dezembro 23, 2021

ADÃO FOI O PRIMEIRO MAÇOM? - Ir.'. Carlos Alberto Carvalho Pires



Ir.'. Carlos Alberto Carvalho Pires, M.M. ARLS Acácia de Jaú 308, Or de Jaú (SP)

Adão era um legítimo Maçom? Esta intrigante questão, para ser adequadamente respondida, requer o desenvolvimento de uma breve reflexão. O que realmente significa ser um iniciado na Arte Real, seja atualmente, seja em tempos imemoriais, é o verdadeiro enigma a ser decifrado. Se considerarmos que só após o surgimento da Maçonaria como entidade formal, com a institucionalização dos ritos e estabelecimento da estrutura organizacional, poderiam existir Maçons operando a plena força, claro fica que jamais teríamos um pedreiro-livre em meio às figueiras do paraíso. Mas, se o verdadeiro espírito de Hiram transcende as eras, e já se mostrava vivo e operante quando o primeiro sopro de vida irradiou-se pelo firmamento, podemos estar diante de uma maravilhosa saga maçônico quando analisamos as mitologias relativas ao início de tudo. 

1- O MITO DA CRIAÇÃO

Em todas as civilizações existentes ou que já existiram as preocupações com o início dos tempos é lugar-comum. Isto porque faz parte da natureza humana vislumbrar uma explicação racional para todos os mistérios, mesmo quando a própria razão se esgota. Nossas mentes inquietas exigem que as lacunas na totalidade cultural sejam preenchidas de uma forma ou outra, pois o que mais angustia e dilacera nossas almas é a falta de entendimento sobre as grandes questões da existência. 

Considerando que deve ter havido um ponto primordial, ou um momento zero que tudo inicia, a mente criativa do Homo sapiens criou um intrigante arquétipo para elucidar esta área nebulosa de nosso passado. Surgiam as Cosmogonias ou os Mitos da Gênese, que relatam o aparecimento da natureza juntamente ao casal primordial. Traçado originalmente em um tempo esquecido, mas perpetuado por inúmeras culturas e civilizações ao longo das eras, o drama do primeiro homem e da primeira mulher ainda permanece vivo em nossos corações e almas. Por se tratar de uma angústia similar a todos os homens, as narrativas apresentam traços comuns, apesar das grandes distâncias geográficas e temporais existentes entre as culturas que as codificaram. 

A dominância inicial de trevas imensas que tudo envolvia, por exemplo, é uma lenda contada pelos índios Pima, antigos habitantes da América do Norte. Depois teria surgido a luz, que acabou com a noite eterna. No vale do rio Indo, os Upanixades acreditam que o ser inicial criou o homem a sua imagem e semelhança, por ter se sentido solitário - isso data de seis mil anos atrás. Outro caso interessante vem da África ocidental, da tribo Bassari. Estes guerreiros dizem que Unnumbotte, o princípio criador, gerou o homem, depois o antílope e a serpente, e os obrigou a trabalhar a terra. 

Em termos maçônicos, sabemos pelas antigas tradições que o G.A.D.U. resolveu, em determinado momento, lançar luz sobre as trevas. Materializava, assim, o sopro divino na forma das criaturas vivas que habitariam os diversos planos da existência. A matéria primordial, ou Pedra Bruta, seria lapidada para adquirir vida. Este substrato natural, simbolizado pelo número 4, englobando os elementos essenciais, seria complementado pelo número 3, o algarismo perfeito. Assim como em nosso avental, onde o quadrado se une ao triângulo espiritual e nos traz o equilíbrio justo, a vida floresceu e marchou a passos firmes rumo à evolução. O momento inicial de surgimento do homem-maçom dá-se, simbolicamente, durante o rito da Iniciação – mais especificamente quando os candidatos professam seus juramentos solenes.

2- O ÉDEN ENTRE COLUNAS

Dentre as inúmeras mitologias existentes, vamos nos ater à versão descrita na tradição Judaico-Cristã, que influenciou toda forma de pensamento no mundo ocidental. Registrada no livro do Gênesis, o primeiro do Pentateuco ou de Moisés, ali está descrita uma visão estilizada do que teria sido a estupenda criação do mundo pelo G.A.D.U. em sete dias. O Jardim do Éden é uma metáfora de um mundo de sonhos, onde o tempo, o nascimento, a própria vida e a morte não existem. O Criador, ser uno e permanente, resolvera tornar-se finito. Assim o fez por necessidade, não por vontade. O personificador da substância infinita, presente em tudo, criou, então, a natureza. Como faltava um jardineiro para cuidar de seu jardim, lançou-se em mais um projeto arquitetônico: um ser lapidado a sua imagem e semelhança iria habitar aquele mundo de contemplação. 

O primeiro homem, Adão, brotou da terra. Com vida eterna, por comer livremente da árvore do conhecimento, vivia em perene contemplação, em conjunção intrínseca com a divindade, como uma extensão ideal da própria substância que o gerara. E para acompanhá-lo, o Criador extraiu de seu corpo a matéria para forjar a companheira ideal, Eva. A obrigação deles seria dominar a terra, se multiplicando. O único impedimento seria buscar a verdade sobre o que é o bem e o que é o mal – estavam proibidos de se alimentarem com os frutos da famigerada árvore do conhecimento. 

O que nos impressiona, analisando alguns trechos desta maravilhosa narrativa à luz dos preceitos maçônicos, é que muitos elementos existentes em nosso Simbolismo já operavam a plena força e vigor nos primórdios dos tempos. Destacaremos apenas nove passagens que comprovam esta tese.

2.1- O Elemento Terra

No Capítulo 1, versículo 24, existe uma situação inicial onde “disse também Deus: produza a terra seres viventes”. Disso percebemos, metaforicamente, que todos foram forjados da terra. Este elemento, um dos tijolos essenciais formadores da totalidade existencial na visão esotérica e na concepção da Alquimia, já se mostrava como matéria prima operativa do G.A.D.U. Na Iniciação maçônica, a prova da terra representa o começo da jornada do aprendiz e aqui, no limiar da gênese, também se apresenta como o elemento iniciador do processo existencial.

2.2- A Igualdade 

Ainda neste primeiro capítulo, é dito que “Criou Deus o homem à sua imagem” (versículo 27). Fica claro que existe uma comunhão entre a substância universal e o ser criado. O principio da igualdade entre os homens, enquanto regidos pela mais elevada ética, é aqui evidente. A mais justa e perfeita igualdade ocorre entre o Criador e seus filhos. Assim, não é concebível haver qualquer forma de discriminação entre os homens se todos foram feitos da mesma matéria, sendo similares na estética que se espelha no pressuposto criador.

2.3- O Ciclo da Vida 

Vendo o Capítulo 2, versículo 9, notamos que “do solo fez Deus brotar toda sorte de árvores, e também a árvore da vida no meio do jardim e a árvore do conhecimento do bem e do mal”. Aqui temos uma forma de dom da imortalidade sendo repassado aos homens, através da árvore da vida – figura mitológica co-irmã da “fonte da juventude”. Comendo os frutos desta planta, a pessoa jamais morre. Mas, qual o simbolismo desta premissa? Temos duas formas de avaliar esta condição. Podemos considerar que há uma referência a um componente eterno que não se desfaz no momento da morte, ou que existe uma perenidade concreta do ser humano, que nunca experimentaria as desgraças da velhice, das doenças, da decrepitude física e dos sofrimentos pré-mortuários. Mas, por outro lado, devemos filtrar este simbolismo com o as lentes do terceiro e mais filosófico olho. Talvez o homem estivesse ainda em uma fase de total imaturidade em relação aos martírios e às dificuldades da vida, como Sidartha Gautama enquanto preso em seu palácio, antes da “iluminação”. 

Como qualquer criança na primeira infância, a morte é uma figura inexistente, e todos se acham eternos e invulneráveis às mazelas normais de qualquer ser vivente. Por este segundo prisma, percebemos uma simbiose com a situação do candidato. Ele deve vislumbrar sua condição natural e passageira na primeira prova, na câmara das reflexões. Ter noção de nossa limitação física e temporal é condição essencial para se iniciar nos mistérios da Ordem. Portanto, quem ficar satisfeito apenas com o acesso aos frutos da árvore da vida, não tem condições para ser indicado como obreiro.

2.4- Discernir entre o Bem e o Mal 

Nos versículos 16 e 17 é dito que “E Deus deu esta ordem: de toda árvore do Jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento não comerás”. Aqui volta o risco de manter o jovem nas trevas, pois além de se manter sem noção de sua incapacidade de viver eternamente, lhe é mandado que nunca busque a sabedoria sobre o que é certo e errado, o que representa a vida justa e reta, sem vícios, e o caminho do mal. A verdade sobre a virtude e o terror são negados ao homem. Deste modo, Adão se via diante de um dilema: seguir cegamente as orientações expressas ou buscar a luz do conhecimento, estando pronto para arcar com as conseqüências?

2.5- Faça-se a Luz! 

A mais clara conexão entre a saga de Adão e a jornada do Aprendiz está relatada, de maneira primorosa, no Capítulo 3, versículo 5: “no dia em que comeres da árvore do conhecimento, se vos abrirão os olhos, e como Deus, sereis conhecedores do bem e do mal”. Aqui, só falta aguardar o acorde de Zaratustra para se descrever um dos momentos mais marcantes de nossa vida maçônica. Abrir os olhos é a metáfora equivalente a retirar as vendas, que impedem a ação de nossa visão espiritual sobre a realidade. A comunhão com o infinito, que é a substância divina se estabelece exatamente neste momento, na forma da autoconsciência adquirida, sabendo julgar, agir e ser completamente responsável por todos seus atos. Em suma, tornamo-nos livres. Esta manifestação livre da vontade se apresenta no versículo 6 , quando é relatado que Eva e Adão comeram o fruto da árvore do conhecimento.

