dezembro 11, 2023

OS DIÁCONOS - Fernando de Faria

 

Em termos meramente etimológicos, Diácono é o que se coloca a serviço de alguém, "aquele que serve". Genericamente todo cristão é um Diácono de Deus (servidor, ministro). Assim, Paulo, o Apóstolo, se autodenomina e a todos que servem a Deus ou a Cristo. Mencionam-se nas Sagradas Escrituras: "Timóteo, Ministro de Deus" (I Tessalonicenses 3:2); "Apolo e Paulo, Servos do Senhor" (I Coríntios 3:5); "Epafras, Ministro de Cristo" (Colossenses 1:5). Servo ou Ministro, em grego bíblico, apenas Diáconos.

Raramente no feminino, em linguagem arcaica o vocábulo diakonos ligava-se ao verdo diakoneõ – "trabalhar como criado, servir". Embora possa parecer palavra composta do prefixo dia = através – não há essa composição. Na realidade, origina-se do micênico kasikonos = "trabalhador, companheiro". Mais tarde, no grego clássico, teria o sentido de "servidor, mensageiro" e no grego helenístico, especializando-se, seria relacionado a "servidor de um Templo"

Na comunidade de Jerusalém, ainda no primeiro século cristão, o nome Diácono identificava um determinado cargo comunitário voltado ao atendimento das necessidades materiais dos membros da jovem igreja, como hoje, por analogia, mais ou menos se espera, em Lojas Maçônicas, que seja feito pelos hospitaleiros. Bem se sabe que, logo nos primeiros dias da Cristandade, devido a problemas específicos, eis que a distribuição de bens e cuidados não se fazia de modo eficiente, foi necessária uma separação, distinguindo-se o Ministério da Palavra. Coube aos Diáconos, então instruídos, uma segunda função, de caráter caritativo ou assistencial, de atendimento às viúvas, órfãos e enfermos. Diziam os Apóstolos: "Não é razoável que abandonemos a palavra de Deus para servir às mesas" (Atos, 6:2). O primeiro mártir, Estevão, foi um Diácono – alguém que servia os próprios irmãos.

Na Igreja posterior, primeiro no Oriente e, a partir do século V, também no Ocidente, tem-se notícia das diaconisas: mulheres incumbidas de instruir e batizar outras mulheres. Em Roma, o Diácono veio e instituiu-se em uma espécie de Segundo Grau, abaixo dos Padres ou Presbíteros. Nas denominações evangélicas há Diáconos e Diaconisas, genericamente incumbidos da assistência aos Irmãos.

Os britânicos constituem-se em excelente fonte de estudos. Possuem documentos antigos e deram forma e consistência à Maçonaria que praticamos. A Grande Loja, The Premier Grand Lodge, organizada em Londres (1717), é o ponto obrigatório de passagem na história da Maçonaria em todas as partes do mundo. As velhas Lojas de Operários medievais não deixariam sucessores, caso não fosse criada a Grande Loja londrina, historicamente a primeira Obediência. Depois a ideia difundiu-se pelo Continente Europeu: França, Itália, Alemanha, Espanha, Portugal. Foi à América. Criou-se, inclusive, uma área latina, sob predominância cultural francesa, que viria a se constituir em origem da Maçonaria no Brasil, mas as raízes deste movimento moderno estão em seio inglês. Por isso é útil o exame dos Rituais ingleses.

A Grande Loja de Londres, ao ser fundada em 1717, não adotava Diáconos. Por certo, segundo evidências de que nos fala Harry Mendoza e nos fornece detalhes Harry Carr, o cargo existiria na Most Ancient.

BEBA MAIS ÁGUA - Dr. José Rocha Conceição


 Médico diretor técnico de clínicas do Hospital das Clínicas. 

Sério, competentíssimo e por isso muito respeitado, Arnaldo Lichtenstein, explica:

“Toda vez que ensino medicina clínica para estudantes de medicina do quarto ano, faço a seguinte pergunta:

"Quais são as causas da confusão mental em pessoas idosas?"

Alguns respondem: "Tumores na cabeça".

Eu respondo: Não!

Outros sugerem: "Os primeiros sintomas da doença de Alzheimer".

Eu respondo novamente: Não!

Com qualquer rejeição de suas respostas, eles ficam frustrados.

E ficam de queixo caído quando noto a causa mais comum:

Desidratação

Pode parecer uma piada; mas não, este último motivo não é suspeito e extremamente importante.

Pessoas com mais de 60 anos geralmente param de sentir sede e como resultado, param de beber líquidos.

Quando ninguém está por perto para lembrá-los de beber líquidos, eles secam rapidamente.

Desidratação severa e afeta todo o corpo. 

Pode causar fraqueza muscular, fadiga, falta de motivação, confusão mental súbita, diminuição da pressão arterial, aumento da frequência cardíaca, angina (dor no peito). 

Em casos muito extremos, coma e até morte.

Esse hábito de esquecer de beber líquidos começa aos 60 anos, quando temos pouco mais de 50% da água que precisamos ter em nosso corpo. Pessoas com mais de 60 anos têm um reservatório de água mais baixo. 

Faz parte do processo natural de envelhecimento. 

