novembro 29, 2023

DAS COLUNAS ZODIACAIS (R.'.E.'.A.'.A.'.) - Newton Agrella



Ao longo de toda a História o homem vem buscando explicações para os mistérios da vida, valendo-se da  observação dos astros e da natureza.

Baseado em certa medida no misticismo, deu-se origem  aproximada a algumas respostas no âmbito científico e espiritual.

Assim, com os primórdios  da Astrologia, originária das civilizações mais antigas da Terra como as dos Caldeus, Sumérios, Acádios, Assírios, Hititas e Babilônios, esta se torna ponto de referência para que a ciência e o misticismo caminhem lado a lado com o propósito de proporcionar estudos e especulações ilimitadas.

Calcada nesses postulados, a Maçonaria por meio das Colunas Zodiacais enseja um estudo fascinante através da relação do cosmos com o homem e com a própria Sublime Ordem.

Os  iniciados ao adentrarem o Templo Maçônico perceberão que o mesmo constitui-se numa representação simbólica do Universo.  

No Templo encontram-se as chamadas Colunas Zodiacais.

Especialmente num templo maçônico do Rito Escocês Antigo e Aceito são doze colunas.

A razão de sua ornamentação se dá em função de seu simbolismo  como demarcação do caminho  do homem maçom em desenvolvimento.

Todas essas colunas estão situadas  no ocidente e são sinais do crescimento do aspecto material, moral e ético do iniciado, e ensejam o seu aspecto Antropocêntrico. 

São seis no Setentrião e seis no Sul e sempre na mesma ordem.

Cabe registrar que essas colunas zodiacais não guardam rigorosamente relação alguma  com horóscopo e tampouco com intermediações religiosas, divinais, ou de supostas influências da posição dos planetas com relação ao indivíduo.

O homem livre não se ocupa desse tipo de expediente quando seu intento é a evolução através do estudo, da observação e do discernimento intelectual por meio da experiência.

Que fique claro que na filosofia maçônica, as colunas zodiacais são apenas e tão somente símbolos para estudo.

A essas colunas não se  atribuem conotações místicas ou de predição com relação ao comportamento humano.

A existência das mesmas no R.'.E.'.A.' A.'.  tem um caráter instrutivo e educacional, que obedece  um propósito pedagógico específica à semelhança de outros símbolos e ferramentas.

As colunas zodiacais representadas no Templo são colunas da ordem jônica tendo, cada uma, sobre seu capitel, o pentaclo correspondente. 

O Pentaclo é a representação de cada signo com o planeta e o elemento que o caracteriza.

A título de conclusão desse breve capítulo, cumpre registrar que divididas em grupos de cada  três meses, essas colunas  representam as estações terrenas que simbolicamente se constituem nos ciclos da vida humana. 


novembro 28, 2023

VISITAS ILUSTRES EM MONGAGUÁ


 Ilustres visitas de ontem em casa:
Paulo Benevenute Tupan - Serenissimo Grão Mestre da GLOMARON e Presidente da CMSB, no centro, ao meu lado Flávio André Mota de Araújo - Venerável Mestre da ARLS VIRTUAL PRIMAZ LUX IN TENEBRIS N.47 da GLOMARON e Grande Secretário de Relações Exteriores da GLOMARON, na frente a esquerda Gilberto Gomes do Rego - Delegado do Grão-Mestre da 4aRegião e na frente a direita 
Francisco de Assis - Grande Secretário de Patrimônio. Assim paramentados aparecem ser sérios e sisudos mas por traz do talento e competência é uma turma muito divertida e é uma delícia ter passado algumas horas com eles em casa.

VISITA NA ARLS IDEAL E TRABALHO 150


 Nesta segunda-feira, dia 27, a comitiva liderada pelo Serenissimo Grão Mestre da GLOMARON, Grande Loja Maçônica do Estado de Rondonia, visitou em Praia Grande a ARLS Ideal e Trabalho 150. Ao final o ilustre visitante que também é presidente da Academia Maçônica Virtual Brasileira de Letras recebeu um diploma como homenagem e registro da visita das mãos do Venerável Mestre Antonio José de Oliveira, que aparece na foto com o Delegado Distrital irmão Adolfo Dominguez Miguez entregando o diploma ao SGM Paulo Benevenute Tupan.

novembro 27, 2023

O CASO DO ABACAXI


João trabalhava em uma empresa há muitos anos. Funcionário sério, dedicado, cumpridor de suas obrigações e, por isso mesmo, já com seus 20 anos de casa.