2.6- O Avental Primordial 

Em seguida ao acesso à verdadeira sabedoria, relatado acima, vemos mais um elemento fundamental de nossa ritualística sendo introduzido na cena primordial. O avental, que cobre os três chakras cabalísticos mais inferiores, se apresenta na forma de uma cinta com folhas que são colocados no casal inicial, imediatamente após abrirem os olhos – isto está no versículo 7 , “Abriram-se, então, os olhos, e vendo-se nus fizeram cintas com folhas de figueira para si”.

2.7- O Auto-Conhecimento

No capítulo 3, versículo 10 e 11, Adão se manifesta afirmando que tem consciência de estar nú. Pela primeira vez na vida ele adquirira esta capacidade tão elementar a todos: de se auto-enxergar. A metáfora da nudez, aqui, representa a condição do ser humano quando livre de todos os atributos superficiais. Assim permanece apenas sua essência. Esta é uma premissa básica de quem busca a verdade. Primeiramente temos que conhecer nossa realidade, sabendo exatamente quem somos, para depois decifrar os mistérios do universo. Este pressuposto absoluto, que escancara nossa finitude temporal como um dos grandes mistérios de nosso ser, estava registrada no frontão do templo a Apolo, em Delfos ( gnothi sauton, ou nosce ipsum em latim). O ato de se conhecer, de enxergar fundo nos próprios olhos atingindo o mais obscuro labirinto da alma, é condição indispensável a todos que desejam a plenitude.

2.8- A Virtude do Trabalho 

O exercício de um trabalho honesto e digno, como bem sabemos, é obrigação elementar de todo maçom. Ganhar a vida com os próprios esforços, derivados dos méritos e talentos individuais, é predicativo indispensável aos obreiros. Um maçom não pode ser um ente imprestável, que vive à sombra de outro, como um parasita. Este preceito básico incrivelmente aparece, de maneira direta, no versículo 17 e 19 deste mesmo capítulo. Vemos que “disse Deus a Adão: ...em fadiga obterás, da terra, o sustento. 

No suor de teu rosto comerás o teu pão, até que tornes a terra, pois dela foste formado, porque és pó e ao pó retornará”. Portanto, a necessidade de exercer efetivamente um trabalho já se tornava uma norma inquestionável ao querido Adão. Ele abandonou a vida fácil da coleta de frutos, na qual se mantinha em contemplação vegetativa permanente, tal qual faria um bom e legítimo maçom contemporâneo.

2.9- A Liberdade 

Liberdade pode ser definida como a capacidade de conhecer, julgar, agir e ser responsabilizado por isso. Vemos que a premissa básica do ser livre é ter conhecimento adequado sobre qualquer evento, principalmente quando diante de um dilema ético. No final do capítulo 3, é revelada a Adão sua nova condição: “Disse Deus: eis que o homem se tornou como um de nós, conhecedor do bem e do mal” (versículo 22). Adão se apresenta como um ser humano pleno, com noção de sua finitude e de suas limitações, e totalmente livre para agir conforme a ética mais justa, sendo também o único responsável por seus atos, pois agora conhece o caminho do bem e do mal. 3- 

3- CONCLUSÃO

As primeiras manifestações ritualísticas, segundo muitos estudos, já operavam embrionariamente no seio da mãe África. Há milhões de anos em comunidades humanas fincadas na planície de Olduwai já se praticariam cerimônias com nuances do simbolismo atual. Posteriormente, o culto à Akhenaton, o deus-sol venerado na cidade perdida de Amarna, aprimoraria tais ritos. Mais aperfeiçoamentos seriam incorporados pelo contato com os cultos a Elêusis na Grécia, com as empreitas dos Collegia Fabrorum de Roma e pela chegada do esoterismo dos Essênios. Na rotina das Guildas medievais o valor do trabalho seria destacado. Chegamos com força à época da lenda de York e dos famosos Manuscritos Cook e Regius. Os Cátaros, os Templários e a reação da Santa Inquisição marcaram com fé e sangue nossos primeiros catecismos. 

A fundação da Royal Society pode ter sido o catalisador que faltava para a publicidade experimentada pela primeira vez em 24 de Junho de 1.717, com o surgimento da primeira obediência, em Londres. Nossa tradição, enquanto sociedade iniciática organizada, sofreu todas estas influências ao longo de sua história. Seguindo esta linha temporal, que considera a formalização da Ordem como condição essencial para o reconhecimento dos legítimos obreiros, fica evidente que não seria possível existir um iniciado em tempos remotos.

Mas, se pensarmos na Maçonaria como um estado de espírito intangível e inefável, que norteia nossas vidas mostrando o caminho justo a seguir independentemente de haver ou não qualquer estrutura formal para regulamentar este estado da alma, vemos que existe algo mais do que a historiografia oficial nos apresenta. Por esta forma de encarar os fatos, quando surgiu o primeiro homem tocado pela verdadeira luz maçônica, teria aparecido a filosofia mais sublime jamais criada. 

Os conceitos, os princípios e as verdades ancestrais que fundamentam nossa Ordem, e que se cristalizam nas almas dos legítimos Irmãos, surgiram muito antes que qualquer rito ou doutrina oficial fosse registrado – floresceram em um tempo há muito esquecido, perdido em meio às brumas da eternidade. E, deste modo, a saga de Adão pode perfeitamente ser considerada uma poderosa jornada pelas Colunas de Hiram.

dezembro 22, 2021

ACENDIMENTO DAS VELAS - Ir.'. Pedro Juk


O Respeitável Irmão Carlos Resende, Mestre Maçom da Loja Cavaleiros do Sol, 3.195, GOB, Oriente de Campo Grande, Oriente de Mato Grosso do Sul, apresenta a seguinte questão: 

Recentemente nossa Loja recebeu a palestra de um valoroso irmão de outro Oriente. E dali surgiram algumas dúvidas que, a meu ver, precisam ser esclarecidas, pois acabaram criando uma situação de divergências dentro da Loja.

Eu sou a favor, sempre, de nos atermos aos nossos Rituais. Palestras e livros nos ajudam a tirar nossas dúvidas, mas nem sempre devemos mudar porque alguém "acha" que o que fazemos está errado. O nosso Templo trabalha com velas (e não as lâmpadas), o que obriga ao Mestre de Cerimônias acender a todas elas.  O Mestre de Cerimônias pega uma vela acesa (que fica na balaustrada), faz o seu giro normal pelo Ocidente com a vela acesa, entra no Oriente e acende a vela do Venerável Mestre. Depois desce e faz o acendimento como de costume (1º Vigilante e 2º Vigilante). 

Após a palestra desse valoroso Irmão, o Mestre de Cerimônias vai ao Oriente com uma vela apagada à mão e ali é que acende a vela do Venerável e a sua própria (fósforo ou isqueiro), descendo com ela para acender no Ocidente na forma de costume. 

Como tudo é simbolismo, a Loja está passando por uma pequena polêmica, já que alguns Irmãos acham correto a orientação do palestrante (acender a vela no Altar do Venerável). Outros acham que devemos manter como vínhamos fazendo, ou seja, já sair da balaustrada com a sua vela acesa e fazer o giro normal até chegar ao Altar do Venerável. 

Assim, se o Eminente Irmão puder nos dar uma "Luz", ficaria grato, até porque no nosso Ritual não cita onde a vela deve ser acesa (para os altares com velas). 

CONSIDERAÇÕES:

No Rito Escocês Antigo e Aceito não existe cerimônia de acendimento de velas. As luzes litúrgicas somente são aquelas colocadas sobre o Altar ocupado pelo Venerável Mestre e mesas dos vigilantes, acesas estas de acordo com o grau de trabalho da Loja. 

Assim o Ritual do Grande Oriente do Brasil não prevê esse procedimento. O que pode causar confusão nesse sentido é que algumas Lojas ainda não adotaram a iluminação elétrica relacionada a essas Luzes. Assim é permitido, porém sem qualquer cunho místico, o uso de velas nessa representação. 

No caso do acendimento destas para a sessão, o Mestre de Cerimônias cumpre essa missão simplesmente para acendê-las e nada mais. 

Esse procedimento é para evitar que o Venerável e os Vigilantes não careçam de preocupação na busca de artifícios para esse mister. 

Cerimônia de acendimento de luzes não é procedimento do Rito Escocês, porém próprio de outro Rito.

Em sendo as luzes velas, o Mestre de Cerimônias na abertura acende primeiro a Luz correspondente ao Venerável, em seguida a do Primeiro Vigilantes e conclui no Segundo Vigilante. No encerramento o procedimento é inverso somente para distinguir daquele da abertura. 

Nesse ato o Mestre de Cerimônias não deve fazer reverências, inclinação de corpo, maneios de cabeça etc. Nesse ofício ele apenas e tão somente acende a Luz, já que elas não são no caso elétricas.

Se houvesse qualquer cerimônia, então como seria nas Lojas que adotam pequenas lâmpadas elétricas?

É de muito bom alvitre que o Mestre de Cerimônias já tenha uma vela acesa próxima a ele (sobre a balaustrada, por exemplo) para auxiliar no acendimento e o bom desenvolvimento da ritualística. 

Assim no momento evita-se a procura de fósforos ou isqueiros. Em havendo opção da presença dessa vela auxiliar, após ser a mesma usada no cumprimento da missão deve ser imediatamente apagada.

No Rito Escocês também não existe a tal “chama votiva”. Por assim ser o nobre palestrante conforme vossa descrição está “inventando” procedimento inexistente no ritual. 

