fevereiro 03, 2023

BAPHOMET - Almir Sant’Anna Cruz.


Não é nem Símbolo nem tem qualquer relação com a Maçonaria.

Em 1307, o Rei Felipe o Belo, de França, totalmente falido, resolveu apoderar-se dos bens da Ordem dos Templários, prendendo-os sob a acusação de devassidão e idolatria e entregando-os à Inquisição que, sob tortura, obteve declarações de culpabilidade e queimou vivos, em 1314, os altos dignitários da Ordem, inclusive seu Grão-Mestre Jacques de Molay.

Entre as inverídicas acusações contra os Templários, pesava a adoração a Baphomet, pretenso ídolo associado ao nome de Maomé, representado por uma figura humana com atributos dos dois sexos e com cabeça de carneiro ou bode.

O francês Alphonse-Louis Constant (1810-1875), mais conhecido como Eliphas Levi, foi o maior ocultista de sua época e continua sendo incensado pelos adeptos de práticas ocultistas até os nossos dias.

Em seu livro Dogma e Ritual de Alta Magia apresentou a figura do Baphomet, denominando-o “Bode de Sabbat - Baphomet de Mendes”, descrevendo-o e dando-lhe significados ocultistas que não cabem aqui serem mencionados por nenhuma relação ter com a Maçonaria.

Já famoso por suas obras ocultistas, foi iniciado na Loja A Rosa do Perfeito Silêncio em 14/3/1861 e, ao final de sua Iniciação, ao invés de agradecer a Loja, com toda a empáfia declarou “Eu vim trazer de volta para o vosso meio as tradições perdidas, o conhecimento exato dos vossos sinais e de vossos símbolos e, em consequência, mostrar-vos para quê vossa associação foi criada”.

Foi exaltado Mestre em 21/08 do mesmo ano e recebeu a função de Orador.

Quando um Irmão por nome Ganneval ousou fazer algumas observações sobre o discurso que acabara de proferir, sobre os “Mistérios da Iniciação”, irritou-se, saiu e nunca mais frequentou qualquer Loja Maçônica.

Sua meteórica passagem pela Maçonaria mostrou que embora ocultista, não soube lavrar a Pedra Bruta, não trabalhou adequadamente na Pedra Polida e muito menos aprendeu a ser humilde e que a Verdade é algo tão complexo que é temerário alguém se julgar seu detentor.

Na capa de um dos livros anti-maçônicos do impostor francês Leo Taxil, Les Mysteres de La Franc-Maçonnerie Devoiles par Leo Taxil (Os Mistérios da Franco-Maçonaria Revelados por Leo Taxil), trazia a figura de Baphomet usando um avental Maçônico.


Verbete do livro *Dicionário de Símbolos Maçônicos: Graus de Aprendiz, Companheiro e Mestre* do Irm.’. Almir Sant’Anna Cruz. Interessados contatar o Irm.’. Almir pelo WatsApp (21) 99568-1350

O MAÇOM E O EXERCÍCIO DA CIDADANIA - Aildo Carolino


Atualmente, a cidadania não se consuma apenas com o direito de votar e de ser votado (definição usada e aceita até bem pouco tempo), uma vez que, o ato de votar, por si só, não garante nenhuma cidadania se não for acompanhado de certas condições de nível político, económico, social, cultural e jurídico. Na verdade, a cidadania é muito mais abrangente do que se possa imaginar, tendo em vista que as suas ações encontram suporte nos princípios relativos aos Direitos Humanos.

Para fins de uma melhor compreensão acerca do tema, apresentamos, logo a seguir, alguns aspectos jurídicos de três grandes áreas do Direito, no qual se assenta a cidadania, ou (Publicado em freemason.pt) seja, Direitos Civis, Direitos Políticos e Direitos Sociais, cujos desdobramentos são:

No campo dos Direitos Civis, temos uma abertura para o Direito de dispor do próprio corpo; o Direito de locomoção (ir, vir e ficar); e, também, o Direito à segurança.

Em relação aos Direitos Políticos, os seus desdobramentos são relacionados aos Direitos às liberdades de pensamento e de expressão; Direitos às práticas política, religiosa, associativa etc.

Por fim, os desdobramentos dos Direitos Sociais estão ligados ao Direito ao trabalho digno; Direito à remuneração justa pelo trabalho; Direito à educação pública de boa qualidade; Direito à saúde (assistência…); Direito à habitação.

A verdade é que, em regra, as pessoas estão a pensar a cidadania como resultado do recebimento de apenas alguns direitos oriundos do poder público, ignorando o facto de que elas próprias são agentes desses direitos. Esta situação contribui para o Estado (poder público) continuar negligenciando os seus deveres e obrigações, sobretudo no que tange ao papel jurídico social.

Aqui, ao ser humano não basta ser um mero receptor, mas acima de tudo, um sujeito daquilo que pode e deve ser conquistado para o exercício de uma cidadania plena. Portanto, ser cidadão é ser, ao mesmo tempo, sujeito de deveres e direitos, isto é, ser súbdito e soberano. A observação desta dicotomia pode cristalizar a justa medida, sem o que não há que falar em cidadania.

Desta forma, ser cidadão não é apenas saber exigir os seus direitos, mas primeiramente cumprir os seus deveres. É isto que o credencia a ser um verdadeiro cidadão. Portanto, fica patente que o exercício da cidadania exige uma atitude comportamental adequada, nos campos jurídicos, ético, moral ou social, com vista a alcançar o ideal humanístico. Todavia, estamos conscientes de que o ideal de cidadania ainda estar muito longe, mas, também, não temos dúvidas de que esse ideal poderá ser construído, principalmente por maçons que acreditam num mundo no qual a pessoa humana seja a verdadeira finalidade de todo e qualquer progresso conquistado pela humanidade.

Contudo, todos nós sabemos que, embora possível, não será fácil alcançar este ideal, uma vez (Publicado em freemason.pt) que, a maioria de nós está mais preocupada em consumir ou gastar as horas vagas em futilidades, causando prejuízo à boa informação, ao debate político, saudável e, consequentemente, ao exercício da prática efetiva da cidadania, que passa por uma conscientização individual e coletiva.

Por outro lado, não podemos esquecer que a cidadania é, ao mesmo tempo, a síntese de todas as conquistas dos direitos obtidos pelos homens e mulheres ao longo da história, orientados, mais recentemente, por um princípio constitucional, o qual diz, taxativamente, que todos são iguais perante a lei, independente de raça, cor, sexo, religião e nacionalidade.

É preciso lembrar que a cidadania é protegida pelo direito público subjetivo, ou seja, “nós já temos este direito”, só que, em regra, para gozá-lo, é preciso reivindicá-lo. Portanto, faz-se necessário estarmos sempre atentos à ausência de ações que garantam os meios e os instrumentos necessários ao alcance da cidadania. Exemplos:

Igualdade de oportunidade, trabalho, justiça social;

Educação de qualidade para todos;

Saúde, nutrição, habitação e outros, como segurança etc.

Portanto, queremos enfatizar, mais uma vez, que os direitos do cidadão são direitos subjectivos públicos e, por esta razão, o seu cumprimento não é um favor do poder público ou da sociedade civil, mas sim, o dever de todos respeitá-los, oferecendo os instrumentos necessários capazes de promover de facto o exercício pleno da cidadania.

Na verdade, estes instrumentos nada mais são do que estágios da cidadania plena, devendo os mesmos serem examinados não isoladamente, mas, de forma integrada.

