dezembro 07, 2022

O PRATO DA MAÇONARIA - Adilson Zotovici

 



Adilson Zotovici da Academia Maçônica de Letras de Juiz de Fora


Quão agradável seria

O maior envolvimento

Do obreiro em detrimento

Que a “Iniciação” premia


Onde a cultura o alimento

_Não só em festim euforia_

Fartura em filosofia

Enfim, progresso o intento


Fomento, sua liturgia

A cantaria o provento

Por leitura, melodia


Onde o principal evento

“A Oficina” do dia a dia

_E o prato... o conhecimento_ !



dezembro 06, 2022

QUEM FOI HIRAM ABIFF - Hélio Moreira (Fonte GOB)



A maçonaria é uma entidade filosófica, com grande envolvimento com a cultura e que se comunica com os seus membros, preferencialmente por intermédio de símbolos.

Não se sabe ao certo qual é a sua origem; muitos historiadores querem localizá-la há milhares de anos, nos tempos pré-bíblicos, existindo muitas informações e também lendas a este respeito, algumas dignas de fé, outras nem tanto.

É importante frisar que toda e qualquer discussão a respeito da Ordem Maçônica sempre envolverá aspectos atinentes ao rico e complexo simbolismo das suas movimentações, normalmente hermético para o não iniciado na Instituição, o que leva a especulações.

O nome Hiram Abiff é um destes nossos símbolos, cujos feitos tornaram-se uma lenda (transmissão de eventos históricos por via oral), como está registrado na Bíblia Sagrada , ou seja, sua ligação com a construção do Templo de Salomão e a sua morte em condições trágicas.

Tentarei esmiuçar estes relatos; neste texto, pela limitação do espaço que é gentilmente concedido pela direção do jornal DM,  irei me ater, somente,  à figura do homem Hiram e na próxima semana tecerei considerações a respeito dos seus feitos, principalmente a sua participação na construção do Templo de Salomão e a causa da tragédia da sua morte.

Antes de tudo preciso deixar bem claro que os leitores iniciados na Ordem Maçônica, tangidos pelo coração, sabem quem foi e o que representa a legenda Hiram. A busca da sua identidade material, que timidamente nos propomos a fazer, transcende este impacto inicial e leva-nos à procura de fatos históricos reportados no velho Testamento.

Inicialmente vamos verificar o que a Bíblia diz a respeito deste personagem, conforme é do conhecimento de todos os maçons, acrescentando o relato feito pelo Pastor da Igreja Anglicana da Inglaterra, J.S.M. Ward,  no seu livro “Who was Hiram Abiff? – Quem foi Hiram Abiff?”  publicado em 1925 em Londres e posteriormente reeditado pela London Lewis Masonic em 1986, que baseou suas pesquisas na Palestina, quando comparou os relatos bíblicos com  relatos profanos e, principalmente, estudou as raças que habitavam a Síria e a Asia Menor na época da construção do Templo de Salomão.

Dentre outras publicações, foram consultados três outros importantes livros The History of Freemasonry – A História da maçonaria, de Albert Mackey, publicado pela primeira vez em 1881 e reeditado em 1996 por Random House Value Publishing, N.York; (The Secrets of Solomon´s Temple – Os Segredos do Templo de Salomão, de Kevin L. Gest. Gloucester, USA,  2007) e o fabuloso (The Builders – A story and study of freemasonry – Os Construtores, a História e o estudo da maçonaria, de Joseph Fort Newton, Virginia-USA, 1914.

Está descrito na Bíblia, (2 Crônicas 2:13-14) que Salomão, pretendendo levar adiante a idéia de Davi, seu Pai,  de construir um Templo em louvor ao nome do Senhor e um Palácio para sua morada, solicitou auxílio de Hiram, rei de Tiro. Além da ajuda material (madeira de cedro, cipreste e pinho do Líbano) Salomão pediu, também, que lhe fosse enviado um “homem sábio”, que provavelmente ele já sabia quem seria, para comandar a construção.

