dezembro 27, 2021

NOSSA OBRA NÃO PARA - Adilson Zotovici




Adilson Zotovici é intelectual e poeta maçônico da ARLS Chequer Nassif de S. Bernardo do Campo

Bateu cedo a saudade

Daquela luz que ilumina

Nossa morada, a oficina,

Que induz à fraternidade


Lei do homem determina

Pausa, que necessidade

Mas, segue a lida em verdade

Conforme a Lei Divina


Inda que à alma não agrade

O corpo por si se inclina

E a renovar persuade


O ferramental se refina

O livre pedreiro dissuade

E a obra segue a rotina !

,

dezembro 26, 2021

O CAIBALION E SUA HISTÓRIA



O Caibalion é um livro publicado em 1908 que contém os Preceitos Herméticos, atribuídos ao imortal e lendário Hermes Trimegistus, o “Três vezes grande”.

Em suas páginas existem mensagens enriquecedoras que nos levam a pensar e a refletir, independentemente de nossas crenças religiosas ou filosóficas.

O Caibalion é provavelmente um dos livros mais populares entre os esotéricos e ocultistas por conter os Sete Princípios Herméticos, ou seja. princípios atribuídos à figura mítica de Hermes Trimegisto, frequentemente identificado com o Deus grego Hermes e Deus egípcio Thoth. Ele foi publicado pela primeira vez em 1908 na língua inglesa, pela Yogi Sociedade, Templo Maçônico. Chicago, Illinois.

A obra é anônima, assinada simplesmente pelo codinome “Três Iniciados”.

Entretanto, existem indícios de que o livro esteja ligado ao Movimento Novo Pensamento, que surgiu nos Estados Unidos no final do século 19.

Esse movimento era formado por religiosos, filosóficos, autores e pessoas que compartilhavam crenças e estudos metafísicos associados a temas diversos como, por exemplo, pensamento positivo, poder pessoal ou força vital.

Autoria

Das diversas teorias ligadas à autoria de O Caibalion mais aceita é a de que o livro foi escrito por William Walker Atksinson, conhecido como Yogui Ramacharaka e também popular por usar pseudônimos em suas obras, em parceria com outros estudiosos como o maçom Paul Foster Case ou a teosofia Mabel Collins.

O Caibalion também é associado a textos tradicionais como A Tábua de Esmeralda, atribuído a Hermes Trismegisto, assim como a obras de autores do século I9, como Anna Kingsford, uma inglesa fundadora de uma organização chamada Sociedade Hermética.

Em um dos seus livros (A Virgem do Mundo de Hermes Trismegisto), a autora apresenta uma adaptação dos textos herméticos com grandes semelhanças com as idéias expostas em O Caibalion.

Independente, da origem da obra, não há dúvida de que o seu conteúdo é rico e profundo. No Brasil. O Caibalion é uma publicação da editora Pensamento. Suas 126 páginas transmitem mensagens enriquecedoras que nos levam a pensar e a refletir, independente, de qualquer tipo de iniciação, crença religiosa ou filosófica pessoal. Trata-se de uma obra capaz de iluminar a vida de quem a lê com atenção.

São raras as pessoas que procuram por um conhecimento mais profundo sobre os mistérios da vida que não conheçam O Caibalion e não o tenham em sua mesinha de cabeceira, porque ele não é o tipo de livro que você lê e coloca na prateleira. Ele deve ser lido sempre, em pequenas doses, pois sempre é possível aprender alguma coisa a mais em seus textos de linguagem acessível.

HERMES TRIMEGISTUS

O título O Caibalion geralmente e associado ao termo “Cabala”, uma tradição mística judaica, embora não exista nenhuma referência específica na obra a esta tradição. Em sua introdução, os autores afirmam que a obra trata de uma tradição mística da Antiguidade a qual foi passada ao longo do tempo de forma oral de mestre para discípulo.

A obra e apresentada como a essência dos ensinamentos de Hermes Trimegistus, essência esta transmitida pelos autores do livro, conhecidos como Os Três Iniciados. Dizem que “entre os Grandes Mestres do Antigo Egito existiu um que eles proclamavam como o Mestre dos Mestres. Este homem, se é que foi verdadeiramente um homem, viveu no Egito na mais remota Antiguidade. Ele foi o pai da Ciência Oculta, da Astrologia, o descobridor da Alquimia. Os detalhes de sua vida se perderam devido ao imenso espaço de tempo, que é de milhares de anos, e apesar de muitos países antigos disputarem entre si a honra de ter sido sua pátria. (…) Depois de terem passado muitos anos da sua partida deste plano de existência (a tradição diz que viveu trezentos anos), os egípcios deificaram Hermes e fizeram dele um de seus deuses sob o nome de Thoth. Anos depois, os povos da Antiga Grécia também o deificaram com o nome de Hermes, o Deus da Sabedoria.”

Os dois deuses representavam a escrita e a magia em suas respectivas culturas. Acredita-se que seus ensinamentos influenciaram antigas doutrinas hindus, os ensinamentos esotéricos de diversos povos, assim como muitas religiões e crenças da Antiguidade e da atualidade.

Muitas lendas envolvem a figura de Hermes. Algumas afirmam que ele teria sido um faraó egípcio iniciado nos mistérios do sacerdócio; outros afirmam que ele teria escrito seus ensinamentos em hebraico por ser de origem judia.

A filosofia e o pensamento de Hermes foram propagados no Ocidente a partir da Renascença. Entretanto, durante o século 4, os padres católicos e filósofos Lactâncio e Santo Agostinho já aceitavam a existência de Hermes como um sábio real e não como um personagem mítico. Para Lactâncio, ele era um profeta que previra o advento do cristianismo por ter usado expressões como “filho de Deus” e “Palavra” em seus ensinamentos. Agostinho, contemporâneo de Lactâncio, por outro lado, condenou a obra de Hermes, considerando-a demoníaca, pois em Asclépio, Hermes descrevia como os egípcios fabricavam seus ídolos, como animavam as estátuas de seus deuses, através de magia, atraindo espíritos para dentro delas.

A Renascença aceitou Hermes como uma pessoa real, que pertencia à Antiguidade e como autor dos estudos herméticos. Foi em 1460 que o italiano e mecenas Cósimo Medici recebeu das mãos de um monge vindo da Macedônia uma cópia do Corpus Hermeticum que continha 14 dos 15 tratados da coleção original. Fascinado com a idéia de que o manuscrito pertencia ao grande sábio da Antiguidade, ordenou imediatamente que ela fosse traduzida. Coube ao médico e filósofo Marsílio Ficino, o maior representante do Humanismo florentino, a tradução da obra a que deu o nome de Pimandro. O seu trabalho foi impresso em 1471 e teve 16 edições até o final do século 16. Acredita–se que a tradução de Ficino, além de propagar as idéias de Hermes, incentivou o interesse no Ocidente pelo ocultismo e pela magia.

Segundo os Três Iniciados, “ainda em nossos dias empregamos o termo hermético no sentido de secreto, fechado de tal maneira que nada escapa, etc, pela razão que os discípulos de Hermes sempre observaram o princípio do segredo nos seus preceitos. (…) Nos primeiros tempos existiu uma compilação de certas Doutrinas básicas do Hermetismo, transmitida de mestre a discípulo, a qual era conhecida sob o nome de Caibalion, cuja significação exata se perdeu durante séculos. Este ensinamento é, contudo, conhecido por vários homens a quem foi transmitido dos lábios aos ouvidos, desde muitos séculos. Estes preceitos nunca foram escritos ou impressos até chegarem ao nosso conhecimento. Eram simplesmente uma coleção de máximas, preceitos e axiomas, não inteligíveis aos profanos, mas que eram prontamente entendidos pelos estudantes; e além disso, eram depois explicados e ampliados pelos Iniciados hermetistas aos seus neófitos.”

OS PRINCÍPIOS HERMÉTICOS

1- PRINCÍPIO DE MENTALISMO: “O TODO É MENTE; O UNIVERSO É MENTAL.”

Tudo é Mente. O Todo é indefinível, é espírito, é incognoscível. Entretanto, pode ser considerado como uma mente vivente infinita e universal. Todo o Universo é uma criação mental do Todo, em cuja mente vivemos, nos movemos e temos a nossa existência. Este princípio esclarece a verdadeira natureza da força, da energia e da matéria além de mostrar como e por que estas estão subordinadas ao domínio da mente. De forma simplificada ele nos diz que o que pensamento determina nossa realidade, ou seja, somos exatamente o que pensamos.

2- PRINCÍPIO DE CORRESPONDÊNCIA: “O QUE ESTÁ EM CIMA É COMO O QUE ESTÁ EMBAIXO, E O QUE ESTÁ EMBAIXO É COMO QUE ESTÁ EM CIMA.”

O microcosmo tem correspondência com o macrocosmo. O que somos refletimos no Universo ao mesmo tempo em que o Universo se reflete em nós. O princípio contém a verdade de que há sempre uma correspondência entre as leis e os fenômenos de vários estados do ser e da vida. Ao compreender esse princípio, o homem consegue desvendar o que é obscuro e secreto no reino da natureza.

3- PRINCÍPIO DE VIBRAÇÃO: “NADA ESTÁ PARADO; TUDO SE MOVE, TUDO VIBRA.”

O princípio contém a verdade fundamental da vida na afirmação de que tudo no Universo está em constante movimento, possui vibração. Nada está parado. Ele explica que as vibrações fazem parte da matéria, da mente e do espírito e que se apresentam de formas diferentes. Quanto maior a vibração, maior sua posição na escala. A vibração do espírito, por exemplo, é tão intensa que não parece existir. Por outro lado, quanto mais grosseira for a matéria, menor será sua vibração.