Alerto que o ritual deve ser cumprido no rigor daquilo que ele exara, reforçando a tese de que não existe qualquer preceito de que a Luz tenha que sair do Oriente e percorrer as Colunas.

Finalizando, deixo aqui o alerta para que as Lojas distingam opiniões de Irmãos de outras Obediências coirmãs que porventura possam emitir opiniões sobre os procedimentos adotados no Grande Oriente do Brasil.

JUSTO E PERFEITO


“JUSTO E PERFEITO” é uma expressão, encontrada no Livro de Gênesis, onde a história do Dilúvio é retratada, com Deus, arrependido de criar o homem, resolvendo destruí-lo numa proporção imensurável, pois o mesmo passou a trilhar os caminhos da iniquidade, corrompendo sua humanidade, conforme versam o Capitulo 6, versículo 9: “Noé era um homem Justo e Perfeito no meio dos homens de sua geração. Ele andava com Deus” e, em Gênesis, capitulo 7, versículo 1-3, Deus disse a Noé: “Entre na arca...tu e toda tua casa... porque te reconheci justo diante dos meus olhos... entre os de tua geração”.

Essa expressão, para a maçonaria, segundo o Ir.∴ José Castellani, remonta às organizações medievais de canteiros (trabalhadores em cantaria - o enquadramento da pedra bruta) onde havia muita rivalidade dentre as corporações dos profissionais, que se resultava da sabotagem no trabalho, que consistia em penetrar no terreno do concorrente para fazer um leve desbastamento da pedra já cúbica que, difícil de ser verificada pelo olho humano, se mostrava quando usada na construção.

Assim, no fim do dia de trabalho, por ordem do Máster (o proprietário ou seu preposto), um Warden (zelador, ou vigilante) media a horizontalidade da obra com o nível, enquanto outro aferia sua perpendicularidade com o prumo, e, se tudo estivesse em ordem, comunicavam ao Master, “Tudo está Justo e Perfeito”.

Na manhã do dia seguinte a operação era repetida para prevenir eventuais sabotagens noturnas, pois a estabilidade das construções dependia da forma cúbica das pedras. Com tudo “JUSTO E PERFEITO” os trabalhos eram iniciados.

A expressão “Está Tudo Justo e Perfeito” é utilizada como cumprimento e reconhecimento entre os Maçons. Porém, de fato, tudo está Justo e Perfeito, tendo em vista as queixas de IIr∴ de que nada vai bem hoje na Maçonaria? Tudo está JUSTO e PERFEITO com a Maçonaria atual, que permanece como a de ontem, crendo que sua Filosofia é eterna, assim como seus ensinamentos? A Maçonaria está ciente de que nada mudou, pois as inconformidades estão nas atitudes de alguns IIr∴ que não assimilam seus ensinamentos, deixando de incorporá-los nos seus “Templos Interiores”, ou seja, não praticam as virtudes juradas, vilipendiando-as muitas vezes ao se mostrarem vaidosos, antiéticos e hipócritas, deixando de se renunciar ao TER para acreditar no SER.

Os Maçons que corrompem a cubicidade de suas próprias pedras não levam consigo para o mundo profano os preceitos e ensinamentos da Sublime ARTE REAL. Muito pelo contrário, trazem do mundo profano imperfeições que semeiam a desarmonia na Loja, fomentando a desagregação entre os IIr∴ e o desequilíbrio dos trabalhos que têm como principal objetivo a assunção do cumprimento de seus juramentos, prestados em suas iniciações, para o engrandecimento do próprio ser em si.

Enquanto a pedra d’outrora era física, a atual representa o próprio ser em si, que é moldado numa cubicidade cujos lados representam a Personalidade e o Eu. Três deles a Personalidade (Caráter, Determinação e Virtude) e os outros três o Eu (Crença, Fé e Espiritualidade).

A união das pedras cúbicas, representativas dos Maçons, se perfaz numa pedra cúbica que envolve e influencia toda a sociedade. Portanto cabe a cada Maçom o desafio do labor que impede a geração de imperfeições em sua própria pedra, sujeita às intempéries e divergências naturais da sociedade.

Portanto a ele cabe a responsabilidade de colocar em prática, no mundo profano, a doutrina e os ensinamentos Maçônicos, transformando-o, com muito trabalho e ação, num sistema harmônico baseado numa “Filosofia de Vida”.

O Grande Maçom Ir∴ Albert Pike nos deixa uma lição. Assim ele discorre: “É surpreendente ver como os homens falam das virtudes e da honra e não pautam suas vidas nem por uma nem outra. A boca exprime o que o coração devia ter em abundância, que quase sempre é o inverso do que o homem pratica”.

dezembro 21, 2021

A MAÇONARIA EM NÓS - Ir∴ Cláudio Américo




Tem muito Mestr∴ Maç∴ que esqueceu de sua principal função: o ensino.

Na maioria das vezes é apenas blá, blá, blá, blá... Ou pior, reina silêncio em ambas as CCol∴!

Não tenho tempo. Assuntos de maior importância me impedem. É complicado. É difícil. Sou tímido. Tenho receio de me expor; medo e errar; de ser criticado...

O pior caso é aquele que se considera tão sábio que, do alto de seu pedestal, majestosamente, concede chances aos outros de ensinar, e em sua incomensurável sabedoria apenas ouve e critica o Trab∴ de outros.

Numa inversão de papéis, na maioria das OOf∴, apenas AApr∴ e CComp∴ ensinam. MMestr∴ MMaç∴ apenas ouvem ou blá, blá, blá, blá... Isto quando o sábio Mestr∴ Maç∴, cansado das lides profissionais do dia, não cochila durante a apresentação!

Quando foi a última vez que você, Mestr∴ Maç∴, apresentou uma Peç∴ de Arq∴ em sua Loj∴? Algo de própria lavra, resultado do próprio esforço?

Quando foi a última vez que você, Mestr∴ Maç∴, leu um livro de assunto maçônico, de filosofia, de relações interpessoais, de sociologia, de antropologia, de psicologia, de pedagogia... Já leu alguma vez na vida um livro com um conteúdo destes?

Quando foi a última vez que você, Mestr∴ Maç∴, recolheu-se em silêncio e meditou sobre os problemas da família, da sociedade... ?

Podem atirar pedras os que não pecaram...

O SOLSTÍCIO - Revisão Sidnei Godinho


O solstício corresponde ao instante em que o Sol atinge a sua declinação máxima ou mínima, dependendo do hemisfério em questão.

No solstício de Verão o Polo Norte apresenta uma inclinação de 23,5º em direção ao Sol, enquanto no solstício de Inverno o Polo Norte fica afastado do Sol com uma inclinação de 23,5º. 

No hemisfério sul (onde se encontra o Brasil), o solstício de verão acontece nos dias 21 a 23 de dezembro e o solstício de inverno nos dias 21 a 23 de junho.

Inversamente, no hemisfério norte, o solstício de verão acontece nos dias 21 a 23 de junho e o solstício de inverno nos dias 21 a 23 de dezembro.

Por ser o dia de maior noite no ano, o solstício de Inverno (21 de Dezembro, no hemisfério Norte e 21 de Junho no hemisfério Sul) é associado à morte, ao desconhecido ou à escuridão, enquanto que o dia de maior claridade (21 de Junho, no hemisfério Norte e 21 de Dezembro no hemisfério Sul) é associado a Vida ou à Luz (solstício de Verão).

Na antiguidade, as iniciações eram feitas sempre no solstício de Inverno, porque sendo o ultimo dia de maior noite, significava a marca do inicio do ciclo de dias de luz cada vez maiores; significava ainda a saída do mundo dos mortos (a noite, a escuridão), ou a entrada no mundo dos vivos (o dia, a Luz).

As iniciações tinham assim o significado de renascer, ou nascer de novo para a Luz; o renascimento assume assim o significado simbólico da vida que se renova, após a grande noite (morte).

No Egito antigo, os Faraós eram reiniciados a cada novo solstício de inverno.

As Pirâmides foram construídas em alinhamento para receber o Sol de frente à porta de entrada, exatamente no dia do solstício de Inverno.

Em diversas outras civilizações, as grandes obras de arquitetura foram construídas com este alinhamento e com este objetivo.

Acredita-se que, assim como os Romanos observavam o Solstício de Inverno, em homenagem ao deus Saturno, posteriormente chamado de “Sol Invencível”, esse costume também era observado pelas Guildas Romanas, os antigos Colégios e Corporações de Artífices, que nada mais eram do que a Maçonaria Operativa.

Porém, há fortes indícios de que a Maçonaria Especulativa, formada por europeus de predominância cristã e preocupados com a imagem da Maçonaria perante a “Santa Inquisição”, aproveitou a feliz coincidência das datas comemorativas de São João Batista (24/06) e São João Evangelista (27/12) serem muito próximas dos Solstícios, para relacionarem a observância dos Solstícios com os Santos de nome João, e assim protegerem a instituição e sua observação dos Solstícios da ignorância, tirania e fanatismo.

João Batista é o profeta que anuncia e prepara, no sistema iniciático, a vinda da Luz.

Ele ensina a humildade, a renúncia ao ego, sem as quais a iniciação e o progresso espiritual são impossíveis: "É preciso que ele cresça e que eu diminua" (João 3:30). 

Haverá expressão mais profunda deste sentido do que esta?

Pobre do Mestre que não aspire a ser ultrapassado pelo seu discípulo! 

São João Batista simboliza, assim, o grande iniciador, o Mestre sábio que prepara, humildemente, o caminho ao Aprendiz.

