outubro 24, 2023

VISITA NA ARLS FRATERNIDADE PARANAENSE N. 5 - CURITIBA


Visitei na noite de ontem a mais antiga Loja Maçônica do Paraná, a ARLS Fraternidade Paranaense n. 5 com 126 anos de história contínua, onde proferi pequena palestra.

Destaco a simpatia do Venerável Mestre Jorge Luis Batista e o carinho com que os irmãos nos receberam, a mim e ao irmão Nelson Folconi que me acompanhava. 

A surpresa da noite foi reencontrar o irmão e companheiro Dionísio Olicshevics, EGD do Rotary e Orador da Loja, que nos presenteou com memorável palestra quando fui presidente do Rotary Eclub do Distrito 4420. 

Na foto estou ao lado do Venerável à frente do painel que conta a centenária história da Loja. 37 importantes ruas de Curitiba levam nomes de irmãos da Loja, bem como importantes figuras da história do Brasil dela participaram.

MARTINISMO - Nicola Aslan

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    Sociedade iniciática de tendências cristãs, ligada ao Iluminismo e fundada em 1775 por Louis-Claude de Saint-Martin, discípulo de Martinez de Pasqually e chamado “o Filósofo Desconhecido”. 

     Os componentes desta escola pretendiam professar um cristianismo depurado, procurando elevar a alma da contemplação do homem e da natureza ao seu princípio comum, Deus. 

    Depois de longos anos de adormecimento, foi iniciado por Heri Delage, em 1880, um organismo sob a denominação de Ordem Martinista, que foi renovada pelo Dr. Encausse, mais conhecido sob o seu nome esotérico de Papus, que, em 1891, foi o promotor do Supremo Conselho, o qual reuniu nomes de ocultistas e Maçons que tiveram grande celebridade na época, principalmente através de suas obras. À Ordem Martinista agregaram-se várias organizações maçônicas consideradas irregulares, entre elas o Rito Mênfis-Misrain.


(Nicola Aslan, in Grande Dicionário Enciclopédico de Maçonaria e Simbologia).

outubro 23, 2023

NUNCA CONFIE EM FANÁTICOS - Michael Winetzki


Meu pai nasceu numa pequena aldeia da Ucrânia, quando esta nação fazia parte do bloco da URSS (União da Repúblicas Socialistas Soviéticas) e cursou a Academia Militar até se graduar como capitão de artilharia do exército soviético. Falava russo e contava que a mãe Rússia nasceu séculos antes na cidade de Kiev, capital da Ucrânia.

Ele participou desde a entrada da URSS na Segunda Grande Guerra onde combateu ao lado de soldados de todas as etnias daquele grande bloco, e muitos anos depois me dizia: - nunca confie nos fanáticos russos, na origem eles eram eslavos, vikings, e só entendem a linguagem da violência. Somos primos irmãos, ucranianos e russos, tudo gente boa, mas os fanáticos são capazes de qualquer coisa: mentem, roubam, matam, tudo em nome de uma causa que nem sequer entendem, a Grande Rússia. A primeira vítima do fanatismo é o bom senso.

A mesma coisa vale dizer para o atual conflito em Israel. Judeus e árabes são primos irmãos, desde a origem comum com Abraão. Viveram no mesmo território durante muitos séculos em ordem e paz, que foi apelidado de Palestina (Philistina, terra dos filisteus) pelo imperador romano Adriano. É uma lenda a ideia de que o conflito árabe israelense é secular, na verdade é relativamente recente.

O conflito não se dá pelas religiões diferentes. O Deus é o mesmo qualquer que seja o nome que se dê a ele. Carlos, Charles, Carlo, Carolli, qualquer que seja o nome, é sempre a mesma pessoa. Mas nenhum dos Deuses de qualquer religião prega conflito, guerra, matança. Na verdade, apenas para pontuar um dos mais sagrados preceitos do islamismo é a hospitalidade que deve ser dada a qualquer pessoa, inclusive aos inimigos.

