O cenário é aterrorizante! Corpos se amontoam, indiscriminadamente, numa fotografia na qual somente a dor e o desespero pedem passagem. É o caos que não perdoa aos idosos, às mulheres e às milhares de crianças. A esperança jaz, junto à carnificina que exala angústia e aflição.
Por mais odioso e cruel que seja o homem, não há como não ser tomado de um sentimento diverso senão o de compaixão; aquele dó que deixa a garganta travada e a voz embargada, tentando represar (em vão) o choro convulsivo e que clama por paz.
É um dó que domina aqueles que se digam cristãos, judeus, mulçumanos, ou os que assim não se proclamem; é um pedido urgente e premente pela misericórdia do Criador, porquanto, infelizmente, fica cada vez mais impossível esperar algo dos homens.
A banalização das tragédias humanas tem sido algo que cresce, vorazmente, em progressão exponencial, de sorte que aquilo que lemos ou assistimos parece ser um roteiro de filme hollywoodiano, quando (infelizmente) não o é. A hecatombe a que temos assistido parece longe de um final feliz e incruento.
O ódio tem reverberado de maneira lancinante, e a vingança tem sido a força-motriz da medida da iniquidade. Uma iniquidade sem limites, que despreza leis, tratados ou quaisquer convenções que digam respeito aos direitos humanos. Os envolvidos nesta barbárie o fazem com uma convicção inamovível, crentes de que em tudo o que fazem existe o aval divino.
Meus Irmãos! Que todas as lojas maçônicas possam, em uníssono, formar uma cadeia de união em prol de nossos irmãos, tanto os israelenses, quanto os palestinos; o Grande Arquiteto do Universo, ao qual devemos toda honra e glória, não faz distinção de seus filhos. Ama-os, com toda sua bondade e benevolência, com todo seu perdão e indulgência, incondicionalmente.
Que nossas vibrações sejam de paz, de harmonia e de concórdia! Que nos sintamos integrantes de um Exército Real, cujas armas sejam somente o bom pensamento, as ótimas palavras e, principalmente, as excelentes ações. Que em tudo vejamos a obra do Arquiteto Maior, valorizando sua criação e lutando por sua imprescindível preservação.
Que não sejamos pessoas moucas aos apelos dos que sofrem, dos pobres, dos oprimidos, dos subjugados e desvalidos. Há tanta dor e luto espalhados pelo mundo e, ainda assim, só conseguimos nos concentrar em nossas aspirações egóticas; há tantos doentes e famintos ao nosso derredor, mas só priorizamos nossos caprichos pessoais.
Temos a nobilíssima e bem-aventurada missão de sermos agentes transformadores da paz. Não desejamos ser indivíduos que profanam a humanidade, e que a ferem de morte. Já há tantos fratricidas, inescrupulosamente assim agindo. Unamo-nos ao redor da luz feita de verdade, justiça e bondade, que é essa luz inesgotável e perene espargida por nossa Sublime Ordem. Que o dó que nos domina não nos deixe paralisados, mas que nos torne Ativistas Reais, sedentos de um mundo muito melhor!
Roberto Ribeiro Reis
ARBLS Esperança e União 2358
Or.'. Rio Casca-MG