maio 24, 2022

O SILÊNCIO DE HARPÓCRATES E A INICIAÇÃO -


Desce o primeiro dia que o que se passa em LOJA tem sido uma sequência de mistérios. 

Pouco e pouco alguns se vão revelando, pelo menos parcialmente. 

De todos os que tomei conhecimento, ou de que me apercebi, houve o que me marcou mais: O Silêncio.

I - O Silêncio

Desde as primeiras civilizações que o silêncio é um importante elemento cultural, imposto, muitas vezes com firmeza, para salvaguardar segredos. 

No antigo Egito chegou a existir um Deus do Silêncio, Harpócrates e na classe sacerdotal os iniciados assumiam um estado de silêncio total, a fim de se manterem os segredos e como incitamento á meditação, regra que seria adotada posteriormente pelas sociedades iniciáticas.

Ao longo dos tempos o Silêncio foi mantendo a sua importância, tendo até a G:.L:.U:. da Inglaterra, após a sua unificação adotado a legenda "Ouve, Vê e Cala". 

Os primeiros catecismos maçônicos também referiam que os pontos que distinguiam um Maçom eram a Fraternidade, a Fidelidade e ser Calado.

Comigo, o primeiro contato que tive com este Silêncio foi na Câmara de Reflexão. 

Há muito tempo que não tinha a oportunidade de estar, comigo mesmo, em atitude contemplativa e meditativa durante um espaço de tempo tão longo.

E tão fácil, mas tão estranho ao princípio.

Foi também o primeiro contato que tive com esta irmandade, prenunciador da importância que esta "ferramenta" viria a assumir.

Depois foi a importância que teve no juramento que realizamos na iniciação, as frases que anunciam o "silêncio nas colunas" e no final de cada Sessão o juramento de silêncio sobre tudo o que se passou.

Não podia deixar de referir também o silêncio em que, durante as Sessões, me tenho tido que manter até agora. 

Qual a sua justificação? 

Será um apelo a "Ouvir, Ver e Meditar" ou outra qualquer. 

A mim, basta-me a primeira.

Confirma-se pois que o silêncio é fundamental na origem de todas as iniciações.

Mas afinal o que significa Silêncio?

Não é só a ausência de ruído ou barulho, nem se pode confundir com mutismo.

Normalmente, tendemos a fugir da solidão, do silêncio, da responsabilidade e damos preferência aos reflexos ilusórios e á busca de satisfações, facilidades e alegrias.

O mutismo é a regressão, o mutismo esconde, é negativo e cala. 

O mutismo é calar negativamente perante uma realidade que chama por nós.

O Silêncio, pelo contrário, é propiciador ao exercício do pensamento e da reflexão. 

O Silêncio é proativo e positivo.

É pensando e refletindo, obviamente em Silêncio que chegamos a conclusões, logo se evolui, há progresso e abertura.

Somente um homem capaz de guardar silêncio será disciplinado em todos os outros aspectos do seu ser, podendo-se assim entregar á meditação.

O silêncio é também uma virtude maçônica, uma vez que desenvolve a discrição e permite usar a prudência e a tolerância em relação aos defeitos e faltas dos outros.

O silêncio é pois de ouro e, afinal, o seu som um dos mais belos.

Bom dia meus Silenciosos irmãos.

(autor desconhecido)




maio 23, 2022

TEMPOS MODERNOS NA ORDEM - Adilson Zotovici



Adilson Zotovici é poeta e intelectual maçónico, membro da ARLS Chequer Nassif-169 de S. Bernardo do Campo


Neste tempo hodierno

Muito se fez costumeiro

Buscando algo superno

Para encantar novo obreiro


Fez-se o e-book, moderno,

Mas, do papel falta o cheiro !

O virtual encontro externo

Sem mais pessoal...no canteiro


Trocam telefonema terno

Por um "Zap" frio, ligeiro, 

Até o abraço fraterno

Por um " alô  companheiro "


Carta em folha dum caderno

Por um e-mail corriqueiro

O bom estudo sempiterno

Por rega-bofe, festeiro


O balandrau fez-se terno,

O tênis virou rotineiro

Sem o vigor abeterno

Dos que ensinaram o roteiro


Transiente, qual verão, inverno...

Mas, falta o elã sobranceiro

Mormente ao teimoso e  eterno,

Como eu...velho livre pedreiro !


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PEDREIROS LIVRES? TRANSPARÊNCIA É FUNDAMENTAL - Roberto Bertelli M.'.M.'


Quando realizamos os primeiros contatos com a Maçonaria, deparamo-nos com o termo "livre e de bons costumes".

Uma sentença genérica, cuja interpretação torna-se profunda e extensa, pois:

1) somos todos livres, já que não há mais sistemas escravocratas;

2) precisamos saber o que são costumes, quais os costumes de determinado grupo social e identificar quais seriam os costumes tidos como "bons" por aquele mesmo grupo.

