maio 13, 2022

ERRO CRASSO - Adilson Zotovici



Adilson Zotovici é poeta e intelectual maçónico, membro da ARLS Chequer Nassif-169 de S. Bernardo do Campo

Dizemos com propriedade

O meu tempo é escasso !...

E cremos ser a  verdade

E o que temos...erro crasso


Deu-nos DEUS a liberdade

Dia a dia, passo a passo,

De viver com intensidade

A tanger cinzel e maço


Lição da Fraternidade

Frente a pensamento baço

Quanto à menção de vontade:


Infinito como o espaço

O tempo é eternidade

Adstrito a bom compasso !



maio 12, 2022

O SILENCIO RECARREGA NOSSAS ENERGIAS



Ficar em silêncio 2 horas por dia pode trazer uma série de benefícios. 

Um estudo publicado no jornal El País abordou a importância de 2 horas de silêncio por dia. Nele, há a informação de que a poluição sonora está relacionada a diversos problemas, incluindo surdez e perda de sono, e isso também vale para nossa própria voz, visto que quando falamos muito, nossa consciência fica em um "volume alto". 

Então, o silêncio total ajuda a desenvolver o hipocampo do nosso cérebro, onde as memórias são formadas, ajudando a prevenir a doença de Alzheimer, por exemplo. Sem contar que ajuda no controle da pressão arterial, o que previne doenças cardíacas e acidentes cerebrais. 

O silêncio, portanto, ajuda a recarregar nossas energias e nos reconecta com nossa consciência.

PALESTRA NA ARLS CARIDADE N. 712 EM S. PAULO

 







            Realizei na noite de ontem, 11 de maio, a palestra "O caminho da felicidade"  na ARLS Caridade n. 712 da Glesp na Rua D. João V no bairro da Lapa em S. Paulo a convite do Ir. Paulo Cota, consultor empresarial. (na foto comigo).
        Fui muito recebido pelos irmãos e pelo VM Ir:. Márcio Szalma que ao final aplaudiram em pé. A Loja fazendo jus ao seu nome anunciou a doação de 100 cobertores, 100 pares de meias e cestas básicas a pessoas em situação de carência. Este tipo de resultado justifica o trabalho que procuro realizar.
        Um irmão que é padeiro nos brindou ao final com algumas delícias de sua lavra depois de ter explicado minuciosamente como as produz a partir da criação de seu próprio fermento. Um pão por ele produzido leva dois dias desde o início da execução até poder ser saboreado.
        

O QUE É FALAR OU ESTAR ENTRE COLUNAS? - Cristian Rizzardi


O propósito do presente trabalho é delinear os direitos e obrigações do “Entre Colunas”, prática muito usada especialmente nas reuniões capitulares de uma das ordens Básicas da Maçonaria, que foi a Ordem dos Cavaleiros Templários. Infelizmente, não mais tem sido ensinada e nem posta em práticas nas Lojas.

O interior de uma loja Maçônica (Templo) é dividido em quatro partes, onde a mesma simboliza o Universo. Assim temos o Oriente, o Norte e o Sul. Em algum tempo na história, logo após a construção do primeiro templo Maçônico do mundo, o Free-masons Hall, em Londres, no ano de 1776, baseado inteiramente no parlamento Inglês, construído em 1296, estabeleceu-se que as áreas pertencentes ao Norte e ao Sul chamar-se-iam Coluna do Norte e Coluna do Sul. Assim, quando um Irmão, em Loja está Entre a Coluna do Norte e a do Sul, e não entre as Colunas B e J, mesmo próximo à grade que separa o Oriente do resto da Loja, o Irmão estará Entre Colunas. 

Desta forma é extremamente incorreto dizer que o passo ritualístico dos maçons tem que começar entre as Colunas B e J. Tanto isso é verdade, que os Templos modernos, especialmente de Lojas de Jurisdição do grande Oriente do Brasil e MG, têm suas Colunas B e J no Átrio, e não no interior do Templo.

Em síntese, podemos apresentar algumas situações do que é Estar Entre Colunas:

• É conjunto de Obreiros que formam as Colunas Norte Sul;

• Em sentido figurado, são os recursos físicos, financeiros morais e humanos, que mantêm uma instituição maçônica em pleno funcionamento;

• É quando a palavra está nas Colunas em discussão;

• É quando o Irmão coloca-se, ou posta-se, entre as Colunas do Norte e do Sul, no centro do piso de mosaico, onde isto evidencia que o Obreiro que assim o faz é o alvo de atenção de toda Oficina;

• Na circulação do Tronco de Beneficência, o 1º Decágono aguarda Entre Colunas;

• Quando a Porta-Bandeira, com a Bandeira apoiada no ombro, entra no templo este por sua vez se põe Entre Colunas.

• Na apresentação de Trabalhos, o Irmão se apresentar Entre Colunas durante o Tempo de Estudos;

• No atraso do Irmão, o mesmo ao adentrar ao Templo ficará à ordem e Entre Colunas, aguardando a ordem do V.’. M.’. para que tome posse do assento.