Mas há mais complicações. 

Embora estejam desidratados, eles não sentem vontade de beber água porque seus mecanismos internos de equilíbrio não funcionam particularmente bem.

Resumo:

As pessoas com mais de 60 anos secam facilmente, não apenas porque têm menos água; Mas também porque não sentem a falta de água no corpo. 

Embora as pessoas com mais de 60 anos possam parecer saudáveis, realizar reações e funções químicas pode ser prejudicial para todo o corpo.

Então aqui vão dois alertas:

1) Adquira o hábito de beber líquidos. Os líquidos incluem água, sucos, chá, água de coco, leite vegano, sopas e frutas ricas em água, como melancia, morango, melão e abacaxi; 

A laranja e a tangerina também funcionam.

O importante é que a cada duas horas, você precisa beber alguns líquidos.

Lembre-se disso!

2) Alerta aos familiares: ofereça constantemente líquidos a pessoas com mais de 60 anos. 

Ao mesmo tempo, observe-os.

Se você achar que eles repelem fluidos e ficam irritáveis, com falta de ar ou desatentos durante a noite, esses são quase certamente sintomas recorrentes de desidratação.

Você está inspirado a beber mais água agora?

Envie esta informação para outras pessoas.

Faça isso agora! Seus amigos e familiares precisam saber por si mesmos e ajudá-los a serem mais saudáveis e felizes! 

É bom compartilhar com pessoas com mais de 60 anos.

LIBERDADE DE ESCOLHA - Roberto Ribeiro Reias


Desde os primórdios da criação, quis o Eterno que o homem experenciasse a liberdade de escolha ou livre-arbítrio. Não por acaso, no jardim do Éden, advertiu a Adão e à Eva que poderiam provar dos frutos ali existentes, à exceção daquele contido na árvore do conhecimento do bem e do mal.

Caso o Criador de Todas as Coisas fosse um déspota ou ditador, poderia sim ter interferido no processo de decisão de seus filhos; todavia, acredita-se piamente que, naquele momento, fora oportunizado ao homem talvez aquilo que seja considerado o seu maior patrimônio: o poder de decidir a sua vida, a liberdade para que se enveredasse ou não por determinado caminho.

Isso é o que nos diferencia dos demais seres criados, os quais são submetidos às leis da natureza e criados por Deus, cumprindo, assim, Sua Vontade. Essa liberdade é a que nos capacita ascender aos mais elevados planos espirituais, mas que, de igual sorte, pode nos levar aos mais profundos abismos do fracasso individual e coletivo.

A finalidade precípua – e divina- da Criação foi conceber um ser que reconhecesse a existência de Deus enquanto Senhor do Universo, permitindo a essa criatura a possibilidade de se aproximar de seu Criador, obedecendo Sua Vontade, ou de afastar-se dEle. A espinha dorsal disso tudo é o que conhecemos por livre-arbítrio ou liberdade de escolha.

A magnificência do Arquiteto Maior, quando de nossa “concepção”, possibilitou-nos a condição de seres livres para vivenciarmos o caminho ao Seu Lado, desfrutando todo o resplendor e glória naquele estado (plano) de consciência chamado Jardim do Éden.

Lado outro, o casal primordial não hesitou uma vez sequer, e tão logo submetidos ao primeiro –e fatal- desafio, sucumbiram, feito nós temos sucumbido há várias gerações. O casal, no passado, feito nós, no presente, não resistiu à astúcia e à sedução da serpente, que os persuadiu e os concitou à desobediência, sob o argumento de que poderiam se tornar feito Deus.

Desde a nossa queda, narrada no livro de gênesis, temos buscado o nosso reencontro com o Eterno; sabemos que o mal e a mortalidade foram em nós introjetados, e para que novamente ascendamos, teremos de travar uma constante luta conosco mesmos. Esse processo demanda tempo e a imolação de um sem número de paixões e vícios, os nossos maiores algozes.

Enquanto descendentes do primeiro homem, nosso objetivo é alcançarmos a glória da imortalidade, a fim de que, redimidos e aperfeiçoados, sejamos merecedores de provarmos o fruto (não proibido) da árvore da vida. A liberdade de escolha continua sendo nossa...



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dezembro 10, 2023

COMO A ÁGUA - Adilson Zotovici




Vê na água abençoada

O valor, conhecimento, 

Para que seja empregada 

Com amor, desprendimento 


Vez que semente plantada,

A neófito, num momento, 

Carece ser bem regada 

E aparece o crescimento 


Se no canteiro  amparada

Viça o desenvolvimento 

Que do obreiro a caminhada 


Robusta planta o fomento 

Augusta colheita ansiada

Que encanta o firmamento ! 



A MAÇONARIA EXPOSTA



Estava lendo "O livro Completo dos Maçons: Desvendando os Segredos da Antiga e Misteriosa Sociedade chamada Maçonaria", quando me deparei com uma interessante alusão à exposição dos segredos da Maçonaria, conforme segue abaixo, para reflexão dos irmãos:

Virtualmente, todos os “segredos” da Maçonaria foram revelados em determinados momentos da História. Diversos trabalhos foram publicados desde o século XVIII até hoje, todos prometendo revelar mais do que o anterior. A internet está cheia de sites dedicados a expor cada vez mais a propalada natureza secreta da Maçonaria. 