São João Evangelista, em contrapartida, representa o Irmão que recebeu a Luz e que a dimana na sua sabedoria, identificando-a com o Verbo e com o Amor. 

Tradicionalmente, tanto para o mundo oriental, quanto para o ocidental, o solstício de Câncer, ou da Esperança, alusivo a São João Batista (verão no hemisfério Norte e inverno no hemisfério Sul), é a porta cruzada pelas almas mortais e, por isso, chamada de Porta dos Homens, enquanto que o solstício de Capricórnio, ou do Reconhecimento, alusivo a São João Evangelista (inverno no hemisfério Norte e verão no hemisfério Sul), é a porta cruzada pelas almas imortais e, por isso, denominada Porta dos Deuses.

Nesse sentido, na Inglaterra, onde a primeira Obediência Maçônica do mundo, como se sabe, foi fundada em 1717, no dia de São João Batista, o antigo símbolo maçônico de um círculo ladeado por duas linhas paralelas, talvez um dos símbolos mais antigos da humanidade ainda em uso, provavelmente teve a simbologia das linhas paralelas dos Trópicos de Câncer e Capricórnio, que possuem ligação direta com a observância dos Solstícios, transformados em São João Batista e São João Evangelista.

Ou seja, são Lojas Solsticiais e antes de tudo, Lojas de São João.

Que a força iniciática do batismo renovador que celebramos no Solstício de Verão, produza a Luz sábia e irradiante que, por intermédio do Amor, voltaremos a colher no próximo solstício de Inverno.

Bom dia e muita Luz neste Solstício meus irmãos.



dezembro 20, 2021

A VAIDADE - Irm.’. Almir Sant’Anna Cruz



O Ir.: Almir Sant’Anna Cruz é escritor, um dos mais destacados intelectuais maçônicos do país.

Muito se fala que devemos reprovar a Vaidade, confundindo-a geralmente com um dos 7 Pecados Capitais, a Soberba, que é o Orgulho, a Arrogância e a Vaidade desmedidas.

A Vaidade em excesso devemos, sim, combater, mas quem não tem “um pingo de Vaidade” é um relapso, uma pessoa que não cuida da sua aparência, que não se valoriza.

Todos nós, em maior ou menor escala, somos Vaidosos, e a mulher comumente é mais que o homem. E apreciamos isso nelas.

Muitos casamentos são desfeitos justamente por uma mudnça de comportamento, seja da mulher ou no homem, que durante a fase de namoro e noivado procuravam se mostrar de uma forma, e passados alguns anos de convívio deixaram de lado a Vaidade.

E nós, os Maçons? Não somos Vaidosos? 

Alguns ingressam nos nossos Quadros com o único intuíto de poderem se vangloriar de serem “Maçons”, como se isso acrecentasse algo ao seu status e não percebem que continuam sendo meros “Profanos de Avental”. 

Outros, para demonstrar uma erudição, real ou imaginária, por mera Vaidade, se apresentam em Loja para fazerem longos discursos, enfadonhos e muitas vezes sem qualquer conteúdo.

E parece que a Maçonaria, sem se aperceber, estimula essa Vaidade desmedia, com diplomas disso, medalhas e comendas daquilo, aventais coloridos diferenciando os Mestres, seja por seu Grau ou por ocuparem cargos em sua Alta Administração. 

E os chamados Graus Filosóficos, cursados por muitos que mal conhecem os Graus Simbólicos, criam inúmeros “pavões vaidosos”, com seus títulos pomposos, com uma infinidade de Graus que nem são iniciáticos, que se recebem por comunicação, mas com uma profusão de diplomas e aventais coloridos para afinal os Vaidosos poderem estufar o peito e dizer “sou 33”.

Portanto, meus IIrm.’. devemos nos policiar. Todos somos Vaidosos, mas o que não devemos é extrapolar, a Vaidade Desmedida deve ser combatida diuturnamente dentro de cada um de nós.


AMPULHETA E SEU SIMBOLISMO ENIGMÁTICO - Newton Agrella


Newton Agrella é escritor, tradutor e palestrante, um dos mais renomados intelectuais da maçonaria.

A palavra “ampulla” que, em Latim, significa redoma de vidro é a que deu origem ao substantivo "ampulheta" em Português, artefato muito utilizado antigamente na navegação, cuja função era a de marcar um período determinado de tempo.

Sem entrar no mérito de sua elaboração estética, mas sim, como um símbolo maçônico encontrado nas Câmaras de Reflexão, seu significado remete a uma profunda análise íntima daquele que se submete ao processo de iniciação na Sublime Ordem.

Sob o ponto de vista filosófico, a ampulheta diz respeito à inevitabilidade da passagem do tempo, e em especial, uma alegoria à própria transitoriedade da vida.  

Considerado na Maçonaria, um símbolo que mostra, pelo escoamento da areia, o transcorrer do tempo, e recorda ao profano a brevidade da existência humana - conferindo-lhe inclusive um ar um tanto esotérico -  com plurais interpretações, a ampulheta traz consigo uma imagem enigmática.

O tempo passa e voa, e a vida sobre a terra é semelhante ao cair da areia.

Àquele que se submete à experiência da iniciação maçônica, cabe registrar que a ampulheta se encontra na Câmara de Reflexões para sinalizar ao Iniciando, que o tempo deve ser aproveitado para as coisas úteis e positivas da vida, tanto para si, como para toda a humanidade. 

O esoterismo contido no simbolismo maçônico  da ampulheta é a de alertar ao Iniciando, que as ínfimas frações do tempo, acumulam-se para dar vazão à Eternidade, anímica e espiritual.

Nessa linha simbólica, a ampulheta representa o ciclo humano.

Pela sua própria compleição, a ampulheta com seus dois compartimentos revela a analogia entre o alto e o baixo, o vazio e o pleno, a terra e o céu e mormente no âmbito especulativo a ruptura simbólica com o mundo profano, e a entrega ao espírito e ao intelecto na busca pelo aprimoramento interior.

Não vai aí nenhum exagero, interpretar que a ampulheta, talvez seja o instrumento mais sensível que instigue a Consciência Humana, do tempo de que se tem para marcar o protagonismo e a razão de nossa história.

A expectativa é a de que cada grão de areia possa representar o exercício mais consistente e significativo do tempo que temos para valorizar esta nossa experiência.

Hora de virar a ampulheta !


dezembro 19, 2021

COPACABANA - A PRINCESINHA DO MAR - Via: Multirio - Márcia Pimentel.



Quando Estácio de Sá chegou ao Rio de Janeiro, em 1565, os índios chamavam de Socopenapan o areal onde hoje fica Copacabana, por ser ali uma área em que os pássaros socós gostavam de pousar. No século seguinte, mercadores peruanos trouxeram uma cópia da imagem da Virgem Maria – que era venerada pelos habitantes da península de Copakawana (localizada no Lago Titicaca, entre o Peru e a Bolívia) – e a fixaram no platô de pedras localizado no final da praia. Tempos depois, foi construída, no local, a Capela de Nossa Senhora de Copacabana, nome que acabou batizando a fazenda que se estendia do Leme ao final do Leblon.

Na segunda metade do século XIX, a Fazenda Copacabana começou a ser fracionada e vendida em grandes lotes. Um dos pioneiros da região foi o médico Figueiredo Magalhães, que comprou uma enorme área na região da atual Praça Serzedelo Correia. Em 1872, ele abriu uma clínica próxima à praia e organizou uma linha de diligências para que seus pacientes pudessem chegar até lá. 

O movimento em direção a Copacabana se iniciou, mais precisamente, em 1892, com a abertura do Túnel Velho (Alaor Prata), interligando o local a Botafogo, bairro da elite carioca de então. No mesmo ano, também chegou até lá uma linha de bonde da Companhia Ferro-Carril Jardim Botânico. O primeiro acesso terrestre à região se deu, contudo, pelo Caminho dos Pretos Quebra-Bolos, conhecido como Ladeira do Leme. 

Nas duas primeiras décadas do século XX, Copacabana era um lugar bucólico, onde pequenos grupos, elegantemente vestidos, passeavam à beira-mar para desfrutar a brisa e a paisagem. Naquela época, a valorização da cultura praiana era uma tendência internacional, de forma que, nos fins da década de 1910, luxuosos palacetes podiam ser vistos na Avenida Atlântica e em outras ruas internas do bairro. Foi nesse contexto que o então presidente da República, Epitácio Pessoa, por ocasião das comemorações do Centenário da Independência, solicitou a Otávio Guinle a construção de um suntuoso hotel aos moldes dos existentes na Riviera Francesa. Segundo a historiadora Julia O’Donnell, autora do livro A Invenção de Copacabana, a solicitação era uma proposta arriscada, mas que trazia em seu bojo um projeto de construção de uma identidade brasileira elegante e de exportação, aceito pelo empresário.

Inaugurado em 1923, não demorou muito para que o Copacabana Palace virasse um dos símbolos da cidade e palco do requinte por onde passavam grandes personagens da realeza, dos esportes, da música, do cinema, da política e do business internacional. Em 1933, as dependências do hotel foram usadas, inclusive, como cenário de Flying down to Rio, um marco dos filmes musicais por ter sido a primeira vez em que Fred Astaire e Ginger Rogers – dupla de estrondoso sucesso de Hollywood – dançaram juntos. O Golden Room, tido como a primeira casa de espetáculos da América Latina, começou a abrigar, desde quando foi aberto, em 1932, shows de personalidades do porte de Josephine Baker, Ella Fitzgerald, Ray Charles, Marlene Dietrich e Nat King Cole.

