março 14, 2023

O HOSPITALEIRO - Almir Sant’Anna Cruz


Joia: Bolsa

A Bolsa representa simbolicamente o farnel do peregrino, do viajante, do pedinte, sendo esta a joia do Hospitaleiro que recolhe os óbolos dos Obreiros para as ações de caridade, solidariedade e beneficência da Loja.

Investidura e Posse: 

Com a seguinte locução do Venerável Mestre eleito: “Irmão Hospitaleiro, investindo-vos no cargo de Hospitaleiro, representado pela Bolsa de Beneficência, entrego à vossa guarda uma das mais sublimes atividades maçônicas, a Solidariedade. Humana; Deveis estar sempre atento para que as necessidades de nossos Irmãos sejam sanadas pela mão de nossa beneficência, a tempo e a hora. O resultado de vosso trabalho estará na razão direta da atividade que desenvolverdes no desempenho de vosso cargo. Quanto mais diligenciardes, maiores serão os benefícios que nossa Loja poderá prestar. Confio em vós e sei que sabereis mediar essa grande responsabilidade que lhe foi imposta.”

Alfaias: Avental de Mestre e Colar com a joia do cargo.

Instrumentos de trabalho: Sacola para o recolhimento ritualístico dos óbolos dos Obreiros presentes na sessão.

Recebe diversas nomenclaturas: Bolsa ou Tronco; de Beneficência, de Solidariedade ou da Viúva.

Muitos autores afirmam, sem o necessário espírito crítico, que a prática se originou durante a construção do Templo de Salomão e nas Corporações de Ofício de Pedreiros, tecnicamente conhecidas como Maçonaria Operativa.

Comprova-se em inúmeras Old Charges, que essas Corporações, além de outras atribuições, disciplinava o trabalho e mantinha sistemas de proteção aos obreiros e suas famílias nos casos em que o membro estivesse impossibilitado de trabalhar. Pode-se dizer que essas Corporações seriam comparáveis aos modernos sindicatos e cooperativas.

Todavia, sabemos todos que a transformação da Maçonaria Operativa em Especulativa se deu paulatinamente, até que os membros não ligados a arte da construção, os “aceitos”, se tornaram maioria. Com a fundação da Grande Loja de Londres em 24 de junho de 1717, firma-se definitivamente a Maçonaria Especulativa.

Pois bem, nos Ritos de origem anglo-saxão não existe a prática da coleta dos óbolos durante as sessões.

Essa prática foi criada na França, inspirada na Caixa de Esmolas das Igrejas Católicas e usada nos Ritos de origem francesa.

O termo Tronco vem da palavra francesa “Tronc”, que tanto pode significar o tronco de uma árvore ou do corpo humano, como para a caixa de esmolas.  

O primeiro registro histórico da introdução dessa prática na Maçonaria brasileira encontra-se na 14ª Ata do Livro de Ouro do Grande Oriente do Brasil, de 9 de setembro de 1822, Assembléia presidida pelo Irmão Joaquim Gonçalves Ledo, na falta do Grão Mestre José Bonifácio. Eis o texto do trecho da Ata, com a ortografia atualizada e com informações adicionais entre parênteses: “Fazendo-se por fim do sólio o costumado anúncio para as proposições a Bem da Ordem, concluiu o Irmão que tomara o Grande Malhete (Gonçalves Ledo), propondo a colocação de uma Caixa de Beneficência na Sala dos Passos Perdidos, onde em todas as sessões os Irmãos que a elas concorressem ficassem obrigados a lançar algumas moedas em sinal de sua caridade e que fazendo-se receita em separado do produto dessa caixa ele fosse aplicado ao socorro de viúvas necessitadas e educação de órfãos carecedores de meios de frequentar as escolas das primeiras letras. Esta proposição que bem dá a conhecer a sensibilidade e humanidade do proponente, foi geralmente aprovada com um entusiasmo cujos efeitos a Assembléia fará sem dúvida proveitosos aos objetos da mais bem empregada caridade”.

Correspondência na Abobada Celeste: Não há.

Atributos do cargo:

Dependendo da Potência Maçônica, o Hospitaleiro tem assento na Coluna do Sul próximo a mesa do Chanceler ou na Coluna do Norte próximo a do Tesoureiro e, por consequência, o Mestre de Cerimônias fica na posição inversa a do Hospitaleiro. No nosso entendimento, a localização mais lógica desses dois Oficiais seria o Mestre de Cerimônias ao Sul e o Hospitaleiro ao Norte, ficando próximo do Tesoureiro, com quem interage, até por dever do ofício, dentro e fora da Loja.

Durante as sessões faz circular ritualisticamente o Tronco de Beneficência, recolhendo os óbolos dos presentes e, ao final, dirige-se à mesa do Tesoureiro ajudando-o a conferir a coleta, cujo resultado fica entregue ao Tesoureiro, mas creditado ao Hospitaleiro, que é o gestor, juntamente com o Venerável Mestre, dos recursos gerados no Tronco, que devem ser utilizados unicamente para os seus fins, a beneficência, a solidariedade e à caridade.

