dezembro 12, 2023

SIMBOLOGIA MAÇÔNICA - Newton Agrella


A Simbologia constitui-se na mais antiga das ciências.

Sua essência reside no estudo de sua origem, na interpretação e na arte de criar símbolos. 

As sociedades humanas dispõem de símbolos que expressam mitos, crenças, fatos, situações ou ideias, sendo umas das formas de representação da realidade.

No caso da Maçonaria, ela se vale da Simbologia como seu alicerce cultural, cuja missão é a de estudar, pesquisar e interpretar os símbolos dos maçons e traduzir as mensagens fechadas em cada uma de suas propriedades. 

Cabe destacar que o símbolo consiste na representação sensorial de uma ideia que registra um vínculo convencional e facultativo com o seu objeto.

Advinda da Maçonaria Operativa e dos pedreiros livres, o que hoje praticamos e denominamos Maçonaria Especulativa, tem sua estrutura simbólica inspirada nas ferramentas utilizadas pelos pedreiros, construtores, arquitetos, bem como de objetos que eram utilizados por outras corporações de ofício na Idade Média.

Estes símbolos acabaram sendo incorporados à Ordem.

Etimologicamente a palavra "símbolo" tem origem no grego *symbolon*  que designa um tipo de sinal em que o significante (realidade concreta) representa algo abstrato, invariavelmente por força de convenção, entendimento comum de uma maioria, seja por semelhança,  aproximação ou por contingência semântica.

Dentre os símbolos mais eloquentes da Maçonaria encontram-se : 

o Esquadro e o Compasso. 

A conjugação dos mesmos é uma representação simbólica da materialidade e da espiritualidade do homem.

Eles são uma referência dentre os elementos e técnicas empreendidas pelo pedreiros na Idade Média.

Sendo que o Compasso simboliza a busca pelo aperfeiçoamento ou do aprimoramento da consciência humana.

E o Esquadro simbolicamente demonstra a retidão e a ação do Homem sobre a matéria e da ação do Homem sobre si mesmo.

Outro símbolo de destaque é a própria letra "G" ,símbolo este, que ao longo do tempo tem merecido as mais diversas interpretações por parte de inúmeros autores. Sejam elas divinais, herméticas, distintivas ou da natureza que forem.

Contudo, o simbolismo contido nesta letra “G” diz de perto e se explica e se justifica com solidez argumentativa ao termo "Geometria" como a ciência maçônica, tendo em vista a base de estudo, conhecimento e prática do trabalho do maçom no que se refere às ferramentas metafóricamente empregadas no processo de construção na Arte Real.

Enfatizando ainda a natureza esotérica que faz parte do arquétipo maçônico, cabe lembrar que o “Olho que tudo vê”, é outro símbolo relevante que diz respeito ao 'Princípio Criador e Incriado" de tudo o que nos envolve, e que os maçons se referem como o "Grande Arquiteto do Universo".

Este fragmento visa contribuir para o entendimento de o que é a Simbologia dentro da Sublime Ordem e porque o Maçom deve se esmerar no seu estudo para poder desenvolver sua jornada de maneira mais consistente.



O MAÇOM CONSTRUTOR SOCIAL - Sidnei Godinho


Diante da Decisão sobre o futuro de uma Loja, cabe aos iniciados a reflexão que tanto se prega nas sessões:

..."A Razão há de sobrepujar a Emoção e os Sentidos”...

Para tal, a velha Dialética, ensinada com temperança e tolerância, é o Único meio para cada um bem decidir e continuar com sua consciência tranquila do dever cumprido

Debater posicionamentos antagônicos com educação e respeito ao divergente é, no mínimo, expressão de civilidade e demonstra a evolução social de seu Quadro de Obreiros. 

Lembrar sempre que neste impasse, como nos outros enfrentados em Loja, não existe o vencedor ou o vencido.

Existe a Tese, a Antítese e o Resumo e cada um depreende sua decisão conforme a racionalização que fez durante as discussões.

*Ninguém é senhor da verdade absoluta, pois somente é alcançada com a interação de todos.*

E nesta simbiose de pensamentos e opiniões, o "Bom Senso" precisa Reinar. 

Por vezes é necessário um recuo de uma das partes para proporcionar que o todo siga à frente, ou o impasse vai escravizar a ambos no mesmo lugar. 

No dia de hoje, na indecisão das mudanças do amanhã, se vai ser bom ou não, congrace o irmão ou não com a maioria dos seus naquele momento, ao menos o faça com a certeza de seu convencimento próprio do que seja o melhor para o todo.