Um belo dia, ele procura o dono da empresa para fazer uma reclamação:

– Patrão, tenho trabalhado durante estes 20 anos em sua empresa com toda a dedicação, só que me sinto um tanto injustiçado. O Juca, que está conosco há somente três anos, está ganhando mais do que eu e foi promovido para um cargo superior ao meu.

– João, foi muito bom você vir aqui. Antes de tocarmos neste assunto, tenho um problema para resolver e gostaria de sua ajuda. Estou querendo dar frutas como sobremesa ao nosso pessoal após o almoço. Aqui na esquina tem uma quitanda. Por favor, vá até lá e verifique se eles têm abacaxi.

A contra gosto e até um tanto indignado pelo estranho pedido, o funcionário foi e voltou quase uma hora depois, pois havia aproveitado para fumar, tomar café na padaria da esquina e conversar com conhecidos que passavam.

Retornou e foi à sala do patrão:

– E aí João?

– Verifiquei como o senhor mandou. O moço tem abacaxi.

– E quanto custa?

– Isso eu não perguntei, não.

– Eles têm quantidade suficiente para atender a todos os funcionários?

– Isso também eu não perguntei.

– Há alguma outra fruta que possa substituir o abacaxi?

– Não sei, não…

– Muito bem, João. Sente-se nesta cadeira e aguarde um pouco.

O patrão pegou o telefone e mandou chamar Juca. Deu a ele a mesma orientação que dera a João:

– Juca, estou querendo dar frutas como sobremesa ao nosso pessoal após o almoço. Aqui na esquina tem uma quitanda. Vá até lá e verifique se eles têm abacaxi, por favor.

Juca partiu para cumprir a missão e, em oito minutos, voltou.

– E então? Indagou o patrão.

– Eles têm abacaxi, sim, e em quantidade suficiente para o nosso pessoal. Se o senhor preferir tem também laranja, banana e mamão. O abacaxi custa R$1,50 cada, a banana e o mamão são R$1,00 o quilo, e a laranja R$20,00 o cento. Mas como eu disse que a compra seria grande, eles me deram 15% de desconto. Aí, aproveitei e já deixei reservado. Conforme o senhor decidir, volto lá e confirmo – explicou Juca.

Agradecendo as informações o patrão dispensou-o. Voltou-se para João que permanecia sentado ali e perguntou-lhe:

– João, o que era mesmo que você estava me dizendo?

– Nada sério, não, patrão. Esqueça. Com licença.

E João deixou a sala.


Moral da história: Hoje, se quisermos ir mais longe, não podemos nos acomodar. 

Não se acomode. Tenha paixão! Agarre toda a tarefa com unhas e dentes e faça o melhor possível. Não esqueça: não há tarefa chata; chato é não ter tarefas.

T R É G U A - Newton Agrella

Há determinados momentos em que o mais plausível é pedir trégua a nós mesmos.

Os questionamentos vão se tornando irrepresáveis, a intolerância vai ganhando contornos intraduzíveis, e a vontade de acertar começa a se tornar um fardo...

Nunca foi tão desagradável ter que recorrer com tamanha frequência ao Dicionário para tentar entender o significado das coisas.  

Especialmente para as quais julgávamos ter uma plena compreensão a respeito.

A política do óbvio deve ter ganho novas interpretações, posto que nem tudo o que vemos a olho nu, necessariamente enxergamos.

Verbos ganham novos significados, substantivos ostentam novos gêneros, adjetivos há muito que tem se pautado pela circunstância dos acontecimentos e o pensamento de algum modo  vai deixando de ser o guardião da razão.

O hoje, o ontem e o amanhã já não são literalmente reféns do tempo.  

Afinal de contas, o tempo é uma mera expressão das horas, cujos ponteiros seguem o movimento de nossos desejos...

Sim, devemos dar uma trégua a nós mesmos. 

