outubro 26, 2023

HAMAS - Denis Lerrer Rosenfield



Desinformação propagada por Lula, PT e seus satélites exige uma espécie de pequeno dicionário para analisar a junção entre a ideologia e a estupidez humana

A desinformação propagada pelo governo Lula, pelo PT e por seus satélites, como PSOL, PCdoB e MST, exige que se faça o esclarecimento do significado de certas palavras, sob pena de afundarmos no abismo moral. Exigiria, mesmo, uma espécie de pequeno dicionário, voltado para a análise da junção entre a ideologia e a estupidez humana. As palavras perdem o seu significado e são substituídas pela irrupção disfarçada da maldade.

Terror.

O ataque do Hamas a Israel foi um ato inequívoco de terror. Visados foram bebês, trucidados e queimados, crianças assassinadas na frente de seus pais e vice-versa, sequestros de crianças levadas para Gaza, idosos e mulheres feitos reféns, jovens assassinados numa festa rave no sul do país e assim por diante. Tais atos se inscrevem na história humana da maldade, cujos antecedentes recentes são o Isis (Estado Islâmico) e as ações nazistas conduzidas pela SS. Himmler ficaria orgulhoso de seus herdeiros e simpatizantes de esquerda.

Dois Estados.

Os que não condenam o Hamas supostamente com o intuito de garantir a neutralidade do País, a exemplo das notas vergonhosas do Itamaraty e de membros do governo, esquecem um fator central: o Hamas não defende a solução de dois Estados, Israel e Palestina. Defende, sim, um único Estado: o do Hamas, do Mediterrâneo ao Rio Jordão, sob a sua dominação e a imposição da Lei Islâmica. O Hamas não representa os interesses dos palestinos. Tal função é exercida pela Autoridade Palestina, que desfruta de reconhecimento internacional. A Justiça encontra-se na criação de dois Estados, sem que o terror seja utilizado para destruir o outro, como é pregado pelo Hamas, desde a sua fundação.

Campos de concentração.

Outra pérola da estupidez encontra-se no dizer de pseudojornalistas que consideram, seguindo a propaganda do terror, que Gaza seria um “campo de concentração”. Os judeus seriam os novos nazistas. Talvez essa esquerda debiloide tenha razão apesar dela. Sim, Gaza é um campo de concentração criado, administrado e supervisionado pelo Hamas, que exerce a sua autodeterminação, uma vez que Israel desocupou o seu território. É essa organização terrorista que desvia recursos de saúde, emprego, educação e saneamento para a construção de túneis subterrâneos, compra e manufatura de foguetes, mísseis e armamentos. Oprime mulheres e reprime e assassina homossexuais. Nos túneis fica o exército terrorista, acima fica a população civil servindo de escudo humano. Eis por que o Hamas procura impedir o deslocamento da população civil.

Cessação de hostilidades.

Os diferentes chamamentos para a interrupção das hostilidades, em que pese a sua fachada humanista, visam simplesmente a interromper a contraofensiva israelense, voltada para a aniquilação dos terroristas. Procuram, isto sim, assegurar a vitória do Hamas, mantendo a sua estrutura militar intacta. A cobertura humanista do PT é apenas a manifestação de sua conivência com o terror. Segundo sua perversa lógica, quem se defende de atentados terroristas comete “genocídio”! Contribuição inestimável à história universal da ignomínia. Lula, embora tenha condenado o “atentado terrorista” em Israel, travou a língua e não conseguiu pronunciar a palavra Hamas. Talvez tenha ainda presentes as congratulações que recebeu deste exército do terror ao ganhar a eleição presidencial. À esquerda, assinale se a posição digna do presidente do PSB, Carlos Siqueira, que condenou sem ambiguidades o terror islâmico.

Artistas.

O silêncio dos artistas apoiadores do PT (exceção feita a Gilberto e Preta Gil) é ensurdecedor. Fizeram algazarra para eleger Lula, mas agora estão mudos. Ao se calarem, mostram-se coniventes com o terror e com o assassinato de 260 jovens num evento musical. Imaginem o barulho que fariam aqui, no Brasil, se uma só pessoa fosse assassinada num festival. Agora, acolá, os critérios desaparecem ao cruzarem o Atlântico. Jovens judeus e não judeus são exterminados, como se isso fosse justificado. É uma vergonha.