Isso causou pouco dano prático à Irmandade Maçônica e, ao contrário, muito dessa publicidade promoveu e esclareceu as filosofias e as intenções dos maçons.

No mundo ocidental, os Maçons não fazem segredo de sua filiação com a Fraternidade. Lojas Maçônicas estão nas listas telefônicas e na internet, e suas atividades são divulgadas e intensamente promovidas. Muitas Lojas Maçônicas são “pilares” de suas comunidades e refletem notável saber arquitetônico. Broches, anéis, prendedores de gravata e outros distintivos da Ordem estão disponíveis pelo mundo afora. 

Os maçons constituem uma força perfeitamente visível em suas respectivas jurisdições e, invariavelmente, ostentam muito orgulho por pertencerem à Ordem.

A tradição de cumprimentos especiais, senhas e sinais dos Graus Maçônicos continua até hoje. Seria isso necessário na sociedade moderna? Provavelmente não. Mas é a continuação de uma longa tradição que identifica rapidamente outros maçons e que mantém o senso de camaradagem e amizade.

Para ser realista, essa parafernália de símbolos é tão perigosa ou secreta como a tradição de colocar símbolos e imagens gráficas nas portas dos banheiros para identificá-los.

(Barb Karg & John K. Young, in O livro Completo dos Maçons: Desvendando os Segredos da Antiga e Misteriosa Sociedade chamada Maçonaria, São Paulo: Madras, 2008, págs. 181/182).

CONHECER A SI MESMO

 


Um sofista se aproximou de Tales de Mileto, um dos Sete Sábios da Grécia Antiga, e intentou confundi-lo com as perguntas mais difíceis. Porém o Sábio de Mileto esteve à altura da prova porque respondeu a todas as perguntas sem a menor vacilação e assim mesmo com a maior exatidão. 

 

1 - Qual é a coisa mais antiga? 

- Deus, porque sempre tem existido. 

2 - Qual é a coisa mais formosa? 

- O Universo, porque é obra de Deus. 

3 - Qual é a maior de todas as coisas? 

- O Espaço, porque contém todo o Criador. 

4 - Qual é a coisa mais constante? 

- A esperança, porque permanece no homem depois que haja perdido todo o mais. 

5 - Qual é a melhor de todas as coisas? 

- A Virtude, porque sem ela não existe nada de bom. 

6 - Qual é a mais rápida de todas as coisas? 

- O Pensamento, porque em um instante vai até o fim do Universo. 

7 - Qual é a mais forte de todas as coisas? 

- A Necessidade, porque faz com que o homem enfrente todos os perigos da vida. 

8 - Qual é a mais fácil de todas as coisas? 

- Dar conselhos. 

Porém, quando chegou à nona pergunta, nosso Sábio disse um paradoxo. Deu uma resposta que, estou seguro, não foi jamais entendida pelo mundano interlocutor, e que, para a maioria das pessoas terá um sentido superficial. A pergunta foi esta: 

9 - Qual é a mais difícil de todas as coisas? 

E o Sábio de Mileto replicou: 

- Conhecer a si mesmo."

A INSUSTENTÁVEL LEVEZA DA VAIDADE - Newton Agrella



Tanto se escreve e se fala a respeito da Vaidade, porém este é um dispositivo humano que parece não querer se desvencilhar da alma.

Apesar de sua natureza fugaz e transitória, ela se revela a cada pouco como um perigoso combustível  que assim como uma droga, ela vicia e produz um efeito devastador.

Pior que tudo isso, a vaidade tem a nociva propriedade de valorizar a nossa própria existência, seja no terreno da aparência, dos atributos físicos e das qualidades intelectuais.

A sensação mais vã que ela promove é a de que esses atributos e qualidades venham a ser reconhecidos e admirados pelos outros.

Apesar de que um dos lemas promulgados pela Maçonaria seja o de "levantar templos às virtudes e cavar masmorras aos vícios" a Vaidade tem se mostrado cada vez mais evidente e circunstante entre os maçons à medida que o tempo passa.

O apego despudorado ao poder,   aos elogios fáceis, aos títulos, homenagens e medalhas, tornaram-se lugares-comuns, ao invés do esforço e dedicação ao crescimento interior, espiritual e intelectual, conforme os princípios Maçônicos basilares.

A despeito das tradições litúrgicas e eloquentes que são componentes do acervo histórico e cultista da Sublime Ordem - e que sem dúvida devem ser preservadas - a importância que tem sido dada aos aspectos aparentais denotam a superficialidade a que a Vaidade conduz.

A expressão de orgulho do próprio sucesso ou da ostentação das próprias qualidades nada mais significam que um traço inequívoco de insegurança e de necessidade de autoafirmação.

Cavar masmorras à Vaidade é um exercício que exige despojamento da alma, desapossar-se e desapegar-se de tudo aquilo que tem um caráter vazio e fugaz.  

Aliás, a etimologia da palavra Vaidade é originária dos termos latinos "vanitas", "vanitatis" : cujo significado é nada mais do que "Vacuidade" (aquilo que se refere ou é próprio do vácuo) ou seja: VAZIO ABSOLUTO.

