setembro 15, 2022

NÃO PODEMOS ESQUECER NOSSO PASSADO GLORIOSO... - Carlos Freitas M.'.M.'.



NÃO PODEMOS ESQUECER NOSSO PASSADO GLORIOSO, MAS NÃO PODEMOS VIVER ETERNAMENTE DELE!

Nossa ordem anda, nas últimas décadas, tão carente de realizações dignas de nota na história do Brasil que, quando queremos citar nomes de grandes maçons, temos de recorrer a personagens da época do império ou do início da república velha, fatos ocorridos há mais de 100 anos.

Não podemos esquecer nosso passado glorioso, mas não podemos viver eternamente dele.

Independência, Abolição e República tiveram a participação direta e fundamental de maçons, mas fazem parte dos livros de história.

Dia desses, minha esposa perguntou o motivo de tudo na maçonaria ter tratamento superlativo:

Potência, Soberano, Sapientíssimo, Supremo, Eminente, Poderoso, Grande, Venerável, Ilustre, Respeitável, Excelso, Colendo, Egrégio, e por aí vai.

Confesso que fiquei sem resposta.

Daí comecei a matutar. E isso nem sempre é bom...

Diagnostiquei como sendo complexo de superioridade, vangloriar-se , gabar-se de ser o que não é para tentar impressionar e manter viva uma importância que faz parte do passado.

O gosto por comendas é outro sintoma.

De vez em quando cruzamos com Irmãos portando tal número de medalhas que nos perguntamos se não seria o próprio Grande Arquiteto do Universo que resolveu dar o ar da sua graça no plano terreno. 

O Relatório de Pesquisa “CMI – Maçonaria no Século XXI” analisou dados coletados no período de 21/02 a 18/03/2018 com a participação de 7.817 Irmãos das três potências (GOB, Grandes Lojas e COMAB).

O relatório é rico em dados e traz uma série de conclusões.

Mas a que mais chama a atenção é a de que “menos de 5% dos maçons brasileiros sabem o que é maçonaria, conforme os conceitos e definições mais utilizados no mundo.”

Sendo o conceito mais comum o de que maçonaria é “um belo sistema de moralidade velado em alegoria e ilustrado por símbolos” (Zeldis, Leon).

Conclui o relatório que “o legítimo objetivo maçônico, de ensino de moralidade, de transformar bons homens em melhores, vai sendo preterido, ignorado, esquecido...” e “se não se sabe o que é, não se sabe o que realmente se deve fazer... distanciando-a (a maçonaria) de seus legítimos objetivos e de sua própria razão de existir enquanto instituição”.

Parece que chegamos ao cerne do problema da atual situação de nossa Ordem.

Ao invés de querer que a nossa sublime instituição tome as rédeas da política, beneficência, ação social, etc., devemos preparar o homem maçom, através do ensinamento da moralidade, para que este o faça.

Não é a maçonaria enquanto instituição, mas sim os maçons devidamente preparados que agirão, conforme os preceitos de moralidade e ética, nas empresas, órgãos públicos, escolas, lares, associações, etc., difundindo e aplicando os ideais de Liberdade, Igualdade e Fraternidade.

O foco principal da maçonaria deve ser a formação do maçom.

A continuarmos do jeito que está, iremos nos tornar, se é que já não nos tornamos, um clube de serviços onde nos reunimos para troca de favores e obtenção de vantagens pessoais.

Sem esquecer, é claro, das medalhas, paramentos, etc. 

Vamos a todo custo e nunca a qualquer custo!!!

Há irmãos que foram ícones quando Aprendiz, mas bastou a primeira medalha 🥉 para deixar de cavar masmorras e passar a edificar um templo único à vaidade.

E por fim, aquele que foi referência passa a ser questionado, até que um dia seu castelo de vaidades se esvai em ruínas.

Surge então uma derradeira oportunidade de reconciliação com a JUSTIÇA e PERFEIÇÃO...

Basta apenas o querer servir e não mais ser servido... 



setembro 14, 2022

AS DUAS COLUNAS EXTERNAS DOS TEMPLOS


Desde as épocas mais remotas da Civilização, a mente humana se volta para os “deuses” na procura de esclarecimentos e auxílio divino para a vida cotidiana.

Temerosos e, consequentemente, devotos, os primitivos ofertavam comidas, objetos e sacrifícios para aplacar a ira dos “deuses” que se manifestava pela intempérie e animais selvagens. O local onde eles faziam essas oferendas era “solo sagrado”, provavelmente, num recanto sombrio de uma floresta, e só os mais “esclarecidos” podiam fazê-las.

Com a evolução e certa estabilidade, o ser humano rudimentar tornou-se observador do céu e do horizonte. E ele começou a perceber que o Sol (sem dúvidas um dos deuses) nem sempre sumia no horizonte no mesmo local. Percebeu que o Sol se deslocava para a direita por um determinado tempo. Parava por um período e retrocedia no sentido contrário e parava novamente, agora no lado oposto. E repetia tudo novamente.

Percebeu, também, que a claridade (horas de sol) variava com esse deslocamento. E, mais importante, associou o tempo frio, a neve, a alta temperatura, as chuvas, etc com esse deslocamento, e com a melhor época de plantio, de enchente dos rios, etc.

Com isso, o “solo sagrado” foi deslocado para o cume de um pequeno monte, onde o sacerdote podia observar o horizonte e verificar onde o Sol estava se pondo e fazer seus presságios dos sinais observados. Para melhor controle, os sacerdotes colocaram nos dois extremos atingidos pelo Sol, duas estacas, que posteriormente se transformaram em colunas.

O “solo sagrado”, agora fixo num determinado local, recebeu para melhor proteção dos sacerdotes (augures) uma cobertura, e posteriormente, paredes feitas de pedras, transformando-se num Templo do passado.

Devo esclarecer que a palavra Templum vem do latim e era a denominação dada a essa faixa do horizonte, entre as duas colunas, onde as adivinhações eram feitas. O Sacerdote contemplava aquela região e tirava as conclusões.

Com o passar dos tempos, os Templos, locais agora onde os adoradores iam rezar e fazer suas oferendas, mantinham na frente, na parte externa, as duas colunas. Virou tradição. Todos os Templos construídos, mesmo sem saber o “por que” daquilo, tinham que ter as duas colunas.

Hoje nós sabemos que o deslocamento do Sol é aparente (quem se desloca é a Terra) e os pontos assinalados pelas estacas são os Solstícios (de Inverno e de Verão) e o meio deles assinala o Equinócio.

Fonte: Pílulas maçônicas.

setembro 13, 2022

QUANDO UM HOMEM É MAÇOM? - Joseph FortNewton


Quando puder olhar além dos rios, das montanhas e do horizonte distante, com um profundo senso de sua própria pequenez num vasto complexo das coisas, e ainda ter fé, esperança e coragem.

Quando souber que no fundo de seu coração, cada homem é tão nobre quanto vil; tão divino quanto diabólico e tão solitário quanto ele mesmo, e procurar conhecer, perdoar e amar seu semelhante.

Quando souber como se simpatizar com os homens nas suas tristezas e até mesmo nos seus pecados, sabendo que cada homem enfrenta uma luta difícil contra múltiplos obstáculos.

Quando tiver apreendido a fazer amigos e conservá-los consigo próprio.

Quando amar as flores, puder ir atrás dos pássaros sem caçá-los e sentir o encanto de uma velha alegria esquecida, ao ouvir o riso de uma criança.

