março 31, 2023

ALGUNS FATOS HISTÓRICOS QUE VOCE NÃO CONHECE



Santos Dumont almoçava 3 vezes por semana na casa da Princesa Isabel em Paris. 

A ideia do Cristo na montanha do Corcovado partiu da Princesa Isabel. 

A família imperial não tinha escravos. Todos os negros eram alforriados e assalariados, em todos os imóveis da família.

 D. Pedro II tentou ao parlamento a abolição da escravatura desde 1848. Uma luta contra os poderosos fazendeiros por 40 anos. 

D. Pedro II falava 23 idiomas, sendo que 17 era fluente. 

A primeira tradução do clássico árabe “Mil e uma noites” foi feita por D. Pedro II, do árabe arcaico para o português do Brasil. 

D. Pedro II doava 50% de sua dotação anual para instituições de caridade e incentivos para educação com ênfase nas ciências e artes. 

D. Pedro Augusto Saxe-Coburgo era fã assumido de Chiquinha Gonzaga. 

Princesa Isabel recebia com bastante frequência amigos negros em seu palácio em Laranjeiras para saraus e pequenas festas. Um verdadeiro escândalo para época. 

Na casa de veraneio em Petrópolis, Princesa Isabel ajudava a esconder escravos fugidos e arrecadava numerários para alforriá-los. 

Os pequenos filhos da Princesa Isabel possuíam um jornalzinho que circulava em Petrópolis, um jornal totalmente abolicionista. 

D. Pedro II recebeu 14 mil votos na Filadélfia para a eleição Presidencial, devido sua popularidade, na época os eleitores podiam votar em qualquer pessoa nas eleições. 

Uma senhora milionária do sul, inconformada com a derrota na guerra civil americana, propôs a Pedro II anexar o sul dos Estados Unidos ao Brasil, ele respondeu literalmente com dois “Never!” bem enfáticos. 

Pedro II fez um empréstimo pessoal a um banco europeu para comprar a fazenda que abrange hoje o Parque Nacional da Tijuca. Em uma época que ninguém pensava em ecologia ou desmatamento, Pedro II mandou reflorestar toda a grande fazenda de café com mata atlântica.

Quando D. Pedro II do Brasil subiu ao trono, em 1840, 92% da população brasileira era analfabeta.

Em seu último ano de reinado, em 1889, essa porcentagem era de 56%, devido ao seu grande incentivo a educação, a construção de faculdades e principalmente de inúmeras escolas que tinham como modelo o excelente Colégio Pedro II.

 A Imperatriz Teresa Cristina cozinhava as próprias refeições diárias da família imperial apenas com a ajuda de uma empregada (paga com o salário de Pedro II).

Em 1880 o Brasil era a 4º economia do Mundo e o 9º maior Império da história.

De 1860 a1889 a média do crescimento econômico foi de 8,81% ao ano.

Em1880 eram 14 impostos, atualmente são 98.

De 1850 a1889 a média da inflação foi de 1,08% ao ano.

Em1880 a moeda brasileira tinha o mesmo valor do dólar e da libra esterlina.

Em 1880 o Brasil tinha a segunda maior e melhor marinha do Mundo, perdendo apenas para a da  Inglaterra.

De1860 a1889 o Brasil foi o primeiro país da América Latina e o segundo no Mundo a ter ensino especial para deficientes auditivos e deficientes visuais.

Em1880 o Brasil foi o maior construtor de estradas de ferro do Mundo, com mais de 26 mil km.

A imprensa era livre tanto para pregar o ideal republicano quanto para falar mal do nosso Imperador. Diplomatas europeus e outros observadores estranhavam a liberdade dos jornais brasileiros" conta o historiador José Murilo de Carvalho. Mesmo diante desses ataques, D. Pedro II se colocava contra a censura.  "Imprensa se combate com imprensa", dizia.

O Maestro e Compositor Carlos Gomes, de “O Guarani” foi sustentado por D. Pedro II até atingir grande sucesso mundial.

D. Pedro II mandou acabar com a guarda chamada Dragões da Independência por achar desperdício de dinheiro público. Com a república a guarda voltou a existir.

Em 1887, D. Pedro II recebeu os diplomas honorários de Botânica e Astronomia pela Universidade de Cambridge.

A mídia ridicularizava a figura de D. Pedro II por usar roupas extremamente simples, e pelo descaso no cuidado e manutenção dos palácios da Quinta da Boa Vista e Petrópolis. O imperador não admitia tirar dinheiro do governo para tais futilidades. Alvo de charges quase diárias nos jornais, mantinha a total liberdade de expressão e nenhuma censura.

D. Pedro II andava pelas ruas de Paris em seu exílio sempre com um saco de veludo ao bolso com um pouco de areia da praia de Copacabana. Foi enterrado com ele.

Fonte: Biblioteca Nacional RJ, IMS RJ, Diário de Pedro II, Acervo Museu Imperial de Petrópolis RJ, IHGB, FGV, Museu Nacional RJ, Bibliografia de José Murilo de Carvalho.

DA INSPIRAÇÃO - Heitor Rodrigues Freire



Deus, ao criar o ser humano, dotou-o de todos os predicados e atributos necessários para sua evolução, aprendizado e sabedoria, destes um fundamental é a inspiração. Para o despertar da sua consciência, necessário é que faça uso dos poderes que, potencialmente, já dispõe e cujo uso vai permitir-lhe cumprir sua finalidade primária: contribuir com sua parte para o conjunto do universo de que faz parte.

Para lançar-se a essa aventura extraordinária que é o viver, é imprescindível dotar-se da coragem indispensável para enfrentar e vencer desafios os mais difíceis, quase intransponíveis para o ser comum, e não se deixar vencer pelo medo. O primeiro desafio é esse, porque este poderá levar a pessoa a desistir de si mesma, o que implicaria num abandono da luta, que, por si só é interminável.

O homem, em função dos grandes feitos que realizou ao longo da história, adquiriu uma certa arrogância por se considerar autor de todo o progresso conquistado com sua própria inteligência. Mas se esquece que, na realidade, ele é apenas um coautor utilizado por Deus para dar sequência ao Seu projeto divino.