Faça por consciência e não como mais um manipulado social, pois você foi Iniciado e como tal tem o dever de ser um elucidado e fazer a diferença.

Infelizmente, sendo a Loja a representação natural da sociedade, há ainda os poucos incautos que, mesmo tendo a Luz, insistem continuar insípidos quanto a importância de sua participação social. 

...”O Erro é consequência de uma Análise mal elaborada e faz parte da senóide que é o Processo Decisório. 

Mas Permanecer na Sombra pela indecisão é no mínimo comodismo ou falta de Bom Senso em não querer se aprofundar no conhecimento que pode libertar”...

Que possa o Grande Arquiteto Iluminar cada um e que suas decisões sejam as mais sábias para que a Loja cresça e seja Idônea e que as famílias possam bem usufruir do bem de nossas decisões. 

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PRA SER FELIZ BASTA SER BOM - Sidnei Godinho


Hoje li o depoimento de um Pai (Joan) ao parabenizar mais uma graduação do filho (Milon), a terceira, agora um Mestrado em Ciências Aeroespaciais. 

Aos 35 anos, o capitão aviador, filho do Cearense que, da enxada, labutou por também três graduações, traz na genética bem mais que a inteligência, traz o Amor e a Dedicação em tudo que faz. 

Mas, à parte o reconhecimento ao desempenho acadêmico, chamou-me à atenção o registro de uma lembrança do avô que lá do sertão sofrido dizia:

..."Para ser FELIZ, basta ser BOM"...

Ainda ontem pude bem comprovar a teoria ao reencontrar meus primeiros Comandantes e Amigos que me receberam em Dezembro de 1989, recém formado, iniciando minha carreira profissional. 

Hoje, decorridos 34 anos, já avô, posso afirmar que não foi apenas uma recepção e sim uma acolhida e que a Felicidade é um caminho da prática do Bem.

Na vida castrense a hierarquia e a Disciplina são pilares da instituição e naturalmente impõem certo distanciamento entre os cargos, similar ao que acontece numa empresa ou numa cabine de comando.

Contudo é o "Feeling" do Cmt que determina o que é a diferença da Disciplina Técnica do Respeito individual.

Abraçar meu primeiro Cmt. (TB Bastos) como se fosse meu Pai e dar boas risadas com o Cel. Melo Maia (meu primeiro Sub-Cmt) como se tivéssemos a mesma idade só reforçou o que disse o velho matuto do sertão:

..."Para ser FELIZ, basta ser BOM"...

Nascemos na inocência da pureza de Pensamentos e Desejos e, conforme o crescimento se dá, junto crescem as Paixões e Vontades.

É o limiar desta relação consigo mesmo que vai definir o erguer templos à virtude do bem estar ou o definhar nos vícios da mesquinhez e solidão.

Não é a riqueza dos bens ou a dita e buscada beleza da aparência que hão de proporcionar a satisfação pessoal.

Sentir-se parte de um todo, pertencer a uma família que lhe escolhe por QUEM você é e não pelo QUÊ você representa é a base para alcançar o reencontro da criança FELIZ que nasceu.

Não seja apenas Respeitado pelo QUÊ você representa, mas busque ser Admirado por QUEM você se tornou.

E, na dúvida, basta seguir as palavras do velhinho sertanejo que, na sua simplória formação, deixou o legado maior que o filho letrado e o neto já quase astronauta, deixou registrado o segredo para ser QUEM você quiser ser, basta apenas *SER BOM*.


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NOSSO CAMINHO NA ORDEM - Aldy Carvalho



“Vaidade, vaidade, tudo sob o céu é vaidade.”

“... Vaidade de vaidades! — diz o pregador, vaidade de vaidades! É tudo vaidade. Que vantagem tem o homem de todo o seu trabalho, que ele faz debaixo do sol?.” (Eclesiastes1: 2,3)


A Maçonaria é uma escola que nos ajuda a crescer.

Um pensador poeta já disse: “uma única vida não é suficiente para estirpar todo mal que nos sobra e para conquistarmos todo bem que nos falta.”

Precisamos nos livrar dos aspectos sombrios que habitam dentro de nós.

Muitos ainda vão nos hostilizar. O grau de hostilidade sobre nós, acredito, depende do que semearmos e onde cai essa semeadura, se no terreno dos invejosos, dos despeitados ou dos que compartilham e também buscam e espalham Luz.