Com a queda do Império Otomano e a entrada em cena do Protetorado Britânico na região, no início do século 19, tem início uma série de pequenos conflitos entre milicianos muçulmanos e colonos judeus lá estabelecidos pela posse de terras e mais importante ainda, de fontes de água, indispensável a sobrevivência naquela área desértica. Havia judeus secularmente estabelecidos e havia judeus recentemente estabelecidos em terra compradas por mecenas judeus como o Barão Hirsch e os Rothschild. A maior parte vivia em paz.

Eu nasci em Israel em 1950. Ao final da Grande Guerra, papai, judeu que era, imigrou para Israel, para ajudar a construir uma nação. Vivíamos próximos a Hadera, uma cidade criada sobre um pântano drenado, onde ele entregava barras de gelo com uma carrocinha, indistintamente para palestinos ou judeus, numa época de escassa energia elétrica e praticamente nenhuma refrigeração.

As instalações públicas e industrias, como a fábrica de gelo e o hospital foram herança deixadas pelos ingleses. Também foi deixada como herança a simpatia que os ingleses tinham pelos nativos árabes, mais ricos e afluentes, do que a maioria dos pobres colonos judeus. Em diversas ocasiões os ingleses fizeram vista grossa a agressões cometidas contra os israelenses.

O conflito atual não tem motivação religiosa ou territorial. Na realidade, se os povos árabes quisessem poderiam elevar exponencialmente o padrão de vida dos palestinos de Gaza e Cisjordânia com o extraordinário poder econômico de que dispõe, haja vista por exemplo o salário pago a Neymar que proporcionaria boa vida a centenas de famílias palestinas. Mas o interesse é o terror, apenas a maldade de extremistas fanáticos, cujo deus é o deus da mortandade, do extermínio e não o suave Allah do Alcorão.

Como papai dizia: - não se pode confiar em fanáticos. Eles são capazes de qualquer coisa, guardam e reciclam o seu ódio e a prova disso foi a barbárie como que atacaram Israel, decapitando bebes e matando civis em suas casas e camas. Não há alternativa para Israel além de tentar exterminar o Hamas. Claro que como um câncer talvez fiquem algumas células remanescentes. Infelizmente também usando como metáfora o tratamento do câncer outras células saudáveis serão afetadas pela rádio ou quimioterapia, e me refiro ao pacífico povo palestino que irá sofrer com a invasão. Não existem alternativas. Os próprios palestinos são reféns do Hamas, assim como os moradores das comunidades do Rio de Janeiro são reféns do tráfico.

O que resta é rogar a Adonai, Allah, Jesus que o conflito seja encerrado com o menor número possível de baixas de ambos os lados e que povos irmãos e vizinhos voltem a viver em harmonia e paz. Shalom. Salam.










NOSSAS GUERRAS - Roberto Ribeiro Reis


Nos últimos dias, o mundo parece ter se desligado das frivolidades do cotidiano, para se debruçar frente à TV, a fim de assistir ao conflito entre Israel e o grupo islâmico Hamas.

Momentaneamente, as pessoas não têm filosofado sobre seu clube de futebol, sobre a polarização política no país e nem (graças a Deus) sobre sua expectativa de quando será o enésimo Big Brother Brasil.

A par do triste cenário com o qual nos deparamos, vale fazer uma pequena reflexão: onde começam as guerras? Por que a humanidade tem emanado desenfreada belicosidade?

Sem querer tomar partido –esse não é o objetivo a ser alcançado- e tampouco se enveredar, com a propriedade devida, sobre a questão geopolítica, que fica ao encargo dos historiadores e cientistas políticos, o que se busca aqui é uma análise simplista, despida de toda a complexidade que o assunto demanda, sob outro viés: o viés da paixão.

Sim, da paixão mesmo! Nossas guerras, respeitados Irmãos, começam e afloram de nossas paixões, do desejo incontrolável e angustiante de dominarmos ou possuirmos algo. É essa profunda exacerbação sôfrega pelo poder, de querermos sobrepujar e subjugarmos o outro, conquanto nossa libido seja satisfeita.