4- O PRINCÍPIO DE POLARIDADE: “TUDO É DUPLO; TUDO TEM DOIS PÓLOS, TUDO TEM O SEU OPOSTO; O IGUAL E O DESIGUAL SÃO A MESMA COISA.”

O Princípio de Polaridade explica que tudo tem dois pólos, dois aspectos opostos, e que “opostos” realmente são os dois extremos ligados por gradações da mesma coisa. Há sempre os dois lados em tudo. Assim, frio e calor são a mesma coisa, a diferença que existe entre eles é a temperatura, assim como tese e antítese são, por natureza, idênticos, mas diferentes em grau.

5- PRINCÍPIO DE RITMO: “TUDO TEM FLUXO E REFLUXO; TUDO TEM SUAS MARÉS, TUDO SOBE E DESCE.”

Em tudo se manifesta o movimento de ir para frente e para trás, fluxo e refluxo. Tudo flui para fora e para dentro, tudo tem suas marés, todas as coisas sobem e descem. Sempre que houver uma ação, haverá uma reação. Esta lei se aplica a tudo (sóis, mundos, animais, mente, energia, matéria). Ela se manifesta na criação e na destruição dos mundos, na vida e nos estados mentais do homem.

6- PRINCÍPIO DE CAUSA E EFEITO: “TODA CAUSA TEM SEU EFEITO, TODO EFEITO TEM SUA CAUSA.”

O princípio explica que tudo acontece por um motivo e nada acontece sem razão, não há coisa que seja meramente casual. Ele encerra a seguinte verdade: todo efeito tem sua causa e toda causa o seu efeito. Ele diz que nada acontece por acaso ou sem razão e que tudo acontece de acordo com a Lei.

7- PRINCÍPIO DE GÊNERO: “O GÊNERO ESTÁ EM TUDO; TUDO TEM SEU PRINCÍPIO MASCULINO E SEU PRINCÍPIO FEMININO.”

No Plano Físico, este princípio se manifesta no sexo; nos Planos Superiores, toma outras formas, mas sempre baseado no feminino e no masculino. Este princípio atua sempre na Geração, Regeneração e Criação. Cada coisa e cada indivíduo contém dois elementos, o masculino e o feminino.

Axiomas Herméticos

“A posse do Conhecimento sem ser acompanhada de uma manifestação ou expressão, em Ação é como o amontamento de metais preciosos, uma coisa vã e tola. 0 Conhecimento é como a riqueza, destinado ao Uso. A Lei do Uso é Universal e aquele que viola essa lei sofre por causa do seu conflito com as forças naturais.”

“Para mudar a vossa disposição ou vosso estado mental, mudai vossa vibração.”

“A Mente (tão bem como os metais e elementos) pode ser transmutada de estado em estado, de grau em grau, de condição em condição, de polo em polo, de vibração em vibração.”

“Os Sábios servem no plano superior, mas governam no inferior. Obedecem às leis que vêm de cima deles, mas no seu próprio plano e nos inferiores a eles governam e dão ordens. E assim fazendo, formam uma parte do Princípio, sem se oporem a este. 0 sábio concorda com a Lei e compreendendo o seu movimento, ele o opera em vez de ser cego escravo.”

Texto publicado na Revista Sexto Sentido nº 124

JESUS, UM PLÁGIO?- Marina Garner, Bacharel em Teologia pelo Unasp



Este texto foi enviado como uma contribuição do Irmão Eleutério Nicolau da Conceição, de Florianópolis, renomado intelectual, para esclarecer as lendas que cercam a história de Jesus. 

(Adaptação do artigo – texto integral no endereço abaixo foram eliminados os textos contendo a história de Jesus, por ser conhecido de todos) Ano 6 - Número 1 - 1º. Semestre de 2010 www.unasp.edu.br/kerygma pp.106-124 www.unasp.edu.br/kerygma/artigo11.04asp 106 ARTIGOS

Resumo: O presente artigo analisa a proposta básica do vídeo Zeitgeist de que Jesus não passa de um plágio das mitologias de povos pagãos antigos. Para tanto, são analisados os paralelismos propostos no vídeo, a história da teoria que fundamenta a filmagem e por fim, são realizadas comparações conclusivas em relação a essas questões e aos aspectos bíblicos que as contariam. Palavras-chave: Jesus; plágio; Zeitgeist.

INTRODUÇÃO

Em junho de 2007 foi lançado um vídeo de 122 minutos chamado Zeitgeist e até novembro de 2007, 8 milhões de acessos haviam sido feitas. Esse filme foi ganhador do prêmio de melhor filme no festival de filmes Artivist na Califórnia em 2007 e 2008. Na primeira parte de Zeitgeist, que é dividido em três partes principais, é proposto que o Jesus histórico não passa de um plágio das mitologias de povos pagãos antigos. Os apóstolos utilizaram-se de histórias já conhecidas na época e criaram um personagem muito parecido, escrevendo assim quatro evangelhos a respeito deste “outro deus mitológico”. Em seu site, a equipe do Zeitgeist, liderado principalmente por Peter Joseph e Acharya S., os produtores do filme, colocam o objetivo do movimento:

Pretendemos restaurar as necessidades fundamentais e a consciência ambiental da espécie revogando a maioria das ideias que temos de quem e o que realmente somos, juntamente com a ciência, a natureza e a tecnologia (em vez de religião, política e dinheiro) são a chave para nosso crescimento pessoal, não só como seres humanos individuais, mas como civilização, estrutural e espiritualmente... Logo, a verdadeira mudança nascerá não só do ajuste de nossas decisões e compreensões pessoais, mas também da mudança das estruturas sociais que influenciam essas decisões e compreensões. Além disso, quando percebermos que são a ciência, a tecnologia e, portanto, a criatividade humana que trazem progresso para nossas vidas, seremos capazes de reconhecer nossas verdadeiras prioridades para crescimento pessoal e social e para o progresso. Posto isso, podemos ver que a Religião, a Política e o sistema de Trabalho baseado em Dinheiro/Competição são modos desatualizados de operação social, e que agora precisam ser abordados e transcendidos. Nossa meta é um sistema social que funciona sem dinheiro ou política, ao mesmo tempo em que permite que as superstições percam terreno à medida que a educação avança. Ninguém tem o direito de dizer ao outro em que acreditar, pois nenhum ser humano tem a compreensão completa de nenhum assunto.2

 Este filme entre muitos outros materiais como livros revistas e sites da internet recentemente tem abordado a crítica como novidade entre o mundo acadêmico chamando a atenção de multidões e criando discípulos. Porém, como será verificado, a acusação é antiga e refutável.

2 http://www.thezeitgeistmovement.com/joomla/index.php?Itemid=50, acessado dia 11/05/2009. (Grifo acrescentado)

SEMELHANÇAS ALEGADAS PELO ZEITGEIST

Horus, deus egípcio:

Nasceu no dia 25 de dezembro de uma virgem Nascimento acompanhado de uma estrela no leste Adorado por três reis Era um mestre aos 12 anos Foi batizado com 30 anos Tinha 12 discípulos Fazia milagres  Foi traído, crucificado e morto Depois de três dias ressuscitou Considerado filho de Deus Caminhou sobre as águas Foi transfigurado numa montanha

Attis, deus frígio:

Considerado filho de Deus Nascido de uma virgem no dia 25 de dezembro Considerado um salvador que foi morto pela salvação da humanidade Seu “corpo” como pão era comido pelos adoradores Ele era tanto o divino Filho como o Pai Numa sexta-feira ele foi crucificado numa árvore Levantou-se depois de três dias como “Deus todo-poderoso” Krishna, deus hindu:

Nascido de uma virgem no dia 25 de dezembro Seu pai terreno era carpinteiro Seu nascimento foi assinalado por uma estrela ao leste Visitado por pastores que o presentearam Foi perseguido por um tirano que ordenou o assassínio de infantes Operava milagres e maravilhas Usava parábolas para ensinar as pessoas sobre caridade e amor Foi transfigurado diante dos discípulos Foi crucificado aos 30 anos Ressuscitou dos mortos e ascendeu aos céus Era a segunda pessoa da trindade Deverá retornar para o dia do juízo em um cavalo branco

 Dionysus, deus grego:

Dionysus, deus grego: Nascido de uma virgem no dia 25 de dezembro Era um mestre viajante que operava milagres Andou em um burro durante uma procissão Transformava a água em vinho Era chamado “Rei dos Reis”e “Deus dos deuses” Considerado “filho de Deus”, “único filho”, “salvador”, “redimidor”, “ungido”, e o “Alfa e o ômega” Foi identificado como um cordeiro Pendurado num madeiro.