Como a segunda tarefa requer um esforço a ser realizado pelos próprios maçons pertencentes aos diversos grupos, cada um com seus costumes particulares, cada um com o seu ideal de "bom costume",  resta-nos "filosofar" acerca do sentido de "ser livre", sem qualquer pretensão de esgotá-lo.

Entendemos que ser um homem livre, é não se encontrar atado aos *grilhões da ignorância*.

Ora, um homem que não pensa por si só, que não investiga a verdade, que não busca o conhecimento, mantém-se enclausurado em sua ignorância, desenvolvendo, dentro de si, a intolerância e o preconceito.

Consequentemente não dispõe esse homem das ferramentas necessárias para combater os erros e, assim, jamais eliminará de si a ignorância.

Restará escravizado, agrilhoado.

Nesse aspecto o homem deixa de ser livre.

Por outro lado, em nossa primeira jornada maçônica, aprendemos que os homens são livres e iguais em direitos.

Aprendemos, ainda, que a Maçonaria defende a plena liberdade de expressão do pensamento.

Não obstante tais decretos de “liberdade”, aprendemos mais adiante sobre os deveres dos Maçons.

Na dicotomia “direitos/deveres”, apesar de serem conceitos contrários, complementam-se, assim como na dialética platônica, não havendo falar-se em antinomia.

Os nossos direitos são complementados pelos nossos deveres, como no velho ditado de que "nossos direitos terminam onde iniciam nossos deveres".

Assim o é com a liberdade, que tem seu término quando transgride uma norma, ou invade a liberdade de outrem.

Nesse aspecto visualizamos sim a antinomia de conceitos iguais. 

Contudo, basta atentarmo-nos aos ensinamentos dos Mestres provectos para notarmos que a liberdade tratada é a de pensamento, pois tal liberdade é ilimitada.

O maior ensinamento que recebemos é a de que a liberdade maçônica reside no pensamento.

São pelas atividades cognitivas que os Maçons se tornam absolutamente livres.

Desse modo, estar agrilhoado pela ignorância é ter a atividade cognitiva escravizada.

Nesse aspecto, podemos visualizar a ignorância como grades que prendem o pensamento.

*O Maçom deve ter a liberdade de pensar e de se expressar*, mas sempre se baseando pelos seus direitos e deveres, pois é somente pelo pensamento e pela expressão de ideias que a Maçonaria libertará o homem para sua função de edificador social.

 



maio 22, 2022

CONVERSANDO COMIGO - Newton Agrella



Newton Agrella é escritor, tradutor e palestrante. Considerado um dos maiores intelectuais da maçonaria no país

Meu sogro era um homem simples, mas uma pessoa extremamente sábia e astuta.  

Do alto de sua experiência de vida  costumava dizer o seguinte:

"...O que você está tentando me ensinar, eu já esquecí..."

Com essa breve e singela parábola hoje eu percebo que as reais dimensões das nossas vidas, não se medem pela sua extensão, pela sua longevidade nem tampouco pelo que conseguimos acumular materialmente.

Percebo, que a vida encerra todo seu significado pelo que conseguimos abstrair de sua profundidade...

Nosso valor existencial reside na ética, na moral e na versão espiritual de nossos atos.

Sentar sobre o óbvio não produz resultados.

Nossa caminhada só  ganha efeito quando somos capazes de compartilhar idéias, de questionar o desconhecido e de nos propormos a ouvir quando é o caso e a se expressar como forma de não se acovardar diante das questões humanas.

Repetir uma oração pode até ser um paliativo para reduzir as dores da Alma durante algumas horas.

Porém a manifestação sentida, que toma forma e conteúdo advinda lá do recôndito de nossa consciência é o que nos torna reféns e questionadores de nossas dúvidas.

Existo porque sou o produto de um Princípio Criador e Incriado.

E cabe a mim burilar minhas imperfeições, conjugar todos os verbos que compõem o meu acervo e não ter receio de ser quem eu sou.

É vida que segue, é vida que se compartilha.

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SESSÃO ADMINISTRATIVA - Pedro Juk



O ir:. Pedro Juk é Secretário de Ritualística do GOB e um dos maçons mais cultos do país

Uma Sessão Administrativa, que pode ser realizada dentro do Templo ou em outro recinto que atenda a necessidade de um ambiente “coberto”, é organizada sem que para a sua execução exista a necessidade da ritualística oriunda do Ritual. 

Assim, nela os maçons não usam paramentos, estando todos trajados de forma decente e a contento. 

Nela também é dispensável o traje maçônico (terno ou balandrau).

Obviamente que isso não é sinônimo de desordem, porém é um modo objetivo para que ordeiramente sejam discutidos assuntos que demandem de excessivos debates. 

Nesse sentido, uma Sessão Administrativa deve ser marcada com antecedência, informando o assunto e o motivo pelo qual ocorrerão os discutes.