Exemplo de práticas da cidadania: observar os limites legais e éticos, cumprir os seus deveres e saber reivindicar os seus direitos bem como respeitar a si mesmo e ao próximo.

Os estágios da cidadania aos quais nos referimos podem ser representados da seguinte forma: colocando três argolas com três tamanhos distintos, sobrepostas umas as outras: a menor argola representa a limitação da cidadania pela Lei; a média representa a construção ou o avanço da cidadania pela conscientização da sociedade ou comunidade; a argola maior representa o ideal humanístico, traduzido pela igualdade e a justiça social, ou seja, aquilo que deve ser.

Como já enfatizamos, a cidadania é a condição de cidadão, quanto ao gozo dos direitos civis, sociais e políticos, assegurados pelo Estado; ao passo que cidadão é a pessoa natural no gozo desses mesmos direitos (civis, sociais e políticos) de um Estado e a ele jurisdicionado.

Na verdade, cidadania é a síntese das conquistas (Publicado em freemason.pt) dos direitos obtidos pelos homens e mulheres, orientados por um princípio constitucional básico, o qual diz, taxativamente, que todos são iguais perante a Lei, independente de raça, cor, sexo, religião e nacionalidade.

É inegável que, no último século, a pessoa humana teve uma grande evolução na conquista dos seus direitos, como por exemplo, as mulheres que conquistaram a igualdade de direitos em relação aos homens, como votar e ser votada, também, no caso de leis racistas que foram extirpadas da nossa constituição; e, ainda , o facto dos trabalhadores terem conquistado protecção legal em relação às suas atividades laborais.

Finalmente, é oportuno ressaltar que nos dias de hoje, o verdadeiro conceito de cidadania está ligado à proteção de ações que ganharam igualdade de oportunidades (meios e/ou instrumentos), assegurando a todos, indistintamente, educação de qualidade, saúde, nutrição, habitação e outros que vejam todo ser humano como um cidadão pleno e não na condição de um ser inferior.


fevereiro 02, 2023

FILHO DA VIÚVA - Almir Sant’Anna Cruz


Várias explicações e versões foram propostas para explicar o significado desse termo antiquíssimo.

Tudo começa com a Bíblia ao identificar Hiram Abif, o Arquiteto do Templo de Salomão, como sendo um “filho da viúva”.

Em I Reis (7:14), ele é apresentado como “filho de uma viúva da tribo de Neftali e fora seu pai um homem de Tiro”. 

Já em II Crônicas (2:14) ele é mencionado como sendo “filho duma mulher das filhas de Dã, e cujo pai foi homem de Tiro”. 

Portanto, embora os textos bíblicos divirjam quanto a tribo de sua mãe, são concordes em que ele era um “filho de uma viúva”. 

Em I Reis é assim apresentado e em II Crónicas está implícito com a utilização do verbo no passado (“foi homem ...”).

Não obstante todas as versões serem concordes em apontar os “filhos da viúva” como sendo o nome alegórico dos Maçons, há divergências quanto a quem seria a “viúva”. Recolhemos algumas explicações:

- Joaquim Gervásio de Figueiredo in Dicionário de Maçonaria diz que para alguns estudiosos, essa frase significa “Iniciado nos Mistérios Menores”, ao passo que “Filhos da Virgem” corresponde a “Iniciado nos Mistérios Maiores”.

- Lorenzo Frau Abrines & Rosendo Arus Arderiu in Diccionario Enciclopaédico de la Masonería, afirmam que a viúva seria a terra, mãe e fossa comum de toda a Humanidade.

- Persigout in Annales Maçonniques Universelles, infere que a viúva seria a Natureza, sempre virgem e fecunda.

- Jules Boucher in A Simbólica Maçônica, deduz que a palavra viúva vem do latim vidua, que significa, com sentido de espaço, vazio, privado de. Assim, a expressão filhos da viúva significaria filhos do espaço e, como o espaço é símbolo de líberdade, os Maçons seriam os filhos da liberdade. Boucher desenvolve também o complicado raciocínio de que como a viúva caracteriza-se com um véu negro, que simboliza as trevas, também inerentes ao espaço, os Maçons são, ao mesmo tempo, os filhos da viúva e os filhos da luz. Eles são filhos do mundo das trevas, mas, no seio do mundo, manifestam-se como filhos da luz.

A interpretação de que a viúva seria a própria Maçonaria é comum a vários autores:

- Para os que apontam a origem da Maçonaria na Ordem dos Templários, a viúva seria a própria Maçonaria, desde quando Jacques de Molay, Grão-Mestre da Ordem, foi morto pela Inquisição.

- Plantageneta in Causeries en Chambre du Milieu, diz que todos os Maçons – filhos do mesmo pai, Hiram Abiff – ficaram solidários na defesa comum de sua viúva, a Franco-Maçonaria.

- Alec Mellor in Dicionário da Franco-Maçonaria e dos Franco-Maçons, afirma que, segundo a Bíblia, Hiram Abiff foi apresentado a Salomão como filho de uma viúva da tribo de Neftali (I Reis 7:14). Com a morte de Hiram Abiff, a Maçonaria ficou viúva e os Maçons passaram a ser os “filhos da viúva".

Mas há aqueles que vão mais longe, aos antigos Mistérios egípcios:

- Gédalge in Dictionnaire Rhéa após afirmar que a expressão “filhos da viúva” se refere aos Maçons em memória da viúva que foi mãe do arquiteto Hiram, completa afirmando que Ísis, a “grande viúva” de Osíris, procurando os membros esparsos de seu esposo, é igualmente encarada como a mãe de todos os Maçons, os quais, a seu exemplo, procuram o corpo de seu Mestre Hiram Abiff.

- Oswald Wirth in Le Livre du Maître, conta que a viúva é Ísis, personificação da Natureza, a mãe universal, mãe de Osíris, o deus invisível que ilumina as inteligências.

- Nicola Aslan expõe, in Grande Dicionário Enciclopédico de Maçonaria e Simbologia, que muitos autores interpretam que Ísis, símbolo da terra, é a “grande viúva” de Osíris, símbolo do Sol, que a fecunda e da qual somos todos filhos. Como a Loja, onde se reúnem os Maçons, tem o significado de mundo, por extensão, os Maçons são os filhos do universo, por serem todos uma de suas partículas.

Como uma síntese de todas as versões que relacionamos, Ragon in Ritual do Grau de Mestre, afirma que Hiram Abif representa Osíris, o Sol, a Luz; sua viúva Ísis é a Terra, a Natureza, a Loja; e seu filho Órus é o Homem, o Maçom. Assim, os Maçons moram na “Loja Terrestre” e são os “filhos da viúva”, os “filhos da natureza”, os “filhos da luz”.

Excertos do livro *Maçonaria para Maçons, Simpatizantes, Curiosos e Detratores* 

Irm.’. Almir Sant’Anna Cruz - Interessados contatar o Irm.’. Almir no WhatsApp (21) 99568-1350

A FLAUTA MÁGICA - Rui Bandeira



A famosa ópera de Wolfgang Amadeus Mozart, "A Flauta Mágica", foi escrita escrita em apenas 3 meses. Possui dois actos e o libreto é de Emmanuel Schikaneder. A sua estréia ocorreu em Viena em 30 de setembro de 1791. O libreto é uma alusão à maçonaria, e mostra os dois grandes poderes que regem as relações humanas (bem e mal) - elementos retirados daqui .