Quando puder ser feliz e generoso no meio a vicissitudes significativas da vida.

Quando as árvores de copas estreladas e o brilho da luz do sol nas águas correntes conquistarem-no com a lembrança de alguém muito amado e há muito desaparecido.

Quando nenhuma voz de angústia atingir seus ouvidos em vão e mão nenhuma procurar sua ajuda sem resposta.

Quando encontrar o bem em cada fé que ajude a qualquer homem reter as coisas mais elevadas e a ver os significados majestosos da vida, qualquer possa ser o nome dessa fé.

Quando puder olhar para um charco de beira de estrada e ver algo além da lama e, na face do mais abjeto mortal, ver algo além do pecado.

Quando souber como orar, como amar e como manter a esperança.

Quando tiver mantido a fé em si mesmo, no seu semelhante, no seu Deus: na sua mão uma espada contra o mal, no seu coração o toque de uma canção. Feliz por viver mas sem medo de morrer!

Em tal homem, seja ele rico ou pobre, erudito ou iletrado, famoso ou obscuro, a Maçonaria cumpriu o seu doce mistério! Tal homem descobriu o único segredo real da Maçonaria e o único que ela está tentando doar a todo o mundo.

setembro 12, 2022

EU SOU? ... ou EU ESTOU? - Heitor Rodrigues Freire

 


Heitor Rodrigues Freire é Corretor de imóveis e advogado, past GM da GLMS e atual Presidente da Santa Casa de Campo Grande.


A busca pelo autoconhecimento deve ser uma constante em nossa vida, pois assim estaremos fazendo nossa parte para a evolução da humanidade. 

Nesse sentido, há uma discussão interessante sobre o que nós somos. Acredito que encontrar essa resposta se constituirá na conquista mais elevada e verdadeira a que pode aspirar o ser humano. É por meio do autoconhecimento que se dá o entendimento e a oportunidade de clareza de ações, que nos permitirá entender o que somos e aprendermos que "quem se ofende é sempre a personalidade, e nunca a individualidade". Ou seja, a personalidade está mais para os conceitos junguianos de "ego" e "persona", enquanto a individualidade aproxima-se do "self", mais real, mais ligada ao próprio espírito.

Longe de dialética filosófica sobre a leveza do ser e outros existencialismos, o que se pretende aqui é entender o significado e o uso dos verbos SER e ESTAR e como eles são usados em português.

Em alguns idiomas, como inglês e francês, segundo consta, não existem os dois verbos: ser e estar. Mas a diferença é bem simples. 

Ser: uma condição permanente, inata, fixa, imutável, uma definição. Aquele que EU SOU mais do que estou é algo que tento descobrir e integrar. Conhecê-lo é uma das formas de me tornar um indivíduo. Individuar é tornar-se pessoa, deixar de confundir a personalidade com a individualidade. Nessa busca, a flexibilidade é palavra-chave no processo de crescimento. 

Estar: uma condição provisória, temporária, que pode ser mudada. Tudo o que dizem de mim – nacionalidade, profissão, temperamento, títulos, currículo, formação, estado civil, endereço, nome, aparência, predicados –, é aquilo que EU ESTOU. Tem muito de mim, mas não é necessária e eternamente meu Eu.

Como sabemos, o ser humano é dotado de livre-arbítrio. Assim podemos fazer livremente as escolhas em nossa vida. O que se observa, no entanto, é que as escolhas, muitas vezes, não são orientadas pelo bom senso, o que nos leva a amargar as consequências de nossas atitudes. Tudo por causa da mania do cérebro em procurar padrões em tudo. Quando entendermos que somos verdadeiramente seres originais e não partícipes de uma fabricação em série, conseguiremos dar um salto quântico em nossas vidas.

Um mundo bom necessita de consciência, fé, conhecimento, bondade e coragem; não precisa de nenhum anseio saudoso pelo passado, nem do encarceramento das inteligências livres por meio de palavras proferidas há muito tempo por homens que, na realidade não sabiam bem do que estavam falando, mas encontrando seguidores acabaram criando massas ignorantes. Necessita de esperança para o futuro e não de passar o tempo todo voltado para trás, para um passado morto, que, assim o confiamos, será ultrapassado de muito pelo futuro que a nossa inteligência e consciência pode criar. 

Assim, com os olhos voltados para o hoje, onde, na realidade tudo acontece, vamos dar continuidade à nossa encarnação buscando sempre um azimute de confiança, de fé, de fidelidade, de realização.


setembro 11, 2022

POSTURA E COMPOSTURA MAÇONICA - Enielson Pereira Lopes



Enquanto a Postura trata de aspectos corporais, tais como: maneira de andar, sentar-se, portar-se nas mais variadas situações, a Compostura é o conjunto de ações que denotam boa educação.

Segundo os nossos Dicionários, postura significa “disposição ou posição do corpo”. Dentro de nossos Templos devemos obedecer a uma sistemática ordenada pela tradição. A postura sempre externará nosso “respeito”, uma atitude convencional de expectativa e de participação.

Segundo nosso Ir∴ Rizzardo de Camino “as posturas são originárias da Índia e do Egito e nestes países, sempre tiveram aspecto místico”.

A posição exata contribui para que o fluxo do sangue alimente mais, certa região necessitada; equilibra nosso sistema nervoso; provoca a secreção de sucos necessários às funções das glândulas; isso que descrevemos “grosso modo””, apresenta no seu desenvolvimento científico, verdadeiros milagres. É a “magia” que atua, auxiliada pela nossa disposição em nos manter, quando em postura, da forma mais perfeita possível”.

Ao fazermos o Sinal de Ordem, bem como a Saudação Ritualística, devemos estar perfeitamente eretos, altivos formando um esquadro com os PP.’. quando executamos o sinal de ordem que por si só representa um ângulo reto. É o símbolo da postura que deve presidir o discurso do Maçom. Dessa forma, só são realizados quando obreiro estiver de pé e parado, ou praticando a Marcha Ritualística.

“Infelizmente, tem-se constatado em visitas a oficinas que alguns IIr.’. não estão observando os ângulos exigidos nas posições, formando-se assim, uma postura desajeitada, como se o organismo se encontrasse exausto a ponto da mão não poder ficar na posição correta”.

A uniformidade da postura, com certeza embeleza os trabalhos da loja. Imaginem uma fileira de soldados praticando a “ordem unida”. Se não houver sincronismo, o desfile se tornará horroroso e cheio de trapalhadas. Assim acontece nas nossas colunas. Devemos manter um porte elegante, pois nada há de mais belo que ver uma Loja trabalhar corretamente, pois isso entusiasma e traz resultados surpreendentes.

Ao fazer uso da palavra, mister se faz que se cumpram algumas formalidades em que se enquadra a boa postura. Concedida a palavra, deve o irmão, antes de iniciar sua fala, dirigir os cumprimentos a todos os presentes, obedecendo-se a ordem hierárquica.

No nosso Ritual, o diálogo entre as Luzes e as Dignidades e Oficiais é feito usando-se o pronome da segunda pessoa do plural (vós), portando, seria interessante que todos se habituassem a seguir o exemplo.

Como a Maçonaria considera a todos os seus Iniciados como iguais, os títulos e patentes profanas como Senhor, Doutor, Professor, Coronel e etc. devem ser ignorados em nossas falas, não como sinal de desrespeito, mas como uma afirmação a esta decantada Igualdade.