Por meio da razão e da imaginação se pode criar um plano de trabalho a ser realizado num devido tempo, cada um é o arquiteto do seu próprio destino. Deve se plantar e aguardar a colheita para usufruir o melhor resultado do seu trabalho. É o que acontece normalmente. 

Muitos são os ensinamentos das mais diferentes correntes de pensamento, da própria religião e diversas filosofias que ensinam a utilização da mente para se obter um resultado desejado.

Exemplos existem a mancheias para embasar esses ensinamentos, o que fortalece a convicção da realização e da conquista de metas que, por sua vez não devem constituir um apego.

Mas quando os planos de Deus divergem dos planos do homem – o homem põe e Deus dispõe –, e a ação da vontade do Senhor se manifesta de forma definitiva, abre-se um vácuo, um vazio de grande frustração. Daí a necessidade de sempre orar e buscar a orientação divina, a fim de receber a inspiração que possibilitará a realização dos objetivos – ou, em caso contrário, a aceitação da vontade divina.

Então surge a esperança que alimenta a fé – ao contrário do dito popular que afirma que esta é a última que morre, na realidade, não morre nunca – , enquanto houver vida e está é infinita, haverá esperança. Aqui há a considerar a questão da velhice, um obstáculo que deve ser encarado com serenidade, porque com a consciência da infinitude da vida, ela passa a ser uma questão biológica, física, mas que na realidade só existe no plano material.

Paulo, na primeira carta aos Coríntios, capítulo 13 termina dizendo que: “ao fim restam estas três: a fé, a esperança e o amor. Mas a maior de todas é o amor”. O que acaba testemunhando a imortalidade da fé e da esperança, embora sejam menores que o amor.

O medo leva ao desespero e a esperança à fé, constituindo assim os extremos dessa gangorra interminável. Daí poder se entender que qualquer conjunto de regras, valores, proibição e tabus são procedentes de fora do homem, ou seja são inculcados ou impostos pela política, pelos costumes, religião ou ideologias.

Ao contrário, uma reflexão sobre qualquer desses conjuntos implica numa revisão racional e critica sobre a validade da conduta humana, o que leva o homem a rever os ideais e valores que procedem da sua própria deliberação.

Daí que a concordância com as regras determinadas exige previamente uma análise racional e crítica, porque desde o homem primitivo sempre existiram normas, costumes, rituais, que norteavam sua conduta. 

A título meramente informativo, vale registrar que Sócrates no século V a.C., sacudiu a sociedade ateniense ao propor como valores primordiais os valores espirituais em oposição aos valores materiais.

Enfim, a inspiração faz toda a diferença.


março 30, 2023

MAÇONARIA NA UTI - Aderbal Luís Lopes de Andrade



Meus queridos Irmãos, infelizmente não trago boas notícias, o estado de saúde da Maçonaria piorou e ela foi levada para UTI para que ocorram procedimentos especiais na tentativa de lhe devolver a vida em sua forma de origem. 

Nos últimos anos a nossa querida Instituição vem sofrendo muitos ataques na tentativa de destruir seus ideais e suas finalidades, e esses ataques em 90% das vezes procedem de seus próprios membros, os outros 10% são oriundos de profanos que vivem na escuridão. 

Quando iniciamos nos é dada à Luz, colocamos nossa mão direita sobre o Livro da Lei e fazemos juramentos e nos comprometemos com o Grande Arquiteto do Universo e com todos os Irmãos de defender nossos ideais, nossas leis, a liberdade, a fraternidade, a igualdade, a Pátria, a família, entre outras coisas. No entanto, o que vem ocorrendo, é que a cada iniciação, os neófitos ao se levantarem após o juramento, já não se lembram do que juraram, e que deveriam a partir daquele momento levantar templos a virtude e cavar masmorras aos vícios, mas, fica só da boca para fora, quando deveria ser o contrário. 

Meus Irmãos não estou aqui fazendo julgamento de ninguém, pois isso só cabe a Deus, estou apenas relatando fatos que se propagam no dia a dia Maçônico. 

A Maçonaria se afastou de suas origens, pois deixamos de ser pedreiros, edificadores dos bons costumes, e passamos a ser engenheiros, ou seja, deixamos de trabalhar pela Ordem, de colocar a mão na massa e passamos a dar ordens para que outras pessoas (profanos) passem a realizar as nossas atividades e, dessa forma, fomos nos afastando de nossos compromissos e da verdadeira Maçonaria. Nós temos a missão de levar a Luz ao mundo, de sermos construtores de uma humanidade mais caridosa, mais harmoniosa, mais livre, e por isso homens livres e de bons costumes são pinçados no meio da sociedade, para se transformarem nesse instrumento dessa revolução social, porém, o que temos visto a cada dia é o mundo profano entrando na Maçonaria e causando a doença que está matando nossa querida e amada Ordem. 

Na iniciação a Maçonaria deveria entrar no neófito ao lhe ser dada à Luz, porém, o que se percebe e a escuridão do mundo profano tentando apagar a Luz, ao coloca-la em segundo plano em suas vidas, é como Jesus disse, não se acende um candeeiro para se colocar embaixo da cama, mais em um lugar alto para que possa iluminar todo o ambiente. 

Infelizmente hoje na Maçonaria temos muitos candeeiros embaixo de suas camas, representados pelo orgulho, vaidade, egoísmo, falta de comprometimento, entre tantas outras coisas. 

Um grande exemplo de tudo isso foi a omissão não dá Maçonaria, mais dos Maçons no momento político do Brasil, onde nossos juramentos foram colocados a prova e o que se viu foi uma falta de reação individual, um descompromisso com nossos ideais, como se nada estivesse acontecendo e, o pior, é escutar e ver Irmãos criticando a Maçonaria por se manter inerte a tudo isso, ou seja, jogando a sua culpa sobre os ombros da nossa Ordem. Se olharmos para traz, nos grandes momentos de defesa da Pátria em que a Maçonaria foi um expoente, vamos ver que esses movimentos tiveram origem nas Lojas, por Maçons que verdadeiramente honravam seus juramentos e, das Lojas eles evoluíam para criar a nossa maravilhosa história.