Antissionismo e antissemitismo.

O ataque terrorista do Hamas mostra claramente o seu caráter antissemita, voltado para a destruição do Estado de Israel e a aniquilação dos judeus. Nada diferente do que tentaram fazer os árabes e o mufti de Jerusalém ao não reconhecerem a existência do Estado judeu e ao recusarem a criação de um Estado palestino igualmente inexistente. Prometeram jogar os judeus ao Mediterrâneo. Eram contra a criação de dois Estados, tal como o Hamas. Um importante líder social-democrata do final do século 19 e início do século 20, August Bebel, já dizia que o antissemitismo é o socialismo dos idiotas.

Princípios morais.

A esquerda petista, com os seus assemelhados, mostra de uma forma contundente a sua ausência de princípios morais. A sua defesa dos direitos humanos é mero disfarce para incautos. O governo deveria alterar o nome de seu Ministério dos Direitos Humanos para Ministério dos Direitos Inumanos. Questão de coerência.

Epílogo.

E o destino dos reféns, aterrorizados?

Publicado em O Estado de S. Paulo (23/10/2023)

outubro 25, 2023

VISITA AO ROTARY CLUBE CURITIBA FRATERNA


Quando fui presidente do Rotary Eclub do Distrito 4420 em 20/21 no início da pandemia fazíamos palestras virtuais e uma das melhores foi a realizada pelo Ex Governador do Distrito Dionísio Olicshevics e pela companheira Patrícia Cury Dias Baptista, atualmente presidente do Rotary Clube de Curitiba Fraterna.

Hoje, dia 24 de outubro, a convite do companheiro e irmão Dionísio pude lhes agradecer pessoalmente em um almoço neste Rotary Clube, que se reúne em um agradável restaurante no Bairro Batel da capital paranaense.

Ainda assisti a uma interessante palestra do companheiro Alberto Chaim sobre a ação rotaria na comunidade. Fui convidado também a apresentar o trabalho beneficente que realizo há mais de duas décadas.

UM PRESENTE PRECIOSO





        Como lembrança da minha palestra na ARLS Ordem e Progresso n. 58 em Curitiba, realizada no dia 24, recebo do Venerável Mestre irmão Rolf Michel, um notável artista, músico e pianista, um livro excepcional, com uma carinhosa dedicatória. 
        Irá fazer parte do acervo dos livros especiais na minha biblioteca, para que eu sempre possa recordar da maravilhosa noite que passei naquela Loja.

PALESTRA NA ARLS ORDEM E PROGRESSO 58 - CURITIBA


            Na foto, com o livro na mão, irmão Marcio Thomé, eu e o irmão Nelson Folconi,

A minha viagem a Curitiba, há muito planejada, acabou sendo materializada devido ao convite do irmão Márcio Thomé, o motociclista das estrelas, para palestrar em sua Loja, a ARLS Ordem e Progresso n, 58, da Grande Loja do Paraná. Foi ontem, 24 de outubro. Loja lotada e também recebendo ilustres visitantes.

O Venerável Mestre, Rolf Michel, músico e pianista, conduziu a sessão com a suavidade de uma sinfonia. A Ordem do Dia foi apenas a minha palestra, mais ou menos meia hora, mas que despertou grande emoção nos presentes. Nas perguntas feitas a seguir, diversos participantes relataram situações de vida que foram resolvidas ou que serão resolvidas com os ensinamentos do "Caminho da Felicidade", ou a Cabalá da Felicidade.

A agradável noite foi encerrada com uma sinfonia de pizzas e excelente vinho, que se prolongou até as 23 horas, enquanto os irmãos recebiam os autógrafos nos livros e continuavam a perguntar, os que expressa o elevado interesse que a palestra gerou. Evento inesquecível.




ABRINDO AS PORTAS PARA A INTELIGÊNCIA - Newton Agrella



É incrível como a cada dia abstraímos mais informações e nos damos conta que as lições são infinitas.

Parece cada vez mais evidente que o lugar mais  desafiador e complicado para estar é exatamente dentro de nós.

E o instigante neste processo é que os exemplos estão à nossa frente.