Segundo nossos ensinamentos, o Maçom não deve fazer ostentação daquilo que possui, portando, recomenda-se que não usemos medalhas dos graus filosóficos em sessões simbólicas, por entender que um peito cheio de medalhas pode constranger um Ir.’. de grau inferior.

Sentado, o Maçom deve assumir umas posturas convencionais, que aparentemente pode ocasionar um cansaço, mas na realidade, se estiver de maneira correta, o obreiro poderá permanecer sentado por um longo período. Essa postura, representada pelos Egípcios através de estátuas e pinturas, nos leva a crer que essa posição conduzia a algum resultado esotérico.

Os pés formam com as pernas uma esquadria. As pernas com as coxas formam outra esquadria. As coxas com o tronco uma nova esquadria. Os braços e antebraços completam mais uma esquadria. As mãos abertas repousam sobre as coxas.

A posição do corpo pode curar distorções fisiológicas e nervosas, portando, as posturas devem ser executadas com interesse, pois, já sabemos que, em Maçonaria nada existe e nada se faz sem uma razão.

Sentado, o Maçom, além de isolar completamente os membros superiores, inferiores e baixo ventre, deixando livre a parte respiratória e a mente, poderá, se sua postura estiver correta, aperceber-se com mais proveito de tudo o que vê e ouve.

Nossas palavras, gestos e atitudes, são cartões de visita do nosso comportamento. Temos momentos de incorreção, mas não se julga ninguém pelo tombo e sim pelo modo como ele se levanta.

Meus queridos Irmãos: digam suas palavras, pratiquem corretamente a ritualística com a postura e seriedade que requer o respeito, a ética e o comportamento dentro e fora do Templo.

Fonte de consulta: Livro Ordem na Ordem – Enielson Pereira Lopes

setembro 10, 2022

UH Zé, UH Zé, UH Zé! - Roberto Ribeiro Reis


Roberto Ribeiro Reis é intelectual e poeta da ARLS Esperança e União 2358 de Rio Casca, MG


𝑱𝒂̃𝒐, 𝒐𝒏𝒕𝒆𝒎 𝒆𝒏𝒕𝒓𝒆𝒊 𝒑𝒓𝒖𝒎𝒂 𝒕𝒂𝒍 𝑳𝒐𝒋𝒂,

𝑫𝒆𝒑𝒐𝒊𝒔 𝒅𝒂𝒒𝒖𝒆𝒍𝒆 𝒄𝒂𝒎𝒊𝒏𝒉𝒂̃𝒐 𝒅𝒆 𝒔𝒐𝒋𝒂,

𝑸𝒖𝒆 𝒒𝒖𝒂𝒔𝒆 𝒓𝒆𝒃𝒆𝒏𝒕𝒐𝒖 𝒎𝒊𝒏𝒉𝒂 𝒄𝒐𝒍𝒖𝒏𝒂;

𝑱𝒂̃𝒐, 𝒎𝒊𝒏𝒉𝒂𝒔 𝒄𝒐𝒔𝒕𝒂 𝒂𝒕𝒆́ 𝒉𝒐𝒋𝒆 𝒊𝒏𝒅𝒂 𝒅𝒐́𝒊,

𝑴𝒂𝒔 𝒗𝒊𝒓𝒂𝒓 𝒃𝒐𝒅𝒆 𝒎𝒆 𝒅𝒆𝒖 𝒂𝒍𝒆𝒈𝒓𝒊𝒂 𝒏𝒖𝒛𝒐́𝒊:

𝑪𝒂𝒔𝒂 𝒄𝒉𝒆𝒊𝒂, 𝒊𝒈𝒖𝒂𝒍 𝒏𝒂 𝒓𝒐𝒄̧𝒂 𝒅𝒆 𝑩𝒊𝒕𝒖𝒓𝒖𝒏𝒂.


𝑱𝒂̃𝒐, 𝒒𝒖𝒆𝒎 𝒂𝒄𝒉𝒂 𝒔𝒖𝒂 𝒗𝒊𝒅𝒂 𝒎𝒊𝒔𝒆́𝒓𝒂𝒗𝒊

𝑬́ 𝒑𝒓𝒖𝒒𝒖𝒆̂ 𝒊𝒏𝒅𝒂 𝒏𝒂̃𝒐 𝒗𝒊𝒖 𝒐 𝒕𝒂𝒍 𝒗𝒆𝒏𝒆́𝒓𝒂𝒗𝒊

𝑪𝒐𝒎 𝒕𝒐𝒅𝒐 𝒂𝒒𝒖𝒆𝒍𝒆𝒔 𝒑𝒂𝒏𝒐 𝒆 𝒋𝒐𝒊𝒂 𝒃𝒐𝒏𝒊𝒕𝒐;

𝑱𝒂̃𝒐, 𝒍𝒂́ 𝒕𝒂𝒎𝒃𝒆́𝒎 𝒅𝒊𝒎𝒊𝒓𝒆𝒊 𝒐 𝒔𝒐𝒍 𝒆 𝒂 𝒍𝒖𝒂,

𝑪𝒆́𝒖 𝒄𝒉𝒆𝒊 𝒅𝒆 𝒆𝒔𝒕𝒓𝒆𝒍𝒂, 𝒔𝒆𝒎 𝒇𝒂𝒍𝒄𝒂𝒕𝒓𝒖𝒂,

𝑷𝒂𝒓𝒆𝒄𝒆 𝒒𝒖𝒆 𝒗𝒂𝒎𝒖 𝒗𝒊𝒂𝒋𝒂́ 𝒏𝒐 𝒊𝒏𝒇𝒊𝒏𝒊𝒕𝒐...


𝑶 𝒕𝒓𝒆𝒎 𝒆́ 𝒃𝒐𝒎, 𝒕𝒆𝒎 𝒏𝒐𝒎𝒆𝒔 𝒅𝒊𝒇𝒆𝒓𝒆𝒏𝒕𝒆,

𝑼𝒏𝒔 𝒅𝒊𝒛𝒆𝒓 𝒕𝒂̃𝒐 𝒄𝒉𝒊𝒒𝒖𝒆, 𝒒𝒖𝒆 𝒅𝒆 𝒓𝒆𝒑𝒆𝒏𝒕𝒆,

𝑬𝒖 𝒏𝒂̃𝒐 𝒆𝒏𝒕𝒆𝒏𝒅𝒊 𝒖𝒎𝒂𝒔 𝒑𝒂𝒍𝒂𝒗𝒓𝒂 𝒅𝒂𝒏𝒂𝒅𝒂;

𝑪𝒐𝒍𝒆𝒈𝒂 𝒔𝒆́𝒓𝒊𝒐 𝒔𝒆 𝒂𝒄𝒉𝒆𝒈𝒐𝒖 𝒏𝒐 𝒊𝒏𝒔𝒕𝒂𝒏𝒕𝒆,

𝑵𝒂̃𝒐 𝒆𝒓𝒂 𝒈𝒂𝒎𝒃𝒆́, 𝒎𝒂𝒔 𝒔𝒆 𝒅𝒊𝒛𝒊𝒂 𝒗𝒊𝒈𝒊𝒍𝒂𝒏𝒕𝒆,

𝑫𝒐𝒏𝒅𝒆 𝒆𝒖 𝒗𝒆𝒏𝒉𝒐? 𝑶̂ 𝒑𝒆𝒓𝒈𝒖𝒏𝒕𝒂 𝒅𝒂𝒏𝒂𝒅𝒂!