• Em atividades ou em conversas sigilosas;

• Em assuntos ditos ou feitos, o qual jura segredo;

II – DESENVOLVIMENTO

Em toda a Assembleia Maçônica, os irmãos poderão se haver do uso da palavra em momento oportuno; caso queira obter a palavra estando “Entre Colunas”, poderá solicitá-la com antecedência ao Venerável Mestre, e obrigatoriamente levar ao seu reconhecimento o assunto a ser tratado.

Sendo o Obreiro impedido de falar, ou sofra algum desrespeito a seus direitos, poderá solicitar ao Venerável Mestre que o conduza ”Entre Colunas” e, se autorizado pela parte Venerável, o mesmo poderá falar sem ser interrompido desde que haja um decoro de um Maçom. Se, para estar Entre Colunas é necessária a autorização do V.’. M.’., em contrapartida, nenhum Irmão pode se negar de ocupar aquela posição, quando legalmente solicitado pela Loja, sob pena de punição.

No entanto, as possibilidades do uso da Palavra Entre Colunas são muitas e constituem um dos melhores instrumentos dos Obreiros do Quadro, sendo uma das maiores fontes de direito, de liberdade e de garantia, tanto para os irmãos, quanto para a loja. Não há regulamentação; tal vez por isso, cada dia esse direito vem sendo eliminado dos trabalhos maçônicos.

Atualmente um Irmão somente é solicitado a estar Entre Colunas, em situação de humilhação e situações tanto quanto degradantes e constrangedoras. Associou-se a ideia de responder Entre Colunas à ideia de punição, quando em realidade isso deveria ser diferente e muito melhor explorado, em beneficio do Quadro de Obreiros de todas as lojas.

Estando Entre Colunas, um Irmão pode acusar, defender a si ou a outrem, pedir e julgar, assim como comunicar algo que necessite sigilo absoluto, devendo estar consciente da posição que está revestido, isto é, grande responsabilidade por tudo que disser ou vier a fazer.

A tradição maçônica é tão rigorosa no tange á liberdade de expressão, que quando um Irmão estiver em Pé e a Ordem e Entre Colunas, para externar sua opinião ou defender-se, não pode ser interrompido, exceto se tiver sua palavra cassada pelo venerável Mestre, ato este conferido ao mesmo.

Estando Entre Colunas, o Irmão NÃO poderá se negar a responder a qualquer pergunta, por mais íntima que seja e também não poderá mentir ou omitir sobre a verdade dos fatos, pois desta forma o Irmão perde sumariamente os seus direitos maçônicos, pelo que deve ser julgado não importando os motivos que o levaram a tal atitudes.

Por motivos pessoais, um maçom pode se negar a responder a quem que seja aquilo que não lhe convier, mas se a indagação for feita Entre Colunas, nenhuma razão justificará qualquer resposta infiel.

Igual crime comete aquele que obrigar alguém a confessar coisas Entre Colunas, injustificadamente, aproveitando-se da posição em que se encontra o Irmão sem que haja razão lícita e necessária, por perseguição ou com intuito de ofender, agravar ou humilhar desnecessariamente.

Quando um irmão está Entre Colunas e indaga os demais Irmãos sobre qualquer questão, de forma alguma lhe pode ser negada uma resposta. Nenhuma razão justificará que seja mantido silêncio por aquele que tenha algo a responder.

Uma aplicação prática do Entre Colunas pode ser referência a assuntos do mundo profano. É lícito e muito útil pedir informações Entre Colunas, sejam sociais, morais, comerciais, etc., sobre qualquer pessoa, Irmão ou Profano, desde que haja razões válidas para tal fim. Qualquer dos presentes que tiver conhecimento de algo está obrigado a declarar, sob pena de infração às leis Maçônicas.

O Irmão que solicitou as informações poderá fazer uso das mesmas, porém deve guardar o mais profundo silêncio sobre tudo que lhe for revelado e jamais poderá, com as informações recebidas, praticar qualquer ato que possa comprometer a vida dos informantes ou a própria Loja. Se não agir dessa forma será infrator das Leis Maçônicas.

Suponhamos que um Irmão tenha algum negócio a realizar em outro Oriente e necessita informações, mesmo comerciais, sobre alguma pessoa ou firma. A ele é lícito indagar essas informações Entre Colunas e todos os demais Irmãos, se souberem de algo a respeito, são obrigados a darem respostas ao solicitante.

Outro meio Lícito e útil de se obter informações é através de uma prancha, endereçada a uma determinada Loja, para se lidar Entre Colunas. Neste caso, a Loja é obrigada a responder, guardar o mais profundo silêncio sobre o assunto, cabendo todos os direitos, obrigações e responsabilidades ao solicitador, que deverá guardar segredo sobre tudo o que lhe foi respondido e a fonte de informações.

