outubro 07, 2023

PALESTRA NA ARLS ESTRELA DO BRASIL 3214





         Já estive palestrando nesta Loja há alguns meses. É a Loja a qual pertencem alguns dos colaboradores deste blog como o renomado intelectual Newton Agrella, um dos mais inteligentes e profícuos escritores da maçonaria brasileira e André Naves, que orna este blog com suas poéticas contribuições.
    Na sexta-feira dia 6 de outubro ocorreu uma sessão magna pública muito bem conduzida pelo Venerável Mestre Fábio Shibao, e além dos irmãos que aparecem na foto estavam presentes como convidadas senhoras e filhas de irmãos. 
    Após a apresentação da palestra "O caminho da Felicidade" foi servido um delicioso jantar.
    Na foto estou recebendo um mimo ladeado pelo Venerável Mestre e pelo querido irmão e amigo Alexandre Hussni.

outubro 06, 2023

BEBA MAIS ÁGUA!



Médico diretor técnico de clínicas do Hospital das Clínicas. Sério, competentíssimo e por isso muito respeitado, Dr. Arnaldo Lichtenstein, explica:

“Toda vez que ensino medicina clínica para estudantes de medicina do quarto ano, faço a seguinte pergunta:

"Quais são as causas da confusão mental em pessoas idosas?"

Alguns respondem: "Tumores na cabeça".

Eu respondo: Não!

Outros sugerem: "Os primeiros sintomas da doença de Alzheimer".

Eu respondo novamente: Não!

Com qualquer rejeição de suas respostas, eles ficam frustrados.

E ficam de queixo caído quando noto a causa mais comum:

Desidratação

Pode parecer uma piada; mas não, este último motivo não é suspeito e extremamente importante.

Pessoas com mais de 60 anos geralmente param de sentir sede e como resultado, param de beber líquidos.

Quando ninguém está por perto para lembrá-los de beber líquidos, eles secam rapidamente.

Desidratação severa e afeta todo o corpo. Pode causar fraqueza muscular, fadiga, falta de motivação, confusão mental súbita, diminuição da pressão arterial, aumento da frequência cardíaca, angina (dor no peito). Em casos muito extremos, coma e até morte.

Esse hábito de esquecer de beber líquidos começa aos 60 anos, quando temos pouco mais de 50% da água que precisamos ter em nosso corpo. Pessoas com mais de 60 anos têm um reservatório de água mais baixo. Faz parte do processo natural de envelhecimento. Mas há mais complicações. Embora estejam desidratados, eles não sentem vontade de beber água porque seus mecanismos internos de equilíbrio não funcionam particularmente bem.

Resumo:

As pessoas com mais de 60 anos secam facilmente, não apenas porque têm menos água; Mas também porque não sentem a falta de água no corpo. Embora as pessoas com mais de 60 anos possam parecer saudáveis, realizar reações e funções químicas pode ser prejudicial para todo o corpo.

Então aqui vão dois alertas:

1) Adquira o hábito de beber líquidos. Os líquidos incluem água, sucos, chá, água de coco, leite, sopas e frutas ricas em água, como melancia, murmúrio, pêssego e abacaxi; A laranja e a tangerina também funcionam.

O importante é que a cada duas horas, você precisa beber alguns líquidos.

Lembre-se disso!

2) Alerta aos familiares: ofereça constantemente líquidos a pessoas com mais de 60 anos. Ao mesmo tempo, observe-os.

Se você achar que eles repelem fluidos e ficam irritáveis, com falta de ar ou desatentos durante a noite, esses são quase certamente sintomas recorrentes de desidratação.

Você está inspirado a beber mais água agora?

Envie esta informação para outras pessoas. Faça isso agora! Seus amigos e familiares precisam saber por si mesmos e ajudá-los a serem mais saudáveis e felizes! É bom compartilhar com pessoas com mais de 60 anos.

PALESTRA NA ARGBLS SÃO PAULO 43

 


Noite de chuva muito forte atrapalhou a presença de mais irmãos e apenas doze comparecerem a sessão de ontem, 5 de outubro, que foi no entanto brilhantemente conduzida pelo jovem VM Raul Nascimento de Lima Braga, no belo templo do 2o andar do Palácio Maçônico da GLESP.

A ARGBLS São Paulo n. 43 nasceu em 27 de setembro de 1945, a caminho dos oitenta anos portando, tradicional e vetusta. Mas a surpresa da noite foi a presença de dois irmãos visitantes da centenária ARLS Quintino Bocaiuva n. 10, que ao pesquisar os antigos documentos de sua Loja para registro histórico encontraram a informação documental de que 15 irmãos egressos de sua Loja estavam entre os fundadores da ARLS São Paulo, ou seja, ambas as Lojas tem antigos laços históricos.

A visita foi registrada com a entrega de uma lembrança da ARLS Quintino Bocaiuva para a ARLS São Paulo e a contrapartida de um livro da história desta para os irmãos visitantes.

A palestra como sempre foi um sucesso. Apenas de serem poucos os irmãos eram muito inteligentes e cultos e tiveram ativa participação nos questionamentos ao palestrante e a sessão foi considerada excelente.

Acima o registro da entrega do mimo pelo irmão Percio Schneider ao VM Ir.: Raul, ladeado pelo Mestre de Cerimônias Ir.: Peter Aparecido de Souza.


outubro 05, 2023

O LUGAR DO APRENDIZ RECÉM-INICIADO - REAA - Pedro Juk



Em 13/11/2018 o Respeitável Irmão Ronei Antonio Ferrari, Loja Integridade, REAA, Grande Oriente Paulista (COMAB), Oriente de Capivari, Estado de São Paulo, apresenta a questão seguinte:

LUGAR DO RECÉM-INICIADO.