As funções do Hospitaleiro são complexas e de diversas índoles, sendo responsável pelas atividades beneficentes da Loja, mas também incumbido de visitar os Irmãos enfermos e prover os que se encontram em dificuldades.

Nos aspectos beneficentes, deve priorizar os Irmãos da Loja, inclusive consultando o Tesoureiro sobre os que estão em atraso com suas contribuições pecuniárias e, antes de qualquer cobrança aos inadimplentes, deve contatá-los para verificar se estão com problemas financeiros e propor a ajuda que se fizer necessária.

A escolha do Mestre que deverá exercer a função de Hospitaleiro deve recair sobre um Irmão com forte espírito fraternal e caritativo e que disponha de tempo livre no mundo profano para estar sempre de “Pé e à Ordem” quando for necessário ajudar um Irmão ou uma obra beneficente da Loja.


Do livro *Manual dos Cargos em Loja do REAA* do Irm.’. Almir Sant’Anna Cruz

Interessados no livro contatar o autor, Irm.’. Almir, no WhatsApp (21) 99568-1350

março 13, 2023

LÍNGUA e LINGUAGEM, POLÍTICA e POLITICAGEM - Newton Agrella



Sem qualquer intenção de subestimar o nível intelectual de nosso povo, mas fazendo um breve exercício de constatação quanto ao nível de compreensão de sua própria língua, fica a seguinte pergunta: 

Você entende que o brasileiro conhece ou pelo menos consegue entender grande parte dos vocábulos que fazem parte de seu Hino Nacional ?

Senão vejamos alguns destes vocábulos como:

plácidas, brado, retumbante, fúlgidos, penhor, vívido, impávido, fulguras, florão, garrida, lábaro, ergues, clava...

Pois é, se neste mero exemplo, seguramente um imenso contingente ficará desconcertado para interpretar o significado dos termos acima, que aliás, são legítima propriedade imaterial de cada um de nós, que dirá querer discutir a elaboração semântica, a raiz morfológica, a etimologia e o processo de construção gramatical e sintático do idioma, sem ao menos conseguir conjugar um verbo com naturalidade e tampouco saber o que significa uma flexão de gênero, número e grau, em nome de uma pretensa apologia pela instauração da neo-qualificada Linguagem Neutra, impactando a estrutura da Língua ???

Sejamos razoáveis. 

Respeito, Direitos e Obrigações não se conquistam através de um cínico patrulhamento linguístico ou de humorísticas tentativas inócuas e sem qualquer consistência no sentido de valer-se da língua como instrumento político ideológico.

O que falta mesmo neste país é vontade de estudar, de aprender, de entender que a Língua é a nossa própria Pátria e constitui-se no símbolo mais legítimo que representa a identidade de um povo e não pode ser agredida e vilipendiada como se isso fosse sinônimo de evolução e vanguardismo.

A propósito, a Língua em si, constitui-se num conjunto organizado de elementos (sons, fonemas e articulações) que possibilitam a comunicação e que tem na palavra, o seu código e elemento principal.

A Língua possui uma "estrutura gramatical".

Por outro lado a Linguagem é a maneira utilizada para interpretar ou representar nosso pensamento ou sentimento. 

A Linguagem, é qualquer forma de expressão utilizada pelo ser humano para se comunicar.

O que um determinado grupo da mídia e de outros segmentos que se autoproclamam intelectuais estão fazendo é uma sopa de letrinhas insossa, confundindo Língua e Linguagem, como forma de querer padronizar e impor a aceitação de determinados comportamentos, subvertendo a ordem em favor de alguns grupos sociais.



ACIDENTE VERNACULAR - Newton Agrella


Observe um dado interessante no qual a influência religiosa se manifesta no dialeto "Reggitanu", falado na região da Reggio Calábria , sul da Itália, e se expressa na Declaração Universal de Direitos Humanos no referido dialeto.

"...Tutti i *cristiani* nàsciunu lìbbiri e ntâ stessa manèra 'i l'autri pi' dignità e diritti. Iddhi hannu ognunu u so' ciriveddhu mi raggiùnunu e hannu a campari unu cu l'autru comu si fùssiru  frati râ stessa matri..."

Todos os *seres humanos* nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade.

Como se percebe *cristiani* (cristãos) é a tradução para *seres humanos*.

Algo realmente instigante e ao mesmo tempo inquietante no que diz respeito ao dogmatismo religioso e à imposição histórica que involuntariamente o povo de uma determinada região (no caso a Calábria) acabou assimilando como um vocábulo de altíssimo teor de significado.

Afinal de contas, o que se  expressa no referido dialeto é que "cristiani" é a palavra que significa "seres humanos" o que por conseguinte, pode incitar a um conceito sofismático de que todos aqueles que não são *"cristiani"* não são seres humanos.