𝑬𝒏𝒓𝒂𝒊𝒗𝒂𝒅𝒐 𝒆𝒖 𝒇𝒊𝒒𝒖𝒆𝒊, 𝒓𝒆𝒔𝒑𝒆𝒊𝒕𝒆𝒊 𝒐 𝒗𝒊𝒈𝒊𝒂,

𝑽𝒊𝒎 𝒅𝒂 𝒎𝒊𝒏𝒉𝒂 𝒄𝒂𝒔𝒂, 𝒄𝒐𝒎 𝒎𝒖𝒊𝒕𝒂 𝒂𝒍𝒆𝒈𝒓𝒊𝒂,

𝑷𝒓𝒂 𝒆𝒔𝒔𝒂 𝑶𝒇𝒊𝒄𝒊𝒏𝒂 𝒔𝒆𝒎 𝒄𝒂𝒓𝒓𝒐 𝒆 𝒄𝒐𝒎 𝒇𝒊𝒈𝒖𝒓𝒂;

𝑷𝒂𝒔𝒔𝒆𝒊 𝒖𝒎 𝒂𝒑𝒆𝒓𝒕𝒐, 𝒏𝒐 𝒑𝒆𝒊𝒕𝒐 𝒖𝒎𝒂 𝒆𝒔𝒑𝒂𝒅𝒂,

𝑶𝒔 𝒛𝒐́𝒊 𝒕𝒐𝒅𝒐 𝒎𝒐𝒊𝒂𝒅𝒐, 𝒖𝒎𝒂 𝒍𝒖𝒛 𝒅𝒊𝒔𝒈𝒓𝒂𝒎𝒂𝒅𝒂,

𝑨𝒕𝒆́ 𝒄𝒉𝒐𝒓𝒆𝒊 𝒄𝒐𝒎 𝒖𝒎 𝒊𝒏𝒙𝒂𝒎𝒆 𝒅𝒆 𝒄𝒓𝒊𝒂𝒕𝒖𝒓𝒂.


𝑨𝒍𝒊𝒗𝒊𝒂𝒅𝒐 𝒇𝒊𝒒𝒖𝒆𝒊, 𝒅𝒆𝒑𝒐𝒊𝒔 𝒑𝒐𝒓 𝒕𝒐𝒅𝒐𝒔 𝒔𝒐𝒅𝒂𝒅𝒐,

𝑬𝒖, 𝒁𝒆́, 𝒋𝒂́ 𝒄𝒐𝒏𝒉𝒆𝒄𝒊𝒅𝒐, 𝒊𝒏𝒕𝒂̃𝒐 𝒇𝒊𝒒𝒖𝒆𝒊 𝒅𝒊𝒎𝒊𝒓𝒂𝒅𝒐,

𝑷𝒐𝒊𝒔 𝒏𝒂 𝒗𝒊𝒅𝒂 𝒕𝒐𝒅𝒂 𝒏𝒖𝒏𝒄𝒂 𝒑𝒆𝒓𝒅𝒊 𝒂 𝒎𝒊𝒏𝒉𝒂 𝒇𝒆́;

𝑫𝒆𝒔𝒅𝒆 𝒂𝒏𝒕𝒐𝒏𝒕𝒆 𝒔𝒐𝒖 𝒁𝒆́, 𝒐 𝑴𝒂𝒄̧𝒂̃𝒐 𝒅𝒆 𝒓𝒆𝒔𝒑𝒆𝒊𝒕𝒐,

𝑬, 𝒕𝒐𝒅𝒂 𝒔𝒆𝒎𝒂𝒏𝒂 𝒏𝒂 𝒍𝒐𝒋𝒂, 𝒆𝒖 𝒇𝒊𝒄𝒐 𝒂𝒕𝒆́ 𝒔𝒆𝒎 𝒋𝒆𝒊𝒕𝒐

𝑷𝒐𝒊𝒔 𝒆𝒍𝒆𝒔 𝒎𝒆 𝒃𝒆𝒓𝒓𝒂𝒎: 𝑼𝒉 𝒛𝒆́, 𝑼𝒉 𝒛𝒆́, 𝑼𝒉 𝒛𝒆́!




setembro 09, 2022

A HERANÇA DA TRADIÇÃO - Newton Agrella


Newton Agrella é escritor, tradutor e palestrante. Considerado um dos maiores intelectuais da maçonaria no país


Há um aspecto interessante que se pode abordar a partir do passamento da Rainha Elizabeth e da Tradição Inglesa, como símbolo de referência histórica e cultural.

A Tradição muda apenas por uma circunstância existencial de vida, para permanecer igual e inalterada, perene e soberana.

Uma metáfora que sob a percepção filosófica é plenamente compatível com a própria essência da Maçonaria, que permanece viva e latente até os nossos dias, graças a abnegados franco-maçons, que a despeito de algumas circunstâncias que impuseram adequações e adaptações ao longo do tempo, sempre pugnaram por manter suas Tradições fiéis aos seus princípios e leais aos seus juramentos ou compromissos, desde que foram iniciados.

Tradição, portanto, sob o ponto de vista dialético, significa trocar para se manter igual.


setembro 08, 2022

E OS MAÇONS SÃO FELIZES? - Aldo Vecchini



Aldo Vecchini é um escritor e intelectual maçom da ARLS Renovadora de Barretos, 68.


Convém sabermos a melhor resposta para a indagação encimada. Para não restar dúvidas na efetivação do que está no catecismo: “Uma Instituição que tem por objetivo tornar feliz a humanidade, pelo amor, pelo aperfeiçoamento dos costumes, pela tolerância e respeito irrestritos” ...


Vejam bem! Sejam os Maçons muito felizes. Aprimorem sua personalidade. Burilem seu caráter. Sejam como São João, nosso padroeiro, justo e sensato; como São Francisco, o misericordioso; sejam como São Lucas, referência em compaixão.


Ao admitirmos essa razoabilidade, já estamos polindo nossa pedra de toque. Já orbitamos o sistema do astro-rei: magnetizando, iluminando e aquecendo. E estudando profundamente nossos rituais, cooperamos conosco e com todos, influenciando e sendo influenciados. Interagindo!


Entre outras coisas... mas principalmente, com o fito de ajustar ou regular o fluxo na edificação diária do contentamento, da felicidade e do progresso pessoal e coletivo, saibamos interagir e entregar a carga necessária sem excesso e desperdício.


Enquanto cuidamos desse bem-estar, como o que estamos fazendo agora, a nossa positividade espiritual é otimizada, a nossa alegria melhorada e a quietude consagrada. Sim! Exercitando afeição e amizade, pensamos, agimos e compreendemos melhor a realidade.


Entre outras coisas sejamos persistentes na execução dos nossos propósitos, sabedores de que a prosperidade é dependente de boas escolhas e sábias decisões.  


Dois pontos.


Agora nós podemos refletir sobre o hoje e suas oportunidades, as escolhas que fazemos e até o que decidiremos. Como parâmetro inicial vamos analisar os dois pontos: quando há convergência no ponto de divergência e, divergência no ponto/momento de convergir.


Sim, pois sempre haverá o contraditório. E em considerando a nossa natureza, nossos sentimentos, nossos propósitos, para acertar mais, ferir menos e resolver o melhor, façamos uso da razão.