Nos meus 24 anos de Ordem já assisti seguramente, mais de uma centena de sessões de iniciações (das três Obediências). No final da sessão, o Venerável Mestre solicita ao Mestre de Cerimônias, que conduza o recém iniciado para que tome assento NO TOPO da Coluna do Norte. Aprendi com os Mestres mais antigos, que o topo da Coluna do Norte é ao lado do Irmão Tesoureiro. Recentemente em duas sessões de iniciações e, em Lojas diferentes, o recém iniciado foi colocado ao lado do 1º. Vigilante. Peço-lhe luzes, qual o lugar que você entende por topo da Coluna do Norte.

CONSIDERAÇÕES;

Lamento contrariá-lo, mas infelizmente essa “estória” de se colocar o recém iniciado no topo da Coluna do Norte próximo à grade do Oriente (atrás do lugar do Tesoureiro) é um equívoco no REAA\ que de há muitos anos vem sendo perpetrado em alguns rituais.

Nesse sentido, alguns aspectos precisam ser analisados.

a)    Próximo à grade do Oriente (à retaguarda do Tesoureiro) não significa em hipótese alguma ser o topo da Coluna. Na verdade essa é uma aleivosia perpetrada no REAA\ e adquirida de práticas de outros Ritos. Existem sistemas de trabalho, a exemplo do Craft inglês, em que os recém-iniciados são colocados no canto nordeste da Loja (na primeira fileira) em alusão à pedra angular da obra, costume muito utilizado pelos nossos antepassados operativos para marcar o início de uma construção. Sem compreender que essa é prática de outro Rito, compiladores equivocados acabaram trazendo esse costume enxertando-o no escocesismo associando a posição nordeste com a proximidade da grade do Oriente, porém ao fundo e encostado na parede atrás do assento do Tesoureiro. Ratifica-se, isso não é prática correta como assento de recém-iniciados no REAA\;

b)    Topo da Coluna do Norte é toda a parede ocidental entre a grade do Oriente e a parede ocidental (extremo do ocidente). De quem ingressa no Templo é a parede a sua esquerda;

c)     Observa-se o topo da Coluna do Norte em se posicionando ao centro sobre o eixo do Templo (equador) e de frente para o Norte. Nesse sentido a maior distância observada entre o Equador e o setentrião é o “topo” da Coluna. Em se tratando do topo da Coluna do Sul, a situação é exatamente igual, porém inversa, ou seja, à direita de quem entra estando o observador sobre o Equador, entretanto de frente para o meridião.

d)    Dá-se o nome de Coluna do Norte a todo o espaço no Ocidente que fica à esquerda de quem entra e cujo perímetro se constitui pelo limite do Ocidente com o Oriente, pela parede Norte, pelo limite extremo do Ocidente (parede ocidental) e pelo eixo longitudinal do Templo.

e)    Dá-se o nome de Coluna do Sul a todo o espaço no Ocidente que fica à direita de quem entra e cujo perímetro se constitui pelo limite do Ocidente com o Oriente, pela parede Sul, pelo limite extremo do Ocidente (parede ocidental) e pelo eixo longitudinal do Templo.

f)      No topo das Colunas do Norte e do Sul, no REAA se encontram fixadas as Colunas Zodiacais, sendo seis ao Norte e seis ao Sul. Faz-se cogente compreender que essas Colunas, ao contrário do que muitos acham, não estão ali para “sustentar a abóbada”, contudo para marcar o caminho iniciático dos Aprendizes e dos Companheiros respectivamente. Assim, simbolicamente o Aprendiz inicia sua jornada no topo da Coluna do Norte (logo que sai da Câmara de Reflexão) junto às três primeiras Colunas – Áries, Touro e Gêmeos – que correspondem à Primavera (renascimento) no hemisfério Norte, e assim sucessivamente até as três Colunas correspondentes ao verão. É essa a passagem do iniciado, enquanto Aprendiz pelo topo da Coluna do Norte. Concluídos esses ciclos, o iniciado passa para a perpendicular ao nível iniciando uma nova jornada, agora como Companheiro no topo do Sul e a partir da constelação de Libra (outono).

Dadas essas explicações, compreenda-se que o inicio da jornada do recém iniciado no REAA\ fica no topo da Coluna do Norte, contudo próximo ao Primeiro Vigilante no extremo do Ocidente. Isso em linhas gerais demonstra a procura da Luz pelo Iniciado, do Ocidente em direção ao Oriente, e não ao contrário conforme equivocadamente apregoam alguns colocando o Neófito próximo à grade do Oriente, isto é, no final do verão sem que ele antes simbolicamente tenha passado por primeiro pela Primavera após ter saído das profundezas da Câmara (Terra no Inverno) na Iniciação.

Obviamente que para se compreender essa importante alegoria do Rito Escocês Antigo e Aceito (rito de origem francesa), primeiro é preciso conhecer essa proposta deísta de aperfeiçoamento do Homem Iniciado sugerida pela constante renovação da Natureza através dos seus ciclos – em Maçonaria as estações são condizentes com o hemisfério setentrional da Terra por ser a região do globo terrestre onde nasceu a Sublime Instituição.

É devido a esse processo iniciático de aperfeiçoamento humano que a decoração do Templo no simbolismo do REAA\ foi elaborada e aperfeiçoada.

Melhores informações sobre o topo das Colunas do Norte e do Sul, eu sugiro a leitura do título “E o Topo da Coluna do Norte... Conclusões?”, escrito de minha autoria editado no volume IV do Encontro Nacional do Instituto Brasileiro de Pesquisas e Estudos Maçônicos Fernando Salles Pascoal, dele às paginas 77 e seguintes, Editora Maçônica A Trolha, Londrina, novembro de 2007.