Durma-se então com um barulho destes, pois de um modo ou de outro a referida palavra - cujo singular é "cristianu" - pode ser interpretada como um "preconceito religioso".

Será que o Dialetto Reggitanu, terá que reconfigurar ou re-significar o seu substantivo "cristianu" e encontrar uma outra terminologia idiomática para legitimar a existência do ser humano ?

Neste meio tempo, aqui no Brasil a linguagem neutra, continua sendo objeto de discussão em alguns segmentos sociais.



março 12, 2023

ESCULTURA - Adilson Zotovici




Busca o livre  pedreiro com penhor

Em seu canteiro própria escultura

Da sua pedra  bruta o esplendor

Que medra, arguta,  inda obscura


Forte soa em sua mente o clangor

Por sorte viu a Luz, propositura,

E se conduz fremente com amor

Maço e cinzel produz semeadura


Livre da clausura, todo seu  valor,

Na superna  lida  doce ventura

Na eterna vida junto ao Senhor


Perenal lapidação, às vezes dura,

Inda que a perfeição só "O Criador" 

D’Arte Real lição à criatura !



ANIVERSÁRIO DE "OS LUSÍADAS"

 



Cessem do sábio Grego e do Troiano

As navegações grandes que fizeram;

Cale-se de Alexandro e de Trajano

A fama das vitórias que tiveram;

Que eu canto o peito ilustre Lusitano,

A quem Neptuno e Marte obedeceram:

Cesse tudo o que a Musa antiga canta,

Que outro valor mais alto se alevanta.

- Luís de Camões, "Os Lusíadas", Canto I

Há 451 anos, no 12 de Março de 1572, é publicada a obra portuguesa mais conhecida: Os Lusíadas.

Um dos 34 valiosos exemplares da primeira edição ainda existentes encontra-se na cidade do Rio de Janeiro.

Conta a lenda que no retorno a Portugal com a sua namorada na época o navio naufragou e Camões poderia salvar ou a amada, ou o manuscrito. Todos sabemos o que aconteceu e para imortalizar o fato o poeta escreveu: "Alma minha, gentil, que te partiste, - Tão cedo desta vida descontente..."

O poema épico de Luís de Camões, escrito numa época em que Portugal e Espanha dividiam o mundo, constitui não só a exaltação dos feitos dos portugueses, mas também a elevação da língua pátria – o português. 

A epopeia marítima publicada 70 anos depois da descoberta do caminho marítimo para a Índia por Vasco da Gama, dedicada a D. Sebastião, imortaliza os momentos marcantes da História de Portugal, segundo as regras e convenções da epopeia clássica, que Camões enriquece com o seu imenso saber e requintada criatividade, como quando coloca os heróis portugueses em confronto com os deuses, atribuindo-lhes uma condição divina. 

Uma característica fundamental do poema é de resto a existência de um herói coletivo – o povo português,  – o «peito ilustre lusitano». 

O poema é composto por dez cantos, cada um com um número variável de estrofes. Cada estrofe é composta por versos de dez sílabas, usando o esquema de rimas conhecido como “oitava rima”. É internacionalmente reconhecido como uma obra-prima e está traduzido em inúmeras línguas, do chinês ao russo.




março 11, 2023

VIGILANTES - Rui Bandeira




Os membros das Lojas Maçónicas estão divididos em três categorias, Aprendiz, Companheiro e Mestre, segundo a sua antiguidade e a sua evolução na tarefa de autoaperfeiçoamento que constitui o desiderato maçónico.

Os Vigilantes são os elementos das Lojas que têm a função de acompanhar, orientar e auxiliar, os Companheiros (1.º Vigilante) e os Aprendizes (2.º Vigilante), quer na sua integração na Loja, quer no conhecimento e compreensão dos princípios e valores maçónicos, instrumentos para o pretendido autoaperfeiçoamento pessoal, ético e moral.

Esta tarefa é sobretudo individual, pelo que os elementos que as Lojas designam para acompanhar esses obreiros não têm como função ensinar, antes auxiliar, estar atentos às necessidades e ao desenvolvimento de cada elemento a seu cargo, em suma, estar de vigília junto dos elementos que tem a seu cargo, em ordem a poderem, sempre que e quando necessário, intervir, sugerir, esclarecer e, assim, auxiliar a desejada evolução de cada um deles. Daí a designação de Vigilantes.

Constituindo a principal tarefa de uma Loja Maçónica o autoaperfeiçoamento, constante e contínuo dos seus membros, com o auxílio do grupo (tarefa nunca finda), obviamente que se tem especial cuidado com os elementos mais recentes, que é suposto serem os que mais necessitam desse apoio. Assim, os Vigilantes são, imediatamente após o Venerável Mestre, os elementos que exercem as funções de maior responsabilidade da Loja. Normalmente, são designados para as funções de Vigilantes maçons experientes, que exerceram já diversas funções em Loja e que, por isso, a conhecem bem. Procura-se assim auxiliar a rápida e frutífera integração dos novos elementos no grupo e nos seus Princípios, Valores e Ideais.