O Rei Hiram enviou-lhe um “comunicado”, enaltecendo a sabedoria e a inteligência, do seu  indicado, um  seu homônimo, que era Hiram Abiff.

Ainda se lê em (2 Crônicas 2:13-14), que neste  mesmo “comunicado” o rei Hiram faz uma descrição detalhada da capacidade laborativa de Hiram:

“Trata-se de um homem que sabe trabalhar em ouro, em prata, bronze e ferro, pedra, madeira, púrpura, jacinto, linho, escarlate, laura, todo gênero de escultura e é capaz de inventar, engenhosamente, tudo o que seja necessário para qualquer trabalho e trabalhará com os teus artistas e  com os artistas do teu Pai”.

Em (I Reis) estão bem especificados os trabalhos desenvolvidos por Hiram no Templo; são enumeradas todas as obras por ele realizadas, com destaque para duas colunas de bronze, que depois de construídas, ele as denominou de  Jaquim e Booz e estavam colocadas, respectivamente, à direita e à esquerda da entrada do Templo, representando Judá e Israel, os dois Reinos que foram unificados por David. pai de Salomão.

Existem duas versões Bíblicas para a origem deste Arquiteto Hiram Abiff; em (II Crônicas) esta escrito que ele era filho de uma tribo denominada  Dan, enquanto que em (I Reis) ele é tido como filho de uma mulher viúva, originaria da tribo de Naftali. Se consultarmos os tratados de arqueologia, iremos verificar que estas duas tribos, Dan e Naftali, estavam situadas nas redondezas de Tiro. 

Para dar mais veracidade a esta afirmativa, deve-se salientar que as duas versões Bíblicas afirmam que Hiram teria sido um homem que morava na cidade de Tiro.

Este relato é muito significativo porque Tiro era um dos centros de trabalho da região de Adonis, portanto um local de conglomerado populacional.

Os testemunhos conflitantes acerca da identificação da tribo a que sua mãe pertencia, pode ser explicável pelo fato de que talvez ela não fosse uma judia propriamente dito, porém era oriunda de uma outra tribo de difícil localização nos mapas atuais.

Aos olhos da maioria dos historiadores é interessante manter a afirmação de que o grande Arquiteto do Templo de Salomão tinha sangue judeu nas veias.

Dentro dos conhecimentos atuais, talvez devêssemos considerar que ela realmente pertencia a uma tribo denominada “Dan”, senão vejamos:     

“Dan”, naquela época, era dividida em duas sessões; uma de pequena dimensão que era separada da parte principal e estava localizada à direita da tribo de Naftali e entre os seus vizinhos fenícios, os habitantes dessa sessão seriam considerados como oriundos de uma tribo da fronteira, sem uma especificação correta, até pelas dificuldades topográficas e de localização. É necessário salientar que a maioria das pessoas daquela época, nasciam e morriam em um mesmo lugar, sem nunca arriscar uma viagem mais longa e a comunicação era exclusivamente verbal.

Por onde ela passou, justamente a tribo que os judeus mais conheciam, que era a tribo Fenícia, denominada de  Nafftali, dá-nos a impressão de que a mãe de Hiram Abiff era viúva (Reis 1:7-13); baseado nestas observações, os maçons estão acostumados a se denominarem de “filhos da viúva”, uma vez que consideramos Hiram Abiff nosso irmão.

Não há dúvida de que o pai de Hiram era um Fenício de quem aprendeu a profissão.

Está claro que o maior número de trabalhadores que ele requisitou, quando foi chamado para construir o Templo de Salomão, são os Fenícios que ele conhecia.

Definida a sua origem, podemos discutir o porque do seu nome.

O nome Hiram Abiff ainda causa controvérsia entre os estudiosos da maçonaria e das escrituras sagradas; parece que Abiff não seria, propriamente, parte do seu nome, pois Ab em Hebreu significa (Pai), a letra (i) teria o significado de (meu)  e (if) significa, também,  (meu), portanto o nome Hiram Abif deveria ser traduzido por (Hiram, meu pai). É necessário acrescentar que entre os Hebreus a expressão (Pai) significava uma honraria, pessoa proeminente a ser assim nominado, podendo significar, também, (Hiram, meu conselheiro), como afirma o Dr. Mc Clintock (citado no livro “The History of Freemasonry”.   