Eis um resumo do libreto, tal como Lázaro Curvêlo Chaves publicou neste sítio (ortografia adaptada para o português europeu):

“Hilfe!”, “Hilfe!”, “Hilfe!” – A ópera começa com a entrada de Pamino, esbaforido, gritando por socorro num bosque desconhecido. Antes de entendermos do que foge, esta maneira de começar a peça musical denota o estabelecimento de uma marca: vamos entrar num terreno iniciático, diferente do quotidiano regular.

Fugia de uma serpente de uma enorme serpente, pronta para devorá-lo. Acaba desfalecendo e é salvo por três Damas da Rainha o observam em segredo e correm a dar a notícia de sua chegada ao reino da Rainha da Noite. Entretanto, um caçador de pássaros, Papageno, entra em cena e, vendo a carcaça da serpente acaba assumindo a autoria da salvação diante de um atónito Tamino. Quando aquele se encontra no auge de sua fanfarronada, chegam as três Damas novamente, bem a tempo de o surpreender a mentir. Papageno é castigado e elas, na condição de porta-vozes da Rainha da Noite, dão as boas vindas a Pamino e contam a história de Pamina. A jovem e bela princesa, filha da Rainha da Noite, seqüestrada pelo perverso Sarastro, um poderoso feiticeiro, em cujo castelo a mantém cativa. Elas entregam um retrato de Pamina enviado pela própria Rainha da Noite a Tamino, que imediatamente se apaixona pela beleza da princesa.

Tamino canta uma ária em louvor à beleza de Pamina. Nisso, a Rainha da Noite, um ser sobrenatural que usa um véu negro, surge diante dele. Ela confirma a história contada por suas três Damas, fala da perda de sua filha para Sarastro e roga a Tamino que liberte sua filha das garras de Sarastro. Apaixonado, Tamino decide empreender a tarefa imediatamente. A Rainha, usando seus poderes mágicos oferece ao príncipe uma arma: uma flauta dotada também de poderes sobrenaturais. Sempre que enfrentar quaisquer perigos bastará tocar esta flauta mágica que todos os obstáculos serão vencidos. A Rainha recruta ainda Papageno para auxiliar Tamino nesta tarefa e lhe dá como arma um “glockenspiel”, um pequenino carrilhão que imita sons de sinos. Como auxiliares em sua longa jornada, ambos contarão ainda com três Génios da Floresta que os ajudarão a encontrar Sarastro e Pamina, assim como a superar dificuldades que surjam.

Saem os heróis principais, armados com seus instrumentos, guiados pelos três Génios da Floresta.

Pamina é mantida prisioneira sob a guarda de três escravos liderados pelo mouro Monostatos, serviçal de Sarastro. Monostatos deseja-a e, dominado por intensa sensualidade tenta por todos os meios seduzir Pamina. No interior do palácio, Monostatos avança mais uma vez sobre Pamina quando Papageno entra em cena. Ambos se assustam. O mouro foge da presença da estranha figura do caçador de pássaros. Pamina, aliviada do assédio de Monostatos, conversa com Papageno, que se apresenta como embaixador da Rainha da Noite – fazendo a princesa feliz – e conta os planos de sua mãe para libertá-la. Pamina fortalece suas esperanças na libertação ao saber que um jovem e belo príncipe se encontra a caminho para tirá-la das garras do poderoso Sarastro. Ignorando a real história de seu cativeiro, a real personalidade de Sarastro, seguem as orientações da Rainha da Noite, cujas intenções também ignoram. Quando pela primeira vez se encontram, por sinal, Pamina e Tamino cantam em dueto uma belíssima ode ao amor sublime entre um homem e uma mulher.

Entretanto, Tamino, guiado pela magia dos três Génios da Floresta, chega aos domínios de Sarastro. Antes de prosseguir na sua missão, recebe a recomendação de observar três virtudes essenciais: firmeza, paciência e sigilo. “Empenhe-se como verdadeiro homem e conseguirá seu objetivo”. Pamino chega a um bosque no qual se erguem três templos muito belos. Colocados lado a lado, no da esquerda está escrito “Natur” – Templo da Natureza, “Weisheit” – Templo da Sabedoria – “Vernunft” – Templo da Razão. Em dúvida sobre qual dos templos detém o ideal que busca e já partindo para o processo de tentativas, Tamino está prestes a bater à porta do Templo da Natureza quando escuta um coral que lhe barra a entrada dizendo: “Zurük” – para trás! A seguir prestes a bater à porta do Templo da Razão escuta novamente: “Zurük” - para trás! Finalmente, ao bater à porta do Templo da Sabedoria a porta abre-se e um velho sacerdote, ricamente trajado em vestes brancas e com voz suave dirige-se a Tamino: “Que o traz aqui, jovem audacioso? Que procuras neste local sagrado?” Tamino revela-lhe as suas intenções: quer libertar a princesa Pamina das mãos do cruel feiticeiro Sarastro. O Sacerdote percebe que Tamino é movido pelo Amor mas que está mal informado acerca de Sarastro. Passa a buscar desfazer a imagem errónea que dele faz Tamino. Este insiste em saber onde a princesa se encontra, tendo por toda a resposta o silêncio. Fica aliviado ao saber, contudo, por vozes estranhas ao templo, que ela ainda vive. O sacerdote afasta-se e Tamino agora resolve tocar a Flauta Mágica, sua arma salvadora. Papageno, ao longe, ouve o som e responde-lhe com a sua flauta de caçador de pássaros. Fica imaginando se Papageno teria encontrado Pamina. Em instantes Papageno entra em cena com Pamina – livre de suas correntes –, orientado que fora pelo som da Flauta Mágica. Monostatos segue ambos, com auxílio dos escravos, e alcança-os já próximos de Tamino. Estão prestes a aprisioná-los quando Papageno se recorda de sua arma mágica, o “glockenspiel”, e toca-o. Ao som de uma dança alegre e saltitante os bandidos saem dançando, como que enfeitiçados.

Pamina, Tamino e Papageno ficam aliviados, quando um som de trombetas anuncia a chegada de Sarastro. Papageno teme por sua sorte e Pamina julga-se perdida. Afinal, acabara de fugir de Monostatos, que a mantinha cativa por ordem de Sarastro.

O séquito de Sarastro chega ao local em que se encontram. Sarastro, saudado pelo coral, entra em cena. O coral diz: “O homem sábio o aclama, o falso aprende a temê-lo. Com paciência ele nos guia para a Sabedoria e para a Luz. Pois ele é nosso líder, proclamando a rectidão.”

Monostatos conta a Sarastro a sua versão dos eventos recentes. De como aquela “estranha ave” – Papageno – o havia surpreendido e retirado Pamina de seus olhos. Sarastro compreende tudo e ordena que dêem “77 chibatadas” nos pés de Monostatos, que sai carregado por outros escravos para a sua punição.

Pamina aproxima-se do Grão Sacerdote Sarastro e confessa a sua transgressão, o seu desejo de escapar para voltar ao convívio de sua mãe. Revela ainda o assédio que vinha sofrendo por parte do mouro Monostatos. Sarastro informa compreender as suas intenções e que não poderia se interpor entre ela e seu anseio de amar. Ressalta, contudo, que não poderá, ainda, libertá-la. Revela quem de facto é sua mãe e os seus planos para destruir a fraternidade de Ísis e Osíris – propõe-se manter Pamina sob seus cuidados e os dos membros daquela fraternidade.

