setembro 08, 2022

E OS MAÇONS SÃO FELIZES? - Aldo Vecchini



Aldo Vecchini é um escritor e intelectual maçom da ARLS Renovadora de Barretos, 68.


Convém sabermos a melhor resposta para a indagação encimada. Para não restar dúvidas na efetivação do que está no catecismo: “Uma Instituição que tem por objetivo tornar feliz a humanidade, pelo amor, pelo aperfeiçoamento dos costumes, pela tolerância e respeito irrestritos” ...


Vejam bem! Sejam os Maçons muito felizes. Aprimorem sua personalidade. Burilem seu caráter. Sejam como São João, nosso padroeiro, justo e sensato; como São Francisco, o misericordioso; sejam como São Lucas, referência em compaixão.


Ao admitirmos essa razoabilidade, já estamos polindo nossa pedra de toque. Já orbitamos o sistema do astro-rei: magnetizando, iluminando e aquecendo. E estudando profundamente nossos rituais, cooperamos conosco e com todos, influenciando e sendo influenciados. Interagindo!


Entre outras coisas... mas principalmente, com o fito de ajustar ou regular o fluxo na edificação diária do contentamento, da felicidade e do progresso pessoal e coletivo, saibamos interagir e entregar a carga necessária sem excesso e desperdício.


Enquanto cuidamos desse bem-estar, como o que estamos fazendo agora, a nossa positividade espiritual é otimizada, a nossa alegria melhorada e a quietude consagrada. Sim! Exercitando afeição e amizade, pensamos, agimos e compreendemos melhor a realidade.


Entre outras coisas sejamos persistentes na execução dos nossos propósitos, sabedores de que a prosperidade é dependente de boas escolhas e sábias decisões.  


Dois pontos.


Agora nós podemos refletir sobre o hoje e suas oportunidades, as escolhas que fazemos e até o que decidiremos. Como parâmetro inicial vamos analisar os dois pontos: quando há convergência no ponto de divergência e, divergência no ponto/momento de convergir.


Sim, pois sempre haverá o contraditório. E em considerando a nossa natureza, nossos sentimentos, nossos propósitos, para acertar mais, ferir menos e resolver o melhor, façamos uso da razão.


Não como sinônimo de divisão, mas de racionalidade, de sabedoria. É isso! Seja sábio! Pois como ensinou Sêneca: “você precisa mudar a mente, não o lugar, porque suas falhas o acompanharão aonde você for”.


Desejamos, então, que a sabedoria, a coragem, a perseverança e a justiça, sejam ferramentas utilíssimas nas mãos do “obreiro do bem” que mudará a situação/posição sempre que o fluxo necessitar.


Façamos ajustes e a manutenção perene dos nossos propósitos. Estabeleçamos uma direção. Celebremos o hoje. Pois quando se vive no momento presente é porque finalmente se encontrou e está vivendo de acordo com quem realmente é, seu centro, seu eu mais essencial.


Virtudes


"Não deseje situações difíceis, e sim, a virtude que permite superá-las". Sêneca

Enveredemos nessa passagem que nos levará ao bom destino: Que a nossa compreensão sobre as adversidades seja hercúlea. Pois sabemos que elas existem, existiram e sempre se apresentarão. Porém é a nossa habilidade de lidar com elas que dirão de nós.


Haveremos de superá-las. Sejamos virtuosos. Suplantemos os vícios que sucumbem nossa humanidade. Eles se apresentam quando nos foge a razão... Encontremos tempo para reflexões e esclarecimentos. Saibamos lidar com as situações com certa antecipação, quiçá desarmes.


Assim, nós e o que nos rodeia, entrará em nova ordem. Ordo ab Chao? E é possível sempre que conspiramos para isso. Com que propósito? Para forçar um momento de potencialização do raciocínio. Leiamos e pensemos em nossa missão de tornar as coisas melhores. Isso também é alquimia. 


Talvez desde que os estoicos divulgaram os princípios para uma vida melhor, por meio de ações mais razoáveis; equilíbrio entre a freada e a aceleração; superação dos obstáculos; compreensão das singularidades; flexibilização dos paradoxos; apropriamos dos elementos norteadores e carregados de sentido.


É isso! Que haja motivos para edificação de um túmulo para as paixões; um templo para as virtudes e um obelisco às vitorias. 


Novas perspectivas


A prancheta é a mesma. Porém as perspectivas são outras. E o artesão deve saber do seu traçado para manter a proporção total. Pensemos no tridimensional: comprimento, largura, altura ou profundidade; capital, trabalho e as leis; eu, você o outro; Deus, Pátria, família...


Estamos dialogando com quem projeta, cria e lidera. No mínimo espera-se racionalidade. Exatidão. Propósitos e diretrizes (sabedoria). Porque quem não sabe aonde ir, qualquer caminho serve (Lewis Carroll/Alice no país...).


Os estoicos ensinam que devemos seguir a natureza para levar uma vida feliz (acertar sempre e não reclamar nunca). Então, o artesão, como parte da natureza, não pode distorcer a realidade. A projeção, nesse caso, acompanha a perspectiva. 

Não queremos azedar nada. Tampouco julgaremos singular demais. Porém Epicteto deixa claro: “Não queira que as coisas aconteçam de acordo com seus desejos, mas deseje que elas aconteçam como devem acontecer”. Significa que a liderança tem a prerrogativa de antecipar, intuir e orientar.


Ok! Vivemos em comunidade, é verdade. Cada um desempenha as suas tarefas. Com isso muitas coisas fogem ao nosso controle. É indício de sabedoria aceitar isso. Mas recomendamos compreender essas situações ou reagir a elas de modo harmonioso, sem reclamar, pois, são determinadas pela natureza humana.


E o “acertar sempre” que pareceu exagerado nos parênteses ali em cima, ganha destaque aqui, no arremate: “Vivencie tudo o que lhe acontece como se desejasse que aquilo acontecesse contigo”. Assim, terás consciência dos benefícios e das dificuldades. E se não reclamardes, nem resmungares, atuarás no traçado da perspectiva que irás projetar. 


Simultaneidade


Convenhamos que talvez seja isso que acontece nas interações pessoais: Influenciamos e somos influenciados. Saibamos escolher o que apreender e compartilhar. Tem um ensinamento estoico muito pertinente: "Pessoas boas são mutuamente úteis porque exercitam as virtudes umas das outras".


É isso! Exercitemos a compaixão, a resiliência, a misericórdia, a alegria. Considerando-se que o propósito seja a construção do sucesso. Com todos: os pares, os ímpares e as incógnitas. Haja vista que não devemos excluir, mas unir e reunir, pela felicidade de todos. E nessa articulação, que não é nada singular, mas muito complexa, que predomine a sabedoria.


Como ensinou Lactâncio: "A sabedoria é dada à humanidade, é dada a todos sem discriminação".


Vejam bem! Convivemos com portadores, ou não, de bondade, de sabedoria, em exercício. Resta ao semeador, semear; ao líder, liderar; ao sábio, se refazer e ensinar. Pelo exemplo! Talvez seja essa simplicidade que potencializa a simultaneidade: a prática das virtudes, da sabedoria, do amor fati (ao seu destino). 