Apurado o efeito pelas discussões ocorridas na Sessão Administrativa, prevendo a legalidade do resultado antecipadamente auferido, o mesmo é então levado para a Ordem do Dia de uma Sessão Ordinária onde, com a aquiescência do Orador, é regularmente votado na forma de costume. 

Atente-se que sobre a matéria trazida da Sessão Administrativa, não mais deverá haver discussão, pois ela já fora amplamente debatida administrativamente numa sessão previamente marcada.

Assim, é essa a principal razão pela qual existe uma Sessão Administrativa. 

Ela acontece justamente por ser objetiva e por escapar das formalidades ritualísticas. 

Assuntos que demandam de longos debates ficam mais apropriados sem o protocolo do giro da palavra, já que o que se busca nessa ocasião é justamente a informalidade. 

Sob essa óptica é perfeitamente dispensável a utilização de paramentos.

Mesmo que adequados aos repetidos apartes e opiniões, comuns a essas ocasiões, o Venerável Mestre deverá conduzir ordeiramente os trabalhos. 

A ausência de paramentos e da ritualística maçônica não abstrai uma Sessão Administrativa da qualificação de ser uma reunião maçônica, portanto como tal os maçons devem se comportar.

Bom dia meus irmãos.


Pedro Juk M.'.M.'.

(Secretário de Ritualística do GOB)

maio 21, 2022

O QUE É MAÇONARIA? - Fonte: GOB (2005



A Maçonaria é uma sociedade discreta, na qual homens livres e de bons costumes, denominando-se mutuamente de irmãos, cultuam a Liberdade, a Fraternidade e a Igualdade entre os homens. Seus princípios são a Tolerância, a Filantropia e a Justiça. Seu caráter secreto deveu-se a perseguições, à intolerância e à falta de liberdade demonstrada pelos regimes reinantes da época. Hoje, com os ventos democráticos, os Maçons preferem manter-se dentro de uma discreta situação, espalhando-se por todos os países do mundo.

Sendo uma sociedade iniciática, seus membros são aceitos por convite expresso e integrados à irmandade universal por uma cerimônia denominada "iniciação".

Essa forma de ingresso repete-se, através dos séculos, inalterada e possui um belíssimo conteúdo, que obriga o iniciando a meditar profundamente sobre os princípios filosóficos que sempre inquietaram a humanidade.

O neófito ingressa na Ordem no grau de Aprendiz. Ao receber instruções e ensinamentos, galga ao grau de Companheiro e após período de estudos, chega ao grau máximo do Simbolismo, ou seja, o Grau de Mestre Maçom.

Os Maçons reúnem-se em um local ao qual denominam de Loja, e dentro dela praticam seus rituais. Estes são dirigidos por um Mestre Maçom experimentado, conhecido por Venerável Mestre. Suas cerimônias são sempre realizadas em honra e homenagem a Deus, ao qual denominam de Grande Arquiteto do Universo, (G∴A∴D∴U∴). Seus ensinamentos são transmitidos através de símbolos dando assim um conhecimento hermenêutico profundo e adequado ao nível intelectual de cada indivíduo.

Os símbolos são retirados das primeiras organizações Maçônicas, dos antigos mestres construtores de catedrais. "Maçom" em francês significa pedreiro. Devido a esse fato encontramos réguas, compassos, esquadros, prumos, cinzéis e outros artefatos de uso da Arte Real, ou seja, instrumentos usados pelos mestres construtores de catedrais e castelos, que são utilizados para transmitir ensinamentos.

Por possuir um conhecimento eclético, a Maçonaria busca nas mais diversas vertentes suas verdades e experiências, dando um caráter universal a sua doutrina.

A Maçonaria não é uma religião, pois o objetivo fundamental de toda sociedade religiosa é o culto à divindade.

Cada Loja possui independência em relação às outras Lojas da jurisdição, mas estão ligadas a uma Grande Loja ou Grande Oriente, sendo estes soberanos. Cada Grande Loja ou Grande Oriente denomina-se de "potência". Essa é uma divisão puramente administrativa, pois as regras, normas e leis máximas, denominadas "Landmarks", são comuns a todos os Maçons. Um dos Landmarks básicos da Ordem é que o homem, para ser aceito, deve acreditar em um princípio criador, independente de sua religião.