Papageno e Tamino percebem que tinham uma impressão equivocada sobre Sarastro, impressão neles inculcada pela Rainha da Noite, e agora, admirados com Sarastro e a irmandade de Ísis e Osíris manifestam sua vontade de também serem membros. Sarastro informa-os que, nesse caso, deverão passar por um julgamento e uma série de provas a fim de que sejam aceites. Têm início os preparativos para a Iniciação de Tamino e de Papageno que, com a cabeça recoberta por espessa venda, saem de cena.

Chegamos ao final do I Ato.

O II Ato começa num bosque com desenhos estranhos e uma pirâmide truncada ao fundo. Dezoito sacerdotes posicionam-se em três pontos da cena, à esquerda, à direita e ao fundo. Sarastro, de pé ao centro, abre a reunião anunciando: “Iniciaremos neste Templo da Sabedoria, servos de Ísis e Osíris. Com alma pura, declaro a todos vós que esta assembleia é uma das mais importantes do nosso Templo. Tamino, filho de um rei, vinte anos de idade, está à porta de nosso Templo.” Três dos sacerdotes se levantam, um de cada vez. O primeiro questiona: “Ele é virtuoso?” pergunta o primeiro. “Ele é discreto?” pergunta o segundo. “É um homem caridoso?” pergunta o terceiro. Sarastro responde afirmativamente a todas as questões e pergunta se todos concordam com a iniciação, devendo manifestar-se erguendo uma das mãos. O grupo de sacerdotes que se encontra à esquerda fá-lo e mantém-se assim enquanto a orquestra entoa uma nota constante. A seguir, o mesmo para o grupo que está à direita e, finalmente, o grupo que está ao fundo, pontuados por uma mesma nota cada, totalizando três toques. Sarastro encerra a reunião cantando uma ária em que invoca a proteção de Ísis e Osíris.

Os dois iniciandos estão prontos para o cerimonial. Este tem início com Tamino e Papageno conduzidos por um sacerdote cada um, no átrio do Templo. Desvendado, Tamino reafirma sua intenção de galgar a sabedoria e ter como recompensa o amor de Pamina. Quando questionado pelo Orador, emite respostas simples, firmes e diretas. Papageno contudo, questionado pelo sacerdote, manifesta-se apenas ansioso pelos prazeres da vida: “comer, dormir e beber. Isto é bastante para mim. Se possível, ter uma bela esposa.” O Orador dá a palavra final: aconteça o que acontecer daqui para frente ambos terão de manter silêncio absoluto. Se violarem esta ordem estarão perdidos. Orador e Sacerdote previnem ambos quanto às malévolas tentações femininas. Logo que estes saem, deixando os dois sozinhos com suas meditações, entram as três Damas da Rainha da Noite que advertem os dois sobre o perigo que correm se permanecerem naquele lugar. “Tamino, certamente a morte aguarda-o. Papageno, você está perdido para sempre.” Apavorado, Papageno começa a tagarelar e é por várias vezes repreendido por Tamino que lhe faz recordar o que ambos prometeram aos sacerdotes. Diante das três Damas, Tamino mantém silêncio e elas saem. A prova termina com os sacerdotes entrando em cena e informando que Tamino vencera aquela etapa.

Na cena seguinte, vemos Pamina a ser preparada para a sua Iniciação. Pamina está adormecida no jardim do palácio de Sarastro. Monostatos surge para mais uma vez tentar seduzir a jovem. Canta a sua paixão pela beleza da princesa. A Rainha da Noite surge no meio de trovões, fazendo Monostatos esconder-se, amedrontado. Ao perguntar a Pamina sobre o destino do jovem que ela lhe havia enviado, a filha retruca que este será iniciado na fraternidade de Ísis e Osíris. Percebendo a gravidade da situação a Rainha, sabedora de que Pamina também está enredada pela fraternidade dos iniciados, entoa a magnífica “Ária da Vingança”, um desafio para a soprano que o interpreta. Extravasa toda a sua cólera contra Sarastro e seus seguidores. Entrega um punhal à filha com a recomendação de que assassine o seu inimigo mortal. A Rainha da Noite desaparece tão misteriosamente como havia surgido. Monostatos, que se ocultara diante da aparição da Rainha, reaparece e toma o punhal das mãos da princesa, ameaçando-a caso não se entregasse a seu apetite sensual. Exactamente no momento em que ele tenta possuir a jovem, Sarastro entra em cena, compreende o que se passa e repreende Monostatos. Este sai, ficando Sarastro e Pamina a sós. Este revela a Pamina que já conhecia os planos de vingança da Rainha da Noite contra ele e a fraternidade de Ísis e Osíris. De sua parte, numa bela ária, Sarastro mostra quais são as armas de que dispõe para derrotar a Rainha:

“Em nosso sagrado templo,

A vingança é desconhecida,

E aqueles que se desviam do dever

O caminho é-lhes mostrado com amor

Com ternura são levados pela mão fraterna

Até encontrarem, com alegria, um lugar melhor

Dentro de nossa sagrada maçonaria,

Por laços de amor estamos unidos

Cada um perdoa o seu próximo

Aqui não há traição

E aqueles que desprezam este nobre plano

Não merecem ser chamados de homem.”

Com esta ária, de forma serena e firme, Sarastro ressalta a diferença entre o que a Rainha da Noite diz e o que a fraternidade de Ísis e Osíris realmente representa. Pamina conhece agora a face da verdade: a crueldade e os propósitos de vingança da Rainha da Noite estão em vivo contraste com a serenidade e o equilíbrio, temperados com o mais sincero amor fraternal revelados por Sarastro. Aqui se encontra o clímax da ópera, a universal confrontação da Luz contra as Trevas.

Na próxima cena, Tamino e Papageno prosseguem em suas provas. Ambos devem continuar guardando o mais absoluto silêncio, conforme recomendação do Orador e do Sacerdote. Para Papageno um teste estranho: surge a seu lado uma mulher muito velha coberta por um capuz e uma longa capa, ocultando sua face e suas formas. Puxando conversa com ele, revela que tem dezoito anos e que seu namorado se chama Papageno. Vai revelar o seu nome quando desaparece num alçapão. Espantado, este puxa conversa com Tamino, que sucessivas vezes o repreende. Tamino será submetido à prova ainda mais difícil: Pamina entra em cena e dirige-lhe palavras de amor, mas ele está impedido, por seu juramento de silêncio, de dirigir-lhe a palavra. Ambos sofrem muito com esta situação. Tamino desejaria falar-lhe, mas está impedido. Pamina julga, desconcertada, que Tamino lhe renega seu amor. Chorando convulsivamente, deixa a cena com Tamino sofrendo muito pela dor que, involuntariamente, impôs à princesa.

Seguem as provas. Agora, no interior do Templo, Sarastro e outros sacerdotes entoam um coral em louvor a Ísis e Osíris. Tamino e Pamina são trazidos à sua presença. Faz-se silêncio em toda a assembléia. Sarastro previne a ambos que ainda deverão se submeter a outras provas. O casal deve despedir-se com um adeus pois agora o príncipe deve submeter-se à prova final – e seu futuro é incerto. Papageno também entra em cena e o sacerdote que o acompanha diz-lhe que, embora não tenha sido bem sucedido na prova anterior, os deuses estavam dispostos a satisfazer-lhe um desejo. Ele pede um copo de vinho. A seguir recorda-se e, numa alegre ária, Papageno canta seu maior anseio: que lhe seja concedida uma bem-amada, tão ansiosamente aguardada. A mesma velha de antes surge e informa que ele tem duas alternativas: casar-se com ela ou morrer. Ele decide-se a aceitá-la e, como por encanto, ela transforma-se numa jovem linda, a Papagena. Papageno corre a abraçá-la e é contido pelo sacerdote que o adverte: “Afaste-se, jovem! Ainda não tem este direito!” E sai com a bela jovem, deixando Papageno só e desolado.