Outro grave ataque que a Maçonaria vem sofrendo, vem ocorrendo dentro de nossos Templos, que são revestidos de uma egrégora positiva, fantástica advinda de nossos antecessores e que nos faz entrar em contato com a Luz que foi revelada de uma forma extraordinária em nossa iniciação, essa energia positiva acontece, quando deixamos as coisas profanas na sala dos passos perdidos e adentramos o Átrio com nossas mentes livres, para acolhermos os ensinamentos e assim, darmos um salto quântico para sairmos da Sessão melhor do entramos. 

No entanto, o que vemos hoje é simplesmente inconcebível, quando Irmãos abrem a tela de seus celulares nas Sessões, trazendo o mundo profano e a sua escuridão para dentro de Templo e quebrando essa egrégora. É muito triste ver isso acontecendo, Irmãos conversando pelas redes sociais durante a Sessão, lendo notícias, vendo vídeos pornográficos, buscando resultado de partidas de futebol. 

Entendo que a modernidade faz parte de nossas vidas, porém, existem limites para tudo e esses limites tem e devem ser respeitados, especialmente dentro de nossos Templos. 

Poderia aqui relatar centenas desses ataques a nossa Instituição, porém, acredito que estes sejam suficientes para que sejam restabelecidos os nossos compromissos assumidos em nossa iniciação para voltarmos a ser Maçonaria e não um clube de serviço. 

Concluindo, a Maçonaria está doente, em estado crítico, respirando por meio de aparelhos que são representados pelos verdadeiros Maçons, que ainda resistem e lutam em defesa de nossos ideais, ainda há tempo para salva-la, basta que passemos a fazer a revolução dentro de nossas Lojas, tirando os candeeiros debaixo das camas, e colocando nos lugares mais altos de nossas vidas e fazendo a Luz brilhar forte e intensamente, afastando a escuridão para que possamos crescer e assim promover essa revolução na sociedade em geral. 

Está em nossas mãos dar a vida a Maçonaria ou desligarmos os aparelhos e deixa-la morrer de vez.






QUEM ERAM OS FENÍCIOS? - Almir Sant'Anna Cruz

 



O REI HIRAM E HIRAM ABIF EREM FENÍCIOS DE TIRO. 


Fenício é proveniente do latim Phoenicios, resultante do grego Phoinikeíoi, que vem de phoînix, cor vermelha, púrpura. 

Os fenícios pertenciam ao ramo cananeu do grupo semita. Chamavam-se a si próprios cananeus e à sua terra Canaã. Sua língua, semelhante à hebraica, inclui-se no grupo norte-semítico.

A Fenícia era uma estreita faixa de terra de cerca de 200 quilômetros, que ia do Mediterrâneo às encostas do Monte Líbano, limitada ao sul pelo Monte Carmelo e ao norte pela cidade de Antarados.

A Fenícia compreendia diversas cidades independentes:

- No atual território de Israel: Acre ou Acro (a mais ao sul); 

- No Líbano atual: Tiro (atual Sur), Sarepta, Sidom (atual Saida), Porfirrina, Berito (atual Beirute), Biblos ou Gebal (atual Gebeil) e Tripoli; 

- Na atual Síria: Simira, Ugarit (atual Rasshamra), Mareros, Arados e Antarados (a mais ao norte); e

- Na Tunísia atual: Cartago (inicialmente um entreposto comercial no norte da África, atual Túnis). 

Os fenícios, como a grande maioria dos povos da época, eram politeístas. Primitivamente foram adoradores de árvores, rochedos e de certas pedras negras de forma oval, os bétilos. Mais tarde passaram a adorar os astros e as forças da natureza, considerando como divindade maior o Sol. 

O culto fazia-se em templos construídos em lugares elevados ou junto à nascente dos rios. Compreendia um conjunto de práticas grosseiras, licenciosas e cruéis, com prostituição sagrada e com sacrifícios humanos, sobretudo de crianças, que se lançavam vivas aos braços incandescentes da estátua de bronze representativa da divindade, aquecida por uma fornalha. 

Suas divindades celestes chamavam-se Baal (senhor, marido, dono) e havia praticamente um deus para cada cidade: Biblos ou Gebal, Sidom e Tiro adoravam um Baal feminino (Baalat), Astartéia ou Astarte; Cartago venerava Tanit; Dagon era o protetor do litoral; Melcart, o deus das cidades, era também o Baal de Tiro. Inúmeros outros eram cultuados: Adôn (Adônis), Amom, Moloc, etc. 

Alguns nomes próprios semíticos têm Baal como origem: Aníbal, Asdrúbal, Narbal, etc.

Primeiramente os judeus usavam o nome Baal para designar o seu Deus. Mais tarde, em razão das recordações idólatras do termo, Baal deixou de ser a palavra aplicada ao Deus dos judeus, sendo comum utilizá-la para designar quaisquer das divindades pagãs.

Na Bíblia, frequentemente encontra-se o nome Baal em sua forma plural Baalim.

Além dos deuses celestes, haviam os deuses agrários. O mito da oposição entre Mot e Alein, deuses ligados à colheita e aos frutos, conta suas mortes alternadas: um no inverno, ressuscitando na primavera, e o outro percorrendo o caminho oposto.

Astartéia ou Astarte surgiu inicialmente como deusa dos pastores. Com o aumento de seus seguidores, suas virtudes foram se ampliando, vindo a se tornar a grande deusa da Natureza e da fecundidade animal e humana. 

Na Bíblia, Astartéia é referida como Astarote.

Era adorada nas cidades fenícias de Biblos, Sidon e Tiro e por outros povos sob distintos nomes: Istar na Assíria e na Babilônia; Ísis pelos egípcios; Afrodite (Vênus), a deusa do amor e Artemisa (Diana) a deusa da caça e da lua por gregos e romanos.

Como o culto de Astartéia era de natureza licenciosa, os judeus constantemente eram por ele atraídos. O próprio Salomão rendeu-lhe homenagens, edificando lhe um templo em Jerusalém. 

‘Vivendo entre as montanhas e o mar, num litoral recortado, verdadeiros ancoradouros naturais, onde se erguiam as cidades-estados, os Fenícios inclinaram-se à navegação e ao comércio.

