maio 09, 2023

DIA 9 DE MAIO, NASCE D. QUIXOTE DE LA MANCHA

 










09 de Maio de 1605: É Publicada a 1ª parte de D. Quixote de la Mancha, de Miguel de Cervantes.

É a maior criação de Cervantes. Surgiu no fim de mais de um século de notável inovação e diversidade por parte dos escritores ficcionistas espanhóis. Parodiou os romances de cavalaria que, na altura, se encontravam em declínio. Nesta obra, a paródia apresenta uma forma invulgar. O protagonista, já de certa idade, entrega-se à leitura desses romances, perde o juízo, acredita que tenham sido historicamente verdadeiros e decide tornar-se um cavaleiro andante. Por isso, parte pelo mundo e vive o seu próprio romance de cavalaria. 

A história é apresentada sob a forma de novela realista. A primeira parte da obra deixa a impressão de liberdade máxima, a segunda parte produz a sensação constante de nos encontrarmos encerrados em limites estreitos. Essa sensação é sentida mais intensamente quando confrontada com a primeira parte. Se anteriormente, a ironia era, sobretudo, uma expressão amarga da impossibilidade de dar realidade a um ideal, com a segunda parte nasce muito mais da confrontação das formas da imaginação com as da realidade.

A primeira parte de D. Quixote é tipicamente barroca. Cervantes dá a sua própria definição da obra: "orden desordenada (...) de manera que el arte, imitando à la Naturaleza, parece que allí la vence". O processo adotado por Cervantes - a paródia - permite dar relevo aos contrastes, através da deformação grotesca, pela deslocação do patético para o burlesco, fazendo com que o burlesco apague momentaneamente a emoção, estabelecendo um entrelaçado espontâneo de picaresco, de burlesco e de emoção. 

O conflito surge do confronto entre o passado e o presente, o ideal e o real e o ideal e o social. D. Quixote e Sancho Pança representam valores distintos, embora sejam participantes do mesmo mundo. É importante compreender a visão irónica que o romancista tem do mundo moderno, o fundo de alegria que está por detrás da visão melancólica e a busca do absoluto. São mundos completamente diferentes. O fiel escudeiro de D. Quixote é definido por Cervantes como "homem de bem mas de pouco sal na moleirinha". É o representante do bom senso e é para o mundo real aquilo que D. Quixote é para o mundo ideal.

As figuras de D. Quixote, de Sancho Pança e do cavalo de D. Quixote, Rocinante, depressa conquistaram a imaginação popular. No entanto, os contemporâneos da obra não a levaram tão a sério como as gerações posteriores. Passou a ser vista como uma prosa épica de escárnio, em que "o ar sério e grave" da ironia do autor começou a ser bastante apreciado. O herói grotesco de um dos livros mais cómicos tornou-se no trágico herói da tristeza. Contudo, apesar de alguma distorção, a novela de Cervantes começou então a revelar a sua profundidade.

Na história da novela moderna, o papel de D. Quixote é reconhecido como seminal. A evidência disso pode ser vista em Defoe, em Fielding, em Smollet e Sterne e, também, em personagens criadas por alguns romancistas clássicos do século XIX, como é o caso de Walter Scott, de Charles Dickens, de Gustave Flaubert, de Pérez Galdós, de Melville e de Fedor Dostoievski. O mesmo acontece no caso de alguns autores pós-realistas do século XX, como James Joyce e Jorge Luis Borges. D. Quixote provou ser uma notável fonte de inspiração para os criadores noutros campos artísticos. 

Desde o século XVII que se têm realizado peças de teatro, óperas, composições musicais e bailados baseados no D. Quixote. No século XX, o cinema, a televisão e os cartoons inspiraram-se igualmente nesta obra. D. Quixote inspirou ainda artistas como Hogarth, Francisco Goya, Daumier e Pablo Picasso. Várias interpretações foram dadas à obra. No século XVII, considerou-se que o romance continha em si pouco mais que o tom de bom humor e de diversão, com D. Quixote e Sancho Pança a encarnarem respetivamente o grotesco e o pícaro. O século XVIII foi pródigo em elogios a D. Quixote, não só em Espanha e em Portugal, como também por parte de grandes românticos do centro da Europa.

D. Quixote. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2013.



maio 08, 2023

A TECNOLOGIA - Adilson Zotovici








Desde as guildas os conceitos

Dos labores a melhoria

Como aos fatores estreitos

Das ciências, filosofia


Canteiros com ritos aceitos

Que Grande Arquiteto o Guia

Da astronomia os proveitos

Da Cabala,  numerologia


Da música tem os efeitos

Na aritmética, geometria...