Precisamos rever conceitos e perceber pouco a pouco que quem precisa mudar somos nós.

Dar murro em ponta de faca dói muito e nos mantém estáticos.

A beleza da vida está nos movimentos, na Arte de ponderar e de conviver com as adversidades.

Ninguém rigorosamente é senhor de si.  

Somos apenas uma micro-partícula do Universo, parte de um todo e de um nada,   cujo maior bem de que dispomos é o da nossa transitória capacidade de discernir.


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novembro 26, 2023

A REALIDADE É CRIADA PELO OBSERVADOR - Raimundo Brandão



Considerando esta ideia, para que ela se torne realmente verdade, é preciso um observador para criar a realidade.

Eu sou um observador, você é um observador, as pessoas ao seu redor são observadoras. E a realidade de cada indivíduo é o resultado da mistura dessas observações que fazem parte de nós. 

Dessa forma, se eu consigo ver apenas tristeza, pobreza, dor, desconfiança, insegurança, impossibilidade, a minha existência, minha realidade concreta será construída em cima desses elementos. 

Todas as pessoas ao seu redor influenciam no resultado do seu comportamento, pois elas são observadores e observadas. 

Quer mudar, então vá para um ambiente rico.


O QUE VIESTE FAZER - Adilson Zotovici




O que vieste livre pedreiro

Contemplado com tal tesouro

Fazeres no probo canteiro

Essa a pergunta de ouro


Da tua resposta obreiro

Que posta enfim, desde calouro

Definirás o teu roteiro

Fugirás assim, dum desdouro


Pelo progresso duradouro

Estudares o tempo inteiro

Eis o processo alvissareiro


E Mestre, levar por derradeiro

Conhecimento imorredouro

Que o intento, ao irmão vindouro !


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novembro 25, 2023

HOMENAGEM A ADEMAR VALSECHI - Denizart Silveira de Oliveira Filho

Importância da Música e do Mestre de Harmonia na Maçonaria

A Música, uma das sete artes liberais, possui papel significativo na Maçonaria, fornecendo contexto emocional, espiritual e simbólico para as cerimônias e rituais maçônicos. O Mestre de Harmonia é o Oficial da Loja responsável por coordenar e dirigir o ministério da música e embelezar as sessões maçônicas com belas e inspiradoras peças musicais. A Lira, um dos mais antigos instrumentos musicais, símbolo universal da música, é sua Joia. 

A importância da Música e do Mestre de Harmonia na Maçonaria pode ser observada nos seguintes aspectos:

(1) A música pode criar uma atmosfera solene, reflexiva e inspiradora durante as cerimônias maçônicas. Bem escolhida e coordenada, ela ajuda a estabelecer um clima adequado para a reflexão e concentração dos maçons durante as sessões, facilitando a absorção dos seus ensinamentos e a harmonia entre os membros da Loja. 

(2) Durante os rituais e cerimônias, músicas adequadas devem ser tocadas para acompanhar ou reforçar a mensagem simbólica e emocional transmitida. Isso pode incluir hinos, marchas, cânticos ou outras peças musicais apropriadas para cada momento ritualístico específico. 

(3) A música tem o poder de tocar as emoções e elevar o espírito. Ela pode ser usada para inspirar, elevar e motivar os maçons, proporcionando um significado mais profundo às experiências rituais.  4) Certas músicas têm sido parte integrante da tradição maçônica por muitos anos e são passadas de geração em geração, ajudando a manter a continuidade e o respeito pela história da Maçonaria.

Alguns músicos e compositores famosos, como Mozart, Bach, Sibelius, Haydn, Beethoven, Liszt, e os brasileiros Carlos Gomes, Lamartine Babo, Pixinguinha, Luiz Gonzaga, Villa-Lobos, Francisco Mignone, entre outros, foram Maçons ou tiveram forte conexão com a Maçonaria, deixando-nos obras imortais, que refletem sua visão maçônica do mundo. Exemplo marcante é o Hino Oficial da Maçonaria Brasileira, cuja letra é atribuída à Otaviano Bastos, embora sem comprovação, mas sua música é comprovadamente de autoria do Imperador D. Pedro I.