III – CONCLUSÃO

Muitas são acepções que norteiam sobre os ensinamentos do significado de Estar entre Colunas, porém, deve o Maçom sempre edificar suas Colunas interiores, movido pelos Princípios da Liberdade, Igualdade e Fraternidade, primando pelo bem-estar da família e pelo aperfeiçoamento da sociedade através do trabalho e do estudo, para com isso perfazer-se um homem livre e de bons Costumes.

Como dissemos no início, não há mais regulamentação ou Leis Normativas para o uso do Entre Colunas; e se não há normas que sejam encontradas nos livros maçônicos, é porque pura e simplesmente os princípios da condição Estar Entre Colunas, somente a verdade pode ser dita. Obedecido este princípio, tudo mais é decorrência.

Este, alegoricamente, talvez seja o real significado no bojo dos ministérios que reagem as Colunas da Maçonaria, pois Estar entre Coluna é estar entre Irmãos.

BIBLIOGRAFIA

- ASLAN, Nicola. Grande Dicionário Enciclopédico de Maçonaria e Simbologia. Londrina: “ A TROLHA.

- CARVALHO, Assis. Companheiro Maçom. Londrina ”A TROLHA”.

. Símbolos Maçônicos e suas origens. Londrina: “A TROLHA”.

CASTELLANI, José. Liturgia e Ritualística do Grau de Aprendiz Maçom.

- EGITO, José Laércio do. In Coletânea 2. Londrina: “ A TROLHA”.

PUSCH, Jaime. A B C do aprendiz.

- Santos, Amando Espósito dos Santos; CONTE, Carlos Basílio, FERREIRA, Cláudio Roque Buono, COSTA, Wagner Veveziani. Manual Completo para lojas Maçônicas. São Paulo: Madras, 2004.

maio 11, 2022

DA VELHICE - Heitor Rodrigues Freire


Heitor Rodrigues Freire é corretor de imóveis, Grão Mestre “Ad Vitam” da GLEMS e atual presidente da Santa Casa de Campo Grande.

O ser humano nasce, cresce, se desenvolve, envelhece e morre. Certo? Errado.

A composição da encarnação de cada um é muito complexa: temos espírito, mente e corpo constituído de milhares de células – que se renovam constantemente até o desencarne –, motivo pelo qual o envelhecimento como um todo é uma falácia. O que envelhece é o corpo, o espirito é imortal e eterno, infinito. 

Nós não nos conhecemos, e por isso, acabamos incorrendo em erro de avaliação a respeito da nossa verdadeira essência. Há dois elementos fundamentais na vida: o ar e a água. E nem sempre sabemos utilizá-los de forma inteligente. Respiramos de qualquer jeito. E não nos alimentamos da água como deveríamos.

Todos vivemos muito apressados, correndo, sem entender o tempo e sem utilizá-lo de forma coerente e satisfatória. É como diz o povo: “O apressado come cru”. 

A maioria das pessoas procura sua realização financeira, para a qual dedica a grande maioria dos seus atos e pensamentos, e quando “chega lá” sente uma grande frustração, porque nessa caminhada acabou se esquecendo de amar, atropelando tudo na busca insensata pelo ter.  

Falta uma ação consciente e verdadeira. “Conhece-te a ti mesmo”, já enunciava o frontispício do Templo de Apolo na ilha de Delfos, tema que foi também a base do ensinamento de Sócrates.

O que não se usa se deteriora. Ou se é mal-usado não cumpre a sua finalidade, vindo quase sempre a causar prejuízos quando poderia proporcionar benefícios. É o caso específico da respiração.

Quando bem orientada e consciente, a respiração é fonte permanente de ativação das células, proporciona um bem-estar geral, estimula a mente, educa o corpo, eleva o espírito. Pela respiração recebemos a energia vital, processando a oxigenação do sangue, que por sua vez fornecerá a todas as células do organismo o alimento necessário a suas funções. 

A água, que constitui a maior parte do nosso planeta e também do nosso corpo, muitas vezes é relegada a um plano secundário, deixando de nos proporcionar a plena fonte de renovação e elevação, parte de sua ação transformadora. Os idosos, às vezes, se esquecem de beber água, o que pode causar perda de memória e de discernimento. A recomendação é que se tome, no mínimo, dois litros de água por dia. 

A longevidade da existência humana em nosso planeta, enunciada no primeiro parágrafo deste artigo, não é uma equação que vai se desenvolver de forma automática. Pelo contrário, quando a encarnação é desenvolvida de forma consciente e ativa proporciona uma verdadeira revolução em nós mesmos. De acordo com os ancestrais de diferentes partes do mundo, nosso corpo sente e pensa.  

Por exemplo, nas tribos australianas quando uma pessoa se fere ou adoece, a tribo se reúne ao redor do enfermo e canta pedindo perdão à ferida ou à parte afetada. E esta começa naturalmente a dar sinais de melhora. 