Concluindo, era essa a explicação do por que do Irmão ter visto Aprendizes recém iniciados sendo corretamente colocados próximo ao Primeiro Vigilante no topo do Norte (parede) e não equivocadamente próximos à grade do Oriente logo atrás do lugar do Tesoureiro – em Maçonaria, para tudo existe uma explicação lógica.






PALESTRA NA ARLS UNIÃO E SOLIDARIEDADE 387

 


Em sessão conjunta da ARLS União e Solidariedade 387 (VM Pedro Toni Filho, irmão com físico de halterofilista) e ARLS Despertar do Terceiro Milênio 511 (VM Edvan Gonzaga do Carmo, que é oficial bombeiro e ficou muito emocionado), apresentei ontem a noite, dia 4/10 na GLESP, a palestra "O caminho d felicidade".

Eu já havia feito uma palestra virtual em 2011 para a primeira Loja e o VM da época Ir Alfredo Nunes da Silva e outros irmãos se lembraram de trechos da palestra.

A Sessão foi ótima. A palestra durou cerca de meia hora e a participação dos irmãos por volta de de duas horas. 

Como sempre acontece, os honorários de minha palestra, representados pelo resultado da Bolsa de Beneficência da sessão serão doados para a Casa da Tia Marli em Santana, de acolhimento de crianças.

outubro 04, 2023

O IMPERIO ROMANO

 


"Se alguém contemplasse o povo romano como um único indivíduo e repassasse toda a sua vida, como nasceu, como cresceu, como chegou ao que se pode chamar de maturidade de sua masculinidade e como posteriormente, como, atingiu a velhice, ele descobrirá que passou por quatro estágios de progresso. 

O primeiro período, quando estava sob o domínio dos reis, durou quase 400 anos, durante os quais lutou contra seus vizinhos nas imediações da capital.  

Este período será sua infância.  

Seu período sucessivo se estende desde o consulado de Brutus e Collatinus até o de Appius Claudius e Quintus Fulvius, um espaço de cento e cinquenta anos, durante os quais o povo romano subjugou a Itália. 

Foi uma idade de extrema atividade para seus soldados e suas armas e, portanto, pode ser chamada de juventude.  

O próximo período é dado a partir de cento e cinquenta anos até a época de César Augusto, durante o qual a paz se espalhou por todo o mundo.  

Essa tem sido a virilidade e, por assim dizer, robusta maturidade do império. 

 Desde a época de César Augusto até os nossos anos, houve um período de não menos de duzentos anos, durante o qual, devido à inatividade dos imperadores, o povo romano, por assim dizer, envelheceu e perdeu sua poder, exceto que sob o governo de Trajano ele novamente moveu suas armas e, contrariando as expectativas gerais, mais uma vez renovou seu vigor com os jovens."


 (Florus, Epitoma, I 1, 4-8)

outubro 03, 2023

42 ANOS DE MAÇONARIA

 



Bom dia meus irmãos. No dia de hoje, 3 de outubro, completo 42 anos da minha iniciação na ARLS Estrela do Sul n. 3 em Campo Grande, MS, no acanhado templo da Rua José Antonio, hoje tombado pela Prefeitura como imóvel histórico. 

Atualmente a Loja desfruta de um dos mais belos templos do país.

Meu padrinho, já falecido, Sandoval Ribeiro Soares, era um dos maiores empresários do Estado, dono de uma rede de supermercados e meu patrão que se tornou meu melhor amigo. Homem digno, honrado e trabalhador que de uma barraca de feirante construiu um império e era um exemplo de cidadão.  

Percorri a senda do grau 1 ao 33 e hoje, depois de mais de quatro décadas de dedicação à Ordem, como estudioso, escritor e palestrante ainda me vejo no início da longa estrada cujo final nem consigo vislumbrar.

A maçonaria tem sido parte importante, eu digo mesmo essencial de meus 73 anos de vida e tenho profundo orgulho de poder chamar a tantas pessoas queridas, em todo o Brasil e em tantas partes do mundo, de "meu irmão", inclusive a meu próprio filho. 

Muitos dos meus irmãos gêmeos na descansam no Oriente Eterno, mas vivem em minha memória.

Visitei centenas de Lojas no Brasil e no exterior. fiz centenas, senão milhares de palestras maçônicas. escrevi muitos textos a respeito, alguns livros e também  na Internet.

O que aprendi nestes 42 anos? Qual foi o segredo revelado?

Se é que a maçonaria tem algum segredo além dos sinais de identificação, reside na extraordinária ligação que se estabelece entre seus membros que passam a se considerar uma única família, presente em todos os recantos da Terra. Uma confiança absoluta, uma fé incondicional de que seu irmão, onde quer que ele esteja, qualquer que seja a sua condição sócio-econômica, professa os mesmos valores de ética, decência e justiça.

Cada um de nós age a sua maneira para tornar o seu lar, a sua cidade, o mundo, um lugar melhor para se viver, para proteger os menos favorecidos, para valorizar as boas ações.

Será que há gente que não presta na maçonaria? É claro que sim, no Vaticano também. Mas não existe nenhuma organização no planeta com tamanha quantidade de pessoas justas, buscando em suas atitudes estar o mais próximo possível da perfeição. E também pude observar que a maçonaria acaba por expulsar de seu seio aqueles que não se enquadram em sua ética. Eles passam mas não ficam na Ordem.

Hoje pertenço aos quadros da ARLS Tríplice Aliança 341 de Mongagua e prossigo trilhando a senda maçônica.