Seu conhecimento naval foi adquirido inicialmente com os egípcios, para quem pilotavam embarcações ao longo do Nilo e no Mediterrâneo. Posteriormente, os fenícios começaram a descobrir e eliminar os defeitos que os modelos fluviais egípcios apresentavam na navegação marítima e passaram a construir embarcações para uso específico em alto mar.

Tinham a seu favor a proximidade da floresta do Líbano, onde havia uma excelente madeira e em grande quantidade para a construção naval: o cedro do Líbano.

Como navegadores, guardavam judiciosamente o segredo de suas rotas marítimas e de seus descobrimentos, assim como os seus conhecimentos sobre astronomia, rotas migratórias de certos peixes, vôo das aves, ventos e correntes marítimas. 

Extremamente zelosos na preservação do segredo de suas rotas, havia uma exigência de caráter comercial, válida para todos os marinheiros fenícios, que os obrigavam a afundar suas embarcações se fossem seguidas e estivessem em desvantagem.

Chegaram a circunavegar a África, façanha comprovada em razão de o historiador grego Heródoto ter considerado um absurdo o relato dos marinheiros fenícios de que, em um determinado momento, o Sol começava a nascer à direita, contrariando todo o conhecimento dos povos de então. Pois esse detalhe é justamente o que comprova que os fenícios contornaram o cabo da Boa Esperança, no sul da África, retomando o rumo norte.

Pode-se dizer que os fenícios foram os primeiros a realizar uma política colonizadora de envergadura, expandindo sua influência pelas ilhas do Mar Egeu, Malta, Sardenha, Sicília, Mar Negro, Cáucaso e costa da África, onde fundaram Hipo, Útica e Cartago. Chegaram até a Espanha, à França e às ilhas britânicas.

Como comerciantes, os Fenícios distribuíam produtos provenientes principalmente do Egito, Babilônia, Pérsia, Índia, Arábia e Israel. De Chipre traziam cobre; da Trácia prata; das ilhas do Mediterrâneo mármores, alúmen e enxofre; da Espanha estanho e prata; da Índia especiarias; do mar Negro ao Cáucaso buscavam ouro, prata, cobre e escravos.

Suas indústrias produziam tecidos, inclusive de lã, utensílios de cobre e bronze, perfumes, incenso, jóias e artigos de cerâmica e de vidro, cuja fabricação melhoraram descobrindo o meio de fazê-los transparentes e imitando pedras preciosas.

A púrpura era a maior riqueza dos fenícios, que detinham o monopólio da fabricação do corante extraído da concha do murex, utilizado para dar cor às luxuosas vestimentas usadas pelas aristocracias da época.

Além de negociantes, eram também piratas. Quando em pequeno número, desembarcavam num lugar, expunham suas mercadorias e contentavam-se com os lucros; mas, se eram numerosos e mais fortes que os da terra em que aportavam, muitas vezes saqueavam as casas, incendiavam os povoados e arrebatavam mulheres e crianças para vendê-las como escravos.

Voltados para o comércio marítimo, os fenícios não se interessaram pelas artes, conquanto, para satisfazer os seus clientes, copiavam com perfeição os produtos artísticos de outros povos.

Provavelmente em razão da necessidade de escriturarem seu comércio, simplificaram o complicado modo de escrever então existente, inventando o primeiro alfabeto.

Os fenícios prestaram um grande serviço à civilização, propagando entre os povos ainda incultos da Europa a cultura do Oriente. 

A CIDADE DE TIRO

Tiro, ao norte da costa da Palestina e às margens do Mar Mediterrâneo, foi um importante centro comercial fenício, uma das mais ricas cidades da Antiguidade e o maior porto do mundo conhecido na época de Davi e Salomão.

O comércio de todo o mundo estava reunido nos armazéns de Tiro. Seus mercadores foram os primeiros a se aventurarem na navegação do Mar Mediterrâneo, fundando colônias na costa e nas ilhas vizinhas do Mar Egeu, na Grécia, na costa do norte da África, em Cartago, na Sicília, na Córsega e na península Ibérica.

Tiro estava dividida em duas distintas partes: uma fortaleza rochosa chamada “Antiga Tiro”, e a cidade, construída numa pequena ilha rochosa, a cerca de 700 metros da costa. Estrategicamente, era um local muito bem posicionado.


Do livro Personagens Bíblicos da Maçonaria Simbólica – Irm.’. Almir Sant'Anna Cruz

Interessados contatar o Irm.’. Almir no WhatsApp (21) 99568-1350

março 29, 2023

FERVOR E ZELO - Sérgio QUIRINO Guimarães



Encontramos essa expressão em alguns escritos maçônicos e, em destaque, na Maçonaria trabalhada por meio do Rito de York.

Aos que procuram o entendimento pela simples vinculação ao Livro da Lei, sugiro uma leitura mais atenta. Dessa maneira, os Irmãos verificarão a inversão das palavras. Primeiro vem "zelo" e, depois, "fervor", a exemplo de Romanos, capitulo 12, versículo 11: "Nunca falte a vocês o zelo, sejam fervorosos no espírito, sirvam ao Senhor".

Contudo a posição das palavras muda alguma coisa diante do chamamento à ação?

Primeiro vamos entender o sentido das palavras individualmente.

No sentido figurativo, Fervor é um sentimento intenso ligado à fé, e Zelo é a ação de grande cuidado ou a preocupação com alguém ou algo.

Mas não sendo a Maçonaria uma religião, por que a conclamação de Fervor aos Maçons?

O FERVOR, PARA OS MAÇONS, TEM POR SINÔNIMO: EMPENHO.

É interessante que, nesse caso, o Fervor deixa de ser um sentimento e passa a ser um comportamento.

Por sua vez, o Zelo vai além da ação de preocupação, transformando-se em uma forte disposição da alma.

O ZELO, PARA OS MAÇONS, TEM POR SINÔNIMO: DEDICAÇÃO.

E precisamos estar muito atentos ao não entendimento da força do Fervor e do Zelo. Permitam- me criar uma analogia: o Fervor é o vento; o Zelo, a água. Infelizmente nos deparamos com Irmãos sem fervor, sem empenho... são brisas de mormaço enjoativo.

