maio 14, 2023

A MAÇONARIA E A CRIAÇÃO DO ESTADO DE ISRAEL - Fernando Colacioppo




A criação do Estado de Israel foi oficialmente anunciada em 14 de maio de 1948, há exatamente 75 anos. A criação de Israel se baseou numa resolução aprovada um ano antes na Organização das Nações Unidas (ONU) e que previa a divisão do então território da Palestina; 

A maçonaria não teve um papel direto na criação do Estado de Israel, mas alguns maçons desempenharam papéis significativos no movimento sionista e na luta pela independência de Israel.

O sionismo é um movimento político que defende o estabelecimento de um estado judeu na Terra de Israel.

A ideia do sionismo foi amplamente promovida por Theodor Herzl, um escritor e jornalista austríaco e membro da maçonaria, ele presenciou como jornalista a cobertura do Caso Dreyfus, onde um memorando secreto encontrado pela faxineira da embaixada prussiana em Paris dava conta de que havia um espião no ministério da Guerra francês, a França havia sido derrotada pelos prussianos na guerra franco-prussiana em 1871 e culpados eram procurados, o acusado foi o major de origem judaica Alfred Dreyfus que foi humilhado publicamente, sendo condenado à prisão perpétua injustamente na Guiana Francesa, depois foi absolvido quando o verdadeiro culpado foi achado, este nunca foi punido e se refugiou na Inglaterra, mas no ínterim das discussões, Herzl ouve em Paris as multidões que clamavam “morte aos judeus traidores”, este clamor não era novo, nos séculos anteriores os judeus haviam peregrinado a Europa inteira e Herzl se pergunta, para onde os judeus iriam?

Herzl fundou a Organização Sionista Mundial em 1897 e organizou o primeiro Congresso Sionista em Basileia, na Suíça, que lançou a base para a criação do Estado de Israel, um fato interessante foi que perguntado quando este estado judaico nasceria, ele solta: pode ser em 5 ou 50 anos, curiosamente foi em 1947 que o plano para a partição da palestina mandatária foi votado (29/11/1947), 50 anos depois do congresso sionista de Basiléia.

O maior evento catastrófico da comunidade judaica foi o holocausto, em hebraico se diz Shoah, do hebraico catástrofe, 6 milhões de judeus pereceram nas mãos do nazifascismo, era preciso fazer justiça aos sobreviventes, curiosamente os maçons também forma perseguidos, pois Hitler dizia que eram naturalmente sionistas por conta de seu apego a lenda do mito do Templo de Salomão.

O brasileiro Oswaldo Aranha, e membro da maçonaria, teve um papel importante na criação do Estado de Israel.

É conhecido na política internacional por fazer lobby pela partilha da Palestina o que culminou na criação do Estado de Israel como chefe da delegação brasileira à Organização das Nações Unidas (ONU) e presidente da Assembleia Geral da ONU em 1947. Como chefe da delegação brasileira, foi presidente da primeira sessão especial da Assembleia Geral das Nações Unidas em 1947 durante a votação da UNGA 181 sobre o plano de partição das Nações Unidas para a Palestina, no qual adiou a votação por três dias para garantir sua aprovação. Por seus esforços na situação palestina, foi indicado para o Prêmio Nobel da Paz de 1948.

Sete maçons belgas fundaram a Loja Maçônica Libertè Chérie ou seja, “Querida Liberdade”, em pleno campo de concentração nazista, Hut Emslandlager, alojamento 6, localizado na cidade de Esterwegen, na Alemanha. Tornou-se conhecida por ter operado dentro do campo de concentração nazi de Esterwegen durante a Segunda Guerra Mundial.

A Loja foi criada na segunda quinzena de Novembro de 1943, após a chegada do Mestre Maçon Amédée Miclotte à “caserna nº 6” do campo de concentração Emslandlager VII Esterwegen, em 22 de Novembro de 1943, por sete Maçons Belgas deportado por actos de resistência. O nome da loja foi escolhido a partir de palavras de La Marseillaise.

Não devemos esquecer que "O holocausto é comumente relacionado ao genocídio de judeus. Contudo, os maçons, os povos ciganos e testemunhas de Jeová também foram vítimas dos nazistas durante o conflito e morreram aos milhares."

Mas foi durante o nazismo que a perseguição aos integrantes da ordem maçônica chegou ao ápice.

Logo no início, cartazes elaborados por Joseph Goebbels, ministro da Propaganda do Terceiro Reich, mostravam uma serpente enredada em três palavras: judaísmo, maçonaria e bolchevismo.

Os maçons não eram alvos prioritários como judeus.

No entanto, nem todos os maçons apoiaram a ideia do sionismo. Alguns líderes maçônicos argumentaram que o judaísmo é uma religião e não uma nacionalidade, e que os judeus deveriam se integrar às sociedades em que viviam em vez de buscar um estado separado.

Em resumo, a maçonaria teve uma presença significativa no movimento sionista, mas não desempenhou um papel direto na criação do Estado de Israel.

https://redecolmeia.com.br/2023/05/13/a-maconaria-e-a-criacao-do-estado-de-israel/


maio 13, 2023

A LETRA "G"


Em algumas partes do mundo, o símbolo universal da Maçonaria (o Esquadro e o Compasso) aparece com a letra G no meio. No entanto, na maioria dos países europeus, a letra G não aparece entre as ferramentas. Na própria simbologia maçônica, o Esquadro e o Compasso nunca são associados à letra G. 