Não como sinônimo de divisão, mas de racionalidade, de sabedoria. É isso! Seja sábio! Pois como ensinou Sêneca: “você precisa mudar a mente, não o lugar, porque suas falhas o acompanharão aonde você for”.


Desejamos, então, que a sabedoria, a coragem, a perseverança e a justiça, sejam ferramentas utilíssimas nas mãos do “obreiro do bem” que mudará a situação/posição sempre que o fluxo necessitar.


Façamos ajustes e a manutenção perene dos nossos propósitos. Estabeleçamos uma direção. Celebremos o hoje. Pois quando se vive no momento presente é porque finalmente se encontrou e está vivendo de acordo com quem realmente é, seu centro, seu eu mais essencial.


Virtudes


"Não deseje situações difíceis, e sim, a virtude que permite superá-las". Sêneca

Enveredemos nessa passagem que nos levará ao bom destino: Que a nossa compreensão sobre as adversidades seja hercúlea. Pois sabemos que elas existem, existiram e sempre se apresentarão. Porém é a nossa habilidade de lidar com elas que dirão de nós.


Haveremos de superá-las. Sejamos virtuosos. Suplantemos os vícios que sucumbem nossa humanidade. Eles se apresentam quando nos foge a razão... Encontremos tempo para reflexões e esclarecimentos. Saibamos lidar com as situações com certa antecipação, quiçá desarmes.


Assim, nós e o que nos rodeia, entrará em nova ordem. Ordo ab Chao? E é possível sempre que conspiramos para isso. Com que propósito? Para forçar um momento de potencialização do raciocínio. Leiamos e pensemos em nossa missão de tornar as coisas melhores. Isso também é alquimia. 


Talvez desde que os estoicos divulgaram os princípios para uma vida melhor, por meio de ações mais razoáveis; equilíbrio entre a freada e a aceleração; superação dos obstáculos; compreensão das singularidades; flexibilização dos paradoxos; apropriamos dos elementos norteadores e carregados de sentido.


É isso! Que haja motivos para edificação de um túmulo para as paixões; um templo para as virtudes e um obelisco às vitorias. 


Novas perspectivas


A prancheta é a mesma. Porém as perspectivas são outras. E o artesão deve saber do seu traçado para manter a proporção total. Pensemos no tridimensional: comprimento, largura, altura ou profundidade; capital, trabalho e as leis; eu, você o outro; Deus, Pátria, família...


Estamos dialogando com quem projeta, cria e lidera. No mínimo espera-se racionalidade. Exatidão. Propósitos e diretrizes (sabedoria). Porque quem não sabe aonde ir, qualquer caminho serve (Lewis Carroll/Alice no país...).


Os estoicos ensinam que devemos seguir a natureza para levar uma vida feliz (acertar sempre e não reclamar nunca). Então, o artesão, como parte da natureza, não pode distorcer a realidade. A projeção, nesse caso, acompanha a perspectiva. 

Não queremos azedar nada. Tampouco julgaremos singular demais. Porém Epicteto deixa claro: “Não queira que as coisas aconteçam de acordo com seus desejos, mas deseje que elas aconteçam como devem acontecer”. Significa que a liderança tem a prerrogativa de antecipar, intuir e orientar.


Ok! Vivemos em comunidade, é verdade. Cada um desempenha as suas tarefas. Com isso muitas coisas fogem ao nosso controle. É indício de sabedoria aceitar isso. Mas recomendamos compreender essas situações ou reagir a elas de modo harmonioso, sem reclamar, pois, são determinadas pela natureza humana.


E o “acertar sempre” que pareceu exagerado nos parênteses ali em cima, ganha destaque aqui, no arremate: “Vivencie tudo o que lhe acontece como se desejasse que aquilo acontecesse contigo”. Assim, terás consciência dos benefícios e das dificuldades. E se não reclamardes, nem resmungares, atuarás no traçado da perspectiva que irás projetar. 


Simultaneidade


Convenhamos que talvez seja isso que acontece nas interações pessoais: Influenciamos e somos influenciados. Saibamos escolher o que apreender e compartilhar. Tem um ensinamento estoico muito pertinente: "Pessoas boas são mutuamente úteis porque exercitam as virtudes umas das outras".


É isso! Exercitemos a compaixão, a resiliência, a misericórdia, a alegria. Considerando-se que o propósito seja a construção do sucesso. Com todos: os pares, os ímpares e as incógnitas. Haja vista que não devemos excluir, mas unir e reunir, pela felicidade de todos. E nessa articulação, que não é nada singular, mas muito complexa, que predomine a sabedoria.


Como ensinou Lactâncio: "A sabedoria é dada à humanidade, é dada a todos sem discriminação".


Vejam bem! Convivemos com portadores, ou não, de bondade, de sabedoria, em exercício. Resta ao semeador, semear; ao líder, liderar; ao sábio, se refazer e ensinar. Pelo exemplo! Talvez seja essa simplicidade que potencializa a simultaneidade: a prática das virtudes, da sabedoria, do amor fati (ao seu destino). 

Burilamos com o pensamento de Sêneca: “Todos os seres humanos nascem para uma vida de companheirismo, e a sociedade só pode permanecer saudável por meio da proteção mútua e do amor de suas partes”.


Conhece a ti mesmo


Impactante frase na parede do Templo de Apolo, não é de agora, recomenda amplo estudo e reconhecimento próprios. Para que? Situar-se. E naquilo que lhe competir, ter o domínio, a compreensão ou ainda a sensatez de escolher o mais adequado.


Ser e estar é desafiador. Os enigmas são complexos. Trabalhemos pelo conjunto de saberes em construção e que nos capacitarão a agir corretamente – que sejam robustos –. E mesmo que não tenhamos controle total sobre nossas carreiras profissionais ou sobre o que somos capazes de alcançar na vida, certamente devemos nos empenhar pelo melhor – ou pelo melhor trabalho – com que somos compatíveis (D Fideler).


E ao debruçarmos nessa construção total, exatamente por capacidade e conhecimento, deixaremos as marcas ou a assinatura do sublime artesão, artista ou líder. E que o mais imprescindível esteja presente: a luz! Que simbolizando a razão, a Inteligência e a sabedoria, seja a neutralizadora da ignorância e da mediocridade.


Se assim for, Sêneca já ajudou bastante: “Acima de tudo esforce-se para ser coerente consigo mesmo”. Acrescentemos: que o nosso reconhecimento, a nossa energia, o nosso magnetismo, sejam todos autênticos e transbordantes.

Finalizando esse trecho – que o seu aprofundamento alcance nossas raízes –, para das profundezas do nosso íntimo, jorrar a leveza necessária e determinante de novos movimentos. Ascendentes e sucessivos.  


Um dia de cada vez


E encontrar todos os motivos, nas múltiplas oportunidades, para felicitar-se. É inegável que um dia feneceremos. Enquanto não chegar esse dia, “façamos o melhor com o que temos, até termos condições melhores, para fazer tudo, melhor ainda” (MSCortella). 


Isso é envolvimento e capricho. 


Temos outras contribuições e compromissos com a humanidade. Por exemplo: Exercite a arte de dar, apreciar e devolver – benefícios ou favores –. Vejam bem! Está evidente nisso que são recursos e habilidades sencientes.


Que haja treinamento suficiente e firmeza de propósitos. Somente os sencientes são capazes de tamanha gentileza, se preparados para essa emanação. Talvez seria mais exato dizer: somente os conscientes e lapidados semeariam tanto amor e gratidão em meio a disputas e batalhas. Pois temos no estoicismo que “Amor e gratidão andam juntas porque ambos envolvem apreço”.