Isso portanto, traduz por si só o caráter singular desse substantivo.

Ao Maçom, impõe-se desenvolver e trabalhar continuamente o "autorreconhecimento",  conhecer-se a si mesmo.

Parafraseando o renomado pensador e escritor francês Honoré de Balzac: 

"...é melhor deixar a Vaidade aos que não tem outra coisa para exibir..."

Se de um lado ela é uma via expressa rumo à satisfação, concomitantemente é o terreno mais fértil para a desvirtude se desenvolver.

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dezembro 09, 2023

ISAAC NEWTON - Dr. PhD. João V. Assunção e Alfério Di Giaimo Neto CIM 196017


Isaac Newton, nascido em Woolsthorpe-by-Colsterworth, pequeno vilarejo na região centro-nordeste da Inglaterra, no condado de Lincolshire, a 4 de janeiro de 1643, foi sagrado Cavaleiro da Coroa britânica pela Rainha Ana, em abril de 1705. Não se casou ou teve filhos, e morreu em março de 1727, aos 84 anos. Seus estudos são sua maior herança para a humanidade. Estes continuam sendo aplicados e celebrados até hoje. Quando nasceu, seu pai havia falecido e sua mãe, após novo casamento, o deixou aos cuidados de sua avó. Dos 12 aos 15 anos frequentou a The King’s School, em Grantham. Era um estudante mediano. Sua mãe, após enviuvar pela segunda vez, passou a cuidar do filho e desejava que ele fosse agricultor, mas a pretensão dele era outra. Henry Stokes, professor da The King’s School conseguiu convencer sua mãe de que ele deveria seguir seus estudos e o trouxe de volta à escola. Permaneceu lá até os 18 anos, esforçou-se, terminando seus estudos com histórico escolar admirável. Em 1661 matriculou-se no Trinity College, da Universidade de Cambridge, como bolsista.

As aulas eram baseadas na doutrina aristotélica e ele complementou os estudos com os escritos de René Descartes, Nicolau Copérnico, Galileu Galilei e Johannes Kepler. Copérnico e Galileu operaram uma mudança de paradigma ao irem contra a astronomia ptolomaica, sob a resistência ferrenha da Igreja Católica. Em 1665, aos 22 anos, desenvolve o Teorema Binomial, Aí já revelava sua aptidão para os estudos matemáticos, pois desenvolveria posteriormente o Cálculo Infinitesimal, de fundamental importância na ciência. Em 1665 graduou-se como Bacharel em Artes e logo em seguida a escola fechou por causa da Grande Praga, epidemia de peste bubônica em Londres, que matou dezenas de milhares de pessoas. De 1665 a 1667 ele estudou na sua casa, na terra natal, por conta própria, quando desenvolveu sua teoria do Cálculo Infinitesimal, trabalhos em Ótica e Lei da Gravidade. Retornou a Cambridge como pesquisador do Trinity College. Aprofundou-se em estudos de geometria, seguindo os ensinamentos de René Descartes e se introduziu ao estudo de altas matemáticas. Isaac Barrow, professor em Cambridge, em 1669, ficou muito bem impressionado com um escrito de Newton sobre matemática pura. Logo depois, em 1670, Isaac Newton substituiu Barrow como professor. Estava Newton com 27 anos de idade. Newton realizou também vários trabalhos na área de ótica, por exemplo, em 1668 construiu o primeiro telescópio de reflexão (refletor de Newton). Alguns anos depois fez a descoberta de que a luz branca na realidade era uma junção de cores e poderia ser desmembrada num espectro de cores incidindo-a em um prisma de vidro.

Após estudar as Leis de Kepler sobre o movimento dos astros no universo, Newton desenvolveu seus estudos na área de movimento dos corpos (mecânica dos corpos) e publicou, em 1687, seu principal legado, “Princípios Matemáticos da Filosofia Natural” conhecido como Principia. Nesta publicação enunciou as três Leis da Mecânica (Lei da Inércia dos corpos, Lei da Força Resultante num corpo e Lei da Ação e Reação), de fundamental importância para entender o movimento dos corpos.

Desenvolveu também a Lei da Gravitação Universal. Para Newton, tempo e espaço são conceitos absolutos, diferentemente da teoria de Albert Einstein, onde tempo e espaço se modificam dependendo da condição do observador (Teoria da Relatividade).

Newton não explicou fisicamente como aparece a força atrativa que a Terra ou outros planetas exercem sobre a matéria que os rodeia, o que foi feito por Einstein, que considera a gravidade como resultado da curvatura do espaço-tempo ao redor dos corpos celestes.

Diz-se que a observação por Newton da queda de uma maçã de macieira existente em sua casa na sua terra natal foi o ponto de partida da sua lei da gravidade.

No caso da Terra, a força resultante que puxa os corpos em direção ao centro da Terra depende da massa do objeto e é proporcional à aceleração da gravidade (g). O produto da massa de um corpo pela aceleração da gravidade resulta no peso do corpo. A história da queda da maçã que inspirou Newton foi relatada em “Elementos da Filosofia de Newton”, escrito por Voltaire e publicado em 1738. Além dos estudos científicos, Newton se aventurou por várias outras áreas como a alquimia, a teologia e a cronologia. Seus escritos são mais extensos em teologia do que em ciência e com quantidade expressiva de trabalhos publicados em alquimia. Outro assunto em que atuou foi nos aspectos monetários.