Com uma imagem definitivamente ligada a elegância, luxo, brasilidade, cosmopolitismo, corpos bronzeados e modernidade praiana, Copacabana começou a crescer verticalmente a partir da década de 1930. No final dos anos 1950, sua população atingia quase 130 mil habitantes. As luxuosas casas do bairro deram lugar aos edifícios, com apartamentos cada vez menores, que abrigavam moradores oriundos dos mais diversos lugares da cidade. Também proliferaram butiques, cinemas, teatros, bares, restaurantes, novos hotéis e lojas de todo tipo, impregnando o bairro com uma atmosfera alegre e contemporânea.



AS SETE LEIS HERMÉTICAS - Fonte: Portal Pedreiros Livres.



1ª - Lei do Mentalismo:

O universo é mental ou Mente. Isso significa que todo universo fenomenal é simplesmente uma criação mental do TODO... Que o universo tem sua existência na Mente do TODO.

Uma outra maneira de dizer isso é: "tudo existe na mente do Deus e da Deusa que nos 'pensa' para que possamos existir. Toda a criação principiou como uma idéia da mente divina que continuaria a viver, a mover-se e a ter seu ser na divina consciência."

"O Universo e toda a matéria são consciência do processo de evolução."

Minha opinião é que toda a matéria são como os neurônios de uma grande mente, o universo consciente, que "pensa".

Todo o conhecimento flui e reflui de nossa mente, já que estamos ligados a uma mente divina que contem todo o conhecimento.

É claro que não estamos conscientes de "todo o conhecimento" em qualquer momento dado, por que seria uma tarefa exorbitante manuseá-lo e processa-lo e ficaríamos loucos no processo.

Os cinco sentidos do cérebro humano atuam tanto como filtros como fontes de informação. Eles bloqueiam uma considerável soma de informação caso contrário seriamos esmagados por informações que nos bombardeiam minuto a minuto como sons, cheiros e até idéias, não seriamos capazes de nos concentrarmos nas tarefas especificas em mãos. Mas sob condições corretas de consciência podemos moderar, ou até desligar o processo de filtração, com a consciência alterada, o conhecimento universal (i.e. Registros Akáshicos) torna-se acessível. Abramos nossa mente ao TODO (i.e. o Uno, Deusa + Deus). Deixemos o conhecimento entrar.

2ª - Lei da Correspondência:  

"Aquilo que está em cima é como aquilo que está embaixo."

Essa lei é importante porque nos lembra que vivemos em mais que um mundo.

Vivemos nas coordenadas do espaço físico, mas também vivemos em um mundo sem espaço e nem tempo.

A perspectiva da Terra normalmente nos impede de enxergar outros domínios acima e abaixo de nós. A nossa atenção está tão concentrada no microcosmo que não nos percebemos o imenso macrocosmo à nossa volta. O principio de correspondência diz-nos que o que é verdadeiro no macrocosmo é também verdadeiro no microcosmo e vice-versa.

Portanto podemos aprender as grandes verdades do cosmo observando como elas se manifestam em nossas próprias vidas.

Por isso estudamos o universo: para aprender mais sobre nós mesmos.

Na menor partícula existe toda a informação do Universo

3ª - Lei da vibração:

Todas as coisas se movimentam e vibram com seu próprio regime de vibração. Nada está em repouso.

Das galáxias às partículas subatômicas, tudo é movimento.

Todos os objetos materiais são feitos de átomos e a enorme variedade de estruturas moleculares não é rígida ou imóvel , mas oscila de acordo com as temperaturas e com harmonia com as vibrações térmicas do seu meio ambiente.

A matéria não é passiva ou inerte, como nos pode parecer a nível material, mas cheia de movimento e ritmo. Ela dança.

4ª - Lei da Polaridade:

A polaridade é a chave de poder no sistema hermético. Tudo é dual. Os opostos são apenas extremos da mesma coisa. Energia negativa (-) é tão "boa" ou "má" quanto energia positiva (+).

5ª - Lei do ritmo  

Tudo está em movimento, a realidade compõe-se de opostos.

E os opostos se movem em círculos.

As coisas recuam e avançam, descem e sobem, entram e saem. Mas também giram em círculos e espirais. A lei do ritmo nos assegura que cada ciclo busca sua complementação. A grande roda da vida esta sempre fazendo um circulo. O que se muda é o tamanho desse círculo.

6ª - Lei do Gênero:

O principio hermético do gênero diz que todos tem componentes masculinos e femininos. É uma importante aplicação da lei da polaridade. É semelhante ao principio com o principio animas animus que Carl Jung e seus seguidores popularizaram, ou seja que cada pessoa contém aspectos masculinos e femininos, independente do seu gênero físico, nenhum ser humano é 100% homem ou mulher, e isso é até astrologicamente explicado, uma vez que todos somos influenciados por todos os signos (uns mais, outros menos), e metade do zodíaco é feminino, enquanto que a outra metade é obviamente masculina (Esse é mais um argumento que suporta a igualdade entre Deus e Deusa).

Em todas as coisas existe uma energia receptiva feminina e uma energia projetiva masculina, a que os chineses chamavam de Yin Yang (e o que os bruxos chamam de Deusa e Deus).

7ª - Lei de Causa e Efeito:

Em sua forma tradicional, a lei de causa e efeito diz que nada acontece por acaso, que para todo efeito existe uma causa, e que toda causa é, por sua vez, um efeito de alguma outra causa.

Tábua de Esmeraldas - Hermes Trismegisto

 "Isto é verdade, sem mentira, muito verdadeiro" (a verdade nos três mundos)

"O que está embaixo é como o que está em cima" (Lei da Analogia)

"E o que está em cima é como o que está em baixo" (Lei da Correspondência)

"E como todas as coisas vêm e vieram do Um" (Lei do número)

"Assim todas as coisas são únicas por adaptação" (Lei da Adaptação)

"O Sol é seu pai; a Lua é sua mãe; o vento carregou-o no ventre; a terra é sua nutriz" (os quatro elementos)

"Separarás a terra do fogo, o sutil do espesso, docemente como Grande Indústria" (Arcano da Salvação, separação da matéria do espírito)

"Ele sobe da Terra para o Céu, e de novo desce a Terra e recebe a força das coisas superiores e inferiores" (Lei da Evolução/Involução)

"Terás por esse meio toda glória do número e toda escuridão se afastará de ti. É a Força forte de todas as Forças." (Lei do Amor e do Sacrifício)

"Por que ele vencerá toda coisa sutil, e penetrará toda coisa sólida." (É pela lei do amor que o espírito move o Universo)

"Assim foi criado o mundo" (Lei da Realização)

"Disso saíram inúmeras adaptações cujo meio está aqui. Por isso fui chamado de Hermes Trismegisto, possuindo as três partes da filosofia do mundo" (Divino, Astral e Físico)

"O que disse da cooperação do Sol está realizado e aperfeiçoado"

Fonte: Portal Pedreiros Livres.

dezembro 18, 2021

CONVENTUS FRATERNAE - Reinaldo Castro

 


CONVENTUS FRATERNAE (em Latim: Assembleia  ou Encontro de irmãos) é um informativo de pensamentos filosóficos, espiritualistas, motivacionais, etc. que pertence a Reinaldo Castro e tem o propósito de divulgar a imensa coleção de pensamentos desse Irmão. 

A humildade não é uma caricatura de falastrões assistidos por cadeiras cativas, a humildade se expressa sem exigências ou necessidades em sê-la; apenas é.

Uma pessoa feliz não precisa de religião, não precisa de nenhum templo. Para ela, todo o universo é um templo (Osho)

Melhorar geralmente significa fazer algo que nunca fizemos antes (Shigeo Shingo)

A religião promete para depois da morte. A espiritualidade é encontrar Deus em Nosso Interior durante a vida.

Quanto mais conheço o corpo humano e sua extraordinária complexidade, mais emana de mim a admiração da finalidade de nossa romagem na matéria projetadas pelos Engenheiros Siderais, os que desenvolvem os corpos físicos nos vários mundos do Multiverso dentro das características morfológicas necessárias aos ciclos evolutivos, mais humilde e envergonhado me sinto por ter demorado tanto.

Faça o que for necessário para ser feliz. Mas não se esqueça que a felicidade é um sentimento simples, você pode encontrá-la e deixá-la ir embora por não perceber sua simplicidade (Martha Medeiros)

Jogue fora o vício da preocupação. Viver tenso e estressado está virando moda. Parece que ser competente e estar de bem com a vida são coisas incompatíveis. Bobagem ... Defina suas metas, conquiste-as e deixe as neuras para quem gosta delas (Roberto Shinyashiki)

Todos os que estão no inferno, escolheram isso. Sem essa escolha não poderia haver Inferno. Nenhuma alma que seriamente e constantemente deseje a alegria, irá perdê-la. Aqueles que procuram, encontram.

A glória dos mortais num só dia cresce. Mas basta um só dia, contrário e funesto, para que o destino, impiedoso, num gesto a lance por terra e ela, súbito, fenece. Minha alma não aspira à vida imortal, mas esgota o campo do possível. O dia precedente é o mestre do dia seguinte. O silêncio é a maior sabedoria do homem. Muita vezes se diz melhor calando do que falando em demasia. Alma, não procure a vida imortal, mas esgote o reino do que é possível. O resultado está nas mãos de Deus (Píndaro) 

A verdadeira maneira de se enganar é julgar-se mais sabido que outros (La Rochefoucauld)

Não podes andar pela vida pedindo permissão para viver ou sentir (Walter Riso)

Quando um homem se torna melhor, compreende cada vez mais claramente o mal que ainda existe em si. Quando um homem se torna pior, percebe cada vez menos a sua própria maldade.