Aos seus princípios, preceitos


À infinda maçonaria_

Que no progressismo seus feitos

Bem-vinda a tecnologia_ !


maio 07, 2023

AS COLUNAS ZODIACAIS - Almir Sant'Anna Cruz




Nos Templos Maçônicos encontram-se 12 Colunas na parte Ocidental, seis no lado Norte e seis no lado Sul, simbolizando os 12 signos zodiacais, com diversas interpretações, inclusive relacionando-as aos quatro Elementos e aos sete Planetas da Antiguidade:

No lado Norte temos:

ÁRIES: Fogo, Marte

TOURO: Terra, Vênus

GÊMEOS: Ar, Mercúrio

CÂNCER: Água, Lua

LEÃO: Fogo, Sol

VIRGEM: Terra, Mercúrio

No lado Sul estão: 

LIBRA: Ar, Vênus

ESCORPIÃO: Água, Marte 

SAGITÁRIO: Fogo, Júpiter

CAPRICÓRNIO: Terra, Saturno 

AQUÁRIO: Ar, Saturno

PEIXES: Água, Júpiter

A disposição dessas Colunas, que seguem o aparente caminho do Sol, é que justificam a circulação em Loja, no sentido destrocêntrico, ou seja, no sentido dos ponteiros do relógio.

Como as Colunas estão dispostas apenas no Ocidente, não é correto haver circulação no Oriente, embora diversas Potências Maçônicas assim proceda.

Conquanto não se possa afirmar com segurança que os caldeus tenham sido os precursores da Astrologia, certamente foi na Caldéia que alcançou seu esplendor, misto de ciência e religião. 

Há registros de práticas astrológicas em regiões e povos completamente distintos: egípcios, persas, gregos, romanos, indianos, chineses, árabes, incas, maias e astecas, entre outros.

Se bem que os judeus estivessem proibidos por Deus, a classe sacerdotal praticou a Astrologia, influenciados durante o cativeiro em Babilônia, até que o profeta Isaías condenou tais práticas.

Os antigos consideravam os signos zodiacais como a chave de todas as ciências humanas e naturais.

A Astrologia e a Astronomia eram estudadas nas antigas civilizações mesopotâmicas e, na Babilônia e Assíria, a Astrologia era utilizada pela classe sacerdotal para interpretar a vontade dos deuses, uma vez que se baseava na teoria do governo universal pela vontade divina.

Ao lado de todos os templos da mesopotâmia, há cerca de 4000 mil anos antes de Cristo, erguia-se uma torre, chamada Zigurate, e o alto dessa torre era pintada de amarelo, cor do Sol. Servia de observatório astronômico para a classe sacerdotal. 

Pesquisas recentes demonstraram que o fenômeno da precessão dos equinócios já era conhecido pelos astrônomos da Babilônia.

Através das posições dos corpos celestes predizia-se o futuro, interpretava-se os acontecimentos, as vidas humanas e o caráter das pessoas, baseando-se no conceito do homem como centro do universo. 

A partir daí, era lógico julgar-se que o universo girasse em torno de nossa espécie, influindo em nosso destino. Com o triunfo do Cristianismo, passou-se a admitir, no mundo ocidental, que os astros não eram agentes finais do destino. 

Se o futuro pode ser previsto, presume-se que esteja determinado; onde fica, então, o livre-arbítrio humano? Golpe mortal no determinismo religioso da Astrologia! 

Contudo, até o século XVIII, a Astrologia continuava sendo respeitada como ciência. Foi em época relativamente recente que a Astronomia se desvencilhou da Astrologia, assim como a Química da Alquimia e a Física da Metafísica natural. Todavia, não se pode negar a contribuição dessas pseudociências para com as ciências modernas.

Já de algum tempo, a Astrologia está fora do reino da respeitabilidade intelectual e, portanto, carece de valor.


Excerto do livro *O que um Aprendiz Maçom deve saber " do Irm.’. Almir Sant’Anna Cruz

Interessados contatar o Irm.’. Almir no WhatsApp (21) 99568-1350

PALESTRA NA ARLS PERSEVERANÇA, EQUILÍBRIO E HARMONIA 621 - S. Paulo

 





Dia 6, sábado de manhã. Na ARLS Perseverança  Equilíbrio e Harmonia n. 621, no Palácio Maçônico da GLESP, fiz a palestra A Cabalá da Felicidade - uma visão maçônica. Foi uma reunião informal exclusiva para a palestra com excelente suporte audiovisual. O interesse foi de tal ordem que as perguntas demoraram mais do que a palestra e o evento findou as 12h00. 

Tenho uma certa ponta de orgulho em dizer que em dois momentos fui aplaudido em pé pelos cerca de 50 irmãos presentes. Minha gratidão ao VM Cassiano Ricardo Rampazzo.

maio 06, 2023

COERÊNCIA MAÇÔNICA ENTRE RITOS - Kennyo Ismail



“Eu não sei a chave para o sucesso, mas a chave para o fracasso é tentar agradar a todos.” Bill Cosby

A Sublime Ordem Maçônica sempre teve como um de seus pilares a exaltação da razão e o combate à sua ausência, ou seja, a ignorância, a intolerância e o fanatismo. A coerência, um fruto da razão, é a relação lógica e não contraditória entre as ideias. Seguindo uma retórica dedutiva, seria “coerente” supor que o maçom, enquanto ser pensante, deve ser “coerente” em suas escolhas. Porém, infelizmente, não se pode esperar isso de todos. O uso da razão gera conhecimento, e o conhecimento é necessário para a busca da coerência. Entretanto, se você não usa a razão ou não detém o conhecimento determinado, não há como ser coerente.