Que o GADU os abençoe e a todos meus queridos irmãos.

OUTUBRO ROSA - Joab Nascimento



   Meus irmãos. O cancer de mama é uma das doenças de maior mortalidade para nossa mães, filhas e esposas. Neste inicio de mes de Outubro Rosa, posto aqui um alerta do nosso poeta cordelista Joab Nascimento, para que todos possamos redobrar os cuidados com aquelas a quem amamos. MW


I

Deus dê-me discernimento,

Intuição e sabedoria,

Pra que eu possa escrever,

Com saber e maestria,

Esse singelo cordel,

Pra trazer benfeitoria.

II

Fim da década de 70,

Num exame de rotina,

Susan Goodman Komen,

Usando de disciplina,

Descobriu tumor no seio,

Ajudando a medicina.

III

Desde a década de 90,

O mês de outubro é marcado,

Por campanhas nacionais,

Em cada um do estado,

Em toda parte do mundo,

O assunto é divulgado.

IV

Através de uma corrida,

Por meio da fundação,

Susan Goodman Komen,

Fez a distribuição,

Vários laços cor-de-rosa, 

Para conscientização.

V

A "Corrida pela Cura",

É o nome intitulado,

Acontece anualmente,

Pelo mundo é propagado,

Evento que no Brasil,

Também é realizado.

VI

O período é importante,

Para expor informações,

Divulgar para as mulheres,

Como fazer prevenções,

Com exames nos seus seios,

Através de apalpações.

VII

Em frente ao seu espelho,

Apalpe-se com cuidado,

Qualquer anormalidade,

Vá ao médico indicado,

Nunca deixe pra depois,

O que pode ser tratado.

VIII

Os nódulos podem surgir,

Em qualquer parte da mama,

Vermelhidão, dor, inchaço,

O seu corpo já reclama,

Também pode ter coceira,

Não brinque com esse drama.

IX

Que nem casca de laranja,

Sua pele pode ficar,

Nódulos embaixo do braço,

Já tem que verificar,

Procure um profissional,

Para ele lhe examinar.

X

Nem todo caroço é câncer,

É preciso ter cuidado,

Permaneça sempre atenta,

Com o seio afetado,

Não esconda de ninguém,

Se nódulo for encontrado.

XI

Existem várias medidas,

Que podem contribuir,

Para prevenção primária,

E dessa forma inibir,

Uma atividade física,

Pratique pra prevenir

XII

Alimentação saudável,

Manter o peso adequado,

Reduza bebida alcoólica,

Mantenha o corpo sarado,

Não deixe de amamentar,

Dê leite pro filho amado.

XIII

O que faz surgir o câncer?

É pergunta bem frequente,

Ele não tem causa única,

Toda causa é diferente,

Por mais cuidado que tenhas,

Ele surge de repente.

XIII

Vou citar alguns fatores,

Que estão relacionados,

Vários fatores ENDÓCRINOS 

Poderão serem citados,

GENÉTICOS, HEREDITÁRIOS,

São fatores arriscados.

XIV

A IDADE contribui,

FATORES AMBIENTAIS,

HISTÓRIA REPRODUTIVA,

Com os COMPORTAMENTAIS,

Deve haver outros fatores,

Nas cadeias sociais.

XV

Visite regularmente,

O médico especialista,

A menstruação precoce,

Já faz parte dessa lista,

A menopausa tardia,

Já é um sinal, ou pista.

XVI

Se a mulher sempre tomou,

Contraceptivo oral,

Se ela nunca teve filhos,

Por problema hormonal,

Engravidar depois dos 30,

Mamografia é essencial.

XVII

Radiação ionizante,

Sobrepeso e obesidade,

Logo após a menopausa,

É uma temeridade,

Usar álcool em excesso,

É uma agressividade.

XVIII

Estima-se que por meio,

Duma boa alimentação,

Reduz essa estatística,

Nessa mobilização,

Que começa em sua casa,

Com uma boa prevenção.

XIX

Em um estágio da vida,

Mulher é submetida,

A fazer mamografia,

Por Deus ela é escolhida,

Numa análise detalhada,

Para preservar sua vida.

XX

Depois dos 40 anos,

É feito com mais frequência,

Após os 50 anos,

Continue dando sequência,

A mamografia é feita,

Pro bem da sua vivência.

XXI

Tendo caso na família,

Façam exame mais cedo,

Se o caso for com jovem,

Antecipe seu procedo,

Pode até ser ressonância,

Faça o exame sem ter medo.

XXII

É preciso ter cuidado,

Com essa situação,

Ao fazer o auto exame,

Preste bastante atenção,

Ele não substitui,

A mamografia não!

XXIII

Que esse humilde cordel,

Sirva como um alerta,

Se não fizer o exame,

Você deixa a porta aberta,

Câncer não é brincadeira,

Fique atenta e bem esperta!


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MENTES MAÇÔNICAS OU PROFANAS? - Walter Sarmento



Sempre que chega a oportunidade, apraz-nos visitar Lojas Maçônicas de diversas potências, e para surpresa nossa, ressaltamos a fraterna receptividade costumeira na alma do Irmão.

Observamos Templos bem cuidados, a parte física da Loja, com raríssimas exceções, é motivo de aplausos por todos. 

Não obstante, a construção do Templo Interior, levantar templos a virtude e cavar masmorras aos vícios, aparentemente, salvo, melhor juízo, anda a bancarrota.

Vejamos, os trabalhos em diversas Lojas, na quase totalidade, existe uma pressa infinita de encerrar os trabalhos, sob a justificativa do avançar das horas, quando existiu atraso para o inicio dos trabalhos por motivos alheios a quase totalidade dos irmãos presentes.