O amor faz o ser humano ser capaz de superar os seus limites. Nós somos rápidos para exigir e lentos para compreender (Augusto Cury)

Uma coisa é você achar que está no caminho certo, outra é achar que o seu caminho é o único. Nunca podemos julgar a vida dos outros, porque cada um sabe da sua própria dor e renúncia (Paulo Coelho)

As pessoas costumam dizer que a motivação não dura para sempre. Bem, nem o efeito do banho, por isso recomenda-se diariamente (Zig Zilgar)

Nunca se torne igual a quem te feriu.

Quem quer vencer um obstáculo deve armar-se da força do leão e da prudência da serpente. Nada neste mundo se oculta dos olhos de Deus: a sua providência estende-se a tudo e por tudo. Muitas vezes o que se cala faz maior impacto do que o que se diz. O sucesso, para quem é grande batalhador, apaga o esforço da luta (Pindaro)

A realização pessoal não está em ser melhor, mas sim em desfrutar plenamente daquilo que faz (Walter Riso)  

As preocupações acabam por devorar-0se umas às outras. E ao fim de 10 anos a gente se dá conta que continua vivendo (Jean Anouilh)

Um homem morre quando recusa colocar-se de pé em defesa do que é Certo. Um homem morre quando recusa colocar-se de pé em defesa da Justiça. Um homem morre quando recusa colocar-se de pé em defesa da Verdade (Martin Luther King)

Questiona, portanto, e perguntai-vos o que fizeste e com qual objetivo agistes em tal circunstância; se fizeste alguma coisa que censurais em outrem, se fizestes uma ação que não ousareis confessar... Quando estiverdes indecisos sobre o valor de uma de vossas ações, perguntai-vos como a qualificaríeis se fosse feita por outra pessoa; se a censurais em outrem, ela não poderia ser mais legítima em vós, porque Deus não tem duas medidas para a Justiça.

Viver é renunciar porque viver é optar e optar é renunciar. Renunciar à onipotência e às hipóteses de felicidade completa, plenitude etc é tudo o que se aprende na vida, mas até se descobrir que a vida se constrói aos poucos, sobre os erros, sobre as renúncias, trocando o sonho e as ilusões pela construção do possível e do necessário, o ser humano muito erra e se embaraça, esbarra, agride, é agredido. Eis a felicidade possível: compreender que construir a vida é renunciar a pedaços da felicidade para não renunciar ao sonho da felicidade (Artur da Távola)

Não há nada bom nem mau a não ser estas duas coisas : a sabedoria que é um bem e a ignorância que é um mal (Platão)

Não se ensina filosofia; ensina-se a filosofar. A moral, propriamente dita, não é a doutrina que nos ensina como sermos felizes, mas como devemos tornar-nos dignos da felicidade. Duas coisas me enchem a alma de crescente admiração e respeito, quanto mais intensa e frequentemente o pensamento delas se ocupa: o céu estrelado sobre mim e a lei moral dentro de mim (Immanuel Kant)

Simplicidade, paciência e compaixão, estes são os seus três maiores tesouros. Sendo simples em ações e pensamentos, você retorna à fonte do ser. Sendo paciente com amigos e inimigos, você percebe a maneira como as coisas são. Sendo compassivo com você mesmo, você concilia todos os seres do mundo (Lao Tse - Tao Te Ching)

Para muitos a vida ficou abreviada seja por causa da inveja pela fortuna alheia, seja por causa do afanoso cuidado pela própria. Outros ainda sem projetos definidos de vida perseguem sempre novos, dentro de uma superficialidade vaga e displicente em relação a própria pessoa. A muitos também não apraz direcionamento algum de vida. Assim o destino surpreende-os marcescíveis e sonolentos. Chega então o momento em que não se duvida daquele veredicto que, à guisa de oráculo,  disse "pequena é a parte da vida que vivemos". De fato, todo o espaço restante é mero tempo e não vida (Sêneca)

A natureza Divina é a fonte e o conteúdo, e a natureza humana é a expressão e a forma.

Se conseguíssemos que todo mundo realizasse alguns atos de bondade diariamente, poderíamos começar a mudar o mundo. Nossos dias pareceriam mais suaves, acumularíamos pequenas alegrias e nossa esperança no futuro seria reforçada (Brian Weiss)

Estamos ligados aos nossos atos como um fósforo à sua chama. Eles consomem-nos, é verdade, mas são eles que nos dão o nosso esplendor. E, se a nossa alma valeu alguma coisa, é porque ardeu com mais ardor do que outras. Na vida, nada se resolve, tudo continua. Permanecemos na incerteza; e chegaremos ao fim sem sabermos com o que podemos contar. É melhor ser odiado pelo que você é do que ser amado pelo que você não é. O valor de uma coisa só depende da importância que damos a ela (André Gide)

Apenas na minha dor encontrei minha vontade. Só no meu caos aprendi a ficar quieto. Apenas em meu medo encontrei meu poder. Apenas na minha escuridão eu vi a minha luz.

O homem-ego oscila entre a virtude e o vício, mas o homem-Eu ultrapassa toda essa horizontalidade e se ergue à verticalidade do Eu da sabedoria divina (H.R)

Ser feliz sem motivo é a mais autêntica forma de felicidade (Carlos Drummond de Andrade)

Ser feliz é deixar viver a criança livre, alegre e simples que mora dentro de cada um de nós. É ter maturidade para falar “eu errei”. É ter ousadia para dizer “me perdoe”. É ter sensibilidade para expressar “eu preciso de você”. É ter capacidade de dizer “eu te amo”. É ter humildade da receptividade (Augusto Cury)

Cada pessoa é aquilo que crê; Fala do que gosta; Retém o que procura; Ensina o que aprende; Tem o que dá e vale o que faz.

Galileu, que sustentava uma verdade científica importante, abjurou dela com a maior tranquilidade assim que viu sua vida em perigo. Em certo sentido fez bem. Essa verdade não valia o risco da fogueira. È profundamente indiferente saber qual dos dois, a terra ou o sol, gira em torno do outro.Em suma é uma futilidade (Albert Camus)

O pensamento tem poder infinito. Ele mexe com o destino, acompanha a sua vontade. Ao esperar o melhor, você cria uma expectativa positiva que detona o processo de vitória. Ser otimista é ser perseverante, é ter uma fé inabalável e uma certeza sem limites de que tudo vai dar certo. Ao nascer o sentimento de entusiasmo, o universo aplaude tal iniciativa e conspira a seu favor, colocando-o a serviço da humanidade. Você é quem escreve a história de sua vida - ao optar pelas atitudes construtivas - você cresce como ser humano. Positivo atrai positivo. Alegria chama alegria. Ao exalar esse estado otimista, nossa consciência desperta energias vitais que vão trabalhar na direção de suas metas. Seja incansavelmente otimista. Faz bem para o corpo, para a mente e para a alma. É humano e natural viver aflições, só não é inteligente conviver com elas por muito tempo. Seja mais paciente consigo mesmo, saiba entender suas limitações. Sem esforço não existe vitória. Ao escolher com sabedoria viver sua vida com otimismo, seu coração sorri, seus olhos brilham e a humanidade agradece por você existir (Pablo Neruda)

É preciso ter espirito para falar bem; para ouvir bem basta a inteligência. Um bom mestre tem sempre esta preocupação: ensinar o aluno a desenvencilhar-se sozinho. Tudo quanto nós próprios descobrimos ou voltamos a descobrir são verdades vivas; a tradição convida-nos a aceitar somente os cadáveres da verdade. As mentiras mais detestáveis são as que mais se aproximam da verdade. Tudo já foi dito uma vez, mas como ninguém escuta é preciso dizer de novo (André Gide)

O homem não é nada além daquilo que a educação faz dele. É minha fé na Bíblia que me serviu de guia em minha vida moral e literária. Quanto mais a civilização avance, mais será empregada a Bíblia. Quem sabe satisfazer seus impulsos é inteligente; quem os domina é sábio. Que o homem progrida quanto quiser, que todos os ramos do conhecimento humano se desenvolvam ao mais alto grau, coisa alguma substituirá a Bíblia, base de toda a cultura e de toda a educação (Immanuel Kant)

Para ser um campeão, você tem que acreditar em si mesmo quando ninguém mais acredita.

Penso que a fé é a extensão do espírito. É a chave que abre a porta do impossível (Charles Chaplin)

Não basta virar a página, é preciso recomeçar um novo livro. Às vezes mantemos os personagens, em outras apagamos tudo o que se foi. A vida com sua sabedoria nos ensina o melhor caminho. Porém, a sabedoria fala no silêncio, na ausência, e ouvi-la requer sensibilidade de espírito (Susilene Thomson)

É da natureza do desejo não ser satisfeito, e a maioria dos homens vivem apenas para a satisfação do mesmo (Aristóteles)

A única diferença entre a loucura e a saúde mental é que a primeira é muito mais comum (Millôr Fernandes)

Eu não sabia o que na madureza aprenderia: que todas as coisas quando acabam são substituídas por outras, que a vida não se reduz, mas cresce. E é em tudo um milagre. As pessoas são responsáveis e inocentes em relação ao que acontece com elas, sendo autoras de boa parte de suas escolhas e omissões (Lya Luft)

Perder dói! Não adianta dizer não sofra, não chore; só não podemos ficar parados no tempo chorando nossa dor diante das nossas perdas. Não queremos perder, nem deveríamos perder: saúde, pessoas, posição, dignidade ou confiança. Mas perder e ganhar faz parte do nosso processo de humanização... acho que a vida é um processo... É como subir uma montanha. Mesmo que no fim não se esteja tão forte fisicamente, a paisagem visualizada é melhor (Lya Luft )

A única vitória que perdura, é a que se conquista sobre a própria ignorância (frase de um Zen Budista)

Não há nada tão inútil quanto fazer eficientemente o que não deveria ser feito (Peter Drucker)

Quando um gênio verdadeiro aparece neste mundo pode-se conhecê-lo pelo seguinte sinal: os ignorantes estarão todos unidos contra ele.