Entre nós, temos a honra e o orgulho de termos nosso Irmão Ademar Valsechi, que tem nos brindado, neste Grupo da AMVBL, com excelentes peças musicais, explicando-as e sugerindo-as como adequadas à diversas cerimônias maçônicas. 

O Irmão Valsechi, apesar de seu intenso trabalho como Oftalmologista, encontra tempo para desenvolver projetos literários/culturais, inclusive de teor maçônico. Seu interesse e amor pela música, desde jovem, o levou a pesquisar e escrever um livro sobre o tema: “A História da Música através dos tempos”. Outros de seus Livros são: “Dr. Enigmático” e “Viagens espaciais”, explorando a área da ficção. Valsechi foi também Presidente da Academia Catarinense Maçônica de Letras por dois mandatos, e Secretário de Cultura da Grande Loja de Santa Catarina (GLSC).

Por tudo isso, dedico este “BOA NOITE IRMÃOS!”, ao nosso querido irmão e confrade Ademar Valsechi.

10 MANDAMENTOS ÉTICOS DO MAÇOM


1) Respeitar todas as autoridades maçônicas legalmente constituídas, não atacando, por quaisquer meios, de forma pessoal, os irmãos ocupantes dos cargos de autoridade no exercício dos respectivos mandatos. (Sabe-se que o ataque ao ocupante de cargo de autoridade, além de atingir pessoalmente o irmão que ocupa o cargo, atinge também o corpo da própria Instituição que este representa, promovendo o enfraquecimento conceitual da mesma).

2) Não promover a veiculação de matérias, editoriais, ou reportagens em qualquer tipo de informativos, impressos, ou em meio digital, sobre qualquer assunto que envolva juízo de valor sobre a atuação de um ou mais irmãos sem a devida manifestação daquele ou daqueles que possam se sentir atingidos, demonstrando, na mesma proporção e no mesmo momento, no caso de posições divergentes, todas as posições existentes sobre o assunto. (Não mostrar os “dois lados da moeda”, além de injusto, não contribui para o desenvolvimento de opiniões sobre qualquer tipo de assunto, logo, se existem posições divergentes, estas devem ser apresentadas concomitantemente, e quando não o são, a própria legislação pátria já consagra o Direito de Resposta, assim, em uma irmandade, é indispensável que, antes de se expressar qualquer opinião sobre a conduta ou fatos envolvendo um irmão, que este irmão também tenha a possibilidade de demonstrar, ao mesmo tempo, sua posição de forma a que todos possam conhecer todas as versões sobre os fatos).

3) Não se utilizar, nunca, do anonimato para dirigir qualquer tipo de ataque pessoal contra qualquer irmão. (Já proibido pela Constituição do GOB, o anonimato, é arma do covarde, que sequer assume a sua identidade de responsável pelo que pensa e diz, não dando chance de qualquer tipo de contraditório ou defesa para o irmão que foi atacado, sendo uma conduta inadmissível entre irmãos).

4) Não se dirigir, nunca, de forma ríspida, deselegante ou deseducada a um irmão, ofendendo-o direta ou indiretamente. (Além da penalidade maçônica específica para esta conduta, a educação e o trato fraterno entre irmãos são condições essenciais para a boa convivência em nossa Ordem).

5) Não promover qualquer tipo de brincadeira, chacota, ou atuação de caráter pejorativo, direta ou indiretamente contra qualquer irmão. (O que para muitos pode parecer inofensivo, pode, para o atingido, ser motivo de grande sofrimento, gerando desconforto e desunião).

6) Não propagar ou repetir qualquer informação, ainda que verbalmente, que envolva a pessoa ou a atuação de um irmão sem que este tenha conhecimento de tal divulgação e que a tenha autorizado. (A popularmente conhecida “fofoca” somente traz discórdia e muita vezes informações falsas que nada contribuem para a edificação dos irmãos envolvidos, estando, na maioria das vezes, baseadas em inverdades propositalmente criadas para denegrir a honra e a reputação de um irmão).

7) Não se considerar, ou se apresentar como superior ou onisciente por conta de qualquer grau maçônico, simbólico ou filosófico alcançado, inferiorizando os que até lá ainda não chegaram. (A igualdade é um de nossos princípios, os graus maçônicos alcançados merecem o devido respeito, mas não autorizam, de forma nenhuma, a que um irmão se julgue superior a outro, por já os ter alcançado).