O 1.º Vigilante simboliza a Força (fortaleza de caráter moral) ter força moral, mas também a força concreta das ações, no sentido em que toda a obra, toda a construção, humana só persiste se tiver força para se manter, por si só); 

o 2.º Vigilante simboliza a Beleza (beleza das virtudes), e em tudo o que construímos; "forte e feio" é, manifestamente, menos perfeito que "forte e belo").

Ao conjunto constituído pelo Venerável Mestre e pelos Vigilantes é costume dar-se a designação de "Luzes da Loja", pois que a iluminam com as três qualidades que devem nortear todos os atos e obras de um maçom: Sabedoria, Força e Beleza.

Todas as decisões relativas à Loja que necessitem de ser tomadas entre reuniões são tomadas em conjunto por estes três elementos.



A ESCADA DE JACÓ - Milo Bazaga


Segundo a Bíblia, Jacó, “Tendo chegado a certo lugar, e, querendo nele descansar depois do Sol posto, tomou uma das pedras que Ali estavam, e, pondo-a debaixo DA cabeça, dormiu naquele mesmo lugar. Viu em sonhos uma escada posta sobre a terra, cujo cimo tocava o céu, e OS anjos de Deus subindo e descendo por ela e  o Senhor apoiado na escada, que lhe dizia: Eu sou o Senhor; darei a ti e à tua descendência a terra em que dormes. Eu serei o teu protetor para onde quer que fores, e não te abandonarei, sem cumprir tudo o que desse”.

No painel da Loja de Aprendiz está presente a Escada de Jacó.

A escada tem muitos degraus, OS quais indicam as virtudes por cuja prática temos de ascender até a perfeição simbolizada pela estrela, no seu ápice.

Os degraus da escada partem das profundidades e alcançam as alturas. A Casa do Grande Arquiteto tem muitas moradas, muitos níveis e lugares de descanso para as suas criaturas, dentro da suas diferentes condições e graus de processo. Esses níveis, planos e sub-planos, estão simbolizados pelos degraus DA escada. Eles retratam três planos do mundo que se reproduzem no homem: o plano físico, o emocional e o mental. O primeiro corresponde à sua matéria física ou corpo sensório; o segundo, à sua natureza emocional ou de desejo, que resulta DA interação entre seus sentidos físicos e a sua mente ultra física; o terceiro, o plano mental, corresponde à sua mentalidade, que está ainda mais afastada de sua natureza física, e forma o laço entre esta e o seu ser espiritual.

O universo e o homem estão constituídos à maneira de uma escada, numa ordenada série de degraus. Há dois movimentos por esses degraus: a substância única, símbolo do universo, “desce” do estado de extrema  sutiliza, por sucessivas etapas de densificação, até chegar à mais grosseira materialidade; e depois “ascende”, por análoga gradação de planos, ao seu ponto de origem, mais enriquecida com as experiências acumuladas no processo.

Foi esse processo cósmico o objeto da visão ou sonho de Jacó. O que ele sonhou ou contemplou, com visão supra ciente, pode igualmente ser hoje percebido por quem tenha abertos OS olhos internos.

Todo verdadeiro iniciado obteve uma ampliação de sua consciência e de suas faculdades, a qual, em algumas circunstâncias, pode capacitá-lo para contemplar OS mundos sutis revelados aos patriarcas hebreus. E tão espontaneamente quanto é possível, ao profano, ver, com seus olhos corporais, os fenômenos do mundo material.

Através da Escada de Jacó, o iniciado pode contemplar a Grande escada do Universo, com o mecanismo da involução, diferenciação, evolução e re sintetização, que constitui o processo da vida.

Dá-se a descida das essências, ou almas humanas, através de planos de crescente densidade e decrescente medida vibratória; descem revestidas de véus de matéria peculiar a cada plano, até que por fim alcançam o nível de sua completa materialização.

É quando se dá, então, a acérrima luta pela supremacia entre o homem interno e o externo, entre o espírito e a carne, entre o verdadeiro ser e o ser ilusório. A batalha tem que ser travada no tabuleiro de xadrez de nossa atual existência, entre os opostos, brancos e negros, da luz e das trevas.

Igualmente, pode o iniciado observar o ascendente retorno daqueles que venceram na luta, conseguiram sua regeneração, transmutaram OS bens terrenos adquiridos durante a sua descida, e chegaram à sua fonte, puros e incontaminados das misérias deste imperfeito mundo.

Na escada há três emblemas; uma Cruz, uma âncora e um cálice com uma mão estendida, em atitude de alcançá-lo. São as três virtudes principais: a fé, a esperança e a caridade.