Não fique obcecado pelo futuro; ocupa-se dele mas não deixe que ele te arraste (Walter Riso)

Aproveita cada oportunidade para agir de forma elevada. Há quem espere extraordinários momentos e ocasiões especiais, que possivelmente não chegarão. Não será o que faças, que te tornará grande e importante, porém como faças cada coisa que te transformará em valioso instrumento. A árvore gigante se origina em pequenina semente. O Cosmo é resultado de partículas e moléculas invisíveis. Torna-te grande nas pequeninas coisas, a fim de que não te apequenes nas grandiosas (Joanna de Ângelis)

Um dia você vai perceber que quem é verdadeiro vai estar do seu lado, até mesmo quando você menos merecer.

O segredo do empreendedorismo é ter 100% de convicção com apenas 80% da resposta (Aaron Levie)

Como o homem pode chegar a analisar-se, a julgar a si mesmo fora do silêncio? Como pensará em Deus e procurará unir-se a Ele, se o ruído interior e exterior ofende a sua meditação? (Henry Durville)

Dentre todas as tiranias, uma tirania exercida pelo bem de suas vítimas pode ser a mais opressiva. Talvez seja melhor viver sob um ditador desonesto do que sob onipotentes cruzadores da moralidade. A crueldade do ditador desonesto às vezes pode se acomodar, em algum ponto sua cobiça pode ser saciada; mas aqueles que nos atormentam para o nosso próprio bem irão nos atormentar indefinidamente, pois eles assim o fazem com a aprovação de suas próprias consciências.

Não queremos perder, nem deveríamos perder: saúde, pessoas, posição, dignidade ou confiança. Mas perder e ganhar faz parte do nosso processo de humanização. Acho que a vida é um processo... É como subir uma montanha. Mesmo que no fim não se esteja tão forte fisicamente, a paisagem visualizada é melhor. Tanta gente bandida vivendo feito rei, e tanta gente boa crucificada quando quer fazer o bem e consertar o mal. Com as perdas, só há um jeito: perdê-las. Com os ganhos, o proveito é saborear cada um como uma boa fruta de estação. Pois viver deveria ser - até o último pensamento e derradeiro olhar - transformar-se (Lya Luft)

Quando você descobre que pode ser o melhor fã de si mesmo, deixa o hábito de mendigar a aprovação dos outros (Rafael Vidac)

Me entenda, eu não sou como um mundo comum. Eu tenho a minha loucura, eu vivo em outra dimensão e eu não tenho tempo para coisas que não têm alma (Charles Bukowski)

Hoje ainda será melhor do que ontem! Este deve ser seu pensamento para todos os dias. Acredite, confie em seus planos e a vida será cada vez melhor. Os seus pensamentos irão determinar o tipo de vida que você vai ter. Portanto, tenha pensamentos positivos, de esperança. Confie! Se você pensar que as coisas boas lhe acontecerão, isto se tornará realidade. Afinal, nossos pensamentos são como ímã: se você pensar em coisas boas, só atrairá coisas boas. Se você pensar em coisas ruins, elas virão rapidamente! A decisão é sua (Louise Hay)

Andamos tão desencantados que ser decente parece virtude, ser honesto ganha medalha e ser mais ou menos coerente merece aplausos. Que a gente possa ser mais irmão, mais amigo, mais filho e mais pai ou mãe, mais humano, mais simples, mais desejoso de ser e fazer feliz. Lembro-me do passado, não com melancolia ou saudade, mas com a sabedoria da maturidade que me faz projetar no presente aquilo que, sendo belo, não se perdeu  (Lya Luft)

Não deixe aquilo que é urgente tomar o lugar daquilo que é importante na sua vida.

Existe o risco que você não pode jamais correr e existe o risco que você não pode deixar de correr (Peter Drucker)

Maturidade é o poder de controlar a raiva, e de resolver problemas sem violência e destruição. Maturidade é paciência. É disposição para abrir mão de um prazer imediato, com vistas a uma vantagem a longo prazo. Maturidade é perseverança. É empenhar-se fundo em um trabalho, a despeito da oposição dos contratempos desalentadores. Maturidade é abnegação. É atender as necessidades alheias. Maturidade é a capacidade de enfrentar o desagradável, e a decepção, sem se tornar amargo (Portal Gotas de Paz)

A vida é alegria, quando espalhamos apenas otimismo e amor em redor de nós. Busque sempre ajudar e ser vir, derramando felicidade em torno de você, e a alegria voltará para você mesmo. Procure viver integrado na Energia Cósmica, que se dá igualmente a todos, e você verá que sua vida se transformará num ato de puro amor e num paraíso de felicidades sem limites (Do livro Minutos de Sabedoria)

Perceba com muita clareza a diferença entre importância e conveniência, e não se assuste com o que poderá ser libertador; também não se iluda se as companhias forem atenciosas quando você for conveniente e deixarem de ser presentes ao partirem para outras intenções com outras supostas prioridades. A Natureza ensina sobre seres que precisam se hospedar nos outros, e seres que se fortalecem apenas com os raios do sol sem nada exigir. Seja suficiente em si mesmo e apenas contemple a existência, esta 'razão de Ser' dará um destaque na observação sobre os parasitas precisarem ser o que são, e sobre a síntese entre os que trocam luzes, pois ainda que desejemos nos doar ao máximo ao outro, nem sempre seremos absorvidos como pretendemos nessa doação, aí surgem os convenientes que se hospedam. Nem todos estão preparados para a liberdade e a solidão em si mesmos, exigem significados a partir do ponto de vista do outro sobre si como se o outro devesse lhes observarem como o centro, e não como se essa necessidade não devesse partir consigo mesmos, e se isto não acontece estes seguem na busca egoísta de tantos outros satélites que orbitem seus falsos centros em exibição.

Educação sem valores, por mais útil que seja, parece suficiente para tornar o homem um demônio mais inteligente.

As melhores histórias não surgem do bem contra o mal, mas sim do bem contra o bem (Leon Tolstoi)

Vá frequentemente à casa do seu amigo, pois a maldade prolifera em um caminho não percorrido (Emerson)

Os milagres acontecem, às vezes. Mas é preciso trabalhar tremendamente para que aconteçam (Peter Drucker)

Livres pensadores são aqueles dispostos a usar suas mentes sem preconceito e sem medo de compreender coisas que vão contra seus próprios costumes, privilégios ou crenças. Esse estado mental não é comum mas é essencial para se pensar corretamente (Leon Tolstói)

Determinação, coragem e autoconfiança são fatores decisivos para o sucesso. Se estamos possuídos por uma inabalável determinação, conseguiremos superá-los. Independentemente das circunstâncias, devemos ser sempre humildes, recatados e despidos de orgulho (Dalai Lama)

As abelhas e as vespas sugam as mesmas flores, mas não sabem encontrar nelas o mesmo mel.

Buscando as coisas incertas, perdemos as certas (Platão)

A força diante do perigo não se precipita, mas, ao contrário, é capaz de esperar. A fraqueza diante do perigo torna-se inquieta, e não tem a paciência para a espera. A perseverança traz boa fortuna. Mesmo em meio ao perigo há intervalos de tranquilidade nos quais o homem se sente relativamente bem. Se possuir suficiente força interior, aproveitará a pausa fortalecendo-se para uma nova luta. Ele deve ser capaz de desfrutar do momento sem se deixar desviar de sua meta, pois a perseverança é necessária para se permanecer vitorioso (Shant parva)

Nem todo velho é bom só por ser velho. Ao contrário, se não acumularmos bom humor, autocrítica, certa generosidade e cultivo de afetos vários, seremos velhos rabugentos que afastam família e amigos. A maturidade me permite olhar com menos ilusões, aceitar com menos sofrimento, entender com mais tranquilidade, querer com mais doçura. Há gente que, em vez de destruir, constrói; em lugar de invejar, presenteia; em vez de envenenar, embeleza; em lugar de dilacerar, reúne e agrega (Lya Luft)

As pessoas felizes lembram o passado com gratidão, alegram-se com o presente e encaram o futuro sem medo (Epicuro)

Sempre haverá momentos de turbulências, de provações e dificuldades em nossos dias, mas Deus sabe o quanto fez forte cada um dos seus filhos, nos ensina a cada dia que o amor , a compaixão e a fraternidade são essenciais para promover a paz que, assim juntos, em uma única prece possamos compartilhar da fé e enviar esperanças a todos os corações que precisam deste carinho (Jared Hassan)

Na caverna em que você tem medo de entrar, está o tesouro que você procura (Joseph Campbell)

Muito tarde compreendi que não é possível esperar para ser perfeito; há que se enfrentar a vida, cair e levantar como todo mundo (Ray Bradbury)

Quem acha sem procurar é quem longamente buscou sem encontrar. O real não é nunca aquilo em que se poderia acreditar, mas é sempre aquilo em que deveríamos ter pensado. Imaginar é aumentar o real em um tom. A conquista do supérfluo provoca uma excitação espiritual superior à conquista do necessário. O homem é a criação do desejo e não a criação da necessidade (Gaston Bachelard)

Eu admiro quem leva as suas cicatrizes com dignidade e resignação. Quem já sofreu, mas ainda sorri. Quem perdeu, mas ainda tenta. Quem foi maltratado, mas permaneceu gentil. Quem foi decepcionado, mas ainda mostra o coração e o bom humor. Porque as pessoas a quem é destinada a uma vida mais dura, muitas vezes se tornam as pessoas mais bonitas e sensíveis e estas sim; são capazes de fazer a diferença na vida de alguém.