Burilamos com o pensamento de Sêneca: “Todos os seres humanos nascem para uma vida de companheirismo, e a sociedade só pode permanecer saudável por meio da proteção mútua e do amor de suas partes”.


Conhece a ti mesmo


Impactante frase na parede do Templo de Apolo, não é de agora, recomenda amplo estudo e reconhecimento próprios. Para que? Situar-se. E naquilo que lhe competir, ter o domínio, a compreensão ou ainda a sensatez de escolher o mais adequado.


Ser e estar é desafiador. Os enigmas são complexos. Trabalhemos pelo conjunto de saberes em construção e que nos capacitarão a agir corretamente – que sejam robustos –. E mesmo que não tenhamos controle total sobre nossas carreiras profissionais ou sobre o que somos capazes de alcançar na vida, certamente devemos nos empenhar pelo melhor – ou pelo melhor trabalho – com que somos compatíveis (D Fideler).


E ao debruçarmos nessa construção total, exatamente por capacidade e conhecimento, deixaremos as marcas ou a assinatura do sublime artesão, artista ou líder. E que o mais imprescindível esteja presente: a luz! Que simbolizando a razão, a Inteligência e a sabedoria, seja a neutralizadora da ignorância e da mediocridade.


Se assim for, Sêneca já ajudou bastante: “Acima de tudo esforce-se para ser coerente consigo mesmo”. Acrescentemos: que o nosso reconhecimento, a nossa energia, o nosso magnetismo, sejam todos autênticos e transbordantes.

Finalizando esse trecho – que o seu aprofundamento alcance nossas raízes –, para das profundezas do nosso íntimo, jorrar a leveza necessária e determinante de novos movimentos. Ascendentes e sucessivos.  


Um dia de cada vez


E encontrar todos os motivos, nas múltiplas oportunidades, para felicitar-se. É inegável que um dia feneceremos. Enquanto não chegar esse dia, “façamos o melhor com o que temos, até termos condições melhores, para fazer tudo, melhor ainda” (MSCortella). 


Isso é envolvimento e capricho. 


Temos outras contribuições e compromissos com a humanidade. Por exemplo: Exercite a arte de dar, apreciar e devolver – benefícios ou favores –. Vejam bem! Está evidente nisso que são recursos e habilidades sencientes.


Que haja treinamento suficiente e firmeza de propósitos. Somente os sencientes são capazes de tamanha gentileza, se preparados para essa emanação. Talvez seria mais exato dizer: somente os conscientes e lapidados semeariam tanto amor e gratidão em meio a disputas e batalhas. Pois temos no estoicismo que “Amor e gratidão andam juntas porque ambos envolvem apreço”.


Um dia de cada vez! Mas com tudo o que trouxer. Os ensaístas, então, escolherão o que comporá o conjunto da obra. Obra viva cheia de bons eflúvios. De agradecimentos sinceros. De felicidade.


Talvez ficaria melhor no subtítulo “Amor e Gratidão”. Porém encontremos todos os dias, as razões para viver bem, com alegria, e a certeza de que feneceremos um dia, mas se nos é dado um dia de cada vez, saibamos agradecer com boas obras.

Como arremate abusaremos dos ensinamentos de Marco Aurélio: “Não sonhe com o que você não tem. Em vez disso, pense nas grandes bênçãos que você já tem, pelas quais se sente grato – e lembre a si mesmo de como sentiria falta delas se não fossem suas –.”


E os Maçons são felizes?


Reflexões ancoradas na obra: Um café com Sêneca, David Fideler, ed. Sextante, 2022.

Aldo Vecchini, ARLS Renovadora de Barretos, 68.

setembro 07, 2022

CARTA DO POETINHA VINICIUS DE MORAES



 Porto do Havre [França], 7 de setembro de 1964

Tomzinho querido,

Estou aqui num quarto de hotel que dá para uma praça que dá para toda a solidão do mundo. São dez horas da noite e não se vê viv’alma. Meu navio só sai amanhã à tarde e é impossível alguém estar mais tris­te do que eu. E, como sempre nestas horas, escrevo para você cartas que nunca mando.

Deixei Paris para trás com a saudade de um ano de amor, e pela frente tenho o Brasil que é uma paixão permanente em minha vida de constante exilado. A coisa ruim é que hoje é 7 de setembro, a data nacional, e eu sei que em nossa embaixada há uma festa que me cairia muito bem, com o Baden mandando brasa no violão. Há pouco telefo­nei para lá, para cumprimentar o embaixador, e veio todo mundo ao te­lefone. Estão queimando um óleo firme!

Você já passou um 7 de setembro, Tomzinho, sozinho, num porto estrangeiro, numa noite sem qualquer perspectiva? É fogo, maestro!

Estou doido para ver você e Carlinhos [Lyra] e recomeçar a traba­lhar. Imagine que este ano foi um ano praticamente dedicado ao Baden, pois Paris não é brincadeira. Mas agora o tremendão aconteceu mesmo! A Europa teve que curvar-se. Mas ainda assim fizemos umas musiqui­nhas como Formosa. Você vai ver: tudo sambão! Parece até que as sau­dades do Brasil, quando a gente está longe, procuram mais a forma do samba tradicional do que a Bossa Nova, não é engraçado? São, como di­ria o Lucio Rangel, as raízes.

Vou agora escrever para casa e pedir dois menus diferentes para a minha chegada. Para o almoço, um tutuzinho com torresmo, um lom­binho de porco, bem tostadinho, uma couvinha mineira e doce de coco. Para o jantar, uma galinha ao molho pardo, com um arroz bem solti­nho e papos de anjo! Mas daqueles que só a mãe da gente sabe fazer, daqueles que, se a pessoa fosse honrada mesmo, só devia comer me­tida num banho morno e em trevas totais. Pensando, no máximo, na mulher amada. Por aí você vê como eu estou me sentindo: nem cá, nem lá.

Fiquei muito contente com o sucesso de Garota de Ipanema nos Estados Unidos. E a Astrudinha [Gilberto], hein? Que negócio tão direi­to! Vamos ver se desta vez os intermediários deixam algum para nós.

Fiquei muito contente também com a notícia do sucesso de Berimbau no Brasil. Dizem que estão tocando a musiquinha pra valer. Isto me alegra muito pelo Baden. E pra que mentir? Por mim também. É bom saber que a gente não foi esquecido e que o povo continua cantando as nossas coisas, pois no fundo mesmo é para ele que a gente compõe. Lembro-me tão bem quando fizemos o samba numa madrugada, há três anos atrás, por aí. Eu disse ao Baden: “Isto tem pinta de sucesso”. E fi­camos cantando e cantando o samba até o sol raiar.

O 07 DE SETEMBRO E A MAÇONARIA - revisão Sidnei Godinho



O ano  de  1821  começara  para  D. João  VI  como  principiara  o  de 1808. 

O  Grande Oriente  Lusitano  levara-o,  treze  anos  antes,  a  transferir  a  sede do  governo  monárquico  da  Nação  Portuguesa  de  Lisboa  para  o  Rio  de  Janeiro.

Mais tarde,  esse  mesmo  grande  Oriente  obrigá-lo-ia  a  retransferir  a sede  do  seu  governo  do  Rio  de  Janeiro  para  Lisboa.  