À medida que cada um sobe, no seu feliz retorno, pela Escada de Jacó, tem de subir sozinho. Entretanto, como as tradições secretas ensinam, e dentro do que significam os braços da Cruz, cada um tem que estender as duas mãos; uma, para alcançar os protetores invisíveis, de cima, e a outra para ajudar OS irmãos débeis a subirem, de baixo.

Cada vida e todas as vidas são fundamentalmente uma só e ninguém vive para si, sozinho.

março 10, 2023

A FLOR DA VIDA - Heitor Rodrigues Freire


 


“Todas as coisas têm a predisposição de unirem-se ao todo, para escapar à própria imperfeição”. Leonardo Da Vinci.

Os sábios, ao longo dos tempos, foram buscando e descobrindo uma linguagem que representasse de forma sintética parte dos ensinamentos que consideravam sagrados e que desejavam que permanecessem ocultos à plebe. Assim foram surgindo símbolos que representavam um ensinamento esotérico acessível somente aos iniciados. Desde a Antiguidade, os sábios reconheciam na natureza formas e proporções especiais, que traduziam uma harmonia e unidade em si.

É interessante observar que, quase ao mesmo tempo, em diversos lugares do planeta, o conhecimento se tornou franqueado aos que se dedicavam ao estudo das coisas sagradas. O que mais uma vez comprova que a sabedoria está na energia que circunda tudo. Assim foi com os maias, astecas, egípcios, gregos, hindus, chineses, celtas, etc., tão distantes fisicamente e tão próximos cósmica e mentalmente. 

As relações de forma e proporções consideradas sagradas na geometria e na arquitetura também ocorrem de forma idêntica em outras áreas da expressão humana, como na música. O estudo da harmonia vem fascinando os compositores e amantes da música há milênios. A mesma harmonia nos sons, nas formas, nas cores também se encontra na natureza, do microcosmo ao macrocosmo.

Então, que nossos pensamentos e sentimentos sejam sempre luminosos e harmônicos!

Nós estamos aqui por um motivo. Cada dia é uma bênção e fonte de eterno recomeço.

Mas jamais descobriremos isso pelas vias da mente racional. Nem com o passar dos anos na carne; e nem com todo conhecimento linear do mundo. Uma parte de nós sabe e compreende o mistério. Aquela parte que habita em nossos corações. Aquela que é a verdadeira essência.  A fonte. A origem. Esse é o caminho.

Como lembra um dos maiores estudiosos atuais, o médico norte-americano Robert J. Gilbert, os símbolos se baseiam num único princípio: “Tudo tem um padrão, e esse padrão é a chave para criar um efeito específico”.

Esse padrão está contido na Flor da Vida, o padrão da criação.  A Flor da Vida é encontrada na Irlanda, Israel, Egito, China, Tibete, Grécia, Japão e em outros países. Em todos os lugares ela tem o mesmo nome. A Flor da Vida é um símbolo universal, pois existe também, segundo os estudiosos, em outros lugares do cosmos. 

Leonardo Da Vinci, um dos homens mais sábios de todos os tempos pela diversidade de seu conhecimento, pela amplitude de seus trabalhos em diversas áreas, buscou decifrar os padrões existentes recorrendo à geometria para chegar ao fundamento da manifestação da vida. Nessa busca, ele chegou à Flor da Vida, um padrão geométrico constituído por vários círculos de igual diâmetro, sobrepostos de maneira padronizada de modo a formar uma estrutura semelhante a uma flor,  elemento que, segundo a tradição egípcia, simboliza a vida em sua plenitude.

Segundo o escritor esotérico Drunvalo Melchizedek, ela é chamada flor não só porque se parece com uma flor, mas também porque representa o ciclo de uma árvore frutífera. O padrão sagrado da Flor da Vida, a geometria básica geradora de todas as formas físicas, é estudado em profundidade em seu livro O Antigo Segredo da Flor da Vida, publicado em dois volumes pela editora Pensamento. Vale a pena estudar o seu significado.

Como se pode saber o caminho sem percorrê-lo, se o caminho se faz em cada passo que damos? Ou, como escreveu o poeta andaluz Antonio Machado, “Caminante, no hay camino; se hace camino al andar.” Por isso, digo:  deixemos fluir a vida, sem pará-la em processos egóticos, porque não sabemos o que temos pela frente se não o vivenciarmos. 

Para isso, é preciso fé. Fé que não é crença. Fé é comportamento. Fidelidade. Esse é o caminho.

“O que você sabe não tem nenhum valor; o que tem valor é o que você faz com o que você sabe”. (Princípio da Filosofia Kung Fu). 


A ARTE DE SER MAÇOM" - DO STATUS A LAPIDAÇÃO - Mateus Corrêa Leite




Não é raro vermos, ouvirmos ou até mesmo nos depararmos com histórias de profanos que procuram o ingresso na sublime ordem pelo simples de fato de se tornar e poder dizer "Sou Maçom". Chamo isso de busca por status, que em uma de suas definições quer dizer a busca da honra ou o prestígio anexados a posição de ser um alguém na sociedade.