A letra começou a aparecer nas representações maçônicas americanas do Esquadro e do Compasso em 1850, embora há registros isolados, de antes desta data.

Não se sabe onde esta prática se originou, mas desde a Guerra Civil tornou-se a forma aceita do símbolo na América do Norte.

O “G”, que pode estar associado a Deus (“God”) ou (“Geometria”), mas diferentes línguas não usam a letra G para escrever “Deus” ou “Geometria”, portanto a prática não faria qualquer sentido em todos os lugares.

A título de exemplo, a palavra GEOMETRIA: em Irlandês começa com C, em galego começa com X, em bielorrusso começa com R, em grego começa com Y e por ai vai. Sem contar as línguas asiáticas e as do Oriente Médio.


Fonte: CURIOSIDADES DA MAÇONARIA

maio 12, 2023

COLISÃO LINGUÍSTICA (Entre SER e ESTAR) - Newton Agrella



A rigor, ninguém passa pela vida para "estar" alguma coisa. 

Muito pelo contrário, a pessoa experiencia uma vida com o claro propósito de "ser" alguma coisa.

Desde criança ouve-se a famigerada pergunta:

"...O que você quer *ser* quando crescer ?..."

Ou alguém já ouviu em sã consciência :

"...O que você quer *estar* quando crescer ?..."

Haverá aqueles que defenderão a tese de que o verbo "estar" pode ser perfeitamente substituto do verbo "ser", indicando a transitoriedade de uma situação, destituindo-se assim, o valor de uma conquista, de um alcance ou o inequívoco reconhecimento de um estado.

Fosse assim, e ninguém teria o direito de exercer uma atividade profissional para a qual a pessoa qualificou-se ou desempenhar um cargo para o qual foi indicada, contratada, eleita ou promovida.

Exemplos recorrentes:

"Eu não sou presidente. - Eu estou presidente."

"Eu não sou delegada. - Eu estou delegada"

Ainda neste plano surreal imagine a pessoa dizendo:

"Eu não sou médico.- Eu estou médico."

"Eu não sou advogado. - Eu estou advogado."

Faça-se aqui uma menção honrosa e distinta no caso da Maçonaria, em que cabe uma consideração muito instigante e particular, pois nenhum dos dois verbos, objetos deste nosso episódio merece um protagonismo por sí só.

Pois as premissas:

"Eu *sou* maçom"  ou "Eu *estou* maçom" não se aplicam.

A Sublime Ordem tem como princípio que o Maçom seja  "reconhecido como tal" entre seus pares.

Não raro, deparamo-nos aqui no Brasil, falantes da língua portuguesa, com as bizarrices lingüísticas acima citadas que exprimem não somente um verdadeiro desconhecimento do idioma, como também querem sugerir uma falsa idéia de modéstia ou de humildade, como se isto se traduzisse num magnânimo exemplo de desapego. 

Cabe destacar que esse raquitismo interpretativo se protagoniza sobretudo nos casos envolvendo a 1a.pessoa do singular do modo Presente do Indicativo.

Ora, isso não é nada mais do que um modismo trivial de caráter político e protocolar, que no final das contas acaba esbarrando no terreno do non-sense.

Tal qual a recém intitulada "linguagem neutra" - particularmente aqui em nosso país, e de certo modo até estimulado pela mídia - o verbo *"ser"*, que se constitui no mais importante guardião, como espinha dorsal do idioma, tem se sujeitado a um papel coadjuvante num palco gramatical pleno de formas e cada vez mais raso de conteúdo.

É desta forma depauperada que textos e discursos vão deixando de ser propositivos, consistentes e densos em sua essência para ganharem contornos pseudo éticos com o mero propósito de agradar plateias amestradas.



maio 11, 2023

UM TRATADO SOBRE A VAIDADE - Denilson Forato


 


A Maçonaria, como organização, não tem como objetivo a promoção da vaidade pessoal de seus membros. Na verdade, um dos princípios fundamentais da Maçonaria é o da humildade e modéstia.

 Os maçons são encorajados a se concentrar em trabalhar juntos em prol do bem comum, em vez de buscar a promoção pessoal. Isso significa que a vaidade é geralmente desencorajada dentro da organização.

 Além disso, a Maçonaria é uma fraternidade que valoriza a igualdade entre os seus membros. Não há hierarquia dentro da Loja Maçônica, e cada maçom tem o mesmo valor e importância dentro da organização.

 No entanto, como em qualquer organização composta por seres humanos, pode haver casos isolados de membros que são vaidosos e buscam a promoção pessoal. Esses comportamentos não são encorajados e podem ser vistos como contrários aos ideais da Maçonaria.

 A vaidade pode ser definida como uma excessiva preocupação com a aparência, status ou reputação pessoal. É a tendência de se considerar superior aos outros ou de querer ser admirado e elogiado por eles.

 A vaidade pode se manifestar de diversas formas, como a exibição de bens materiais, o culto à beleza física, a busca por títulos e posições de destaque, entre outras.