8) Não considerar, nunca, qualquer irmão, responsável por qualquer delito maçônico, até que as autoridades judiciárias maçônicas, determinem, em última instância, a eventual condenação do irmão envolvido. (O Poder Judiciário Maçônico é o poder competente para apurar e julgar crimes e delitos maçônicos, cominando as devidas penas, não devendo qualquer irmão fazer juízo de valor prévio sobre fatos ou sobre a conduta que eventualmente entender delituosa por parte de qualquer irmão).

9) Não discutir, anunciar ou propagar qualquer assunto discutido ou fato ocorrido em Loja, fora dela. (Tal divulgação, proibida em toda a legislação maçônica e também nos rituais, não deve ser, em hipótese nenhuma, descumprida, devendo os assuntos da Loja, ficarem circunscritos aos membros da mesma, presentes nas sessões onde foram discutidos ou onde ocorreram os respectivos fatos).

10) Não desrespeitar, ou envolver em qualquer comentário pejorativo, direta ou indiretamente, qualquer membro da família de um irmão. (A família do irmão é a extensão do mesmo, logo, pela valorização da mesma, preconizada sempre pela Maçonaria, e pelo respeito ao âmbito particular e privado do irmão, sua família deve ser sempre resguardada de qualquer ataque, ou comentário pejorativo).

(Autor desconhecido)

BENDITO AMOR - Roberto Ribeiro Reis


Ó, amor! Como tens te ausentado do mundo! Como tens pulsado, fracamente, quase que sucumbindo, ante este mundo sem rumo, sem norte e sem o mínimo de sorte!

Em teu lugar, o ódio, o rancor, a vingança, o ciúme e uma parentela de sentimentos vulgares têm despontado nas principais paradas da rádio da vida. Quanta desdita os homens têm suportado, única e exclusivamente, por se furtarem aos teus benfazejos encantos!

Quiséramos nós, pensadores da Arte Real, que tua presença se fizesse uma constante no coração de cada ser vivente, desde o mais grosseiro e rudimentar, ao mais sutil e intelectualizado possível. Quão bom seria viver sob os teus auspícios, tendo como divisa maior o “amor incondicional”, comportando e agindo com o próximo como se conosco estivéssemos lidando.

Pode soar até utópico, mais ainda idealizamos o dia no qual resplandecerás em glória entre nós, reles mortais, ocasião em que  hás de te apresentar como o amor que sobeja, o amor que excede em misericórdia divina, e que se infundirá no coração de todos nós, açambarcando a nossa alma, e imolando todo o rosário de imperfeiçoes que ainda teime em assistir em nós.

Quando sentires que sejamos merecedores de tal graça, sentiremos com os olhos d’alma que não mais precisaremos de templos físicos para nos reunir – como sempre nos foi ensinado pelo Mestre Maior – mas que será necessário tão-somente o trabalho incansável de edificação de nosso Templo Interior, local sagrado onde o Pai clama por morada.

Sentarás conosco, todos os dias pela manhã, auxiliando-nos a reverenciar as belezas da vida, e nos ensinando a praticarmos contigo o exercício salutar e vivificante da gratidão. Em ti, Sublime Amor, poderemos sentir a inefável presença do Criador, exaltando e contemplando toda a maravilha da criação.

Assim, sabedores de que o mundo padece em chamas de ignorância e profundos tsunamis de intolerância (de todos os matizes), a ti suplicamos a visita, urgente e inadiável, ao seio de nossa terra, pois esta já não suporta tantas atrocidades e sandices. Envia-nos, juntamente contigo, teus ministros e guardiões, enquanto ainda há tempo, ó Grande Amor!

Que tua filosofia possa nos ensinar a sermos mansos e pacíficos; que teu magistério possa reverberar a Luz Infinita em nossas vidas; que tua bênção recaia sobre nós, feito o Amor do Pai Maior, que sempre nos educa e perdoa.