Um dia de cada vez! Mas com tudo o que trouxer. Os ensaístas, então, escolherão o que comporá o conjunto da obra. Obra viva cheia de bons eflúvios. De agradecimentos sinceros. De felicidade.


Talvez ficaria melhor no subtítulo “Amor e Gratidão”. Porém encontremos todos os dias, as razões para viver bem, com alegria, e a certeza de que feneceremos um dia, mas se nos é dado um dia de cada vez, saibamos agradecer com boas obras.

Como arremate abusaremos dos ensinamentos de Marco Aurélio: “Não sonhe com o que você não tem. Em vez disso, pense nas grandes bênçãos que você já tem, pelas quais se sente grato – e lembre a si mesmo de como sentiria falta delas se não fossem suas –.”


E os Maçons são felizes?


Reflexões ancoradas na obra: Um café com Sêneca, David Fideler, ed. Sextante, 2022.

Aldo Vecchini, ARLS Renovadora de Barretos, 68.

setembro 07, 2022

CARTA DO POETINHA VINICIUS DE MORAES



 Porto do Havre [França], 7 de setembro de 1964

Tomzinho querido,

Estou aqui num quarto de hotel que dá para uma praça que dá para toda a solidão do mundo. São dez horas da noite e não se vê viv’alma. Meu navio só sai amanhã à tarde e é impossível alguém estar mais tris­te do que eu. E, como sempre nestas horas, escrevo para você cartas que nunca mando.

Deixei Paris para trás com a saudade de um ano de amor, e pela frente tenho o Brasil que é uma paixão permanente em minha vida de constante exilado. A coisa ruim é que hoje é 7 de setembro, a data nacional, e eu sei que em nossa embaixada há uma festa que me cairia muito bem, com o Baden mandando brasa no violão. Há pouco telefo­nei para lá, para cumprimentar o embaixador, e veio todo mundo ao te­lefone. Estão queimando um óleo firme!

Você já passou um 7 de setembro, Tomzinho, sozinho, num porto estrangeiro, numa noite sem qualquer perspectiva? É fogo, maestro!

Estou doido para ver você e Carlinhos [Lyra] e recomeçar a traba­lhar. Imagine que este ano foi um ano praticamente dedicado ao Baden, pois Paris não é brincadeira. Mas agora o tremendão aconteceu mesmo! A Europa teve que curvar-se. Mas ainda assim fizemos umas musiqui­nhas como Formosa. Você vai ver: tudo sambão! Parece até que as sau­dades do Brasil, quando a gente está longe, procuram mais a forma do samba tradicional do que a Bossa Nova, não é engraçado? São, como di­ria o Lucio Rangel, as raízes.

Vou agora escrever para casa e pedir dois menus diferentes para a minha chegada. Para o almoço, um tutuzinho com torresmo, um lom­binho de porco, bem tostadinho, uma couvinha mineira e doce de coco. Para o jantar, uma galinha ao molho pardo, com um arroz bem solti­nho e papos de anjo! Mas daqueles que só a mãe da gente sabe fazer, daqueles que, se a pessoa fosse honrada mesmo, só devia comer me­tida num banho morno e em trevas totais. Pensando, no máximo, na mulher amada. Por aí você vê como eu estou me sentindo: nem cá, nem lá.

Fiquei muito contente com o sucesso de Garota de Ipanema nos Estados Unidos. E a Astrudinha [Gilberto], hein? Que negócio tão direi­to! Vamos ver se desta vez os intermediários deixam algum para nós.

Fiquei muito contente também com a notícia do sucesso de Berimbau no Brasil. Dizem que estão tocando a musiquinha pra valer. Isto me alegra muito pelo Baden. E pra que mentir? Por mim também. É bom saber que a gente não foi esquecido e que o povo continua cantando as nossas coisas, pois no fundo mesmo é para ele que a gente compõe. Lembro-me tão bem quando fizemos o samba numa madrugada, há três anos atrás, por aí. Eu disse ao Baden: “Isto tem pinta de sucesso”. E fi­camos cantando e cantando o samba até o sol raiar.

O 07 DE SETEMBRO E A MAÇONARIA - revisão Sidnei Godinho



O ano  de  1821  começara  para  D. João  VI  como  principiara  o  de 1808. 

O  Grande Oriente  Lusitano  levara-o,  treze  anos  antes,  a  transferir  a  sede do  governo  monárquico  da  Nação  Portuguesa  de  Lisboa  para  o  Rio  de  Janeiro.

Mais tarde,  esse  mesmo  grande  Oriente  obrigá-lo-ia  a  retransferir  a sede  do  seu  governo  do  Rio  de  Janeiro  para  Lisboa.  

Com  receio  de  perder  o  trono  e  sem  alternativa,  face  às  exigências  da Corte  (Parlamento  português),  D. João  VI  regressa  a  Lisboa  (Portugal)  em  26  de abril  de  1821,  deixando  como  Príncipe  Herdeiro,  nomeado  Regente  do  Brasil pelo  Decreto  de  22  de  abril  de  1821,  o  primogênito  com  então  21  anos  de  idade –  PEDRO  DE  ALCANTARA  FRANCISCO  ANTÔNIO  JOÃO  CARLOS  XAVIER DE  PAULA  MIGUEL  RAFAEL  JOAQUIM  JOSÉ  GONZAGA  PASCOAL CIPRIANO  SERAFIM  DE  BRAGANÇA E  BOURBON.  

O  Príncipe  Dom  Pedro,  jovem  e  voluntarioso,  aqui  permanece, não  sozinho,  pois  logo  se  viu  envolvido  por  todos  os  lados  de  homens  de  bem, Maçons,  que  constituíam  a  elite  pensante  e  econômica  da  época.

Apesar  de  ver  ser  aceitas  suas  reivindicações,  os revolucionários  portugueses  não  estavam  satisfeitos. 

As  cortes  de  Portugal estavam  preocupadas  com  as  perdas  das  riquezas  naturais  do  Brasil  e  previam sua  emancipação,  como  ocorria  em  outros  países  sul-americanos. 

Dois decretos,  em  29  de  setembro  de  1821,  de  números  124  e  125  emanados  das Cortes  Gerais  portuguesas  são  editados  na  tentativa  de  submeter  e  inibir  os movimentos  no  Brasil.  

Um  reduzia  o  Brasil  da  posição  de  Reino  Unido  à  antiga condição  de  colônia,  com  a  dissolução  da  união  brasílico-lusa,  o  que  seria  um retrocesso,  o  outro,  considerando  a  permanência  de  D.  Pedro  desnecessária  em nossa  terra,  decretava  a  sua  volta  imediata.  

Os  brasileiros  reagiram  contra  os  decretos  através  de  um  forte discurso  do  Maçom  Cipriano  José  Barata,  denunciando  a  trama  contra  o  Brasil.

O  Maçom,  José  Joaquim  da  Rocha,  funda  em  sua  própria  casa  o  Clube  da Resistência,  depois  transformado  no  Clube  da  Independência.  

Verdadeiras  reuniões  maçônicas  ocorrem  na  casa  de  Rocha  ou na  cela  de  Francisco  de  Santa  Tereza  de  Jesus  Sampaio,  Frei  Sampaio,  no convento  de  Santo  Antônio,  evitando  a  vigilância  da  polícia. 