Mitra, deus persa:

Nascido de uma virgem no dia 25 de dezembro Era um mestre viajante Tinha 12 discípulos Prometia imortalidade aos seus seguidores Sacrificou-se pela paz mundial Realizava milagres Foi enterrado em uma tumba e ressuscitou 3 dias depois Instituiu uma ceia santa Foi considerado o Logos, redimidor, Messias e “o caminho, a verdade e a vida”

3 Timothy Freke e Peter Gandy, The Jesus Mysteries, Three Rivers Press (Setembro, 2001). p. 9 4 Ibid.

HISTÓRIA DA TEORIA

Ao lermos os livros e artigos a respeito da teoria do “Jesus Mito” percebemos um tom de novidade e de descoberta. Porém, estudando a posição acadêmica deísta do século XVIII e XIX vemos que essa percepção implícita está longe de ser verdadeira. Os antecedentes dessa teoria podem retroceder até aos pensadores da Revolução Francesa, como Constatin-François Volney e Charles François Dupuis, na década de 1790. Em artigos publicados nessa década ambos discutiram os numerosos mitos antigos, incluindo a vida de Jesus, que segundo eles eram baseados no movimento do sol através do zodíaco. Kerygma - Revista Eletrônica de Teologia Curso de Teologia do Unasp 1º Semestre de 2010 www.unasp.edu.br/kerygma/artigo11.04asp 112 Dupuis especialmente identificou rituais pré-Cristãos na Síria, Egito e Pérsia representando o nascimento de um deus por uma virgem. Os trabalhos de Volney e Dupuis rapidamente se espalharam e produziram diversas edições. Porém, sua influência até mesmo na França não passou da primeira metade do século XIX com o desenvolvimento do conhecimento a respeito da mitologia e com as informações corretas sobre o início do cristianismo e seu desenvolvimento. Dupuis destruiu a maior parte de seu material por causa da reação violenta que provocou. De acordo com ele “um grande erro é mais fácil de ser propagado do que uma grande verdade, por que é mais fácil crer do que racionalizar, e por que pessoas preferem as maravilhas dos romances à simplicidade da história”.5 5 Charles François Dupuis, The origin of all religious worship (1798) Kessinger Publishing, 2007, p. 293. O primeiro defensor acadêmico da teoria do Cristo na mitologia foi o historiador e teólogo do século XIX, Bruno Bauer. Thomas William Doane, em 1882, publicaria “Bible Myths and their Parallels in Other Religions” e Samuel Adrianus Naber, em 1886, escreveria “Verisimilia. Laceram conditionem Novi Testamenti exemplis illustrarunt et ab origine repetierunt”, analisando os mitos gregos “escondidos” na Bíblia. A raiz, porém, do paralelismo de Jesus com deuses pagãos encontra sua origem na escola “História das Religiões”, que se desenvolveu na segunda metade no século XIX. Mais ou menos na metade do século XX, esse ponto de vista havia sido largamente respondido e deixado de lado, até mesmo por acadêmicos que viam o cristianismo como simplesmente uma religião natural. A teoria que havia uma ampla adoração da morte e ressurreição do deus da fertilidade Tammuz, na Mesopotamia, Adonis, na Síria, Attis, na Ásia Menor, e Osíris, no Egito foi proposto porque colecionou uma grande quantidade de paralelos na quarta parte de seu trabalho monumental The Golden Bough (1906, reimpresso em 1961). Kerygma - Revista Eletrônica de Teologia Curso de Teologia do Unasp 1º Semestre de 2010 www.unasp.edu.br/kerygma/artigo11.04asp 113 Na década de 1930, três acadêmicos franceses, M. Goguel, C. Guignebert, e A. Loisy, interpretaram o cristianismo como uma religião sincretista formada sob a influência das religiões de mistério helenísticas Na década de 1930, três acadêmicos franceses, M. Goguel, C. Guignebert, e A. Loisy, interpretaram o cristianismo como uma religião sincretista formada sob a influência das religiões de mistério helenísticas Recentemente, Earl Doherty, Robert M. Price e George Albert Wells re-popularizaram a teoria. Também tem sido defendido com afinco por Timothy Freke e Peter Gandy que se popularizaram com a divulgação do livro “The Jesus Mysteries” e “Jesus and the Lost Goddess”. D. M. Murdock (pseudônimo Acharya S.) já publicou três livros em defesa da teoria do Cristo da mitologia. Ela argumenta que os evangelhos foram criados no II Século para competir com outras religiões populares da época. Acreditamos que uma série de fatores contribuíram para o retorno desta teoria: o interesse pós-moderno em espiritualismo, a crescente falta de embasamento histórico e o acesso pronto à informação não-filtrada através da internet. Analisando a reação de épocas posteriores com respeito à teoria considerada neste trabalho, Edwin Yamauchi provavelmente tem razão em sua afirmação de que “esta visão tem sido adotada por muitos que pouco se dão conta de suas frágeis fundações”.6

A RESPOSTA

Finalmente, depois de analisarmos a acusação que sofre a religião Cristã e verificarmos como esta acusação começou e com quem, vamos agora para o exame da mesma e a confirmação de sua confiabilidade. Por motivo da falta de espaço, iremos analisar detalhadamente apenas os dois aspectos mais importantes dos paralelismos: o nascimento virginal e a ressurreição dos mortos.

NASCIMENTO VIRGINAL

Em uma das histórias de Dionísio, Zeus foi a Perséfone em forma de serpente e a engravidou, portanto sua virgindade foi tecnicamente perdida. Na versão mais conhecida, Zeus se apaixonou por Semele, princesa da casa de Times. Zeus veio a ela disfarçado de homem mortal e logo Semele estava grávida. Hera, rainha de Zeus, inflamada de ciúmes, se disfarçou como uma mulher idosa e foi até a casa de Semele. Quando Semele revelou seu caso com Zeus, Hera sugeriu que a história de que Zeus era o rei dos deuses poderia ser uma mentira e que talvez ele fosse um mero mortal que inventou a história para que ela dormisse com ele. Quando Zeus foi visitá-la novamente, ela pediu por apenas uma coisa. Zeus jurou que daria a ela o que quisesse. “Apareça a mim como você aparece a Hera”. Relutantemente, mas verdadeiro à sua palavra, Zeus apareceu em toda sua glória, queimando Semele às cinzas. Hermes salvou o feto e levou até Zeus que o costurou a sua coxa e três meses depois deu a luz a Dionísio.7 A história claramente não é comparável ao relato bíblico e, além disso, só existem relatos pós-cristãos. Os deuses e deusas antigos eram típica e muito explicitamente sexuais e ativos, até por que, para o mundo antigo, grandeza era 7 Barry Powell, Classical Myth (3a. ed.). PrenticeHall. New Jersey, 2001, p. 250.  Esse elemento está completamente ausente do relato da concepção virginal de Jesus. No mito de Horus, o engano continua. De acordo com The Encyclopedia of Mythica, depois de Osíris (pai de Horus) ser assassinado e mutilado em catorze pedaços por seu irmão Set, a esposa de Osíris, a deusa Iris,a reaveu e remontou o corpo, e em conexão pegou o papel da deusa da morte e dos direitos funerais. Isis engravidou-se pelo corpo de Osíris e deu a luz a Horus nos rios de Khemnis, no Delta do Nilo.8 O relato está muito distante da realidade bíblica, apesar de uma concepção necrofílica ser miraculosa. Mesmo na imagem encontrada em Luxor com Thoth anunciando a Isis que ela conceberia a Horus, a ordem é a concepção e depois o anúncio, enquanto que os evangelhos declaram o anúncio e depois a concepção.

RESSURREIÇÃO

Os pagãos nesse período não estavam confusos quanto à exclusividade da Igreja, e chamavam os cristãos de ‘ateus’ por causa de sua indisponibilidade fundamental de ceder ou sincretizar. Como J. Machen explica, os cultos de mistério eram não-exclusivistas: “Um homem poderia ser iniciado nos mistérios de Ísis ou Mitras sem ter que abrir mão de suas crenças anteriores; mas se ele quisesse ser recebido na Igreja, de acordo com a pregação de Paulo, deveria abrir mão de todos os outros salvadores para o Senhor Jesus Cristo... Dentre o sincretismo predominante do mundo greco-romano, a religião de Paulo, assim como a religião de Israel, permanece absolutamente distinta.” 20 7- A cronologia está toda errada. As crenças básicas do cristianismo existiam no primeiro século, enquanto que o total desenvolvimento das religiões de mistério não aconteceu até o segundo século. Historicamente, é muito improvável que qualquer encontro teve lugar entre o cristianismo e as religiões de mistério pagãs até o terceiro século. Até hoje não há evidência arqueológica de religiões de mistério na Palestina do início do primeiro século.21A história das influências pode ser dividida em três períodos: Primeiro período (1-200 A. D), as religiões de mistério eram restritas e não exerciam influências nas outras religiões. Se há qualquer influência, ela é na direção contrária: 20 J. Gresham Machen, The Origin of Paul's Religion . New York: Macmillan, 1925, p. 9. 21 J. Ed Komoszewski, M. James Sawyer, Daniel B. Wallace, Reinventing Jesus . Kregel Publications, 2006, p. 231.  cristianismo influenciou os cultos. Segundo período (201-300 A. D), depois de o cristianismo ter se espalhado pelo mundo romano, as religiões de mistério se tornaram mais ecléticas, suavizando doutrinas severas e conscientemente oferecendo uma alternativa ao cristianismo (aparece o culto a Cybele oferecendo a eficácia do banho de sangue, que antes era de vinte anos, para um período que ia de vinte anos à eternidade), competição com o cristianismo. Terceiro período (301-500 A.D), Cristianismo passou a adotar a terminologia e ritos dos cultos de mistério (e.g., 25 de dezembro).22 8- Como um judeu devoto, o apóstolo Paulo nunca teria considerado pegar emprestados seus ensinamentos de religiões pagãs (Atos 17:16; 19:24–41; Rom 1:18–23; 1 Cor. 10:14), assim como João (1 João 5:21). Não há a mínima evidência de crenças pagãs em seus escritos. 9- Como uma religião monoteísta com um corpo de doutrinas coerente, o cristianismo dificilmente poderia ter pegado emprestado de um paganismo politeísta e doutrinariamente contraditório. 10- Os críticos parecem ignorar completamente o pano-de-fundo hebraico do cristianismo. Quase nenhuma atenção é dada ao rico pano de fundo hebraico no Novo Testamento e o cristianismo primitivo. Termos como “mistério”, “ovelha sacrificada” e “ressurreição” em vez de vir dos mitos pagãos como os escritores sugerem, são baseados nas crenças judaicas encontradas no Antigo Testamento. Além disso, os manuscritos do mar Morto têm vertido muita luz em práticas judaicas que se escondem atrás do Novo Testamento como o batismo, comunhão e bispos.