Que a Sublime Ordem possa ser um espaço apropriado, a fim de que falemos e ajamos em teu nome, de sorte que a egrégora ali formada possa ser um pequeno reflexo de todo o potencial divino que há em ti, Bendito Amor!



novembro 24, 2023

É POR APROXIMAÇÃO ? - Roberto Ribeiro Reis


Saindo de uma livraria, por esses dias, fiz uma simples reflexão. Na hora de passar pelo caixa, a funcionária perguntou-me de que forma seria o pagamento, ao que informei a ela que seria via cartão. Ela então me questionou: “é por aproximação, senhor?”. Percebi que, dessa inovação trazida pela tecnologia, encontrava-me distante, digamos que um tanto quanto “não aproximado”.

Percebi também que as pessoas não estão mais tão aproximadas quanto antes, e que a velocidade com a qual os dias têm passado, e o acúmulo de afazeres tem as tornado isoladas socialmente, cada vez mais.

Uma agonia pungente tomou-me por completo. Pensei alto, pois me lembrei que é por aproximação que as pessoas se apaixonam, de maneira arrebatadora; é por aproximação que grandes casais se conhecem, amam-se, gerando a filhos e formando famílias maravilhosas!

E nesse mundo de hoje – o do distanciamento social – onde os aparelhos celulares têm sido, muitas das vezes, o único companheiro das pessoas, constatamos aflitos e preocupados que a aproximação tem se tornado um comportamento obsoleto e desnecessário entre miríades de miríades de pessoas.

Em virtude do afastamento das pessoas das atividades do seio social é que as clínicas psiquiátricas têm crescido exponencialmente, e a indústria farmacêutica vive o seu clímax. É por causa dessa desaproximação que as pessoas têm se tornado mais tóxicas, mais beligerantes, mais intolerantes, menos sociáveis, menos empáticas, e o ser humano crer não necessitar mais do outro.

Ter contato com as pessoas, retirar um bom tempo para conversar – sem as intromissões tecnológicas – fazer mais conexões à base de abraços e de contato físico, tudo isso é fundamental para o nosso desenvolvimento biopsicossocial. A partir do momento em que prezarmos por isso, os remédios darão lugar aos jantares, as consultas médicas darão lugares aos passeios, os telefones darão lugar às flores.

Foi por aproximação com os Irmãos que me foi concedida a dádiva de receber a Luz; é pela aproximação com estes que minha família ganhou novos membros; será pela aproximação entre as nações e os povos que o mundo poderá se tornar um lugar pleno de amor e paz.

É por aproximação do Obreiro com o Arquiteto que a obra tende a ser completa. Necessitamos dessa Conexão Maior, a fim de que possamos nos orientar e, num trabalho de construção contínua, auxiliarmos ao nosso próximo em sua orientação. 

O isolamento não nos permite a evolução, em hipótese alguma.

Fomos criados para interagirmos, e não será vivendo ensimesmados ou presos nas gaiolas de nossas emoções que alcançaremos o esplendor da Glória Divina. Aproximemo-nos, com toda a confiança, do Trono da Graça do Supremo Arquiteto do Universo!




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LANDMARKS - Princípios Básicos - Newton Agrella



Os Landmarks são os marcos de limite, os fundamentos que constituem os "princípios gerais" da Maçonaria.

Existem desde tempos imemoriais, sob a forma de usos e costumes.

Foram compilados e transcritos e são reconhecidos, respeitados e obedecidos pela grande maioria dos maçons em todo o mundo.

Não é por acaso que os Landmarks mantêm-se perenes até os nossos dias, uma vez que  trazem consigo um elevado conteúdo histórico, simbólico e alegórico, que por si só, se adequam, se traduzem e se interpretam filosoficamente na cronologia maçônica. 

Portanto, não devem ou tampouco precisam ser alterados, reconfigurados ou reescritos.

Assim como, por exemplo não se modificam ou se alteram orações e preces como "O Pai Nosso", a "Ave Maria" ou rezas do judaísmo, do islamismo ou mesmo os mantras do budismo, cujas essências se perpetuam em face de seu caráter interior, íntimo e de elevado valor esotérico.

Este mesmo critério se aplica aos Landmarks Maçônicos.

Cabe registrar que estamos nos referindo a uma instituição antes de tudo, "filosófica e iniciática" e que se pauta pela tradição como um de seus pilares mais relevantes.

Filosofia não se sujeita a modismos.