Há aqueles que querem agradar a todos. Contudo, o oposto da razão, como se sabe, é a emoção. E agradar é, em sua natureza, uma ação emocional. Com isso, corre-se o risco de ser incoerente. Há também aqueles que não possuem o conhecimento necessário para a ação, realizando assim ações não racionais. E ações não racionais também tendem a serem incoerentes. O maçom deve tentar não cair na tentação de tais incoerências, as quais são suscetíveis na Maçonaria Brasileira, principalmente quando se trata da adoção de Ritos.

O Rito Adonhiramita é um importante rito na história da Maçonaria Brasileira. Porém, é o único Rito Adonhiramita num país que adota uma série de ritos Hiramitas. Ou você compreende que o princípio Adonhiramita é o correto ou que o Hiramita é o correto. Considerar os dois corretos é impossível. No Brasil, houve nos últimos anos uma tentativa de “hiramizar” o Rito Adonhiramita, interpretando que o nome Adonhiram era a junção do prefixo “Adon” com o nome “Hiram”, o que significaria “Sr. Hiram”, entendendo assim se tratar da mesma pessoa.

Importante registrar que esse não era o entendimento inicial dos maçons adonhiramitas, que compreendiam que Adonhiram e Hiram eram personagens distintos, mas defendiam a teoria de que Adonhiram era o responsável pela construção do Templo. Mackey declarou que isso se deveu pelos ritualistas franceses criadores do rito não serem versados no conteúdo bíblico, tendo confundido o papel dos personagens.[1] Esse problema do desenvolvimento dos ritos latinos já foi abordado nesta obra, e concordamos com Mackey nesse ponto. Mackey ainda aponta os escritos de Guillemain de St. Victor (1786, p. 77-78 apud MACKEY, 1914, p.20), um dos principais nomes do Rito Adonhiramita, que declarou:

Todos nós concordamos que o grau de Mestre é baseado no arquiteto do Templo. Agora, as Escrituras dizem, de forma muito clara, no 14º versículo do 5º capítulo do 3º Livro de Reis, que a pessoa foi Adonhiram. Josephus e todos os escritores sagrados dizem a mesma coisa, e, sem dúvida, distinguem ele de Hiram de Tiro, o artífice dos metais. De modo que é Adonhiram então quem somos obrigados a honrar.

Sobre a tentativa de “hiramizar” Adonhiram, temos que considerar que nomes próprios são nomes próprios. Não entendo por correto utilizar um acrônimo de um nome sagrado de Deus para dizer que “Adonhiram” é “Adon + Hiram”, que significaria “Lorde Hiram”. É como pegar “Donald” e dizer que é “Don + Ald”, que significaria “Dom Ald” ou “Lorde Ald”. Adonhiram é um nome próprio. Moisés não é “Monsenhor Isés”. Isaac não é “Ilustre Saac”. Abraão não é “Abade Raão”. Salomão não é “Santo Lomão”. E Adonhiram não é “Lorde Hiram”.

Ainda sobre o Rito Adonhiramita, o qual tem origem francesa, sabe-se que, tendo por um dos principais motivos as duras críticas das quais o rito era alvo, o Rito Francês ou Moderno surgiu na França para substituí-lo, e isso foi devidamente feito. Em outras palavras, o Rito Moderno foi considerado pelos franceses como uma evolução, em detrimento do Rito Adonhiramita, o qual foi descontinuado na época. Nada impede de uma Obediência discordar dos franceses e adotar o Rito Adonhiramita. Porém, um maçom praticar o Rito Adonhiramita, extremamente místico, e praticar ao mesmo tempo o Rito Moderno, o qual veio substituí-lo, com a proposta oposta, de desmistificar, é incoerente. Uma incoerência histórica e filosófica.

O próprio Rito Moderno também tem seus conflitos. Em 1817, quando passou pela reforma doutrinária no Grande Oriente da França, o qual suprimiu a obrigação da crença num Ser Supremo, a reação da Grande Loja Unida da Inglaterra foi rápida e drástica, declarando a irregularidade daquela Obediência, rompimento que dura até os dias de hoje. Considerar a decisão do Grande Oriente da França como justa é considerar a decisão da Grande Loja Unida da Inglaterra como injusta, ou o contrário. Tendo o Rito Moderno como símbolo da maçonaria francesa adogmática e o Ritual de Emulação como símbolo da maçonaria inglesa teísta, é evidente que seus princípios são conflitantes. Praticar ambos também o é.

Outra clara incoerência é adotar o Rito Escocês Retificado – RER e adotar o Rito Escocês Antigo e Aceito – REAA. O RER foi uma iniciativa de Jean Baptiste de Willermoz com o propósito de “retificar” a Maçonaria chamada “Escocesa”, na época o Rito da Estrita Observância e, em especial, o Rito de Heredom, cujos 25 graus serviram de base para o REAA. Willermoz foi explicitamente contra os graus “de vingança” presentes no Rito de Heredom, os quais permaneceram no REAA.