Vive tentando realizar muitas das coisas com que sempre sonhaste e não te sobrará tempo para te sentires mal. A humanidade não é uma descrição física, mas uma meta espiritual. Não é algo que nos seja dado, mas algo que conquistamos. Você nunca recebe um desejo sem receber também o poder de realizá-lo. Você pode ter que trabalhar por ele, porém. Podemos oferecer um presente, mas não podemos obrigar ninguém a aceitá-lo (Richard Bach)

Uns pensam, outros pensam que pensam. Uns pensam em agir, outros agem sem pensar. Uns amam sem limite e outros não sabem nem amar.

Nem o veneno mortal, nem a espada aguçada são tão fatais como a palavra maldosa (ditado Budista)

A distinção entre passado, presente e futuro é apenas uma ilusão teimosamente persistente (Einstein).

A filosofia é a totalidade do conhecimento (Aristóteles)

A glória da amizade não é a mão estendida, nem o sorriso carinhoso, nem mesmo a delícia da companhia. É a inspiração espiritual que vem quando você descobre que alguém acredita e confia em você (Ralph Waldo Emerson)

Ninguém oferece tanto como aquele que não pretende cumprir (Francisco de Quevedo)

O SALMO 133 - Ir. Álvaro Enéas Ribeiro Falcão de Almeida


Ir. Álvaro Enéas Ribeiro Falcão de Almeida, M.I. – L.M. Cavaleiros Templários, Belo Horizonte, 02/2007.

No rito em que trabalhamos, o Rito Emulação, não há a leitura de quaisquer trechos do Livro das Sagradas Escrituras, na abertura dos trabalhos dos três graus simbólicos.

No entanto, nas lojas maçônicas que adotam o Rito Escocês Antigo e Aceito, no grau de Aprendiz, antes de qualquer procedimento, o Livro Sagrado é aberto em Salmos, capítulo 133, versículos de um a três e, em seguida, procede-se à sua leitura.

A leitura do Salmo 133, considerado emblemático pela apologia que faz à fraternidade, tem por escopo, levar os Irmãos à reflexão sobre este tema tão caro à Ordem. 

A compreensão do seu simbolismo faz-se necessária, mas um tanto trabalhosa, porque temos que fazer abstrações e nos transportar aos usos e costumes de uma época muito remota, já que foram escritas cerca de mil anos antes da era cristã. 

Mesmo não sendo uma prática do Rito Emulação, considera-se que a procura pelo conhecimento maçônico deve ser constante e transcende ritos e outras convenções, motivo pelo qual aqui são apresentadas algumas notas sobre este assunto.

Cumpre esclarecer que são conhecimentos de domínio geral, não são inéditos, apenas foram ordenados e a eles foi dada uma forma mais agradável para a leitura.

Esta tradução do Salmo 133 é a que consta das Bíblias católicas atuais, havendo também uma outra, usada pelas igrejas protestantes e evangélicas, que é uma versão atualizada da Bíblia traduzida por João Ferreira de Almeida, publicada em três volumes, em 1753. 

O conteúdo, no entanto, é o mesmo, havendo pequenas diferenças nas palavras empregadas. 

Os três versículos foram transcritos precedidos de numeração e, em seguida, foram feitos os comentários pertinentes ao seu conteúdo. 

1-´” Oh! Vêde quanto é bom, quanto é suave

morarmos todos juntos como irmãos!

2 É semelhante ao óleo precioso

o qual sobre a cabeça derramado,

pela barba de Aarão vai gotejando

até chegar à fímbria do seu manto.

3 É também como o orvalho que do Hermon

escorre sobre os montes do Sião,

pois o Senhor lhes manda a sua bênção,

lhes manda a vida para todo o sempre”

Versículo 1

Para os povos de antigos, da região que é cenário das passagens bíblicas, a palavra "irmão" apresentava significado muito especial e bastante considerado.

E talvez mais que qualquer outro, o povo judeu dava muita importância à unidade familiar, sendo este um ideal perseguido com todo empenho: o de que "os irmãos habitassem em união". 

Tal costume perdura até hoje, haja vista que os os judeus, como um todo, e os grupos familiares em particular dentro das comunidades judaicas são muito fechados.

Assim como os irmãos de sangue sentiam a necessidade de unir-se em torno do templo familiar, a filosofia maçônica adotou esta experiência, para ensinar aos seus membros o cultivo do hábito de estarem sempre juntos como única família. 

Desta forma, fica claro para nós que “viver em fraternidade” é um dos principais alicerces mantenedores da unidade maçônica, uma vez que, sem a união fraternal, não haverá maçonaria.

Versículo 2

O cabelo e a barba compridos eram símbolos de distinção entre os judeus e o costume de cultivar a barba era um sinal de respeitabilidade e de virilidade.

Nos dias de hoje, isto ainda se pode observar junto aos judeus ortodoxos. 

Os patriarcas tinham profunda consideração pela barba, um atributo do varão que, ao ostentá-la, exibiam toda a sua dignidade.

Não era importante somente “ter” a barba, mas era imprescindível “cuidar” dela, pois não o fazendo seu portador poderia ser considerado em estado de demência ou de alienação. 

Era considerado um ato de respeito o costume de beijar a barba de um amigo. E era interpretada como uma ofensa gravíssima o ato de se cortar toda ou parte da barba de alguém.

O óleo, também citado no versículo em questão, era o azeite da oliveira que, sobre todos os aspectos, possuía um valor extraordinário para aqueles povos. 

Além do seu alto valor como mercadoria, era importante como elemento da dieta e para emprego medicinal. Era, além disso, um símbolo da unidade e do amor entre os irmãos, o que o tornava, também, importante em rituais. 

Era empregado em várias efemérides importantes da vida: untava-se o corpo do recém-nascido; era usado na unção em cerimônias de sagração para o sacerdócio; nos enlaces matrimoniais e na unção dos corpos, preparando-os para o sepultamento. 

Enfim, todas as ocasiões solenes comportavam essa prática.

Se a pessoa fosse muito respeitada e venerada, o óleo era derramado em abundância para correr livremente da cabeça aos pés, escorrendo pela barba e pelo pescoço, até atingir as vestes.

A alusão ao ato de derramá-lo sobre a cabeça do sacerdote Aarão, era a confirmação de que Deus o havia abençoado e eleito como seu representante para manter o povo em comunhão com Ele e em comunhão entre eles.

Aarão era venerado pelo seu povo, tanto que simboliza a alegria que decorre da união fraterna, porque ele conseguiu unir seu povo, como se todos pertencessem à mesma família.

Quando Aarão foi ungido, como está no livro do Gênese, o óleo consagrado foi derramado em sua cabeça, descendo pelas barbas e pelas suas vestes, significando que, de sua cabeça, de sua mente, de sua parte espiritual, espalhava-se a benção ao "corpo", que simbolizava a nação israelita.

O Salmo menciona as vestes não apenas como passagem para o óleo precioso, mas pelo fato de Aarão ser um sacerdote e, por esta razão, suas vestes serem especiais.

As Sagradas Escrituras registram que os sacerdotes que oficiavam no Tabernáculo se vestiam com hábitos muito especiais, que tinham grande importância nos ritos. 

Tal como se vê hoje nas cerimônias da igreja Católica, Ortodoxa, Anglicana e muitas outras, nas quais os que oficiam os cultos religiosos portam vestimentas primorosamente ornadas, para conferir solenidade ao ato.

Não eram, pois, simples ornamentos, mas receptáculos das forças divinas. Considerados mais um dos objetos sagrados do templo; verdadeiros canais das forças espirituais invocadas. 

Versículo 3

Neste versículo, o óleo é comparado ao “orvalho do Hermon”. O Monte Hermon é um monte majestoso, localizado no extremo norte de Israel, próximo ao Líbano.

Era também chamado Senir e de Siriom por outros povos. Seu topo atinge três mil metros de altitude, estando sempre coberto de neve e pode ser avistado de muitas partes da Palestina Dizem os estudiosos das Sagradas Escrituras, que a Transfiguração de Jesus se deu, provavelmente, ao pé deste monte.

E, por exibir neves permanentes em seus pontos mais altos, lhe dão o nome característico e popular de "Monte do Ancião”. 

É natural que por se manter coberto de neve o ano inteiro, à noite o orvalho se desprende e os ventos que sopram do Mediterrâneo conduzem essa água a longas distâncias, distribuindo-a em terras áridas, como são as Israel, Palestina, Líbano e de outras nações vizinhas, como uma verdadeira benção, a umidade que beneficia as regiões secas. 

O degelo, provocado pelo sol inclemente, derrete a neve e se torna também uma das principais fontes de abastecimento do rio Jordão, um curso d’água de grande significado para os cristãos. E Sião é o nome sagrado daquela região e é o sinônimo de Israel, hoje um Estado tão independente quanto polêmico.

Finalizando, assim como aquele orvalho originário do monte Hermon era um verdadeiro bálsamo para o solo e que fazia os campos produzirem boas colheitas, a união fraternal é também um estímulo que atrai, cultiva, multiplica e renova as bênçãos divinas. Segundo as Escrituras, vida prazerosa e bênçãos divinas eram um privilégio, restrito ao povo judeu. Mas, nos dias de hoje, é um privilégio concedido também aos que procuram viver em harmonia com os seus irmãos, afinados com os preceitos que regem as diferentes sociedades em que vivemos, sempre de acordo com os princípios emanados por Aquele que, lá do alto, nos rege ao longo da vida.