Devemos convir, como princípio maçônico pétreo, inerente a todo Irmão, que o direito de falar, a liberdade de transmitir, ensinar, ouvir, aprender, quase sempre o presidente dos trabalhos utiliza ao seu bel-prazer, determinando o encerramento dos trabalhos para não atrasar o inicio de outra etapa programada que é comer, comer, comer, beber, beber e beber.

Podemos até compreender esta segunda etapa, com naturalidade, desde que, a liberdade de falar em Loja não fosse tolhida, assemelhando-se de que a frente da Loja, encontra-se um tirano e não um Guia Espiritual. 

Lamentavelmente, do aprendiz, companheiro e mestre, todos tem o direito de falar conforme os nossos landmarks.

Falar por falar, para aparecer, para demonstrar ou afirmar superioridade, como se tivesse num areópago de Atenas, apenas para anunciar o seu conhecimento intelectual, não representa a Ordem. 

Certamente, a finalidade de todos expressarem-se é comungar, sintonizar com o Bom, o Belo e o Justo, sempre em direção ao GADU.

O aprendizado Maior, na verdade, é abrir o coração, sem reservas, apoiar ou enriquecer o pronunciamento de qualquer irmão que atravessam provas dificílima, sobremaneira, a palavra nobre e verdadeira virá apoiá-lo e fortalecê-lo para prosseguir na caminhada.

Certamente, podem perceber minha imaturidade pelo pálido ensaio. 

Conforme o escritor Dostoievski, brilhante em suas Obras, ele afirmava de que:

_"para escrever é necessário sofrer". 

Justificado assim, que ainda não sofri o suficiente para escrever algo que tenha realmente valor e sirva de aprendizagem.

Ultimamente, presenciei uma iniciação, precisamente na noite de 20.03.2010, em determinada potencia maçônica, em que aos iniciados não lhes foram concedida a palavra para manifestarem-se sobre a sessão magna de iniciação, como também, não foi permitido a nenhum Irmão visitante ou do quadro, tecer comentários sobre a Iniciação ou dirigir a palavra para demonstrar a alegria, o regozijo, pela admissão dos recém iniciados. 

Atitude Infeliz. Imprópria a Arte Real... 

O que é mais importante na Ordem? 

As virtudes ou bebe/come/bebe. 

Em verdade, caso a finalidade seja a segunda, é preferível permanecer no Lar para afogar seus instintos animalescos e grotescos. 

A virtude tem, todavia, a explicação de sua escassez em nossos Templos, a fraternidade não é somente para ser pronunciada em discursos, pelos portadores de graus filosóficos avançados, que se arvoram com o proceder de verdadeiro maçom, contudo, deveríamos nos comportar semelhante ao exemplo do verdadeiro médico que não tem necessidade de mostrar seus diplomas, mas, contentar-se em curar.

A Luz existente na maçonaria é tão forte, tão rica, que muitas vezes ofusca, cega momentaneamente, àquele que, inadvertidamente, obnubila, acreditando sê a própria Luz, quando na Ordem aprendemos que aquele é virtuoso, nem sabe que o é.

Sempre é bom relembrar que começamos batendo martelo, na simplicidade, na humildade, na pobreza e na singeleza da pureza do princípio evolutivo.

Precisamos despertar desta embriagues do orgulho, da vaidade, da sabedoria, da prepotência, que nos faz aparentemente grande, quando grande aos olhos do GADU só o é aquele que Ama.

Precisamos nos fortalecer nesta escola de Amor, chamada Maçonaria, na verdade, ainda continua sendo a Escola Cósmica mais rica na face da Terra.

A Humanidade está doente, não podemos vacilar, em nossa Ordem existem gigantes espirituais, corações generosos e sinceros, e, obviamente, os identificaremos através de expressões fraternas e sinceras, humildes, meigos e de palavras justas e delicadas, sem nenhum sofismas, pois, sua boca fala do que sente o seu coração.

Caso nos mantivermos cegos das Verdades Eternas, como poderemos auxiliar os necessitados que batem a nossa porta, mendigando a Luz. 

Pode um cego guiar outro cego?

Ao refletir nesta importantíssima ocorrência, estamos buscando levar aos queridos Irmãos um questionamento salutar, sem denegrir ou ofuscar momentaneamente a autoridade maçônica, aliás, o sábio Platão faz a seguinte alusão: 

_"Uma vida não questionada não merece ser vivida."

Elevemos o nosso pensamento ao GADU e roguemos união e humildade.



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OS 35 ASTROS DA ABÓBADA CELESTE NO REAA - Antonio Rodigueiro


Cada astro e estrela, uniformemente dispostos na abobada celeste, representam funções e possuem valores místicos próprios, sendo que, no templo destinado á pratica do R.:E.:A.:A.: existem 35 (trinta e cinco) astros, cuidadosamente escolhidos, colocados em posição geométrica apropriada, os quais regem os cargos em Loja.

1. SOL - A luz do céu da Loja, representando o Ven:. M:. Colocado no oriente e no eixo da Loja. 

2 - LUA - Selene rege o Primeiro Vigilante. 

3 -STELLA PITAGORIS - A estrela Virtual ou Estrela Flamejante, colocada sobre o altar do Segundo Vigilante. (O Homem, Deus, Cristo, Buda ou mesmo Hércules, o iluminado que transcende a condição humana. 

4 – SATURNO com seus satélites - É o sexto planeta e o segundo em tamanho, possui três anéis na altura do Equador e mais quinze satélites, dos quais só nove eram conhecidos na época em que os rituais foram escritos.