 Embora a vaidade possa trazer alguma satisfação pessoal, ela também pode ter efeitos negativos. Pode levar a uma excessiva preocupação consigo mesmo, à falta de empatia pelos outros, e à frustração quando a admiração ou reconhecimento esperado não é alcançado.

Além disso, a vaidade pode levar a uma falta de autenticidade e à necessidade de se criar uma imagem que não corresponde à realidade. Isso pode levar a uma sensação de vazio e insatisfação, já que a pessoa não se sente reconhecida pelo que ela realmente é.

 Por fim, a vaidade pode interferir nas relações interpessoais, pois a pessoa vaidosa pode acabar se tornando arrogante e distante dos outros, dificultando a construção de relacionamentos verdadeiros e saudáveis.

 Em resumo,

Em resumo, a Maçonaria não promove a vaidade, mas sim a humildade, modéstia e igualdade entre seus membros.

 A vaidade pode ter efeitos negativos na vida de uma pessoa, prejudicando sua autoestima, relacionamentos e bem-estar emocional. É importante encontrar um equilíbrio saudável entre cuidar de si mesmo e valorizar as relações e experiências de vida verdadeiras


maio 10, 2023

CÂMARA DE REFLEXÃO



A câmara não é de reflexões, no plural, mas de reflexão, no singular, já que em Maçonaria ela significa a volta da consciência do candidato sobre si mesmo para examinar o seu próprio conteúdo por meio do entendimento da razão. Em linhas gerais é o ato de refletir sobre si.

É bom que se diga que não são todos os ritos maçônicos que adotam a Câmara. No Rito Escocês Antigo e Aceito, que é um dos ritos que a adota, a mesma deve ser compreendida sob três configurações.

A primeira é como um local de medição e interiorização. Esse artifício é utilizado para conduzir o candidato a um momento único - consigo mesmo - quando ficam frente a frente à materialidade e a espiritualidade. Todo o cenário desse apólogo foi arquitetado para chamar atenção do postulante, por meio de símbolos, frases e alegorias, sobre a brevidade e a finitude da vida.

A segunda é que de modo figurado, a Câmara lembra as masmorras que aprisionam o homem. Menciona que são os vícios e os maus costumes que deformam a conduta humana. Nesse sentido, a Câmara é um marco referencial para que o homem se liberte das amarras que dormem nesses calabouços.

Por fim, a terceira que sugere a morte e o renascimento. É uma concepção que compara a vida do homem aos ciclos da Natureza (renovação da vida). É a sua purificação pelos elementos. Nesse sentido a Câmara é a prova da Terra (o primeiro elemento). É o útero, a fecundação; é a escuridão onde a semente, como produto da putrefação do fruto que morreu no inverno começa agora a germinar. É o novo broto da planta que surge. Vem das profundezas da terra em direção à Luz. De maneira geral é o primeiro ciclo do iniciado. É agora o neófito, ou aquele que iniciaticamente se compara a uma “nova planta” (néo = novo; fito = planta, vegetal). O Mestre que o apadrinha é o semeador e o neófito o vegetal que no futuro proporcionará a colheita.

Por esse caráter é que existe toda a simbologia da Câmara de Reflexão no REAA, das quais a divisa “Vigilância e Perseverança”, onde o termo Vigilância está por sugerir ao postulante que ele vigie diuturnamente a sua consciência e as suas ações...

maio 09, 2023

DIA 9 DE MAIO, NASCE D. QUIXOTE DE LA MANCHA

 










09 de Maio de 1605: É Publicada a 1ª parte de D. Quixote de la Mancha, de Miguel de Cervantes.

É a maior criação de Cervantes. Surgiu no fim de mais de um século de notável inovação e diversidade por parte dos escritores ficcionistas espanhóis. Parodiou os romances de cavalaria que, na altura, se encontravam em declínio. Nesta obra, a paródia apresenta uma forma invulgar. O protagonista, já de certa idade, entrega-se à leitura desses romances, perde o juízo, acredita que tenham sido historicamente verdadeiros e decide tornar-se um cavaleiro andante. Por isso, parte pelo mundo e vive o seu próprio romance de cavalaria. 

A história é apresentada sob a forma de novela realista. A primeira parte da obra deixa a impressão de liberdade máxima, a segunda parte produz a sensação constante de nos encontrarmos encerrados em limites estreitos. Essa sensação é sentida mais intensamente quando confrontada com a primeira parte. Se anteriormente, a ironia era, sobretudo, uma expressão amarga da impossibilidade de dar realidade a um ideal, com a segunda parte nasce muito mais da confrontação das formas da imaginação com as da realidade.

A primeira parte de D. Quixote é tipicamente barroca. Cervantes dá a sua própria definição da obra: "orden desordenada (...) de manera que el arte, imitando à la Naturaleza, parece que allí la vence". O processo adotado por Cervantes - a paródia - permite dar relevo aos contrastes, através da deformação grotesca, pela deslocação do patético para o burlesco, fazendo com que o burlesco apague momentaneamente a emoção, estabelecendo um entrelaçado espontâneo de picaresco, de burlesco e de emoção. 