O mesmo acontece nas assombrosas curas dos kahunas, ou médicos magos havaianos. Eles entram em oração direta com a parte afetada pedindo-lhe perdão. Esse ato de oração envolve os magos, o paciente e todas as vidas durante as quais eles possam ter se encontrado. E esse ritual também resulta em curas consideradas prodigiosas. 

No conhecimento ancestral inca, tudo é reciprocidade; acredita-se que quando alguém adoece ou se enche de energia pesada ou hucha, por ter atitudes egoístas, não deixa fluir o sami ou energia leve. Por isso, nas curas, pede-se que aquela parte do corpo se harmonize com o pachamama – o tempo que cura as dores –, permitindo que o bloqueio se reequilibre. E assim a pessoa se cura.

No caso dos índios Lakota (que significa sentimento amigável, união, aliança) na América do Norte, eles falam com o corpo para informar-lhe que existe uma medicina que vai curá-lo. E, naturalmente, as pessoas se curam. O famoso líder indígena Touro Sentado foi um chefe Lakota.

A sabedoria do corpo é um bom ponto de acesso às dimensões ocultas da vida: é invisível, mas inegável. Os investigadores médicos começaram a aceitar este fato em meados dos anos oitenta do século passado. 

Há dez anos, parecia absurdo falar de inteligência nos intestinos. Sabia-se que o revestimento do trato digestivo possui milhares de terminações nervosas, mas eram consideradas simples extensões do sistema nervoso, um meio para manter a tarefa de extrair substâncias nutritivas da alimentação. Hoje sabemos que as células nervosas que se estendem pelo trato digestivo formam um fino sistema que reage a acontecimentos externos: um comentário perturbador no trabalho, um perigo iminente, a morte de um familiar.

Ou seja, à medida que desenvolvermos o autoconhecimento iremos descobrindo um potencial inimaginável em nosso corpo que irá gradativamente nos libertar de todos os dogmas, medos, receios. Depende de cada um.


PALESTRA NA LOJA CARIDADE 712 - SP


 

TEMPOS MODERNOS NA ORDEM - Adilson Zotovici



Adilson Zotovici é poeta e intelectual maçónico, membro da ARLS Chequer Nassif-169 de S. Bernardo do Campo


Neste tempo hodierno

Muito se fez costumeiro

Buscando algo superno

Para encantar novo obreiro


Fez-se o e-book, moderno,

Mas, do papel falta o cheiro !

O virtual encontro externo

Sem mais pessoal...no canteiro


Trocam telefonema terno

Por um "Zap" frio, ligeiro, 

Até o abraço fraterno

Por um " alô  companheiro "


Carta em folha dum caderno

Por um e-mail corriqueiro

O bom estudo sempiterno

Por rega-bofe, festeiro


O balandrau fez-se terno,

O tênis virou rotineiro

Sem o vigor abeterno

Dos que ensinaram o roteiro


Transiente, qual verão, inverno...

Mas, falta o elã sobranceiro

Mormente ao teimoso e  eterno,

Como eu...velho livre pedreiro !


,

maio 10, 2022

CONSCIÊNCIA - Ir.’. Charles Evaldo Boller



O maçom é sempre obediente? Não! Ele obedece a uma treinada consciência voltada para o bem e baseada em princípios morais.

Consciência é capacidade humana que pode ser treinada e desenvolvida. É o utilitário de segurança mais usado pelo homem sábio com vistas à pureza moral. É ela quem efetua comparações com padrões de moral que freiam o mal. 

A constante convivência com pessoas detentoras de elevada moral injeta na mente comportamentos, pensamentos, crenças e diretrizes que a treinam. Estudar e filosofar temas morais também contribui na sua boa edificação. Mas não é suficiente! É necessário querer e estar disposto em aceitar mudanças, orientações e advertências. 

Quando certa ação conflita com o padrão desenvolvido no condicionamento moral, soa o aviso de alerta ao inicio da contenda, empunha-se a consciência como escudo. Ela acusa e defende o homem do proceder que prejudica. Deixa de funcionar se estiver cauterizada, tornada insensível por inúmeros atentados que a desrespeitam. 

A consciência gera culpa e esta imobiliza a ação errada. A companhia de pessoas promíscuas e praticantes de atos atentatórios à moral prejudica seu bom condicionamento. 

É semelhante ao arrancar de terminações nervosas da carne que fica destituída de tato. A ação da pessoa passa a ser controlada pelo temor a castigos e não mais ao sentimento de culpa que imobiliza a ação do mal.

No Rito Escocês Antigo e Aceito o adepto recebe de herança cultural a direção que preconiza a obediência de caserna, disciplina marcial e rígida, influência de vetustas ordens de cavalaria e profissionais. 

A companhia de pessoas boas e disciplinadas auxilia no desenvolvimento de boa consciência. Razão da boa e criteriosa escolha de novos obreiros. Profano que não possui estatura mínima em sentido moral é impedido de entrar na Maçonaria, daí a importância de rigorosas sindicâncias. 