Ainda ontem, durante uma sessão filosófica o "coach", com extrema maestria e tranquilidade conseguiu imprimir um profundo clima de interação entre os presentes, onde o propósito era empreender uma busca interior, através de alguns recursos estimulantes como uma suave música de fundo, breves intervalos de silêncio e de uma linguagem sugestiva e incentivadora de modo que cada um pudesse fazer uma coleta  dos "dejetos emocionais"  que se acumulam e se instalam dentro de sí e  "inteligentemente", serem, de algum modo despejados.

Descemos alguns degraus e revisitamos o nosso interior, metaforicamente, como se estivéssemos diante do  V.'.I.'.T.'.R.'. I.'. O.'.L.'. na Câmara de Reflexões.

E após alguns minutos de silêncio entre inspirações e expirações, retomamos estes mesmos degraus com a alma e o cérebro mais leves numa jornada curta e consistente de inegável apelo à nossa inteligência emocional.

Parece simples, mas não é.

O exercício impõe entrega, cuidado, mentalização, foco e um espírito desarmado de preconceitos e prevenções.

Lá no fundo, significa predispor-se a entregar-se a si mesmo e a aprendermos a interpretar o que há nesta leitura emocional. 

A palavra latina INTELIGENTTIA, provém do verbo "intelligere" , termo composto por intus (entre) e legere, que significa escolher ou ler. 

Somos agentes e sujeitos de um processo interior que nos conduz a uma espécie de autoconhecimento e que maçônicamente significa o aprimoramento constante de nosso nível de consciência.

E assim vamos nos permitindo explorar nossas potencialidades e    assumirmos que o lugar mais inquietante que toca mais fundo nossa alma e nosso abrigo mental é o inóspito território das emoções.


O RELATIVISMO ÉTICO DO TERROR - Becky S. Korich



Há duas semanas estamos tentando pensar em outra coisa, nos preocuparmos com os pequenos problemas do cotidiano, mas o cenário de fundo prevalece, as cenas de terror tomaram conta de tudo. Entraram nas nossas casas, penetraram nos nossos corpos, intoxicaram nossas conversas, obrigaram nossos olhos a acreditar no inimaginável. Com o estômago embrulhado e a mente confusa, é difícil processar a selvageria do horror (espero que nunca consigamos) que deflagrou este ciclo atroz de violência no outro hemisfério. A vida parece estar menor, as almas mais tristes, o mundo retrocedeu.

Além das ramificações que todas as guerras geram, o mundo inaugura uma guerra inédita, com um reality show do lado desumano do ser humano. Como disse em uma entrevista Simone Veil, sobrevivente do Holocausto e ícone da luta pelos direitos das mulheres, o homem é capaz do pior: "Creio que sou uma otimista, mas, desde 1945, não alimento mais ilusões. Daquela experiência terrível eu guardei a convicção de que alguns seres humanos são capazes do melhor e do pior".

O terrorismo é propagado e celebrado. O plano engendrado pelo Hamas não se acanhou: matar, estuprar, sequestrar e torturar civis. Deram o recado ao mundo de que não se importam com o sofrimento humano —israelense ou palestino, ambos vítimas desse terror.

Inaugurou-se a guerra das redes, onde todos falam muito e pouco sabem, onde verdades e mentiras são selecionadas para caber em uma ideologia engessada. Os "especialistas", que não sabem a diferença entre Homus e Hamas, encaixam os fatos nas suas crenças: primeiro a crença (absoluta), depois os fatos (relativos). Em nome da militância, se relativiza o terror, se perde a memória, se anestesia à dor dos outros.

O mundo virtual, em que somos personagens de nós mesmos, é um palanque para propagação das nossas próprias "virtudes" morais, por trás da proteção do escudo blindado das telas. Quanto mais um sujeito "participa da luta" melhor cidadão ele se torna. É um terreno propício para a cultura do mal (no sentido científico: crescimento, reprodução e desenvolvimento de bactérias em um ambiente controlado) onde as pessoas disseminam notícias enviesadas e, mesmo inadvertidamente, estimulam ideologias que pregam o ódio pelo ódio.

O pior dos ignorantes é aquele que conhece apenas uma parte da história: acha que sabe tudo, mas sabendo só uma parte, não sabe nada do todo. A eles falta a humildade de querer saber. A preguiça intelectual decorrente desse princípio hermenêutico é temerária, porque vicia o pensamento, empobrece as ideias e não suporta opiniões dissonantes da causa que sustenta.