A Maçonaria que se pratica no mundo é a Maçonaria Moderna, cuja filosofia possui um caráter especulativo.

Inovação é uma outra vertente. 

Inovar significa mudar. 

Alterar os Landmarks equivale a querer reinventar a roda, a pólvora ou o papel. 

São inócuas tentativas de caráter pessoal e de pura vaidade e diletantismo de alguns que pretendem deixar seu nome ou sua marca como registro de seus arroubos de inquietude e pseudo-indignação.

Aliás para jovens e talentosos escritores maçons como Kennyo Ismail por exemplo - que tem uma moderna e consistente visão sobre a Sublime Ordem -  em seu site "NO ESQUADRO" escreve:

"...A Maçonaria em geral entende que esses princípios são atributos que compõem a Maçonaria e, na ausência de um ou mais desses, não se trata mais de Maçonaria. "

Assim sendo, os Landmarks, imutáveis, tem por objetivo garantir a perpetuidade da Sublime Ordem, deixando-a evoluir enquanto mantém a sua essência imaculada..."

Imprescindível ter em mente que NÃO  é a Maçonaria que tem que se adaptar aos novos tempos, mas sim, os seus membros, que quando foram iniciados  prestaram um solene e legítimo juramento ou compromisso perante a Sublime Ordem de obedecerem a todas as suas regras, princípios regulamentos e Constituição.



novembro 23, 2023

COMO NASCERAM OS RITUAIS MAÇONICOS

        



        A maior parte do nosso conhecimento inicial sobre o ritual maçônico tem como fonte a literatura antimaçônica (exposições) divulgada na Inglaterra e na França. O primeiro ritual foi provavelmente uma simples cerimônia de admissão, que se desenvolvia em dois graus, por volta da época em que a primeira Grande Loja da Inglaterra foi formada em 1717, e mais tarde em um sistema de três graus. Essas primeiras cerimônias eram realizadas principalmente na forma catequética e evidentemente eram mais breves e menos estruturadas do que as cerimônias posteriores. O ritual inicial também tinha conteúdo cristão - de fato, a primeira Grande Loja se reuniu no dia de São João (24 de junho).

       Devido à maneira como o Ofício se desenvolveu desde muito cedo, havia uma considerável diversidade de práticas na Inglaterra de uma regiãodo país para outra, e particularmente entre as lojas das duas grandes lojas rivais, a Premier e a Grande Loja dos Antigos. Para preparar o caminho para a união dessas duas Grandes Lojas, foi formada em 1809 uma Loja de Promulgação sob a Premier Grande Loja (ou Modernos) para examinar os rituais e fazer recomendações.

    Após a união das duas Grandes Lojas em 1813, foi fundada a Loja da Reconciliação para concluir a racionalização do ritual em uma forma aceitável para ambas as partes da então recém-constituída Grande Loja Unida da Inglaterra. O trabalho da Loja de Reconciliação entre 1813 e 1816 incluiu demonstrações das cerimônias de abertura e encerramento, dos juramentos e das perambulações. Provavelmente foi também quando a maioria das referências cristãs foram removidas.

      Sua outra função principal  era demonstrar o ritual unificado. Os representantes das Lojas de Londres e das Províncias foram convidados a participar das demonstrações especiais organizadas pelos experts da Loja da Reconciliação, que completaram seu trabalho em 1816. Ficou proibido imprimir o ritual ou mesmo produzir manuscritos, de modo que a comunicação do trabalho às diversas Lojas dependia fortemente da capacidade, para não mencionar da memória, dos participantes das demonstrações. Sua tarefa era então de instruir seus próprios membros nas práticas aprovadas. 

        Foi somente em 1835 que o primeiro livro do ritual regular foi publicado na Inglaterra por George Claret. Isso é algo surpreendente, porque naquela época a impressão do ritual ainda era rigorosamente reprovada pela Grande Loja, e vários autores posteriores foram firmemente advertidos por tais transgressões.

