novembro 22, 2021

ALGUNS ILUSTRES MAÇONS BRASILEIROS


Padre Antonio Diogo Feijó - sacerdote paulistano. Lutou pela Independência. Foi deputado e ministro da Justiça.

Lamartine de Azeredo Babo - músico carioca. Um dos mais completos compositores brasileiros.

Rui Barbosa - jurisconsulto baiano. Assombrou o mundo em Haya, na Holanda, ganhando o apelido de "Águia de Haya". É considerado o maior jurista do Brasil.

Antonio Castilho de Alcântara Machado D’Oliveira - Advogado e Jornalista paulistano. Foi um dos mais importantes e originais representantes do movimento modernista brasileiro.

Victor Brecheret - escultor paulistano. Fundador da escola modernista e autor do Monumento às Bandeiras, localizado no Ibirapuera.

Lauro Severiano Müller - Militar e estadista catarinense, da cidade de Itajaí. Elaborou as leis de construção e funcionamento dos portos. Ajudou muito na ampliação das estradas de ferro.

Menotti Del Picchia - Poeta, jornalista, romancista, contista, cronista e ensaísta paulistano. Um dos arautos do Movimento da Semana de Arte Moderna, em 1922.

Joaquim Saldanha Marinho - político pernambucano. Deputado, senador e governador de São Paulo e Minas Gerais.

Antonio Carlos Gomes - compositor campineiro. O maior compositor clássico brasileiro. Autor da Ópera "O Guarani".

Quintino Ferreira de Sousa Bocaiúva - político fluminense. Propagandista republicano, foi redator dos primeiros decretos da república.

Alfredo da Rocha Vianna Filho - "O Pixinguinha" - compositor carioca. É considerado o Pai da Música Popular Brasileira. "Carinhoso" é o seu mais expressivo sucesso.

José Joaquim de Andrade Neves / Barão do Triunfo - Militar de Rio Pardo, no Rio Grande do Sul. Um exemplo de soldado militar.  Luiz Gonzaga - Músico, compositor e cantor pernambucano. Um dos grandes nomes da música popular brasileira, é considerado do "Rei do Baião".  Joaquim Gonçalves Lêdo - jornalista carioca. Prócer da República e redator do manifesto de fevereiro de 1832. Vetor da fundação do Grande Oriente do Brasil.

Oscar Lorenzo Jacinto de La Inmaculada Concepción Teresa Diaz - "O Oscarito"- considerado um dos maiores comediantes do cinema brasileiro.

Francisco Glicério de Cerqueira Leite - Jornalista e político da cidade de Campinas (SP). Um dos artífices da Campanha Republicana. Foi vereador, deputado e senador. Grão-Mestre do Grande Oriente do Brasil.

Manoel Deodoro da Fonseca - Militar e político da cidade de Alagoas (hoje Deodoro) (AL). Proclamou a República do Brasil, sendo seu primeiro presidente.

Júlio Cesar Ferreira de Mesquita - Jornalista, advogado, escritor e político da cidade de Campinas (SP). Foi diretor e proprietário do jornal O Estado de São Paulo. Deputado e senador, Júlio de Mesquita foi um dos mais brilhantes jornalistas do Brasil.

Nilo Procópio Peçanha - Advogado e político da cidade de Campos (RJ). Um dos mais ardorosos defensores da Campanha Republicana e da Abolição da Escravatura. Foi deputado, ministro de Estado, vice-presidente e presidente da República. Grão-Mestre do Grande Oriente do Brasil.

Prudente José de Moraes Barros - Advogado, literato e político da cidade de Itu (SP). Foi deputado provincial, senador, governador do Estado e primeiro presidente civil do Brasil. É considerado um dos homens públicos mais honestos e patrióticos de nossa história.

Francisco Rangel Pestana - Jornalista, advogado e político da cidade de Iguaçu (RJ). Fundador de vários jornais, entre eles, "A Província de São Paulo" que se tornaria "O Estado de São Paulo". Foi deputado provincial, senador, vice-presidente do Estado do Rio de Janeiro e governador do Estado de São Paulo, no triunvirato após a Proclamação da República.

Pedro de Alcântara Francisco Antônio João Carlos Xavier de Paula Miguel Rafael Joaquim José Gonzaga Pascoal Cipriano Serafim de Bragança e Bourbon - Dom Pedro I - Príncipe Regente, nascido no Palácio de Queluz, nos arredores da cidade de Lisboa. Foi o primeiro imperador do país. Proclamou a Independência do Brasil, no dia 7 de setembro de 1822. Em 1824, outorga a primeira Constituição brasileira.

Mario Marinho de Carvalho Behring - Engenheiro e jornalista da cidade de Ponte Nova (MG). É o fundador das Grandes Lojas Brasileiras.

Francisco Jê de Acayaba Montezuma/ Visconde de Jequitinhonha - Advogado e político da cidade de Salvador (BA). Um dos precursores do abolicionismo, foi deputado, conselheiro de estado e senador. Foi um dos fundadores do Instituto da Ordem dos Advogados Brasileiros. É fundador do Supremo Conselho do Grau 33o. do Rito Escocês Antigo e Aceito.

Octávio Kelly - Advogado, jornalista, político e professor da cidade de Niterói (RJ). Foi deputado estadual, juiz federal, membro do T.R.E. do Rio e membro do Supremo Tribunal Federal. Grande inteligência e cultura. Foi Grão-Mestre do Grande Oriente do Brasil.

Francisco Rorato - Contabilista, nasceu na cidade de Guaxima, município de Conquista (MG). Apaixonado pelo jornalismo, fundou vários jornais e a Editora Jornalística A Verdade. Idealizador e construtor do Templo Maçônico da Grande Loja. Foi Grão-Mestre da GLESP. É considerado um dos maiores vultos da história da maçonaria.

Júlio de Mesquita Filho - Jornalista e advogado da cidade de São Paulo (SP). Foi diretor do jornal O Estado de S. Paulo. Fundador do Jornal da Tarde e Rádio Eldorado. Coordenador e maior líder civil do Movimento Constitucionalista de 1932.

Jânio da Silva Quadros - Professor, advogado e político da cidade de Campo Grande (MTS). Foi vereador, deputado, prefeito, governador e presidente da República. Orador carismático e político de profunda erudição.

Hervê Cordovil - Músico, compositor e maestro da cidade de Viçosa (MG). No Rio de Janeiro estudou piano e fez músicas com grandes compositores, como Noel Rosa, Lamartine Babo, Adoniram

Barbosa e Luiz Gonzaga. É considerado um gênio da música popular brasileira.

Alfredo D'Escragnole Taunay/ Visconde de Taunay - Militar, escritor e político da cidade do Rio de Janeiro (RJ). Foi governador dos estados de Santa Catarina e Paraná. Dedicou-se à crítica literária, música e pintura. "Retirada da Laguna" e "Inocência", são suas principais obras. Foi membro fundador da Academia Brasileira de Letras.

Venceslau Bras Pereira Gomes - Advogado e político da cidade de Brasópolis (MG). Foi vereador, deputado, governador do Estado de Minas Gerais e presidente da república.

Cesário Nazianzeno de Azevedo Mota e Magalhães Júnior - Médico higienista e político da cidade de Porto Feliz (SP). Fundador da Escola Politécnica e da Escola de Farmácia de São Paulo. Lançou as bases da Escola Agrícola de Piracicaba. Executou o saneamento do Porto de Santos. Combateu a cólera, varíola e extinguiu a febre amarela.

Hypólito José da Costa Pereira Furtado de Mendonça - Jornalista e advogado da cidade de Colônia do Sacramento (República Oriental do Uruguai). Fundador do 1o. órgão da imprensa brasileira, "Correio Brasiliense". Prócer da Independência do Brasil, é considerado o Pai da Imprensa Brasileira.

Adhemar Pereira de Barros - Médico e político da cidade de Piracicaba (SP). Foi prefeito e governador de São Paulo. São destaques de sua administração as áreas de Saúde Pública, Educação e Energia.

Floriano Vieira Peixoto - Militar e político da cidade de Ipióca (AL). Consolidou a República Brasileira. Foi presidente em substituição a Deodoro da Fonseca. Em seu governo, enfrentou muitas revoltas com firmeza e energia, recebendo por isso, o apelido de "Marechal de Ferro".

José Lopes da Silva Trovão - Patriota da Ilha de Gipóia/Angra dos Reis (RJ). Um dos maiores propagandistas do Movimento Republicano. Um verdadeiro paladino da liberdade.

Nicola Aslan - Historiador nascido na Ilha de Chio - Grécia. Fez do Brasil o país do seu coração. Autor de grandes obras maçônicas, é membro fundador da Academia Maçônica de Letras.

Eleazar Segundo Afonso de Carvalho - Regente, compositor e instrumentista da cidade de Iguatu (CE). Autor da ópera "Descobrimento do Brasil". Primeiro brasileiro a reger a Sinfônica de Boston. Regeu as Filarmônicas de Berlim e Viena. Primeiro regente da Sinfônica do Estado e criador do Festival de Inverno de Campos do Jordão.

Pedro Manuel de Toledo - Político, advogado e jornalista da cidade de São Paulo - São Paulo. Foi ministro da Agricultura, embaixador em Roma, Madri e Buenos Aires. Interventor de São Paulo e líder civil da Revolução Constitucionalista de 1932. Foi Grão-Mestre do Grande Oriente entre 1908 e 1913.