Por outro lado, encontramos os Maçons "fervorosos", cujo empenho é encher enormes balões de instruções e regras; ocupam e cobram muito espaço em nossa Ordem e são mestres em apontar e exigir o cumprimento do "preto no branco". Isso demonstra claramente a diferença entre conhecimento e entendimento. Normalmente, acabam por "estourar", justificando que não aguentam mais tantas arestas que têm as "pedras brutas".

A alegoria do Zelo como água é muito simples de compreender. Todos nós temos sede e necessidade de várias coisas na vida. Os sedentos são diferentes dos necessitados. Portanto, para mudança de condição, é preciso dedicar-se à procura do bem-estar.

Quando a dedicação resulta no além de suas necessidades e posses, cria-se o hábito desgraçado do aviltamento das paixões. Por isso devemos sempre avaliar nosso tempo, nosso espaço e nossa dedicação a tudo. Ninguém vive sem água; no entanto ela pode saciá-lo ou afogá-lo.

NOSSO FERVOR DEVE SER O RESULTADO DA RELAÇÃO EFETIVA DA MAÇONARIA COM O MAÇOM, E NOSSO ZELO, A CONSTRUÇÃO AFETIVA DO MAÇOM COM A MAÇONARIA. AQUI ENCONTRAMOS UM BOM EXEMPLO DE COMO AS DIVERSIDADES NÃO SÃO OPOSITIVAS, MAS COMPLEMENTÁRIAS. VIDE PAVIMENTO MOSAICO.



AS VAIDADES E O PERDÃO - Sidnei Godinho M.'.M.'.




Ao iniciar na senda da virtude, todos juram cavar masmorras aos vícios e edificar Templos às virtudes.

Contudo, com o passar do tempo, fica notório comprovar aqueles que realmente se identificam com a Ordem.

Isto porque as vaidades são tantas que, por vezes, ao galgar os degraus da escada de Jacó, alguns irmãos se perdem pelo pseudo poder que julgam possuir e ignoram aquele JURAMENTO que fizeram.

É triste quando nos deparamos com irmãos que nos foram referência na iniciação, pela inocência do principiante, e que depois, já na maturidade da consciência maçônica, damo-nos conta de quão vis são suas ações de tão vaidosas e então acontece a tristeza da decepção...

Mas a sabedoria da Maçonaria também reside nestes casos, afinal aqui se busca ser Justo e Perfeito, o que denota um estado de ação, algo a alcançar.

É uma trajetória que pugna pela Tolerância, mas nunca pela conivência.

Ou seja, os irmãos sempre estarão de braços abertos para perdoar e receber aquele que em algum momento fraquejou, desde que o arrependimento seja eficaz.

Todos estamos sujeitos às decepções de nossas vaidades.

Um dia elas afloram e são postas à público. 

Nada fica omisso aos olhos do Criador. 

Portanto, mesmo nos momentos cruciais, quando se deparar com a exposição de suas fraquezas e se fizerem reveladas suas vaidades, não tome por derradeiro, como se não houvesse mais o que fazer.

Ao contrário, volte ao primeiro Amor, ao Primeiro Juramento e reconheça sua fraqueza.

Peça perdão aos seus irmãos pelo mal que causou enquanto cego pelo poder e volte a trilhar o caminho dos Aprendizes.

Afinal, até a escritura sagrada registra que os céus cabem às crianças, pela inocência de seus atos.

Assim também é o arquétipo dos Aprendizes em nossa Ordem.

A pureza do primeiro juramento é o segredo para se chegar ao Santo dos Santos e ofertar suas ações como sacrifício de incenso, para serem recebidas Justas e Puras pelo Grande Arquiteto. 

À começar por mim, Perdão àqueles que um dia, no afã de ser melhor,  provavelmente ofendi.



março 28, 2023

O MANUSCRITO REGIUS

 


O Manuscrito Régio (ou Poema Régio) foi escrito por volta de 1390 d.C. É o mais antigo e, possivelmente, o mais importante documento maçônico existente.

🔸 É incomum, por ser escrito como um poema, enquanto os documentos maçônicos que se seguiram estão em prosa. Além disso, foi escrito em uma época em que o catolicismo romano prevaleceu na Inglaterra, e contém uma seção sobre o comportamento apropriado na igreja. Inclui, também, muito da "história" lendária da Maçonaria e foi provavelmente interpretado de forma poética por um monge inspirado nos escritos maçônicos ainda mais antigos que já não existem mais.

🔸 O Manuscrito Régio é um dos 99 documentos de idades diferentes chamados de "Constituições Góticas", os quais compõem as primeiras regras para as guildas de pedreiros que acabaram por se tornar a moderna fraternidade da Maçonaria.

🔸 Com o tempo, as Constituições Góticas tornaram-se menos influenciadas pelo Cristianismo Trinitário, e menos seculares, mas esse documento antigo possui um tom bastante religioso.

🔸 O Documento original foi escrito em Inglês Antigo, difícil de entender e está preservado no Museu Britânico, em Londres, ao qual foi doado em 1757 pelo Rei George II (Razão pela qual é chamado de "Régio", "rei" em latim).

🔸 A versão mais divulgada do Manuscrito Régio foi traduzida por James Halliwell (estudioso shakespeariano inglês) em 1849, e por isso, muitas vezes este documento é chamado de "Manuscrito Halliwell".

MAÇONARIA EM SÍNTESE - Ademar de Paula M.'.M.'.



É fundamental que o maçom aceite e proclame a existência de um princípio criador, o Grande Arquiteto do Universo; reconheça a instituição como filosófica; proclame a liberdade de consciência como sacratíssimo direito humano; trabalhe incansavelmente na investigação da verdade; honre o trabalho em suas formas honestas; condene qualquer discussão sectária de natureza política ou religiosa, dentro de seus templos; imponha culto à Pátria; exija respeito absoluto à família e não admita a menor ofensa a uma e nem a outra.

O Maçom, entende que cada Loja é um templo sagrado sob cuja abóbada, os homens livres e de bons costumes, devem se reunir fraternalmente, procurando conseguir o bem da humanidade; entende também que todo pensamento maçônico deve ser criador. 