Uma vez iniciado, a convivência pacífica e amorosa entre os maçons proporciona a sintonia fina da consciência sensível e inteligente. Quem não treina a sua consciência faz de si um animal incapaz de ocupar-se de outra coisa, a não ser daquela do destino próprio dos animais.

Se a consciência do maçom está afinada com a moral, este pode até dispensar o livro da lei no altar dos juramentos. O detentor de boa consciência tem um livro da lei escrito no coração e na mente. 

Para o cristão, a bíblia judaico-cristã é símbolo da sua consciência. Representa espiritualidade e racionalidade de todo homem bom dotado de consciência voltada ao bem. Aquele que passa por transformação em sentido lato, reunindo em si bons princípios morais, éticos, religiosos, emocionais, físicos e espirituais tem o alicerce de sua consciência construído sobre a rocha. 

O maçom usa da inteligência para educar-se e afinar a consciência ao que ditam as leis naturais estabelecidas pelo Grande Arquiteto do Universo. Desenvolve e entende a mensagem contida na filosofia da Maçonaria, em cuja escalada peregrina ao interior de si. 

Trabalha a pedra por dentro nos exercícios de individuação tornando-se consciente do milagre da vida que o anima. E nesse seu mundo interior desenvolve acurada consciência, instrumento que o desculpa e acusa, diferencia entre bem e mal, percebe certo e errado.

Na história da Maçonaria observa-se que quando de parte de maçons ocorreu desobediência civil, aconteceram fatos que promoveram melhorias às sociedades humanas. Treinado a consciência o maçom desobedece tudo o que possa bloquear o exercício da liberdade responsável, o bom uso da liberdade com possibilidades de escolhas. 

O maçom obedece mais à consciência criada pelo Grande Arquiteto do Universo que às leis, dogmas religiosos e ideologias políticas. Parte do princípio que aceitar de forma passiva às leis injustas as tornam legítimas. 

A sua espiritualidade, associada à sua boa consciência, levam-no a caminhar conforme os elementos de seu projeto existencial onde não obedece a ordens que conflitam com a moral guardada pela consciência. Tem o dever juramentado de rebelar-se contra leis e dominações injustas. 

Cultiva e condiciona sua consciência para a ação orientada ao amor fraterno; aquele sentimento em ação que soluciona a todos os problemas de relacionamento e humaniza o homem. 

O treinamento da consciência é atividade permanente do maçom e é por isso que ele começa cada tarefa invocando a glória do Grande Arquiteto do Universo.

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Bibliografia:

1. ALMEIDA, João Ferreira de, Bíblia Sagrada, ISBN 978-85-311-1134-1, Sociedade Bíblica do Brasil, 1268 páginas, Baruerí, 2009;

2. BAYARD, Jean-Pierre, A Espiritualidade na Maçonaria, Da Ordem Iniciática Tradicional às Obediências, tradução: Julia Vidili, ISBN 85-7374-790-0, primeira edição, Madras Editora limitada, 368 páginas, São Paulo, 2004;

3. CAMINO, Rizzardo da, Reflexões do Aprendiz, Coleção Biblioteca do Maçom, primeira edição, Editora Maçônica a Trolha limitada, 157 páginas, Londrina, 1992;

4. RODRIGUES, Raimundo, A Filosofia da Maçonaria Simbólica, Coleção Biblioteca do Maçom, Volume 04, ISBN 978-85-7252-233-5, primeira edição, Editora Maçônica a Trolha limitada, 172 páginas, Londrina, 2007.

RUÍDOS QUE SIMULAM TROVÕES NA 1ª VIAGEM - Pedro Juk




Em 27/09/2021 o Respeitável Irmão Roberto Matsumoto, Loja Estrela da Praia Grande, Rito Moderno, GOB-SP, Oriente de Santos, Estado de São Paulo, apresenta a seguinte questão:

*TROVÃO DA 1ª VIAGEM*

Já nos falamos pelo WhatsApp, estou fazendo um trabalho de pesquisa. Gostaria de saber, no REAA, com relação a sessão de iniciação, qual o significado da música imitando o trovão tocada na 1a viagem? Tem alguma explicação esotérica? Ou somente por se tratar de um elemento do AR?

CONSIDERAÇÕES:

Nas provas pelos elementos, no caso os quatro elementos alquímicos, terra, ar, água e fogo - uma particularidade iniciática do REAA - a alegoria do trovão se associa às tempestades e o movimento revolto e incontrolado do Ar. Nesse sentido, os sons relativos aos trovões se reportam ao caos, elemento natural no princípio das causas e das coisas.

Em linhas gerais, essa alegoria no contexto da 1ª viagem se associa ao começo da senda do iniciado; a infância e o seu guia, onde a criança, incapaz ainda de se dirigir por si só, diante dos obstáculos que se apresentam nessa etapa da vida, é carente de amparo e cuidados iniciais. O guia é o Mestre e a família a Maçonaria.