Ainda, podemos recordar aos Irmãos que o Rito Schröder, criado por Ludwig Friedrich Schröder, rejeita todo tipo de esoterismo e Altos Graus na Maçonaria. Um irmão que opta por ser adepto desse rito não deveria ingressar em qualquer Alto Grau de rito algum da Maçonaria.

Assim, uma mesma Obediência abrigar Adonhiramita com Moderno, Moderno com Emulação, RER com REAA, ou Schröder com outros ritos pode ser justificado como resultado de decisões condescendentes de seus dirigentes ao longo da história, fruto daquele desejo de agradar a todos, e revestido pelo conceito de “Colégio de Ritos”. Por outro lado, os maçons, esses sim não podem ignorar completamente as histórias e filosofia própria de cada rito, praticando-os de forma ignóbil e superficial, desconsiderando seus princípios e suas histórias em nome de uma visão pseudo-holística, praticando simultaneamente ritos e rituais originalmente conflitantes.

Nenhuma desculpa histórica local ou fraterna justifica incoerências lógicas. Também não se está discutindo aqui o poder e querer, a legalidade ou a regularidade. Apenas deve-se levar em consideração que, sendo a Maçonaria uma organização baseada na Razão, não é isso que muitas vezes seus adeptos têm refletido. Cada maçom, sendo homem livre e dotado de razão, tem a capacidade de ser coerente em suas escolhas e atos, em vez de querer agradar a todos ou mesmo seu próprio ego.

É como praticar diversas religiões, em especial as que se contradizem mutuamente, como as de uma única vida terrena com as reencarnatórias, ou o judaísmo com o cristianismo, por exemplo. Você pode ser adepto de uma e conviver fraternalmente com os adeptos de outras, e até mesmo visitar cerimônias religiosas dessas, respeitando-as. No entanto, ser adepto de duas ou mais contraditórias é logicamente impossível. Na Maçonaria também.

Por fim, antes que alguém diga que tudo é Maçonaria, tudo é lindo, e são apenas caminhos diferentes que levam ao mesmo lugar, devemos mostrar também a imensa incoerência de tal justificativa: se assim for, sejam coerentes com tal pensamento e aceitem todas as centenas de Ritos e Obediências que existem por aí como regulares, pois “é tudo Maçonaria”. Caso contrário, usem a peneira de suas consciências corretamente, sem relativismo, inclusive nos Ritos.


[1] MACKEY, A. G. Adonhiramite Masonry. In: An Encyclopedia of Freemasonry and tis Kindred Sciences. New York e Londres: The Masonic History Company, 1914, p. 19.

maio 05, 2023

S.’. S.’. S.’ - Pedro Juk








A significação das três letras acima tem sido deturpada pela maioria dos Irmãos. Alguns a traduzem por "saúde, saúde, saúde" e outros por "salve, salve, salve".

Nem uma nem outra cousa. As três letras significam as três colunas do Templo que assim se escreviam em latim: “SAPIENTIA, SALUS, STABILITAS”. Em outras palavras: a Sabedoria (Sapientia) que é o Venerável Mestre; a Força (Salus) que é o 1º Vigilante; e a Beleza (Stabilitas, ou "estabilidade moral" ou beleza moral) que é o 2º Vigilante. Em um Templo inteiramente composto se vêm, por isso, as três colunas de Minerva, de Hércules e de Vênus. Isto é, a Sabedoria, a Força e a Beleza, ou Sapientia, Salus, Stabilitas, representadas por S.’ S.’. S.’.. 

Resta lembrar a todos os Maçons que praticam o R.’. E.’. A.’. A.’. que, estas palavras são pronunciadas com vigor ao encerrar a cadeia de União e apostas no início de documentos maçônicos. Ao contrário de muitos Maçons que por desconhecerem o ritos existentes e suas origens, usam de forma errônea as palavras “S.’. F.’. U.’.” que significam, “Saúde, Força e União”.

 Estas palavras nunca pertenceram e não pertencem ao R.’. E.’. A.’. A.’., e sim ao Rito de Emulação (York), portanto jamais devem ser usadas e pronunciadas no Rito Escocês Antigo e Aceito. Os que assim o fazem se expõe ao ridículo perante outros que tem o conhecimento da origem e de que rito que ambas pertencem.

CONSIDERAÇÕES

S.’. S.’. S.’. - Corresponde a uma dentre tantas tríades de saudação usadas pela Maçonaria e, no sentido do termo, herdada da fase transitória da nossa Ordem. Destas, ‑ Sabedoria, Saúde e Estabilidade, é uma saudação que está abreviada em latim ‑  “Sapientia, Salute (Salus), Stabilitate (Stabilitas)”.