23 Nash, Ronald H. Christianity & the Hellenistic World.1984. p. 192-199; citando Bruce Metzger sobre o culto de Cybele.

CONCLUSÃO

Depois de revisar muitos artigos e livros a respeito da teoria do Cristo na mitologia pagã, tanto dos críticos quanto dos defensores, é difícil não se questionar como esta teoria pode ter se desenvolvido e se propagado da forma como foi e tem sido:

1- O conceito de nascimento virginal encontrado nos mitos pagãos em contraste com o relato bíblico diferem em muito.

2- Ressurreição de acordo com o conceito judaico e cristão não é percebido nos mitos pagãos, mas sim deuses que desaparecem mas não morrem e deuses que morrem mas não reaparecem.

3- A datação dos materiais que podemos usar para ter uma ideia de como eram esses deuses é bastante posterior ao início do cristianismo, não podendo, portanto, ter tido influências no seu desenvolvimento. Se houve influências, foi do cristianismo para o paganismo.

A conclusão da completa falta de argumentos confiáveis e verossímeis é clara e óbvia e, nas palavras de Ronald Nash:

 Esforços liberais de desacreditar a revelação singular cristã através dos argumentos da influência das religiões pagãs destroem-se rapidamente a partir da verificação completa das informações disponíveis. É claro que os argumentos liberais exibem academicismo incrivelmente ruim e com certeza, essa conclusão está sendo muito generosa.24

24 Ronald Nash, Was the New Testament Influenced by Pagan Religions? Christian Research Journal, Inverno 1994, p. 8.

dezembro 25, 2021

É FALSO QUE A VIDA DE JESUS É CÒPIA DA VIDA DE HORUS - Ir. Eleutério Nicolau da Conceição



Eleutério Nicolau da Conceição, de Florianópolis é professor universitário, escritor e um dos mais destacados intelectuais maçônicos do Brasil.

Boa tarde irmão Michael. Olhei teu Blog e vi um artigo (O NATAL E O NASCIMENTO DOS DEUSES SOLARES) . Ele repete as alegações do documentário Zeitgeist, ,repetido Ad Infinitum, talvez com a intenção de tornar suas mentiras aceitas como verdade pela repetição. Tudo o que o artigo alega sobre Hórus (e outros deuses que conheço) é falso! Por exemplo, Isis nunca foi chamada "Isis Mary" nos textos de egiptólogos (apenas nos seguidores do Zeitgeist). A ideia é fazer soar parecido com "Virgin Mary". Vou postar vários textos antigos que contestam as afirmações do artigo. Eu conhecia as lendas de Hórus, mas não outros detalhes do Zeitgeist. Fiquei surpreso pelas adulterações do documentário. Eu adoto o seguinte princípio. Quando alguém fala de coisas que desconheço, mas, no conjunto , quando cita aspectos que eu conheço, o faz de modo errado, eu me sinto autorizado a pensar que ele também tenha errado quando fala do que desconheço. TFA. Eleutério

http://www.e-farsas.com/historia-da-vida-de-jesus-e-uma-copia-da-mitologia-de-horus.html 

A história da vida de Jesus é uma cópia da mitologia de Hórus? Por Gilmar Lopes Publicado em 20 de dezembro de 2017  

E verdade que a história de Jesus Cristo foi copiada da mitologia egípcia que conta a história do deus Hórus? Jesus é um plágio? Há muitos anos (sempre próximo ao Natal) circula pela web um comparativo alegando que os principais fatos narrados a respeito da vida de Jesus Cristo seriam iguais às passagens de deuses anteriores ao cristianismo, como as da vida de Hórus. De acordo com o comparativo, o deus da mitologia egípcia Hórus teria “servido de inspiração” para a criação da história de Cristo, milhares de anos depois, mas será que isso é verdade? Para descobrir, vamos analisar esses tópicos agora: Imagem que circula pela web mostra semelhanças entre Horus e Cristo! Será verdade? Verdade ou mentira? Dentre as várias versões que se espalharam por aí, escolhemos essa, que enumeramos a seguir:

1. História escrita há mais de 5.000 anosHistória escrita há mais de 5.000 anos. A mitologia de Hórus data de cerca de 4.400 anos antes da Era Comum e surgiu no Egito. Os egípcios tentaram estabelecer um sistema de deuses incluindo-os em tríades, ou grupos de 9 deuses. No caso de Hórus, temos Seb, Xu, Osíris, Ísis, Set, Néftis, Nut, Tefnut e Hórus. Hórus é segunda pessoa da divina família egípcia, composta por Osíris, o pai, Hórus, o filho e Ísis, a mãe. De acordo com uma lenda difundida no Antigo Egito, Hórus foi concebido por Isis, quando Osíris, seu pai, já estava morto.

2. Nascido da virgem IsisHórus nasceu de uma virgem? Falso! a mãe de Hórus não era virgem. De acordo com a mitologia, Isis era casada com Osíris e não há nenhum estudo apontando ou sequer supondo que ela não teve relações com o marido depois de casada. A história conta que Seth havia matado e desmembrado Osíris e Isis reconstruiu o corpo do marido, tendo relações íntimas com ele. Algumas versões afirmam que Isis usou um pênis feito à mão por não ter encontrado essa parte do corpo do falecido. Ou seja, a concepção de Hórus não foi igual à de Cristo (que, de acordo com a Bíblia, foi concebido quando uma pomba pousou sobre Maria)

3. No dia 25 de dezembro Ele nasceu no dia 25 de dezembro? Não há consenso sobre a data de nascimento de Hórus. A teoria mais aceita é a de que Hórus teria nascido durante o mês de Khoiak (outubro/novembro). Só que há pelo menos 3 datas assinaladas como a que seria o nascimento dessa divindade egípcia e uma delas é 25 de dezembro (uma teoria pouco aceita, sabendo-se que o calendário egípcio era muito diferente do calendário gregoriano). No entanto, mesmo que ele tivesse nascido “bem no Natal”, não há em nenhum documento (tampouco, na Bíblia) a respeito de Jesus Cristo ter nascido no dia 25 de dezembro! A ideia de celebrar a Natividade em 25 de dezembro foi sugerida no início do século IV, como parte de um movimento da Igreja para tentar diminuir as festividades de uma religião pagã rival, o Mitraísmo, que ameaçava a existência do cristianismo

4. Uma estrela guiou três sábios até o local onde ele estava -  Uma estrela guiou três sábios? Algumas versões afirmam que Hórus (assim como Jesus) teria nascido em uma manjedoura. Só que Hórus nasceu em um pântano, segundo estudos a respeito dos documentos a respeito dessa divindade. Diferente do que é espalhado por aí, o nascimento de Hórus não foi anunciado por nenhuma estrela no Oriente e, pra completar, essa história de “três sábios” não existe nem na história de Hórus, e nem no nascimento de Jesus. Só pra deixar claro, a Bíblia não informa o número de sábios e também não diz que eles estavam presentes no nascimento de Cristo. Os 3 sábios (que posteriormente viraram 3 reis magos), segundo a Bíblia, não chegaram a ver Jesus na manjedoura. Crescemos com essa ideia talvez por causa dos presépios, que em sua maioria colocam as imagens dos 3 visitantes ao lado do Menino Jesus na manjedoura. Segundo o evangelho, a Estrela os guiou até o rei Herodes, que afirmou não saber o paradeiro do menino. Os 3 reis magos sempre são representados em presépios, mas eles não chegaram a ver Jesus na manjedoura!

5. Foi ao Egito para escapar da fúria de Typhon. - Foi ao Egito para escapar da fúria de Typhon De acordo com o livro Osíris: deus do Egito, de Marcelo Hipólito, Hórus nunca chegou a sair do Egito (até porque lá era o seu país natal). Não encontramos nenhuma referência sobre essa alegada fuga. O que se sabe é que Hórus teria fugido de Seth, mas tentou se esconder no rio Nilo (que fica no próprio Egito)

6.Quando tinha 30 anos foi batizado nas águas por Anup o Batizador -  Foi batizado quando tinha 30 anos por Anup o Batizador Não há nenhuma passagem a respeito de “Anup o Batizador” na história de Hórus e, além disso, não havia o costume do batismo nas águas no Egito antigo. Um tipo de batismo, herdado dos Sumerianos, era um ritual dedicado à deusa Isis. Era representado com uma pomba branca, para o Ka, ou alma do seu filho Hórus, que reencarnava no novo Rei do Egito. Um ritual próximo ao batismo cristão era feito com uma pomba sobre a cabeça do próximo rei!

7. Teve 12 discípulos. -  Hórus teve 12 discípulos? De acordo com a mitologia, Hórus teve 4 discípulos (chamados de ‘Heru-Shemsu’). Também encontramos referência sobre 16 seguidores de Hórus e de outro grupo de seguidores chamados de ferreiros (ou “mesnui”). Eles teriam se juntado a Horus em batalha, porém nunca são numerados.

8. Fez  milagres e andou sobre as águas. -  Fez milagres e andou sobre as águas? Como toda divindade que se preza, Hórus fez milagres, mas não há histórias sobre ele ter andado sobre as águas. Inclusive, conta-se que ele foi jogado nas águas, mas não há nada sobre ele caminhar sobre ela.