O conflito surge do confronto entre o passado e o presente, o ideal e o real e o ideal e o social. D. Quixote e Sancho Pança representam valores distintos, embora sejam participantes do mesmo mundo. É importante compreender a visão irónica que o romancista tem do mundo moderno, o fundo de alegria que está por detrás da visão melancólica e a busca do absoluto. São mundos completamente diferentes. O fiel escudeiro de D. Quixote é definido por Cervantes como "homem de bem mas de pouco sal na moleirinha". É o representante do bom senso e é para o mundo real aquilo que D. Quixote é para o mundo ideal.

As figuras de D. Quixote, de Sancho Pança e do cavalo de D. Quixote, Rocinante, depressa conquistaram a imaginação popular. No entanto, os contemporâneos da obra não a levaram tão a sério como as gerações posteriores. Passou a ser vista como uma prosa épica de escárnio, em que "o ar sério e grave" da ironia do autor começou a ser bastante apreciado. O herói grotesco de um dos livros mais cómicos tornou-se no trágico herói da tristeza. Contudo, apesar de alguma distorção, a novela de Cervantes começou então a revelar a sua profundidade.

Na história da novela moderna, o papel de D. Quixote é reconhecido como seminal. A evidência disso pode ser vista em Defoe, em Fielding, em Smollet e Sterne e, também, em personagens criadas por alguns romancistas clássicos do século XIX, como é o caso de Walter Scott, de Charles Dickens, de Gustave Flaubert, de Pérez Galdós, de Melville e de Fedor Dostoievski. O mesmo acontece no caso de alguns autores pós-realistas do século XX, como James Joyce e Jorge Luis Borges. D. Quixote provou ser uma notável fonte de inspiração para os criadores noutros campos artísticos. 

Desde o século XVII que se têm realizado peças de teatro, óperas, composições musicais e bailados baseados no D. Quixote. No século XX, o cinema, a televisão e os cartoons inspiraram-se igualmente nesta obra. D. Quixote inspirou ainda artistas como Hogarth, Francisco Goya, Daumier e Pablo Picasso. Várias interpretações foram dadas à obra. No século XVII, considerou-se que o romance continha em si pouco mais que o tom de bom humor e de diversão, com D. Quixote e Sancho Pança a encarnarem respetivamente o grotesco e o pícaro. O século XVIII foi pródigo em elogios a D. Quixote, não só em Espanha e em Portugal, como também por parte de grandes românticos do centro da Europa.

D. Quixote. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2013.



maio 08, 2023

A TECNOLOGIA - Adilson Zotovici








Desde as guildas os conceitos

Dos labores a melhoria

Como aos fatores estreitos

Das ciências, filosofia


Canteiros com ritos aceitos

Que Grande Arquiteto o Guia

Da astronomia os proveitos

Da Cabala,  numerologia


Da música tem os efeitos

Na aritmética, geometria...

Aos seus princípios, preceitos


À infinda maçonaria_

Que no progressismo seus feitos

Bem-vinda a tecnologia_ !


maio 07, 2023

AS COLUNAS ZODIACAIS - Almir Sant'Anna Cruz




Nos Templos Maçônicos encontram-se 12 Colunas na parte Ocidental, seis no lado Norte e seis no lado Sul, simbolizando os 12 signos zodiacais, com diversas interpretações, inclusive relacionando-as aos quatro Elementos e aos sete Planetas da Antiguidade:

No lado Norte temos:

ÁRIES: Fogo, Marte

TOURO: Terra, Vênus

GÊMEOS: Ar, Mercúrio

CÂNCER: Água, Lua

LEÃO: Fogo, Sol

VIRGEM: Terra, Mercúrio

No lado Sul estão: 

LIBRA: Ar, Vênus

ESCORPIÃO: Água, Marte 

SAGITÁRIO: Fogo, Júpiter

CAPRICÓRNIO: Terra, Saturno 

AQUÁRIO: Ar, Saturno

PEIXES: Água, Júpiter

A disposição dessas Colunas, que seguem o aparente caminho do Sol, é que justificam a circulação em Loja, no sentido destrocêntrico, ou seja, no sentido dos ponteiros do relógio.

Como as Colunas estão dispostas apenas no Ocidente, não é correto haver circulação no Oriente, embora diversas Potências Maçônicas assim proceda.

Conquanto não se possa afirmar com segurança que os caldeus tenham sido os precursores da Astrologia, certamente foi na Caldéia que alcançou seu esplendor, misto de ciência e religião. 

Há registros de práticas astrológicas em regiões e povos completamente distintos: egípcios, persas, gregos, romanos, indianos, chineses, árabes, incas, maias e astecas, entre outros.

Se bem que os judeus estivessem proibidos por Deus, a classe sacerdotal praticou a Astrologia, influenciados durante o cativeiro em Babilônia, até que o profeta Isaías condenou tais práticas.

Os antigos consideravam os signos zodiacais como a chave de todas as ciências humanas e naturais.

A Astrologia e a Astronomia eram estudadas nas antigas civilizações mesopotâmicas e, na Babilônia e Assíria, a Astrologia era utilizada pela classe sacerdotal para interpretar a vontade dos deuses, uma vez que se baseava na teoria do governo universal pela vontade divina.