A busca por esse "tal" status muitas vezes podem deixar marcas irreparáveis na índole e caráter de um ser humano, sendo ele maçom ou não. Mas no caso do aprendiz maçom, acredito eu, merece algumas profundas reflexões para que chegue ao fato, sólido e concreto, do que realmente é "a arte de ser maçom".

Acredita esse que vos fala, que qualquer que tenha sido o motivo que tenha levado um irmão ainda que aprendiz, ou não, a ingressar na nossa Sublime Instituição, que os acolheu fraternalmente como um de seus membros, certamente ainda não entenderam, assim como eu, em toda sua amplitude, a importância dessa decisão e todas as suas possibilidades de progresso moral, espiritual e intelectual que se abriram no momento de sua iniciação.

Percebo que a doutrina maçônica se revela efetivamente só a quem se dedica com sinceridade e fervor, absoluta lealdade, firmeza e perseverança no estudo e na prática da Maçonaria.

Isso se consegue por meio de provas. As provas simbólicas da Iniciação e as provas posteriores de desalento e decepção. Aquele que se deixa vencer por essas provas assim como o que ingressou na Ordem com espírito superficial, não conhecerá tudo o que a Maçonaria pode oferecer no sentido do aperfeiçoamento humano.

Daí, podemos chegar ao denominador comum que dá o tema a esse trabalho. Por mais que o Aprendiz tenho sido iniciado com o simples fato de buscar tal status em sua sociedade, perceberá que o tesouro maçônico se acha profundamente escondido na terra, que subliminalmente, quer dizer dentro dele mesmo.

Somente escavando-se muito, ou seja, buscando debaixo da aparência, poderemos encontrá-lo. Quem passa pela Instituição como se fosse uma sociedade qualquer ou um clube profano, jamais pode alcançar conhecê-la. Só persistindo nela com vontade inalterada, esforçando-se para ser verdadeiramente maçom e tendo consciência clara dessa qualidade, o irmão encontrará seu real valor. É nesse contexto que inicia-se tal lapidação. A lapidação de ser humano, do eu em primeira pessoa.

Por um exemplo, seria simples para qualquer aprendiz estudioso, ler uma, duas, três, ou até mesmo decorar o preâmbulo da maçonaria, os significado simbólico dos trajes, vestimentas, marchas, jóias da loja, ou realizar 20, 30, 40 visitas em lojas irmãs. Para ser um pouco mais profundo, e simples, seria até mais fácil tomar um conhecimento superficial sobre um pouco do que prega e estuda a maçonaria, para dizer "ou maçom", mas na verdade, para que se aprenda a arte de ser maçom, é preciso se lapidar.

Ser um bom Aprendiz, um Aprendiz ativo, que se esforça por ir na direção da Luz da Verdade e da Virtude, pondo em prática a doutrina iniciática contida no simbolismo do grau, é sem dúvida melhor que ostentar graus mais elevados permanecendo na odiosa ignorância dos sublimes princípios e fins de nossa maçonaria.

A condição de aprendiz se refere à nossa “capacidade de aprender”. Somos aprendizes enquanto nos fazemos receptivos, nos abrindo interiormente e dirigindo nosso empenho no sentido de aproveitarmos construtivamente todas nossas experiências de vida e todos os ensinamentos que, pelas mais variadas formas, nos são passados.

Nossa mente aberta, livre de preconceitos, e a intensidade do desejo de progredir, determinam essa capacidade.

O esforço individual é condição “sine qua non”, para os mais entendidos ou “sem o qual não pode deixar de ser” para esse progresso.

O Aprendiz não deve se contentar em receber passivamente as idéias, conceitos e teorias que lhe são apresentadas, tem que se lapidar. Há que trabalhar todo esse material e assim formar opinião própria sobre ele.

Uma das coisas mais importantes que caracterizam nossa Instituição é a perfeita compreensão da existência harmônica dos princípios de Liberdade e Autoridade.

Cada qual deve aprender a progredir por meio de suas próprias experiências e compreensão e, claro, seus próprios esforços, ainda que aproveitando, mediante seu critério, as experiências de irmãos que o precederam no mesmo caminho.

A autoridade dos Mestres, na minha humilde opinião, é simplesmente guia para o Aprendiz enquanto ele não puder caminhar por si mesmo.

Essa autoridade não será nunca resultado de imposição ou coerção. Ela pode existir sim, mas será produto de um progresso espiritual por estar o Mestre mais adiantado no caminho que todos temos de percorrer. Haverá de ser uma autoridade natural que se terá logrado através do conhecimento da Verdade e da prática da Virtude, ou seja, da lapidação, não a que os outros, ou conceitos pré definidos farão nós aprendizes, mas aquele que nós mesmo teremos de fazer em nós mesmos.

março 09, 2023

CABRAL INICIA A VIAGEM DO DESCOBRIMENTO

 



Pedro Alvares, depois Cabral, filho de Fernão e Isabel nasceu em Belmonte, no norte de Portugal, mas foi criado em Lisboa, no mundo da corte, onde aprendeu a atirar e a cavalgar, estudou latim, aritmética, geografia e astronomia e constituiu-se bom fidalgo, com primores de honra, ganhando o título de Senhor de Belmonte e Alcaide Mor de Azuzara. Casou-se em 1503 com uma mulher riquíssima, com quem teve 6 filhos.