Com  receio  de  perder  o  trono  e  sem  alternativa,  face  às  exigências  da Corte  (Parlamento  português),  D. João  VI  regressa  a  Lisboa  (Portugal)  em  26  de abril  de  1821,  deixando  como  Príncipe  Herdeiro,  nomeado  Regente  do  Brasil pelo  Decreto  de  22  de  abril  de  1821,  o  primogênito  com  então  21  anos  de  idade –  PEDRO  DE  ALCANTARA  FRANCISCO  ANTÔNIO  JOÃO  CARLOS  XAVIER DE  PAULA  MIGUEL  RAFAEL  JOAQUIM  JOSÉ  GONZAGA  PASCOAL CIPRIANO  SERAFIM  DE  BRAGANÇA E  BOURBON.  

O  Príncipe  Dom  Pedro,  jovem  e  voluntarioso,  aqui  permanece, não  sozinho,  pois  logo  se  viu  envolvido  por  todos  os  lados  de  homens  de  bem, Maçons,  que  constituíam  a  elite  pensante  e  econômica  da  época.

Apesar  de  ver  ser  aceitas  suas  reivindicações,  os revolucionários  portugueses  não  estavam  satisfeitos. 

As  cortes  de  Portugal estavam  preocupadas  com  as  perdas  das  riquezas  naturais  do  Brasil  e  previam sua  emancipação,  como  ocorria  em  outros  países  sul-americanos. 

Dois decretos,  em  29  de  setembro  de  1821,  de  números  124  e  125  emanados  das Cortes  Gerais  portuguesas  são  editados  na  tentativa  de  submeter  e  inibir  os movimentos  no  Brasil.  

Um  reduzia  o  Brasil  da  posição  de  Reino  Unido  à  antiga condição  de  colônia,  com  a  dissolução  da  união  brasílico-lusa,  o  que  seria  um retrocesso,  o  outro,  considerando  a  permanência  de  D.  Pedro  desnecessária  em nossa  terra,  decretava  a  sua  volta  imediata.  

Os  brasileiros  reagiram  contra  os  decretos  através  de  um  forte discurso  do  Maçom  Cipriano  José  Barata,  denunciando  a  trama  contra  o  Brasil.

O  Maçom,  José  Joaquim  da  Rocha,  funda  em  sua  própria  casa  o  Clube  da Resistência,  depois  transformado  no  Clube  da  Independência.  

Verdadeiras  reuniões  maçônicas  ocorrem  na  casa  de  Rocha  ou na  cela  de  Francisco  de  Santa  Tereza  de  Jesus  Sampaio,  Frei  Sampaio,  no convento  de  Santo  Antônio,  evitando  a  vigilância  da  polícia. 

Várias  providências foram  tomadas,  dentre  elas:  consultar  D.  Pedro;  convidar  o  Irmão,  Maçom,  José Clemente  Pereira,  Presidente  do  Senado  a  aderir  ao  movimento  e  enviar emissários  aos  maçons  de  São Paulo e  Minas  Gerais.

Surge o  jornal,  “Revérbero Constitucional  Fluminense”,  redigido  por  Gonçalves  Ledo  e  pelo  Cônego Januário,  que  circulou  de  11  de  setembro  de  1821  a  08  de  Outubro  de  1822,  e que  teve  a mais extraordinária  influência  no  movimento  libertador,  pois  contribuiu para  a  formação  de  uma  consciência  brasileira,  despertando  a  alma  da nacionalidade.

Na  representação  dos  paulistas,  de  24  de  dezembro  de  1821,  redigida pelo  Maçom  José  Bonifácio  de  Andrada  e  Silva,  pode-se  ler  o  seguinte  registro:

... “É  impossível  que  os  habitantes  do  Brasil,  que  forem  honrados e  se  prezarem  de  ser  homens,  possam  consentir  em  tais  absurdos  e despotismo.

V.  Alteza  Real  deve  ficar  no  Brasil,  quaisquer  que  sejam  os projetos  das  Cortes  Constituintes,  não  só  para  o  nosso  bem  geral,  mas  até  para a  independência  e  prosperidade  futura  do  mesmo. 

Se  V.  Alteza  Real  estiver  (o que  não  é  crível)  deslumbrado  pelo  indecoroso  decreto  de  29  de  setembro,  além de  perder  para  o  mundo  a  dignidade  de  homem  e  de  príncipe,  tornando-se escravo  de  um  pequeno  grupo  de  desorganizadores,  terá  que  responder, perante  o  céu,  pelo  rio  de  sangue  que,  decerto,  vai  correr  pelo  Brasil  com  a  sua ausência...”.

Nessa  época,  funcionavam  no  Rio  de  Janeiro,  a  Loja  Maçônica “Comércio  e  Artes”,  da  qual  eram  membros vários  homens  ilustres  da  corte  como o  Cônego  Januário  da  Cunha  Barbosa,  Joaquim  Gonçalves  Ledo  e  José Clemente  Pereira  entre  outros.  

Esses  maçons  reunidos  e  após  terem  obtido  a  adesão  dos irmãos  de  São  Paulo,  Minas  Gerais  e  Bahia,  resolveram  fazer  um  apelo  a  D. Pedro  para  que  permanecesse  no  Brasil.

Em  09  de  janeiro  de  1822,  na  sala  do  trono  e  interpretando  o pensamento  geral,  cristalizando  nos  manifestos  dos  fluminenses  e  dos  paulistas e  no  trabalho  de  aliciamento  dos  mineiros,  o  Maçom  José  Clemente  Pereira, presidente  do  Senado  da  Câmara,  antes  de  ler  a  representação,  pronunciou inflamado  e  contundente  discurso  pedindo  para  que  o Príncipe  Regente Permanecesse  no  Brasil.  

Após  ouvir  atentamente,  o  Príncipe  responde:  “Como  é  para  o bem  de todos  e  felicidade  geral  da nação,  estou  pronto,  diga  ao  povo  que  fico”.

A  alusão  às  hostes  maçônicas  era  explícita  e  D.  Pedro conheceu-lhe  a  força  e  a  influência,  entendendo  o  recado  e  permanecendo  no Brasil. 

Este  episódio,  conhecido  como  o  Dia  do  Fico,  marcou  a  primeira  adesão pública  de  D.  Pedro  a  uma  causa brasileira.

Em  13  de  maio  de  1822,  os  Maçons  fluminenses,  sob  a  liderança  de Joaquim  Gonçalves  Ledo,  e  por  proposta  do  brigadeiro  Domingos  Alves  Branco, da  loja  “Comércio  e  Artes”,  resolvem  outorgar  ao  Príncipe  Regente  o  título  de “Príncipe  Regente  Constitucional  e  Defensor Perpétuo  do  Reino  Unido  do  Brasil”, oferecido  pela  Maçonaria  e  pelo  Senado,  que  acabou  por  acirrar  ainda  mais  os ânimos  entre  os  portugueses  e  nativistas.

Ainda  em  maio  de  1822,  aconselhado  pelo  então  seu  primeiro ministro  das  pastas  do  Reino  e  de  Estrangeiros,  o  Maçom  José  Bonifácio  de Andrada  e  Silva,  D.  Pedro  assina  o  Decreto  do  Cumpra-se,  segundo  o  que  só vigorariam  no  Brasil  as  Leis  das  Cortes  portuguesas  que  recebessem  o  cumpra-se  do  príncipe  regente.