Quando tudo é visto como uma "narrativa", a busca pela definição se torna cada vez mais nebulosa e tudo que dela decorre se revela como meras representações vazias. Um prato cheio para legitimar o relativismo ético e moral. Assuntos complexos e multifacetados se posicionam a apenas um eixo, rotulado de "esquerda" ou "direita", "opressor" ou "oprimido".

Quando se trata da questão Israel e Palestina, os preconceitos não tardam a se revelar. Existem dois protagonistas nesse conflito: o Hamas não faz parte deles. Não dá para construir a paz com quem queira destruir um Estado. O Hamas não tem procuração dos palestinos para representá-los. Aliás é de se perguntar: será que nos dois anos planejando o ataque brutal a Israel, o grupo terrorista não teve tempo para pensar na proteção dos palestinos de Gaza, que hoje são vítimas do seu terror?

Equiparar a posição de todos os palestinos com os métodos do Hamas é um desserviço para os próprios palestinos. Uma pesquisa feita em julho deste ano pelo Instituto de Política do Oriente Médio de Washington apurou que metade dos habitantes de Gaza concordou que o Hamas deveria "parar de apelar à destruição de Israel e, em vez disso, aceitar uma solução permanente de dois Estados baseada nas fronteiras de 1967" e 58% da população de Gaza apoiou a retomada das negociações com Israel. Quase metade (42%) dos habitantes de Gaza concordou com a seguinte afirmação: "Espero que um dia possamos ser amigos dos israelitas, já que, afinal, somos todos seres humanos".

O demônio do antissemitismo e do preconceito, que ainda encontra abrigo em corações adormecidos, vem traçando o seu destino de odiar, dividir e não unir.

O trabalho de reconstrução precisa começar, para que não custe o sofrimento de mais uma geração. Em todo o mundo, comunidades de palestinos e judeus precisam reconstruir o diálogo e a confiança, baseados no simples princípio de que as vidas — palestinas ou israelenses — são igualmente preciosas e estão indissoluvelmente interligadas.

outubro 24, 2023

VISITA NA ARLS FRATERNIDADE PARANAENSE N. 5 - CURITIBA


Visitei na noite de ontem a mais antiga Loja Maçônica do Paraná, a ARLS Fraternidade Paranaense n. 5 com 126 anos de história contínua, onde proferi pequena palestra.

Destaco a simpatia do Venerável Mestre Jorge Luis Batista e o carinho com que os irmãos nos receberam, a mim e ao irmão Nelson Folconi que me acompanhava. 

A surpresa da noite foi reencontrar o irmão e companheiro Dionísio Olicshevics, EGD do Rotary e Orador da Loja, que nos presenteou com memorável palestra quando fui presidente do Rotary Eclub do Distrito 4420. 

Na foto estou ao lado do Venerável à frente do painel que conta a centenária história da Loja. 37 importantes ruas de Curitiba levam nomes de irmãos da Loja, bem como importantes figuras da história do Brasil dela participaram.

MARTINISMO - Nicola Aslan

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    Sociedade iniciática de tendências cristãs, ligada ao Iluminismo e fundada em 1775 por Louis-Claude de Saint-Martin, discípulo de Martinez de Pasqually e chamado “o Filósofo Desconhecido”. 

     Os componentes desta escola pretendiam professar um cristianismo depurado, procurando elevar a alma da contemplação do homem e da natureza ao seu princípio comum, Deus. 

    Depois de longos anos de adormecimento, foi iniciado por Heri Delage, em 1880, um organismo sob a denominação de Ordem Martinista, que foi renovada pelo Dr. Encausse, mais conhecido sob o seu nome esotérico de Papus, que, em 1891, foi o promotor do Supremo Conselho, o qual reuniu nomes de ocultistas e Maçons que tiveram grande celebridade na época, principalmente através de suas obras. À Ordem Martinista agregaram-se várias organizações maçônicas consideradas irregulares, entre elas o Rito Mênfis-Misrain.