Ao lado de todos os templos da mesopotâmia, há cerca de 4000 mil anos antes de Cristo, erguia-se uma torre, chamada Zigurate, e o alto dessa torre era pintada de amarelo, cor do Sol. Servia de observatório astronômico para a classe sacerdotal. 

Pesquisas recentes demonstraram que o fenômeno da precessão dos equinócios já era conhecido pelos astrônomos da Babilônia.

Através das posições dos corpos celestes predizia-se o futuro, interpretava-se os acontecimentos, as vidas humanas e o caráter das pessoas, baseando-se no conceito do homem como centro do universo. 

A partir daí, era lógico julgar-se que o universo girasse em torno de nossa espécie, influindo em nosso destino. Com o triunfo do Cristianismo, passou-se a admitir, no mundo ocidental, que os astros não eram agentes finais do destino. 

Se o futuro pode ser previsto, presume-se que esteja determinado; onde fica, então, o livre-arbítrio humano? Golpe mortal no determinismo religioso da Astrologia! 

Contudo, até o século XVIII, a Astrologia continuava sendo respeitada como ciência. Foi em época relativamente recente que a Astronomia se desvencilhou da Astrologia, assim como a Química da Alquimia e a Física da Metafísica natural. Todavia, não se pode negar a contribuição dessas pseudociências para com as ciências modernas.

Já de algum tempo, a Astrologia está fora do reino da respeitabilidade intelectual e, portanto, carece de valor.


Excerto do livro *O que um Aprendiz Maçom deve saber " do Irm.’. Almir Sant’Anna Cruz

Interessados contatar o Irm.’. Almir no WhatsApp (21) 99568-1350

PALESTRA NA ARLS PERSEVERANÇA, EQUILÍBRIO E HARMONIA 621 - S. Paulo

 





Dia 6, sábado de manhã. Na ARLS Perseverança  Equilíbrio e Harmonia n. 621, no Palácio Maçônico da GLESP, fiz a palestra A Cabalá da Felicidade - uma visão maçônica. Foi uma reunião informal exclusiva para a palestra com excelente suporte audiovisual. O interesse foi de tal ordem que as perguntas demoraram mais do que a palestra e o evento findou as 12h00. 

Tenho uma certa ponta de orgulho em dizer que em dois momentos fui aplaudido em pé pelos cerca de 50 irmãos presentes. Minha gratidão ao VM Cassiano Ricardo Rampazzo.

maio 06, 2023

COERÊNCIA MAÇÔNICA ENTRE RITOS - Kennyo Ismail



“Eu não sei a chave para o sucesso, mas a chave para o fracasso é tentar agradar a todos.” Bill Cosby

A Sublime Ordem Maçônica sempre teve como um de seus pilares a exaltação da razão e o combate à sua ausência, ou seja, a ignorância, a intolerância e o fanatismo. A coerência, um fruto da razão, é a relação lógica e não contraditória entre as ideias. Seguindo uma retórica dedutiva, seria “coerente” supor que o maçom, enquanto ser pensante, deve ser “coerente” em suas escolhas. Porém, infelizmente, não se pode esperar isso de todos. O uso da razão gera conhecimento, e o conhecimento é necessário para a busca da coerência. Entretanto, se você não usa a razão ou não detém o conhecimento determinado, não há como ser coerente.

Há aqueles que querem agradar a todos. Contudo, o oposto da razão, como se sabe, é a emoção. E agradar é, em sua natureza, uma ação emocional. Com isso, corre-se o risco de ser incoerente. Há também aqueles que não possuem o conhecimento necessário para a ação, realizando assim ações não racionais. E ações não racionais também tendem a serem incoerentes. O maçom deve tentar não cair na tentação de tais incoerências, as quais são suscetíveis na Maçonaria Brasileira, principalmente quando se trata da adoção de Ritos.

O Rito Adonhiramita é um importante rito na história da Maçonaria Brasileira. Porém, é o único Rito Adonhiramita num país que adota uma série de ritos Hiramitas. Ou você compreende que o princípio Adonhiramita é o correto ou que o Hiramita é o correto. Considerar os dois corretos é impossível. No Brasil, houve nos últimos anos uma tentativa de “hiramizar” o Rito Adonhiramita, interpretando que o nome Adonhiram era a junção do prefixo “Adon” com o nome “Hiram”, o que significaria “Sr. Hiram”, entendendo assim se tratar da mesma pessoa.

Importante registrar que esse não era o entendimento inicial dos maçons adonhiramitas, que compreendiam que Adonhiram e Hiram eram personagens distintos, mas defendiam a teoria de que Adonhiram era o responsável pela construção do Templo. Mackey declarou que isso se deveu pelos ritualistas franceses criadores do rito não serem versados no conteúdo bíblico, tendo confundido o papel dos personagens.[1] Esse problema do desenvolvimento dos ritos latinos já foi abordado nesta obra, e concordamos com Mackey nesse ponto. Mackey ainda aponta os escritos de Guillemain de St. Victor (1786, p. 77-78 apud MACKEY, 1914, p.20), um dos principais nomes do Rito Adonhiramita, que declarou:

Todos nós concordamos que o grau de Mestre é baseado no arquiteto do Templo. Agora, as Escrituras dizem, de forma muito clara, no 14º versículo do 5º capítulo do 3º Livro de Reis, que a pessoa foi Adonhiram. Josephus e todos os escritores sagrados dizem a mesma coisa, e, sem dúvida, distinguem ele de Hiram de Tiro, o artífice dos metais. De modo que é Adonhiram então quem somos obrigados a honrar.