A 21 de maio, em plena sessão das Cortes, em  Lisboa,  o Maçom Monsenhor  Muniz  Tavares  diz  que  talvez  os  brasileiros  se  vissem  obrigados  a declarar  sua  independência  de  uma  vez.

Em  02  de  junho  de  1822,  em  audiência  com  D.  Pedro,  o  Irmão José  Clemente  Pereira  leu  o  discurso  redigido  pelos  Maçons  Joaquim  Gonçalves Ledo  e  Januário  Barbosa,  que  explanavam  da  necessidade  de  uma  Constituinte.  

D.  Pedro  comunica  a  D.  João  VI  que  o  Brasil  deveria  ter  suas Cortes.  Desta  forma,  convoca  a  Assembleia  Constituinte  para  elaborar  uma Constituição  mais  adequada  ao  Brasil. 

Era  outro  passo  importante  em  direção  à independência.

A  02  de  junho,  José  Bonifácio,  com  outros  maçons,  funda  a sociedade  secreta  "Nobre  Ordem  dos  Cavaleiros  de  Santa  Cruz",  melhor conhecida  com  o  nome  de  "Apostolado",  da  qual  fez  parte  D.  Pedro,  com  o  título de  Arconte-Rei.

Em 17 de junho  de 1822,  a  Loja  Maçônica,  “Comércio  e  Artes”  em  sessão memorável,  resolve  criar  mais  duas  Lojas  pelo  desdobramento  de  seu  quadro  de Obreiros,  através  de  sorteio,  surgindo  assim  as  Lojas  “Esperança  de  Niterói”  e “União  e  Tranquilidade”,  se  constituindo  nas  três  Lojas  Metropolitanas  e possibilitando  a  criação  do  “Grande  Oriente  Brasílico  ou  Brasiliano”,  que  depois viria  a  ser  denominado  de  “Grande  Oriente  do  Brasil”.

José  Bonifácio  de  Andrada  e  Silva  (O  Patriarca  da Independência)  é  eleito  primeiro  Grão-Mestre,  tendo  Joaquim  Gonçalves  Ledo como  1º  Vigilante  e  o  Padre  Januário  da  Cunha  Barbosa  como  Grande  Orador.  

O objetivo principal da criação do GOB foi de engajar a Maçonaria como Instituição, na luta pela independência política do Brasil, conforme consta de forma explícita das primeiras atas das primeiras reuniões, onde só se admitia para iniciação e filiação em suas Lojas, pessoas que se comprometessem com o ideal da independência do Brasil.

No dia 02 de agosto (13º do 5º mês maçônico, conforme o historiador Hélio Viana), por proposta do Grão-Mestre da Maçonaria, José Bonifácio, foi D.Pedro, o Príncipe Regente, aprovado e recebido maçom, no primeiro grau na forma regular e prescrita pela liturgia, adotando o nome histórico de Guatimozim (último imperador Asteca morto em 1522), e passa a fazer parte do Quadro de Obreiros da Loja Comércio e Artes. 

No dia 05 de agosto, por proposta de Joaquim Gonçalves Ledo, que ocupava a presidência dos trabalhos, foi aprovada a exaltação ao grau de Mestre Maçom, com a dispensa do interstício, que possibilitou, posteriormente, em 04 de outubro de 1822, numa jogada política de Ledo, o Imperador ser eleito e empossado no cargo de Grão-Mestre, do GOB.

Porém, foi no mês de agosto de 1822 que o Príncipe, agora Maçom, tomou a medida mais dura em relação a Portugal, declarou inimigas as tropas portuguesas que desembarcassem no Brasil sem o seu consentimento.

Em 14 de agosto parte em viagem, com o propósito de apaziguar os descontentes em São Paulo, acompanhado de seu confidente Padre Belchior Pinheiro de Oliveira e de uma pequena comitiva. 

Faz a viagem pausadamente, percorrendo em 10 dias, 96 léguas entre Rio e São Paulo. 

Em Lorena, a 19 de agosto, expede o decreto dissolvendo o governo provisório de São Paulo. 

No dia 25 de agosto chega a São Paulo sob salva de artilharia, repiques de sino, girândolas e foguetes, se hospedando no Colégio dos Jesuítas. 

De São Paulo se dirige para Santos em 5 de setembro de 1822, de onde regressou na madrugada de 7 de setembro. 

Encontrava-se na colina do Ipiranga, às margens de um riacho, quando foi surpreendido, pelo Major Antônio Ramos Cordeiro e por Paulo Bregaro, correio da corte, que lhes traziam noticias enviadas com urgência pelo seu primeiro ministro José Bonifácio.

D. Pedro, após tomar conhecimento dos conteúdos das cartas e das notícias trazidas pelos emissários, pronunciou as seguintes palavras: 

... “As Cortes me perseguem, chamam-me com desprezo de rapazinho e de brasileiro. Verão agora quanto vale o rapazinho. De hoje em diante estão quebradas as nossas relações; nada mais quero do governo português e proclamo o Brasil para sempre separado de Portugal. Independência ou Morte!”...

A independência do Brasil foi realizada à sombra da acácia, cujas raízes prepararam o terreno para isto. 

A Maçonaria teve a maior parte das responsabilidades nos acontecimentos literários. 

Não há como negar o papel preponderante desta instituição maçônica na emancipação política do Brasil.

Desde 1815, com a fundação da Loja Maçônica “Comércio e Artes”, que daria origem as Lojas União e Tranquilidade e Esperança de Niterói e a posterior constituição do Grande Oriente do Brasil em 17 de Junho de 1822, o ideário de independência se fazia presente entre seus membros e contagiava os brasileiros.

À frente do movimento, enérgica e vivaz, achavam-se a Maçonaria e os Maçons. 

Entre seus principais Obreiros, pedreiros livres, de primeira hora podemos destacar: Joaquim Gonçalves Ledo, José Bonifácio da Andrada e Silva, José Clemente Pereira, Cônego Januário da Cunha Barbosa, José Joaquim da Rocha, Padre Belchior Pinheiro de Oliveira, Felisberto Caldeira Brant, o Bispo Silva Coutinho, Jacinto Furtado de Mendonça, Martim Francisco, Monsenhor Muniz Tavares, Evaristo da Veiga dentre muitos outros.

Faz-se necessário também alçar a figura do personagem que se destacou durante todo o movimento articulado e trabalhado pela Maçonaria, o Príncipe Regente, Dom Pedro.

Iniciado Maçom na forma regular prescrita na liturgia e nos rituais maçônicos, e nesta condição de pedreiro livre no grau de Mestre Maçom, aos 24 anos de idade, proclama no 07 de setembro a nossa INDEPENDÊNCIA.

Posteriormente, no dia 04 de Outubro de 1822, D. Pedro comparece ao Grande Oriente do Brasil e toma posse no cargo de Grão-Mestre (havia sido investido no cargo de Grão Mestre no dia 14 de setembro), sendo na oportunidade aclamado Imperador Constitucional e Defensor Perpétuo do Brasil.

Neste mesmo dia, D. Pedro oferece a Gonçalves Ledo o título de marquês da Praia Grande que é por este recusado, com a declaração de ser muito mais honroso o de brasileiro patriota e de homem de bem.