Essa paixão insana pode ser por um pedaço de terra, uma cidade, um país, mas pode também ser aquela primeira – e arrebatadora – paixão da adolescência, que faz com que lutemos contra tudo e contra todos.

Esse fogo ardente e desvairado pode ser aquele que tem cegado uma multidão de pessoas, sejam aqueles asseclas de uma ideologia político-partidária, sejam ainda aqueloutros fanáticos por um sectarismo e/ou proselitismo religioso.

Meus Irmãos! Nossas guerras - qual um vulcão insaciável, no auge de sua erupção- partem de nosso íntimo, de nossas almas, e se deflagram em chamas inexoráveis, consumindo e devastando tudo o que se encontra ao nosso derredor, a começar por nós mesmos.

Enquanto o homem não contiver esse indominável animus possidendi (intenção de possuir), ainda sofreremos com as paixões inflamadas das guerras, dos extremismos, das intolerâncias, das intermináveis transgressões cometidas pelo ser humano (pasmem) que diz agir em nome de Deus!

Que busquemos, através dos ensinamentos da Maçonaria, conter toda paixão que nos arraste para nossos abismos infernais, que nos lance para o oceano das incertezas e que nos subverta ao nosso antigo “eu profano”. Que sejamos tomados de um ardor sagrado, cujas chamas possam nos unir em prol de única e verdadeira paixão: a paixão pelo Excelso Arquiteto Universal!




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outubro 22, 2023

CLAREZA, CONCISÃO & FOCO NA SUBLIME ORDEM - Newton Agrella


São  obrigações inequívocas dos Maçons mais experimentados explicarem e instruírem com um mínimo de clareza ao Iniciado na Sublime Ordem que o mesmo está ingressando numa instituição prioritariamente filosófica.

Nesse sentido, o que se espera do Aprendiz Maçom é no mínimo, um comprometimento para começar a entender aquilo que realmente interessa, a quem espera um dia, ser "reconhecido" como tal.

Ler, pesquisar e se aprofundar paulatinamente sobre, Símbolos, Alegorias, Ritualística, Vocabulário e Expressões Maçônicas, Postura em Loja, Formas de Tratamento para com seus pares, Familiaridade com as Ferramentas, Representação do Painel de Grau, em suma, de tudo aquilo que possa conduzí-lo ao processo de trabalho em sua pedra bruta - devem se constituir no FOCO de sua experiência, nesse exercício que impõe antes de tudo, extrema Disciplina e Dedicação.

Afinal de contas, a Maçonaria não é um clube social, um clube de serviços, um forum para discussões proselitistas de qualquer natureza.

Ela é sim, um verdadeiro forum para a elaboração de Ideias, discussão sobre Conceitos a respeito das Propriedades Humanas mais íntimas de caráter anímico, intelectual, hominal e antropocêntrico, levando-se em conta a atmosfera esotérica que contribui para que se instaure um ambiente de paz, respeito, serenidade e claro, de analogia a uma Oficina de lavra ética e moral.

Só isso, mais nada, posto que o objetivo final é a busca da felicidade e sobretudo, o do "aprimoramento da própria consciência".

Mais retas e menos lateralidades !!!



NOVO LIVRO DE ADILSON ZOTOVICI


 

        Um dos mais importantes poetas da maçonaria brasileira acaba de lançar um novo livro. A temática principal do irmão Zotovici, que é membro da ARLS Chequer Nassif 169 de São Caetano, e também confrade da Academia Maçônica Virtual Brasileira de Letras, é a Ordem Maçônica, que explora com um delicioso ritmo e riquíssimo vocabulário em seus sonetos.
       Nossa sólida amizade acaba se configurando em um soneto que me foi dedicado neste livro e que tenho a honra de transcrever.