Aos 33 anos saiu de Lisboa ao meio dia, com a maior frota já montada até aqueles dias, nove naus, três caravelas e uma naveta de mantimentosapós um grande evento no dia anterior com a presença do rei e uma grande multidão. 

Cinco dias depois da partida, a frota passou pelas Ilhas Canárias, depois Cabo Verde. Uma das naus desapareceu, cruzou a linha do Equador em 9 de abril e alguns dias depois avistaram algas marinhas e pensavam que estavam nas Índias. No dia 22 de abril avistaram o Monte Pascoal. 

Assim D. Manuel, O Venturoso, descreve o fato: o dito meu capitão, Pedro Alvares, com 13 naus, partiu de Lisboa a nove dias de março do ano passado e nas oitavas de Páscoa seguinte chegou a uma terra que novamente descobriu a que pos o nome de Santa Crus, em que achou gentes nuas como na primeira inocência, mansas e pacíficas, a qual pareceu que Nosso Senhor milagrosamente quis que se achasse porque é muito conveniente e necessária a navegação da India, porque ali corrigiu suas naus e tomou água, e pelo caminho grande que tinha para andar não se deteve para se informar das coisas da dita terra, somente dali me enviou um navio a notificar-me como a achara, e seguiu seu caminho pela via do Cabo da Boa Esperança.

TUDO COMEÇOU EM 9 DE MARÇO.

APRENDENDO COM OS IRMÃOS - Álvaro Perez M.’.M.’.




Durante toda a vida estamos aprendendo, seja de forma deliberada, quando nos inscrevemos em curso, ou quando entramos em contato com pessoas que, mesmo sem ter essa intenção, nos ensinam as mais diversas coisas, às vezes muito mais valiosas do que as aprendias nos bancos escolares.

A criança, campo fértil para o ensino e aprendizagem, vai dia a dia conhecendo o mundo que a cerca e aprende a interagir com ele, por mais inóspito que seja.

Com o decorrer da idade nosso aprendizado vai mudando, algumas vezes aprendemos na escola, outras vezes com os mais velhos, amigos e até com estranhos.

Entretanto, algumas vezes, deliberadamente, nos colocamos no caminho do aprendizado.

Um momento especial é quando aceitamos ingressar na Maçonaria.

Uma pergunta que ouvi mais de uma vez foi: “O que você ganha fazendo parte da maçonaria?”.

De fato ganhar no sentido material da expressão nós não ganhamos nada, talvez até percamos uma vez que a ordem nos impõe algumas obrigações de ordem pecuniária.

No entanto, o “ganho” em fazer parte da Ordem Maçônica é justamente o ensinamento que recebemos diariamente, quando nos confrontamos com a moral maçônica.

Os valores morais da ordem são sólidos ao ponto de modificar nossa visão do mundo.

Ao ingressar em uma sociedade que tem por fim aprimorar o homem, não é possível ficar indiferente e a primeira coisa que nos vem à mente é fazer uma autocrítica para saber por onde começar essa mudança.

Quem de nós não reconhece seus próprios defeitos, mesmo que não tenha a coragem de admiti-los publicamente??? 

Recentemente tive a oportunidade de reunir-me com alguns irmãos para tratar de assuntos de nossa Loja e em determinado momento um irmão me perguntou se o ingresso na Ordem me havia modificado de alguma maneira.

Confesso que embora no momento não tivesse dificuldade em admitir que eu houvesse mudado nesse período, somente depois, pensando melhor é que pude avaliar o quanto foi grande essa mudança. 

Apesar de ter ingressado há alguns poucos anos na instituição, meus valores hoje são outros.

Quando olho para outra pessoa consigo ver além da imagem material que essa pessoa possui. 

Isso não se obtém facilmente, mas com muito estudo e perseverança.

Hoje tomo decisões com mais tranqüilidade e com melhor avaliação de todos os aspectos envolvidos.

O conhecimento nos traz a serenidade para tomar decisões, isso evidentemente não impede que erremos, mas certamente erramos menos.

A Maçonaria, dado a seu aspecto universal e ecumênico, onde convivem pessoas de todos os povos, raças e religiões, é possivelmente a única entidade com condições de realmente levar a fraternidade a todos os recantos da terra.

Seus ensinamentos permeiam a sociedade em diversos níveis, visto que temos em nossas fileiras Irmãos de todas as classes sociais. 

Se isso no entanto é um privilégio, por outro lado nos impõe uma obrigação, pois de nada serviria uma organização com essas características se ela não tiver o poder de transformar o mundo. 