No mesmo dia, Joaquim Gonçalves Ledo, redigiu uma nota patriótica ao povo Brasileiro, a primeira divulgação, depois da independência, que dizia: 

... “Cidadãos! A Liberdade identificou-se com o terreno; a natureza nos grita Independência; a razão nos insinua; a justiça o determina; a glória o pede; resistir-lhe é crime, hesitar é dos covardes, somos homens, somos Brasileiros. Independência ou Morte! Eis o grito de honra, eis o brado nacional...”.

E assim se fez a Independência do Brasil com a Maçonaria sendo o cérebro atuante por trás do então Príncipe Regente.

*LIBERDADE E IGUALDADE para todos meus irmãos neste dia 07 de setembro.*

Bibliografia:

- FILHO, Theobaldo Varoli. Curso Maçonaria Simbólica 1º Tômo (Aprendiz) 2ª edição, São Paulo, SP – Brasil, Editora A Gazeta Maçônica S.A.

- CASTELLANI, José - Os Maçons na Independência do Brasil 

- FAGUNDES, Morivalde Calvet - A Maçonaria e as Forças Secretas da Revolução

-PINTO, Teixeira - A Maçonaria na independência do Brasil

- FERREIRA, Tito L. e Manoel Rodrigues - A Maçonaria e a independência Brasileira - Livro Constituição do Grande Oriente do Brasil - Capítulo II – Art. 3º (página 3)

setembro 06, 2022

INDEPENDÊNCIA E MAÇONARIA - 200 ANOS- Adilson Zotovici


Adilson Zotovici é intelectual e poeta da ARLS Chequer Nassif 169 de S. Bernardo do Campo


Confunde-se, entre elas, a história

Do reluzente raiar da liberdade

Da Nação contra procelas e vanglória

E a pungente ação da Fraternidade


Cabal, sem regresso...peremptória

Devotas por justiça e igualdade

D’Arte Real o processo da oratória

Aos patriotas uma nova realidade


A par e passo, que vigia, a trajetória

Decisórias *Pátria livre* e *Irmandade*

Em compasso, dia a dia, na memória


Consistência nos eventos com equidade

*Duzentos anos* da competência e glória

De *Independência* e vitória em verdade !


Adilson Zotovici

ARLS Chequer Nassif 169

setembro 05, 2022

DIA DO IRMÃO - Adilson Zotovici



Adilson Zotovici é intelectual e poeta da ARLS Chequer Nassif 169 de S. B. do Campo

Se perto ou longe moras

Se há muito não te vejo

Se não falamos há horas

Ouve irmão...meu desejo 


Paz e amor de sobejo

Que DEUS te proteja amigo

Que o PAI propicie o ensejo

De eu estar sempre contigo 


Saibas irmão que festejo

Ao olhar dentro do peito

E de emoção lacrimejo !


É nele que te protejo

D’onde vem tanto respeito

Sincero e fraterno beijo !


Adilson Zotovici

ARLS Chequer Nassif 169

setembro 04, 2022

SER OU ESTAR MAÇOM



Atualmente podemos afirmar que “Ser ou Estar alguma coisa” está se tornando uma expressão bastante difundida, que é utilizada para identificar se uma pessoa assumiu ou não seu posicionamento correto com respeito a qualquer organização da qual participa, como por exemplo – quando se desempenha um cargo público ou legislativo, tal qual o de “Estar Ministro”, entre outros exemplos, sendo inclusive utilizado com personagens em programas humorísticos.

Absorvendo este conceito e aplicando-o no seio de nossa Fraternidade percebemos que todos nós “Estamos Maçons” ao procedermos nossa Iniciação. 

Estamos Maçons ao frequentarmos a Loja e pagarmos as suas mensalidades e taxas. 

Estamos Maçons quando participamos de uma atividade organizada pela loja, uma atividade filantrópica, uma palestra, uma visita a outra Loja. 

Ou até mesmo Estamos Maçons quando meditamos sobre o nosso papel e partimos em busca da meditação interior em busca da verdade.

Mas o que é Ser Maçom? 

O verbo SER não poderia ser considerado sinônimo do verbo ESTAR. 

A caracterização mais expressiva é de que estar é um verbo que indica um certo estado, portanto, há como que embutido em seu conteúdo uma certa passividade, enquanto o verbo ser é ativo, representa ativação.

Ser Maçom é um estado de espírito que deve caracterizar o membro presente a toda situação em que pode ajudar e cooperar para que o mundo se torne de alguma forma melhor. 

Ser Maçom é compreender que por mais poderosas que sejam as forças externas elas devem ser dominadas pela energia que tem sede em sua própria personalidade.

Ser Maçom é ter consciência que sua presença discreta pode dar apoio a novos projetos úteis à comunidade e constituir-se num valoroso pilar de sustentação de valores mais nobres do indivíduo.

Ser Maçom é ser o eterno estudante que busca o ensinamento diário, tirando de cada situação uma lição, e aplica com êxito os princípios estudados. Desenvolve em toda oportunidade de sua intuição, sua força de vontade, sua capacidade de ouvir e entender os outros.

Temos que considerar que o Ser Maçom deve, como livre pensador, questionar o porquê de determinados acontecimentos entendendo e vivenciando nos nosso aprendizado que palmilhamos lentamente, com passos firmes para não tropeçar nos erros e vícios do passado, mesmo que em momentos saiamos da trajetória para poder compreender o mundo com uma visão holística de suas nuances.

O Maçom que se limita a ler ou estudar as instruções dos graus ou a literatura disponível e não procura aplicar em sua vida diária os conceitos que lhe são transmitidos, na busca do desbaste da Pedra Bruta, e em erigir o Templo Interno, perde excelentes oportunidades de ampliar seus conhecimentos e de verificar como o saber do aprendizado da Arte Real pode ser útil para o seu bem-estar na busca de seu retorno ao Cósmico.

O Ser Maçom é aquele estado em que sem abandonar os hábitos de disciplina racional, a mente busca uma abrangência do universo, o conhecimento intrínseco dos fenômenos que estão ocorrendo, procurando desenvolver a sensibilidade e a compreensão das razões de estudo. 

O Maçom que desenvolveu sua mente para estar atenta e acompanhar a evolução dos fatos, sabe como conhecer as sutilezas que envolvem suas origens, é como um oleiro que dá formas sutis ao barro bruto, enquanto o Maçom modela sua própria consciência num confronto com sua própria personalidade.

Vivemos juntos e cruzamos com diferentes seres humanos que pensam e agem de maneira diversa da nossa. 

Isto nos propicia excelentes oportunidades de nos adaptarmos a estas personalidades e, sobretudo, de aprimorarmos as formas de inter-relacionamento. 

A sabedoria do bem viver é despertada quando nos conscientizamos dessas diferenças e procuramos compreender o indivíduo através de suas particularidades. 

Ser Maçom é despertar este sentido de compreensão do indivíduo e estar preparado para assisti-lo nos momentos de dificuldades.

O exemplo de uma atitude mental moderada, sincera e cooperativa caracteriza muito o Ser Maçom. 

E todos notam, que sob muitos aspectos, o Ser Maçom diferencia-se como indivíduo entre todos os outros. 