(Nicola Aslan, in Grande Dicionário Enciclopédico de Maçonaria e Simbologia).

outubro 23, 2023

NUNCA CONFIE EM FANÁTICOS - Michael Winetzki


Meu pai nasceu numa pequena aldeia da Ucrânia, quando esta nação fazia parte do bloco da URSS (União da Repúblicas Socialistas Soviéticas) e cursou a Academia Militar até se graduar como capitão de artilharia do exército soviético. Falava russo e contava que a mãe Rússia nasceu séculos antes na cidade de Kiev, capital da Ucrânia.

Ele participou desde a entrada da URSS na Segunda Grande Guerra onde combateu ao lado de soldados de todas as etnias daquele grande bloco, e muitos anos depois me dizia: - nunca confie nos fanáticos russos, na origem eles eram eslavos, vikings, e só entendem a linguagem da violência. Somos primos irmãos, ucranianos e russos, tudo gente boa, mas os fanáticos são capazes de qualquer coisa: mentem, roubam, matam, tudo em nome de uma causa que nem sequer entendem, a Grande Rússia. A primeira vítima do fanatismo é o bom senso.

A mesma coisa vale dizer para o atual conflito em Israel. Judeus e árabes são primos irmãos, desde a origem comum com Abraão. Viveram no mesmo território durante muitos séculos em ordem e paz, que foi apelidado de Palestina (Philistina, terra dos filisteus) pelo imperador romano Adriano. É uma lenda a ideia de que o conflito árabe israelense é secular, na verdade é relativamente recente.

O conflito não se dá pelas religiões diferentes. O Deus é o mesmo qualquer que seja o nome que se dê a ele. Carlos, Charles, Carlo, Carolli, qualquer que seja o nome, é sempre a mesma pessoa. Mas nenhum dos Deuses de qualquer religião prega conflito, guerra, matança. Na verdade, apenas para pontuar um dos mais sagrados preceitos do islamismo é a hospitalidade que deve ser dada a qualquer pessoa, inclusive aos inimigos.

Com a queda do Império Otomano e a entrada em cena do Protetorado Britânico na região, no início do século 19, tem início uma série de pequenos conflitos entre milicianos muçulmanos e colonos judeus lá estabelecidos pela posse de terras e mais importante ainda, de fontes de água, indispensável a sobrevivência naquela área desértica. Havia judeus secularmente estabelecidos e havia judeus recentemente estabelecidos em terra compradas por mecenas judeus como o Barão Hirsch e os Rothschild. A maior parte vivia em paz.

Eu nasci em Israel em 1950. Ao final da Grande Guerra, papai, judeu que era, imigrou para Israel, para ajudar a construir uma nação. Vivíamos próximos a Hadera, uma cidade criada sobre um pântano drenado, onde ele entregava barras de gelo com uma carrocinha, indistintamente para palestinos ou judeus, numa época de escassa energia elétrica e praticamente nenhuma refrigeração.

As instalações públicas e industrias, como a fábrica de gelo e o hospital foram herança deixadas pelos ingleses. Também foi deixada como herança a simpatia que os ingleses tinham pelos nativos árabes, mais ricos e afluentes, do que a maioria dos pobres colonos judeus. Em diversas ocasiões os ingleses fizeram vista grossa a agressões cometidas contra os israelenses.

O conflito atual não tem motivação religiosa ou territorial. Na realidade, se os povos árabes quisessem poderiam elevar exponencialmente o padrão de vida dos palestinos de Gaza e Cisjordânia com o extraordinário poder econômico de que dispõe, haja vista por exemplo o salário pago a Neymar que proporcionaria boa vida a centenas de famílias palestinas. Mas o interesse é o terror, apenas a maldade de extremistas fanáticos, cujo deus é o deus da mortandade, do extermínio e não o suave Allah do Alcorão.

Como papai dizia: - não se pode confiar em fanáticos. Eles são capazes de qualquer coisa, guardam e reciclam o seu ódio e a prova disso foi a barbárie como que atacaram Israel, decapitando bebes e matando civis em suas casas e camas. Não há alternativa para Israel além de tentar exterminar o Hamas. Claro que como um câncer talvez fiquem algumas células remanescentes. Infelizmente também usando como metáfora o tratamento do câncer outras células saudáveis serão afetadas pela rádio ou quimioterapia, e me refiro ao pacífico povo palestino que irá sofrer com a invasão. Não existem alternativas. Os próprios palestinos são reféns do Hamas, assim como os moradores das comunidades do Rio de Janeiro são reféns do tráfico.