Pamina, por sua vez, encontra-se num aprazível jardim envolvida por pensamentos melancólicos. Não tem certeza do amor de Tamino e, sentindo-se abandonada, pensa em suicidar-se utilizando o punhal que a mãe lhe dera. Surgem os três Génios da Floresta, que buscam dissuadi-la daqueles maus pensamentos com a revelação de que Tamino está a submeter-se a provas, a fim de se unir a ela. Recomendam que Pamina os siga e verá Tamino em sua prova final.

Tamino está próximo do Templo, onde se veem duas cavernas – uma de cada lado do palco – com um portão gradeado. No centro, uma escada conduz a uma porta onde estão postados dois guardas armados. Os guardas cantam em dueto:

“Aquele que andar

Por estes caminhos

Cheios de dificuldades,

Terá de passar pelas provas

Do fogo, da água, do ar e da terra

E, se vencer

O temor da morte

Como que deixará a terra

Em direção ao brilho do céu.

Iluminados, coração e mente,

Empenhar-se-ão pelo direito

E no sagrado rito de Ísis

Encontrarão a verdadeira luz.”

Os dois guardas, avisando-o dos perigos, exortam à coragem de Tamino e Pamina no início destas provas. Tamino segue firme em seu propósito e informa que nenhuma ameaça pode amedrontá-lo.

Tamino prepara-se para enfrentar a primeira prova, a prova do fogo. Pamina aproxima -se dele para participar também desta prova. Ambos entram na caverna por onde saem labaredas de fogo. Tamino, tocando a Flauta Mágica, passeia com desenvoltura em companhia de Pamina, pelas chamas que vão desaparecendo. A seguir atravessam por uma torrente de águas, como de uma grande catarata, sem que nada lhes aconteça, graças ao mágico som da Flauta. Ao retornarem vitoriosos são saudados por um coral de sacerdotes, Sarastro à frente, que se rejubilam com os iniciandos.

Próximo dali, Papageno ainda está atormentado, desconsolado sem a sua sonhada bem-amada. Canta com saudade e diz, diante de uma forca, que contará só até três para que Papagena reapareça. Papageno está prestes a suicidar-se quando surgem os três Génios da Floresta que o exortam a tocar o seu “glockenspiel” e assim fazer com que Papagena volte. Ele recorda-se do seu instrumento mágico, toca-o e Papagena surge magicamente, tendo início o delicioso dueto “Papagena-Papageno.”

Na cena final vemos a chegada da Rainha da Noite, das três Damas e de Monostatos, que havia passado para o lado da Rainha a fim de, usufruindo de seus poderes mágicos, chegar a seu intento: seduzir Pamina. A Rainha, ensandecida ao ver Pamina e Tamino agora iniciados e membros da fraternidade que odiava, tenta invadir os domínios dos iniciados para derrotá-los definitivamente. Chegam no meio de densa treva, trazendo tochas. Nesse instante, tem lugar uma grande tempestade, com raios e trovões, que obriga os invasores a dispersarem. A noite vai aos poucos dando lugar à aurora. O sol surge e o ambiente ganha cada vez mais luz. Sarastro, o Grande Sacerdote, surge cercado pelos irmãos e sacerdotes e canta:

“A glória do dourado Sol,

Conquistou a noite.

O falso mundo das trevas

Conhece agora o poder da luz.”

Um majestoso coral encerra a ópera com louvores a Ísis e Osíris e aos iniciados:

“Salve, novos iluminados!

Passastes pela noite

Louvamos a ti, Osíris.

Louvamos a ti, Ísis.

Pela força são vitoriosos

São dignos da coroa

A beleza e a sabedoria

Haverão de iluminá-los como o Sol.”

...

fevereiro 01, 2023

BOCA, ARMA! - Adilson Zotovici










Boca é arma poderosa

Pra ponderar onde a miro

Quando arma é melindrosa

Que vira carma se atiro


De munição engenhosa

Qual atino “verbo em giro”

Ao coração, de verso ou prosa,

Que previno, mas também firo


Sua trava é uma rosa

À airosa mente se infiro

Entrava o pente se odiosa


Qual o malhete, sugiro :

No ricochete é perigosa

Ou pela culatra o tiro !



SAIR DO CONFLITO - Denizart Silveira de Oliveira Filho


Trabalhar pela reconciliação diante dos conflitos, tanto os de nós próprios, como os coletivos, deve ser o objetivo de todos os MAÇONS da MAÇONARIA UNIVERSAL, isto é o que nossa Instituição nos ensina a fazer. 

Em homenagem póstuma ao cientista neerlandês, Hendrik Lorentz, Albert Einstein, o maior de todos os cientistas, não mencionou os conflitos e as disputas científicas entre ele e seu colega ganhador do Prêmio Nobel. Ao contrário, Einstein lembrou Lorentz como um físico amado, conhecido por sua amabilidade, tratamento justo aos outros e bondade inabalável. E disse: “Todos o seguiam alegremente, pois achavam que ele jamais pretendeu dominar, mas ser sempre útil”. De fato, mesmo antes do fim da Primeira Guerra Mundial Lorentz dedicou-se a reconciliação de conflitos e inspirou os cientistas a deixarem seus preconceitos políticos de lado e a trabalharem juntos. 

Lorentz recebeu o Nobel de Física em 1902 por seu trabalho sobre as radiações eletromagnéticas. A maior parte de seus trabalhos envolveu o eletromagnetismo. Deixou seu nome à teoria matemática de cálculos avançados, chamada “transformadas de Lorentz”, que formam a base da teoria da relatividade restrita de Einstein.

Sabemos, é claro, que alguns conflitos são inevitáveis, mesmo assim devemos fazer a nossa parte para alcançar resoluções pacíficas. O apóstolo Paulo escreveu: "Quando vocês ficarem irados, não pequem, mas apaziguem a sua ira antes que o sol se ponha” (Efésios 4:26).

Para crescer juntos, Paulo aconselhou: “Evitem o linguajar sujo e insultante. Que todas as suas palavras sejam boas e úteis, a fim de dar ânimo àqueles que as ouvirem” (Efésios 4:29).

E ainda: “Livrem-se de toda amargura, indignação e ira, gritaria e calúnia, bem como de toda maldade. Sejam bondosos e compassivos uns para com os outros, perdoando-se mutuamente, assim como Deus perdoou vocês em Cristo” (Efésios 4:31-32).

A resolução do conflito, sempre que possível, ajuda a construir Maçonaria e dessa maneira honramos o Senhor, nosso Deus. REFLITAMOS sobre isto, meus Irmãos!

MAÇONARIA & FÉ - Kennyo Ismail





A Maçonaria tem como princípio a crença num Ser Supremo, ao qual denominamos “Grande Arquiteto do Universo”. Mas qual seria esse Deus da Maçonaria, o GADU? Afinal de contas, existem tantos deuses, com tantos diferentes nomes e tantas diferentes qualidades! Qual seria o verdadeiro?