Pensou ter isolado o mercúrio, que pode ter comprometido sua saúde.

Desenvolveu ideias consideradas heréticas à época. Seus textos alquímicos misturam conhecimento empírico com especulação filosófica, muitas vezes escondido atrás de jogo de palavras, alegorias, e imagens para proteger segredos. Era amigo de Robert Boyle filósofo natural, químico e físico irlandês que se destacou pelos seus trabalhos no âmbito da física e química e é considerado um dos pais da Química.

A Bíblia e textos budistas e hinduístas mencionam a chamada “pedra filosofal”, e alquimistas da Idade Média já a buscavam. Newton fez suas próprias tentativas no século 17. É o que revela o manuscrito recém-publicado, que tinha ficado por décadas em uma coleção particular. A Fundação do Patrimônio Químico (Chemical Heritage Foundation - CHF), dos EUA, comprou o material em um leilão e fez a divulgação. No documento, escrito em latim e inglês, Newton explica a receita do "mercúrio sófico" (ou mercúrio dos filósofos), substância chave no processo alquímico para produzir a tal pedra filosofal, instruções essas que Newton teria copiado de outro alquimista, o médico americano formado em Harvard, George Starkey após fazer anotações, corrigir e reescrever o texto original.

Refutava a Santíssima Trindade e a adoração a Cristo, considerando ser uma idolatria ao substituir Deus, considerado por Newton como o Mestre Criador cuja existência não poderia ser negada em face da grandeza de toda a criação. Era um criacionista. Vivia na ortodoxa Cambridge e seu mestre, Barrow, defendia a Trindade.

Portanto, não podia expor seus pontos de vista publicamente sob o risco de ser perseguido e até condenado.

Era um crente em Deus, reconheceu Cristo como mediador divino entre Deus e o homem, que era subordinado ao Pai que o criou, mas era crítico ferrenho da religião, em especial a católica, pois considerava que a Igreja deturpava os seus ensinamentos e a Bíblia. Traduziu parte da Bíblia diretamente do hebraico para evitar o viés de traduções sob a orientação da igreja católica.

A investigação teológica mais sistemática realizada por Newton foi em relação às profecias de Daniel e Apocalipse de São João. Ele considerava ter sido escolhido por Deus para oferecer uma explicação dos textos bíblicos para seus contemporâneos.

Analisou o caráter dos personagens do século IV, católicos romanos, a quem considerava terem trabalhado em nome do diabo e tinham pervertido a religião cristã.

Escreveu uma longa análise das dimensões do Templo de Salomão, uma tentativa de averiguar suas verdadeiras dimensões com base na descrição dada em Ezequiel 40-48. Era um grande admirador do Rei Salomão. Nas últimas três décadas de sua vida ele passou a estudar intensamente a verdadeira cronologia dos acontecimentos anteriores a Cristo. Seus estudos modificaram as datas de ocorrência de diversos fatos históricos antigos. Em 1728 publicou “A Cronologia Alterada de Reinos”. Procurava conciliar as datas judaicas e pagãs compatíveis. Datou a queda de Tróia em 904 aC, ou seja, 500 anos mais tarde do que outros estudiosos. Procurou provar que Salomão foi o primeiro rei do mundo, e que o seu templo o primeiro já construído, com todos os outros sendo copiados, começando com Sesostris I, do Egito (1908–1875 aC), seguido por outros.

Em 1672 foi eleito para a Academia de Ciências da Inglaterra (Royal Society), prestigiosa sociedade científica da Inglaterra e depois do Reino Unido, mas teve que negociar o pagamento das anuidades vindo a assumir formalmente em 1675, nesta prestigiosa academia, onde muitos dos seus membros são maçons e que foi o berço da maçonaria especulativa inglesa. Foi seu presidente por 24 anos, até sua morte em 1727. Um dos seus melhores amigos foi John Theophilus (ou Jean Theóphile) Desaguliers , filósofo natural francês, também membro da Academia de Ciências da Inglaterra, engenheiro e reverendo e Maçom.

Ele tinha estudado na Universidade Oxford, escola tão ou mais prestigiosa que a universidade de Cambridge, e depois popularizou as teorias de Newton e suas aplicações práticas em palestras públicas. Em 1714, Isaac Newton, então presidente da Royal Society, convidou Desaguliers para substituir Francis Hauksbee como demonstrador em reuniões semanais da Sociedade; ele foi logo feito um pesquisador (Fellow) da Royal Society. Desaguliers contribuiu com mais de 60 artigos para a revista Philosophical Transactions da Royal Society. Ele recebeu a prestigiosa Medalha Copley da Sociedade em 1734, 1736 e 1741. O seu último prêmio foi para o seu resumo do conhecimento atualizado sobre o fenômeno da eletricidade. Ele havia trabalhado nisso com Stephen Gray. Sua dissertação sobre eletricidade (1742), na qual ele cunhou os termos condutor e isolante, foi premiada com uma medalha de ouro pela Academia de Ciências de Bordeaux.