9. Ressucitou El-Azur-U dos mortos. -  Ressuscitou El-Azur-U dos mortos Em algumas versões, “El-Azur-U” vira “El-Osiris”, numa tentativa de afirmar que Hórus teria trazido o pai de volta à vida. Em outras versões, “El-Azur-U” vira “El-Azarus”, convenientemente numa clara tentativa de se assemelhar à “Lázarus”, ressuscitado por Cristo de acordo com os evangelhos. Acontece que não há nenhuma passagem na mitologia de Hórus afirmando que ele teria ressuscitado alguém e muito menos El-Azur-U, cujo o nome (e suas variantes) sequer fazem parte da mitologia do Egito Antigo!

10.Alguns de seus títulos: A verdade, a luz, o caminho, o bom pastor, a luz, caminho, o bom pastor, o messias, luz no mundo, estrela da manhã. - Hórus teve algum desses títulos? Não há passagens afirmando que Hórus era também chamado de “A verdade, a luz, o caminho, o bom pastor, a luz, caminho, o bom pastor, o messias, luz no mundo, estrela da manhã”. O deus egípcio era chamado de “Grande Deus”, “Comandante dos Poderes”, e “Vingador do Seu Pai”. O termo “Messias” vem de “Mashiach, o Ungido” e é um termo hebreu , não egípcio.

11.Foi crucificado, enterrado e ressuscitou -  A pena de crucificação como execução de criminosos é uma invenção persa e cartaginesa, muitos milênios depois da criação da mitologia egípcia! Portanto, Hórus nunca foi crucificado. A história não oficial (mas é a única sobre a sua morte) afirma que ele foi desmembrado e que seus pedaços foram jogados na água, sendo “pescados” um tempo depois por um crocodilo a pedido de Isis.

Conclusão - Embora muitos textos que circulam pela web afirmarem que a história de Jesus Cristo tenha sido copiada da mitologia egípcia de Hórus, grande parte dos comparativos entre essas histórias é inventada!

O NATAL E O NASCIMENTO DOS DEUSES SOLARES - M∴ I∴ José Roberto Basílio de Souza




O Natal é um pensamento muito lindo e pensado pelas religiões como forma de reaproximar o homem de Deus. 

Muitas tentativas foram feitas antes da vinda real do Cristo Salvador. 

Em 3.000 Antes de Cristo, na mitologia egípcia, tivemos a figura de Hórus, onde o mesmo é filho de Osíris e Isis-Mary. Osíris é morto por Set (deus do mal), é enterrado, e Isis-Mary sua Irmã e esposa, vai visitar o túmulo do irmão/marido na forma de uma pomba. 

Ela se assenta sobre a tumba de Osíris e a mesma fica grávida desse seu irmão/marido numa forma mística, ainda virgem e dessa união nasce Hórus em 25 de dezembro. 

Logo, temos Hórus, filho de Osíris e a Virgem Isis-Mary. 

Hórus teve quatro seguidores e alguns ferreiros que lutaram com ele em suas batalhas, o mesmo torna-se o deus unificador do Egito unindo o alto e o baixo Egito. 

A mitologia egípcia alega que Horus fazia milagres, o que é aceito por alguns autores, na medida que milagres são várias manifestações aceitas como ações fora dos padrões normais de acontecimentos. 

Traído por Tifão, Hórus foi crucificado, morto e ressuscitou no terceiro dia. 

O mesmo acontece com outro deus solar: MITRA. 

Mitra da Pérsia, (1200 anos a.C.) nasceu de uma virgem em 25 de dezembro, teve discípulos realizava milagres, como ressuscitar um morto.

Após sua morte foi enterrado e 3 dias depois ressuscitou. Era também referido como "A Verdade", "A Luz" entre outros títulos. 

Curiosamente o dia sagrado de adoração a Mitra era um domingo (Sunday ou dia do Sol em inglês). 

Mitra mostra em sua cabeça uma tiara representando os raios solares, comparados à coroa de espinhos de Cristo o Salvador. 

Alguns textos sensacionalistas da internet usam o nome de Mitra associando-os com a Mitra Diocesana Católica como lugar de sabedoria, ou lugar dos Bispos e Arcebispos, mas isso nada tem de científico ou comprovado, não passando de especulações fúteis. 

Deus Attis da Frígia, nasceu da virgem Nana a 25 de Dezembro, foi crucificado, colocado no túmulo, 3 dias depois ressuscitou. (Grécia - 1.200 anos a.C.)

Krishna da Índia (900 anos a.C.), nasceu da virgem Devaki com uma estrela a leste a assinalar sua chegada, fez milagres com seus discípulos, e após sua morte ressuscita.

Dionísio da Grécia (500 anos - a.C.), nasce de uma virgem a 25 de Dezembro, foi um professor nômade, que praticou milagres como transformar a água em vinho.

É referido como o Reis dos Reis, Filho Pródigo de Deus, Alpha et Omega, entre muitos outros. Após sua morte, ressuscitou.

Existem muitos outros deuses solares, que nem vou mencionar aqui, os nórdicos são outros que me lembro agora. 

Vamos às explicações: 

1) Em Dezembro temos o solstício de Verão (hemisfério sul) e de inverno, no hemisfério norte, onde os dias se tornam mais curtos.

2)  O Sol se aproxima do polo, perdendo sua força. Assim o sol “sumindo” a constelação que mais aparece (fica realçada) no céu é o cruzeiro do sul, logo atribui-se a essa cruz (cruzeiro do sul) o “aprisionador” ou “matador” do deus-sol, dá-se assim a morte do sol

3) Passados os três dias de intensa proximidade do sol ao seu polo o mesmo reaparece, como que ressuscitando, dando nova e vigorosa aparição que vai se intensificando nos dias seguintes;

A Virgem a quem são atribuídas todas as “mães” dos deuses solares, é nada mais que o signo zodiacal
 de “Virgem” ou Virgo, como conhecida na antiguidade. 

No hemisfério norte ela aparece no ressurgimento do sol, a partir de julho; 

4) As tentativas de se criar uma religião antes do Cristianismo, foram diversas, porém nenhuma delas vingaram. E por quê? 

Acredita-se que essas tentativas foram falhas, principalmente pelos detalhes e pela não continuidade. 

O que difere do Cristianismo? 

O prolongamento das ações mesmo sem a presença de Cristo. 

As primeiras tentativas não prosseguiam depois da “ressurreição”. Ressuscitava depois morria de novo e agora em definitivo. 

O Cristianismo dá vida ao trazer a terceira pessoa da Santíssima Trindade: O Divino Espírito Santo. 

Essa é a diferença dos deuses solares: A Continuidade da Obra Divina pela Ação do Divino Espírito Santo. 

4) Muitos perturbadores tentam usar essas informações ou histórias, pouco comprovadas para assustar ou diminuir a fé cristã. Quando isso acontecer com você, basta procurar saber qual a continuidade desses deuses solares depois de suas “ressurreições”? 

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TEMPO DE PAZ - Adilson Zotovici




O Ir. Adilson Zotovici da ARLS Chequer Nassif-169 é um destacado intelectual e poeta maçônico


Pra tudo há um início...

Como tal momento ideal

Chega bom tempo, propício

No maior evento anual


Grande Arquiteto o auspício

Amor, motivo atemporal

Afeto, não só armistício,

Mas definitivo, cabal


Perdão e o  fim do suplício

E de qualquer mágoa afinal,

Contrição traz benefício


Sazão compraz, transcendental

Num ecumênico ofício

No Tempo de Paz...do Natal !


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dezembro 24, 2021

O NATAL E SEUS SÍMBOLOS - Ir.’. Reinaldo Rodrigues Cação










Do ponto de vista de diversos autores, e, segundo a Bíblia, o Natal é verdadeiramente o nascimento de cristo, filho de Deus, que nasceu para seguir um plano. Um plano, no qual Deus foi quem o traçou, e consistia em que Cristo morresse, para que fôssemos justificados por nossos pecados, pois, na época de Cristo, quem tivesse pecado e quisesse se limpar deles, tinha que oferecer um cordeiro em forma de sacrifício, e Cristo veio em forma de um cordeiro sem pecado, para limpar os pecados de toda a humanidade, para que, um dia pudéssemos alcançar a vida eterna, por intermédio dele, Cristo o filho de Deus. 

Os cristãos substituíram a antiga festa romana do solstício de inverno pela do Natal, de arraigada tradição familiar e associada `a festa do Ano Novo. Festa cristã celebrada no dia 25 de dezembro, em comemoração ao nascimento de Jesus Cristo, o Natal é comemorado secularmente em todo o mundo cristão . A piedade popular, movida pela ternura dos motivos da infância, enfatizou essa festividade. Uma de suas manifestações mais típicas são as canções ao Menino Jesus, acompanhadas por instrumentos tradicionais. No ano 245, o teólogo Orígenes repudiava a idéia de se festejar o nascimento de Cristo "como se fosse ele um faraó". De acordo com um almanaque romano, a festa já era celebrada em Roma no ano 336. Na parte oriental do Império Romano, comemorava-se em 6 de janeiro , tanto o nascimento de Cristo quanto seu batismo. No século IV as igrejas orientais passaram a adotar o dia 25 de dezembro para o natal, e o dia 6 de janeiro para a Epifania ("manifestação"). 