O que resta é rogar a Adonai, Allah, Jesus que o conflito seja encerrado com o menor número possível de baixas de ambos os lados e que povos irmãos e vizinhos voltem a viver em harmonia e paz. Shalom. Salam.










NOSSAS GUERRAS - Roberto Ribeiro Reis


Nos últimos dias, o mundo parece ter se desligado das frivolidades do cotidiano, para se debruçar frente à TV, a fim de assistir ao conflito entre Israel e o grupo islâmico Hamas.

Momentaneamente, as pessoas não têm filosofado sobre seu clube de futebol, sobre a polarização política no país e nem (graças a Deus) sobre sua expectativa de quando será o enésimo Big Brother Brasil.

A par do triste cenário com o qual nos deparamos, vale fazer uma pequena reflexão: onde começam as guerras? Por que a humanidade tem emanado desenfreada belicosidade?

Sem querer tomar partido –esse não é o objetivo a ser alcançado- e tampouco se enveredar, com a propriedade devida, sobre a questão geopolítica, que fica ao encargo dos historiadores e cientistas políticos, o que se busca aqui é uma análise simplista, despida de toda a complexidade que o assunto demanda, sob outro viés: o viés da paixão.

Sim, da paixão mesmo! Nossas guerras, respeitados Irmãos, começam e afloram de nossas paixões, do desejo incontrolável e angustiante de dominarmos ou possuirmos algo. É essa profunda exacerbação sôfrega pelo poder, de querermos sobrepujar e subjugarmos o outro, conquanto nossa libido seja satisfeita.

Essa paixão insana pode ser por um pedaço de terra, uma cidade, um país, mas pode também ser aquela primeira – e arrebatadora – paixão da adolescência, que faz com que lutemos contra tudo e contra todos.

Esse fogo ardente e desvairado pode ser aquele que tem cegado uma multidão de pessoas, sejam aqueles asseclas de uma ideologia político-partidária, sejam ainda aqueloutros fanáticos por um sectarismo e/ou proselitismo religioso.

Meus Irmãos! Nossas guerras - qual um vulcão insaciável, no auge de sua erupção- partem de nosso íntimo, de nossas almas, e se deflagram em chamas inexoráveis, consumindo e devastando tudo o que se encontra ao nosso derredor, a começar por nós mesmos.

Enquanto o homem não contiver esse indominável animus possidendi (intenção de possuir), ainda sofreremos com as paixões inflamadas das guerras, dos extremismos, das intolerâncias, das intermináveis transgressões cometidas pelo ser humano (pasmem) que diz agir em nome de Deus!

Que busquemos, através dos ensinamentos da Maçonaria, conter toda paixão que nos arraste para nossos abismos infernais, que nos lance para o oceano das incertezas e que nos subverta ao nosso antigo “eu profano”. Que sejamos tomados de um ardor sagrado, cujas chamas possam nos unir em prol de única e verdadeira paixão: a paixão pelo Excelso Arquiteto Universal!




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outubro 22, 2023

CLAREZA, CONCISÃO & FOCO NA SUBLIME ORDEM - Newton Agrella


São  obrigações inequívocas dos Maçons mais experimentados explicarem e instruírem com um mínimo de clareza ao Iniciado na Sublime Ordem que o mesmo está ingressando numa instituição prioritariamente filosófica.

Nesse sentido, o que se espera do Aprendiz Maçom é no mínimo, um comprometimento para começar a entender aquilo que realmente interessa, a quem espera um dia, ser "reconhecido" como tal.

Ler, pesquisar e se aprofundar paulatinamente sobre, Símbolos, Alegorias, Ritualística, Vocabulário e Expressões Maçônicas, Postura em Loja, Formas de Tratamento para com seus pares, Familiaridade com as Ferramentas, Representação do Painel de Grau, em suma, de tudo aquilo que possa conduzí-lo ao processo de trabalho em sua pedra bruta - devem se constituir no FOCO de sua experiência, nesse exercício que impõe antes de tudo, extrema Disciplina e Dedicação.

Afinal de contas, a Maçonaria não é um clube social, um clube de serviços, um forum para discussões proselitistas de qualquer natureza.