Na Loja, Saturno é representado com seus três anéis e seus nove satélites, exatamente sobre o centro geométrico do ocidente.

Saturno rege a cadeia de união.

Os seus três anéis representam os Aprendizes, os Companheiros e os Mestres Maçons.

Os nove satélites representam os nove cargos: Venerável Mestre, Primeiro Vigilante, Segundo Vigilante, Secretario, Orador, Tesoureiro, Chanceler, Mestre de Cerimonias e Guarda do Templo.

5 – MERCÚRIO -Símbolo da astúcia, protetor dos viajantes e dos comerciantes.

Identificado como Hermes dos gregos, era filho de Maia e de Zeus (Júpiter) de quem recebeu o encargo de mensageiro dos deuses.

Carregava um bastão com duas serpentes enroladas (Caduceu) símbolo da paz, (Harmonia e Forças Opostas).

É o menor e mais rápido dos planetas, e também o primeiro e o mais próximo do Sol e por isso representa o Primeiro Diácono.

6 – JÚPITER - Era Zeus para os gregos. O maior planeta do sistema solar era o guardião do Direito, o defensor do Estado, protetor das fronteiras e do matrimônio.

Júpiter é o astro regente do ex-venerável e por isso fica no Oriente.

7 – VÊNUS - É o segundo planeta e o mais próximo da Terra.

Surge sempre próximo à Lua (Primeiro Vigilante) e é o astro regente do Segundo Diácono.

Conhecido ainda hoje como "Estrela Vésper", a primeira a aparecer no céu, Vênus era o "Mensageiro do Dia", anunciava a hora de começar e de encerrar o período de trabalho.

8 – ARCTURUS - Estrela Alfa da constelação de Bootes.

Por sua posição junto à Ursa Maior é conhecida como a "guardiã do Urso" e correspondente ao cargo de Orador, guardião do Oriente.

Sua posição é em cima da grade do Oriente.

9 – ALDEBARAN - Estrela Alfa da constelação de Touro, as quais pertencem as Plêiades e as Hyades.

Na abóbada maçônica rege o cargo do Tesoureiro.

10 – FOMALHAUT - Alfa Piscis Austrinis - em latim significa peixe do sul, é aqui uma correlação com a coluna zodiacal dos peixes.

Fomalhaut é uma palavra árabe que significa "a boca do peixe do sul", o que se aplica ao cargo de Chanceler.

11 – REGULUS - Alfa Leonis é a estrela mais brilhante na constelação de Leão.

Na Astrologia, Regulus sempre manteve posição de comando.

Ela dirige todos os trabalhos do paraíso.

Foi Nicolau Copérnico quem a batizou com o nome Regulus, que significa "Regente". Correspondente ao cargo de Mestre de Cerimônia.

12 – SPICA - Alfa Virginis, em latim, "a Espiga", é a estrela gerente do cargo de Secretário.

Por outro lado, os primitivos instrumentos de escrita usados pelos gregos e romanos não eram penas, mas canetas feitas de caules ocos de vegetais chamadas de "Spícula".

13 – ANTARES - Alfa Scorpii, a estrela vermelha gigante. Durante muitos séculos, a maior estrela conhecida.

Às vezes confundida com Marte, razão do grego chama-la de "O Rival de Marte".

Tanto Antares como Marte, são vermelhas e, ocasionalmente, aparecem próximas.

Por essa razão, Antares é conhecida como o astro regente do Guarda do Templo.

Existem, ainda, representadas na Abobada Celeste do Templo Maçônico, quatro grupos de estrelas pertencentes a quatro constelações, sendo:

1. ORION - Constelação equatorial é formada por quatro estrelas brilhantes com uma linha de três estrelas que formam o "Cinto de Orion" e são popularmente conhecidas como "as Três Marias" ou "os Três Reis Magos".

No Teto do Templo só são representadas as três estrelas, porque representam a idade do Aprendiz, que ainda não tem o domínio do espírito sobre a matéria.

Na tradição árabe mais antiga, Orion era chamada de "A Ovelha de Cinto Branco" e o avental de Aprendiz era feito, na sua origem de pele de carneiro.

As três estrelas de Orion são regentes dos Aprendizes.

2. HYADES ou HÍADAS - É o notável grupo de cinco estrelas formando a ponta de uma flecha na constelação de Touro.

As Híadas são as regentes dos Companheiros.

3. PLÊIADES - É um outro grupo de estrelas da mesma constelação de Touro.

São também conhecidas como "As Sete Irmãs".

Elas regem os Maçons, a paz, plêiade de homens justos.

4. URSA MAIOR - É considerada a constelação mais antiga.

No teto da Loja são Representadas as sete estrelas mais importantes que formam a "Charrua".

A última estrela da cauda da Ursa Maior é ALKAID, também conhecida como BENETNASCH; ambos os nomes fazem parte da frase árabe "QUAID AL BANAT AD NASCH", que significa "A Chefe dos Filhos do Ataúde Mario".

Este nome provém da concepção árabe mais antiga, que representava a Ursa Maior como um caixão e três carpideiras.

Esta interpretação interessa à Maçonaria, pois a representação egípcia coincidia com a arábica, de um sarcófago (de Osíris) e sua viúva (Isis) e o filho da viúva (Orus) em procissão fúnebre.

Ao todo contamos 35 (trinta e cinco) astros existentes na ABOBADA CELESTE DO TEMPLO MAÇONICO, ressaltando a ausência do planeta Marte, o qual para os gregos era o deus da guerra e, como tal, não poderia figurar entre aqueles que buscam a paz e a harmonia universal, por isso foi para o átrio, o reino profano dos tumultos e das lutas. 