Sapientia – Sapiência. Em português como substantivo feminino revela a qualidade de ser sapiente (sábio) – de saber ‑ do latim sapere = conhecer, ter juízo, designa o caráter do que é dito ou pensado sabiamente; o saber, a doutrina da totalidade do conhecimento adquirido; o juízo, a retidão, a justiça. Também está relacionado à sabedoria divina. Como adjetivo, do latim sapiente, é o conhecedor das coisas divinas e humanas, também o sabedor, o sábio, o erudito. Veja ainda o termo sapientíssimo muito usado no tratamento maçônico (do latim sapientissimu), superlativo abstrato do que é sapiente e sábio.

Salute – Salus - (salvação, conservação da vida) – Saúde palavra tomada como substantivo feminino, em português exprime o estado do que é sadio ou são. Força, robustez, vigor. Como interjeição expressa o sentido de ter saúde excelente. Tomada ainda mais uma vez por interjeição, porém como a palavra ―Salve (do latim salve – segunda pessoa singular do imperativo presente de salvere – passar bem, ter saúde), manifesta o desejo de quem saúda alguém.

O sentido de salvação possui também elo com a influência religiosa de tempos passados na Maçonaria (salvação da alma). É também o voto, ou a saudação feita em solenidade, bebendo a saúde de alguém; o brinde. As saúdes, ou os brindes, votos, ou saudações estão presentes nas Sessões de Loja de Mesa em Maçonaria.

Stabilitate – Stabilitas - Estabilidade. Em português como substantivo feminino indica a qualidade do que é estável. Exprime firmeza, solidez, segurança.

Como saudação a tríade é também tomada com desejo expresso numa correspondência de um maçom dirigida para outro; nesse caso, uma forma bastante usada é S.’. S.’. S.’. que significa Salus, Sapientia, Stabilitas, (Saúde, Sabedoria, Estabilidade).

Em última análise, devo alertar que a saudação e o seu conteúdo não são de origem ou propriedade maçônica, cabendo, nesse sentido o esclarecimento de que muitas vezes a Maçonaria se fez, ou se faz valer de expressões hauridas da diversidade das manifestações do pensamento humano, sobretudo a partir do Século XVIII.

A despeito dessas considerações, a tríade que compõe um dos pilares da moral maçônica é a alegoria da ―Sabedoria, Força e Beleza‖ e não pode ser confundida com a tríade que evoca a saudação (S.’. S.’. S.’.).

A alegoria ―Sabedoria, Força e Beleza‖ está composta na Tábua de Delinear dos trabalhos ingleses, presentes nas Lições Prestonianas. Alguns autores tentam fazer uma ginástica mental associando os vocábulos pelo fato de que o Venerável, emissário simbólico da Sabedoria, é representado classicamente pela a ordem grega de arquitetura Jônica. 

Assim também equivocadamente fazem comparação com o vocábulo ―saúde‖ no que designa o que é sadio, forte e robusto para o Primeiro Vigilante. Isso não é verdade, pois o termo se enquadraria melhor na estabilidade, na solidez e na segurança o que atribui também de forma clássica à ordem grega de arquitetura Dórica que simboliza a Força. Por fim, e de maneira também enganosa querem outros agregar o pilar da Beleza do Segundo Vigilante com a estabilidade. Ora, esse pilar é bem representado pela ordem grega de arquitetura Coríntia e complementa a Sabedoria e a Força, já que a estabilidade e a solidez da moral maçônica estão estabelecidos no equilíbrio de se ser sábio, se ser forte e se ser belo. Uma virtude sempre complementará a outra e nunca subsistirá pela falta de uma delas - Sabedoria, Força e Beleza.

Na Tábua de Delinear (assim é chamado o painel na Inglaterra ―Tracing Board) se apresentam alegoricamente esses três pilares e em cada um deles estão presentes respectivamente três letras – W, S, B. Wisdom = sabedoria; Strong = força, forte, resistente; Beauty = beleza.

Como se pode notar, as tríades são completamente distintas, daí não se confundir os dísticos ‑ Sabedoria, Força e Beleza – com ‑ Saúde, Sabedoria e Estabilidade. A título de ilustração esse equívoco horroroso, por exemplo, aparece em certos dicionários como o Dicionário Ilustrado de Maçonaria‖ de Sebastião Dodel dos Santos, na página 218, onde o autor cita equivocadamente que a saudação S.’. S.’. S.’. significa Sabedoria, Força e Beleza. Há também que se precaver contra certos endereços eletrônicos, pois, sem subestimar a Internet que concentra, sem dúvida, um grande avanço nas comunicações globais prestando inestimável serviço à cultura e educação, entretanto, não raras vezes, também é um repositório de lixo e escritos contra a cultura.

Nas considerações finais devo salientar alguns tópicos citados pelo Irmão que devem ser repensados.