Ela é sim, um verdadeiro forum para a elaboração de Ideias, discussão sobre Conceitos a respeito das Propriedades Humanas mais íntimas de caráter anímico, intelectual, hominal e antropocêntrico, levando-se em conta a atmosfera esotérica que contribui para que se instaure um ambiente de paz, respeito, serenidade e claro, de analogia a uma Oficina de lavra ética e moral.

Só isso, mais nada, posto que o objetivo final é a busca da felicidade e sobretudo, o do "aprimoramento da própria consciência".

Mais retas e menos lateralidades !!!



NOVO LIVRO DE ADILSON ZOTOVICI


 

        Um dos mais importantes poetas da maçonaria brasileira acaba de lançar um novo livro. A temática principal do irmão Zotovici, que é membro da ARLS Chequer Nassif 169 de São Caetano, e também confrade da Academia Maçônica Virtual Brasileira de Letras, é a Ordem Maçônica, que explora com um delicioso ritmo e riquíssimo vocabulário em seus sonetos.
       Nossa sólida amizade acaba se configurando em um soneto que me foi dedicado neste livro e que tenho a honra de transcrever.

                   De brilhante pedra alusão
            A livre pedreiro dileto
            Vibrante desde a iniciação
            De amor obreiro repleto

            Quarenta anos em ação
            D'Arte Real seu projeto
            Levando cultura, instrução
            Luz, bom astral, seu trajeto

            Aos egípcios era proteção
            Vitalidade o objeto
            Aos romanos exultação

            Que aos Judeus com afeto
            Na "esmeralda" a conexão
            Com nosso Grande Arquiteto!

outubro 21, 2023

OS PRINCÍPIOS: TOLERÂNCIA E O RESPEITO MÚTUO - Maximilian Trevisan




Tolerância pode ser definido como a abstenção de agir contra aquilo que reprovamos, contra o que nos é politicamente contrário ou contra o que é diferente de nós.

A Tolerância religiosa é um dos pilares do Estado democrático moderno e isso em muito se deve, à ação maçônica.

John Locke (1632-1704), escreveu em 1689 a “Cartas sobre a Tolerância” que é a autoridade fundamental sobre a ideia de tolerância, apesar do próprio Locke excluir os católicos de sua proteção com a justificativa de que a fidelidade destes não era para com o governo e sim para com a Igreja, o que os constituía em intolerantes por excelência.

A Tolerância maçônica é, em certa medida, expressão de sua repulsa contra os preconceitos e contra a tirania que a todos impõe suas condições sem nenhum respeito pelas particularidades.

Fica claro que a tolerância maçônica vai até o ponto do respeito mútuo e da preservação dos valores morais universais... 

A Maçonaria não é tolerante para com a maldade, a tirania, a escravidão, a imposição ideológica, o fanatismo, a superstição e com tudo aquilo que submete a humanidade à servidão e ao sofrimento.

A Tolerância não pode e não deve ser usada como justificativa para encobrir a inércia, a inoperância e a covardia.

Respeito Mútuo é a atitude resultante da tolerância.

Respeito é um conceito muito amplo e nobre. Todas as regras morais podem ser resumidas nessa palavra: respeito.

Se eu respeito o próximo, não sou desonesto para com ele, não o leso, não o ataco, sou tolerante e cortês. 

Se respeito a natureza, preservo-a de todos os modos possíveis. 

Se respeito a cidade em que vivo, não jogo lixo na rua, não sujo as paredes, as calçadas e não descumpro as leis. 

Se respeito a mim mesmo, evito tudo aquilo que possa me prejudicar, todos os excessos e emoções que possam me comprometer.

Em uma palavra, se respeito, ajo com sabedoria.

Já imaginou como seria o mundo se houvesse respeito mútuo em todas as esferas?

Os políticos não mais se corromperiam, os cidadãos não mais se lesariam, a natureza seria preservada, as instituições se tornariam honestas e eficazes, as guerras motivadas por raça e credo cessariam e o mundo viveria em paz... em poucas palavras, a Maçonaria se estenderia por toda a humanidade e *Irmão não acusaria irmão*. 

Os princípios da Maçonaria não são apenas belas palavras para figurar nos livros e nos discursos. 

São ensinamentos que devem ser aplicados com afinco em nossas vidas!