Cônego Januário da Cunha Barbosa - Jornalista, orador sacro, poeta, biógrafo e político da cidade do Rio de Janeiro (RJ). Prócer da Independência do Brasil, lutou muito para sua emancipação.

George Savalla Gomes/ O Carequinha - Compositor, cantor e artista circense da cidade de Rio Bonito (RJ). Formou com Fred Vilar, a mais notável dupla de palhaços.

Alcindo Guanabara - Jornalista e político da cidade de Guapimirim - Magé (RJ). Membro fundador da Academia Brasileira de Letras. Trabalhou em diversos jornais do país, participando ativamente do Movimento Republicano. Foi deputado pelo Rio de Janeiro. Fundador do jornal A Tribuna. É considerado um dos maiores jornalistas brasileiros.

Rafael Gióia Martins Júnior - Professor, advogado, jornalista, publicitário, poeta e político da cidade de Campinas (SP). Foi vereador, deputado estadual e federal. Um dos grandes poetas cristãos do Brasil.

Erwin Seignemartin - Contabilista e administrador financeiro da cidade de Ribeirão Preto (SP). Foi um dos mais ativos conferencistas de temas maçônicos. Membro da Academia Maçônica Paulista de Letras. Foi Secretário de Relações Exteriores e Grão-Mestre da GLESP.

Luiz Alves de Lima e Silva/ Duque de Caxias - Militar e estadista, nasceu na Fazenda de São Paulo, no Taquaruçú, na Vila de Estrela da Província do Rio de Janeiro (RJ). Foi Ministro da Guerra, criador do Supremo Conselho Militar. Lutou em várias frentes de batalha, em todo continente. Caxias é o Patrono do Exército Brasileiro.

Miguel Joaquim de Almeida e Castro/ Padre Miguelinho - Sacerdote e idealista da cidade de Natal (RGN). Um dos mais dinâmicos ativistas da Revolução Pernambucana de 1817.

Bento Gonçalves da Silva - Militar e revolucionário da cidade de Triunfo (RGS). Defensor de idéias liberais, comandou a Revolução Farroupilha que levou à proclamação da República do Rio Grande do Sul.

Evaristo Ferreira da Veiga e Barros - Jornalista e político da cidade do Rio de Janeiro (RJ). Foi deputado, trabalhando incansavelmente pela defesa das instituições públicas. É autor da letra do Hino da Independência.

José Carlos do Patrocínio - Jornalista e escritor da cidade de Campos de Goitacases (RJ). Lutou no Movimento Republicano. Seus textos fortes o tornaram símbolo do Movimento Abolicionista no Brasil.

Francisco Antonio de Almeida Morato - Advogado, professor e político da cidade de Piracicaba (SP). Foi diretor da Faculdade de Direito da USP, um dos fundadores do Instituto da OAB e o 1o. presidente da Ordem dos Advogados do Brasil.

Homero de Souza Campos/ o Ranchinho - Artista, músico e cantor de Campos Gerais (MG). Formou com Alvarenga a dupla sertaneja satírica "Alvarenga e Ranchinho".

Washington Luís Pereira de Sousa - Advogado e político da cidade de Macaé (RJ). Vereador e prefeito na cidade de Batatais, interior de São Paulo, deputado estadual, prefeito da capital e governador do Estado. Foi presidente do Brasil.

Antonio Evaristo de Morais - Advogado e jornalista da cidade do Rio de Janeiro (RJ). Foi consultor jurídico no Ministério do Trabalho, presidente da Associação Brasileira de Criminologia, um dos fundadores da ABI e do Partido Operário. Popularizou-se como defensor dos fracos e pobres. Foi um dos maiores criminologistas do Brasil.

João Batista Mascarenhas de Moraes - Engenheiro e militar da cidade de São Gabriel (RGS). Foi comandante da Força Expedicionária Brasileira. Comandou o 1o. Escalão em Nápoles, na 2a. Guerra Mundial.

Osvaldo Euclides de Sousa Aranha - Militar, advogado e político da cidade de Alegrete (RGS). Foi deputado, secretário do Interior e Justiça, secretário da Fazenda, presidente do Rio Grande do Sul e Embaixador em Washington. É considerado um dos arquitetos da Revolução de 1930.

Nicolau Pereira de Campos Vergueiro/ Senador Vergueiro - Advogado e político da cidade de Macedo de Cavaleiros - Traz-dos-Montes - Portugal. Foi deputado, ministro e senador. Diretor da Faculdade de Direito de S. Paulo. Um dos chefes do Movimento Liberal de S. Paulo, junto com Feijó e Rafael Tobias de Aguiar.

Elmano Gomes Cardim - Jornalista e político da cidade de Valença (RJ). Trabalhou no Jornal do Comércio, foi diretor da Associação Comercial do Rio, presidente da Sociedade Brasileira da Cultura Inglesa, oficial de gabinete do Ministério da Justiça e funcionário do Arquivo Nacional.

João Caetano dos Santos - Ator e empresário da cidade do Rio de Janeiro (RJ). Especialista e papéis dramáticos. Introduziu temas brasileiros no teatro do país. Foi defensor do estilo simples e verdadeiro de representar. Teatro João Caetano é em sua homenagem.

Jayr Celso Fortunato de Almeida - Advogado da cidade de Varginha (MG). Ocupou importantes cargos nas administrações da Grande Loja, inclusive como Membro do Conselho do Grão-Mestrado. Foi Grão-Mestre da GLESP para a gestão 1968/1971.

Rodolfo Mayer - Ator de Teatro e TV paulistano. Pioneiro nas novelas do rádio, Rodolfo desempenhou papéis importantes também no Teatro e na Tevê.

Casimiro José Marques de Abreu - poeta carioca. Lírico, harmonioso e melancólico. Autor de poesias maravilhosas como "Primaveras".

Waldemar Seyssel - "O Arrelia" - Um dos maiores artistas circenses brasileiros.

Antonio de Castro Alves - poeta baiano. O grande poeta da Abolição e da alma brasileira.

José Castellani - Médico paulista de Araraquara. Pesquisador, historiador com mais de 60 obras escritas. O mais importante escritor maçônico brasileiro da atualidade.

João Salvador Pérez - artista e compositor paulista de São Manuel. Com seu irmão, formou a dupla sertaneja mais famosa de todos os tempos. Ele é o Tonico, da dupla “Tonico & Tinoco”.

Joaquim do Amor Divino Rabelo e Caneca / Frei Caneca- Frade carmelita e político pernambucano, de Recife. Um dos líderes da Confederação do Equador.

Benjamin Constant de Magalhães - Militar, catedrático e estadista carioca, da cidade de Niterói. Deve-se a ele a adoção da divisa "Ordem e Progresso" na bandeira brasileira. É considerado o "Pai da República".

José Bonifácio de Andrada e Silva - Poeta, cientista e político santista. É o redentor dos escravos e patriarca da Independência.

Júlio Prestes de Albuquerque - Advogado e político paulista de Itapetininga. Foi deputado estadual e federal. Governador de S. Paulo e Presidente da República.

José Maria Lisboa - Jornalista brasileiro de origem portuguesa, da cidade de Lisboa. Defendeu os ideais republicanos e lutou em favor da Abolição. É o fundador do jornal "Diário Popular".

Ibrahim de Almeida Nobre - Advogado, jornalista e escritor paulistano. Foi delegado de polícia, promotor público. Lutou pela legalidade, auxiliou a população dizimada pela varíola e encarnou a angústia do povo. Foi membro da Academia Paulista de Letras.

Aristides da Silveira Lobo - Jornalista, advogado e político da cidade de Mamanguape - Paraíba. Foi deputado federal e ministro do interior. Um dos mais ardorosos defensores da República.

João Mendes de Almeida Júnior - Advogado e professor da cidade de São Paulo. Foi membro do Supremo Tribunal Federal. Autor de "Direito Judiciário Brasileiro". O Forum e a Praça João Mendes, são em sua homenagem.

Nelson de Sousa Carneiro - Advogado e político da cidade de Salvador - Bahia. Foi deputado e senador. Lutou pela aprovação da Lei do Divórcio, promulgada em 1977.

Benjamin de Almeida Sodré - Militar e político da cidade de Mecejana - Ceará. Foi presidente da Associação dos Alunos da Escola Naval. Em sua carreira, atingiu o posto de almirante. É o criador da União dos Escoteiros do Brasil. Foi Grão-Mestre do Grande Oriente do Brasil (1953-1954).

Esmeraldo Tarquínio de Campos Filho - Advogado e político da cidade de Santos - São Paulo. Foi deputado e prefeito de Santos (1968-1969).

Kurt Prober - Historiador e numismata brasileiro, de origem alemã, da cidade de Berlim. Possuidor do maior arquivo de documentos maçônicos que se conhece. Fundador da revista "A Bigorna".

Augusto João Manuel Leverger/Barão de Melgaço - Militar e geógrafo brasileiro, de origem francesa, da cidade de Saint Malo. Teve importante papel, na defesa das fronteiras brasileiras, na guerra do Paraguai. Foi presidente da Província de Mato Grosso.

Tomás Antônio Gonzaga - Poeta, advogado e desembargador brasileiro, de origem portuguesa, da cidade do Porto. Participou ativamente do movimento da Inconfidência Mineira. Autor de "Marília de Dirceu" e "Cartas Chilenas", é considerado um dos grandes poetas do Arcadismo Brasileiro.