Sobre a tentativa de “hiramizar” Adonhiram, temos que considerar que nomes próprios são nomes próprios. Não entendo por correto utilizar um acrônimo de um nome sagrado de Deus para dizer que “Adonhiram” é “Adon + Hiram”, que significaria “Lorde Hiram”. É como pegar “Donald” e dizer que é “Don + Ald”, que significaria “Dom Ald” ou “Lorde Ald”. Adonhiram é um nome próprio. Moisés não é “Monsenhor Isés”. Isaac não é “Ilustre Saac”. Abraão não é “Abade Raão”. Salomão não é “Santo Lomão”. E Adonhiram não é “Lorde Hiram”.

Ainda sobre o Rito Adonhiramita, o qual tem origem francesa, sabe-se que, tendo por um dos principais motivos as duras críticas das quais o rito era alvo, o Rito Francês ou Moderno surgiu na França para substituí-lo, e isso foi devidamente feito. Em outras palavras, o Rito Moderno foi considerado pelos franceses como uma evolução, em detrimento do Rito Adonhiramita, o qual foi descontinuado na época. Nada impede de uma Obediência discordar dos franceses e adotar o Rito Adonhiramita. Porém, um maçom praticar o Rito Adonhiramita, extremamente místico, e praticar ao mesmo tempo o Rito Moderno, o qual veio substituí-lo, com a proposta oposta, de desmistificar, é incoerente. Uma incoerência histórica e filosófica.

O próprio Rito Moderno também tem seus conflitos. Em 1817, quando passou pela reforma doutrinária no Grande Oriente da França, o qual suprimiu a obrigação da crença num Ser Supremo, a reação da Grande Loja Unida da Inglaterra foi rápida e drástica, declarando a irregularidade daquela Obediência, rompimento que dura até os dias de hoje. Considerar a decisão do Grande Oriente da França como justa é considerar a decisão da Grande Loja Unida da Inglaterra como injusta, ou o contrário. Tendo o Rito Moderno como símbolo da maçonaria francesa adogmática e o Ritual de Emulação como símbolo da maçonaria inglesa teísta, é evidente que seus princípios são conflitantes. Praticar ambos também o é.

Outra clara incoerência é adotar o Rito Escocês Retificado – RER e adotar o Rito Escocês Antigo e Aceito – REAA. O RER foi uma iniciativa de Jean Baptiste de Willermoz com o propósito de “retificar” a Maçonaria chamada “Escocesa”, na época o Rito da Estrita Observância e, em especial, o Rito de Heredom, cujos 25 graus serviram de base para o REAA. Willermoz foi explicitamente contra os graus “de vingança” presentes no Rito de Heredom, os quais permaneceram no REAA.

Ainda, podemos recordar aos Irmãos que o Rito Schröder, criado por Ludwig Friedrich Schröder, rejeita todo tipo de esoterismo e Altos Graus na Maçonaria. Um irmão que opta por ser adepto desse rito não deveria ingressar em qualquer Alto Grau de rito algum da Maçonaria.

Assim, uma mesma Obediência abrigar Adonhiramita com Moderno, Moderno com Emulação, RER com REAA, ou Schröder com outros ritos pode ser justificado como resultado de decisões condescendentes de seus dirigentes ao longo da história, fruto daquele desejo de agradar a todos, e revestido pelo conceito de “Colégio de Ritos”. Por outro lado, os maçons, esses sim não podem ignorar completamente as histórias e filosofia própria de cada rito, praticando-os de forma ignóbil e superficial, desconsiderando seus princípios e suas histórias em nome de uma visão pseudo-holística, praticando simultaneamente ritos e rituais originalmente conflitantes.

Nenhuma desculpa histórica local ou fraterna justifica incoerências lógicas. Também não se está discutindo aqui o poder e querer, a legalidade ou a regularidade. Apenas deve-se levar em consideração que, sendo a Maçonaria uma organização baseada na Razão, não é isso que muitas vezes seus adeptos têm refletido. Cada maçom, sendo homem livre e dotado de razão, tem a capacidade de ser coerente em suas escolhas e atos, em vez de querer agradar a todos ou mesmo seu próprio ego.

É como praticar diversas religiões, em especial as que se contradizem mutuamente, como as de uma única vida terrena com as reencarnatórias, ou o judaísmo com o cristianismo, por exemplo. Você pode ser adepto de uma e conviver fraternalmente com os adeptos de outras, e até mesmo visitar cerimônias religiosas dessas, respeitando-as. No entanto, ser adepto de duas ou mais contraditórias é logicamente impossível. Na Maçonaria também.

Por fim, antes que alguém diga que tudo é Maçonaria, tudo é lindo, e são apenas caminhos diferentes que levam ao mesmo lugar, devemos mostrar também a imensa incoerência de tal justificativa: se assim for, sejam coerentes com tal pensamento e aceitem todas as centenas de Ritos e Obediências que existem por aí como regulares, pois “é tudo Maçonaria”. Caso contrário, usem a peneira de suas consciências corretamente, sem relativismo, inclusive nos Ritos.