No Ocidente, comemora-se nesse dia a visita dos Reis Magos. A festa do Natal foi instituída oficialmente pelo bispo romano Libério no ano 354. Na verdade, a data de 25 de dezembro não se deve a um estrito aniversário cronológico, mas sim á substituição, com motivos cristãos, das antigas festas pagãs. As alusões dos padres da igreja ao simbolismo de Cristo como sol de justiça (Malaquias 4:2) e luz do mundo (João 8:12), e as primeiras celebrações da festa na colina vaticana - onde os pagãos tributavam homenagem às divindades do oriente - expressam o sincretismo da festividade, de acordo com as medidas de assimilação religiosa adotadas por Constantino. A razão provável da adoção do dia 25 de dezembro é que os primeiros cristãos desejaram que a data coincidisse com a festa pagã dos romanos dedicada "ao nascimento do sol inconquistado", que comemorava o solstício do inverno. No mundo romano, a Saturnália, comemorada em 17 de dezembro, era um período de alegria e troca de presentes. 

O dia 25 de dezembro era tido também como o do nascimento do misterioso deus iraniano Mitra, o Sol da Virtude. No Ano Novo romano, comemorado em 1º de janeiro, havia o hábito de enfeitar as casas com folhagens e dar presentes às crianças e aos pobres. Acrescentaram-se a esses costumes , os ritos natalinos germânicos e célticos, quando as tribos teutônicas penetraram na Gália, na Grã-Bretanha e na Europa Central. A acha de lenha, o bolo de Natal, as folhagens, o pinheiro, os presentes e as saudações , comemoram diferentes aspectos dessas festividade. Os fogos e luzes são símbolos de ternura e vida longa. O costume dos pinheiros natalinos, a árvore de Natal, difundiu-se durante o século XIX. Mas desde o século XIII, São Francisco de Assis já iniciara o costume, seguido nos países latinos, de representar o nascimento com figuras em torno do presépio de Belém. 

Outras tradições natalinas são o Papai Noel, as procissões, que representam a adoração dos Reis magos, a ceia de Natal e a árvore de Natal. No Brasil, o Natal é a celebração cristã mais profundamente enraizada no sentimento nacional, com rico material poético e folclórico. A seguir, trechos de lendas, sobre a árvore de Natal e Papai Noel.

A Árvore de Natal : Muito antes da Era Cristã, era costume, no Norte da Europa, afastar os maus espíritos das árvores , para que , mesmo no inverno , elas permanecessem verdes. Os ramos das coníferas , eram ainda símbolo da esperança de regressarem à primavera e ao verão , estações em que o Sol daria nova força ao homem e à natureza. Quando São Vilfrido (634-710), monge anglo-saxão, começou a pregar o Cristianismo na Europa Central, encontrou crenças pagãs arraigadas entre esses povos, uma das quais a do espírito que habitava no carvalho. Para destruí-la, resolveu cortar um velho carvalho existente em frente à sua pequena igreja. Segundo a lenda, nesses momento irrompeu um pinheirinho existente na Europa, e passou a ser colocado junto ao presépio como símbolo cristão, pois Jesus é o tronco e nós somos os ramos; Jesus é a Árvore da vida e dela é que colhemos os frutos da vida eterna. 

No decorrer dos tempos, as árvores foram sendo enfeitadas com mechas de algodão (lembrando neve), iluminadas para significar que Jesus é Vida e Luz do mundo e cada vez mais enfeitadas. Hoje, ela é um dos símbolos mais expressivos do Natal, com suas bolas coloridas e luzes multicolores, como sendo estes frutos por ela produzidos. São os frutos das nossas boas ações , e seus variados tamanhos , indicam as medidas de nossa generosidade e caridade. Colocadas nos lugares mais nobres das igrejas, capelas, lares, escritórios e lojas, representam a alegria e a fé que renasce a cada ano no coração dos homens, guiados por Jesus, esperança, vida e salvação! Ninguém sabe dizer ao certo quando surgiu a árvore de Natal. Mas ao longo de toda história ela foi incorporada aos hábitos de vários povos. 

A civilização egípcia considerava a tamareira como árvore da vida e a levavam para casa nos dias de festa, enfeitando-a com doces e frutas para as crianças. Na Roma Antiga, os romanos penduravam máscaras de Baco, o deus do vinho, em pinheiros para comemorar uma festa chamada "Saturnália", que coincidia com o nosso Natal. Na Alemanha, o padre Martinho Lutero (1483-1546), autor da Reforma protestante do século XVI, montou um pinheiro enfeitado com velas em sua casa. Seu objetivo, era mostrar às crianças como deveria ser o céu na noite de nascimento de Cristo. PAPAI NOEL:

A lenda do bom velhinho, foi inspirada em uma pessoa verdadeira: São Nicolau, que viveu há muitos séculos atrás. Papai Noel existiu. Não tinha, porém, esse nome, nunca viveu no Pólo Norte, nem vestia roupas vermelhas e botas retas. Não andava em trenó, nem sequer andava com um saco de presentes. O Papai Noel atual, é descendente de São Nicolau. A generosidade a ele atribuída, granjeou-lhe a reputação de milagreiro e distribuidor de presentes, identificando-o, em vários países, com a figura mística do Papai Noel. São Nicolau, embora tenha sido um dos santos mais populares do Cristianismo, atualmente muito poucas pessoas conhecem sua história. Ele viveu em Lycia, uma província da planície de Anatólia, no sudoeste da costa da Ásia Menor, onde hoje existe a Turquia. A História diz que ele nasceu no ano 350, do século III, na cidade de Pratas, próxima à Lycia. Era filho de Epifanio e Joana, pais ricos. 

O nome Nicolau significa pessoa vitoriosa. Os seus pais morreram quando ele era ainda jovem.

Um tio recomendou-lhe, então, que conhecesse a Terra Santa e ele embarcou num navio. Viajou para o Egito e Palestina, onde tornou-se Bispo, da cidade de Myra, localizada na Anatólia. Quando retornou da viagem, doou toda a herança. Durante o período da perseguição aos Cristãos pelo Imperador Diocrécio, ele foi aprisionado e solto, posteriormente, pelo sucessor Constantino, o Grande. Nicolau morreu no dia 06 de dezembro do ano de 342, sendo este dia lembrado para comemoração de sua festa litúrgica. Em meados do século VI, o santuário onde foi sepultado, transformou-se em uma nascente d'água. Em 1087 seus restos mortais foram transportados para a cidade de Bari, na Itália, que tornou-se um centro de peregrinação em sua homenagem. Milhares de igrejas na Europa receberam o seu nome, e a ele foram creditados vários milagres. Só em Roma existem 60 igrejas com seu nome, e na Inglaterra mais de 400. 

Várias são as lendas atribuídas à Nicolau. Uma, conta que ele salvou três oficiais da morte, aparecendo para eles em sonhos. Outra lenda, diz que, quando ele viajava de navio para a Terra Santa, houve uma tempestade muito forte, que só parou quando Nicolau rezou com fervor. Sua reputação de generosidade e compaixão é melhor exemplificada na lenda que relata como São Nicolau salvou da vida de prostituição três filhas de um homem pobre. Em três ocasiões diferentes, o bispo Nicolau arremessou uma bolsa contendo ouro pela janela e pela chaminé da casa, onde secavam algumas meias, abastecendo, desta forma cada filha com um respeitável dote para que pudessem conseguir um bom casamento. Daí, o hábito das crianças deixarem as meias na chaminé ou nas janelas à espera de presentes. São Nicolau foi escolhido como o santo patrono da Rússia e da Grécia. É também o patrono das crianças, dos marinheiros e pescadores. A transformação de São Nicolau em Papai Noel, começou na Alemanha entre as igrejas protestantes, e sua imagem passou definitivamente a ser associada com as Festividades de Natal e às costumeiras trocas de presentes no dia 6 de dezembro (dia de São Nicolau). 

Como o Natal transformou-se na mais famosa e popular das festas, a lenda cresceu. Em 1822, Clemente C. Moore escreveu o poema "Uma Visita a São Nicolau", retratando Papai Noel passeando em um trenó puxado por oito pequenas renas, o mesmo modo de transporte utilizado na Escandinávia. Sua lenda foi levada por colonos holandeses à América do Norte, onde uma bondosa figura de homem velho tomou o nome de Santa Claus. O primeiro desenho retratando a figura de Papai Noel como o conhecemos nos dias atuais, foi feito por Thomas Nast, e foi publicada no seminário "Harper's Weekly", no ano de 1866.

Fontes de Pesquisas: 

Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda.

Internet

O NATAL E A MAÇONARIA - Ir.’. Antonio Rocha Fadista


O final do ano está chegando e todos nos preparamos para comemorar a maior festa da Cristandade - o Natal. 

No ano 336 a comemoração do Natal no dia 25 de dezembro já era assinalada por um almanaque cristão para celebrar o nascimento de Cristo, o Sol da Justiça . 

Na Roma pagã, o dia 25 de dezembro era a data instituída pelo Imperador Aureliano, no ano 274 D.C., para a festa dedicada ao Sol (natalis solis invicti ou nascimento do sol invencível - ou invicto), logo a seguir ao solstício de inverno no hemisfério norte, que ocorre a 21 de dezembro . 

Os costumes ligados à celebração do Natal são resultantes das influências da festa da Natividade de Cristo com as comemorações pagãs - solares e agrícolas - do solstício de inverno. No mundo Romano, as Saturnálias eram a ocasião para a confraternização, enfeitando-se as casas com luzes, ramos verdes e pequenas árvores. Presentes eram também oferecidos às crianças e aos pobres. 

Aos costumes solsticiais, somaram-se os ritos Germânicos e Celtas, quando as tribos Teutônicas invadiram a Gália, e a Bretanha. 