Como Maçom, Desaguliers foi fundamental para a criação da Primeira Grande Loja em Londres em 1717 e serviu como seu terceiro Grão Mestre. Desaguliers era tão ligado a Newton que o tornou padrinho do seu terceiro filho, a quem deu o nome de Jean Isaac, provavelmente em homenagem a Newton.

Não há registro de que Newton tenha sido iniciado na Maçonaria, mas toda esta ligação com Desaguliers, nome tão importante para a Maçonaria, e o fato de que era presidente de uma sociedade científica, onde vários outros membros vieram a fazer ou faziam parte da Maçonaria, nos remete à sua importância como influência para os princípios da Maçonaria uma vez que era um iluminista, tinha desenvolvido uma teoria que revolucionou a ciência. Não era ateu, mas de personalidade controversa e com opiniões religiosas claramente não ortodoxas à época, ao mesmo tempo em que suas pesquisas alquímicas e ligação com o hermetismo, talvez o fizesse não desejável para uma maçonaria organizada que nascia sob o berço da monarquia, apesar de que parlamentarista, mas com fortes ligações com a religião cristã.

Nasceu em plena guerra civil na Inglaterra (1641-1649), comandada por Oliver Cromwell, que derrubou a monarquia absolutista, na época comandada pelo rei Carlos I, mas viveu em uma Inglaterra onde a monarquia parlamentarista, agora sob o rei Jaime II, que adotou a liberdade de expressão (1689) e inaugurou o estado burguês. Além disso, não era casado, existe inclusive menção à sua virgindade e ligações homossexuais. Portanto, apesar de influenciar uma maçonaria especulativa nascente, que gritava pela liberdade de expressão, não seria de todo aceitável como membro de uma organização criada sob o manto da monarquia.




APRENDIZ - Aldy Carvalho









Trabalhei na Pedra Bruta

Em Loja de Perfeição

Sete degraus eu venci

Laborei com a razão

Usei do Esquadro, do Nível

Cúbica Pedra em ação.


E segui a caminhar

Vencendo mitos e o medo

Decifrei muitos mistérios

Sempre guardando segredo

Galgando novos degraus

Sem jamais vir a degredo.


É certo, sou aprendiz

Em busca da perfeição

Consagrando-me ao trabalho

Com Amor, Fé e Razão

Caminhos que trazem luz

Vencem toda escuridão.


Que assim possamos seguir

A vencer paixões e vícios.

Os sinais, toques, palavras

São pequenos exercícios

Para nos reconhecermos

Como Ir.´., sem sacrifícios.


QUE O  G.:  A.:  D.:  U.:, a todos nós, ilumine igualmente.


DECIFRA-ME OU TE DEVORAREI - Gustavo Velasquez




COMO SABER A VERACIDADE DO CONTIDO NOS LIVROS?

COMO SABER A CREDIBILIDADE DOS AUTORES DOS LIVROS?

COMO SABER A VERACIDADE DO CONTIDO NA NET?

COMO SABER A CREDIBILIDADE DOS AUTORES DOS TEXTOS DA NET.?

Marie Joseph Gabriel Antoine Jogand Pagès, também conhecido como Léo Taxil, enganou muita gente por um certo tempo, com seus depoimentos fidedignos, sobre nossa Ordem , fazendo que respeitáveis e honrados cidadãos da Sociedade, acreditassem piamente em seus textos.

A sociedade da época, interessada em saber a verdade que queria, acreditou piamente, fervorosamente , na inefabilidade de suas verdades.

Mas uma hora, forças ocultas fizeram a verdade virar inverdade

Pasmem bem, nem havia internet, nem santo google nessa época.

Há, naquela época também não havia sites especializados em analisar fake news e desmentir boatos da rede virtual.

Aproveitadores de plantão, ávidos por 30 moedas existiram, existem e existirão através dos tempos, seja em livros ou artigos da net.

Um livro é bom quando escrito por bons autores ?

Uma matéria da net é boa quando a fonte citada é conhecida?

Mas pergunto:

Quem avaliza esse ou aquele autor, essa ou aquela obra, esse ou aquele texto impresso em um livro ou na rede virtual net...

Será que a verdade de ontem será a de hoje..

Há quem acredite ainda que a terra e plana.

Há quem acredite que existem mais coisas entre o Céu e a terra, do que pode avaliar a nossa vã filosofia.

Há quem acredite em demônios com chifres seios fartos e patas de bode

Há quem acredite em um Deus de barbas e cabelos brancos.

há quem acredite que o os Maçons bebem o sangue de criancinhas e jovens virgens,

Deve ser por isso que o Espirito de Evelyn Beatrice Hall, se atormenta cada vez que lê a celebre frase:

“Posso não concordar com o que dizes, mas defenderei até a morte o direito que tem de dizer”

Essa frase seja em livros ou textos na rede virtual, é atribuída a nosso irmão François Marie Arouet, também denominado de Voltaire.