[1] MACKEY, A. G. Adonhiramite Masonry. In: An Encyclopedia of Freemasonry and tis Kindred Sciences. New York e Londres: The Masonic History Company, 1914, p. 19.

maio 05, 2023

S.’. S.’. S.’ - Pedro Juk








A significação das três letras acima tem sido deturpada pela maioria dos Irmãos. Alguns a traduzem por "saúde, saúde, saúde" e outros por "salve, salve, salve".

Nem uma nem outra cousa. As três letras significam as três colunas do Templo que assim se escreviam em latim: “SAPIENTIA, SALUS, STABILITAS”. Em outras palavras: a Sabedoria (Sapientia) que é o Venerável Mestre; a Força (Salus) que é o 1º Vigilante; e a Beleza (Stabilitas, ou "estabilidade moral" ou beleza moral) que é o 2º Vigilante. Em um Templo inteiramente composto se vêm, por isso, as três colunas de Minerva, de Hércules e de Vênus. Isto é, a Sabedoria, a Força e a Beleza, ou Sapientia, Salus, Stabilitas, representadas por S.’ S.’. S.’.. 

Resta lembrar a todos os Maçons que praticam o R.’. E.’. A.’. A.’. que, estas palavras são pronunciadas com vigor ao encerrar a cadeia de União e apostas no início de documentos maçônicos. Ao contrário de muitos Maçons que por desconhecerem o ritos existentes e suas origens, usam de forma errônea as palavras “S.’. F.’. U.’.” que significam, “Saúde, Força e União”.

 Estas palavras nunca pertenceram e não pertencem ao R.’. E.’. A.’. A.’., e sim ao Rito de Emulação (York), portanto jamais devem ser usadas e pronunciadas no Rito Escocês Antigo e Aceito. Os que assim o fazem se expõe ao ridículo perante outros que tem o conhecimento da origem e de que rito que ambas pertencem.

CONSIDERAÇÕES

S.’. S.’. S.’. - Corresponde a uma dentre tantas tríades de saudação usadas pela Maçonaria e, no sentido do termo, herdada da fase transitória da nossa Ordem. Destas, ‑ Sabedoria, Saúde e Estabilidade, é uma saudação que está abreviada em latim ‑  “Sapientia, Salute (Salus), Stabilitate (Stabilitas)”.

Sapientia – Sapiência. Em português como substantivo feminino revela a qualidade de ser sapiente (sábio) – de saber ‑ do latim sapere = conhecer, ter juízo, designa o caráter do que é dito ou pensado sabiamente; o saber, a doutrina da totalidade do conhecimento adquirido; o juízo, a retidão, a justiça. Também está relacionado à sabedoria divina. Como adjetivo, do latim sapiente, é o conhecedor das coisas divinas e humanas, também o sabedor, o sábio, o erudito. Veja ainda o termo sapientíssimo muito usado no tratamento maçônico (do latim sapientissimu), superlativo abstrato do que é sapiente e sábio.

Salute – Salus - (salvação, conservação da vida) – Saúde palavra tomada como substantivo feminino, em português exprime o estado do que é sadio ou são. Força, robustez, vigor. Como interjeição expressa o sentido de ter saúde excelente. Tomada ainda mais uma vez por interjeição, porém como a palavra ―Salve (do latim salve – segunda pessoa singular do imperativo presente de salvere – passar bem, ter saúde), manifesta o desejo de quem saúda alguém.

O sentido de salvação possui também elo com a influência religiosa de tempos passados na Maçonaria (salvação da alma). É também o voto, ou a saudação feita em solenidade, bebendo a saúde de alguém; o brinde. As saúdes, ou os brindes, votos, ou saudações estão presentes nas Sessões de Loja de Mesa em Maçonaria.

Stabilitate – Stabilitas - Estabilidade. Em português como substantivo feminino indica a qualidade do que é estável. Exprime firmeza, solidez, segurança.

Como saudação a tríade é também tomada com desejo expresso numa correspondência de um maçom dirigida para outro; nesse caso, uma forma bastante usada é S.’. S.’. S.’. que significa Salus, Sapientia, Stabilitas, (Saúde, Sabedoria, Estabilidade).

Em última análise, devo alertar que a saudação e o seu conteúdo não são de origem ou propriedade maçônica, cabendo, nesse sentido o esclarecimento de que muitas vezes a Maçonaria se fez, ou se faz valer de expressões hauridas da diversidade das manifestações do pensamento humano, sobretudo a partir do Século XVIII.

A despeito dessas considerações, a tríade que compõe um dos pilares da moral maçônica é a alegoria da ―Sabedoria, Força e Beleza‖ e não pode ser confundida com a tríade que evoca a saudação (S.’. S.’. S.’.).

A alegoria ―Sabedoria, Força e Beleza‖ está composta na Tábua de Delinear dos trabalhos ingleses, presentes nas Lições Prestonianas. Alguns autores tentam fazer uma ginástica mental associando os vocábulos pelo fato de que o Venerável, emissário simbólico da Sabedoria, é representado classicamente pela a ordem grega de arquitetura Jônica. 