No aprendizado inicial aprendemos que além dos SS.’. TT.’. e PP.’. o Maçom deve ser reconhecido pelos atos e posturas dentro da sociedade e no meio onde vive, traduzindo de maneira diuturna os nossos aprendizados e a filosofia dos postulados da Arte Real. 

Sentimos que temos que desempenhar um papel mais complexo na sociedade e dar uma contribuição positiva para que ela se torne superior.

Ser Maçom implica em algumas renúncias, mas a compensação que advém deste estado de espírito especial é muito agradável. 

Sentimo-nos como se fôssemos os autores da novela e não apenas os personagens passivos, criados pelos mesmos. 

Temos uma participação presente e atuante, embora que, aparentemente o Maçom apresente-se um tanto reservado. 

Já se disse que nos colocamos muito mais em evidência, quando nos mantemos como observadores e damos a colaboração somente quando é solicitada pelos outros, do que aqueles que procuram apresentar-se como os donos da festa.

Considerem sobretudo, que encontramos muitas pessoas evoluídas e que podem ser consideradas possuídas de elevado espírito Maçom. 

Têm uma expressiva vivência das coisas do mundo e utilizam grande sabedoria em suas decisões, mesmo se nunca se tornaram Maçons.

Nós estamos Maçom ao entrarmos na Ordem e Somos Maçom quando o espírito dela entrar em nós. 

A diferença é muito grande, mas facilmente perceptível.

Irmãos, unamo-nos na trilha que leva ao Templo ideal e tomemos o cuidado para não Estarmos Maçons, para não trilharmos a Maçonaria simplesmente cumprindo Rituais, envergando a mera condição de um “Profano de Avental”.

Desejo que todos avaliem como é bom SER MAÇOM!    

Fonte: GLMMG

setembro 03, 2022

SETE COISAS QUE AFETAM SUA FREQUÊNCIA VIBRATÓRIA - Paulo Valle




SETE COISAS QUE AFETAM SUA FREQUÊNCIA

VIBRATÓRIA DO PONTO DE VISTA DA FÍSICA QUÂNTICA

Vibração na física quântica significa que tudo é energia. Somos seres que vibram em certas frequências. Cada vibração é equivalente a um sentimento e, no mundo "vibracional", há apenas duas espécies de vibrações, a positiva e a negativa. Qualquer sensação faz com que você emita uma vibração que pode ser positiva ou negativa.

1º - *O Pensamento*

Todo pensamento emite uma freqüência para o Universo e essa freqüência retorna à origem, então no caso, se você tem pensamento negativo, desânimo, tristeza, raiva, medo, tudo que volta para você. É por isso que é tão importante que você cuide da qualidade dos seus pensamentos e aprenda a cultivar pensamentos mais positivos.

2º - *As companhias*

As pessoas à tua volta influenciam diretamente a tua frequência vibracional. Se rodeiam de pessoas felizes, positivas, determinadas, também entrarão nessa vibração, agora se rodeiam de reclamantes, maldições e pessimistas, tenham cuidado! Pois eles podem estar diminuindo sua frequência e, consequentemente, impedindo que você faça a Lei da atração funcionar a seu favor.

3º - *A Música*

A música é muito poderosa. Se você só ouvir música que fala de morte, traição, tristeza, abandono, tudo isso vai interferir no que você vibra. Preste atenção às letras da música que ouve, pois pode estar a diminuir a sua frequência vibratória. E lembre-se: Você atrai para a sua vida exatamente aquilo em que você vibra.

4ª - "As coisas que vês"

Quando você vê programas que abordam desgraça, morte, traição, etc., seu cérebro aceita isso como uma realidade e libera toda uma química em seu corpo, fazendo com que sua frequência vibracional seja afetada. Vê coisas que te fazem bem e te ajudam a vibrar numa frequência mais alta.

5º - *O Ambiente*

Seja em casa ou no trabalho, se você passar muito do seu tempo em um ambiente desorganizado e sujo, isso também afetará a sua frequência vibratória. Melhore o que está ao seu redor, organize e limpe seu ambiente. Mostra ao Universo que estás apto a receber muito mais. Cuida do que já tens!

6º - "A Palavra"

Se você costuma reclamar ou falar mal de coisas e pessoas, isso afeta sua frequência vibracional. Para manter sua frequência alta é essencial que você elimine o hábito de reclamar e falar mal dos outros. Então evite fazer dramas e vitimizar-se a si próprio. Assuma a responsabilidade pelas suas escolhas de vida!

7ª - *A Gratidão*

A gratidão afeta positivamente a tua frequência vibracional. Esse é um hábito que devias incorporar na tua vida neste momento. Comece a agradecer por tudo, pelas coisas boas e o que você não considera bom, obrigado por todas as experiências que você viveu. A gratidão abre as portas para que as coisas boas fluam positivamente na sua vida.


setembro 02, 2022

TRABALHANDO EM EQUIPE - Adaptação: Adler Friozi


Um conceito cada vez mais valorizado no ambiente maçônico é o trabalho em equipe. 

Ter agilidade para desenvolver trabalhos em conjunto tem sido uma das qualidades mais exigidas nos processos de administração de uma loja.

Trabalhar em equipe significa criar um esforço coletivo para resolver um problema. 

São pessoas que se dedicam a realizar uma tarefa, visando concluir determinado trabalho, cada um desempenhando uma função específica, mas todos unidos por um só objetivo: O crescimento da ordem.

A atividade em equipe deve ser entendida como resultado de um esforço conjunto e portanto as vitórias e fracassos são responsabilidades de todos os membros envolvidos. 

Muitos irmãos, que atuam em diversas organizações, estão trabalhando em grupo e não em equipe, como se estivessem em uma linha de produção, onde o trabalho é individual e cada um se preocupa em realizar apenas sua tarefa e pronto.

No trabalho em equipe, cada irmão sabe o que os outros estão fazendo e reconhecem sua importância para o sucesso da tarefa.

Os objetivos são comuns e as metas coletivas são desenvolvidas para ir além daquilo que foi pré-determinado. 

O trabalho em equipe possibilita trocar conhecimentos e agilidade no cumprimento de metas e objetivos compartilhados. 

Na sociedade em que vivemos, o trabalho em equipe é muito importante, pois cada uma precisa da ajuda do outro.

Pense numa vela acesa, ela é bonita, envolvente, ilumina tudo ao seu redor. 

Uma vela acesa simboliza esperança, harmonia, fé. 

Por si só é bonita, porque ela mesma tem a sua luz. 

Mas a vela por outro lado é muito frágil e qualquer vento ou sopro pode apagá-la.

Transferindo isso para o trabalho em equipe, podemos concluir que, por mais que tenhamos luz própria, que brilhemos e tenhamos talento, é preciso lembrar que sozinhos nós somos muito frágeis e é exatamente por isso que qualquer problema do dia a dia pode ofuscar o nosso brilho. 

Daí a importância de entendermos o poder da ajuda mútua. 

Sempre lembrando de que líderes e equipes superam crises quando se unem.

Saiba que quando pegamos os nossos sonhos e juntamos com os sonhos de outras pessoas, tudo se torna mais forte, iluminado e por mais escuro que o mundo pareça ser, quando o ser humano se junta consegue milagres extraordinários. 

O irmão trabalhando em equipe, colaborando uns com os outros, cooperando, consegue com certeza, afastar a escuridão e todos os problemas que possam afligir a loja e a ordem.