Essa atitude mental engrandece o espírito e fortifica o coração.

Cada Maçom, parte viva dos irmãos, concorrerá para assimilar o ideal da ordem e desenvolvê-lo na capacidade de sua inteligência.

Admite que a Maçonaria é acessível aos homens de todas as classes sociais, crenças religiosas e convicções políticas; com exceção daqueles que o privem de sua consciência e exijam sua submissão incondicional.

Entende, também que, nos Templos Maçônicos, aprende-se a amar, a respeitar tudo que a virtude e a sabedoria consagram; e exige estudo meditado de seus rituais e a prática da solidariedade humana.

Acredita, por consequência, que a Maçonaria é uma instituição criada para combater tudo que atente contra a razão e contra o espírito de fraternidade universal.

Assim sendo, os ensinamentos maçônicos realizados através de símbolos, de alegorias universais, induzem seus adeptos a dedicarem-se à felicidade de seus semelhantes, não porque a razão e a justiça lhes imponham esse dever, mas porque o sentimento de solidariedade é qualidade inata, que os faz filhos do universo e amigos de todos os homens.

O Maçom acredita doutrinariamente que a Maçonaria é parte integrante das Histórias, Pátria e Universal, pois os maçons sempre estiveram presentes nos grandes eventos, defendendo a trilogia sagrada:  LIBERDADE, IGUALDADE E FRATERNIDADE.

Assim, os maçons que nos antecederam, lutaram e venceram, assim lutamos hoje e assim lutarão amanhã os nossos sucessores, empunhando esta mesma bandeira, trabalhando pela felicidade do gênero humano. 

Os maçons se consideram recompensados e realizados, pois servindo ao próximo, estão observando os ensinamentos da Sublime Instituição.

Os que satisfizerem estes requisitos e desejarem cerrar fileiras com os Apóstolos da Liberdade e Sacerdotes do Direito, deverão se comprometer a trabalhar pelo bem da Pátria e da Humanidade. 

Aquele que for convidado e aceito, será mais um Irmão, passando a fazer parte da Grande Família Maçônica Universal.

Ser maçom é ser amante da virtude, da sabedoria, da justiça e da humanidade.

Ser maçom é ser amigo dos pobres e desgraçados, dos que sofrem, dos que choram, dos que têm fome e sede de justiça. 

É propor como única norma de conduta o bem de todos, para seu progresso e engrandecimento.

Ser maçom é querer harmonia das famílias, a concórdia dos povos, a paz do gênero humano.

Ser maçom é derramar por todas as partes os esplendores divinos da instrução, a educar a inteligência para o bem, conceber os mais belos ideais do direito, da moralidade e do amor, e praticá-los.

Ser maçom é levar à prática aquele formosíssimo preceito de todos os lugares e de todos os séculos, que diz com infinita ternura aos seres humanos indistintamente, do alto de uma cruz e com os braços abertos ao mundo: ... “Amai-vos uns aos outros, formai uma única família, sede todos irmãos”... 

Ser maçom é olvidar as ofensas que nos fazem, ser bom até mesmo para com nossos adversários e inimigos, não odiar ninguém, praticar a virtude constantemente e pagar o mal com o bem.

Ser maçom é amar a luz e aborrecer as trevas, ser amigo da ciência e combater a ignorância, render culto à razão e à sabedoria.

Ser maçom é praticar a tolerância, exercer a caridade sem distinção de raças, crenças ou opiniões, e lutar contra a hipocrisia e o fanatismo.

Ser maçom é realizar, enfim, o sonho áureo da fraternidade universal entre os homens.

A nossa Ordem deseja ardentemente que todos os homens de bem se unam numa cruzada universal de recuperação dos valores morais da humanidade.

Deus, a quem denominamos Grande Arquiteto do Universo, conhece muito bem nossas intenções e penetra no recôndito de nossas almas, razão porque devemos ser sinceros em nossas atitudes.


março 27, 2023

CORPORAÇÕES DE OFÍCIO




Criadas na Europa na Idade Média, foram muito utilizadas em nosso país até um passado recente. Profissionais como: alfaiates, sapateiros, ferreiros, carpinteiros, marceneiros, padeiros, ferreiros, mecânicos etc., exerciam seu trabalho através de tais corporações. 

A organização era simples: o dono da oficina era o mestre, os trabalhadores remunerados os oficiais e os  jovens aprendizes nada recebiam. Boa parte da burguesia urbana era formada pelos mestres e o sistema funcionava bem. 

Em uma pesquisa, se depararem com a menção de uma profissão, como sapateiro, podem ter certeza que é um mestre, já que apenas o titular da oficina podia ostentar este título. Um oficial ferreiro trabalhava em uma forja. 

Os mestres tinham um status social semelhante aos profissionais liberais de hoje, como engenheiros, médicos e advogados.

FONTE: Asbrap

QUEM FORAM OS BÁRBAROS ?



De modo geral, os bárbaros eram os povos que habitavam a região da Germânia, conhecidos como povos germânicos. Estes, estavam além dos limites do enorme império romano, e na ótica dos mesmos, eram considerados povos estrangeiros.

Bárbaros é um termo usado na sociedade grega para designar um povo de cultura diferente dos gregos, e com o domínio romano sobre a Grécia, o termo foi assimilado pela cultura romana.

Em pouco tempo, o termo bárbaro deixou de ser usado para referir-se a estrangeiros, e passou a ser usado especificamente para citar os povos vindos do norte da Europa, ou, os povos germânicos. Esses, eram formados por diversas culturas e se estabeleceram em vastas regiões a partir do século III d.C., onde pouco a pouco migraram para terras do Império Romano do Ocidente, onde algumas invasões ocorriam em forma de ocupações e outras em forma de verdadeiras guerras.

O termo bárbaro é usado como modo de expressar desprezo por determinada cultura, usado de diferentes modos durante a história. Na Grécia ao ascender as Guerras Médicas, o termo passou a ganhar ampla conotação, popularizado ao se referir a tudo que era indesejado aos gregos, podendo considerar-se como bárbaro aos olhos gregos os persas, egípcios, celtas ou fenícios.