Hoje vemos diariamente nos meios de comunicação atrocidades sendo cometidas em várias partes do planeta, e parece que isso não consegue mais nos indignar. 

Em que momento deixamos que isso ocorresse conosco? 

Como pode um pai de família ouvir com indiferença que uma criança foi molestada sexualmente dentro de sua própria casa pela pessoa que devia protegê-la.

Em que momento perdemos nossa capacidade de revolta e indignação?

Onde estão os milhões de maçons espalhados pela terra, quando essas ações se perpetuam? 

Há pouco tempo ouvi de um eminente maçom uma frase que no primeiro momento me chocou, mas depois percebi que ele tinha a mais completa razão.

Dizia ele que a Maçonaria é respeitada por todos os setores da sociedade, menos pelos próprios maçons... 

Ele dizia isso no sentido de que o maçom não percebe a força que tem e não age por que não acredita em seus próprios méritos.

Nossos irmãos em outros tempos modificaram a face deste mundo, derrubaram monarquias absolutistas, intervieram decisivamente na independência de vários países, inclusive o nosso, libertaram escravos e tornaram o mundo mais humano.

E nós no conforto de nossos lares não temos a coragem de organizar uma ação que modifique esse estado de coisas em que vivemos.

A criança que hoje nasce espera receber de nós o exemplo e a sinalização do caminho a ser seguido.

Se o que ensinarmos for indiferença e inércia, não podemos esperar que eles aprendam coisa diversa.

A oportunidade que temos de reunirmos, semanalmente em um ambiente reservado, onde podemos tratar livremente de qualquer assunto é um privilégio que não podemos desperdiçar.

Lembrem-se que os nossos irmãos de outrora chegaram a ser mortos simplesmente por serem maçons.

De que vale o conhecimento e o aprimoramento pessoal que adquirimos se isso não for o motor de algo maior que nós mesmos? 

Acredito que a solução de graves problemas estão mais próximas da solução do que nós imaginamos, basta vencermos alguns vícios, como orgulho e vaidade e unirmos em torno de um objetivo comum. 

Já dizia o filósofo:

*“Você pode escolher o que plantar, mas será obrigado a colher o fruto de seu trabalho”.*


PALESTRA NA ARLS CARIDADE EM SP

 






No dia 8, em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, realizei a palestra "O caminho da Felicidade" na ARLS Caridade em São Paulo com a presença de 31 mulheres, cunhadas e convidadas, além dos irmãos da Loja e do Delegado Distrital da 7a Região da Glesp, ir. Carlos Sciorilli. Agradeço ao VM Marcio Szalma a doação das cestas básicas como compensação da palestra. É a segunda vez que tenho a honra de falar nesta Loja.


Infelizmente muitas Lojas ainda mantém as mulheres afastadas de seus templos, esquecendo que para que um homem se torne maçom é fundamental a aprovação de uma mulher e que, na verdade, o braço de Beneficência da maçonaria é majoritariamente operado por elas.

março 08, 2023

RESPIRAÇÃO


Existem três etapas na respiração: a inspiração (apenas com as narinas, com a boca fechada), a retenção da respiração, e a expiração, perfazendo um movimento só. 

Abuláfia (o fundador da Cabala Yunit (cabala contemplativa)) nos diz que o sangue (Nefesh) contaminado por energias negativas, provoca um tipo de imaginação maléfica – pensamentos destrutivos, depressão. Nos fala também que estas 3 etapas da respiração seriam as três letras shindaletyud, formando o nome Shadai – O Guardião das Portas de Yis’rael – ou seja, o guardião das nossas portas internas. 

Quando se respira desta forma, este atributo divino é colocado em nós, impedindo que as energias negativas entrem em nós. 

Segundo Abuláfia, fazendo apenas esta respiração (inspiração – retenção - expiração), por 18 vezes seguidas, já consegue mudar a essência da própria vitalidade. 

Abuláfia destaca a necessidade de uma longa inspiração e da utilização máxima do ar retido. 

Ao expirar, solte o ar completamente. Faça no seu ritmo, respeitando-o. Procure estender cada parte o máximo possível. 

Esta respiração era realizada diariamente pelo Rei David 

Para ser feita antes de qualquer prática meditativa 

1- Sente-se num lugar tranquilo. 

2- Respire lenta e profundamente. 

3- De forma concentrada, fique atento à sua respiração, e conte o número de vezes que respira até 60 respirações (pode ser mais vezes). 

4- A partir daí, a sua mente sai deste mundo, do estado de consciência em que você se encontra, e entra num estado contemplativo. 

5- Neste estado, qualquer reflexão crítica, mivtá (mantra) que se faça, permutação de letras, meditação, meditação com vocalização, ganha uma outra dimensão. 

6- Após isso relaxe mais uns minutos 

7- Tente sempre que possível utilizar esta respiração 

Por: Academia de Cabala