É interessante salientar que em (I Reis), não é feita referência a este segundo nome de Hiram, sendo encontrado somente em (II Crônicas).

Na verdade, para a maçonaria, o nome Hiram é o representante abstrato da  ideia de um homem trabalhando no Templo da humanidade, cavando masmorras ao vicio e construindo catedrais à virtude e contentamos em nominá-lo  “O Arquiteto”, o  pedreiro que construiu o  Templo de Salomão.

dezembro 05, 2022

QUEM FOI HIRAM, REI DE TIRO? - Irm.’. Almir Sant’Anna Cruz


Hiram, rei da cidade-estado fenícia de Tiro e contemporâneo dos reis judeus Davi e Salomão, era filho e sucessor de Abibal. Nasceu no ano de 1063 a.C. e morreu em 985 a.C. Segundo o historiador judeu Flávius Josefo, seu reinado durou 34 anos. Para outros historiadores, ocupou o trono por 60 anos.

Hiram guerreou e submeteu os egeus, que se recusavam a pagar-lhe tributos. Fortificou a cidade de Tiro e realizou obras de terraplanagem entre a cidade de Tiro e o templo de Júpiter Olimpo, o qual embelezou com grande quantidade de ouro. Demoliu os templos em ruínas e construiu outros, consagrados a Hércules.

A Bíblia conta que Hiram foi amigo e aliado do rei Davi, a quem ofereceu homens e materiais para a construção de seu palácio e do templo que pretendia erigir para cultuar a Deus. Com a morte de Davi, Hiram tornou-se também amigo e aliado de Salomão, a quem renovou o oferecimento feito a seu pai.

A aliança entre Salomão e Hiram, com excelentes resultados para ambos os monarcas, era sólida o suficiente para incluir algumas expedições marítimas conjuntas – que se opunham às tradições fenícias de não revelar os segredos de suas rotas – entre as quais a Tarsis e a Ofir, de onde trouxeram ouro, prata e marfim.

A pedido de Salomão, Hiram mandou-lhe ainda Hiram Abif para adornar o templo.

Pelos materiais e homens postos à disposição por Hiram, os judeus pagavam anualmente aos fenícios tírios, 20.000 coros (7.288 m3) de trigo e de cevada e 20.000 batos (720.000 litros) de vinho e de azeite. Adicionalmente, Salomão transferiu para o controle de Hiram 20 cidades da Galiléia, limítrofes à Tiro. 

Segundo a narração bíblica (I Reis 9:11-13), ao inspecionar as 20 cidades que recebera de Salomão, Hiram ficou decepcionado (“Que cidades são estas que me deste, irmão meu?”) e chamou-as Terra de Cabul, que significa terra de areia, terra seca, terra de nada, terra desprezível, terra sem valor.

Para a Maçonaria, Hiram representa o atributo da Força, pois as obras do templo foram sustentadas com a força de Hiram, que forneceu homens e materiais a Salomão. 

Hiram é personificado, nas Lojas maçônicas, pelo Primeiro Vigilante e por Hércules, símbolo clássico da Força e a quem Hiram dedicou, durante o seu reinado, inúmeros templos.


Do livro *Personagens Bíblicos da Maçonaria Simbólica

Interessados contatar o Irm.’. Almir no WhatsApp (21) 99568-1350

dezembro 04, 2022

ENCONTRE FORÇAS PARA SUPERAR PROBLEMAS - Luiz Airton Schen

 



Bom dia !!!!!!!!!!!!!!!!!!  De vez em quando somos surpreendidos com alguns problemas difíceis de resolver ou situações um pouco mais complicadas de superar. São nessas horas que muitas vezes encontramos forças de onde nunca imaginávamos que houvesse. Seja um amigo distante, uma música que relembra bons momentos, ou até uma boa leitura, o mais importante para conseguir seguir em frente é obter forças onde quer que elas estejam.