Se a Maçonaria aceita e possui membros de qualquer religião, qual o Deus presente no Altar Maçônico? Ou se trata de um Deus específico, o Deus da Maçonaria, e todos ali estão renegando seus próprios deuses? Seria então a Maçonaria uma religião? Isso seria um prato cheio para os fanáticos de plantão!

Quando vários maçons estão presentes diante do Altar de um Templo Maçônico, onde se vê o Livro Sagrado de uma ou mais religiões, além do Esquadro e do Compasso, eles realizam uma breve oração. Ali estão católicos, protestantes, muçulmanos, espíritas, budistas, judeus, etc. Eles estão um do lado do outro, como irmãos. E ali, diante do Altar da Maçonaria, só há duas opções de entendimento ao Irmão: ou “eu estou orando para o Deus verdadeiro, e aqueles irmãos que professam outras crenças estão orando para falsos deuses”; ou “nós estamos todos orando para o mesmo Deus, o Criador do Universo, visto de forma diferente conforme as peculiaridades da religião e crença de cada um”.

É evidente que o entendimento do verdadeiro maçom é a segunda opção. Ora, se você chama o maçom que está ao seu lado de “Irmão”, isso significa que você acredita que ambos nasceram do mesmo Pai, foram feitos pelo mesmo Criador, independente da fé professada.

O GADU pode ser chamado de vários nomes e títulos, conforme culturas, épocas, povos, religiões: Deus, Pai Celestial, Mestre Maior, Senhor do Universo, Alá, Jeová, Adonai, Zeus, Senhor, El Shadday, Oxalá, Brahma, Rá, etc. Até mesmo nos sistemas politeístas, sempre houve e há um Ser Supremo, mais antigo, criador dos demais.

Da mesma forma, o GADU pode ser visto de diversas formas, também conforme as mesmas variáveis: Vingativo, Clemente, Misericordioso, Justo, Soberano, Sustentador, Providenciador, Organizador, Verdadeiro, Benevolente, etc.

Os homens deram nomes ao GADU conforme suas línguas e culturas. Eles apontaram qualidades ao GADU conforme as histórias de seus povos e a pregação de seus profetas. O único ponto comum em todas as religiões é esse: a existência de um Ser Supremo, Criador do Universo. Se as diferenças na fé sempre foram combustíveis para preconceitos, tirania, atritos e guerras, então apenas o comum pode servir para unir os homens como irmãos.

Maçonaria é isso: ciente da dualidade das forças e respeitando as diferenças, investe no que há de igual nos homens de bem em busca da felicidade da humanidade.

O MISTÉRIO DE GOBEKLI TEPE, O PRIMEIRO TEMPLO DA HUMANIDADE

 


O mistério de Göbekli Tepe: primeiro templo da humanidade intriga pesquisadores !!!

Os arqueólogos não sabem como resolver o enigma de um lugar que antecede em milhares de anos as grandes civilizações da Terra ...

Göbekli Tepe é um dos grandes mistérios do mundo. Poucas descobertas arqueológicas intrigam tanto os pesquisadores como a desse local, que pode ser o primeiro templo da humanidade. A estrutura (situada no território da atual Turquia) foi erguida cerca de 10 mil anos antes de Cristo por sociedades nômades de caçadores coletores do neolítico. 

Alinhamento com constelações:

Tudo em Göbekli Tepe é misterioso. Desde as técnicas utilizadas para erguer os monolitos sem a ajuda de animais até o fato de que não foram encontrados assentamentos humanos próximos a esse templo. Acredita-se que o local seja um santuário devido a sua configuração e alinhamento com diferentes constelações, e assim deduz-se que existia um culto que olhava para o céu.

As descobertas realizadas na região fazem pensar que esse tenha sido o ponto exato no qual deu-se início a revolução da agricultura, a religião e inclusive a sociedade. É possível que o complexo de templos ou santuários em Göbekli Tepe representasse a fertilidade, a vida ou a abundância, pois relevos encontrados lá representam animais.

Göbekli Tepe é um desafio para os arqueólogos, pois rejeita completamente a ideia de que somente as comunidades sedentárias erguiam construções monumentais. Isso porque o templo foi possivelmente erguido por nômades mais de 5 mil anos antes de Stonehenge ou das pirâmides do Egito.

Grupo de Divulgação de Estudos: Ciências e Afins.

janeiro 31, 2023

PRESENÇA SEMITA NO NORDESTE - Jefferson Linconn




 Jefferson Linconn é Jornalista e presidente da Associação dos Judeus Sefarditas de Pernambuco.

Muito da Cultura, fala, indumentária, acessórios, gastronomia, religiosidade, etc., do homem sertanejo vem do mundo ibérico, de Sefarad, que é a Espanha, onde conviveram árabes, judeus e cristãos de modo um tanto pacífico por mais de 500 anos, antes até do descobrimento do Brasil.

No entanto, é sabido que 2/3 dos portugueses que vieram habitar o Brasil, durante o período do seu descobrimento, eram de judeus, judeus de origem Sefardita.

Portanto foram eles que trouxeram e em muito, esse amalgama de culturas e de tradições.

Basta olhar a própria figura de Luiz Gonzaga, onde, aliás, Gonzaga, essa própria palavra é uma corruptela de "esnoga" se desembaraçamos o verdadeiro sentido pretendido por trás daquilo que sempre por motivos de fuga ou de perseguição, é melhor esconder.

Chapéu com seis pontas, aboio, etc., Está tudo ali em Gonzaga mesmo. Só não consegue ver quem não quer ou, então, se desejar criar novas narrativas. 

Por exemplo, querendo forçar uma maior presença árabe no Nordeste do que essa mesma possibilidade chegasse a existir.

Pois, advindos esses conjuntos de repertórios linguísticos e sociais, portanto culturais, sobremodo pela chegada e por meio da presença dos cristãos -novos que, a partir de Pernambuco e da Bahia fizera-se adentrar os longínquos Sertões toda aquela gente da nação, os quais eram os antigos judeus Sefarditas que foram expulsos de Portugal e de Espanha, antes dos anos 1500.

De fato, reconhecida leva dessas imigrações na História, dos ibéricos ao Nordeste do Brasil, devido às intolerância e  perseguição da Igreja católica aos judeus, talvez como uma das mais duras faces daquela então denominada Diásporas Sefardita.

POLEMIZANDO - Newton Agrella



O vocábulo “polêmica” advém do grego “POLEMIKOS”, cujo  significado é agressivo, beligerante.

Referência etimológica ainda é feita ao substantivo “POLEMOS”, que por sua vez significa ‘guerra’, "luta".

O termo no entanto, ao longo do processo histórico da língua portuguesa ganhou num contexto mais atual, o significado de contenda, ou de provocação que possa resultar em conflito de idéias, disputas e divergências nos mais diversos territórios do intelecto.

Sejam na política, na filosofia, na religião, na arte, na literatura ou em qualquer outra atividade do pensamento humano.

Cabe contudo lembrar, que a "polêmica", por si só, não se constitui numa briga, ou em qualquer ato hostil ou violento.

Muito pelo contrário, seu exercício, via de regra, se traduz como um mecanismo, ou dispositivo intelectual, que de algum modo incita o avanço do conhecimento em cada respectiva área.

A polêmica impõe a prática da argumentação e contra-argumentação no campo das ideias. 

Ela estimula o raciocínio, instiga os debatedores, e é um combustível permanente para insuflar novos pontos de vista e perspectivas diante dos  temas que podem ser objeto de mudanças.