As árvores, como símbolos da sobrevivência da natureza, datam do sec. VIII, quando São Bonifácio cristianizou a Germânia, e a árvore de Natal substituiu o carvalho sagrado de Odin. A partir do sec. XIX, as comemorações natalinas no mundo ocidental tornaram-se cada vez mais populares e mais comerciais. Atualmente o Natal, cujo patrono é São Nicolau - o Papai Noel - é a festa da família e das crianças. 

Todos encaramos o Natal como a época do ano em que mais prevalecem os sentimentos de Paz e de Boa Vontade entre os Homens. Sem dúvida que isto é correto. Mas o Natal é muito mais do que isso. 

Basta lembrar que os deveres do Maçom para com o próximo incluem o socorro aos necessitados. Devemos também lembrar que todo o socorro negado aos necessitados é um perjúrio para o Maçom. 

Assim, esta é a ocasião apropriada para refletir sobre o que fizemos e sobre o que deveríamos ter feito durante todo o ano. Mais importante ainda, este é o momento de estabelecer nossos objetivos para o ano que se aproxima. E isto não só individualmente, mas também como Instituição que se proclama Filantrópica, Filosófica, Educativa e Progressista. 

Esta assistência aos necessitados não pode ser restrita ao mínimo necessário que lhes assegure a sobrevivência. Ela deve ser estendida à saúde, à educação profissional, à moradia. 

Nenhuma instituição se pode proclamar Iniciática se não lutar pelo bem-estar da sociedade que nos cerca, isto é, do Homem. Para nós, o homem que vem em primeiro lugar é o Homem-Maçom. Para tal, nossa Ordem deve fundar e manter Hospitais, Asilos, Creches e Escolas. 

Lamentavelmente, constatamos que, a não ser algumas poucas entidades beneficentes patrocinadas pela Maçonaria em Goiânia, em Uberaba, no Rio de Janeiro, em Campina Grande, em Belo Horizonte e em São Luiz do Maranhão, elas praticamente não existem, em um país tão vasto e com tanta injustiça social como o nosso. 

É claro que, a nível individual, todos podemos - e devemos - ser solidários com qualquer ser humano. No entanto, como Instituição, a Filantropia maçônica deve ser dirigida principalmente aos Irmãos e às suas famílias. Para tal, existe o Tronco da Viúva. 

Não podemos esquecer que em seus primórdios a Maçonaria era essencialmente uma corporação de autoajuda. Na Idade Média, quando a Europa era assolada por guerras, pela peste e pela falta de trabalho, já em 1459 os artigos 25,26,27 e 43 dos Estatutos de Ratisbona estipulavam a criação pela Confraria dos Artesãos - a Ordem dos Canteiros - de um Tronco cujo produto era destinado ao amparo, em caso de doenças e de desemprego. A Grande Loja de Londres já em 1725 instituía a criação do Fundo Caritas, para auxílio aos Irmãos e suas famílias. 

Sabemos que, na grande maioria de nossas Lojas, o produto do Tronco de Beneficência é irrisório e para pouco dá, em termos de beneficência. Nossa Ordem é constituída essencialmente por Irmãos da classe média, sempre sacrificada nos países pobres. Por isso mesmo, é quase sempre muito pequeno o donativo da maioria dos Irmãos. Alguns há que, em dificuldades financeiras, nada colocam no Tronco. 

A grande questão é saber como resolver o problema. Por exemplo, na Loja Jean Sibelius, todos os Irmãos do quadro doam no mínimo o valor de R$ 5,00 para o Tronco. Se o Irmão não levar dinheiro nem cheque para a reunião, assina uma autorização para o Irmão Tesoureiro debitar este valor em sua conta corrente. É claro que a norma só válida para os Irmãos do Quadro. Para os visitantes, permanece o antigo costume. Conforme informa o Irmão Xico Trolha, esta Loja só ajuda os Irmãos e/ou os seus familiares. 

A Caridade ou Filantropia, é uma das virtudes teologais e sua prática é fundamental ao aperfeiçoamento moral e espiritual do Maçom. Por isso mesmo, a ela estão obrigados todos os membros de nossa Instituição. A Caridade coloca o ser humano acima das diferenças étnicas, sociais ou políticas. 

Nossa antiga Irmandade sabiamente adotou rituais para melhor instruir e ajudar os Irmãos a converter em virtudes os defeitos e as falhas de caráter que são inerentes ao ser humano desde o seu nascimento. 

No entanto, seres humanos que somos, muitas vezes fazemos o oposto dos ensinamentos recebidos. Em consequência disto, não existe um só de nós que não lamente algo que disse ou deixou de dizer ou algo que fez ou que deixou de fazer. Sobre isso, todos precisamos meditar seriamente. 

O Natal é o momento adequado para analisar a nossa situação em relação aos compromissos assumidos perante a Ordem e perante o Grande Arquiteto do Universo. Este é o momento certo para refletir se ao menos tentamos cumprir os deveres que a solidariedade maçônica exige de nós. As conclusões a que chegarmos poderão ser decisivas em relação à nossa futura conduta. 

Durante os dias que faltam para o Natal, vamos também analisar se é correto que as nossas ações filantrópicas fiquem restritas a esta época maravilhosa ou se devemos pautar nossa vida pela prática contínua de tudo o que nos ensinam os nossos Rituais. Acima de tudo, lembremos que o verdadeiro trabalho maçônico é aquele realizado em prol da humanidade. 

Esta é a única via pela qual poderemos materializar nossos propósitos de aperfeiçoamento espiritual. 

Então, e só então, poderemos comemorar o Natal, felizes e com alegria, junto a nossos entes queridos, não esquecendo de dedicar algum tempo para cumprir o verdadeiro sentido do Natal - a veneração ao Menino Jesus. 

Que Deus, o Grande Arquiteto do Universo, esteja presente em todos os lares, nos ilumine e nos abençôe. 

Tenham todos um Bom, Santo e Feliz Natal.

dezembro 23, 2021

REGULARIDADE E RECONHECIMENTO - ir.: Luciano Rodrigues

 


Regularidade e Reconhecimento: Os “Princípios Básicos” da UGLE – 1929 e 1989

Introdução

A questão da “regularidade e reconhecimento” é uma das mais espinhosas que existem para os maçons brasileiros. Como para alguns maçons brasileiros a questão de regularidade é baseada nas diretrizes da Grande Loja Unida da Inglaterra, vamos tentar expor com um pouco mais de clareza e de forma mais objetiva possível, quais são os princípios básicos de regularidade e reconhecimento adotados na Inglaterra, inicialmente em 1929 e a versão atual de 1989, para que possamos comparar de modo bem simples.

Na Inglaterra do final do século 17 e início do século 18, a maçonaria viveu duas grandes divisões:

Durante todo o século 18, tivemos uma maçonaria “Moderna” foi baseada no “projeto de James Anderson” e nos valores do Iluminismo, com uma maçonaria “Antiga” rejeitando as Constituições de Anderson e se apoiando nas “Antigas Constituições”, que proclamava:

“.. Vocês devem honrar a Deus e Sua Santa Igreja e não permitir a heresia, cisma ou erro em seus pensamentos, ensinando os homens desacreditados”.

Isso vai cristalizar o primeiro cisma na oposição entre a Grande Loja de Londres e da Grande Loja de York, e depois entre a Grande Loja dos Antigos e dos Modernos.

No entanto, gradualmente, as oposições foram se acertando e em 1813, época em que maçonaria de inspiração francesa (ou mais precisamente franco-alemã, com o Rito Escocês Retificado e o Rito Escocês Antigo e Aceito) estava se expandindo em toda a Europa após a Revolução e o Império de Napoleão Bonaparte, as duas Grandes Lojas Inglesas se reconciliaram para formar a Grande Loja Unida da Inglaterra.

E foi assim que, a fim de esclarecer as coisas em 1929 (época em que o Império Britânico sofreu uma grande crise e buscou referências), que a Grande Loja Unida da Inglaterra publicou seus “Princípios Básicos”.

Estes princípios acabaram fazendo com que as Grandes Lojas reconhecidas pela Grande Loja Unida da Inglaterra (estas a reconheceriam em contrapartida a sua preeminência como “Loja mãe do mundo”) … fossem também reconhecidas por todas as outras.

De modo que após esta breve introdução você possa formar a sua própria opinião, seguem os “Princípios Básicos para o reconhecimento” emitidos pela Grande Loja Unida da Inglaterra em 1929:

Basic Principles for Grand Lodge Recognition (1929)

“É desejo do Mui Respeitável Grão-Mestre deste corpo, emitir uma declaração de princípios básicos sobre os quais esta Grande Loja pode reconhecer qualquer Grande Loja que solicitar ser reconhecida pela jurisdição inglesa, este Gabinete de Propósitos Gerais cumpre com satisfação.

O resultado, como se segue, foi aprovado pelo Grão-Mestre e será a base de um questionário que será enviado a cada jurisdição que solicitar o reconhecimento Inglês.

Este Gabinete deseja que não somente as obediências, mas o conjunto geral de todos os irmãos da jurisdição do Grão-Mestre, sejam plenamente informados destes princípios básicos da Maçonaria em que a Grande Loja da Inglaterra irá seguir ao longo em sua história.

1 – Regularidade de origem, ou seja, cada Grande Loja deve ter sido legalmente constituída por uma Grande Loja devidamente reconhecida ou por três ou mais lojas regularmente constituídas.

2 – A crença no Grande Arquiteto Do Universo e Sua Vontade revelada será uma condição essencial para a admissão de seus membros.