                   De brilhante pedra alusão
            A livre pedreiro dileto
            Vibrante desde a iniciação
            De amor obreiro repleto

            Quarenta anos em ação
            D'Arte Real seu projeto
            Levando cultura, instrução
            Luz, bom astral, seu trajeto

            Aos egípcios era proteção
            Vitalidade o objeto
            Aos romanos exultação

            Que aos Judeus com afeto
            Na "esmeralda" a conexão
            Com nosso Grande Arquiteto!

outubro 21, 2023

OS PRINCÍPIOS: TOLERÂNCIA E O RESPEITO MÚTUO - Maximilian Trevisan




Tolerância pode ser definido como a abstenção de agir contra aquilo que reprovamos, contra o que nos é politicamente contrário ou contra o que é diferente de nós.

A Tolerância religiosa é um dos pilares do Estado democrático moderno e isso em muito se deve, à ação maçônica.

John Locke (1632-1704), escreveu em 1689 a “Cartas sobre a Tolerância” que é a autoridade fundamental sobre a ideia de tolerância, apesar do próprio Locke excluir os católicos de sua proteção com a justificativa de que a fidelidade destes não era para com o governo e sim para com a Igreja, o que os constituía em intolerantes por excelência.

A Tolerância maçônica é, em certa medida, expressão de sua repulsa contra os preconceitos e contra a tirania que a todos impõe suas condições sem nenhum respeito pelas particularidades.

Fica claro que a tolerância maçônica vai até o ponto do respeito mútuo e da preservação dos valores morais universais... 

A Maçonaria não é tolerante para com a maldade, a tirania, a escravidão, a imposição ideológica, o fanatismo, a superstição e com tudo aquilo que submete a humanidade à servidão e ao sofrimento.

A Tolerância não pode e não deve ser usada como justificativa para encobrir a inércia, a inoperância e a covardia.

Respeito Mútuo é a atitude resultante da tolerância.

Respeito é um conceito muito amplo e nobre. Todas as regras morais podem ser resumidas nessa palavra: respeito.

Se eu respeito o próximo, não sou desonesto para com ele, não o leso, não o ataco, sou tolerante e cortês. 

Se respeito a natureza, preservo-a de todos os modos possíveis. 

Se respeito a cidade em que vivo, não jogo lixo na rua, não sujo as paredes, as calçadas e não descumpro as leis. 

Se respeito a mim mesmo, evito tudo aquilo que possa me prejudicar, todos os excessos e emoções que possam me comprometer.

Em uma palavra, se respeito, ajo com sabedoria.

Já imaginou como seria o mundo se houvesse respeito mútuo em todas as esferas?

Os políticos não mais se corromperiam, os cidadãos não mais se lesariam, a natureza seria preservada, as instituições se tornariam honestas e eficazes, as guerras motivadas por raça e credo cessariam e o mundo viveria em paz... em poucas palavras, a Maçonaria se estenderia por toda a humanidade e *Irmão não acusaria irmão*. 

Os princípios da Maçonaria não são apenas belas palavras para figurar nos livros e nos discursos. 

São ensinamentos que devem ser aplicados com afinco em nossas vidas!






outubro 20, 2023

PALESTRA EM CURITIBA - ARLS CAVALEIROS DA VIRTUDE 183


          Na noite de ontem, dia 19, proferi a palestra "O caminho da felicidade" na ARLS Cavaleiros da Virtude 188 da Grande Loja do Paraná. Um grande número de irmãos visitantes prestigiou o evento.

      A sessão foi muito bem conduzida pela VM Gilberto Carlos Guimarães e contou com a presença do Grande Hospitaleiro da GLP, irmão Ênio Franskoviack Lepper.

        A palestra sempre dura entre 30 e 40 minutos, mas o interesse e a participação dos irmãos foi tão intensa que as perguntas e respostas a estenderam até perto das 23h00.

        Fui acompanhado pelo meu querido irmão e amigo Nelson Folconi, past master de minha ARLS Tríplice Aliança 341 de Mongaguá, que atualmente reside nesta bela e gélida capital.

O SINAL DE ORDEM OU "SINAL GUTURAL - Amélie André-Gedalge


No sinal de ordem ou "sinal gutural", o Apr:. M:. forma três esquadrias. Estas  esquadrias estão relacionadas ao número do Ap:. o três (3).