A polêmica não se sustenta apenas como mera retórica contestadora.

Ela deve trazer consigo um consistente conteúdo  de caráter dialético para que possa se instaurar num foro de debate substantivo.

A inócua citação : "...se hay gobierno soy contra..." - não encontra eco, se não se configurar como um legítimo fundamento para discussão.

A Maçonaria por exemplo, a cada pouco, é objeto de polêmicas, protagonizadas por seus próprios adeptos, que não raro, de maneira frágil e inconsistente, buscam reinventá-la ou imprimir-lhe mudanças, que a bem da verdade, na maioria das vezes, são passivas de seríssimas ponderações, para saber se merecem crédito ou não.

De qualquer forma, reconhecer que a Sublime Ordem, tem como objetivo estimular a Liberdade de Pensamento, isto por si , não é uma condição inequívoca para quebra de paradigmas, preceitos e princípios que fazem dela, uma instituição  perene e que subsiste até os nossos dias em razão da magnitude e consistência de todo seu arcabouço e de sua essência especulativa, intelectual e espiritual.



janeiro 30, 2023

MAÇONS QUE LEEM E MAÇONS QUE NÃO LEEM - Albert Mackey

 


“No entanto, nada é mais comum do que encontrar maçons que estão em trevas totais sobre tudo o que se relaciona com a Maçonaria. 

Eles são ignorantes de sua história – eles não sabem se é uma produção de cogumelos hoje, ou se remonta a idades remotas em sua origem. 

Eles não têm compreensão do significado esotérico de seus símbolos ou suas cerimônias, e dificilmente estão familiarizados com seus modos de reconhecimento. 

E, no entanto, nada é mais comum do que encontrar tais pseudossábios de posse de altos graus e às vezes honrados com assuntos elevados na ordem, presentes nas reuniões de lojas e capítulos, intermediando com o processo, tomando uma parte ativa em todas as discussões e teimosamente mantendo opiniões heterodoxas em oposição ao juízo de irmãos de maior conhecimento.”

Albert Mackey, 1875 - (Reading Masons and Masons Who Do Not Read)

AS AMIZADES - Sidnei Godinho



Após vencida a clausura imposta pela pandemia de covid-19, lembro que escrevi sobre retomar as tradições e fortalecer as amizades. 

Aproveito o misto ideal desses temas para reproduzir partes dos textos e concitar, mais uma vez, a louvar as Amizades e consagrar as Tradições, afinal para existirem precisam se repetir constantemente... 

Ainda esta semana foram diversas confraternizações sobre ascensão profissional de companheiros na empresa e por algumas vezes empreguei a máxima: "TRADIÇÃO MANTIDA", "FAMÍLIA 👪 OMNI SEMPRE UNIDA. 

Uma simples brincadeira no grupo chama a atenção para algo deveras importante na vida: "A Amizade". 

O bem estar que se tem quando se pode compartilhar, não apenas a alegria dos acertos, mas também a decepção das derrotas. 

O ser humana não foi concebido para estar só, tanto que o Criador logo percebeu que Adão precisava de companhia e lhe formou Eva, não apenas por mulher, mas por sua "Companheira". 

A Bíblia registra diversas passagens onde ressalta o valor que tem um Amigo:

_... Há Amigos que nos são mais chegados que irmãos... 

_... Um Amigo fiel é uma poderosa proteção, quem o achou, descobriu um tesouro... 

E ainda guardo as palavras de Jesus quando se refere aos seus discípulos de forma distinta, exaltando-os como Verdadeiros Amigos:

_..."Já não os chamo servos, porque o servo não sabe o que o seu senhor faz. 

Em vez disso, eu os tenho chamado AMIGOS , porque tudo o que ouvi de meu Pai eu tornei conhecido a vocês"... 

Um Amigo é um irmão que se escolhe e um grupo de Amigos é uma nova FAMÍLIA que se forma pela afinidade, sinceridade e Lealdade com que se identificam. 

Como ouvi certa feita, "A verdadeira amizade consiste na cumplicidade de nossos acertos e na crítica construtiva de nossos erros, pois o verdadeiro amigo é aquele que aplaude o nosso sucesso e torce por nossa vitória. Entretanto, ele também participa das derrotas e está ao nosso lado nos apoiando nos momentos difíceis". (Iran Jacob) 

Sou grato a Deus por ter vocês como meus Amigos e que esta nossa Família cresça em Sabedoria e possa amadurecer e ser forte para que as brincadeiras nunca acabem, assim como o sentimento que nos une. 

Então não desperdice o momento que o seu DEUS lhe concede! 

Celebre a Vida, A Família, Os Amigos, Os Amores... 

E que assim nos permita o Criador... 🙏 



O MODERNO É SER ETERNO - Roberto Ribeiro Reis



A ᴅᴇsᴘᴇɪᴛᴏ ᴅᴏ ᴍᴜɴᴅᴏ ᴇᴍ ᴄᴏɴsᴛᴀɴᴛᴇ ᴅᴇᴄᴀᴅᴇ̂ɴᴄɪᴀ, ᴏɴᴅᴇ ᴠᴀʟᴏʀᴇs ᴇ ᴘʀɪɴᴄɪ́ᴘɪᴏs ᴍᴏʀᴀɪs ᴛᴇ̂ᴍ sᴇ ᴇsᴠᴀᴇᴄɪᴅᴏ, sᴜʙsᴛᴀɴᴄɪᴀʟᴍᴇɴᴛᴇ, ᴏ ʜᴏᴍᴇᴍ ᴀɪɴᴅᴀ ᴘʟᴇɪᴛᴇɪᴀ sᴇᴜ ʟᴜɢᴀʀ ᴊᴜɴᴛᴏ ᴀ Dᴇᴜs.

Pᴀʀᴀ ᴇʟᴇ, ɴᴀ̃ᴏ ɪᴍᴘᴏʀᴛᴀ sᴇ sᴇᴜ ᴍᴏᴅᴜs ᴏᴘᴇʀᴀɴᴅɪ ɴᴀ̃ᴏ ᴇsᴛᴇᴊᴀ ᴇᴍ ᴄᴏɴsᴏɴᴀ̂ɴᴄɪᴀ ᴀ ғɪᴍ ᴅᴇ ᴀᴛɪɴɢɪʀ ᴇssᴇ ᴅᴇsɪᴅᴇʀᴀᴛᴏ; ᴏᴜ sᴇᴊᴀ, ᴏ ʜᴏᴍᴇᴍ ᴘᴏᴅᴇ ᴄᴏɴᴛɪɴᴜᴀʀ ᴛʀᴀɴsɢʀᴇᴅɪɴᴅᴏ ᴍᴀɴᴅᴀᴍᴇɴᴛᴏs ʙᴀ́sɪᴄᴏs – sᴏʙᴇᴊᴀᴍᴇɴᴛᴇ  ᴄᴏɴʜᴇᴄɪᴅᴏs - ᴇ, ᴀɪɴᴅᴀ ᴀssɪᴍ, sᴇɴᴛᴇ-sᴇ ᴍᴇʀᴇᴄᴇᴅᴏʀ ᴅᴇ ᴇsᴛᴀʙᴇʟᴇᴄᴇʀ ᴇssᴇ ᴄᴏɴᴛᴀᴛᴏ/ᴄᴏɴᴇxᴀ̃ᴏ ᴄᴏᴍ ᴏ sᴀɢʀᴀᴅᴏ.