Seus integrantes professam as mais diversas religiões. Como no Brasil a grande maioria dos brasileiros são cristãos, adota-se a Bíblia como livro da lei. Em outra nação, o livro que ocupa o lugar de destaque no Templo poderá ser o Alcorão, o Torá, o livro de Maomé, os Vedas, etc, de acordo com a religião de seus membros. No preâmbulo da primeira Constituição editada pela Grande Loja, ficam registrados de forma clara os princípios em que se baseia a Ordem: "a Maçonaria proclama, como sempre proclamou desde sua origem, a existência de um Princípio Criador, sob a denominação de Grande Arquiteto do Universo; a Maçonaria não impõe nenhum limite à livre investigação da Verdade, e é para garantir a todos essa liberdade que ela de todos exige tolerância; a Maçonaria é, portanto, acessível aos homens de todas as raças e de todas as crenças religiosas e políticas; a Maçonaria proíbe em suas Oficinas toda discussão sobre matéria partidária, política ou religiosa, recebe os homens quaisquer que sejam as suas opiniões políticas ou religiosas, humildes, embora, mas livres e de bons costumes; a Maçonaria tem por fim combater a ignorância em todas as suas manifestações; é uma escola mútua que impõe este programa: obedecer às leis do País, viver segundo os ditames da honra, praticar a justiça, amar o próximo, trabalhar incessantemente pela felicidade do gênero humano e para conseguir a sua emancipação progressiva e pacífica."

É VERDADE QUE O MAÇOM MATA?



-  SIM, É VERDADE, O LEGÍTIMO MAÇOM MATA!

Vocês precisavam ver o brilho nos olhos e o movimento de acomodação nas cadeiras dos interlocutores. Continuei:

– O Maçom Alexander Fleming ao descobrir a penicilina matou e ainda mata milhões de bactérias, mas permite a vida continue para muitos seres humanos.

– O Maçom Charles Chaplin com a poderosa arma da interpretação e sem ser ouvido, matou tanta tristeza, fez e ainda faz nascer o sorriso da criança ao idoso.

– O Maçom Henri Dunant ao fundar a Cruz Vermelha matou muita dor e abandono nos campos de guerra.

– O Maçom Wolfgang Amadeus Mozart em suas mais de 600 obras louvou a vida.

– O Maçom Antonio Bento foi um grande abolicionista que junto com outros maçons, além da liberdade, permitiram a continuidade da vida a muitos escravos.

– O Padre Feijó, o Frade Carmelita Arruda Câmara e o Bispo Azeredo Coutinho, embasados nas Sagradas Escrituras e como legítimos maçons, desenvolveram o trabalho sério de evangelização e quem sabe assim mataram muitos demônios.

-  O legítimo Maçom não é o homem que entrou para a Maçonaria, mas aquele que a Maçonaria entrou dentro dele.

– Houve e há Maçons em todos os seguimentos da sociedade e todos com o mesmo propósito; fazer nascer uma nova sociedade, mais justa e perfeita, lógico sem esquecer que o MAÇOM MATA, principalmente o preconceito.”

Autor desconhecido

maio 20, 2022

TRIPONTO...AÇÃO - Adilson Zotovici



Adilson Zotovici é poeta e intelectual maçónico, membro da ARLS Chequer Nassif-169 de S. Bernardo do Campo

Do livre pedreiro aceito

Requer perenal atenção

Sobre  o uso e o conceito

Da usual tripontuação


Triangulo justo, perfeito,

Sua tônica é a discrição

Ocultação é o preceito

Se harmônica abreviação


À recognição afeito

O qual preluz no jamegão

Tal filho da Luz eleito


Sinal da Tríade, Criação,

À Vigia eternal sujeito...

Seu usuário, guardião !


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O LUGAR DO APRENDIZ - Rui Bandeira



O local onde uma Loja maçônica se reúne é pelos maçons designado de Templo.

Dentro do Templo, e no decorrer de uma reunião de Loja, tudo existe segundo uma ordem determinada e todos têm assento em locais definidos. A segurança que psicologicamente é transmitida a quem se encontra num local ordenado, onde tudo e todos estão no seu lugar, ajudam à criação de uma atmosfera de confiança, descontração e concentração que é preciosa, quer para o bom desenrolar da sessão, quer para o conforto de todos, quer para a predisposição para atender aos assuntos do espírito, deixando-se efetivamente os metais à porta do Templo.

Como todos os outros obreiros, o Aprendiz tem o seu lugar determinado. Ou, melhor dizendo, uma zona da sala destinada a que ele ali se coloque e assista a tudo o que se passa.

Esse lugar, essa zona, situa-se nas cadeiras traseiras do lado Norte da sala.

O lado Norte aqui em causa é, como quase tudo em Maçonaria, simbólico.

Pode, portanto, corresponder ou não ao Norte geográfico.

Normalmente, as salas onde decorrem as reuniões de Lojas têm a forma retangular, com a entrada colocada num dos lados menores.

E quando não tem essa forma, utilizam-se os adereços necessários para que o local onde decorra a reunião tenha essa disposição.

O lado onde se situa a entrada é, por convenção, designado de Ocidente.

Logo, o lado oposto, onde se coloca a Cadeira de Salomão, é o Oriente.

A generalidade dos obreiros toma assento nos lados direito e esquerdo da entrada.

Convencionado que está que a entrada se situa no Ocidente, o lado direito de quem entra é, portanto, o Sul e o lado esquerdo de quem entra é o Norte.