Assim também equivocadamente fazem comparação com o vocábulo ―saúde‖ no que designa o que é sadio, forte e robusto para o Primeiro Vigilante. Isso não é verdade, pois o termo se enquadraria melhor na estabilidade, na solidez e na segurança o que atribui também de forma clássica à ordem grega de arquitetura Dórica que simboliza a Força. Por fim, e de maneira também enganosa querem outros agregar o pilar da Beleza do Segundo Vigilante com a estabilidade. Ora, esse pilar é bem representado pela ordem grega de arquitetura Coríntia e complementa a Sabedoria e a Força, já que a estabilidade e a solidez da moral maçônica estão estabelecidos no equilíbrio de se ser sábio, se ser forte e se ser belo. Uma virtude sempre complementará a outra e nunca subsistirá pela falta de uma delas - Sabedoria, Força e Beleza.

Na Tábua de Delinear (assim é chamado o painel na Inglaterra ―Tracing Board) se apresentam alegoricamente esses três pilares e em cada um deles estão presentes respectivamente três letras – W, S, B. Wisdom = sabedoria; Strong = força, forte, resistente; Beauty = beleza.

Como se pode notar, as tríades são completamente distintas, daí não se confundir os dísticos ‑ Sabedoria, Força e Beleza – com ‑ Saúde, Sabedoria e Estabilidade. A título de ilustração esse equívoco horroroso, por exemplo, aparece em certos dicionários como o Dicionário Ilustrado de Maçonaria‖ de Sebastião Dodel dos Santos, na página 218, onde o autor cita equivocadamente que a saudação S.’. S.’. S.’. significa Sabedoria, Força e Beleza. Há também que se precaver contra certos endereços eletrônicos, pois, sem subestimar a Internet que concentra, sem dúvida, um grande avanço nas comunicações globais prestando inestimável serviço à cultura e educação, entretanto, não raras vezes, também é um repositório de lixo e escritos contra a cultura.

Nas considerações finais devo salientar alguns tópicos citados pelo Irmão que devem ser repensados.

Na Inglaterra não se adotam ritos, esse termo não é aplicado na Maçonaria Inglesa, daí não é Rito de Emulação, porém Trabalho de Emulação, dentre outros existentes na Grã Bretanha;

Saúde, Sabedoria e Estabilidade não é apanágio da Maçonaria Britânica;

Saúde, Força e União é uma saudação mais própria da Maçonaria Francesa (latina) e nunca do Trabalho de Emulação que, diga-se de passagem, também não é o Rito de York;
a Cadeia de União feita no Rito Escocês Antigo e Aceito (rito que é filho espiritual da França), somente é composta para a transmissão da Palavra Semestral, não existindo nela orações, preces, pedidos de melhoras e outras coisas do gênero; também nela não se faz qualquer saudação, seja ela Saúde, Força e União; Saúde, Sabedoria e Estabilidade; Saúde, Força e Beleza, etc., etc.

Ratifico, não existe esse procedimento no Rito Escocês. Quando da necessidade para que seja composta a Cadeia para a Transmissão da Palavra Semestral os Obreiros, após o encerramento dos trabalhos, assim o fazem reunidos em forma de círculo, dão-se apenas às mãos na forma de costume e procede-se a transmissão. Estando a palavra correta, simplesmente se desfaz a Cadeia sem quaisquer outras delongas e procedimentos que envolvam prece, pronunciamento, oração, gestos, ou outros artifícios desnecessários. Outros atos que não estão previstos no ritual em vigência no GOB para o rito em questão é puro enxerto do faz de conta e devem ser rigorosamente extirpados e coibidos.

maio 04, 2023

PALESTRA EM S. JOSE DOS CAMPOS

 Quarta feira, dia 3. Irmãos de 7 Lojas de 5 cidades do Vale do Paraíba, São José dos Campos, Mogi, Lorena, Vinhedo e Aparecida, se reúnem para ouvir a minha palestra "A Cabalá da Felicidade - uma visão maçônica", na ARLS Fraternidade da Pedra Joseense n. 4012, do GOB, em S.J. dos Campos. Como sempre ocorre a palestra representou a doação de seis boas cestas básicas a uma instituição local. O querido irmão e velho amigo Max Cleberson Cunha foi o anfitrião da noite que culminou com um magnífico jantar.


PERSEVERANÇA


1º - Qualidade que implica firmeza, constância, pertinácia e persistência. 


2º - O maçom desde sua iniciação aprende que necessário é desenvolver a perseverança como condição básica na caminhada rumo a sua realização. 


3º - Quando Mestre, tem ele que ministrar as lições aos Aprendizes e Companheiros, exemplificando através dos seus trabalhos e atos essa virtude tão necessária ao seu aprimoramento. 


4º - A própria Maçonaria pode ser considerada como um modelo de perseverança, pois, apesar de todos os obstáculos e das perseguições de que foi vítima, continuou sem desfalecimento a sua marcha civilizadora. 


5º - A perseverança é uma virtude que, em Maçonaria, se acha muito ligada com a aquisição do Conhecimento.


Fonte: Cavaleirosdaluz18.