Várias  providências foram  tomadas,  dentre  elas:  consultar  D.  Pedro;  convidar  o  Irmão,  Maçom,  José Clemente  Pereira,  Presidente  do  Senado  a  aderir  ao  movimento  e  enviar emissários  aos  maçons  de  São Paulo e  Minas  Gerais.

Surge o  jornal,  “Revérbero Constitucional  Fluminense”,  redigido  por  Gonçalves  Ledo  e  pelo  Cônego Januário,  que  circulou  de  11  de  setembro  de  1821  a  08  de  Outubro  de  1822,  e que  teve  a mais extraordinária  influência  no  movimento  libertador,  pois  contribuiu para  a  formação  de  uma  consciência  brasileira,  despertando  a  alma  da nacionalidade.

Na  representação  dos  paulistas,  de  24  de  dezembro  de  1821,  redigida pelo  Maçom  José  Bonifácio  de  Andrada  e  Silva,  pode-se  ler  o  seguinte  registro:

... “É  impossível  que  os  habitantes  do  Brasil,  que  forem  honrados e  se  prezarem  de  ser  homens,  possam  consentir  em  tais  absurdos  e despotismo.

V.  Alteza  Real  deve  ficar  no  Brasil,  quaisquer  que  sejam  os projetos  das  Cortes  Constituintes,  não  só  para  o  nosso  bem  geral,  mas  até  para a  independência  e  prosperidade  futura  do  mesmo. 

Se  V.  Alteza  Real  estiver  (o que  não  é  crível)  deslumbrado  pelo  indecoroso  decreto  de  29  de  setembro,  além de  perder  para  o  mundo  a  dignidade  de  homem  e  de  príncipe,  tornando-se escravo  de  um  pequeno  grupo  de  desorganizadores,  terá  que  responder, perante  o  céu,  pelo  rio  de  sangue  que,  decerto,  vai  correr  pelo  Brasil  com  a  sua ausência...”.

Nessa  época,  funcionavam  no  Rio  de  Janeiro,  a  Loja  Maçônica “Comércio  e  Artes”,  da  qual  eram  membros vários  homens  ilustres  da  corte  como o  Cônego  Januário  da  Cunha  Barbosa,  Joaquim  Gonçalves  Ledo  e  José Clemente  Pereira  entre  outros.  

Esses  maçons  reunidos  e  após  terem  obtido  a  adesão  dos irmãos  de  São  Paulo,  Minas  Gerais  e  Bahia,  resolveram  fazer  um  apelo  a  D. Pedro  para  que  permanecesse  no  Brasil.

Em  09  de  janeiro  de  1822,  na  sala  do  trono  e  interpretando  o pensamento  geral,  cristalizando  nos  manifestos  dos  fluminenses  e  dos  paulistas e  no  trabalho  de  aliciamento  dos  mineiros,  o  Maçom  José  Clemente  Pereira, presidente  do  Senado  da  Câmara,  antes  de  ler  a  representação,  pronunciou inflamado  e  contundente  discurso  pedindo  para  que  o Príncipe  Regente Permanecesse  no  Brasil.  

Após  ouvir  atentamente,  o  Príncipe  responde:  “Como  é  para  o bem  de todos  e  felicidade  geral  da nação,  estou  pronto,  diga  ao  povo  que  fico”.

A  alusão  às  hostes  maçônicas  era  explícita  e  D.  Pedro conheceu-lhe  a  força  e  a  influência,  entendendo  o  recado  e  permanecendo  no Brasil. 

Este  episódio,  conhecido  como  o  Dia  do  Fico,  marcou  a  primeira  adesão pública  de  D.  Pedro  a  uma  causa brasileira.

Em  13  de  maio  de  1822,  os  Maçons  fluminenses,  sob  a  liderança  de Joaquim  Gonçalves  Ledo,  e  por  proposta  do  brigadeiro  Domingos  Alves  Branco, da  loja  “Comércio  e  Artes”,  resolvem  outorgar  ao  Príncipe  Regente  o  título  de “Príncipe  Regente  Constitucional  e  Defensor Perpétuo  do  Reino  Unido  do  Brasil”, oferecido  pela  Maçonaria  e  pelo  Senado,  que  acabou  por  acirrar  ainda  mais  os ânimos  entre  os  portugueses  e  nativistas.

Ainda  em  maio  de  1822,  aconselhado  pelo  então  seu  primeiro ministro  das  pastas  do  Reino  e  de  Estrangeiros,  o  Maçom  José  Bonifácio  de Andrada  e  Silva,  D.  Pedro  assina  o  Decreto  do  Cumpra-se,  segundo  o  que  só vigorariam  no  Brasil  as  Leis  das  Cortes  portuguesas  que  recebessem  o  cumpra-se  do  príncipe  regente.

A 21 de maio, em plena sessão das Cortes, em  Lisboa,  o Maçom Monsenhor  Muniz  Tavares  diz  que  talvez  os  brasileiros  se  vissem  obrigados  a declarar  sua  independência  de  uma  vez.

Em  02  de  junho  de  1822,  em  audiência  com  D.  Pedro,  o  Irmão José  Clemente  Pereira  leu  o  discurso  redigido  pelos  Maçons  Joaquim  Gonçalves Ledo  e  Januário  Barbosa,  que  explanavam  da  necessidade  de  uma  Constituinte.  

D.  Pedro  comunica  a  D.  João  VI  que  o  Brasil  deveria  ter  suas Cortes.  Desta  forma,  convoca  a  Assembleia  Constituinte  para  elaborar  uma Constituição  mais  adequada  ao  Brasil. 

Era  outro  passo  importante  em  direção  à independência.

A  02  de  junho,  José  Bonifácio,  com  outros  maçons,  funda  a sociedade  secreta  "Nobre  Ordem  dos  Cavaleiros  de  Santa  Cruz",  melhor conhecida  com  o  nome  de  "Apostolado",  da  qual  fez  parte  D.  Pedro,  com  o  título de  Arconte-Rei.

Em 17 de junho  de 1822,  a  Loja  Maçônica,  “Comércio  e  Artes”  em  sessão memorável,  resolve  criar  mais  duas  Lojas  pelo  desdobramento  de  seu  quadro  de Obreiros,  através  de  sorteio,  surgindo  assim  as  Lojas  “Esperança  de  Niterói”  e “União  e  Tranquilidade”,  se  constituindo  nas  três  Lojas  Metropolitanas  e possibilitando  a  criação  do  “Grande  Oriente  Brasílico  ou  Brasiliano”,  que  depois viria  a  ser  denominado  de  “Grande  Oriente  do  Brasil”.

José  Bonifácio  de  Andrada  e  Silva  (O  Patriarca  da Independência)  é  eleito  primeiro  Grão-Mestre,  tendo  Joaquim  Gonçalves  Ledo como  1º  Vigilante  e  o  Padre  Januário  da  Cunha  Barbosa  como  Grande  Orador.  

O objetivo principal da criação do GOB foi de engajar a Maçonaria como Instituição, na luta pela independência política do Brasil, conforme consta de forma explícita das primeiras atas das primeiras reuniões, onde só se admitia para iniciação e filiação em suas Lojas, pessoas que se comprometessem com o ideal da independência do Brasil.