Lembra a impropriedade de falar devido sua juventude e inexperiência, a ordem que deve aprender a manter e a disciplina a que fica sujeito todo o que deseja aperfeiçoar-se. Sendo o esquadro um emblema de retidão, o sinal de ordem lembra ao Apr:. que deverá agir corretamente no plano material ou social, no mais absoluto cumprimento da Lei (sendo os pés o símbolo desta ação); como emblema de Virtude, sugere aos MMaç:. que tenham uma postura moral e ética em todas as suas atitudes, em qualquer circunstância, de acordo com os elevados princípios da Maç:. (o braço é o símbolo desta ação): suas palavras deverão retratar equilíbrio e ponderação, resultantes de um pensamento dominado, refletido, disciplinado pela meditação mística e pela avaliação diária de seu proceder, reflexo de um código ético superior que irá descobrir na medida em que coloque em prática esta técnica de auto avaliação (a mão é o símbolo desta ação).

O Sinal Gutural ou Sinal de Ordem do Aprendiz lembra-lhe o juramento prestado no dia de sua iniciação. O gesto desenha um esquadro e, ao fazê-lo, o Aprendiz afirmará que seus atos, visando à concórdia entre os homens, têm a correção exigida pelos Obreiros da Arte Real.

Podemos, portanto, visualizar duas relações: a primeira, com o juramento (... sob pena de ter a g.’. c.'.); a segunda, com o esquadro, que nos lembra a qualidade da retidão e, além destas, uma terceira relação: o domínio das palavras, das emoções violentas, dos desejos grosseiros. Assim, afora exceções, nossa Instituição colocou o Sinal de Ordem precisamente no lugar do corpo onde o contragolpe das paixões e dos desejos se faz sentir com violência maior. Vale lembrar, ademais, quanto o simples ato de falar pode conter de agressivo, de ofensivo, de violento. Desse modo, a execução consciente do sinal é de suma importância.

Para o autor maçônico A. GEDALGE, as emoções violentas, os desejos grosseiros que fazem por desencadear instantes, os mais brutais, são, apesar disso, FORÇAS que não devem ser destruídas no homem, mas, sim, canalizadas pela VONTADE, pelo CORAÇÃO e pela INTELIGÊNCIA do iniciado que poderá, através de tais potenciais, fazer nascer grandes qualidades: coragem, resistência, firmeza, amor ao trabalho, atividade, obediência ao bem, etc.

Assim se faz a mudança da Pedra Bruta em Pedra Polida. Trata-se de um processo que podemos chamar de alquimia interna, transmutação, onde, através dos esforços empreendidos, os defeitos transformam-se em qualidades, e o chumbo vil, em ouro resplandecente. Deixemos que A. GEDALGE prossiga: “O homem, quando experimenta uma forte emoção física ou quando está sob o império de um desejo brutal, sentindo o sangue afluir à sua garganta, por si mesmo leva a mão ao pescoço, de cada lado do qual as artérias se dilatam sob a ação do fluido sanguíneo. Todas as pessoas impulsivas e coléricas conhecem esse ‘reflexo’ que tende a impedir o sangue de subir à cabeça e perturbar até a visão. Ora, o silêncio que a iniciação opõe à violência brutal do Minotauro (do ser indomado que nele ruge) é o Esquadro, símbolo da Justiça e da Equidade; é o Esquadro que ele reproduz com o auxílio da mão direita, e com o gesto do braço, e é também pelo constante pensamento que, em nós, fará incessantemente apelo à Justiça, que poderemos vencer nossas paixões mais grosseiras”.

Vamos encontrar muitas significações e correlações dadas ao Sinal Gutural pelos mais diversos autores. A Maçonaria, estimulando a liberdade de pensamento, acolhe cada opinião.

Encontraremos toda uma série de matizes correlatos ao tema, sustentados por uma grande constelação de opiniões, às vezes até contraditórias entre si. Cumpre-nos conhecê-las também. Até mais: encontrar nosso próprio significado. Desse modo, para alguns, seguidores de correntes orientalistas, revela-se o Sinal Gutural como significativo do chacra da garganta; para outros, o comedimento e até a proibição da palavra; outro tanto o entende como a qualidade de saber medir as palavras.