Antoine-Laurent de Lavoisier, já dizia:

“Na Natureza, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma"

Com as raras exceções de praxe, temos visto uma coletânea de livros e textos na net, com fontes citadas e autores conhecidos, que na verdade são coletâneas de uma colcha de retalhos de outros autores, pinçadas aqui e acolá,e autoproclamadas como suas.

Enfim, assim como é o ciclo da vida,

Nascer, viver e morrer, a caravana vai passando .

NAO ACREDITEIS EM TUDO QUANTO LEDES, PORQUE AQUELE QUE ACREDITA EM TUDO QUANTO LÊ, MUITAS VEZES ACREDITARÁ EM GRANDES INVERDADES .

ORAI E VIGIAI !!!

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dezembro 08, 2023

O NASCIMENTO DA MAÇONARIA OPERATIVA - Almir Sant'Anna Cruz


Excertos do livro A Franco-Maçonaria Simbólica e Iniciática de Jean Palou 

Numa época em que dominava a sacralização do mundo, cada ofício, além de suas técnicas, possuía ritos próprios ao seu desempenho, o que fazia de cada artífice um artista e iniciado. O ofício fazia parte de um plano sagrado e dava pleno sentido à determinação bíblica “Ganharás o seu pão com o suor de seu rosto”. Cada ofício tinha a sua iniciação própria, algo que permitia a cada pessoa receber uma influência espiritual, que fizesse do ofício não só um prolongamento obrigatório da mão, mas também uma projeção do ser, no sentido de uma realização espiritual. O ofício necessário à sobrevivência material era também necessário à transcendência do ser. 

Mesmo nos tempos primitivos, se o ofício sacralizado já pertencia ao domínio do esoterismo, a Iniciação, embora transmitisse uma influência espiritual, não concedia a todos uma realização espiritual total. Todos eram iniciados; a maior parte permanecia como tal; muito poucos eram eleitos. A iniciação se fazia por meio de ritos. Exprimia-se por meio de símbolos. 

A Iniciação, em suas formas, meios e objetivos, nas diferentes aplicações das técnicas peculiares a cada ofício, pela SABEDORIA que preside à elaboração lógica da Obra, pela FORÇA que possibilita sua realização, e pela BELEZA que proporciona o Amor, o Conhecimento, ajudava o artífice a se despojar do homem velho, para se tornar num novo homem, criador de objetivos e forjador de um novo mundo, finalmente harmonioso. 

Assim, se construíram pelo mundo afora igrejas, catedrais, monumentos, mansões opulentas ou casas humildes. A pedra escolhida, bem viva nas mãos do artífice qualificado para desbastá-la, integrada na construção pelos companheiros iniciados, sob a direção de um mestre de obra, no plano divino constituía uma e mesma coisa com a construção de cada edifício. Vagando pelos caminhos, pelas aldeias e vilas, os Companheiros, homens livres, sábios conhecedores do material, exercitados no seu uso, formavam pequenos grupos itinerantes. 

A FRANCO-MAÇONARIA TINHA NASCIDO. 

Por meio dela, por seus membros iniciados, os franco-maçons, a Europa Ocidental católica iria cobrir-se com catedrais, templos de um Deus único. Assim, os franco-maçons criaram os fechos de abóbadas das igrejas, “oculum”  do qual descia a luz divina. Quando os franco-maçons deixaram de construir as catedrais, continuaram a levantar monumentos civis ou religiosos. Quando suspenderam sua ação construtiva, nasceu a FRANCO-MAÇONARIA ESPECULATIVA.

CHANUKAH: FESTA DAS LUZES - Yosef Camilo Ben Elio

 Que essa luz chegue até vocês. Hoje na tradição judaica, comemoramos Chanukah: festa das luzes.



Chag Chanukah, também conhecido como Festival das Luzes, é uma festa alegre e significativa que comemora o milagre do óleo no Templo Sagrado em Jerusalém. É um momento em que nos reunimos como comunidade para celebrar a vitória dos Macabeus sobre os gregos e a rededicação do Templo.

A história de Chanukah é bem conhecida. Os gregos haviam profanado o Templo e proibido os judeus de praticarem sua religião. No entanto, um pequeno grupo de Macabeus corajosos e determinados lutou contra todas as probabilidades e recuperou o Templo. Quando entraram no Templo, encontraram apenas óleo suficiente para acender a menorá por um dia. Milagrosamente, o óleo durou oito dias, permitindo-lhes rededicar o Templo e celebrar o milagre.

Uma das principais lições que podemos aprender com a história de Chanukah é a importância da perseverança e da fé. Os Macabeus enfrentaram um inimigo poderoso e estavam em menor número, mas não desistiram. Eles lutaram pelo que acreditavam e estavam dispostos a sacrificar tudo por sua liberdade e pela capacidade de praticar sua religião.

Em nossas próprias vidas, muitas vezes enfrentamos desafios e obstáculos que podem parecer insuperáveis. É fácil perder a esperança e desistir quando confrontados com adversidades. No entanto, a história de Chanukah nos ensina que mesmo nos momentos mais sombrios, sempre há um brilho de luz. Devemos ter fé em nós mesmos e em um poder superior, sabendo que, com determinação e perseverança, podemos superar qualquer obstáculo.