Theobaldo Varolli Filho - Historiador da cidade de São Paulo - São Paulo. Importante autor maçônico. Foi membro da Academia Maçônica Paulista de Letras. Grão-Mestre Adjunto, no período de 1956 a 1962.

Cornélio Pires - Escritor, jornalista e folclorista, da cidade de Tietê - São Paulo. Um dos maiores divulgadores do folclore brasileiro. "Enciclopédia de Anedotas e Curiosidades", "Almanaque do Saci", "Quem conta um conto...", são algumas de suas obras.

Amadeu Ataliba Arruda Amaral Leite Penteado/Amadeu Amaral - Escritor e poeta da cidade de Capivari - São Paulo. Fundador da Academia Paulista de Letras. Escreveu "Urzes", "Névoa", "Espumas", "Lâmpada Antiga", entre outras.

Paulo Duarte - Advogado, jornalista e historiador da cidade de São Paulo - São Paulo. Espírito combativo e independente, participou das articulações da Revolução Constitucionalista de 1932. Trabalhou no jornal O Estado de S. Paulo. Escreveu "Sob as Arcadas" e "Agora".

Cesar Guerra Peixe - Compositor e maestro da cidade de Petrópolis - Rio de Janeiro. Criador da Escola Brasileira de Música Popular. É autor de vasta obra. "Sinfonia no. 1" e "Maracatus do Recife", são destaques.

Antonio Frederico Zerrener - Industrial brasileiro de origem alemã. Fundador da Companhia Antarctica Paulista. Foi Grão-Mestre Adjunto de Pedro de Toledo e seu sucessor, no Grande Oriente Estadual de S. Paulo.

José Francisco da Rocha Pombo - Professor, historiador, escritor e jornalista da cidade de Morretes - Paraná. Um dos fundadores da Universidade Federal do Paraná. Pertenceu à Academia de Letras do Estado. Autor de diversas obras, entre elas, "História do Brasil", "Nossa Pátria", "No Hospício".

Martim Francisco Ribeiro de Andrada III - Estadista, matemático e cientista da cidade de Santos - São Paulo. Foi ministro da fazenda em 1820 e 1840, presidente da Assembléia Constituinte e Câmara dos deputados.

José Maria da Silva Paranhos (Visconde do Rio Branco) - Professor, jornalista, estadista e político, da cidade de Salvador (BA). Graduado em matemática, professor na Escola Militar, deputado provincial, senador, ministro da Marinha, Negócios Estrangeiros e da Fazenda. Promulgou a Lei do Ventre Livre. Por suas missões internacionais, é considerado símbolo da diplomacia brasileira. Grão-Mestre do Grande Oriente do Brasil.

José Maria da Silva Paranhos Filho (Barão do Rio Branco) - Historiador, estadista e diplomata da cidade do Rio de Janeiro. Graças aos seus esforços diplomaticos, a Questão do Amapá, foi resolvida em favor do Brasil. Também a Questão do Acre. Serviu a 4 presidentes como secretário de relações exteriores.

Julio Cesar Ribeiro - Romancista, filólogo e jornalista da cidade de Sabará - Minas Gerais. Foi um combativo defensor da abolição e do movimento republicano. Escreveu: "Estudos Gerais de Linguística", "Padre Belchior de Pontes", "A Carne", entre outros.

Antonio Peregrino Maciel Monteiro/Barão de Itamaracá - Médico, político e diplomata da cidade de Recife - Pernambuco. Foi deputado, presidente da Câmara, ministro de Estrangeiros e ministro plenipotenciário em Lisboa.

José Gomes Pinheiro Machado - Advogado e político da cidade de Cruz Alta - Rio Grande do Sul. Foi senador e deputado constituinte em 1890 e 1915.

Manuel Luís Osório/ Marquês de Herval - Militar da cidade Vila de Nossa Senhora da Conceição do Arrôio, hoje Osório - Rio Grande do Sul. Combateu na Revolta dos Farrapos, na Invasão do Uruguai e Argentina. Participou da Guerra do Paraguai. Foi eleito deputado e senador.

Hermes Rodrigues da Fonseca - Militar da cidade de São Gabriel - Rio Grande do Sul. Na carreira militar atingiu o posto máximo: marechal. Foi eleito presidente da república (1910-1914).

Epitácio Lindolfo da Silva Pessoa - Advogado e político da cidade de Umbuzeiro - Paraíba. Foi deputado, ministro da justiça, ministro do Supremo Tribunal Federal e presidente da república entre 1919 e 1922.

José Lopes da Silva Trovão - Patriota da Ilha de Gipóia - Angra dos Reis - Rio de Janeiro. Foi um dos grandes propagandistas da república. Um paladino da liberdade.

Artur Silveira da Mota/Barão de Jaceguai - Militar da cidade de São Paulo - SP. Fez uma brilhante carreira militar. Foi Grão-Mestre no período de 1881 a 1882.

Joaquim Marcelino de Brito - Magistrado e político da cidade de Salvador - Bahia. Foi deputado, ministro e governador de Sergipe e Pernambuco. Ministro do Supremo Tribunal de Justiça. Foi Grão-Mestre do Grande Oriente do Brasil, no período de 1864 a 1871.

Maurício Paiva de Lacerda - Advogado e político da cidade de Vassouras - Rio de Janeiro. Foi oficial do gabinete de Hermes da Fonseca. Deputado à Assembléia Constituinte e deputado federal.

Joaquim Rodrigues Neves - Advogado da cidade do Rio de Janeiro - Rio de Janeiro. Foi presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, em 1941. Foi Grão-Mestre do Grande Oriente do Brasil, no período de 1940 a 1952.

Antonio Duarte Nogueira - Médico e político da cidade de São Francisco de Salles - Minas Gerais. Foi prefeito da cidade de Ribeirão Preto, em duas gestões: 1969 a 1973 e 1977 a 1983.

Inocêncio Serzedelo Correia - Militar e político da cidade de Belém - Pará. Com Benjamim Constant, fundou o Clube Militar. Foi ministro da Indústria, Viação e Obras Públicas e um dos próceres da República.

Luiz Gonzaga Pinto da Gama - Escritor e advogado da cidade de Salvador - Bahia. Contribuiu diretamente para a libertação de mais de 500 escravos, em 1830. É o fundador da Imprensa Humorística e do Centro Abolicionista de São Paulo.

Mariano Procópio Ferreira Lage - Empresário e político da cidade de Barbacena - Minas Gerais. Ajudou a construir a 1a. Estrada de Rodagem do Império. Foi diretor da Estrada de Ferro D. Pedro II, hoje, Central do Brasil. Foi deputado provincial e geral.

Fernando Prestes de Albuquerque - Militar e político da cidade de Itapetininga - São Paulo. Foi deputado estadual e federal. Foi governador do Estado de São Paulo, no período de 1898 a 1900. Fundador do Instituto Butantã, nomeando para seu diretor o Dr. Vital Brasil.

Eduardo Vandenkolk - Militar da cidade do Rio de Janeiro - Rio de Janeiro. Foi o 1o. Ministro da Marinha, no governo de Deodoro da Fonseca. Participou nas guerras do Uruguai e Paraguai. Foi senador e vice-almirante da marinha brasileira.

João Batista Gonçalves de Campos/ Visconde de Jary - Jornalista e político da cidade de Acará - Pará. Foi Grão-Mestre do Grande Oriente do Brasil de 1889 a 1890.

Álvaro Palmeira - Médico e professor da cidade do Rio de Janeiro - Rio de Janeiro. Foi Grão-Mestre do Grande Oriente do Brasil, de 1963 a 1968.

Joaquim José Inácio de Barros/Visconde de Inhaúma - Militar da marinha, de origem portuguesa, da cidade de Lisboa. No Brasil, participou da Campanha Cisplatina, Revolução Farroupilha, Guerra do Paraguai e Confederação do Equador. Foi ministro da marinha no gabinete de Caxias.

Gaspar Silveira Martins - Advogado e político da cidade de Cerro Largo - República Oriental do Uruguai, divisa com o estado do Rio Grande do Sul. Foi deputado, conselheiro do Império, senador, ministro da Fazenda, governador do Rio Grande do Sul e um dos grandes oradores de nossa história.

Carlos de Campos - Estadista, parlamentar, jornalista e musicista da cidade de Campinas - São Paulo. Foi diretor do jornal "Correio Paulistano", secretário de Justiça de Campos Salles e governador do estado de São Paulo.

João Tibiriçá Piratininga - Agricultor e político da cidade de Itú - São Paulo. Foi um dos maiores líderes republicanos da Província de São Paulo.

Américo Brasiliense de Almeida e Melo - Jurisconsulto e político da cidade de São Paulo - São Paulo. Participou da comissão que elaborou a Nova Constituição. Foi ministro do Supremo Tribunal Federal e governador do estado do Rio de Janeiro, em 1866.

Frei Francisco de Santa Tereza de Jesus Sampaio - Religioso e patriota da cidade do Rio de Janeiro - Rio de Janeiro. Frade ativista, Francisco José de Sampaio foi um dos maiores colaboradores da nossa independência.

Américo Brazílio de Campos - Jornalista, diplomata e político da cidade de Bragança Paulista - São Paulo. Trabalhou na "Província de S. Paulo", hoje "O Estadão" e fundou o "Correio Popular". Um grande nome do jornalismo brasileiro.