Ainda que sejamos livres para adotar e até criar significações próprias para o gesto, limita-se esta liberdade ao respeito que devemos devotar a cada interpretação, respeito, porém, que não nos impede de discordar de uma ou outra. De qualquer sorte, ainda que nos defrontemos com uma grande pluralidade de posições, atenhamo-nos ao que dizem os Rituais. É justamente daí que nos saltam aos olhos os três importantes aspectos deste símbolo: a lembrança sempre presente do JURAMENTO, a formação da ESQUADRIA, a recordar-nos o Esquadro, e, por consequência, a RETIDÃO aplicável à conduta do Maçom em Loja (e fora dela também) e, ainda, pela posição anatômica do sinal que se forja na garganta, – local por onde emitimos nossa voz, – alusão à palavra que deve ser comedida, evitando tornar-se um instrumento da ira ou do perjúrio.

outubro 19, 2023

NÃO SEJAS MAÇOM!



Se queres descanso, não seja maçom, pois o trabalho do maçom deve ser contínuo. Se queres ser beneficiado, não seja maçom, pois o maçom deve primeiro promover benefícios a e em prol de outros. 

Se queres paz, não seja maçom, pois o maçom deve estar em guerra constante contra os vícios. 

Se sois egoísta, não seja maçom, pois, para o maçom, compartilhar deve ser um hábito.

Se apenas pensas em ti, não seja maçom, pois pensar apenas em si mesmo é inviável e o maçom deve pensar e agir para todos.

Se desejas enriquecer, não seja maçom, pois o patrimônio de um maçom não é avaliado pelos seus bens, mas sim pelas suas atitudes.

Se sois arrogante, nunca seja um maçom, pois a humildade deve ser uma virtude constante, demonstrada em todos os momentos. 

Se sois demasiadamente religioso, não seja maçom, pois o maçom deve ser tolerante em suas diferenças religiosas. 

Se não crês em Deus, esqueça, não há como ser maçom, pois os maçons nada fazem sem antes o invocarem.

Se gostas das luxúrias que o mundo proporciona, não seja maçom, pois os maçons devem ignorá-las, vez que são temporárias. 

Se simplesmente fazes parte de algo, não seja maçom, pois o maçom não pode só fazer parte, deve trabalhar para fazer a diferença. 

Se não gostas de ler, estudar, fazer trabalhos, conhecer a Ritualística, Liturgia Maçônica e praticá-las, se afaste da Maçonaria. 

Se queres ser maçom, não tente ser o pior nem o melhor, seja apenas você mesmo.

Se és arrogante, não seja maçom, pois o desprezo é sintoma de maldade e a maldade é a principal inimiga do maçom. 

Se és omisso, não seja maçom, pois a iniciativa deve ser notável em um maçom.

Se és preconceituoso, não seja maçom, pois a igualdade deve ser um pilar marcante na vida do maçom.

Mas, se quiserdes ajudar a melhorar a si próprio e ajudar a melhorar o mundo, então seu lugar é aqui.

*Autor desconhecido*

outubro 18, 2023

OS TRES ULTIMOS DESEJOS DE ALEXANDRE "O GRANDE" - Joab Nascimento

I

Nessas humildes palavras,

Eu só quero bem frisar,

Quem vive pra ter ganância,

E só pensa em enricar,

Não é dono da riqueza,

Nada daqui vai levar.

II

Nem sequer seu ataúde,

Tem direito a escolher,

O que vai cobrir seu corpo,

Não tem como ele saber,

Tudo na terra é deixado,

Riqueza, força e poder.

III

Quem na vida é apegado, 

Aos seus bens materiais,

Quem não gasta um tostão,

Com avareza demais,

É escravo da riqueza,

Nas camadas sociais.

IV

Na terra aqui existiu,

Um Rei muito poderoso,

Conquistou vários impérios,

Estrategista, astucioso,

Nos deixou como legado,

Um exemplo valoroso.

V

O Rei Alexandre, "O Grande",

Já ferido mortalmente,

Tinha tudo planejado,

E gravado em sua mente,

Mostrou sua honestidade, 

E honradez pra sua gente.