Além disso, o milagre do óleo nos lembra do poder de pequenos atos de bondade e do impacto que eles podem ter. O pequeno frasco de óleo que durou oito dias simboliza o potencial de grandeza que existe dentro de cada um de nós. Podemos pensar que nossas ações são insignificantes, mas na realidade, elas podem ter um efeito profundo sobre aqueles ao nosso redor.

Durante Chanukah, acendemos a menorá para comemorar o milagre do óleo. A cada noite, adicionamos uma vela adicional, aumentando a luz e espalhando seu calor. Isso serve como um lembrete de que temos o poder de trazer luz ao mundo, dissipar a escuridão e trazer esperança para aqueles que precisam.

Ao celebrarmos Chanukah, lembremos das lições de perseverança, fé e do poder de pequenos atos de bondade. Vamos nos inspirar na coragem e determinação dos Macabeus e nos esforçar para trazer luz para a vida dos outros. Que este Festival das Luzes seja um momento de alegria, união e crescimento espiritual para todos nós. Chag Chanukah Sameach!

O VITRIOL E A BUSCA CONSTANTE PELO AUTOCONHECIMENTO - Murilo Silva



“Conheça-te a ti mesmo!” 

Esse aforismo grego que muitos atribuem ao filósofo Sócrates, outros a Tales de Mileto, Heráclito e até mesmo a Pitágoras vem nos revelar, enquanto seres pensantes e em constante estado de evolução, a importância que há para o homem em conhecer a si mesmo, a fim de que dessa forma busque o seu autoconhecimento, descobrindo e aprimorando suas potencialidades interiores, ocultas no mais íntimo do seu eu interior.

A maçonaria simbólica moderna, chamada de especulativa, buscando fazer com que os maçons iniciados em seus augustos mistérios se empenhem ao máximo na busca do conhecimento, através do desenvolvimento do autoconhecimento, adotou a sigla do V.I.T.R.I.O.L..

Termo atribuído ao monge beneditino e alquimista alemão Basile Valentin que significa "Visita Interiorem Terrae, Rectificando, Invenies Occultum Lapidem", ou seja, visita o centro da terra, retificando-te, encontrarás a pedra oculta.

Esta frase em latim, adotada pelos maçons do mundo inteiro, serve como elemento de provocação para que o homem renascido busque nos recônditos do seu ser a essência de sua alma humana, para que através dessa busca ele possa desenvolver capacidades e habilidades que somente os iniciados terão acesso.

O maçom, por ser um construtor social e a pedra bruta ser o objeto de seu contínuo e laborioso trabalho, tomou como representatividade de sua essência a pedra bruta que recebe o nome de pedra do sábio.

À medida que o maçom descobre a localização de sua pedra oculta, ele passa a trabalhar dedicadamente buscando o seu aprimoramento, aparando-lhe as arestas, burilando suas imperfeições de modo a lhe dar forma e contornos geométricos utilizando para isso as ferramentas indispensáveis ao labor do pedreiro livre.

Ao se visitar e se deparar com o seu próprio eu interior, o maçom encontrará suas imperfeições e terá que vencer suas paixões ignóbeis que atuam como obstáculos e percalços no curso do seu processo evolutivo.

A partir do momento que essas imperfeições forem sendo identificadas, o maçom deverá retificá-las de forma a transformar sua pedra bruta em pedra polida, ou pedra filosofal.

Este trabalho na pedra bruta é árduo, continuo e deve ser motivado através de sua própria vontade em se tornar um ser humano melhor em todos os aspectos possíveis.

O trabalho na pedra bruta encontra momentos difíceis no burilar os quais requerem maior atenção, força de vontade e zelo no emprego das técnicas que vão sendo aprendidas, desenvolvidas e aprimoradas ao longo do tempo na prática perene do ofício.

Embora não seja obrigatório este uso, é comum encontrar a inscrição do “VITRIOL” nas paredes das câmaras de reflexões, local onde um maçom está sendo gestado e se encontra compenetrado em seus próprios pensamentos aguardando o momento de receber a luz para uma nova vida onde buscará incessantemente se livrar dos vícios da vida profana que fora deixada para trás.   

O maçom operativo utilizava o maço e o cinzel como ferramentas para trabalhar a pedra bruta; com o advento da maçonaria moderna dos aceitos, essas ferramentas ganharam conotações simbólicas que, ao invés da utilização no lapidar da pedra bruta, o maçom moderno/especulativo passou a utilizar esses objetos com o fim de esculpir o seu caráter e erigir o seu edifício moral.

Portanto, a busca do maçom pelo conhecimento deve partir, primeiramente, da busca do conhecimento de si próprio para depois buscar o conhecimento externo.

A pedra do sábio deve ser trabalhada até que se torne pedra filosofal; dessa forma, todo o conhecimento passará por um filtro que permitirá ao obreiro da arte real perceber aquilo que melhor lhe será útil.

Como na alquimia que se acreditava poder converter metais comuns em ouro e prata, o conhecimento e o saber também têm essa capacidade de transformar o mundo a nossa volta por meio de boas ações e pelo comedimentos dos nossos atos que sempre devem ter por objetivo maior tornar feliz a humanidade através do aperfeiçoamento dos costumes ea busca constante pela verdade para a honra e glória do GADU.