Antonio da Silva Jardim - Advogado e jornalista da cidade de Capivari de Cima (Silva Jardim) - Rio de Janeiro. Escreveu na Gazeta de Notícias. Conferencista e orador brilhante, foi um dos mais ativos propagandistas da república. Escreveu "O General Osório", "Gente do Mosteiro" e "Memórias e viagens".

Artur da Silva Bernardes - Advogado e político da cidade de Viçosa - Minas Gerais. Foi deputado, governador e presidente da República (1922-1926). A cidade de Presidente Bernardes, é em sua homenagem.

Joaquim Aurélio Barreto Nabuco de Araújo - Diplomata e escritor da cidade de Recife - Pernambuco. Foi membro da Academia Brasileira de Letras. Destaques para "Camões e os Luzíadas" e "Abolicionismo".

Antônio Francisco de Paula e Holanda Cavalcanti e Albuquerque/ Visconde de Albuquerque - Militar e político da cidade de Engenho Pantorra - Cabo - Pernambuco. Foi deputado, senador e ministro de estado. Grão-Mestre do Grande Oriente do Brasil de 1837 a 1850.

David José Martins/David Canabarro - Militar da cidade de Pinheiros/Taquari - Rio Grande do Sul. Participou da proclamação da república Catarinense, das Guerras da Cisplatina e Farrapos. Foi um dos líderes da Revolução Farroupilha. Comandou a esquadra de Caxias.

Ubaldino do Amaral Fontoura - Advogado da cidade de Passo dos Marianos - Lapa - Paraná. Companheiro de escritório de Saldanha Marinho. Um dos publicistas da Abolição e da República. Foi senador e ministro do Supremo Tribunal Federal.

Nereu de Oliveira Ramos - Advogado e político da cidade de Lajes - Santa Catarina. Foi deputado federal, senador, governador do estado, vice-presidente e presidente da república. Foi Ministro da Justiça, no governo de Juscelino Kubitscheck.

Bernardino José de Campos Júnior - Estadista, diplomata, político e jornalista da cidade de Pouso Alegre - Minas Gerais. Propagandista dos ideiais republicanos, foi deputado, senador e governador de S. Paulo. Foi ministro da fazenda no governo de Prudente de Morais.

Antonio Vicente Felipe Celestino - Cantor da cidade do Rio de Janeiro. Um dos maiores intérpretes da música popular brasileira e uma das vozes barítonas mais lindas. Seu grande sucesso foi "O Ébrio".

Nelson Roberto Pérez/ Bob Nelson - Cantor e compositor da cidade de Campinas - São Paulo. Linha musical alegre e divertida, são destaques de seu repertório, "Ó Suzana", "O boi Barnabé", "Catulé", "Te aguenta Mané" e "Eu tiro o leite".

Cândido José de Araújo Viana/Marquês de Sapucaí - Advogado e desembargador da cidade de Congonhas do Sabará - Minas Gerais. Foi presidente das Províncias de Alagoas e Maranhão e ministro da Suprema Côrte de Justiça.

Manoel Joaquim de Albuquerque Lins - Político da cidade de São Miguel dos Campos - Alagoas. Foi senador, secretário da fazenda no governo de Jorge Tibiriçá. Revitalizou a cultura do café. Foi governador do estado, de 1908 a 1912 e vice na chapa de Rui Barbosa, à presidência.

Raphael Baptista Rabello - Violonista, compositor e arranjador da cidade de Petrópolis, Rio de Janeiro. Reconhecido internacionalmente como um grande fenômeno. Músico de técnica e virtuosidade inacreditáveis. Foi parceiro de Radamés Gnatalli.

O QUE É A CHARITAS MAÇÔNICA? - Sérgio Quirino



O ir. Sérgio Quirino é um notável erudito da maçonaria e é o atual Grão-Mestre da GLMMG 2021/2024


Na tradução literal charitas é a caridade. Nesta versão direta perdemos parte da essência do vocábulo e o limitamos a “doações”, “esmolas”, “beneficência”, “favor” e tudo mais que envolva algo de material.

Naturalmente, não há nada de errado neste sentido semântico. Nossas instruções destacam a Fé a Esperança e a Caridade como as três virtudes teologais. Desta forma, nada mais natural para nós Maçons do que, com base na virtude da caridade, suprir os menos afortunados que nos cercam com os bens materiais que lhe faltam. Porém, não abrange a totalidade da Charitas Maçônica.

Lembremos que a caridade no sentido material não passa do cumprimento elementar de um dever maçônico. Afinal, toda a oportunidade que perdemos de ser úteis, e qualquer socorro negado nos tornam perjúrios.

A ética nos ensina que não devemos gozar os prazeres da vida sem regramentos. A ausência da justa medida nos prazeres materiais chega às raias de uma ofensa àqueles que tem poucos recursos. E, no caso dos realmente iniciados, emerge uma tremenda angústia quando se veem impossibilitados de socorrer os carentes.

Portanto, a caridade maçônica como doação se estende para além do material, pois não se alimenta o espirito com o pão.

O termo latino charitas expressa dois substantivos: Caridade e AMOR. Das três virtudes teologais descritas no Livro da Lei consta que a maior é a Caridade. Porém, em algumas edições desta passagem, a palavra caridade é substituída por “amor” ou ela aparece entre parênteses: caridade (amor).

Se compreendermos a “Charitas Maçônica” como “Amor Maçônico”, estaremos, aí sim, inserindo em nossos labores as verdadeiras ações de “benevolência”, “misericórdia”, “piedade” e “tolerância”.

A DÁDIVA É UM ATO ESPONTANEO

DE DAR ALGO MATERIAL OU NÃO, A ALGUÉM.

SER MAÇOM É UMA DÁDIVA

SER MAÇOM É A DÁDIVA DE SI MESMO

Muitas vezes, a caridade é representada como uma mão estendida. Observe que ela ou está vazia ou segurando outra mão. A maior doação é se doar. O maior amor é amar.

A matéria precisa de pão, mas ela é apenas o veículo do espírito. Precisamos alimentar também aqueles que estão desamparados espiritualmente. Um sorriso, “emprestar os ouvidos”, abraçar um corpo senil, acalentar um doente, cantar para alguém, dançar, contar estórias, são provas de amor, são, portanto, a pura caridade.

A CARIDADE MAÇÔNICA NÃO É DOAR ALGO, MAS SE DOAR.

Atingimos quinze anos de compartilhamento de instruções maçônicas. Nosso propósito fundamental é incentivar os Irmãos ao estudo, à reflexão e tornar-se um elemento de atuação, um legítimo Construtor Social.



novembro 21, 2021

OS QUATRO ELEMENTOS - José Castellani




Os quatro elementos conhecidos na Antiguidade eram: o ar, o fogo, a água e a terra.

Em todas as teorias cosmogônicas do mundo antigo, existe a ideia de um elemento primordial, do qual derivariam todos os demais elementos.

O mais antigo conceito relativo a essa ideia é aquele associado aos trabalhos do sábio grego Thales, de Mileto, que considerava a água como elemento fundamental.

Na Grécia mesmo, todavia, muitos filósofos defenderam idéias diferentes. Anaxímenes afirmava que o elemento primordial era o ar, já que ele podia ser condensado, formando nuvens e chuvas, cujas águas, evaporando, formavam, novamente, o ar, deixando um resíduo sólido de terra.

Heráclito, com base no mitraísmo persa, que via a manifestação do poder divino no fogo, defendia a teoria desse elemento, afirmando que tudo, no mundo, está em constante transformação e que o elemento que pode provocar as mais intensas transformações é o fogo.

Feresides escolheu, como fundamental, o elemento terra, pois, afirmava ele, ao se queimar um corpo sólido, obtém-se água e ar.

Aristóteles, finalmente, defendendo uma concepção de Empédocles, afirmava que esses quatro elementos eram fundamentais e que todos os corpos eram formados por combinações deles.

Todavia, assim como os antigos discípulos de Zoroastro, ou Zaratustra, na antiga Pérsia, os hermetistas, os alquimistas e os Rosa-cruzes consideravam o fogo como o símbolo da divindade, já que, esotericamente, ele é o único elemento cósmico, daí as denominações de fogo fluídico (o ar), fogo líquido (a água), fogo sólido (a terra), e fogo sideral (o próprio fogo), dadas aos quatro elementos.

A Cabala hebraica aplica a expressão fogo branco ao Infinito Incognoscível de Deus (o Ein Soph) e a expressão fogo negro à sabedoria e à luz absoluta (a cor negra é o resultado da absorção de toda a luz).

Os antigos rosa-cruzes possuíam uma cerimônia chamada fogo novo, que era celebrada no sábado de aleluia, em homenagem à ressurreição de Jesus.

Tudo o que existe é filho do fogo e é através dele que tudo se renova; daí a máxima hermética Igne Natura Renovatur Integra (o fogo renova toda a Natureza), cujas iniciais, *I.N.R.I.*, já foram usadas com diferentes sentidos, inclusive pelo cristianismo.

As ideias de Aristóteles, básicas para a alquimia e úteis na astrologia, eram ensinadas nas escolas de pensadores de Alexandria, no Egito.

Nela, se deu a fusão entre as práticas egípcias e as teorias gregas, mais tarde desenvolvidas pelos Árabes.

Estes, ao conquistar, em 642 a.C., o Egito, trouxeram, para o Ocidente, a nova contribuição à cultura da época.



MAÇONARIA DE PAU - Louis Block


(Palavras do Gr.'. Mestre, Pod.'. Ir.'. Louis Block, de Yowa, sobre o que ele chama “maçonaria de pau”:) 

“Muitos maçons que aprendem a recitar o ritual de maneira automática, não sabem que através de suas místicas palavras há ocultos pensamentos e significados que bem merecem ser descobertos”.