Por essa interpretação, Marte tem a incumbência de "cobrir o Templo", sendo o astro do Cobridor Externo, enquanto, do lado de dentro do Templo foi colocado Antares, do Cobridor Interno, para garantir a fronteira entre o mundo iniciático e o profano.

IV – CONCLUSAO

Poderíamos concluir afirmando que, esse céu representado em nossos Templos é o do Hemisfério Norte.

Sim, é verdade, no Hemisfério Sul o nosso maravilho céu é diferente, entretanto, a origem de nosso Rito nos leva ás belezas vislumbradas e estudadas pelos nossos valorosos irmãos que nos antecederam e a eles devemos nosso respeito e gratidão.

Assim, a Abóbada Celeste existente nos Templos Maçônicos preparado para a prática do R∴E∴A∴A∴, estejam eles no Norte ou no Sul, se caracteriza numa gigantesca e inesgotável fonte de pesquisas e estudos, razão de nos levar as mais brilhantes viagens mentais, ou mesmo, de forma simples, vibrarmos unidos em contemplação do belo firmamento a nos elevar espiritualmente.



outubro 02, 2023

LIDER NÃO É POSTO, È POSTURA! - Sérgio Quirino Guimarães


A pretensão pertence à natureza humana. Seu viés negativo é a imodéstia, a grande vaidade. É o conceito exagerado de si mesmo. Isso ocorre quando se acredita nas bajulações e nos pseudo poderes de títulos e cargos. Manifestação do desvio Moral. Ainda a corroborar esse vicio, temos a presunção, que é, ao olharmos internamente, nos sentimos merecedores daquilo que não temos e, por diversas desculpas e falácias, acreditamos que nos assiste o suposto direito à glória. Manifestação do desvio Ético.

Mas compreendendo que se trata da realidade de nossa espécie, deve haver algo positivo.

E há! Quando a pretensão é mola motriz para a modificação de hábitos desgraçados que arrastam a humanidade para o mal, concedemos ideias sólidas de virtude. São nossos intentos. nossos objetivos para beneficio do outro. Manifestação da consolidação da Moral e da Ética. Sendo assim, ter bons projetos, boas intenções e, sobretudo, boas ações é impor um freio salutar à impetuosa propensão de querer exercer o poder. Por mais bonita que possa parecer uma coroa, seu peso pode ser insustentável. Essa é a lição do leve e simples chapéu de abas desabadas. NÃO HÁ FORÇA NEM BELEZA NA AUTORIDADE. HA NECESSIDADE DE SABEDORIA!

E assim adentramos em nossa reflexão. Não deve haver autoridades na Maçonaria. Devemos ter lideranças!

Essa frase, vinda de um Grão-Mestre, pode causar arrepios. Mas é verdade. A autoridade é o direito ou o poder de ordenar, de decidir, de atuar, de se fazer obedecer. Em essência, pode ir de encontro aos nossos três maiores valores: LIBERDADE-IGUALDADE-FRATERNIDADE.

O GRÃO-MESTRE PODE TUDO! TUDO PRESCRITO NAS LEIS! Simplesmente por ter jurado cumprir e fazer cumprir as leis de sua Loja, de sua Potência, de seu município, de seu estado e que estão todas abaixo da Constituição Federal, que jamais pode ser desrespeitada.

Quaisquer ações fora desses "Landmarks" são provas da perda da serenidade do titulo e soberania no cargo. Isso é válido em todos os níveis da vida maçônica e profana.

Naturalmente chegaremos ao nosso lugar, seja por consequência de nossos passos, seja pela escolha daqueles que, acreditando no nosso caminhar, colocam-nos à frente.

Neste momento, fazemos a escolha de como seremos lembrados no futuro. Construtores de muros ou de pontes. Chefes ou Lideres.

A resposta vem de pronto. Todos nós queremos ser lembrados como Grandes Lideres.

E assim seremos se, pelo menos, tivermos a capacidade de estar lado a lado daqueles que, como nós, respeitam o direito de ir e vir, compreendem que o maior titulo que temos é o de Irmão e que as lutas do passado não favoreceram em nada a irmandade.

Mentiras, intrigas, vaidades e ganancia do poder maculam os que poderiam ser bons gestores, contudo acabam dando maus exemplos, os quais são claramente identificáveis por homens justos e de bons costumes.

UM SUFRAGIO PODE LEVAR O HOMEM AO TEMPORÁRIO POSTO DE LIDER. MAS É PELA POSTURA MORAL É ÉTICA QUE O HOMEM SE ETERNIZARÁ COMO LIDER.






outubro 01, 2023

SOBRE "VENCER AS PAIXÕES"... E OUTRAS COISAS MAIS - João Apolinário Pascoal.



Um Irmão chama a atenção para um trecho do Telhamento do Rito Moderno com grande significado simbólico, além de grande impacto na vida pessoal – este segundo sentido mais ressaltado pelo Irmão. Corretamente, esse Irmão aponta para o impacto que o arsenal maçônico pode – e deve! – ter na vida de cada um de nós, para além do convívio em Loja. Para isso, segundo o Irmão, é preciso dissociar a luta contra as paixões do exercício autoritário da hierarquia, pois – sempre segundo o Irmão – haveria na Ordem um hábito de utilizar – erroneamente! – posições de autoridade e antiguidade como (pseudo)instrumento de combate às paixões.