Na vida temos que enfrentar muitas adversidades, mas quando nos juntamos um ao outro a coragem aumenta, o nosso potencial se duplica e os nossos objetivos se tornam mais passíveis de realização.

Para se resolver qualquer problema na Loja é preciso trabalhar em Equipe, sob a Liderança do Venerável Mestre eleito e que "In Facto" representa a liderança democrática sobre sua loja. 


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setembro 01, 2022

DO SIGNIFICADO DA VIDA - Heitor Rodrigues Freire

Heitor Rodrigues Freire é Corretor de imóveis e advogado, past GM da GLMS e atual Presidente da Santa Casa de Campo Grande.

“A maioria das pessoas prefere morrer a pensar e é exatamente isso que elas fazem” - Bertrand Russel.

O significado da vida é um questionamento que cada um se faz, naturalmente, de quando em quando. É um ponto que deve merecer atenção especial de quem entende a necessidade de saber por que e para que estamos aqui.

Essa resposta deve vir diretamente do coração, pois tem uma característica muito íntima que não pode sofrer influência de quem quer que seja, por sermos entidades únicas e incomparáveis.

As diferentes religiões que orbitam em nosso planeta buscam responder a esse questionamento, mas o fazem de forma coletiva, e cada uma dá a interpretação que lhes permita manter seu rebanho apaziguado e circunscrito ao seu meio. Dessa forma, as religiões foram, cada uma a seu tempo, suscitadas no sentido de contribuir para a evolução da humanidade. O problema é que como a religião é uma invenção humana, ela está sujeita a toda sorte de imperfeições, assim como qualquer outra atividade empreendida pelo homem. Às vezes, ela mais ajuda do que atrapalha e vice-versa, alternadamente de acordo com seu contexto.

À medida que vivemos, cada vez mais se evidencia a singularidade que nos caracteriza como seres únicos. Nem todos se dão conta da própria originalidade, imersos que estamos na frivolidade e correria dos dias.

Para sair desse estado de torpor, a manifestação da autoconsciência é fundamental. É a consciência que nos proporciona o meio e as condições necessárias para a libertação. Não adianta seguir os ensinamentos de um guru ou de algum sábio de fora. O verdadeiro despertar acontece de dentro para fora, e nunca o contrário.

Viktor Frankl, um neuropsiquiatra austríaco e de origem judaica, sofreu na pele todo o horror imposto por Hitler aos judeus. Ele foi preso com seus pais e sua mulher, que acabaram morrendo na mão dos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial. Apesar de ter passado por quatro campos de concentração como prisioneiro (sem ter cometido um único crime, é bom frisar), ele sobreviveu.

Anos depois, Frankl contou sua saga no livro “Em busca de sentido”. Traduzido em quase todos os idiomas, é considerado uma obra prima. Ele não fez um relato das crueldades que sofreu e testemunhou, pois seu objetivo era enviar uma mensagem ao mundo: “Eu só queria transmitir ao leitor, através de um exemplo concreto, que a vida tem um significado potencial em todas as condições, mesmo nas mais miseráveis”.

Assim como Nelson Mandela, Viktor Frankl transformou seu sofrimento em hino de amor e o difundiu como mensagem verdadeira, porque soube sublimar o próprio martírio, superando as dificuldades que viveu, sabendo tirar proveito e ensinamento das suas vicissitudes.

Frankl morreu em 1997, aos 92 anos, pouco depois de fazer seu primeiro voo como piloto amador. Deixou um legado que vai perpetuar seu nome para sempre, pois conseguiu sobreviver ao holocausto aplicando em si mesmo sua tese, e provou que o ser humano é potencialmente capaz de superar suas dificuldades.

Viktor Frankl deixou uma frase que resume sua linha de pensamento: 

“Nós podemos descobrir o significado da vida de três diferentes maneiras: fazendo alguma coisa, experimentando um valor ou o amor, e sofrendo.” É um exemplo edificante que nos mostra o entendimento que cada um deve buscar com a própria experiência, vivendo, sofrendo, aprendendo e sobretudo, amando.

Se pararmos de ver problemas e começarmos a ver oportunidades, poderemos aproveitar para realizar nosso crescimento espiritual. É o momento de dedicar um tempo para a meditação e a oração, voltando-nos para nosso interior, convivendo de forma verdadeira com nossa consciência – a guardiã do nosso ser –, que é a fonte de todo aprendizado e evolução, da força e do amor. É tempo de descobrir a beleza da vida e do momento presente, com a esperança a iluminar nosso caminho.

A mudança verdadeira e transformadora é aquela que cada um pode realizar nos seus próprios atos e deve ser feita de forma consciente. Por menor que seja. 

Assim, agora é o momento exato de pararmos tudo. Ouvir o nosso coração. Refletir. Meditar. Buscar o verdadeiro sentido do que está acontecendo, para que cada um possa avaliar o seu próprio comportamento. Cada um tem dentro de si todas as ferramentas necessárias para fazer essa avaliação e mudar. 

É hora e tempo de acordar, de agir com lucidez, firmeza e disciplina; de eleger a sinceridade como expressão dos nossos pensamentos e dos nossos atos. Com todas as consequências daí advindas.

E não devemos dar importância às opiniões dos outros a nosso respeito. Ao não responder, não discutir, passamos a praticar um dos ensinamentos do Tao Te King: agir pelo não agir.

E assim, sabendo que as opiniões dos outros são apenas opiniões, sem oferecer-lhes resistência, o silêncio interno proporciona a serenidade e ensina a arte de não falar. A praticar o nobre silêncio. Que fortalece internamente. Há uma linda frase do poeta mineiro Chico Alvim, que diz assim: “Quer ver? Escuta.” Ela resume bem esta ideia.

A vida moderna, que não pede licença para ser invasiva, acabou dificultando, sem que se perceba, a privacidade de cada um. 

E, com isso, renunciamos voluntariamente a esse privilégio maravilhoso, que é o direito à privacidade. Todos querem ser celebridade, ainda que num círculo restrito. A fama virou sinônimo de virtude. Todos querem exibir suas conquistas, sua família, seus momentos de sucesso.

Na contramão disso, a privacidade nos permite, com o trabalho silencioso e consciente, a manifestação da humildade. A humildade está presente agora e não no futuro. A humildade emerge naturalmente da consciência do ser, quando se aprende que ninguém é melhor que o outro. E ela nos conduz à busca da verdade e nos mostra a importância de nos conhecermos na essência. Esse processo de autoconhecimento nos liberta de todas as amarras que condicionavam nosso comportamento. Sem essa conquista, tudo é ilusão.

E para isso acontecer, estar presente é fundamental.



agosto 31, 2022

A ANTIGUIDADE DOS SÍMBOLOS - Ir. João Nery Guimarães


A primeira constatação que empolga aquele que se aprofunda na interpretação da liturgia maçônica é a da antiguidade dos seus Símbolos, de suas alegorias.

Remontam as origens dos Símbolos Maçônicos à aurora do homem sobre a Terra. Daí terem alguns observadores apressados concluído que a Franco-Maçonaria é tão antiga quanto o mundo. Trata-se, evidentemente, de um exagero, pois a Franco-Maçonaria, com as suas características atuais, data do século XVIII, ou melhor, do ano de 1717, ponto de partida da Franco-Maçonaria moderna. Foi nesta data que se firmou a preponderância da Franco-Maçonaria especulativa sobre a operativa.