A Maçonaria tem uma doutrina de conhecimento com o fim de produzir no homem  um comportamento tal que o faça ser o ser social modificador do seu meio, objetivando a felicidade humana pois assim diz um de seus corolários: Fazer feliz a humanidade. Na Maçonaria, ter o coração estreito é pior que intelecto curto. (grifo meu)

A filosofia Maçônica, pela sua metodologia é libertadora, aponta para o progresso humano, trabalha para a quebra das barreiras que nos impõe os vícios tais como o orgulho, a ignorância.

Fomos capazes, através de nosso representante mor, Adão, de ato presunçoso, descomunal   que diante do Criador, disse: “Vês, a mulher que me destes, deu-me do fruto proibido e inocente comi”. Ora, além de repreender o GADU, transferiu a culpa à companheira que lhe foi dada para completude de sua vida.

Daí para cá, transcorridos infindáveis gerações, ao longo da civilização, não obstante a capacidade de escolher o caminho das virtudes, o homem tem escorregado, negligenciado sua capacidade de elevação, inconsequentemente optando pelos vícios movido pelas paixões mundanas que lhes dão prazeres momentâneos e individuais. As crostas a desbastar só têm aumentado dificultando o caminho da plenitude harmônica do ser. Insistimos em beber do cálice cujo líquido nos cai doce na boca e repousa em nosso estômago amargo fel, causando-nos consequências degenerativas ao corpo e ao espírito.

Apesar das aptidões que nos fizeram ser convidados a fazer parte desse Corpo, chegamos aqui como meninos – Aprendizes, depois vamos ser adolescentes – Companheiros e, por fim, adultos – Mestres, absorvendo desde cedo em meninos os valores, os preceitos que um maçom, todo maçom deve buscar levar por toda sua vida, o de sendo livre e de bons costumes todo dia aprender e se melhorar, aprender de novo e seguir.  A Ordem não é então só para os esclarecidos pois que muitos esclarecidos da Ordem não levam a Ordem à ordem dos esclarecimentos que obtém e o verdadeiro mestre sabe que continua aprendiz porque aprende sempre e compartilha o que sabe num encontro de afeto.

O que nos torna humanos é olhar para o nosso irmão como tal. Vaidade e narcisismo não podem ter lugar na Ordem porque são a desordem da Ordem. Eis porque há muitos na Maçonaria que tanto envergonham a si mesmos quanto a Maçonaria e aos irmãos, porque aprendem, quando aprendem, de si e para si. Quem não compreende que o caminhar na Ordem é o da busca da felicidade humana, que inclui a individual, não compreendeu o caminho percorrido nem a lição passada no caminho. Sabedor de que o templo deve ser sagrado porque perfeito, não buscou construir seu templo no caminho da retidão, quando muito, buscou atalhos, atalhos que levam somente ao próprio desejo, que estava desde sempre alimentado.

Não é fácil o caminhar, porém, desviar-se do bom caminho é alta traição ao que foi jurado.

Se a Ordem é um caminho de evolução, de progresso humano, os que nela adentram com objetivos outros, certamente vão acabar lançando sobre a Ordem, que é obra perfeita, a mácula da imperfeição, da corrupção. Já disse o Cristo, grande avatar da humanidade: Ai do mundo por causa dos escândalos; porque é necessário que venham escândalos; mas ai do homem por quem o escândalo venha”. (Mateus 18: v. 6 a 11). 

  A Maçonaria é, sobretudo, para os que aceitam se elevar e assim auxiliar o semelhante, sendo exemplo, lhe dando a mão sem que necessário seja que este ou esta, aquele ou aquela seja membro da Ordem, que se preserva o direito de ser hermética para preservar a característica de instituição que não deve se contaminar, diluir, prostituir com as facilidades, vulgaridades do mundo profano e de deturpadores, usurpadores da causa humana.

A nossa vivência no mundo deve nos permitir construir dentro de nós uma consciência elevada de paz e progresso para ajudar a construir o progresso e a paz.

Que o G.`.A.`.D.`.U.`., a todos nós, ilumine igualmente.


                                          

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dezembro 11, 2023

OS DIÁCONOS - Fernando de Faria

 

Em termos meramente etimológicos, Diácono é o que se coloca a serviço de alguém, "aquele que serve". Genericamente todo cristão é um Diácono de Deus (servidor, ministro). Assim, Paulo, o Apóstolo, se autodenomina e a todos que servem a Deus ou a Cristo. Mencionam-se nas Sagradas Escrituras: "Timóteo, Ministro de Deus" (I Tessalonicenses 3:2); "Apolo e Paulo, Servos do Senhor" (I Coríntios 3:5); "Epafras, Ministro de Cristo" (Colossenses 1:5). Servo ou Ministro, em grego bíblico, apenas Diáconos.

