Century”. Eighteenth-Century Studies, 33 (2), pp:
266-274, 2000. Também em:
https://muse.jhu.edu/article/10887
ou https://www.jstor.org/stable/30053687?seq=1 Acessado em 29.dez.2019.
- Broers, M. “Europe Under
Napoleon”. London: I.B. Tauris, 2014.
- Citati, P. “Goethe”. São
Paulo, Cia das Letras, 1996.
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Paris, Ed. Kimé, 2011.
- Damm, S. “Christiane und Goethe:
Eine Recherche“ (Christiane e Goethe:
Uma
pesquisa). 7ª edição. Frankfurt am Main: FrankfurtHerausgeber,
2001.
- Eckermann, J.P. “Gespräche mit
Goethe“. (Conversa com Goethe).
Herausgegeben
von Christoph Michel unter Mitwirkung von Hans Grüters. (Publicado por Christoph Michel com a
colaboração de Hans Grüters). Frankfurt am Main: Deutscher Klassiker Verlag,
2011.
- Ferber, M. “A Companion to
European Romantism”. Hoboken, N.J.: John Wiley
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- Friedenthal, R. “Goethe: His
Life & Times”. Abingdon-on-Thames (UK), Routledge
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and Austrian Imagination”.
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comentários e notas de Marcus Mazzari. Edição bilíngue. São Paulo:
Editora 34, 2004.
- Goethe, J.W. “Fausto II: Segunda parte da tragédia”. Apresentação comentários e notas de Marcus Mazzari. Edição bilíngue. São Paulo: Editora
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- Goethe, J.W. “Fausto”. (partes I e II). São Paulo: Martin Claret, 2004.
- Goethe, J.W. “Os Sofrimentos do
Jovem Werther”. São Paulo: Martin Editora, 2007.
- Goethe, J.W. “Autobiography:
Truth and Fiction Relating to My Life”.Aus meinem Leben: Dichtung und Wahrheit – Da minha vida: poesia e verdade),
Project Gutenberg, 2010a.