Nᴇssᴇ ᴅɪᴀᴘᴀsᴀ̃ᴏ, ᴛᴇᴍᴏs ᴀᴘʀᴇɴᴅɪᴅᴏ ᴇ ᴀᴘʀᴇᴇɴᴅɪᴅᴏ ᴄᴏᴍ ᴀ Sᴜʙʟɪᴍᴇ Oʀᴅᴇᴍ ϙᴜᴇ ᴛᴇᴍᴏs ᴀ ᴘᴏssɪʙɪʟɪᴅᴀᴅᴇ ᴅᴇ ᴇsᴛᴀʀᴍᴏs ᴇᴍ sɪɴᴛᴏɴɪᴀ ᴄᴏᴍ ᴏ Eᴛᴇʀɴᴏ, ᴄᴏɴϙᴜᴀɴᴛᴏ ᴇᴅɪғɪϙᴜᴇᴍᴏs ɴᴏssᴏ Tᴇᴍᴘʟᴏ Iɴᴛᴇʀɪᴏʀ, ᴀʟɪᴄᴇʀᴄ̧ᴀɴᴅᴏ sᴜᴀs ʙᴀsᴇs ᴄᴏᴍ Sᴀʙᴇᴅᴏʀɪᴀ, Fᴏʀᴄ̧ᴀ ᴇ Bᴇʟᴇᴢᴀ.

Cᴏᴍ ᴇғᴇɪᴛᴏ, ɴᴇssᴀ ᴘᴇʀsᴇᴄᴜᴄ̧ᴀ̃ᴏ ᴅɪᴜᴛᴜʀɴᴀ ᴘᴇʟᴏ ᴀᴘʀɪᴍᴏʀᴀᴍᴇɴᴛᴏ ᴍᴏʀᴀʟ ᴇ ɪɴᴛᴇʟᴇᴄᴛᴜᴀʟ, ɴᴀ̃ᴏ sᴏᴍᴏs  ᴄᴏᴀɢɪᴅᴏs ᴏᴜ ɪᴍᴘᴇʟɪᴅᴏs ᴘᴏʀ  ᴅᴏɢᴍᴀs ᴏᴜ ϙᴜᴀɪsϙᴜᴇʀ ᴛɪᴘᴏs ᴅᴇ sᴇᴄᴛᴀʀɪsᴍᴏs ɪᴅᴇᴏʟᴏ́ɢɪᴄᴏs ᴏᴜ ʀᴇʟɪɢɪᴏsᴏs; ᴏ ϙᴜᴇ ɴᴏs ᴅɪʀᴇᴄɪᴏɴᴀ – ᴇ ғᴀᴢ ᴅᴇ ɴᴏssᴀ Iɴsᴛɪᴛᴜɪᴄ̧ᴀ̃ᴏ ᴀ ᴍᴀɪs Lɪᴠʀᴇ ᴅᴇ ᴛᴏᴅᴀs – ᴇ́ ᴏ ɴᴏssᴏ ʟɪᴠʀᴇ ᴀʀʙɪ́ᴛʀɪᴏ.

Nᴇssᴇ ᴍᴏᴍᴇɴᴛᴏ,sᴏᴍᴏs ᴄᴏʟᴏᴄᴀᴅᴏs ᴅɪᴀɴᴛᴇ ᴅᴏ ᴘᴀᴠɪᴍᴇɴᴛᴏ ᴍᴏsᴀɪᴄᴏ - ϙᴜᴇ ʀᴇᴘʀᴇsᴇɴᴛᴀ ᴀ ɴᴏssᴀ ᴄᴏɴsᴄɪᴇ̂ɴᴄɪᴀ – ᴏᴄᴀsɪᴀ̃ᴏ ᴇᴍ ϙᴜᴇ ᴘᴏᴅᴇᴍᴏs ᴏᴘᴛᴀʀ ᴘᴇʟᴏ ᴄᴀᴍɪɴʜᴏ ᴇsᴛʀᴇɪᴛᴏ ᴇ ғᴀ́ᴄɪʟ, ᴏᴜ ɴᴏs ᴇɴᴠᴇʀᴇᴅᴀʀᴍᴏs ᴘᴇʟᴀ ᴠɪᴀ ϙᴜᴇ ɴᴏs ᴇɴsᴇᴊᴇ ᴀ ᴇʟᴇᴠᴀᴄ̧ᴀ̃ᴏ ᴇsᴘɪʀɪᴛᴜᴀʟ.

Sᴏᴍᴏs ʟɪᴠʀᴇs ᴘᴇɴsᴀᴅᴏʀᴇs ᴇ, ʀᴇᴄᴏɴʜᴇᴄɪᴅᴏs ᴄᴏᴍᴏ ᴛᴀʟ, ᴛᴇᴍᴏs ᴀ ᴏʙʀɪɢᴀᴄ̧ᴀ̃ᴏ ᴄᴏɴsᴛᴀɴᴛᴇ ᴅᴇ ᴘʀᴏᴍᴏᴠᴇʀᴍᴏs ɴᴏssᴏ ᴘʀᴏɢʀᴇssᴏ, ᴅᴇɴᴛʀᴏ ᴅᴏs ᴛᴇᴍᴘʟᴏs ғɪ́sɪᴄᴏ ᴇ ᴇsᴘɪʀɪᴛᴜᴀʟ ᴇ, ᴄᴏɴsᴇϙᴜᴇɴᴛᴇᴍᴇɴᴛᴇ, ᴄᴏʟᴏᴄᴀʀᴍᴏs ɴᴏssᴏ ᴀᴘʀᴇɴᴅɪᴢᴀᴅᴏ ᴇᴍ ᴘʀᴀ́ᴛɪᴄᴀ ɴᴏ ᴍᴜɴᴅᴏ ᴘʀᴏғᴀɴᴏ.

E, ᴘᴏʀ ᴍᴀɪs ϙᴜᴇ ᴏ ᴠᴜʟɢᴏ ɴᴏs ᴇxᴏʀᴛᴇ ᴀ sᴇʀᴍᴏs ʙᴀɴᴀɪs ᴘᴇᴄᴀᴅᴏʀᴇs, ᴇ ʟɪɢᴀᴅᴏs ᴀ̀s ғʀɪᴠᴏʟɪᴅᴀᴅᴇs ᴍᴜɴᴅᴀɴᴀs, ᴄᴏᴍᴏ sᴇ ᴀ ᴠɪᴅᴀ sᴇ ᴇxᴀᴜʀɪssᴇ ɴᴇssᴇ ᴘʟᴀɴᴏ ᴅᴇɴsᴏ ᴅᴀ ᴍᴀᴛᴇ́ʀɪᴀ, ᴊᴀᴍᴀɪs ɴᴏs ᴏʟᴠɪᴅᴇᴍᴏs ᴅᴇ ɴᴏssᴀ  ᴏʀɪɢᴇᴍ, ᴅᴏs ᴘʀɪᴍᴏ́ʀᴅɪᴏs ᴅᴀ ᴄʀɪᴀᴄ̧ᴀ̃ᴏ, ʟᴇᴍʙʀᴀɴᴅᴏ-ɴᴏs sᴇᴍᴘʀᴇ ᴅᴇ ϙᴜᴇ: ᴏ ᴍᴏᴅᴇʀɴᴏ ᴇ́ sᴇʀ Eᴛᴇʀɴᴏ!