Como dito, após ao domínio romano na Grécia, esse termo ganhou novo significado, com a semântica semelhante, ou seja, aquele povo que era indesejado ou ‘’inferior’’, nesse caso, aos romanos, e considerando as invasões, saques e conflitos entre germânicos e romanos, esses foram os que ganharam a alcunha, dentre esses povos podemos citar: Francos, Alamanos, Visigodos, Ostrogodos, Vândalos, Saxões, Hérulos, Suevos e dentre outros.


fonte: EraClássica

março 26, 2023

ORLA DENTEADA - Almir Sant’Anna Cruz*




A ORLA DENTEADA é um dos Ornamentos do Templo Maçônico, que pode ser definido como sendo todos aqueles símbolos que decoram ou ornamentam o Templo e que não estão classificados nem como Jóias (o Prumo, o Nível, o Esquadro, a Pedra Bruta, a Pedra Polida e a Prancheta) nem como Paramentos (o Livro da Lei, o Esquadro e o Compasso). 

Além da Orla Denteada, são Ornamentos o Pavimento Mosaico e a Corda de 81 Nós, conquanto algumas Potências Maçônicas substitua esta última pela Estrela Flamígera.

A Orla Denteada é uma figura que cerca o Pavimento Mosaico, formada por triângulos alternadamente pretos e brancos, nos quais aqueles apontam para dentro e estes últimos, lembrando dentes caninos, apontam para fora. 

Este ornamento possui várias nomenclaturas sinônimas, utilizadas pelos estudiosos que descreveram e interpretaram seu simbolismo: Orla, Borla ou Moldura, Dentada, Denteada ou Marchetada. 

Da mesma forma, numerosas são as interpretações simbólicas da Orla Denteada, provavelmente em decorrência de possuir a mesma origem da Corda de 81 Nós. 

No passado, uma pesada corda se punha em torno do terreno onde se desenvolviam os trabalhos dos Maçons Operativos. 

Essa corda era ornada de borlas, que era por isso chamada de Borla Denteada, designação que, posteriormente, se corrompeu para Borda Denteada e, depois, Borla Dentada ou Denteada. 

Diz-se também que ambos os Símbolos tiveram origem nas assembleias político jurídicas dos Germanos, realizadas a céu aberto e onde os soldados encarregados de manterem a ordem delimitavam o terreno, um quadrilátero, com lanças fincadas no solo e que eram fortemente interligadas por uma corda.

Com o passar do tempo, cada um desses dois Símbolos adquiriu seu significado próprio, ainda que até hoje tais significados se confundam.

Na França, este Símbolo é denominado por Roupe Dentelée, que é descrita como sendo “uma corda formada por lindos nós amorosos, que circunda a prancha de traçar”.

Segundo a descrição constante em alguns Rituais, a Orla Denteada é o Símbolo que traduz o entrosamento e a unidade que deve rematar a harmonia simbolizada no Pavimento Mosaico. 

Reforçando tal interpretação vamos encontrar no Ritual do Rito Moderno a interpretação de que a Orla Denteada pretende ensinar ao Maçom que a Sociedade, da qual ele é uma parte, envolve a Terra e que a distância, ao invés de afrouxar os laços que unem os membros entre si, os atrai com maior intensidade. 

Em consonância com esse entendimento, pode-se dizer que a Orla Denteada mostra-nos o princípio da atração universal, através da Fraternidade, que une os homens e povos e os entrelaçam, como os dentes da orla, os quais atuam também como proteção à entrada de princípios estranhos que possam perturbar a harmonia e a ordem e ainda como defesa do exercício desses princípios, sem os quais a Ordem ficaria desfigurada irremediavelmente.

No Ritual Emulação inglês consta que a Orla Denteada “lembra-nos os planetas, que em suas várias revoluções formam uma bela moldura ou guarnição em torno do facho luminoso que é o Sol, como este faz em torno de uma Loja”. 

A partir desta descrição, vamos encontrar a interpretação de que da mesma forma que os planetas gravitam em torno do Sol, a Orla Denteada representa os povos reunidos em torno de um chefe, os filhos reunidos ao pai, os Maçons unidos e reunidos em Loja, significando finalmente a Família Maçônica Universal, cujos ensinamentos e cuja Moral devem ser espalhados em todo o planeta.

Na visão da Escola Ocultista, a Orla Denteada é o Símbolo da Muralha de Guardiães Protetores da humanidade, constituída por adeptos que, no passado, atingiram a meta da perfeição evolutiva. Estes guardiões estão ao redor da humanidade, nos mundos espirituais, para salvar a linhagem humana de ulterior miséria e aflição. 

Ainda segundo essa Escola, os triângulos pretos estão voltados para dentro para exprimirem os esforços dos Iniciados no sentido da compreensão receptiva e os triângulos brancos estão voltados para o exterior indicando a influência iluminativa exercida sobre nós pela imensidade ambiente daquilo que ignoramos e também como uma espécie de ofensiva contra o mistério do espírito humano.

Verbete do *Dicionário de Símbolos Maçônicos: Graus de Aprendiz, Companheiro e Mestre*

*Irm.’. Almir Sant’Anna Cruz* Interessados no livro, contatar o autor, Irm.’. Almir no WhatsApp (21) 99568-1350

O AVENTAL DA NONA!❤🇮🇹



A primeira utilidade do avental da nona foi proteger a roupa de baixo. Depois... serviu como luva para tirar a panela do fogão... Foi maravilhoso para secar as lágrimas dos netos e também para limpar as suas caras sujas. Do galinheiro, o avental foi usado para transportar os ovos e, às vezes, os pintinhos.

Quando os visitantes chegavam, o avental servia para proteger as crianças tímidas. Quando fazia frio, á nona servia-lhe de agasalho. Este velho avental era um fole agitado para avivar o lume da lareira.

Era nele que levava as batatas e a madeira seca para a cozinha. Da horta, servia como um cesto para muitos legumes: depois de apanhadas as ervilhas, era a vez de arrecadar nabos e couves.