Portanto, o Aprendiz toma assento na segunda fila do lado esquerdo de quem entra.

Como sempre, esta disposição tem um significado simbólico.

Para ser entendido, há que ter presente que a Maçonaria nasceu no hemisfério Norte.

Neste hemisfério, o que está situado a Norte é menos ensolarado, menos iluminado.

Em termos de Maçonaria, o Aprendiz ainda está na fase de transição da vida profana para a vivência maçônica.

Está em processo de aprendizagem dos símbolos, dos princípios, da vivência, da Maçonaria.

Está no início do percurso que todos os maçons procuram fazer, do seu aperfeiçoamento, da busca do Conhecimento do significado da Vida e da Morte, da Criação, do Universo, do Material e do Imaterial. 

Está, como os maçons dizem, no início do caminho para a Luz.

O Sol nasce a Oriente. Simbolicamente a Luz que o maçom busca encontra-se a Oriente.

Daí que seja no lado que simboliza o Oriente que se encontra a Cadeira de Salomão, onde toma assento o Venerável Mestre, que conduz a Loja e os seus Obreiros na busca, individual e coletiva, do aperfeiçoamento e do Conhecimento, na busca da Luz.

O Conhecimento, para quem não está preparado, pode ser nefasto, pode ser incompreendido ou mal compreendido e, logo, recusado, afastado, distorcido. 

Portanto, o acesso à Luz deve ser gradual, em função da capacidade, da preparação, do Caminhante.

Consequentemente, aquele que está ainda menos preparado, aquele que está ainda na fase inicial da sua Jornada, deve ser protegido do excesso de Luz, para que nele se não torne nefasto o que deve ser benfazejo.

Assim, deve tomar assento na zona mais protegida da Luz, ou seja, no Norte.

Quanto ao fato de tomar assento nas cadeiras traseiras, e não na primeira fila, tal deve-se, quer ao fato de, quanto mais ao Norte estiver, mais protegido estar da Luz em excesso, quer, muito mais prosaicamente, ao fato de o Aprendiz ainda ter uma reduzida intervenção nos trabalhos e ser conveniente deixar a primeira fila ser ocupada por quem pode intervir ou necessita de circular pela sala...

Protegido na sua zona, subtraído a movimentações, o Aprendiz está sossegado, em plenas condições de se concentrar, de tudo observar, de tudo apreender.

Em Maçonaria, o Aprendiz é um Homem do Norte...

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maio 19, 2022

A MAÇONARIA E A MULHER - Omar Cartes



A Maçonaria conhece dois períodos através da sua história: a Maçonaria Operativa, praticada por autênticos pedreiros e que no seu oficio desenvolviam um esforço físico considerável não apropriado para pessoas do sexo feminino e, a partir de 1717 dc, a Maçonaria Especulativa com os maçons aceitos (intelectuais) reunindo-se em tabernas, locais onde era absolutamente inconcebível contar com a presença de uma mulher honesta e de condições intelectuais elevadas.

Durante todos estes séculos, não existem antecedentes de alguma mulher ter pretendido ingressar na Maçonaria. Charles Johnson escreve em 1723 que a rainha Isabel de Inglaterra, protetora das artes, se tornou inimiga da Maçonaria porque, pretendendo ingressar nela, recebeu a resposta que devido ao seu sexo não lhe seria possível, o mesmo acontecendo com a Imperatriz Maria Eugenia de Áustria.

A Maçonaria teve um desenvolvimento extraordinário a partir de 1717, ingressaram nobres e intelectuais, informações encheram os jornais sobre a Ordem e muitas damas das Cortes européias começaram a questionar os motivos que poderiam existir para elas não pudessem ingressar. 

Na França e na Alemanha foram criadas algumas organizações que tentavam imitar uma Loja maçônica mas, como persistia a impossibilidade de superar a proibição do ingresso de mulheres, foi utilizado o esquema de criar lojas, chamadas de adoção, dependentes de uma Loja maçônica regular, na qual poderiam participar homens e mulheres, e que desenvolviam atividades mais do tipo social e de caridade, mas eram totalmente carentes de princípios filosóficos. Estas pseudo lojas acabaram desaparecendo com o período da Restauração.

Apagado o luxo e o esplendor da corte napoleônica, vem um período de pouca atividade feminina em torno da Maçonaria. Até que no século 19 aparecerem três mulheres extraordinárias, de elevado nível intelectual, ardentes feministas que, dentre todas as atividades que elas desenvolviam também pretendiam participar da Maçonaria. 

Maria Deraismes (1828-1933)(foto) francesa, solicita em 1881 seu ingresso na Loja Les Penseurs de Pucq, que aprova seu pedido, retirando-se da Grande Loja da França, mas cinco meses depois a Loja arrepende-se do passo dado, elimina de seus registros Maria Deraismes e volta ao seio da Grande Loja. Mas Maria Deraismes, já com conhecimento do Ritual, funda sua própria potência em 4 de Abril de 1893, nascendo a Grande Loja Simbólica Ecossaise Le Droit Humain. 