Mas, anteriormente à memorável reunião das quatro Lojas franco-maçônicas de Londres, existiam várias Lojas por toda Inglaterra, Alemanha, França e Itália, formada por pedreiros de profissão, reunidos em confrarias, com regulamentos próprios, Sinais de reconhecimento, Símbolos litúrgicos, e se tratando por Irmãos. 

Guardavam ciosamente a sua arte de construir do conhecimento do vulgo ou profanos. A par desses conhecimentos, essas confrarias (Guilds, Brotherhoods, Bruderschaften, Confrèries), constituídas por verdadeiros artistas (foram os construtores das grandes catedrais européias e os criadores da arte gótica), reuniam e conservavam a tradição esotérica da antiguidade pagã, às vezes confundidas com as tradições mais novas do cristianismo. 

Compreende-se, assim, o respeito que os príncipes tiveram por essas corporações de artesãos, às quais dotaram de regalias e privilégios.

Desse imenso legado das tradições antigas, de que os pedreiros (maçons, masons, maurerei) foram os depositários conscientes ou inconscientes, faziam parte também as tradições ocultas, herméticas, dos mistérios antigos, perpetuados em símbolos e práticas esotéricas.

Estabeleceu-se, assim, um liame entre a Franco-Maçonaria do século XVIII e a mais remota Antiguidade, que levou os escritores a que nos referimos, a declarar a Franco-Maçonaria coeva da vinda do homem sobre a face da terra. A verdade, contudo, como já dissemos, é um pouco diferente: os legítimos Símbolos Maçônicos é que se perdem na noite dos tempos, mas a Franco-Maçonaria, como a conhecemos, data de pouco mais de dois séculos, ou por outra, a Instituição é nova e a sua essência antiga.

Tão antigos são os Símbolos adotados e conservados zelosamente pela Franco-Maçonaria, que sem receio de errar podemos afirmar que nenhum deles é de data posterior ao ano um da era cristã. Tal afirmativa se reveste de tanta importância que o poder  mantê-la compensa todas as pesquisas, todas as vigílias gastas em escavar o dourado veio das tradições antigas.

Existem Símbolos na Franco-Maçonaria, usados desde a fase operativa, cujo significado foi inteiramente estranho aos homens da época, não iniciados nos Mistérios Maçônicos, quando não foram completamente desconhecidos. 

Pois bem, quando teve o mundo notícia dos descobrimentos arqueológicos verificados no século XIX, constataram os Franco-Maçons que muitos de seus Símbolos figuravam nos objetos encontrados, pertencentes a civilizações já desaparecidas, com as quais os homens haviam perdido todo contato, anteriores ao advento do cristianismo.

É forçoso admitir que os Franco-Maçons não inventaram, por coincidência, tais Símbolos, pois muitos deles tinham o mesmo significado maçônico de hoje. Alguns, por exemplo, são tão evidentes, que não permitem margem a dúvidas. Existiu, portanto, um misterioso fio que preservou a tradição antiga, fio esses que não trepidamos em declarar, o segredo dos Iniciados. 

A Sabedoria Antiga, velada em alegorias e guardada pelo compromisso, entre determinado grupo de homens, congregados em torno de um ideal iniciático, pôde, assim, chegar até nós. Só dessa forma compreende-se o mistério que a muitos pareceu indecifrável.

Ensinam a História, a Sociologia e a Literatura que as obras Homéricas foram guardadas pela tradição oral durante séculos, antes de receberem a forma escrita. O mesmo processo sofreram quase todas as lendas dos primórdios da civilização. Se assim aconteceu em relação a obras literárias e narrativas históricas, porque não sucederia o mesmo com uma tradição iniciática, perpetuada através de Símbolos?

Sobre o poder conservador dos Símbolos, já disse o nosso Irm.: MICHA que "se a verdade sobre a natureza essencial do ser e da vida universal é tão alta e tão sublime que nenhuma ciência vulgar ou profana não pode chegar a descobrir, o simbolismo é por sua vez como uma espécie de revestimento, de meio de conservação ideal dessa verdade e uma linguagem ideográfica que a iniciação entrega à nossa meditação, e que só os Iniciados podem traduzir sem deformar-lhe o sentido."  (A. Micha — "Le Temple de la Veritè ou La Franc-Maçonnerie dans sa Véritable Doctrine", Anvers, 2ª édition, pág. 63).

A longevidade das práticas maçônicas repousa tranquilamente na imutabilidade de seus Símbolos, muito mais fáceis de se guardarem puros do que longas narrativas.       

E o que é a liturgia senão o conjunto desses Símbolos realizados sob determinada forma em determinadas circunstâncias?

Texto extraído do livro A MAÇONARIA E A LITURGIA — UMA POLIANTÉIA MAÇÔNICA, de João Nery Guimarães.

agosto 30, 2022

ESCREVER - (reminder) - Newton Agrella


A propriedade intelectual e o direito autoral são disposições jurídicas que desde priscas eras são solenemente ignoradas aqui no Brasil.

Especialmente no que diz respeito às peças literárias, o que mais se vê no dia a dia é o famoso "chupa e cola" ; expressão consagrada desde a época em que eu dava aulas em cursinhos preparatórios para vestibular.

O tal do "chupa e cola" ou a desaforada "não-citação de obras e autores" de que se valem muitos dos que se atrevem a mergulhar no terreno da escrita são extremamente prejudiciais à saúde cultural.

É plausível e até compreensível que lancemos mão de referências bibliográficas ou qualquer fonte de pesquisa quando desejamos abstrair alguma informação para complementar a elaboração de um texto, porém esse expediente merece crédito.

No próprio universo maçônico é algo rotineiro e quase natural Irmãos procederem uma cópia fiel de inúmeros textos, sem nem ao menos se preocuparem em dar um mínimo de caráter pessoal ao mesmo.

Esse expediente, além de indevido, não contribui em nada para o próprio desenvolvimento intelectual do "pseudoautor".


Pelo fato do Maçom ser por si só um Livre Pensador, espera-se dele um mínimo de esforço, reflexão e arbítrio para construir e fomentar sua obra na esfera de sua legítima capacidade intelectual.

Escrever é antes de mais nada um ato político.

Trata-se de esculpir através da palavra tudo aquilo que flui da Alma e da Razão.

O Pensamento é o agente transmissor desse exercício. E o pensamento guarda em si um caráter único e individual.

Constrói-se um texto a partir de um enunciado, de um tema, de um conteúdo e sobretudo, a partir da natureza artística e arquitetônica do texto, em que preposições, pronomes, advérbios, substantivos e adjetivos se encontrem da maneira mais fluida e clara de modo a ensejar uma argumentação semântica e propositiva do que o autor pretende expressar...

Todo texto deve possuir um mérito discursivo e um princípio argumentativo, inobstante sua natureza, histórica, lendária ou filosófica.  Mormente quando nos referimos aos textos de âmbito maçônico.

Compartilho essa ideia com os Irmãos de forma que possamos obedecer a esse postulado ético e que nos valhamos do "discernimento" toda vez que nos propusermos a dar vida às palavras através da escrita.