Na Inglaterra não se adotam ritos, esse termo não é aplicado na Maçonaria Inglesa, daí não é Rito de Emulação, porém Trabalho de Emulação, dentre outros existentes na Grã Bretanha;

Saúde, Sabedoria e Estabilidade não é apanágio da Maçonaria Britânica;

Saúde, Força e União é uma saudação mais própria da Maçonaria Francesa (latina) e nunca do Trabalho de Emulação que, diga-se de passagem, também não é o Rito de York;
a Cadeia de União feita no Rito Escocês Antigo e Aceito (rito que é filho espiritual da França), somente é composta para a transmissão da Palavra Semestral, não existindo nela orações, preces, pedidos de melhoras e outras coisas do gênero; também nela não se faz qualquer saudação, seja ela Saúde, Força e União; Saúde, Sabedoria e Estabilidade; Saúde, Força e Beleza, etc., etc.

Ratifico, não existe esse procedimento no Rito Escocês. Quando da necessidade para que seja composta a Cadeia para a Transmissão da Palavra Semestral os Obreiros, após o encerramento dos trabalhos, assim o fazem reunidos em forma de círculo, dão-se apenas às mãos na forma de costume e procede-se a transmissão. Estando a palavra correta, simplesmente se desfaz a Cadeia sem quaisquer outras delongas e procedimentos que envolvam prece, pronunciamento, oração, gestos, ou outros artifícios desnecessários. Outros atos que não estão previstos no ritual em vigência no GOB para o rito em questão é puro enxerto do faz de conta e devem ser rigorosamente extirpados e coibidos.

maio 04, 2023

PALESTRA EM S. JOSE DOS CAMPOS

 Quarta feira, dia 3. Irmãos de 7 Lojas de 5 cidades do Vale do Paraíba, São José dos Campos, Mogi, Lorena, Vinhedo e Aparecida, se reúnem para ouvir a minha palestra "A Cabalá da Felicidade - uma visão maçônica", na ARLS Fraternidade da Pedra Joseense n. 4012, do GOB, em S.J. dos Campos. Como sempre ocorre a palestra representou a doação de seis boas cestas básicas a uma instituição local. O querido irmão e velho amigo Max Cleberson Cunha foi o anfitrião da noite que culminou com um magnífico jantar.


PERSEVERANÇA


1º - Qualidade que implica firmeza, constância, pertinácia e persistência. 


2º - O maçom desde sua iniciação aprende que necessário é desenvolver a perseverança como condição básica na caminhada rumo a sua realização. 


3º - Quando Mestre, tem ele que ministrar as lições aos Aprendizes e Companheiros, exemplificando através dos seus trabalhos e atos essa virtude tão necessária ao seu aprimoramento. 


4º - A própria Maçonaria pode ser considerada como um modelo de perseverança, pois, apesar de todos os obstáculos e das perseguições de que foi vítima, continuou sem desfalecimento a sua marcha civilizadora. 


5º - A perseverança é uma virtude que, em Maçonaria, se acha muito ligada com a aquisição do Conhecimento.


Fonte: Cavaleirosdaluz18.

PALESTRA EM S. JOSÉ DOS CAMPOS








Quarta feira, dia 3 de maio.

Irmãos de 7 Lojas de 5 cidades do Vale do Paraíba, São José dos Campos, Mogi, Lorena, Vinhedo e Aparecida, se reúnem para ouvir a minha palestra "A Cabalá da Felicidade - uma visão maçônica", na ARLS Fraternidade da Pedra Joseense n. 4012, do GOB, em S.J. dos Campos.

Como sempre ocorre a palestra representou a doação de seis boas cestas básicas a uma instituição local. 

O querido irmão e velho amigo Max Cleberson Cunha foi o anfitrião da noite que culminou com um magnífico jantar.

maio 03, 2023

EXISTE UMA AGENDA ILLUMINATI ?



Primeiramente é preciso entender de onde surgiu essa conceito de "Illuminatus".

Historicamente, houve uma Ordem chamada de "A Ordem dos Perfeitos", mais conhecidos como a "Ordem dos Iluminados de Baviera", essa Ordem surgiu logo após o Inicio da Reforma Universal evocado por três manifestos da Rosa Cruz que levantou o estandarte da Liberdade Intelectual e Religiosa, seguida pela Augusta e Respeitabilíssima Maçonaria que se tornou Especulativa e passou a ministrar de forma mais contundente seus ensinamentos, deixando o Terreno do Prático e adentrando ao Simbólico e Filosófico.

Essa aspiração natural do homem em Busca da Verdade era suprimida pelas religiões do Estado que punia com o escândalo, o escárnio, a destituição dos bens e até a morte aquele que professasse fé diferente ou que duvidasse deste ou daquele dogma.

É evidente que nessa época a Igreja Católica havia se tornado dominadora e cruel (falamos dos homens que a assumiram e não da Fé, afinal, vários papas modernos já se desculparam pelas barbáries do passado). Na Alemanha um grupo de religiosos da extinta Ordem dos Jesuítas ainda acreditavam que eram donos das Universidades, e davam um jeito de boicotar todos que não fossem clérigos ou adeptos de todos os dogmas.