Semelhantes maçons estão aptos para viver mecanicamente balbuciando frases ritualísticas, como alguns devotos insípidos cantam as rezas em latim, cujo real significado pouco, ou nada, conhecem. 

Uma coisa é estar apto para desempenhar e recitar um ritual e outra é saber que o ritual tem um significado; e conhecer qual é esse significado, aplicando-o á sabedoria, força e beleza, em nossa vida diária.

A Maçonaria não serve para cega e estúpida devoção, consagrada a ela por homens de pau, que não sabem por que a servem; o que ela ama é a inteligente lealdade de homens que pensam e que têm uma razão para a sua fé.

Ela ocultou as suas lições em frases místicas, não com o propósito de que aprendamos um número de palavras de estranhos sons, que sempre permanecerão para nós vazios e desprovidos de significado, mas com o fim de nos fazer pensar.

Muitos recitam o ritual como se contivesse algum mágico encanto e, para esses, o simples fato de que não podem entender o que ele diz, parece dar a suas frases misteriosas um poder milagroso.

Estes homens podem constituir boas máquinas, porém nunca serão maçons.

O Maçom que não consagra tempo para estudar e pensar, que nunca examina nem reflexiona, que só decora que não penetra no significado aparente da palavra para buscar o pensamento real que se acha oculto no mais intimo desta, será sempre maçom, mas no nome, somente.

Bom dia meus irmãos.


Traduzido do Boletim do Grande Oriente do Uruguay, de novembro de 1913

novembro 20, 2021

CONSCIÊNCIA , COR E DATA - Newton Agrella





Newton Agrella é escritor, tradutor e palestrante, um dos mais renomados intelectuais da maçonaria.

Do ponto de vista essencialmente  filosófico temos a liberdade de entender que a "Consciência"  é a percepção que temos daquilo que se passa, dentro ou fora de nós.

Trata-se do acúmulo de experiências produzidas e resultantes de nossos próprios pensamentos, sentimentos e atos.

Consciência não tem cor, não guarda vestígios, não levanta bandeiras e tampouco se constitui num bem alienável.

A Consciência é um atributo do espírito e do pensamento humano que se manifesta na própria relação interior que cada um de nós exercita ao longo da vida.

Reconhecer qualidades, valor e igualdade entre as pessoas, não é Consciência, senão um puro exercício de civilidade.

O que se percebe no entanto, é uma insistente ideia de se politizar a consciência, conferindo-lhe caráter histórico, social e até midiático, como se fosse um instrumento transformador do comportamento humano.

O resgate da memória das vicissitudes, do sofrimento, das humilhações e de todo e qualquer outro percalço, que o ser humano submete ou a que é submetido, não é um agente para que se promova uma releitura da história.

A legitimidade reside em reconhecer os erros e não repeti-los.

Quando um país precisa instituir um dia para chamar a atenção de um contingente significativo de sua população, e que portanto não pode ser chamado de minoria, é porque tem transitado há muito tempo, pelos caminhos mais tortuosos e sórdidos de sua história.

Respeito e Dignidade, Direitos e Obrigações fazem parte de um acervo ético e moral.


,

CALENDÁRIO CABALISTA LUNISSOLAR



Os astros seguem, imperturbáveis, em seus movimentos, e o ser humano procura formas de registrar em números, a passagem do tempo. Essa é a função dos calendários.

O primeiro calendário que se tem notícia foi o dos sumérios, há cerca de 5000 anos, e era baseado no espaço de tempo decorrido entre duas luas novas (29 dias, 12 horas e 44 minutos). Assim também é o calendário hebraico, onde cada mês se inicia na lua nova.

Reza a tradição que esse foi o calendário adotado quando o Criador mostrou a Moisés a lua nova de Nissan (Áries), duas semanas antes da saída do Egito, que ocorreu na lua cheia.

Atualmente, esse calendário é do tipo lunissolar, no qual os meses seguem as fases da lua, mas também leva-se em conta as estações. Por isso os meses são de 29 e 30 dias (nem mais nem menos), alternadamente. Um ano hebraico possui 354 dias, contra 365 do calendário gregoriano, ou solar. Isso dá uma diferença de 11 dias entre os dois.

Para a correção desses 11 dias, em relação às estações do ano, acrescenta-se um mês adicional de Adar a cada 3 anos (33 dias). Em alguns anos é necessário subtrair um dia do mês de Kislev (que normalmente tem 30 dias), ou acrescentar um dia ao mês de Chesvan (que normalmente tem 29 dias).

Assim, a cada lua nova temos um novo mês, sempre na mesma estação do ano.

O TÚMULO DO REI HIRAM DE TIRO - Ir.: Luciano Rodrigues.



O túmulo do Rei Hiram está localizado a alguns minutos de carro, a sudeste de Tiro na aldeia de Hanaway. É um sarcófago colossal de calcário, construído sobre um alto pedestal, ao norte da fronteira com Israel. Este túmulo pode ser encontrado e visto no Google Maps com uma placa turística marrom na estrada próxima.

Rei Hiram de Tiro é um personagem significativo na Maçonaria. Ele é introduzido na Maçonaria como um amigo e aliado do rei Salomão que assiste este último na construção da famosa Casa de Deus em Jerusalém, o Templo de Salomão. O que não é tão conhecido é que ele também era um aliado do Rei Davi, pai de Salomão, e ajudaram-no a construção de seu palácio em Jerusalém. Tiro é um antigo porto fenício e está localizado no que hoje é conhecido como o Líbano e atualmente é conhecido como Sur. Foi do Líbano que veio o famoso cedro encontrado tanto no palácio de David quanto no Templo do Rei Salomão. Além de suprimentos, o rei Hiram era conhecido por artesãos que fornecia, lenhadores, carpinteiros, pedreiros e outros trabalhadores para ajudar na construção de vários edifícios famosos, assim Tiro era um centro bem conhecido por arquitetos e artífices.

Rei Hiram era um rei fenício que reinou de cerca de 980-947 A.C. (embora esta data pode ter uma variação de 10 anos). Dizem que ele viveu até os 53 anos de idade, mas reinou apenas 34 deles, após suceder seu pai Abibaal. Existe uma confusão do texto bíblico com os prazos que não combinam muito bem com Salomão e David lidar com um “rei Hiram” durante um tempo de cerca de 54 anos.

Rei Hiram na Bíblia

Hiram era politicamente oportuno, quando viu o poder dado por Deus a David, por sua própria sobrevivência, Hiram sabia que era melhor tornar-se um aliado de Davi, em vez de um inimigo, embora pareça que a sua amizade pessoal era genuína.

“E Davi se tornou maior e maior, pois o Senhor, o Deus dos exércitos, estava com ele. E Hiram, rei de Tiro, enviou mensageiros a Davi, e madeira de cedro, também carpinteiros e pedreiros que construíram David uma casa.” (2 Samuel 5: 10-11)

Depois que David morreu, Hiram continuou a amizade com Salomão, fornecendo materiais e operários qualificados para a construção do Templo:

“Agora Hiram, rei de Tiro, enviou os seus servos a Salomão, quando ouviu que o haviam ungido rei em lugar de seu pai; Para Hiram sempre amei David”

“E Salomão mandou dizer a Hiram: Você sabe que Davi, meu pai, não pôde edificar uma casa ao nome do Senhor seu Deus, por causa da guerra com seus inimigos que o cercaram, até que o Senhor colocá-los sob as solas dos seus pés. Mas agora o Senhor meu Deus me tem dado descanso de todos os lados; não há nem adversário, nem infelicidade. E propósito para que eu construir uma casa para o nome do Senhor meu Deus, como o Senhor disse a Davi, meu pai: Teu filho, que porei sobre o teu trono em seu lugar, esse edificará a casa ao meu nome. Agora, pois, manda que cedros do Líbano ser cortado para mim; e os meus servos irá juntar-se aos teus servos, e eu vou pagar por seus servos tais salários que você definir; para você saber que não há ninguém entre nós que saiba cortar madeira como os sidônios.”

“Quando Hiram ouviu as palavras de Salomão, muito se alegrou, e disse: Bendito seja o Senhor neste dia, que deu a Davi um filho sábio sobre este tão grande povo.“

“E Hiram enviou a Salomão, dizendo: Eu ouvi a mensagem que enviou para mim; Estou pronto para fazer tudo o que desejar em matéria de cedro e de madeira cipreste. Meus servos trazê-lo para baixo para o mar a partir do Líbano; e eu vou fazê-lo em balsas para ir pelo mar até o lugar que você dirigir, e eu vou tê-los quebrado lá em cima, e você deve recebê-la; e você deve satisfazer meus desejos, fornecendo alimento para minha casa “.

“Então, Hiram forneceu a Salomão com toda a madeira de cedro e cipreste que ele desejar, enquanto que Salomão deu Hiram vinte mil coros de trigo, para sustento da sua casa, e vinte mil coros de azeite batido. Solomão deu isso a Hiram ano a ano. E o Senhor deu a Salomão sabedoria, como lhe tinha prometido; e houve paz entre Hiram e Salomão, e os dois fizeram um tratado”.


,

novembro 19, 2021

TODO DIA É TEU DIA BANDEIRA - Adilson Zotovici

 


Adilson Zotovici da ARLS Chequer Nassif  169 de S. Caetano do Sul é intelectual e um dos mais talentosos poetas da maçonaria brasileira.