Evite guardar maus sentimentos por muito tempo, pois eles não irão sumir assim de repente, e deixar de libertá-los só fará com que fiquem cada vez mais vivos internamente. Para muitas pessoas, liberar aqueles sentimentos que causam sofrimento, não é uma tarefa muito fácil, mas pense na sensação de liberdade depois de tanto tempo aprisionado.



dezembro 03, 2022

SE DIRIGINDO À LOJA NO USO DA PALAVRA - MODO PROTOCOLAR - Pedro Juk




Em 10/08/2018 o Respeitável Irmão Emilson Alano de Carvalho, Loja Energia e Luz, 3.130, REAA, GOB-SC, Oriente de Tubarão, Estado de Santa Catarina, solicita esclarecimentos para o que segue:

Estou com uma missão de minha Loja, que trabalha no REAA (GOB), para apresentar estudo sobre a forma correta de cumprimentar/saudar as autoridades e demais presentes no momento do uso da palavra a bem da ordem ou do quadro em particular, ou na palavra relativo ao ato.

Li sua argumentação e resposta (2017) no blog em que você escreve:

(...) estando à Ordem, assim procede mencionando protocolarmente por primeiro: “Luzes da Loja, demais Dignidades, Autoridades (sem descrevê-las uma a uma), meus Irmãos”.

Pergunto. Se houver a presença do GMG ou GME como deve ser nominado... VM, 1º e 2º Vigilantes, ou GM∴ GME, VM, 1º e 2º Vigilantes? Isso é aplicado independente de rito?

Agradeço tua contribuição e esclarecimento.

CONSIDERAÇÕES:

Na realidade não existe uma regra rígida para essas menções protocolares comuns antes do uso da palavra. O que existe mesmo é bom senso. Precisamos realmente nos preocupar é com a essência da Maçonaria, ou seja, a de aprimorar o homem para consertar o mundo. 

Quando aludo ao “bom senso”, o faço para que os Irmãos ao usarem da palavra não fiquem desnecessariamente a mencionar uma a uma as autoridades presentes, sobretudo por se levar em conta que muitos poderão usar a palavra, o que tornaria uma Sessão inapropriadamente alongada pelas inúmeras citações nominais.

Regra mesmo nesse caso é a de que por primeiro sejam mencionadas protocolarmente as Luzes da Loja, pois são eles os detentores do malhete na ocasião - em suma, são os dirigentes da Loja. 

Assim, nada impede que o usuário da palavra, após ter mencionado as Luzes da Loja e demais Dignidades, mencione, por exemplo, antes das outras Autoridades, o Soberano Grão-Mestre e o Eminente Grão-Mestre se eles estiverem presentes. Tem sido muito comum e de boa geometria que nesse momento se peça licença a uma das Autoridades para se dirigir às demais.

Também é bom que se diga - para não se tornar redundante - que tanto o Soberano Grão-Mestre Geral, assim como o Eminente Grão-Mestre Estadual, são Autoridades. Em síntese, eles fazem parte das Autoridades presentes.

Ratifico, não existe nenhuma normativa rígida para essa concepção protocolar. O importante mesmo é se tomar cuidado para não produzir um rol interminável de nomes e cargos antes de se usar a palavra. Um canteiro de obras (a Loja) exige discernimento e praticidade na execução dos trabalhos, e para tal assim um maçom deve se comportar. No mais, a liturgia maçônica não vive de enfeites e penduricalhos, mas vive sim de objetividade e resultado.

Quanto à aplicação desse costume nesse ou naquele Rito, é algo muito relativo, pois esses modos protocolares são muito mais particularidades das Obediências com seus regulamentos e costumes consuetudinários do que propriamente de uma estrutura ritualística de um Rito específico. Nesse sentido, cada situação se apõe por si só.

Concluindo, volto a frisar; a essência do trabalho maçônico está no resultado apurado e não nas manifestações de exterioridade. Vale muito mais o propósito de um pronunciamento do que os enfeites que o antecedem.