Nessa conjuntura, os trovões advertem para a presença de obstáculos, tão naturais no caminho daqueles que buscam conhecimento e progressos. Os obstáculos devem ser superados. A sinuosidade do caminho alerta para as dificuldades que devem ser suplantadas até que se alcance do objetivo.

No caráter coletivo da alegoria, essa infância também simboliza o princípio da humanidade onde os homens primitivos eram conduzidos conforme as circunstâncias e agruras da Natureza. De certo modo sugere as etapas a serem vencidas por aqueles que buscam aperfeiçoamento.

Desse modo, as provas dos elementos alquímicos, no REAA recomenda a transformação e o progresso do indivíduo e de uma coletividade.

No contexto iniciático do REAA o elemento Terra é a própria câmara de reflexão. É o emblema das entranhas da Terra. É o berço da transformação, ou seja, nela a semente é fecundada para que ocorra o início de uma nova vida (néo = novo; fiton = planta: neófito). O elemento Ar é representado na 1ª Viagem através do ruído das tempestades e dos trovões. Se reporta à etapa inicial da jornada; a infância e a adolescência. O elemento Água vem representado na 2ª Viagem e simula a juventude e a força da produção. Por fim a 3ª Viagem e o elemento Fogo como artifício de transformação e purificação.

Toda essa estrutura iniciática se conjumina com os ciclos da Natureza, o que de certo modo lembra o renascimento na primavera e morte no inverno (quando a Terra fica viúva da Luz). Assim, se bem compreendida a Arte, a máxima iniciática da morte e da ressureição da Luz é representada emblematicamente pelas Colunas Zodiacais – os ciclos das estações do ano.

Destaque-se que esse corolário emblemático é próprio do REAA, não cabendo essas interpretações em ritos que não admitem essa simbologia solar.

Por fim, conclui-se que o ruído dos trovões (simulação de tempestade e obstáculos) na 1ª Viagem é símbolo do Ar em movimento e as suas consequências na conjuntura iniciática.

E.T. – Assevera-se que essa não é matéria iniciática para o Rito Moderno, mas para o REAA.


maio 09, 2022

O TEMPO NA VIDA DO MAÇOM - Walber Gonçalves



A vida se faz no tempo.

Marcamos, cronometramos, nos organizamos com base no tempo.

A medida das coisas se faz no tempo.

Plantamos e colhemos respaldados pelo tempo.

Agendamos nossas ações de olho no tempo.

Sonhamos, articulamos, propomos, criamos objetivos e lá está ele, o tempo, como o senhor do aval das realizações.

Já diria o livro sagrado, para tudo há um tempo.

Cazuza em uma das suas canções dizia “o tempo não para”.

E não para mesmo!

O tempo que nos permite contabilizar o ciclo da vida é implacável.

Não cria ilusões de parada, de pausa e nem tão pouco nos oferece a oportunidade de voltar o cronômetro da vida.

Com o tempo só há uma direção, um caminho.

O tempo é como uma seta que nos oferece a constante direção a seguir.

Um dia inventaram a ampulheta, noutro o relógio, talvez tentativas de controlar, de medir, de criar parâmetros para o tempo.

Mas ele não se aprisiona, a areia de um dos lados da ampulheta acaba o relógio estraga, mas o tempo não continua sua missão rítmica de proporcionar sempre uma nova oportunidade mostrando que a vida é imbatível e que o tempo não descansa.

No entanto, o tempo não perdoa.

Ele não possibilita retrocesso, ser refeito e nem tão pouco ter o seu curso e ritmo alterados.

O tempo é implacável em sua lógica de ser. 

É perceptível, calculável, estudado, interpretado, mas nunca modificado e dominado.

O tempo não proporciona ao ser humano as condições necessárias para ser adequado na própria existência humana.

Acontece justamente o contrário, cabe ao ser humano ajustar-se ao tempo, sem dó ou piedade.

A razão de ser do tempo é não ter razão.

É algo lógico, mas que não entra nas medidas da lógica.

É calculável, mas não permite o fim da equação.

É uma história sempre com o mesmo enredo e os mesmos personagens: sol e lua se revezando no palco da vida temporal.

A ciência utiliza-se do tempo em suas descobertas; os poetas e cantores nas suas criações literárias e musicais; a religião como estágios da vida, da alma; os filósofos como etapas do desenvolvimento intelectual; os mestres gastronômicos como medidas para as suas criações; enfim, a vida se mede no tempo, se organiza no tempo... tempo que não para.

Dizem também que o tempo é o senhor das coisas.

Que ele é capaz de por tudo nos seus devidos lugares.

O tempo questiona; o tempo esclarece; o tempo direciona respostas; o tempo não encoberta mentiras; *COM O TEMPO AS VERDADES APARECEM.*

Todavia, há quem diga que nas dores o tempo demora a passar e que nas coisas boas, alegres, ele passa rápido demais.