Não será só neste dia 

Desta data costumeira 

Toda honra e cortesia  

A ti amada Bandeira 


Tu que trazes alegria 

Desfraldada, alvissareira, 

Aprazes com simbologia, 

Em tuas cores, altaneira


Tens até na geometria  

Diversidade verdadeira 

Estrelada, que inebria, 

Com tua frase sobranceira 


Teus súditos com eutimia 

Seguir-te-ão... vanguardeira 

Com fidelidade à porfia 

Na imensidão sem fronteira 


Tua história te credencia 

Da Liberdade herdeira 

Teu povo impõe soberania 

Na oratória ou na trincheira 


Festiva a paragem ou sombria  

Hasteada ou não... mensageira 

Que tua imagem propicia 

A emoção derradeira 


Grande Arquiteto te Guia 

Por ti morrerão se ELE queira 

Os obreiros da maçonaria 

Oh Pendão, Flâmula Brasileira !


A BANDEIRA BRASILEIRA - Evangelista Mota Nascimento


Evangelista Mota Nascimento, 33º I:. escritor, professor e membro regular das Lojas Simbólicas: Visconde de Vieira da Silva, nº 14 - Oriente de Barra do Corde, Maranhão e Heitor Correi de Melo, nº 19 - Oriente de Açailândia, Maranhão.

A frase “ORDEM E PROGRESSO” foi escrita em novembro de 1889, por Raimundo Teixeira Mendes, escritor, filósofo, maranhense de Caxias, que, repassou para os governantes da época o modelo da bandeira brasileira, prontamente adotado e elogiado. 

A cidade maranhense de Caxias é provavelmente a única a estar presente simultaneamente na história dos dois maiores símbolos da nossa Nação -- a Bandeira e o Hino. 

A Bandeira é uma criação do filósofo e matemático caxiense Raimundo Teixeira Mendes (1855 -1927). Seu dia, 19 de novembro, é a data em que, em 1889, quatro dias após a Proclamação da República, Teixeira Mendes entregou ao marechal Deodoro da Fonseca o desenho que o maranhense voluntariamente criou. Durante quatro dias, de 15 a 19 de novembro, a Bandeira brasileira era uma “cópia servil” da bandeira dos Estados Unidos pintada de verde e amarelo (no lugar do vermelho e branco americanos).

Na Bandeira brasileira, até a frase “Ordem e Progresso”, extraída por Teixeira Mendes da obra do filósofo francês Auguste Comte, pode ser creditada ao poeta caxiense Gonçalves Dias, que a escreveu e a descreveu em sua obra “Meditação”, de 1846, enquanto o livro “Système de Politique Positive”, de Comte, é de 1852. Trato extensamente desse assunto em meu texto “’Ordem e Progresso’ -- Um Lema Caxiense?”.

Se o Maranhão e Caxias estão presentes na Bandeira do Brasil, com o desenho e, quiçá, com o lema, também é dupla a participação maranhense-caxiense no Hino Nacional: os trechos de versos da “Canção do Exílio”, do caxiense Gonçalves Dias, na letra do Hino (“nossos bosques têm mais vida” e “nossa vida [em teu seio] mais amores”) e a proposição legal de o Hino Brasileiro ter uma letra (pois antes era só melodia).

A proposição foi do escritor caxiense Coelho Netto, quando deputado federal, no Rio de Janeiro (antiga capital da república). Coelho Netto, que era deputado federal e desde 1906 defendia uma letra para o Hino brasileiro, apresentou duas emendas sobre o assunto, em 1909 e 1910, que foram rejeitadas, mas, em 1922, no centenário da Independência, o Congresso Nacional, por pressão do presidente Epitácio Pessoa, finalmente aprovou uma letra para o Hino, de autoria de Osório Duque-Estrada. Coelho Netto escreveu, em 1909: “ - Esse hino tem sido companheiro das nossas glórias e vicissitudes e precisa ser cantado por todos os filhos deste grande país. É um hino que canta, mas não fala. É preciso que fale, que saiba traduzir a beleza das nossas mulheres, a pureza do nosso céu, o ruído das nossas cascatas e a impetuosidade do nosso amor”.

***

Nos mais diversos lugares e localidades deste País, seja em um submarino brasileiro no fundo do mar, seja no Pico da Neblina, no mais rarefeito ar, está tremulando especialmente a Bandeira do Brasil -- criação de um caxiense, Raimundo Teixeira Mendes.

Desde 19 de novembro de 1889, após a proclamação da República, a bandeira que estamos vendo agora é a mesma que vem presidindo e testemunhando, do mais alto ponto, o correr dos acontecimentos em nosso território.

Cada símbolo nacional tem a sua função, o seu valor. Mas nem o selo, nem o sinete, nem mesmo o brasão das armas nacionais têm estado tão presente nos olhos e na alma do povo brasileiro quanto a sua bandeira.

A bandeira é o hino em tecido: basta vê-la nos grandes momentos para sentirmos aquela mesma comoção sadia, a mesma emoção positiva de orgulho cívico, de cidadania gloriosa.

É assim ao vibrarmos com o esportista vitorioso que empunha, mesmo sem mastro, o quadrilátero verde-amarelo.

É assim ao nos comovermos com a bandeira enorme sob a qual desfilam anônimas pessoas do povo nas passeatas.

É assim quando a vemos empunhada por braços firmes e passadas fortes dos estudantes e dos soldados nos desfiles de 7 de setembro.

A Bandeira Brasileira não deve ser um objeto com datas certas para acontecer, aparecer. Ela deve estar mais presente no dia-a-dia. Na Capital do País, Brasília, pessoas da iniciativa privada mantêm um movimento cívico para ter-se e manter-se a Bandeira Brasileira frente aos prédios de suas empresas. Não se trata de ufanismo piegas, mas de orgulho de ser cidadão e de pertencer a esta Nação.

A Bandeira é isso: aquela que se eleva no simbolismo da luta; aquela que se declina no momento de luto.

Seja no calor da batalha ou na frieza da mortalha, a bandeira, a meio mastro ou no alto, ensina que não nos devemos baixar, derrotados ou derrotistas. Devemos, sim, abrir os olhos e firmar a visão, num gesto de determinação e de superação que “aos fortes e aos bravos só pode exaltar”.

E pelo pouco tempo de existência de nosso País, ter conseguido o destaque que nós temos no concerto das nações significa que esta também é uma terra de bravos.

Viva a bandeira brasileira! Tenha-a sempre à mão. Agite-a: ela espanta os insetos da anticidadania. Use-a: ela é um tônico contra a falta -- ou a fraqueza -- de civismo.

Que a mensagem de “ORDEM E PROGRESSO” de nossa Bandeira continue a balizar o caminho pelo qual todos nós, governantes e governados, empregadores e empregados, devemos trilhar. Que a ordem, aqui, signifique não só disciplina e disposição, mas também boa administração das coisas e das causas públicas. E que o progresso seja, por sua vez, sinônimo de justiça social.

Que as cores da bandeira adquira outros tons. Que o verde, além do simbolismo das matas, seja o da esperança realizadora daqueles que não se acomodam.

Que o amarelo não represente apenas a fartura do nosso ouro, mas a riqueza da cultura do nosso povo.

Que o azul não se limite ao limite das nossas vistas, que é o céu; mas se amplie por uma visão além dele, que é o espírito.

E o branco, que este não simbolize apenas a paz que é a ausência de guerra, mas a paz de consciência ante as muitas guerras que temos de vencer para reabilitar a maior parte do nosso povo e fortalecer, assim, a própria cidadania, a própria nacionalidade, o próprio País.

Em fim. Raimundo Teixeira Mendes nasceu na cidade de Caxias, Maranhão no dia 5 de janeiro de 1855. Filho de Raimundo Teixeira Mendes e Ernestina Torres de Carvalho. Foi para o Rio de Janeiro estudar num colégio de jesuítas e depois no Pedro II, onde passou a se interessar por matemática e filosofia positivista. Defensor das ideias republicanas ingressou na Escola Central, depois Escola Nacional de Engenharia, mas interrompeu os estudos devido a uma divergência com seu diretor, o visconde do Rio Branco, e concluiu o curso em Paris.

Foi divulgador das teorias de Augusto Comte no Brasil, na capital francesa fundou o primeiro templo da Religião da Humanidade, na casa em que morreu Clotilde de Vaux, companheira de Comte. De volta ao Rio de Janeiro, onde se radicou definitivamente estudou medicina, mas não concluiu o curso. 

De 1890 a 1908, publicou vários livros, entre eles A propósito da liberdade dos cultos, a política positivista, regulamento das escolas do exército, a comemoração cívica de Benjamin Constant, a liberdade religiosa, a liberdade espiritual, a organização do trabalho, a diplomacia e a regeneração social.

Baseada nos princípios propostos do filósofo francês Augusto Comte, Teixeira Mendes influenciou os eventos sociais da Igreja Positivista do Brasil, sediada no Rio de Janeiro, que tinha como diretor Miguel Lemos de quem Teixeira Mendes tornou-se seu vice-diretor.

Em 1888 a abolição da escravatura veio coroar de êxito parcial seus esforços, juntamente com diversos outros líderes e agitadores abolicionistas. Todavia, sua importância tornou-se realmente grande.