Ora, há que se diferenciar “autoridade” de “autoritarismo”. A primeira não encontra seu fundamento no exercício da violência – embora possa, por vezes de maneira até legítima, empregá-la (exemplo: avaliação docente, provas, notas, sanções escolares) -, mas antes numa relação de reconhecimento. Reconhece-se a autoridade ao constituir seu lugar, pois autoridade é algo que se atribui a alguém, não algo que se reivindica de per se – veja-se, por exemplo, como a quebra de reconhecimento tem afetado a autoridade de tantas figuras públicas entre nós. Nesse sentido, não há autoridade que sobreviva à prova do tempo e que sustente esse reconhecimento apenas com ações reiteradas de violência. Quem assim age, converte-se em mero tiranete e merece repúdio e ridículo.

Mas não atribuímos autoridade apenas a pessoas; também a conferimos a instituições ou mesmo a textos. Esse último aspecto é de grande importância para nossa prática maçônica, visto que nos reunimos em torno de um texto: o ritual.

Novamente, o ritual não pode ser visto como um monólito inquestionável que deve inspirar apenas obediência – se assim fosse, seria apenas mais um instrumento autoritário desprovido de valor. Mas se não reconhecermos nele algo de bom, de louvável, qual o sentido de se reunir em torno desse script? Se o ritual é baboseira de reacionários esclerosados, então por que não ir direto ao copo d’água? O ritual só serve como engodo para recrutamento?

Não penso que seja o caso, nem que seja a opinião de nenhum dos Irmãos que compõem nossas Lojas. Pelo contrário, há no ritual um valoroso repositório simbólico, do qual podemos – e devemos! – lançar mão para “vencer nossas paixões”, no sentido corretamente sublinhado pelo Irmão. Claro que esse conjunto demanda de nós interpretação, crítica e reflexão, e sugiro aqui uma brevíssima, à guisa de conclusão:

As palavras que seguem a expressão destacada pelo Irmão – “vencer minhas paixões” – são as seguintes: submeter minha vontade. Enquanto a primeira [expressão] remete ao esforço de se livrar dos obstáculos ao livre pensar e ao exercício da razão – dentro da tônica Iluminista que pauta nosso Rito (para o bem e para o mal) -, a segunda parece sugerir uma disciplina a um só tempo mental e física. Submeter minha vontade a quê? Qual o outro polo dessa submissão? E mais: para que fazê-lo? O que parece estar sugerido aí é que seria necessário resistir ao impulso, ao desejo imediato, à vontade cega, justamente para fazer novos progressos na Maçonaria – que pode ser lido, na tônica do racionalismo francês que nos é própria, enquanto praticantes do Rito Moderno, como resultado da equação “vencer as paixões + submeter a vontade”. Não uma submissão à vontade do outro, não um colocar-se à mercê, por exemplo, do Venerável ou de um Mestre Instalado; mas submeter sua vontade ao exercício de sua própria razão.

Pois bem, que tal um exemplo? Qual seria o papel do silêncio nisso tudo? Seria somente um instrumento de opressão, dominação e violência que sedimenta a estrutura hierárquica de uma Loja ou podemos lhe conferir expressão positiva? E se o silêncio dos Aprendizes, Companheiros e – por que não? – Mestres for pensado como exercício para precisamente vencer as paixões e de quebra submeter a vontade? Contra a vontade, contra o impulso de falar – esse imperativo constante na vida moderna (há que opinar, comentar, reagir, postar sobre tudo!) – o silêncio. Pois se a vontade é de rebater de bate-pronto, imediatamente, então o que faremos nada mais é do que repetir pré-conceitos e pré-concepções, uma vez que não dispomos do tempo necessário à reflexão e à mudança de opinião. O silêncio pode ser visto positivamente como condição de possibilidade para a abertura ao novo, como uma ferramenta da práxis iniciática.

Iniciar-se, abrir os olhos, ver a Luz….calar-se. Permitir que os olhos se acostumem à nova realidade, que os ouvidos se familiarizem com as novas palavras, que a mente processe – reflita – lentamente sobre as novas informações. Sentir o desconforto, o espanto, o mistério, a incompreensão. Então, falar. Falar com o peso dessa experiência vivida, com a modéstia e a humildade que ela implica. Já não mais a fala banal e automática do cotidiano, mas uma fala que carrega em si o peso da experiência da reflexão silenciosa.

Ouvir uma palestra, ruminar, digerir, calar-se, deixar reverberar em mim a voz do outro. Depois, falar, ainda que para recusar, refutar, ridicularizar, pouo importa.

Vencer minhas paixões, submeter a minha vontade. Um dia, talvez, fazer progressos – dentro e fora da Maçonaria. Ou jogar fora a ideia mesma de progresso! Quem sabe? Eu, por enquanto, só reflito.

A todos, estendo meu tríplice e fraternal – e silencioso! – abraço.

TALENTO E CRIATIVIDADE NÃO SE ACHAM EM MÁQUINAS DE XEROX - Newton Agrella



Nosso Venerável e querido Irmão escritor e poeta ADILSON ZOTOVICI tem uma belíssima Poesia intitulada "CATIVEIRO" 

Nela, o brilhante poeta  inspiradoramente escreve dentre os versos:

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Há o plagiador grosseiro,

O do labor sempre ausente

Adulador,  manteigueiro

Invejoso, incompetente...


É o caminhar rotineiro

Do ser humano carente

Buscando, insano, um luzeiro

Em descompasso evidente


Via de regra em roteiro

Em que a vaidade é latente

E a humildade do obreiro

Aparente, mas inexistente !


Livra-te desse cativeiro !

Que a falácia é a corrente

Mormente que livre pedreiro

Com perspicácia, silente !

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Eis uma inteligentíssima e sutil Aula em forma de Poesia que merece detida e implacável atenção, àqueles que ousam fazer do exercício da escrita em prosa ou em verso, uma profissão de fé.

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