Raramente no feminino, em linguagem arcaica o vocábulo diakonos ligava-se ao verdo diakoneõ – "trabalhar como criado, servir". Embora possa parecer palavra composta do prefixo dia = através – não há essa composição. Na realidade, origina-se do micênico kasikonos = "trabalhador, companheiro". Mais tarde, no grego clássico, teria o sentido de "servidor, mensageiro" e no grego helenístico, especializando-se, seria relacionado a "servidor de um Templo"

Na comunidade de Jerusalém, ainda no primeiro século cristão, o nome Diácono identificava um determinado cargo comunitário voltado ao atendimento das necessidades materiais dos membros da jovem igreja, como hoje, por analogia, mais ou menos se espera, em Lojas Maçônicas, que seja feito pelos hospitaleiros. Bem se sabe que, logo nos primeiros dias da Cristandade, devido a problemas específicos, eis que a distribuição de bens e cuidados não se fazia de modo eficiente, foi necessária uma separação, distinguindo-se o Ministério da Palavra. Coube aos Diáconos, então instruídos, uma segunda função, de caráter caritativo ou assistencial, de atendimento às viúvas, órfãos e enfermos. Diziam os Apóstolos: "Não é razoável que abandonemos a palavra de Deus para servir às mesas" (Atos, 6:2). O primeiro mártir, Estevão, foi um Diácono – alguém que servia os próprios irmãos.

Na Igreja posterior, primeiro no Oriente e, a partir do século V, também no Ocidente, tem-se notícia das diaconisas: mulheres incumbidas de instruir e batizar outras mulheres. Em Roma, o Diácono veio e instituiu-se em uma espécie de Segundo Grau, abaixo dos Padres ou Presbíteros. Nas denominações evangélicas há Diáconos e Diaconisas, genericamente incumbidos da assistência aos Irmãos.

Os britânicos constituem-se em excelente fonte de estudos. Possuem documentos antigos e deram forma e consistência à Maçonaria que praticamos. A Grande Loja, The Premier Grand Lodge, organizada em Londres (1717), é o ponto obrigatório de passagem na história da Maçonaria em todas as partes do mundo. As velhas Lojas de Operários medievais não deixariam sucessores, caso não fosse criada a Grande Loja londrina, historicamente a primeira Obediência. Depois a ideia difundiu-se pelo Continente Europeu: França, Itália, Alemanha, Espanha, Portugal. Foi à América. Criou-se, inclusive, uma área latina, sob predominância cultural francesa, que viria a se constituir em origem da Maçonaria no Brasil, mas as raízes deste movimento moderno estão em seio inglês. Por isso é útil o exame dos Rituais ingleses.

A Grande Loja de Londres, ao ser fundada em 1717, não adotava Diáconos. Por certo, segundo evidências de que nos fala Harry Mendoza e nos fornece detalhes Harry Carr, o cargo existiria na Most Ancient.

BEBA MAIS ÁGUA - Dr. José Rocha Conceição


 Médico diretor técnico de clínicas do Hospital das Clínicas. 

Sério, competentíssimo e por isso muito respeitado, Arnaldo Lichtenstein, explica:

“Toda vez que ensino medicina clínica para estudantes de medicina do quarto ano, faço a seguinte pergunta:

"Quais são as causas da confusão mental em pessoas idosas?"

Alguns respondem: "Tumores na cabeça".

Eu respondo: Não!

Outros sugerem: "Os primeiros sintomas da doença de Alzheimer".

Eu respondo novamente: Não!

Com qualquer rejeição de suas respostas, eles ficam frustrados.

E ficam de queixo caído quando noto a causa mais comum:

Desidratação

Pode parecer uma piada; mas não, este último motivo não é suspeito e extremamente importante.

Pessoas com mais de 60 anos geralmente param de sentir sede e como resultado, param de beber líquidos.

Quando ninguém está por perto para lembrá-los de beber líquidos, eles secam rapidamente.

Desidratação severa e afeta todo o corpo. 

Pode causar fraqueza muscular, fadiga, falta de motivação, confusão mental súbita, diminuição da pressão arterial, aumento da frequência cardíaca, angina (dor no peito). 

Em casos muito extremos, coma e até morte.

Esse hábito de esquecer de beber líquidos começa aos 60 anos, quando temos pouco mais de 50% da água que precisamos ter em nosso corpo. Pessoas com mais de 60 anos têm um reservatório de água mais baixo. 

Faz parte do processo natural de envelhecimento. 

Mas há mais complicações. 

Embora estejam desidratados, eles não sentem vontade de beber água porque seus mecanismos internos de equilíbrio não funcionam particularmente bem.