 

dezembro 02, 2022

CRISTO E AS SOCIEDADES SECRETAS - Paulo André






" Se fosse escrever todas as maravilhas de Jesus, nem todos os livros do mundo caberiam" ( João Cap 21 Vers 25)

Desde de que o mundo é mundo, acredita-se na existência de sociedades secretas, formada por seletos membros, pessoas de inteligência muito acima da média, maioria ligada a esoterismo e ocultismo, teriam essas pessoas participado e influenciado em todos os grandes momentos da história da humanidade, guardando inclusive, informações que a história oficial não conta

Teorias de conspiração ou verdade?

Se sim, teriam essas sociedades atuado na história de Jesus?

Após o domingo de ramos, quando Jesus chegou a Jerusalém, seus discípulos lhe perguntaram onde seria a ceia, ele respondeu:

"Ao entrarem na cidade, verão um homem com um cântaro de água na cabeça, sigam, onde ele entrar, aí será a nossa ceia" ( Lucas Cap 22 vers 7 a 13)

Esse episódio parece e muito com algum grupo atuando nos bastidores da saga do Cristo, e não é o único, existem momentos no Evangelho em que parece que tem algo mais do que conseguimos enxergar

Muitas são as perguntas, como: Onde Jesus esteve dos 13 aos 30, influência da Ordem de Melquisedeque, sepultamento e ressurreição, etc... etc.... etc....

Será que algum grupo oculto tem essas respostas?

Não apenas sobre Jesus, mas sobre muitos outros personagens e momentos da história

Sendo assim, quem teria herdado esse acervo?

Bem, na antiguidade e na idade média, surgiram várias ordens pela Europa e Oriente, possível é que sejam herdeiras de muito conhecimento não acessível para a maioria dos mortais.

Seria a Maçonaria herdeira dessas ordens?

Desconfio que sim, e vou mais além, codificou e distribuiu tudo como um intricado quebra-cabeças, ao longo de seus ritos ,graus, metáforas, alegorias, simbologias

Decifra-me ou te devoro!

Mas para isso, é preciso pararmos de dar atenção para assuntos menores e mergulharmos fundo no que realmente interessa

Ou não! Pode ser apenas delírio da minha parte


dezembro 01, 2022

PALESTRA EM INDAIATUBA

 Fiz palestra presencial na noite de ontem, 30/11,  em Indaiatuba, na ARLS Liberdade, Igualdade e Fraternidade da GLESP  em sessão pública. A palestra gerou a doação de mais de 20 cestas básicas destinadas a instituições beneficentes da cidade. Gratidão ao VM Edvaldo Ribeiro . as autoridades maçônicas e as inúmeras  famílias que prestigiaram o evento. E em especial ao irmão Bruno de minha Loja que me levou e trouxe de volta.

TEMPLO MAÇÔNICO - Almir Sant'Anna Cruz.



Durante a Idade Média, os Maçons reuniam-se a céu aberto, nos canteiros de obras dos edifícios em construção.

Em sua fase especulativa, as reuniões passaram a ser realizadas em tavernas, que eram ricas cervejarias providas de quartos, cabeleireiros, salões de leitura e salas de reuniões privadas.

Somente em 1772 a Grande Loja da Inglaterra idealizou a construção do Freemason’s Hall, um edifício de uso exclusivamente maçônico, o qual foi concluído em 1776. 

O Templo é o local das reuniões ritualísticas das Lojas maçônicas.

Antes de sua construção deverá passar por um ritual de lançamento e consagração da Pedra de Fundação, que é colocada sempre a nordeste.

Após a sua conclusão, passa por outra cerimônia, a de Sagração de Templo.

Deve ser desprovido de janelas ou aberturas pelas quais se possam ver ou ouvir o que se passa em seu interior.

No Rito Escocês Antigo e Aceito, que por ser o mais praticado no Brasil é utilizado como paradigma, o Templo tem interiormente a forma de um retângulo e é orientado do ocidente (entrada) para o oriente (fundo), ficando então o norte à esquerda (de quem entra) e o sul à direita.

A porta de entrada fica no meio da parede ocidental.