Como o tempo é o mesmo em ambos os casos, prefiro dizer que o segredo está na intensidade que vivemos as dores e alegrias, na forma que gastamos nossa vida vivendo estes sentimentos antagônicos.

A alegria que contagia provoca realizações, já a dor que adormece provoca contrações.

A intensidade das atividades, nestes dois casos, provoca a percepção do tempo.

Enfim, como dizia Mário Lago: “Fiz um acordo de coexistência pacífica com o tempo.

Nem ele me persegue, nem eu fujo dele.

Um dia a gente se encontra”.

O certo é que no tempo da vida, o nosso cronômetro já foi acionado.

Vivamos, pois não sabemos o dia que ele será findado pelo Grande Arquiteto do Universo.





DISSIMULAÇÃO DEVOCIONAL - Newton Agrella




Newton Agrella é escritor, tradutor e palestrante. Considerado um dos maiores intelectuais da maçonaria no país

É desestimulante quando percebemos que as informações muitas vezes não se processam em nosso cérebro em razão da apatia e falta de interesse em querer "pensar".  

Diga-se de passagem, que isto não tem nada a ver com Liberdade de Pensamento, mas sim, com "Discernimento", ou seja; a capacidade de que somos dotados para avaliar, perceber e registrar a diferença, a distinção entre o certo e o errado, e entre os valores das coisas.  

É em suma, a disposição da consciência e da inteligência humana, legitimamente chamada de "bom senso" ou "sensatez".

Esse preâmbulo é apenas e tão somente um exercício para a inquietante, mas muitas vezes "insolente" insistência, de que muitos maçons se arvoram, na recorrência desmedida para exaltar uma figura divinal.

A fronteira que delimita esta visão obscura, torna-se saliente quando a confusão se instaura entre duas condições substantivas:  "ASPECTOS RELIGIOSOS" e "RELIGIÃO".

Em face dessa maçante dúvida, vem os seguintes indefectíveis questionamentos:

A Maçonaria possui Aspectos  Religiosos ?

Sim, ela possui aspectos religiosos, porque reconhece a existência de um  princípio criador, regulador supremo e infinito ao qual se dá o nome de Grande Arquiteto Do Universo.

Também em função de influências simbólicas, litúrgicas, e históricas herdadas das religiões como o Judaísmo e o Cristianismo. 

Além de tudo isso, a Maçonaria constitui-se numa entidade espiritualista em contraposição ao predomínio do materialismo.

Estes fatores são, por si só, essenciais e indispensáveis, vez que compõem o próprio arcabouço da compleição humana.

E o segundo questionamento.

A Maçonaria é uma religião ?

Não. A Maçonaria definitivamente  não é uma religião. 

É uma instituição filosófica, cujo propósito é o de unir os homens entre si de maneira recíproca, no sentido mais fraterno que se possa imaginar.

Essa União Fraternal admite em em seu seio, pessoas de todos os credos religiosos sem qualquer distinção.

Cabe todavia pontuar, que nela não se praticam cultos de veneração, adoração, não se idolatram deuses ou quaisquer divindades, não se faz apologia a qualquer crença e muito menos procedem-se orações, preces ou rezas.

Apesar de tudo isso, e do nítido caráter especulativo, hominal e antropológico da Maçonaria, a evocação intempestiva, atemporal e insensata de Entidades Religiosas, sob a condição de espíritos reveladores, doutrinários e dogmáticos, continua sendo uma prática indiscriminada dentre muitos maçons, que almejam serem reconhecidos como tais...

A Maçonaria Especulativa nos estimula a enxergar o mundo sob as lentes da razão, do intelecto e da espiritualidade, sem jamais impor ao Maçom abrir mão de sua fé e de suas crenças pessoais.



maio 08, 2022

A ARMA BRANCA - Sérgio Quirino



Sérgio Quirino - é o atual Grão-Mestre-GLMMG 2021/2024, notável intelectual maçônico

Reafirmamos continuadamente que nada se faz na Maçonaria que não tenha um propósito; e que a verdade se revela nas entrelinhas.

Há um momento em nossa experiência de neófito em que o caminho parece menos tortuoso, mas o som metálico nos causa aflição. Não podendo identificar visualmente, aguçamos a audição e nos alertamos para um cenário de combate. O som é do tinir das lâminas. Por ele imaginamos ser produzido pelas chamadas armas brancas.

O sentido de “arma branca” tem origem no elemento de um grupo de metais denominado frâncico, que é reluzente, brilhante, polido. Daí, ao vermos um objeto com lâmina, que, eventualmente, possa ser usado para atacar ou defender, o caracterizamos como “arma branca”.

A maioria das armas consideradas brancas ao serem criadas, não tem por finalidade se tornarem instrumentos de ataque ou defesa. Por exemplo: chave de fenda, giletes, pedaço de vidro, pedaço de pau, foice, picareta e até mesmo martelos.