VI

Quando à beira da morte,

Pouco antes de morrer,

Alexandre convocou,

Seus generais pra dizer,

Os 3 últimos desejos,

Teriam que obedecer.

VII

O primeiro dos desejos,

Que ele exigiu então,

Que os médicos do império,

Conduzissem seu caixão.

Os generais anotaram,

Sua reinvidicação.

VIII

O segundo dos pedidos,

Ele falou com franqueza,

Tudo que foi conquistado,

Seus tesouros de riqueza,

Deixassem pelo caminho,

Sem pena, sem avareza.

IX

Até a chegada ao túmulo,

Sua fortuna espalhada,

Ouro e pedras preciosas,

Toda prata conquistada,

Que tudo fosse mostrado,

E não escondessem nada.

X

O seu terceiro pedido,

É de admirar agora,

As suas mãos limpas fossem,

Colocadas para fora,

Balançando com o vento,

Na hora que fosse embora.

XI

Ele também partiu nu,

Só um pano a lhe cobrir,

Todos nascemos despidos,

Despidos vamos partir,

Toda sua vestimenta,

Outro corpo irá vestir.

XII

Quando um dos generais,

Perguntou admirado,

Os desejos anormais,

Que ele tinha ordenado,

Quais razões desses pedidos?

Tudo era algo inusitado!

XIII

Alexandre muito sábio,

Olhou-lhe discretamente,

Usando de inteligência,

Respondeu-lhe francamente,

O que por mim foi pedido,

Vou lhe explicar calmamente.

XIV

Os médicos desse império,

Vão poder me transportar,

Até minha sepultura,

Para o povo irão mostrar,

Contra a morte não há cura,

E ninguém pode salvar.

XV

Mesmo que a medicina,

Seja um ato de candura,

Com toda sua sapiência,

Pesquisa e estrutura,

Por mais que o médico tente,

Não tem o poder de cura.

XVI

Quero que minha fortuna,

Espalhadas pelo chão,

Mostre pra todas pessoas,

Que nada se leva então,

Todos bens materiais,

Aqui permanecerão.

XVII

As minhas mãos para fora,

Sob o vento a balançar,

Mostram para o meu povo,

Que nada vamos levar,

Sem nada, aqui chegamos,

Com nada vamos voltar.

XVIII

Chegamos de mãos vazias,

Quando na terra nascemos,

Construímos um Império,

Pelo Império nós morremos,

Tudo pertence a terra,

Nada daqui levaremos.

XIX

Alexandre faleceu,

Com muita jovialidade,

Nos autos, está escrito,

32 anos de idade,

Todos seus ensinamentos,

Ficará pra eternidade.

XX

A causa da sua morte,

Não existe conclusão,

Há diversas teorias,

Todas com explicação,

Muitas teses levantadas,

Mas não há comprovação.

XXI

O certo é que sua partida,

Deixou um mar de tristeza,

Causou grande comoção,

Pra toda sua fortaleza,

Ele era muito querido,

Homem rico de franqueza.

XXII

Os seus pedidos comprovam,

Qu'ele tinha desapego,

Às riquezas materiais,

Não tiravam-lhe o sossego,

Hoje inda serve de alerta,

Pra quem tem demais apego.

XXIII

Isso serve de exemplo,

Pra quem só pensa em ganhar,

Aquele que tem ganância,

Que só deseja enricar,

Toda matéria aqui fica,

Nada vai poder levar.