A parte oriental, privativa dos Mestres, fica a um nível de quatro degraus acima da ocidental e é separada desta por uma balaustrada aberta no meio, para comunicação.

A parte ocidental, por sua vez, tem o dobro do tamanho da oriental.

Os Aprendizes ocupam seus lugares no lado norte (esquerda de quem entra), os Companheiros no lado sul e os Mestres, conforme os cargos que ocupam, ao norte, sul ou oriente.

Representa o Templo de Salomão e simboliza o Templo Ideal, o Universo.

Contem em seu interior inúmeros elementos de profundo sentido simbólico e místico.

Como, ordinariamente, as reuniões maçônicas ocorrem uma única vez por semana, freqüentemente diversas Lojas fazem uso de um mesmo Templo, nos diferentes dias da semana.

Não é incomum que um edifício maçônico possua vários Templos, os quais são usados, em cada dia da semana, por diversas Lojas.

Além do Templo, o edifício maçônico necessita de outros espaços para a realização de seus rituais e atividades administr

Alguns são imprescindíveis, outros necessários, desejáveis ou opcionais:

- Câmara das Reflexões (imprescindível) – Local utilizado unicamente na cerimônia de iniciação ao grau de Aprendiz.

Contém uma pequena mesa, um banco, utensílios para a escrita, sentenças morais, desenhos e elementos simbólicos; 

- Átrio (imprescindível) – Sala que se encontra à entrada ou diante da porta do templo e onde os Maçons se concentram para vestir seus aventais e insígnias.

É no Átrio que começa a liturgia da sessão, com a formação do cortejo (procissão) para a entrada no Templo;

- Sala dos Passos Perdidos (imprescindível) – Local que antecede o Átrio e que serve como uma espécie de sala de espera, onde se aguarda o início da sessão e se recepciona os visitantes;

- Secretaria (necessário) – Local próprio para guardar e arquivar os documentos da Loja;

- Biblioteca (desejável) – Local próprio para guardar e catalogar os livros e demais publicações maçônicas; e

- Sala de Banquetes (opcional) – Local próprio, ao abrigo das vistas profanas, onde se possa realizar o Ritual de Banquete ou Loja de Mesa, cerimônia de comunhão entre os iniciados, geralmente realizadas nos solstícios de verão e de inverno e em outras datas comemorativas.



novembro 30, 2022

MÚSICA...MESTRE DE HARMONIA! - Adilson Zotovici


Adilson Zotovici da Academia Maçônica de Letras de Juiz de Fora


A música, maço e cinzel,

No espírito da Maçonaria

Uma egrégora, um dossel,

Em compasso à liturgia 


Entre outras artes liberais

Aritmética, geometria,

Em partes fundamentais

Juntas da astronomia


Já fizera _Asclépio_ outrora

Dela boa terapia

Reverbera inda agora

Na moderna psiquiatria


É balsamo que acalma

Se então calma melodia

Que é o remédio da alma

_Platão há muito dizia_


_Rei Saul_ nas tribulações

De _David_ a harpa ouvia

Com _hinos as revoluções_  

Eça de Queiroz sugeria


Disse _Homero_ historiador

Valendo-se da filosofia

Que à mente e corpo é esplendor

Alegra a gente por magia


Alegria, espantos... afinal

Sons e cantos em sintonia 

Aos encantos d'Arte Real

*Por  bom Mestre de Harmonia* !


Adilson Zotovici

Academia Maçônica de Letras de Juiz de Fora

O PAPEL DO MENTOR DA LOJA - Richard A. Reeve


O autor é Provincial Grand Mentor da Provincial Grand Lodge for Gloucestershire

Tem sido uma prática estabelecida que os novos membros devam ser guiados através da suas primeiras jornadas maçônicas pelos seus Padrinhos e Proponentes, que se pretende que os apoiem e aconselhem, bem como que se responsabilizem por quaisquer dificuldades que possam surgir. Nos casos em que os candidatos são apresentados a uma loja pessoalmente, este é, e ainda deve ser, o procedimento correto. Há ocasiões, no entanto, em que nem o Padrinho nem os Proponentes podem cumprir estas obrigações. Isto pode ser por causa de mudado de Loja, de ter assumido compromissos noutros lugares, problemas pessoais, ou às vezes, infelizmente, apenas por uma perda de interesse da parte deles.