No dia 02 de agosto (13º do 5º mês maçônico, conforme o historiador Hélio Viana), por proposta do Grão-Mestre da Maçonaria, José Bonifácio, foi D.Pedro, o Príncipe Regente, aprovado e recebido maçom, no primeiro grau na forma regular e prescrita pela liturgia, adotando o nome histórico de Guatimozim (último imperador Asteca morto em 1522), e passa a fazer parte do Quadro de Obreiros da Loja Comércio e Artes. 

No dia 05 de agosto, por proposta de Joaquim Gonçalves Ledo, que ocupava a presidência dos trabalhos, foi aprovada a exaltação ao grau de Mestre Maçom, com a dispensa do interstício, que possibilitou, posteriormente, em 04 de outubro de 1822, numa jogada política de Ledo, o Imperador ser eleito e empossado no cargo de Grão-Mestre, do GOB.

Porém, foi no mês de agosto de 1822 que o Príncipe, agora Maçom, tomou a medida mais dura em relação a Portugal, declarou inimigas as tropas portuguesas que desembarcassem no Brasil sem o seu consentimento.

Em 14 de agosto parte em viagem, com o propósito de apaziguar os descontentes em São Paulo, acompanhado de seu confidente Padre Belchior Pinheiro de Oliveira e de uma pequena comitiva. 

Faz a viagem pausadamente, percorrendo em 10 dias, 96 léguas entre Rio e São Paulo. 

Em Lorena, a 19 de agosto, expede o decreto dissolvendo o governo provisório de São Paulo. 

No dia 25 de agosto chega a São Paulo sob salva de artilharia, repiques de sino, girândolas e foguetes, se hospedando no Colégio dos Jesuítas. 

De São Paulo se dirige para Santos em 5 de setembro de 1822, de onde regressou na madrugada de 7 de setembro. 

Encontrava-se na colina do Ipiranga, às margens de um riacho, quando foi surpreendido, pelo Major Antônio Ramos Cordeiro e por Paulo Bregaro, correio da corte, que lhes traziam noticias enviadas com urgência pelo seu primeiro ministro José Bonifácio.

D. Pedro, após tomar conhecimento dos conteúdos das cartas e das notícias trazidas pelos emissários, pronunciou as seguintes palavras: 

... “As Cortes me perseguem, chamam-me com desprezo de rapazinho e de brasileiro. Verão agora quanto vale o rapazinho. De hoje em diante estão quebradas as nossas relações; nada mais quero do governo português e proclamo o Brasil para sempre separado de Portugal. Independência ou Morte!”...

A independência do Brasil foi realizada à sombra da acácia, cujas raízes prepararam o terreno para isto. 

A Maçonaria teve a maior parte das responsabilidades nos acontecimentos literários. 

Não há como negar o papel preponderante desta instituição maçônica na emancipação política do Brasil.

Desde 1815, com a fundação da Loja Maçônica “Comércio e Artes”, que daria origem as Lojas União e Tranquilidade e Esperança de Niterói e a posterior constituição do Grande Oriente do Brasil em 17 de Junho de 1822, o ideário de independência se fazia presente entre seus membros e contagiava os brasileiros.

À frente do movimento, enérgica e vivaz, achavam-se a Maçonaria e os Maçons. 

Entre seus principais Obreiros, pedreiros livres, de primeira hora podemos destacar: Joaquim Gonçalves Ledo, José Bonifácio da Andrada e Silva, José Clemente Pereira, Cônego Januário da Cunha Barbosa, José Joaquim da Rocha, Padre Belchior Pinheiro de Oliveira, Felisberto Caldeira Brant, o Bispo Silva Coutinho, Jacinto Furtado de Mendonça, Martim Francisco, Monsenhor Muniz Tavares, Evaristo da Veiga dentre muitos outros.

Faz-se necessário também alçar a figura do personagem que se destacou durante todo o movimento articulado e trabalhado pela Maçonaria, o Príncipe Regente, Dom Pedro.

Iniciado Maçom na forma regular prescrita na liturgia e nos rituais maçônicos, e nesta condição de pedreiro livre no grau de Mestre Maçom, aos 24 anos de idade, proclama no 07 de setembro a nossa INDEPENDÊNCIA.

Posteriormente, no dia 04 de Outubro de 1822, D. Pedro comparece ao Grande Oriente do Brasil e toma posse no cargo de Grão-Mestre (havia sido investido no cargo de Grão Mestre no dia 14 de setembro), sendo na oportunidade aclamado Imperador Constitucional e Defensor Perpétuo do Brasil.

Neste mesmo dia, D. Pedro oferece a Gonçalves Ledo o título de marquês da Praia Grande que é por este recusado, com a declaração de ser muito mais honroso o de brasileiro patriota e de homem de bem.

No mesmo dia, Joaquim Gonçalves Ledo, redigiu uma nota patriótica ao povo Brasileiro, a primeira divulgação, depois da independência, que dizia: 

... “Cidadãos! A Liberdade identificou-se com o terreno; a natureza nos grita Independência; a razão nos insinua; a justiça o determina; a glória o pede; resistir-lhe é crime, hesitar é dos covardes, somos homens, somos Brasileiros. Independência ou Morte! Eis o grito de honra, eis o brado nacional...”.

E assim se fez a Independência do Brasil com a Maçonaria sendo o cérebro atuante por trás do então Príncipe Regente.

*LIBERDADE E IGUALDADE para todos meus irmãos neste dia 07 de setembro.*

Bibliografia:

- FILHO, Theobaldo Varoli. Curso Maçonaria Simbólica 1º Tômo (Aprendiz) 2ª edição, São Paulo, SP – Brasil, Editora A Gazeta Maçônica S.A.

- CASTELLANI, José - Os Maçons na Independência do Brasil 

- FAGUNDES, Morivalde Calvet - A Maçonaria e as Forças Secretas da Revolução

-PINTO, Teixeira - A Maçonaria na independência do Brasil

- FERREIRA, Tito L. e Manoel Rodrigues - A Maçonaria e a independência Brasileira - Livro Constituição do Grande Oriente do Brasil - Capítulo II – Art. 3º (página 3)

setembro 06, 2022

INDEPENDÊNCIA E MAÇONARIA - 200 ANOS- Adilson Zotovici


Adilson Zotovici é intelectual e poeta da ARLS Chequer Nassif 169 de S. Bernardo do Campo


Confunde-se, entre elas, a história

Do reluzente raiar da liberdade

Da Nação contra procelas e vanglória

E a pungente ação da Fraternidade


Cabal, sem regresso...peremptória

Devotas por justiça e igualdade

D’Arte Real o processo da oratória

Aos patriotas uma nova realidade


A par e passo, que vigia, a trajetória

Decisórias *Pátria livre* e *Irmandade*

Em compasso, dia a dia, na memória


Consistência nos eventos com equidade

*Duzentos anos* da competência e glória

De *Independência* e vitória em verdade !


Adilson Zotovici

ARLS Chequer Nassif 169

setembro 05, 2022

DIA DO IRMÃO - Adilson Zotovici



Adilson Zotovici é intelectual e poeta da ARLS Chequer Nassif 169 de S. B. do Campo

Se perto ou longe moras

Se há muito não te vejo

Se não falamos há horas

Ouve irmão...meu desejo 


Paz e amor de sobejo

Que DEUS te proteja amigo

Que o PAI propicie o ensejo

De eu estar sempre contigo 


Saibas irmão que festejo

Ao olhar dentro do peito

E de emoção lacrimejo !


É nele que te protejo

D’onde vem tanto respeito

Sincero e fraterno beijo !


Adilson Zotovici

ARLS Chequer Nassif 169