E, pela chegada do outono, usava-o para apanhar as maçãs caídas. Quando os visitantes apareciam, inesperadamente, era surpreendente ver quão rápido este velho avental podia limpar o pó. Quando era a hora da refeição, da varanda, a nona sacudia o avental e os homens, a trabalhar no campo, sabiam, imediatamente, que tinham que ir para a mesa. A nona também o usou para tirar a torta de maçã do forno e colocá-la na janela para arrefecer.

Passarão muitos anos até que alguma outra invenção ou objeto possa substituir este velho avental da minha nona.

Em memória das nossas nonas envie esta história para aqueles que apreciarão a "História do avental da nona"


Existem cinco coisas antigas que são boas:

• Pessoas sábias e idosas.

• Os velhos amigos para conversar.

• A velha lenha para aquecer.

• Velhos vinhos para beber.

• Os livros antigos para ler.


*Émile A. Faguet*

O segredo de uma boa velhice não é outra coisa senão um pacto honrado com a solidão


*Gabriel Garcia Marques*

Envelhecer é como escalar uma grande montanha: enquanto escala, as forças diminuem, mas o olhar é mais livre, a visão mais ampla e mais serena.


*Ingmar Bergman*

Os primeiros quarenta anos de vida nos dão o texto; os próximos trinta, o comentário.


*Arthur Schopenhauer*

Os velhos desconfiam dos jovens porque já foram jovens.


*William Shakespeare*

O jovem conhece as regras, mas o velho conhece as exceções.

 

*Oliver Wendell Holmes*

Na juventude aprendemos, na velhice entendemos. 


*Marie von Ebner Eschenbach*

A maturidade do homem é ter recuperado a serenidade com a qual brincávamos quando éramos crianças.


*Frederich Nietzsche*

O velho não pode fazer o que um jovem faz; mas faz melhor. 


*Cícero*

Leva dois anos para aprender a falar e sessenta para aprender a calar a boca. 


*Ernest Hemingway*

As árvores mais antigas dão os frutos mais doces.

 

*Provérbio alemão*

Se na sua família não tem um velho, adote um


*Proverbio Milenar Chinês*

A velhice tira o que herdamos e nos dá o que merecemos.

março 25, 2023

G.’.A.’.D.’.U.’. - Almir Sant’Anna Cruz



Abreviatura de Grande Arquiteto do Universo, termo usado na Maçonaria para nomear a divindade. Também é usado o termo Grande Geômetra do Universo, sobretudo pelos Ritos de origem inglesa.

Albert G. Mackey (1807-1871) in Encyclopaedia of Freemasonry, assim define o termo: “É o título aplicado à Divindade na linguagem técnica da Maçonaria. É apropriado que uma sociedade fundada nos princípios da arquitetura, que simboliza os termos desta ciência com propósitos morais, e cujos membros professam serem os arquitetos de um templo espiritual, vejam o Ser Divino, sob cuja sagrada lei eles constroem tal edifício, como o seu Mestre Construtor ou Grande Arquiteto...”

No Livro das Constituições, conhecidas como Constituição de Anderson, publicada em 1723, consta em seu artigo primeiro, relativo a Deus e à Religião: “Um Maçom é obrigado, pela sua dependência à Ordem, a obedecer à lei moral e, se bem entender a Arte, nunca será um ateu estúpido nem um irreligioso libertino. Ainda que nos tempos antigos os Maçons fossem obrigados a professar, em cada país, a religião daquele país ou daquela nação, qualquer que ela fosse, hoje em dia julgou-se mais conveniente sujeitá-los somente à religião na qual todos os homens concordam, deixando a cada um as suas opiniões pessoais. Esta religião consiste em serem homens bons e sinceros, homens honrados e probos, quaisquer que possam ser as denominações ou crenças que possam distingui-los, motivo pelo qual a Maçonaria há de se tornar o centro de união e o meio de conciliar, por uma amizade sincera, pessoas que estariam perpetuamente separadas”. 

Oswald Wirth in O Ideal Iniciático aborda o assunto da seguinte forma: 

“A Maçonaria tem tido todo o cuidado de não definir o GADU, deixando plena liberdade aos seus adeptos para que dele façam uma idéia, de acordo com a sua fé e a sua filosofia. 

“Os Maçons deixam a teologia aos teólogos, cujos dogmas provocam discussões apaixonadas, quando não conduzem a guerras e às perseguições iníquas. 

“Ao dogmatismo rígido e intransigente, a tradição maçônica opõe um conjunto de símbolos coordenados logicamente de modo a se explicarem uns pelos outros. 

“Os espíritos refletidos são assim, solicitados a descobrir por si mesmos, os mistérios a que alude o simbolismo. 

“Nada se inculca aos neófitos, nem se lhes pede nenhum ato de fé, em relação a qualquer revelação sobrenatural. 

“Do remoto passado, onde têm fixas as suas raízes espirituais, a Maçonaria não herdou crenças determinadas nem doutrinas particulares, mas tão somente seus processos de sã e leal investigação da Verdade. 

“Os Maçons se interessam por todos os conhecimentos humanos e podem ser, segundo lhes aprouver, ocultistas, teósofos, metafísicos ou espiritualistas de qualquer espécie, mas a Maçonaria abstém-se, de maneira absoluta, de ensinar-lhes doutrina particular em qualquer ordem de ideias. 

“Não tem por missão resolver os enigmas, que se apresentam à mente humana, e não se declara a favor de nenhuma das teorias explicativas dos fatos impenetráveis. Indiferente a toda suposição arriscada; coloca-se acima dos sistemas cosmogônicos, formulados ora pelas religiões, ora pelas escolas de filosofia.

Assim, a Maçonaria, por seu ecletismo, por estimular e exaltar a liberdade de pensamento de seus Iniciados, se bem que deplore e não admita as posições extremadas do fanatismo religioso e do ateísmo, convive com naturalidade com crenças ou filosofias teístas, deístas e mesmo agnósticas. Tanto assim é que existem Ritos Maçônicos de filosofia teísta, deísta e agnóstica.


Verbete do *Dicionário de Símbolos Maçônicos: Graus de Aprendiz, Companheiro e Mestre*

Irm.’. Almir Sant’Anna Cruz  Interessados contatar o Irm.’. Almir no WhatsApp (21) 99568-1350