Aqui retomamos a reflexão sobre aquele momento de nossa viagem, em que o barulho era proveniente do combate com arma branca, cujo inimigo não está distante de nós, diferentemente de quando se usa arma de fogo, que permite maior distância entre os inimigos. Nesses casos, a arma branca é ineficiente

A entrelinha e a sutileza da nossa interpretação estão em identificar pelo barulho, o perigo do mau uso dos nossos instrumentos - cinzel e martelo de pedreiro.

Cinzel e martelo? Sim! Ambos são “armas brancas”, o cinzel é perfuro cortante e o martelo, uma arma contundente.

O CONJUNTO HARMÔNICO DOS TINIDOS METÁLICOS, NAQUELE MOMENTO MÁGICO DE NOSSAS VIDAS, PRODUZ EM NÓS A CLARIFICAÇÃO, ENQUANTO ESCULPIMOS O COMBATE ÀS PAIXÕES E BUSCAMOS O APERFEIÇOAMENTO DE NOSSOS COSTUMES.

A MAIOR BATALHA DE NOSSA VIDA É TRAVADA CONTRA NÓS MESMOS!

A vida é um grande oceano que navegamos sob os influxos das vagas ilusões. Na constância, perseverança e nas lutas diárias contra os vícios do mundo profano é que atingiremos a paz e a harmonia social.

Seguimos neste 16o ano de compartilhamento de instruções maçônicas, porque acreditamos fielmente que um mundo melhor se constrói pela qualificação do artífice. Precisamos nos reanimar permanentemente para o bom uso do malho e do cinzel.

Sinto muito, me perdoe, sou grato, te amo. Vamos em Frente!

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MAÇONARIA - A INICIAÇÃO - Paulo Neves









Nada mais é que a recepção que é praticada por aquele que é candidato a se associar a uma Loja Maçônica.

Uso o termo associar de acordo com as leis civis existentes em nosso país.

Uma maçonaria sem base iniciática nada mais é que uma sociedade Filantrópica.

É necessária que haja uma morte metafórica e simbólica.

Assim, tal a fênix que renasce das cinzas, o novo associado se desnuda de suas paixões, vaidade e intransigência, o que nos leva ao pensamento do Filósofo e filólogo Nietzsche, em seu livro Zaratustra:

... "É preciso haver morte para que surja o super-homem; ele indica a necessidade da superação de si mesmo e com isso aponta para uma nova maneira de sentir, pensar, avaliar"... 

E é esta a diferença entre o iniciado e o não iniciado.

É uma maiêutica (parto), termo usado pelo filósofo Sócrates, para uma nova vida que se descortinará na vida do iniciado.

A iniciação é o primeiro passo e é necessário para se ingressar na escalada maçônica, muitos passam pelo processo de iniciação e não prosseguem na busca de novos conhecimentos e aperfeiçoamento, isto é abandonam por qualquer motivo a ordem maçônica.

Matemáticos e filósofos constataram que nós somos números e símbolos.

O simbolismo representa a base, o fundamento de toda a maçonaria do mundo, ou seja, universal.

O iniciado tem que aprender gradativamente os símbolos e alegorias.

Quem seja incapaz de compreender os símbolos se achará sempre na posição de não iniciado e que entrando em um templo maçônico, mesmo lendo um livro, revista, a mídia eletrônica ou outra fonte de pesquisa referente à maçonaria, observa toda uma série de objetos, que lhe parece familiar, mas não entende o seu significado.

*Símbolo* = Figura, marca, qualquer objeto físico que apresenta um significado convencional.

*Alegoria* = Forma figurada de um pensamento, ficção ou metáfora que na expressão tem um significado e no sentido, outro.

AS VIAGENS

Já foi dito que o homem, para se tornar maçom, tem que ser submetido às provas que constam nos Rituais e é necessário que se cumpra as partes ritualística, que por sua vez são conhecidas por viagens.

O candidato está cego, por esta razão não enxerga o que se passa a sua volta, ele faz um trajeto sempre conduzido por um Ir.’. experiente.

Simbolicamente, os caminhos são cheios de obstáculos, que ele candidato terá que superá-los, estes caminhos, representam os perigos em sua vida, bem ele venceu esta primeira fase

Em outra viagem, tão importante quanto a primeira, ele encontrará novos desafios, trovões, tempestades, ruídos de espadas e termina com um lavar de mãos, significando que ele está em parte purificado, por esse elemento da natureza que é a água.

Depois de tantos obstáculos que foram superados a sequência

 é fazer um trajeto mais tranquilo e silencioso, ele enfrenta agora outra purificação, o elemento da natureza é o fogo, que serve para ativar bem o coração no candidato o amor aos seus iguais, a fraternidade e a caridade.

Estas provas representam no candidato o seu renascimento e morte para os seus preconceitos, erros e ilusões.