É iniciada Annie Besant (1847-1933) inglesa, que depois funda em 1902 a Order of the Universal Co-Masonry in the British Federation. 

Helena Petrovna Blavasky (1831-1891) russa, provavelmente mais conhecida na história do que as duas anteriores; também é uma profunda interessada na Maçonaria (muitos livros dela comprovam isso), mas ignoramos se ela ingressou na Loja Direitos Humanos.

Mas as Lojas Direitos Humanos e outras Lojas mistas ou femininas não conseguiram avançar dentro do campo que mais interessava: o reconhecimento como atividade maçônica regular ou legítima. 

A Grande Loja da França não proibiu seus membros de visitar Lojas de Direitos Humanos, mas não aceita em suas Lojas a visita de membros homens de Lojas mistas. Nenhuma Potência da Associação Maçônica Internacional reconheceu a Direitos Humanos.

Como podemos ver, a não aceitação de mulheres na Maçonaria está baseada exclusivamente na tradição. Não existe nenhuma outra razão fora dela. Hoje em dia a Maçonaria não tem mudado sobre a aceitação da Mulher nas suas práticas ritualísticas e certamente nunca mudará. 

Mas, mesmo que a Maçonaria não se pronuncie oficialmente sobre o assunto (conforme com sua política tradicional de não se envolver em polêmicas desgastantes que a nada conduzem) os que realmente conhecem a Maçonaria sabem que ela considera a Mulher com muito respeito dentro da sociedade humana e, tanto é assim, que para elas são reservadas homenagens especiais quando seu marido ou filho for iniciado nos seus Mistérios.

Elas também têm a oportunidade de participarem em sociedades para-maçônicas tais como Centros Femininos, Clube da Acácias, Filhas de Jó, Eastern Star, Ordem do Arco-íris, etc. nas quais elas têm a oportunidade de desenvolverem seus próprios ideais e princípios. 

Esta consideração pela mulher começa já na seleção dos candidatos que desejam um lugar entre nós: a esposa do candidato é entrevistada separadamente e se ela não estiver de acordo com o ingresso do marido, o processo é encerrado imediatamente, porque o espírito da Maçonaria é unir as famílias e não separá-las.

Resumindo, a Maçonaria exclui a mulher por razões exclusivamente tradicionalistas. Se for alterada esta proibição a Maçonaria morre e nasceria uma nova instituição sem vínculo algum com os antiquíssimos princípios que formam o alicerce de nossa Instituição.

LIDERANÇA MAÇÔNICA - Ir.’. Carlos Augusto Pereira da Silva

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"Uma das mais belas compensações desta vida é que ninguém pode tentar ajudar sinceramente o outro sem ajudar a si mesmo". (Charles Dudley Warner)

Devemos incentivar e encorajar os potenciais existentes no outro, que é nosso Irmão. Mais do que nunca, a MAÇONARIA precisa de Líderes. Líderes são aqueles que possuem um sonho e o colocam à disposição para que todos possam alcançá-lo. 

A presença e a atuação de Líderes em todos os níveis do relacionamento social é um fenômeno bem conhecido e muito estudado. 

Na Maçonaria seriam os falados Construtores Sociais, e este tema Liderança é eminentemente Maçônico porque o irmão precisa se auto determinar para seguir em sua carreira maçônica. Só chega lá, o irmão que lidera seus desejos, controlando-os para atingir os objetivos propostos pela Maçonaria. 

Os fundadores das grandes religiões e, infelizmente, alguns ditadores cruéis, possuíam em grau eminente essa característica: a capacidade de influenciar e conduzir pessoas, o que lhes permitia conquistar adeptos e seguidores. 

Costuma-se dizer que o Líder consegue captar e exprimir as ideias e intenções do grupo onde atua, as quais, não raro, os próprios liderados não conseguem formular claramente, mas que o Líder apreende e enuncia: ele diz o que as pessoas estão desejosas de ouvir e por isso é admirado e seguido. 

Impõem-se, contudo, algumas distinções. Enquanto os vanguardeiros do progresso, os verdadeiros profetas, falam de necessidades profundas que derivam de nossa natureza espiritual, valores e mudança de posturas e atitudes, que são ainda imprecisamente percebidas pelo grande grupo de irmãos, por exemplo a prática do bem, que é a garantia de se encontrar a Felicidade, ou o servir que é mais moderna compreensão de Liderança, os condutores que atuam exclusivamente no plano comum apontam e destacam vantagens materiais e imediatas, desfrutam delas e, não raro, empregam recursos condenáveis para influenciar os que seguem, como a exaltação do orgulho e da vaidade. 