XXIV

Espero que esse cordel,

Sirva de exemplo e alerta,

E do sono que dormimos,

Chegue a aurora que desperta,

Nada é certo aqui na terra,

Só a morte que é certa.



outubro 17, 2023

A MAÇONARIA NA FRANÇA - Almir Sant"Anna Cruz



        As principais Potências Maçônicas francesas totalizam cerca de 118 mil membros em algo em torno de 2850 Lojas (média de 41 Maçons/Loja):

1) GRANDE ORIENTE DE FRANÇA, com cerca de 45 mil Maçons (38%) distribuídos em umas 850 Lojas (30%) e uma média de 53 obreiros/Loja. Pratica o Rito Francês ou Moderno, o Rito Escocês Antigo e Aceito e o Rito Escocês Retificado. Mantém relações fraternais com todas as outras Obediências francesas, exceto com a Grande Loja Nacional Francesa. Não é reconhecido pela Grande Loja Unida da Inglaterra;

2) GRANDE LOJA DA FRANÇA, com algo em torno de 26 mil Maçons (22%) distribuídos em mais de 650 Lojas (23%) e uma média de 40 obreiros/Loja. Pratica quase que exclusivamente o Rito Escocês Antigo e Aceito, pois somente 4 de suas Lojas fazem uso, por razões históricas, do Rito Escocês Retificado. Mantém relações fraternais com todas as outras Obediências francesas, exceto com a Grande Loja Nacional Francesa. Não é reconhecida pela Grande Loja Unida da Inglaterra. . Uniu-se a Confederação de Lojas Unidas da Europa. Está em um processo de reconhecimento pelas Grandes Lojas americanas, iniciado com a Grande Loja de Minnesota;

3) GRANDE LOJA NACIONAL FRANCESA, com aproximadamente 20 mil Maçons (17%) em umas 600 Lojas (21%) e uma média de 33 obreiros/Loja. Trabalha no Ritual Emulação (Rito de York-GOB), Rito Escocês Antigo e Aceito, Rito Escocês Retificado e Rito Francês ou Moderno. Não mantém relações com nenhuma outra Obediência francesa. É reconhecida pela Grande Loja Unida da Inglaterra e pelas Grande Lojas americanas;

4) ORDEM MAÇÔNICA MISTA INTERNACIONAL O DIREITO HUMANO, com aproximadamente 12 mil membros (10%) em cerca de 400 Lojas (14%) e uma média de 30 obreiros de ambos os sexos/Loja. Trabalha no Rito Escocês Antigo e Aceito e no Ritual Emulação;

5) GRANDE LOJA FEMININA DA FRANÇA, com cerca de 12 mil membros (10%) em 200 Lojas (7%) e uma média de 60 obreiras/Loja. Trabalha unicamente no Rito Escocês Antigo e Aceito.

6) GRANDE LOJA TRADICIONAL E SIMBÓLICA (ÓPERA), com cerca de 3 mil Maçons (3%) em 150 Lojas (5%) e uma média de 20 obreiros/Loja. Trabalha principalmente no Rito Escocês Retificado, mas algumas Lojas fazem uso do Rito Escocês Antigo e Aceito e do Ritual Emulação. O nome Ópera é uma alusão ao endereço de sua sede, na Place de l’Òpera. Mantém relações fraternais com todas as outras Obediências francesas, exceto com a Grande Loja Nacional Francesa. Não é reconhecido pela Grande Loja Unida da Inglaterra. Uniu-se a Confederação de Lojas Unidas da Europa;

Obs: a França é o 4º país com o maior número de Maçons, superado apenas pelos Estados Unidos, Reino Unido e Brasil. Por outro lado, é o país com o maior número de Maçons do sexo feminino.

Excertos do livro “Nós, os Maçons: A Maçonaria Vista de Dentro” do Irm.’. espanhol Amando Hurtado, traduzido pelo Irm.’. Zé Rodrix.

outubro 16, 2023

VOCE É TERRA! - Marko G. Usainovic



Você sabia que...

Você é composto por 84 minerais, 23 elementos e 8 litros de água distribuídos entre 38 trilhões de células.

Você foi construído do nada pelas peças sobressalentes da terra que consumiu, de acordo com um conjunto de instruções escondidas em uma dupla hélice e pequenas o suficiente para serem transportadas por um espermatozoide.

Você é feito de borboletas, plantas, pedras, riachos, lenha, peles de lobo e dentes de tubarão reciclados, divididos em suas menores partes e reconstruídos no ser vivo mais complexo do nosso planeta.

Você não está vivendo na terra, você é a terra, poeira estelar.