        No final do século XIX e no século XX, surgiu um número crescente de rituais. Hoje, na Inglaterra, existem cerca de 40 rituais publicados e várias centenas de trabalhos menores, alguns exclusivos de determinadas Lojas. O Emulação é o mais utilizado. Alguns rituais são praticados em certas Províncias, como o Oxford Working e o Sussex Working, e muitos outros são populares em determinadas áreas geográficas. Com exceção de algumas Lojas em Bristol e no Norte da Inglaterra, que conservam mais das práticas anteriores, o grau de variação entre os rituais é muito pequeno.

   A GLUI nunca reconheceu oficialmente nenhum trabalho de ritual em particular. As lojas são até hoje livres para ensinar e praticar o ritual que desejarem, desde que os marcos não sejam violados.

        Nos EUA, existem vários e diferentes rituais simbólicos em uso, geralmente exibindo apenas pequenas variações e, de uma maneira geral, são muito semelhantes com a Inglaterra. No entanto, de uma maneira muito curiosa, o visitante da Inglaterra que conhece seu ritual descobrirá que as versões americanas soam estranhamente antiquadas, repetitivas e de alguma forma mais antigas do que as usadas hoje na Inglaterra. Surpreendentemente, isto é verdade! Os Estados Unidos receberam seu ritual da Grã-Bretanha, mas é, de fato, mais antigo.

        O trabalho maçônico americano deve suas origens, inquestionavelmente, à Inglaterra, Escócia, Irlanda, mas a estabilização de seu ritual foi feita por um americano, Thomas Smith Webb, que, em 1797, publicou um livro sob o título de “Freemasons’ Monitor” ou “Illustrations of Freemasonry” (Monitor do Maçom ou Ilustrações da Maçonaria). O que aconteceu de fato foi que Webb pegou o livro Ilustrações da Maçonaria do Maçom inglês William Preston (que era quase uma bíblia para o Ofício inglês), manteve 64 páginas de trabalho intacto, palavra por palavra, recortou alguns itens menores, e reorganizou outros. Embora a contribuição escrita do próprio Webb tenha sido muito pouca, ele pode muito bem ser descrito como o pai do ritual Americano.

        Por esse motivo, é justo dizer que o ritual usado na América, embora tenha vindo da Grã-Bretanha, é realmente muito mais antigo do que o usado atualmente na Inglaterra, e não é meramente “antiquado”, mas também mais discursivo, em razão de suas Preleções serem muito mais explicativas do que as usadas na Inglaterra, especialmente no que tange ao significado simbólico de seus procedimentos. Com a criação do GLUE, o ritual na Inglaterra foi alterado, reduzido e polido (diziam alguns, quase irreconhecível), mas não nos EUA onde o preservaram.

        O material do ritual americano é essencialmente o mesmo que na Inglaterra e facilmente reconhecível. Os sinais e segredos são praticamente os mesmos, exceto que os Estados Unidos utilizam o sinal escocês para os Aprendizes. O segundo grau é mais elaborado e o terceiro é basicamente o mesmo, mas, como as lojas executam o drama como se fosse uma peça de teatro, tratando o candidato como se ele fosse realmente H.A., o resultado é ocasionalmente um tanto rude e assustador, especialmente naquelas lojas que se orgulham do realismo de sua atuação.

        Também é interessante a forma como a América salvaguarda seu ritual. Na Inglaterra, a Grande Loja vê o ritual como um “assunto doméstico”, ou seja, a maioria dos Irmãos em qualquer Loja pode decidir com que versão de ritual irá trabalhar e, a menos que a Loja seja culpada de alguma violação grave, a Grande Loja não interferirá. Nos EUA ocorre o inverso. Cada Grande Loja prescreve o ritual que suas Lojas devem trabalhar, e geralmente a Grande Loja imprime e publica também as partes “monitoriais” ou explicativas dos rituais. Algumas Grandes Lojas também publicam o ritual esotérico, em código ou cifra, mas isso é proibido em outras. Além disso, para evitar inovações, as Grandes Lojas protegem suas formas de trabalho ritualístico mediante a nomeação de oficiais, chamados Grandes Conferencistas, cujo dever não é o de dar palestras, mas garantir que os grupos de lojas sob seus cuidados sigam o funcionamento oficial

Fonte:

http://goldenstatechapter.org/wpcontent/ uploads/2019/03/HOW_DID_MASONIC_RITUAL_COME_ABOUT.pdf

Livre tradução: Madruga