Então, movidos pela premissa de quebrar a hegemonia religiosa nas Universidades diversos pensadores se juntaram à Ordem Illuminati, entre as figuras mais conhecidas estão Goethe, Weishauput, Cagliostro e Saint Germain.

Todas essas Ordens foram demonizadas pela Igreja, ainda hoje essa quimera existe, religiosos ortodoxos e extremistas tem a Rosa Cruz, a Maçonaria e outras Ordens de caráter filosófico como compactuadas com o Diabo, fato notório é que grande parte dos Adeptus dessas Ordens sequer acreditam na Imagem desse Diabo...

A Ordem dos Illuminatis teve vida curta, nascida em 1776 e encerrada em 1785.

Ultimamente, se você tem acesso a redes sociais você deve ter visto pelo menos um "Illuminati" te convidando para ficar rico e se juntar a "fraternidade" destes, oferecendo benefícios PROFANOS...

O que é completamente descabido. Uma vez que os Iluminados estavam ligados ao conhecimento das ciências, da filosofia, da arte, do pensamento livre e assim por diante, fortemente influenciados pelo Iluminismo da época. Não tendo nada que ver com demônios e afins.

Guardem na pedra de seu coração que ninguém se professa Iluminado, a Iluminação é um Estado Mental, um Estado alcançado pelo estudo, pelo entendimento, pelo não preconceito, pela busca constante da verdade.

Então, surgiu a ideia de que existe um Grupo de Elite, de pessoas que controlam o Mundo e tem uma Agenda a ser cumprida, os adeptos da Conspiração acreditam que estes desejam dominar o Mundo e a Raça Humana numa Nova Ordem Mundial...

É preciso sempre retirar os véus do entendimento, Nova Ordem Mundial significa mudar a sociedade, e isso aconteceu centenas de vezes ao longo da história, e se olharmos para a Geopolítica atual, os senhores verão que suas ideias estavam infundadas, acredita-se na maioria das vezes que os Illuminatis estão em sua maior parte nos EUA, e que através da propaganda, da simbologia, dos artistas e etc, eles estariam dominando o mundo com a ajuda do próprio Diabo...

Agora, vendo que o dólar está em risco de ser extinto (pelo menos no que tange ao valor de moeda internacional de comércio, lastro para outras moedas), que os países já não estão mais aderindo as tentativas imperialistas e belicosas da máquina de guerra americana, iniciativas como BRICS e adesão dos demais países ao Bloco, o que eventualmente sufocará a hegemonia Americana no Mercado Internacional, fica evidente que não há pacto algum, pelo contrário, Grandes Potências surgem e se vão, aconteceu com Babilônia, Israel, Império Bizantino, Roma, Grécia, Inglaterra e assim por diante, nada está estático.

Mas sim, nós sabemos da superstição das pessoas, e não estamos falando apenas dos Conspirólogos, mas até mesmo de artistas e famosos que acreditam terem feito pactos para seu sucesso, isso é real, nós vemos artistas evocando arquétipos, usando simbologias, inserindo mensagens subliminares, pobres pessoas meus irmãos, para estes o Ocultismo é Piada Financeira.

Quando todo o dinheiro existente no mundo deixar de existir, a Verdade ainda Existirá, o Ocultismo não está ligado a isso, o Ocultismo é o ESTUDO DO OCULTO, e quem está oculto? O Eterno, é O Criador que está Oculto, é a Esse que nós buscamos e estudamos.

Não ignoramos que haja grupos que se proclamem Diabólicos, Satanistas, Ocultistas, Illuminados e que até mesmo detém grandes poderes sobre as massas, que tentam de alguma forma guiar o Rumo da Humanidade, mas são objetos usados pelo Dharma, a Lei se Cumpre, nada foge dela...

É evidente que a população tem sido guiada para uma espécie de desinteresse mental, olhe as redes sociais, fica claro que as pessoas estão perdidas entre opiniões, nunca se teve tanta informação e tanto desinteresse nela. As pesquisas são levianas, as respostas são levianas. E nossos irmãos tem se dividido, se polarizado entre esquerda e direita, heterossexuais e homossexuais, estrangeiros e nativos, ricos e pobres, capitalistas e socialistas, religiosos e ateus e assim em todas as áreas, enquanto nossas crianças vão se vulgarizando com a influência de aplicativos de mídia, a mulher se desvirtua em roupas promíscuas, os homens se enfraquecem nas suas lutas e se tornam vazios e fracos, nossas crianças não tem educação filosófica, religiosa e ética. 

Tomados pelos desejos do consumismo e a desigualdade implantada sistematicamente nós vemos nossos jovens entrar para o crime, pela depressão da vida e a falta de razão outros entram para as drogas, e somos vítimas da nossa própria ignorância.

Mas acalmem-se a noite é sempre mais escura antes do amanhecer.

Nós no Lótus reconhecemos apenas 1 Grupo de Illuminatis, estes andam por 12 Graus antes de receber essa Iniciação, mas jamais tocam no assunto, são as pessoas mais caridosas que conhecemos, são humildes, bem quistos e desejam a Paz entre os Homens, dariam todo o dinheiro do Mundo pela liberdade de Uma Só Pessoa se assim fosse pedido...