No amanhecer do dia 15 de novembro de 1889, Benjamin Constant Botelho de Magalhães destituiu o Gabinete do Visconde de Ouro Preto e proclamou a República. Imediatamente após a proclamação, Miguel Lemos e Teixeira Mendes se reuniram com Benjamin Constant para avaliar a situação e apoiar ou não o novo regime. No dia 19 de novembro, quatro dias após a proclamação, Raimundo Teixeira Mendes apresentou ao governo provisório, por meio do Ministro da Agricultura, o também positivista Demétrio Ribeiro, um projeto de bandeira nacional republicana, em substituição ao projeto anterior, o qual atualizou a bandeira imperial, mantendo o verde e o amarelo - indicando com isso a permanência da sociedade brasileira - e substituindo o brasão imperial pela esfera armilar com uma idealização do céu do dia 15 de novembro e o dístico “Ordem e Progresso” (da autoria de Augusto Comte) - indicando a evolução para um regime político aperfeiçoado e o espírito que deveria animar esse novo regime. O projeto foi prontamente aceito.

A cor verde, amarela e azul, assim como o posicionamento da faixa “Ordem e Progresso” e das estrelas, foi uma orientação de Miguel Lemos e Manuel Pereira Reis, as quais ficaram conhecidas como “Apreciação Filosófica” de Teixeira Mendes nos mais importantes eventos políticos da nova república, assim como: a separação entre a Igreja e o Estado, a revolta da vacina, a negociação dos limites territoriais projetado por Barão do Rio Branco, a participação do Brasil na 1ª Guerra Mundial, a legislação trabalhista, o respeito às mulheres, a proteção dos animais e inúmeros outros assunto de interesse nacional.

No parágrafo primeiro do Art. 13 da Constituição de 1988, define como símbolos da República Federativa do Brasil, a bandeira, o hino, as armas e o selo nacionais. Sem dúvida, os símbolos só podem ser os do Decreto 5.700, de 1971. No parágrafo segundo do mesmo artigo, estabelece que os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão ter símbolos próprios.

Concluem-se então estes fragmentos biográficos do maranhense natural de Caixa, Raimundo Teixeira Mendes, faleceu em sua residência situada na Rua Benjamin Constant, cidade do Rio de Janeiro, em 28 de junho de 1927. O cortejo fúnebre saiu para o Templo da Humanidade, na Glória, e de lá para o Cemitério São João Batista, onde foi sepultado, em 30 de junho do ano de 1927, onde pessoas da sua família leu o versículo 19 do capítulo 26 do livro do profeta Isaías: “Os teus mortos e também o meu cadáver viverão e ressuscitarão; despertai e exultai, os que habitais no pó, porque o teu orvalho será como o orvalho das ervas, e a terra lançará de si os mortos”.

Por estas e outas contribuições no campo literário e cultural o seu nome foi indicado e aprovado, Patrono da Cadeira nº 7, da Academia Açailandense de Letras.

Açailândia, Maranhão, 19 de novembro de 2021.

novembro 18, 2021

*QUAL O REAL OBJETIVO DA MAÇONARIA? - Ir. Denilson Forato, M.I.



A Maçonaria tem três objetivos essenciais: a instrução moral, física e intelectual; a moral abrange a espiritualidade; a física o conhecimento e a intelectual a mística. Os ensinamentos maçônicos buscam sempre nos lembrar os três deveres fundamentais do ser humano, ou seja, os deveres para conosco, com a humanidade e para com Deus. Para com Deus reconhecendo sua presença em tudo e sua fabulosa obra, o universo.

Para com a humanidade, consistindo em nossas famílias, a pátria e o universo, tendo como tarefa levar o conhecimento, a solidariedade, enfim, os nossos princípios de liberdade, igualdade e fraternidade. Para conosco consistindo em nosso aperfeiçoamento, o desbastar da pedra bruta, a busca do equilíbrio entre a mente e o corpo. Sendo esta a tarefa mais difícil de todas, a de olhar para dentro de nós mesmos, reconhecendo nossos defeitos, nossas limitações e ainda em certos momentos encontrar em nós sentimentos e atitudes as quais combatemos por princípio. Termos em certos momentos a consciência de nossa ignorância.

Todas as vezes que nos vemos irritados, insatisfeitos, atribuindo nosso insucesso a causas externas, como: pessoas, trabalho, dificuldade financeira, devemos neste momento olhar para dentro de nós mesmos, pois o bem estar, a felicidade, o equilíbrio como queira se chamar está dentro de nós, pois o mundo não muda, mas a nossa visão do mundo sim, esta pode ser modificada e só depende de nós. Busque através de Deus, do conhecimento, do autocontrole, de qualquer forma, mas busque sempre.

Todos nós passamos por momentos muito bons e também revezes e em vários destes estavam vocês, meus queridos irmãos, nos bons e nos difíceis.

É comum após alguns anos de maçonaria, alguns se interrogarem, o que estou fazendo aqui? Será que estou sendo útil ou será que a Maçonaria me é útil? Frequentemente encontro irmãos adormecidos, por este ou aquele motivo, muitos dizem “a maçonaria não é mais a mesma”, “maçonaria virou copo d’água”. Muitos acham que a maçonaria deve mudar o mundo, a política, a sociedade toda, mas sequer consegue mudar a si mesmo, sofrem em  reconhecer uma série de defeitos.

Hoje vivemos em imensos conglomerados urbanos, com família desfeitas, drogas, falta de Deus, com pessoas com problemas psíquicos graves, não mais em pequenas cidades, onde a influência dos justos e de boa formação era a regra, por isso temos tanta dificuldade em influenciar em massa, mas podemos e devemos continuar o trabalho pequeno em extensão, mas de enorme valor.

Não fossem as leis, mesmo com graves distorções viveríamos em condições piores do que animais, pois o ser humano é destrutivo em sua essência, e isto fica evidente quando suas necessidades não são satisfeitas.

Meus queridos irmãos, a maçonaria não é um reduto de homens perfeitos, mas sim um seleto grupo que busca a superação humana, a sabedoria e o conhecimento que não vem do dia para a noite e sim de forma gradual. Cada reunião em Loja é rica do inicio ao fim, basta enxergar, algumas melhores que outras, mas sempre muito produtivas.

A presença de cada irmão traz Luz à Loja, esta Luz é conhecimento, é riqueza, é espiritualidade, cada um com seu espírito formando uma egrégora positiva e construtiva.

Por tudo isso, e resumidamente, venho a esta Loja para combater o despotismo, a ignorância, os preconceitos e os erros. Para glorificar a verdade e a justiça. Que Deus permita que eu nunca desista.

CARBONÁRIA - Irm.’. Almir Sant’Anna Cruz





O Irm.’. Almir Sant’Anna Cruz é um dos mais prolíficos escritores e intelectuais maçônicos do país, membro da Academia Maçônica Virtual Brasileira de Letras.


A Carbonária era uma sociedade secreta fundada na Itália no século XIX, em que erroneamente se associa à Maçonaria, provavelmente por ter adotado, por cópia, práticas semelhantes, levadas por Maçons que pertenciam às duas Sociedades.

Da mesma forma que Maçom é Pedreiro, Carbonário era “Carvoeiro”.

Sete ou mais Irmãos Maçons constituem uma Loja e vinte ou mais “Bons Primos” Carvoeiros formavam uma “Venda”.

A região em que se encontra uma Loja chama-se Oriente e onde se encontrava uma “Venda” chamava-se “Floresta”.

Três ou mais Lojas formam uma Obediência e vinte ou mais “Vendas” formavam uma “Venda Central”. Havia, também, uma outra instância, a “Alta Venda”, formada por representantes (deputados) das “Vendas Centrais”.

Como a Maçonaria, a Carbonária tinha o seu alfabeto secreto.

Algumas ideologias maçônicas eram afins com a Carbonária, como o combate ao absolutismo e à intolerância religiosa, além do patriotismo e a defesa da democracia e dos ideais liberais.

A Carbonária caracterizava-se também por valores anticlericais e por sua atuação política e revolucionária, tendo atuado tanto na Itália quanto em outros países latinos europeus e sul-americanos. 

O Carbonário Maçom italiano Giuseppe Garibaldi participou no Brasil das forças separatistas derrotadas na Revolução Farroupilha.

Tal como a Maçonaria fora condenada pelo papa Clemente XII na bula In Eminenti de 1738, a Carbonária foi condenada pelo papa Pio VII na encíclica Ecclesiam de 1821.

novembro 17, 2021

DO EMPOBRECIMENTO DAS LINGUAGENS - Dominique Lelys

 


(…) A linguagem telegráfica e ultrassimplificada, que hoje p r e d o m i n a , é  capaz de  transmitir mensagens imediatas e sentimentos primitivos, assim como faz a “ l i n g u a g e m ” d e muitas espécies animais. Está associada a textos curtos e músicas pobres, repetitivas.

 A linguagem humana é muito mais do que isso. Ela fala de história, atualiza o passado, indica o futuro, refere-se ao que não existe, transmite conceitos, narra sentimentos e descreve objetos complexos.

 Em vez de escolas e famílias adaptarem-se ao empobrecimento vocabular e sintá tico, elas devem contribuir para enriquecer crianças e jovens. Quem não domina  uma linguagem rica não pode conhecer Shakespeare , Guimarães Rosa, a Ilíada e tantos outros monumentos da nossa humanidade.

 Afastados desse universo simbólico sofisticado, também não conseguem apreciar Villa-Lobos, a Pietà ou uma bela solução arquitetônica. 