Com o advento da Internet e outras tecnologias modernas, tornou-se necessário modificar algumas das práticas tradicionais de recrutamento de membros. Agora podemos receber inscrições através da página da Grande Loja Unida de Inglaterra (UGLE), da nossa própria página Provincial, bem como por outros meios. Em muitos casos, estes candidatos não são conhecidos pessoalmente por nenhum de nós, mas foram atraídos pelas informações disponíveis para os cidadãos do mundo, que não são maçons. Como, devemos então tratar o papel tradicional do Padrinho e do Proponente?

No Book of Constitutions, o Artigo 171 declara que “Um membro que propuser ou secundar um candidato para iniciação ou adesão à Ordem será responsável perante a Loja por todas as taxas requeridas, segundo o seu estatuto em relação a esse candidato”. Não podemos pedir a irmãos de qualquer Loja, que adotem estes deveres em relação a candidatos à iniciação não conhecidos e propostos pessoalmente por eles.

A solução

A função de Mentor da Loja constitui uma solução para estas questões. É um compromisso extremamente importante dentro de cada loja, e não para ser tomado de ânimo leve. Na verdade, é aquele que deve ser conferido de acordo com o mérito e a capacidade. O futuro sucesso da maçonaria se tornar-se-á cada vez mais dependente da diligência dos Mentores da Loja. À medida que métodos mais modernos de recrutamento ganham prevalência, também será cada vez mais importante para os Mentores supervisionar a seleção, assim como monitorizar a progressão dos candidatos. Grande parte do exame inicial de possíveis candidatos à iniciação será realizado pelo Mentor de cada loja. O Mentor da Loja deve, no entanto, certificar-se de que não apenas o candidato é adequado para a sua loja, mas que a sua loja também é adequada para o candidato.

O Mentor da Loja deve preocupar-se com o bem-estar de todos os membros da sua loja, do mais recente ao mais antigo. Deve estar atento a quaisquer sinais de discórdia fraterna, não comparecimentos inexplicáveis ou aspereza injustificada. Deve também trabalhar em estreita colaboração com o Venerável Mestre e o Mestre de Cerimônias para encorajar a apresentação do ritual por aqueles que se possam sentir intimidados pelo desempenho público, ou pensar não estão à altura disso. Ele deve encorajar os irmãos mais idosos a serem receptivos a mudanças nas práticas aceites, necessárias à sobrevivência e prosperidade da nossa fraternidade.

Parece ser claro que a função de Mentor da Loja é da maior importância e requer uma seleção cuidadosa entre os membros da loja. Nunca deve ser pensado como uma espécie de cargo que exige pouco trabalho, não remunerado ou nomeação de última hora. Requer considerável experiência maçônica juntamente com diplomacia e coragem. Também deve ser considerado como um compromisso de longo prazo com a Loja, da mesma forma que o Capelão e o Hospitaleiro, pois é somente através de tal dedicação que um irmão pode ganhar a experiência para executar as suas tarefas com satisfação para si mesmo e com vantagem para sua loja.


Fonte: Grande Loja Unida de Portugal


novembro 29, 2022

...EU SOU MAÇOM...



O carro de um vendedor que viajava pelo interior quebrou e conversou com um fazendeiro de um campo próximo.

O vendedor está preocupado porque ele tem um compromisso importante na cidade local. "não se preocupe, diz o fazendeiro, você pode usar meu carro. Vou chamar um amigo e mandar consertar o carro enquanto você vai ao seu compromisso."

A lá foi o vendedor, e umas duas horas mais tarde ele voltou, mas infelizmente o carro precisava de uma peça que chegará somente no dia seguinte.

"Sem problemas", diz o fazendeiro, "use meu telefone e reprograme seu primeiro compromisso de amanhã, fique conosco hoje, e providenciaremos para que seu carro esteja pronto logo cedo!"