3 – Que todos os iniciados prestem seus juramentos, a vista do Livro da Lei Sagrada, simbolizando a revelação do Alto que atinge a consciência do indivíduo em particular que está sendo iniciado.

4 – Que os membros da Grande Loja e das Lojas individuais sejam exclusivamente homens, e que nenhuma Grande Loja deve manter relações maçônicas com lojas mistas ou com obediências que aceitem mulheres como seus membros.

5 – Que a Grande Loja mantenha jurisdição soberana sobre as Lojas que estão sob o seu controle, ou seja, deve ser uma organização responsável, independente e governada por ela mesma, exercendo sua autoridade única e indiscutível sobre os graus simbólicos do ofício (Aprendiz, Companheiro e Mestre) dentro de sua jurisdição, e que não pode depender nem compartilhar de maneira nenhuma sua autoridade com um Supremo Conselho ou outro Poder que reivindique controle ou supervisão sobre esses graus.

6 – Que as três Grandes Luzes da Maçonaria (ou seja, o Livro da Lei Sagrada, o Esquadro e Compasso) estarão sempre expostos quando a Grande Loja ou suas Lojas subordinados estejam em trabalho, sendo o primeiro entre eles, o Livro da Lei Sagrada.

7 – Que a discussão de assuntos políticos ou religiosos estejam estritamente proibidos dentro de loja.

8 – Que os princípios dos Antigos Landmarks e os usos e costumes da Fraternidade sejam rigorosamente observados.

Aims and Relationships of the Craft (1938)

Em agosto de 1938, foi realizada uma conferência entre as Grandes Lojas da Inglaterra, Irlanda e Escócia, que fizeram um acordo e emitiram uma declaração idêntica em termos, chamada de “Objetivos e Relacionamentos do Ofício”, com as seguintes posições:

1 – De tempos em tempos, a Grande Loja Unida da Inglaterra julga necessário estabelecer de forma precisa os objetivos da Maçonaria como praticado de forma consistente sob a sua Jurisdição desde que ela surgiu como um corpo organizado em 1717 e também para definir os princípios administrativos de suas relações com outras Grandes Lojas com as quais está em acordo fraternal.

2 – Tendo em vista as representações recebidas e as declarações recentemente publicadas que distorcem ou obscurecem os verdadeiros objetos da Maçonaria, é novamente considerado necessário enfatizar certos princípios fundamentais da Ordem.

3 – A primeira condição de admissão e de adesão à Ordem é a crença em um Ser Supremo. Isto é essencial e não admite transigência.

4 – A Bíblia, referida pelos maçons como o Volume da Lei Sagrada, deve estar sempre aberta nas Lojas. Todo candidato é necessário assumir a sua obrigação sobre esse livro ou sobre o volume que é utilizado pelo seu credo particular, para dar um caráter sagrado ao juramento ou promessa realizada sobre ele.

5 – Todo aquele que entra na Maçonaria é, desde o princípio, estritamente proibido de admitir qualquer ato que possa ter tendência a subverter a paz e a boa ordem da sociedade; Ele deve cumprir a devida obediência à lei do estado em que reside ou que lhe ampara, e nunca deve ser negligente na fidelidade devida ao Soberano de sua terra natal.

6 – Enquanto a Maçonaria Inglesa orienta cada um dos seus membros, sobre os deveres de lealdade e de cidadania, também reserva ao indivíduo o direito de manter sua própria opinião em relação aos assuntos públicos. Mas em nenhuma Loja, nem em qualquer momento em sua qualidade de Maçom, é permitido discutir ou emitir suas opiniões sobre questões teológicas ou políticas.

7 – A Grande Loja deve sempre se recusar a expressar qualquer opinião sobre questões de política de Estado estrangeiro ou nacional, e não permitir que seu nome seja associado a qualquer ação, por mais humanitária que possa parecer, ou que infrinja sua inalterável política de se manter distante de todas as questões que possam afetar as relações entre um governo e outro, ou entre partidos políticos, ou questões sobre teorias rivais de governo.

8 – A Grande Loja está ciente de que existem Corpos, denominando-se Maçons, que não aderem a esses princípios, e enquanto essa atitude exista, a Grande Loja da Inglaterra recusa absolutamente ter qualquer relação com tais Corpos, ou considerá-los como Maçons.

9 – A Grande Loja da Inglaterra é um Corpo soberano e independente que exerce a Maçonaria apenas dentro dos três Graus e somente dentro dos limites definidos em sua Constituição como “pura e antiga Maçonaria”. Ela não reconhece ou admite a existência de qualquer autoridade maçônica superior.

10 – Em mais de uma ocasião, a Grande Loja recusou, e continuará a recusar, a participar em Conferências, com as chamadas Associações Internacionais, alegando representar a Maçonaria, que admitem membros de Corpos que não estão em acordo com os princípios sobre os quais a Grande Loja é estabilizada. A Grande Loja não admite tal reivindicação, nem suas opiniões podem ser representadas por qualquer Associação.

11 – Não há segredo em relação a nenhum dos princípios básicos da Maçonaria, alguns dos quais já foram expostos acima. A Grande Loja sempre considerará o reconhecimento das Grandes Lojas que declaram e praticam, e podem mostrar que consistentemente declararam e praticaram esses princípios estabelecidos e inalterados, mas em nenhuma circunstância ele entrará em discussão com qualquer nova visão ou interpretação variada destes. Eles devem ser aceitos e praticados de todo o coração e em sua totalidade por aqueles que desejam ser reconhecidos como maçons pela Grande Loja Unida da Inglaterra.

As três Grandes Lojas estavam convictas de que é somente pela rígida aderência a esta política que a Maçonaria tem sobrevivido as constantes mudanças nas doutrinas do mundo exterior, e são compelidos a registrar sua completa desaprovação por qualquer ação que possa permitir o desvio dos princípios básicos da Maçonaria. Eles possuem uma forte opinião, de que qualquer uma das três Grandes Lojas, não podem manter um relacionamento com aqueles que não seguem os Landmarks da Ordem, que deve enfrentar a sua irregularidade.

Basic Principles for Grand Lodge Recognition (1989)

As questões de reconhecimento ganharam atenção do mundo maçônico após a queda do Muro de Berlim. Algum progresso ocorreu em 1989 (tal como o problema do despertar da Maçonaria nos países europeus onde era proibido) que provavelmente causou a alteração de alguns pontos importantes:

– A Grande Loja Unida da Inglaterra ainda não reconhece obediências mistas ou femininas, mas no texto não está excluído a possibilidade de que ele reconhecerá algum dia.

– A Fé em Deus e Sua vontade revelada, expressa na Bíblia, foi substituída por simples “crença em um Ser Supremo”.

– O Rito Escocês não está mais diretamente envolvido. Mas em vez disso, todo o contato com obediências “excomungadas” pela GLUI, permanece explicitamente proibido para quem pretende obter o reconhecimento.

Apesar destas pequenas alterações para questão de regularidade, não mudou muito as fronteiras a serem transpassadas para o reconhecimento da Grande Loja da Inglaterra.

Veremos agora o “novo documento” de 1989:

– A Maçonaria é praticada sob a autoridade de numerosas grandes lojas independentes onde os princípios e as regras são semelhantes aos estabelecidos pela Grande Loja Unida da Inglaterra ao longo de sua história:

Para ser reconhecido pela Grande Loja Unida da Inglaterra, uma Grande Loja deve respeitar as seguintes regras:

1 – Deve ter sido legalmente constituída por uma Grande Loja Regular ou por três ou mais lojas particulares, se cada uma delas tenha sido legitimada por uma Grande Loja regular.

2 – Deve ser verdadeiramente independente e autônoma e manter a autoridade incontestável sobre a Maçonaria base (ou seja, os graus simbólicos de Aprendiz, Companheiro e Mestre) dentro da sua jurisdição, e não sob a dependência, nem compartilhar seu poder de maneira alguma com um outro corpo maçônico.

3 – Os maçons sob a sua jurisdição devem acreditar em um Ser Supremo.

4 – Todos os maçons sob a sua jurisdição, devem tomar as suas obrigações, sobre ou em plena vista do Livro da Lei Sagrada (a Bíblia) ou sobre o livro que o candidato considere como sagrado.

5 – As três grandes luzes da Maçonaria (que são o Livro da Lei Sagrada, o Esquadro e Compasso) devem estar expostos quando a Grande Loja ou suas lojas subordinadas forem abertas.

6 – Discussões políticas e religiosas devem ser proibidas em suas lojas.

7 – Devem aderir aos princípios estabelecidos (os Antigos Landmarks) e os costumes do Ofício e insistir para que eles sejam observados dentro de suas lojas.

Conclusão

A motivação do texto acima é trazer informações sobre como a Inglaterra parametriza as questões de regularidade maçônica e assim cada um possa tirar sua própria conclusão sobre as obediências maçônicas brasileiras, se estas trabalham de modo regular ou não. E ainda, afastar invenções criadas por membros que possuem uma intenção separatista, de modo a criar desavenças. No artigo 5º do Aims and Relationships of the Craft (1938) diz que “é estritamente proibido de admitir qualquer ato que possa ter tendência a subverter a paz e a boa ordem da sociedade”.

Um ponto a observar é que a regularidade de trabalho não é o mesmo que reconhecimento com a Inglaterra, que é um processo mais complexo, principalmente quando há mais de uma obediência maçônica trabalhando em conjunto no país. Mas este ponto não vamos comentar pois já foi incansavelmente debatido pelos meios comunicação utilizado pelos maçons brasileiros