 A ideia de rebaixar a escola em nome da inclusão só reproduz a exclusão. 

 Cesar Benjamim 

O desaparecimento progressivo dos tempos (subjuntivo, passado simples, imperfeito, formas compostas do futuro, particípio passado...) dá origem a um pensamento no presente, limitado ao instante, incapaz de projeções no tempo.

 A generalização da familiaridade, o desaparecimento das maiúsculas e da pontuação são todos golpes fatais à sutileza da expressão. Eliminar a palavra "saudade" não é apenas abrir mão da estética de uma palavra, mas também promover a ideia de que entre uma menina e uma mulher não existe nada. 

Menos palavras e menos verbos conjugados significam menos capacidade de expressar emoções e menos oportunidade de pensar bem. Estudos têm demonstrado que parte da violência nas esferas pública e privada decorre diretamente da incapacidade de traduzir as emoções em palavras. 

Sem palavras para construir um raciocínio, o pensamento complexo caro a Edgar Morin é dificultado, tornado impossível. Quanto mais pobre a linguagem, menos pensamento existe.

 A história é rica em exemplos e há muitos escritos de Georges Orwell em 1984 a Ray Bradbury em Fahrenheit 451 que relataram como ditaduras de todas as convicções dificultaram o pensamento, reduzindo e distorcendo o número e o significado das palavras. Não há pensamento crítico sem pensamento. E não há pensamento sem palavras. Como construir um pensamento hipotético - dedutivo sem dominar o condicional? Como imaginar o futuro sem conjugação com o futuro?

Como apreender uma temporalidade, uma sucessão de elementos no tempo, passado ou futuro, bem como a sua duração relativa, sem uma linguagem que faça a diferença entre o que poderia ter sido, o que foi, o que é, o que pode acontecer, e o que será depois que o que pode acontecer tenha acontecido? 

Se hoje se ouvisse um grito de guerra, seria o grito dirigido a pais e professores: façam com que seus filhos, seus alunos, falem, leiam e escrevam. Ensinar e praticar o idioma em suas mais variadas formas, mesmo que pareça complicado, principalmente se for complicado.

Porque nesse esforço está a liberdade. Quem explica o tempo todo que é preciso simplificar a grafia, purgar a linguagem de seus " defeitos", abolir gêneros, tempos, nuances, tudo o que cria complexidade são os COVEIROS DA MENTE HUMANA. 

 Não há liberdades sem exigências. Não há beleza sem pensar na beleza.

 Christophe Clavé


HAMLET NA MAÇONARIA: SER OU NÃO SER… MAÇOM - Márcio dos Santos Gomes




A conhecida e dramática frase “ser ou não ser, eis a questão” reflete a angústia existencial e a antológica dúvida do príncipe na obra “A Tragédia de Hamlet, Príncipe da Dinamarca”, escrita por William Shakespeare (1564-1616) na viragem do século XVII, onde o famoso personagem medita sobre o dilema de vingar ou não a morte do pai. Tal situação decorre do facto de Hamlet se ver diante de uma realidade que não era aquela imaginada, sendo subitamente colocado diante de revelações do fantasma do seu pai a demonstrar que o seu mundo perfeito era uma farsa, frente à complacência da corte. O momento desta descoberta da verdade dos factos também é registado na célebre frase “há algo de podre no reino da Dinamarca”.

A situação de dúvida acima relatada é uma constante que persegue o ser humano na sua trajetória terrena, presentes em momentos decisivos e impregnados de dualidades, envolvendo o que queremos ser ou sermos o que podemos. Enfim, como viver a vida. Alguns chegam a afirmar que felizes são aqueles que, ao viverem permanentemente alienados e não se verem confrontados com choques de verdades, não percebem as realidades do mundo e fazem a sua caminhada de forma descomprometida ou por vezes também construída ou fruto de um mito onde cada um a percebe de um modo diferenciado, como bem representadas na conhecida “Alegoria da Caverna” ou “Mito da Caverna”, uma passagem de “A República”, do filósofo grego Platão (400 a.C.).

É amplamente sabido que ao longo da história muitas pessoas procuram estruturar-se em clubes de serviços, grupos, associações, fraternidades, entidades com mais variados objetivos, de cunho material, social, cultural, religioso, civil, etc., onde prevalece a cooperação, a partilha, a ajuda mútua e a solidariedade. Aos membros e dirigentes de tais entidades cabe, dentre outras ações, encontrar pessoas com as qualificações e o ideal necessários para dar continuidade aos trabalhos, que se comprometam e se envolvam de forma plena a garantir a consecução dos objetivos definidos.

A Ordem Maçônica não foge a este receituário, por isto condiciona a seleção dos seus futuros membros a rígidos valores como probidade, honra ilibada e consciência cidadã, pois neste aspecto reside a sua força. Uma vez aceite a proposta de ingresso e superada a fase de sindicância e iniciação ritualística, outros valores são incutidos nos estudos e discussões regulares, de forma a que o iniciado aprimore a tolerância, a compreensão do verdadeiro amor ao próximo e à Pátria, despertando o interesse e exaltando a necessidade de trabalho pela felicidade do género humano e à consagração da solidariedade como a primeira das virtudes e o combate aos vícios inerentes ao ser humano, que é o objectivo a ser perseguido continuamente.

A serem seguidos os critérios e regulamentação previstos para a escolha e o escrutínio dos candidatos, observada a cautela nas diligências encetadas para aquilatar o grau de qualificação e valores demonstrados pelos possíveis interessados, não haveria espaço para frustrações e desistência ao longo da caminhada maçónica. Apesar disto, verificam-se por vezes procedimentos sumários de escolha e convite, com vistas a manter ou repor os quadros de algumas Lojas com número reduzido de obreiros, que desaguam em danos irreversíveis, decorrentes do comprometimento dos valores tão caros à Ordem, facultando a entrada a pessoas despreparadas, em busca de vantagens ou com o simples objectivo de serem chamados de “irmãos” e distribuir palmadinhas nas costas para demonstrar camaradagem e proximidade, para angariar simpatias pessoais e popularidade.

Por outro lado, mesmo após os cuidados cautelares, a frustração é do próprio iniciado, que se vê desiludido nas suas expectativas, nomeadamente por falhas dos dirigentes das Lojas em o envolver em atividade que cativem a sua atenção ou o instruam competentemente nos Princípios da Ordem.

Num primeiro momento o obreiro começa a emitir alguns sinais de insatisfação, como faltar às reuniões, por vezes sem justificação coerente, ou mesmo chegar atrasado, cumprimentando um ou outro, e não se interessando pelos assuntos tratados. Muitos tornam-se resmungões, não dão valor aos encontros festivos, descuidam-se das funções do cargo, caso os tenham, ou o recusam, quando convidados a atuar. Frequentar os ciclos de estudos da Escola Maçónica e reuniões da Loja de Pesquisas, ou mesmo visitar outras Lojas, nem pensar. Neste aspecto, não é raro ouvir-se no “jornal da caserna” que aqueles irmãos voluntários da Escola Maçónica estão a inventar ou a alterar a ritualística ou não sabem do que estão a falar, esquecendo que este fórum é para discussão e nivelamento de informações e não para ensinar aos que já o sabem.

Quando o assunto é apadrinhar um candidato, o argumento de não conhecer alguém com o perfil adequado é recorrente. Nas reuniões, os desinteressados estão sempre a recordar o “adiantado da hora” para que os trabalhos não se prolonguem e não comprometam o assistir ao jogo de futebol do dia, o copinho da praxe, etc. Tudo isto, sem entrarmos nas situações de formação de “panelinhas” e articulações políticas para processo sucessório nas Lojas e provocação de cizânia entre irmãos, comportamento típicos dos discípulos de Bakunin.

Neste contexto, algumas reflexões precisam ser feitas pelas Lojas e pelos obreiros que se identificam numa destas situações. Quanto às Lojas, várias perguntas podem ser feitas, como por exemplo:

O que podemos fazer para envolver e comprometer os obreiros?

Onde estamos a falhar?

As nossas reuniões são dinâmicas ou apenas cumprem as formalidades?

Temos apresentações de trabalhos que suscitam discussões e crescimento intelectual?

Estamos envolvendo a família nas atividades festivas e de companheirismo?

Estamos cuidando dos nossos aprendizes e companheiros, dando o suporte de “mentoring”?

No caso do obreiro temos questões como:

O que tenho feito para a Loja?

Tenho sido assíduo às reuniões?

Tenho interesse pelos assuntos tratados?

Participo das atividades extra Loja?

Recuso cargos ou substituir irmãos ausentes por motivo de força maior?

Faço visitas a outras Lojas?

Acompanho a evolução do(s) meu(s) afilhado(s)?

Indico novos nomes para compor a Loja?

Convido irmãos de outras Lojas para nos visitar?

Se nada disto é feito, então a Loja pode estar a trilhar um caminho tortuoso que fatalmente levará à sua extinção. Quanto ao obreiro, caso se sinta responsável por esta situação, é chegado o momento de se colocar como o melancólico Hamlet, onde o “ser” se tornou uma opção e ele agora tem que ponderar e escolher, sabendo que se não se sentir preparado o suficiente para fazer a escolha de forma consciente e alinhada com os postulados da Ordem, e chegar à conclusão que tudo não passou de uma escolha de ocasião, o seu prazo de validade expirou. Então, o passo seguinte é tratar de saber como obter o “quite-placet”, na certeza de que, se correr, o bicho não pega.


,