É verdade, isto também ocorre na Maçonaria, os que se julgam maiores, mas não trabalham para o bem de todos e nem servem, mas criticam aqueles que o fazem e buscam uma solução, para o nosso bem comum. Não raro criticando o quê não fazem, ou emitindo boatos aos outros, daquilo que são. 

Falha de caráter, talvez desses que acham que precisam ter a resposta material ou algo em troca daquilo que julgam fazer correto. 

Esse é chamado do Líder Utilitarista, só faz algo se vê uma oportunidade em troca e de preferência para ele. Não, não é essa a liderança que a Maçonaria precisa. 

Como temos na moderna comunicação de massa facilidades que esse Líder se utiliza e em sua Loja ou no grande Grupo, usa tal processo para tirar vantagem, que ele julga oportuna. Lamentável não estarmos de olhos abertos para barrar, desde o seu nascedouro, tais procedimentos. 

Mas há ainda outra diferença essencial. Enquanto a Liderança a serviço do interesse material procura conduzir alinhando a vontade e anulando o discernimento dos seguidores, a Liderança Maçônica jamais emprega artifícios para tornar feliz a humanidade pelo amor, pelo aperfeiçoamento dos costumes, pela moral, pelo exemplo e pela ação. Aponta caminhos, sobretudo pelo exemplo, luta pelos seus ideais, reafirmando os compromissos individuais na Maçonaria. 

Na Maçonaria deve ocorrer de forma natural, sem ser prejudicado pelo interesse material, de negociações interesseiras e sem ilusão aos mais novos e ainda mais que precisamos ser líderes de homens-maçons que são voluntários. 

Mas há necessidade, por outro lado, da qualificação desses homens-maçons, sejam elas técnicas, sociais, humanistas, não desprezando jamais sua história social, já que após a iniciação, por ser um novo homem, não exclui sua vida passada cultural e social. Essa é sua bagagem, precisa ser respeitada. E o Líder, precisa ter a sensibilidade de observar como mostrar o caminho, para aquele que possui discernimento e para a aquele que ainda não possui. 

Nem todos meus irmãos, estão no mesmo nível de desenvolvimento, inclusive espiritual. O conhecimento e a qualificação refletem a tendência moderna de busca do aperfeiçoamento das atividades mediante a incorporação de técnicas e procedimentos novos que proporcionam maior rendimento e mais satisfação para os que se acham nelas envolvidos. 

Por isso, necessário se faz um planejamento para as Lojas conciliarem as técnicas modernas de gestão com as técnicas maçônicas, que não são em nenhuma hipótese excludentes. A Maçonaria busca na sociedade seu novo membro, portanto ela não está separada desta e precisa por ser progressista e se atualizar constantemente. 

O líder maçom precisa ter esta sensibilidade para quando necessário agir em tal sentido. É interessante lembrar, por exemplo, que na obra de MAQUIAVEL - O Príncipe, estudado como manual de liderança, possui sugestões como: o príncipe não precisa respeitar a palavra empenhada, sacrificar um amigo fortalece o príncipe, ou ainda o governante deve ser temido pelos governados. 

Esse tipo de liderança, não serve mais, a força não vence mais. Mas há os manuais dos líderes servidores, e são vários; O MONGE E O EXECUTIVO, COMO SE TORNAR UM LÍDER SERVIDOR, A SABEDORIA DOS MONGES NA ARTE DE LIDERAR, JESUS O MAIOR LÍDER DE TODOS OS TEMPOS, etc.., 

Esses recomendam servir desinteressadamente ao próximo, fazer o bem, sem olhar a quem, a forma correta de proceder no trato com o próximo. É este tipo de liderança que a Maçonaria precisa e está buscando. 

Maçons baseados no amor, nos princípios da moral e da razão, auxiliando o próximo na busca de tornar feliz a Humanidade, dando o norte, porque recebeu o norte, que é de ação e mudança para melhor. 

Sabe que, por estar a prumo, é ele quem comanda e não é comando por fórmulas, manuais ou rituais, e por se conhecerem sabem que o servir é o caminho da liderança clara, honesta e com objetivos comuns a todos. 

Por serem servidores, não lhes causa problema algum serem os últimos servidores a receberem os benefícios dos que procuram a colaboração fraterna. 

Quem abre uma estrada é o que enfrenta os piores lugares e momentos, mas são os que mostram o caminho a ser trilhado. E esses líderes a Maçonaria ainda está necessitando, são os que estudam, buscam soluções, falam, jogam aberto e se interessam sobremaneira com o próximo. 

O Verdadeiro líder maçônico gosta de gente, de seus irmãos e não de status ou de cargos, que são passageiros e momentâneos. O líder maçônico precisa servir para mudar, porque quem não muda não está servindo. 

É esse líder, ativo e com visão para servir, que estamos em nossas Lojas precisando, para atendermos aos anseios da sociedade, que é composta pelos próprios irmãos.

maio 18, 2022

ABÓBADA E O SINGULAR UNIVERSO PROPAROXÍTONO - Newton Agrella


Newton Agrella é escritor, tradutor e palestrante. Considerado um dos maiores intelectuais da maçonaria no país

"Há dois tipos de palavras: as proparoxítonas e o resto. 