A esposa do fazendeiro preparou uma jantar maravilhoso e eles tomaram um pouco de malte puro em uma noite agradável. O vendedor dormiu profundamente e quando acordou, lá estava seu carro, consertado e pronto para ir. Após um excelente café da manhã, o vendedor agradeceu a ambos pela hospitalidade.

Quando ele e o fazendeiro caminhavam para seu carro, o vendedor percebeu que o fazendeiro poderia ser Maçon, ele se voltou e perguntou "meu irmão, muito obrigado, mas preciso perguntar, você ajudou-me porque sou Maçom?"

"Não", foi a resposta, "Eu ajudei você porque eu sou maçom."

novembro 28, 2022

O SOTAQUE NOSSO DE CADA DIA - Newton Agrella


Se há um substantivo na Língua Portuguesa intrigante quanto a sua etimologia, e que está intimamente vinculado a questões linguísticas é justamente "sotaque".

Pois é, este mero e singelo vocábulo, na grande maioria das referências bibliográficas e nas análises vernaculares, via de regra, traz como "origem obscura ou desconhecida".

Porém, apesar disso, há uma clara e pedagógica explanação quanto ao seu significado.

O sotaque, sob o conceito de quando se refere a um mesmo idioma, representa a forma peculiar que as pessoas têm de pronunciar ou de articular e emitir determinados sons, também conhecidos gramaticalmente como "fonemas".

Esta peculiaridade se estende também para a maneira como se pronunciam determinados grupos de palavras.

Esse fenômeno linguístico é notadamente observado como característica própria de uma região, classe ou grupo social, etnia, sexo e até mesmo de fator etário.

Um dos aspectos mais interessantes quanto ao sotaque "dentro de um mesmo idioma", diz também respeito em especial, ao ritmo, à cadência, à entonação, à ênfase ou até mesmo quanto à distinção fonêmica.

A clareza e a maneira circunstancial com que determinados grupos linguísticos expressam e articulam as palavras, são amostras evidentes destas distinções fonêmicas.

É importante contudo registrar que o sotaque não significa falar corretamente ou não.  

Pelo contrário, trata-se de um fenômeno linguístico, cuja forma de pronunciar as palavras, frases e empreender seu próprio ritmo e entonação são fatores herdados da geografia, de condições climáticas, de influências trazidas de outros povos, de processos de colonização e até  mesmo de povos primitivos que já habitavam determinadas regiões.

No caso da língua portuguesa falada no Brasil, os sotaques são muitos, variando de região para região, até em razão das dimensões continentais do país e de seus diversos processos de influências externas. 

Sejam estes processos gerados por colonização, por invasões estrangeiras, por ondas de imigração dentre tantos outros.

Que dirá então, quando a comparação de sotaques se faz entre falantes de um mesmo idioma (no caso o português) de diferentes países lusófonos, como Portugal, Angola, Moçambique, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Guiné Bissau, Goa, Timor Leste e Macau.  

Aí então tudo fica mais complicado, pois além do sotaque, as diferenças linguísticas tornam-se ainda mais gritantes, chegando à beira de se tornarem quase que dialetos, se comparados entre si.

Ainda assim, e com uma dose de boa vontade, essas dissonâncias conseguem ser Inter inteligíveis.

Reitere-se que esta abordagem está sendo feita dentro do contexto de uma mesma língua, no parâmetro de um mesmo Idioma. 

E ainda assim, é algo passivo de profunda análise e considerações.

Vai por fim, uma consideração particular, isto é; não existe o melhor, o mais bonito, ou o mais erudito sotaque de um idioma. Isso é pura invencionice e subjetivismo sem qualquer base intelectual.

O que existe sim, é uma espécie de "tentativa de padronização de um sotaque", basicamente em função de aspectos midiáticos, que via de regra, obedecem a interesses econômicos, políticos, sociais e culturais.

O seu sotaque, o meu e o deles ou delas é simplesmente uma questão contingencial, que revela quão ampla e diversa é a condição humana de se fazer entender e de ser compreendida.

Um brinde à nossa Língua Portuguesa!!!