Não existe Agenda Illuminati que fuja da Agenda Divina, que é A Verdade, todo o resto é mentira e grupo de mentirosos.

Que essa mensagem vos encontre bem;


maio 02, 2023

VOCE TOMOU O SEU CHA HOJE ?




A sigla CHA serve para designar Conhecimento, Habilidade e Atitude, tríade responsável por ampliar o sentido de competência por meio de um referencial que se assemelha a padrões internacionais. Além disso, também é um dos modelos mais atuais empregados pelas melhores organizações para avaliar seus colaboradores.

• O C se refere ao conhecimento sobre um determinado assunto, aplicando-se ao fato de a pessoa possuir certo know-how a respeito de algo que tenha valor tanto para a empresa como para ela mesma. É o que podemos chamar de saber propriamente dito.

• O H corresponde à habilidade de oferecer resultados colocando em prática o conhecimento teórico adquirido ao gerar soluções efetivas para eventuais impasses. Consiste, portanto, na sabedoria para executar a tarefa.

• O A se remete à atitude assertiva e proativa, ou seja, corresponde à postura de não esperar que as coisas aconteçam aleatoriamente ou que alguém lhe diga o que fazer. Caracteriza-se pela iniciativa de entender a situação e saber agir de forma autônoma e eficiente. 

É a vontade e a efetiva ação do querer fazer.

E você, já tomou seu chá hoje?

maio 01, 2023

TEU DIA TRABALHADOR - Adilson Zotovici





Trabalhador  te saúdo

Se operário, professor...

Não pode o mundo estar mudo

Nesse dia em teu louvor


És um ser forte, raçudo,

Se tens ou estás sem teu labor

Mais que a sorte, sobretudo,

Creres em ti com destemor


Tua força na terra aludo

Só sob a Fé no Criador

Qual encerra teu Escudo


Saibas bem o teu valor

Teu suor sustenta tudo

Homem do bem, trabalhador !



OS EFEITOS BENÉFICOS DO TRABALHO - Sidnei Godinho



A máxima popular apregoa que o Trabalho Dignifica o Homem.

De onde vem tal conceito e como foi introduzido na sociedade e na Família?

Se concebermos a ideia de que o Jardim do Éden foi o primeiro arquétipo social existente, havemos de recordar que DEUS proveu Adão e Eva de tudo o que precisavam e somente lhes exigiu o Respeito inconteste as suas ordens.

Contudo, dado a ganância existente na natureza e personificada na Cobra, eles cederam aos seus primitivos instintos e “Pecaram” contra o Todo Poderoso, sendo expulsos do Paraíso e recebendo a punição de TRABALHAR para que de seu suor produzissem seu sustento.

É importante observar que quando a sagrada escritura implanta o termo Trabalho ele é tido como obrigatório para prover o alimento, isto é, sem ele o ser humano padece de fome.

Há ainda a análise biopsicossocial do labutar, a qual se dá pela sensação de prazer causada pelo sentimento de poder converter o próprio esforço em recompensa chamada salário.

Este misto de reações químicas que se dão internamente é o resultante de um complexo emaranhado neural que, em dado momento, substitui a Epinefrina por Dopamina e produz o relax muscular, trazendo o torpor do bem estar, após o esforço realizado.

Tal condição física conduz um reflexo psíquico onde a mente passa então a condicionar o Bem estar a uma condição pré-existente de Trabalhar.

É uma interligação sensorial que estimula o cérebro a não apenas determinar a produção hormonal, mas também o faz reter na memória que o link para tal satisfação é a resultante do Trabalho realizado.

Estando a parte física e a psíquica estabelecidas e bem definidas em sua ligação com o Trabalho, resta inseri-lo no contexto social, onde seu papel delimita o progresso coletivo através do empenho individual dos cidadãos.

É o Trabalho que une as pessoas em prol de um bem comum, qual seja, o esforço pessoal para o desenvolvimento grupal, remunerado conforme a capacidade individual.

Neste contexto, células são formadas mediante as classes operárias e se dividem por constantes intelectuais, força bruta, aptidões específicas e etc..

Enfim, é onde se dá a formação de uma sociedade evolutiva, com o substrato das classes produtivas estabelecidos pela razão do trabalho que desenvolvem.

Assim se dá na sacrossanta Ordem Maçônica, onde somente homens Livres e de Bons Costumes, que possuem vínculo empregatício e sustentam suas famílias, podem ser postos como neófitos para serem iniciados nos esotéricos mistérios.

Fecha-se assim o ciclo racional do entendimento do Trabalho com seus efeitos benéficos, qual seja, a instituição divina para integrar o Homem na sociedade e fazê-lo sentir o prazer de produzir por suas próprias mãos e de seu suor sustentar sua família, interagindo com seus pares.

Torna-se então compreensível a máxima dita anteriormente de que, Realmente, O TRABALHO DIGNIFICA O HOMEM.