As proparoxítonas são o ápice da cadeia alimentar do léxico. 

Estão para as outras palavras assim como os mamíferos para os artrópodes. 

As palavras mais pernósticas são sempre proparoxítonas.

Das mais lânguidas às mais lúgubres. Das anônimas às célebres. 

Se o idioma fosse um espetáculo, permaneceriam longe do público, fingindo que fogem dos fotógrafos e se achando o máximo.

Para pronunciá-las, há que ter ânimo, falar com ímpeto - e, despóticas, ainda exigem acento na sílaba tônica! 

Sob qualquer ângulo, a proparoxítona tem mais crédito. 

É inequívoca a diferença entre o arruaceiro e o vândalo. 

O inclinado e o íngreme. 

O irregular e o áspero. 

O grosso e o ríspido. 

O brejo e o pântano. 

O quieto e o tímido. 

Uma coisa é estar na ponta – outra, no vértice. 

Uma coisa é estar no topo – outra, no ápice. 

Uma coisa é ser fedido – outra é ser fétido. 

É fácil ser valente, mas é árduo ser intrépido. 

Ser artesão não é nada, perto de ser artífice. 

Legal ser eleito Papa, mas bom mesmo é ser Pontífice.

(Este último parágrafo contém algo raríssimo: proparoxítonas que rimam. Porque elas se acham únicas, exóticas, esdrúxulas. As figuras mais antipáticas da gramática.)

Quer causar um impacto insólito? Elogie com proparoxítonas. 

É como se o elogio tivesse mais mérito, tocasse no mais íntimo. 

O sujeito pode ser bom, competente, talentoso, inventivo – mas não há nada como ser considerado ótimo, magnífico, esplêndido

Da mesma forma, errar é humano. Épico mesmo é cometer um equívoco.

Escapar sem maiores traumas é escapar ileso – tem que ter classe pra escapar incólume. 

O que você não conhece é só desconhecido. O que você não tem a mínima ideia do que seja – aí já é uma incógnita.

Ao centro qualquer um chega – poucos chegam ao âmago.

O desejo de ser proparoxítona é tão atávico que mesmo os vocábulos mais ordinários têm o privilégio (efêmero) de pertencer a essa família – ou não seriam chamados de oxítonas e paroxítonas. 

Não é o cúmulo?"

Com isso deixemos o céu repousando para que a ABÓBADA proparoxítona assuma seu protagonismo vernacular !


O QUE É "LANDMARK"? - Kennyo Ismail



O Ir, Kennyo Ismail é professor universitário, editor, escritor, uma dos mais importantes intelectuais da maçonaria no país.

Essa é uma palavra muito escutada no meio maçônico e sempre presente na literatura da Ordem. Mas você sabe realmente o que é "landmark"?

A palavra inglesa “landmark”, se traduzida ao pé da letra, significa “marco de terra”. A palavra é referente àqueles marcos existentes em entradas de cidades, trevos, praças, etc. Os marcos costumam ser feitos de pedra, concreto ou outro material sólido, e são usados para indicar limites territoriais, fronteiras, registrar um acontecimento, ou mesmo servir de referência. São objetos proeminentes e resistentes, feitos e instalados para durarem e não serem deslocados, ou seja, imutáveis.

Sendo figura relacionada à simbologia da maçonaria operativa, suas características de relevância, referência, solidez e imutabilidade serviram para que o termo ilustrasse as leis permanentes da maçonaria regular, aquelas conhecidas no meio jurídico como “cláusulas pétreas” que, pela inalterabilidade, protegem os princípios e fundamentos da instituição.

Os landmarks maçônicos mais conhecidos e adotados no mundo são os “25 Landmarks de Mackey”. Porém, algumas Grandes Lojas, exercendo o poder soberano que possuem sobre suas leis e administrações, tem publicado suas próprias relações de landmarks, variando seus totais entre 7 e 54.

O que se observa em comum em todas as relações de landmarks das Obediências regulares são os seguintes princípios:

- Independência e autogoverno das Grandes Lojas;

- Crença num Ser Supremo;

- Crença na imortalidade da alma;

- Presença obrigatória dum livro sagrado, esquadro e compasso em Loja;

- Sigilo sobre os modos de reconhecimento;

- Maçom ser homem livre e adulto;

- Proibição de discussão sobre política e religião de forma sectária.

A maçonaria em geral entende que esses princípios são atributos que compõem a maçonaria e, na ausência de um ou mais desses, não se trata mais de maçonaria. Assim sendo, os landmarks, imutáveis, tem por objetivo garantir a perpetuidade da Sublime Ordem, deixando-a evoluir enquanto mantém a sua essência imaculada.