Resumo:

As pessoas com mais de 60 anos secam facilmente, não apenas porque têm menos água; Mas também porque não sentem a falta de água no corpo. 

Embora as pessoas com mais de 60 anos possam parecer saudáveis, realizar reações e funções químicas pode ser prejudicial para todo o corpo.

Então aqui vão dois alertas:

1) Adquira o hábito de beber líquidos. Os líquidos incluem água, sucos, chá, água de coco, leite vegano, sopas e frutas ricas em água, como melancia, morango, melão e abacaxi; 

A laranja e a tangerina também funcionam.

O importante é que a cada duas horas, você precisa beber alguns líquidos.

Lembre-se disso!

2) Alerta aos familiares: ofereça constantemente líquidos a pessoas com mais de 60 anos. 

Ao mesmo tempo, observe-os.

Se você achar que eles repelem fluidos e ficam irritáveis, com falta de ar ou desatentos durante a noite, esses são quase certamente sintomas recorrentes de desidratação.

Você está inspirado a beber mais água agora?

Envie esta informação para outras pessoas.

Faça isso agora! Seus amigos e familiares precisam saber por si mesmos e ajudá-los a serem mais saudáveis e felizes! 

É bom compartilhar com pessoas com mais de 60 anos.

LIBERDADE DE ESCOLHA - Roberto Ribeiro Reias


Desde os primórdios da criação, quis o Eterno que o homem experenciasse a liberdade de escolha ou livre-arbítrio. Não por acaso, no jardim do Éden, advertiu a Adão e à Eva que poderiam provar dos frutos ali existentes, à exceção daquele contido na árvore do conhecimento do bem e do mal.

Caso o Criador de Todas as Coisas fosse um déspota ou ditador, poderia sim ter interferido no processo de decisão de seus filhos; todavia, acredita-se piamente que, naquele momento, fora oportunizado ao homem talvez aquilo que seja considerado o seu maior patrimônio: o poder de decidir a sua vida, a liberdade para que se enveredasse ou não por determinado caminho.

Isso é o que nos diferencia dos demais seres criados, os quais são submetidos às leis da natureza e criados por Deus, cumprindo, assim, Sua Vontade. Essa liberdade é a que nos capacita ascender aos mais elevados planos espirituais, mas que, de igual sorte, pode nos levar aos mais profundos abismos do fracasso individual e coletivo.

A finalidade precípua – e divina- da Criação foi conceber um ser que reconhecesse a existência de Deus enquanto Senhor do Universo, permitindo a essa criatura a possibilidade de se aproximar de seu Criador, obedecendo Sua Vontade, ou de afastar-se dEle. A espinha dorsal disso tudo é o que conhecemos por livre-arbítrio ou liberdade de escolha.

A magnificência do Arquiteto Maior, quando de nossa “concepção”, possibilitou-nos a condição de seres livres para vivenciarmos o caminho ao Seu Lado, desfrutando todo o resplendor e glória naquele estado (plano) de consciência chamado Jardim do Éden.

Lado outro, o casal primordial não hesitou uma vez sequer, e tão logo submetidos ao primeiro –e fatal- desafio, sucumbiram, feito nós temos sucumbido há várias gerações. O casal, no passado, feito nós, no presente, não resistiu à astúcia e à sedução da serpente, que os persuadiu e os concitou à desobediência, sob o argumento de que poderiam se tornar feito Deus.

Desde a nossa queda, narrada no livro de gênesis, temos buscado o nosso reencontro com o Eterno; sabemos que o mal e a mortalidade foram em nós introjetados, e para que novamente ascendamos, teremos de travar uma constante luta conosco mesmos. Esse processo demanda tempo e a imolação de um sem número de paixões e vícios, os nossos maiores algozes.

Enquanto descendentes do primeiro homem, nosso objetivo é alcançarmos a glória da imortalidade, a fim de que, redimidos e aperfeiçoados, sejamos merecedores de provarmos o fruto (não proibido) da árvore da vida. A liberdade de escolha continua sendo nossa...



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dezembro 10, 2023

COMO A ÁGUA - Adilson Zotovici




Vê na água abençoada

O valor, conhecimento, 

Para que seja empregada 

Com amor, desprendimento 


Vez que semente plantada,

A neófito, num momento, 

Carece ser bem regada 

E aparece o crescimento 


Se no canteiro  amparada

Viça o desenvolvimento 

Que do obreiro a caminhada 


Robusta planta o fomento 

Augusta colheita ansiada

Que encanta o firmamento ! 



A MAÇONARIA EXPOSTA



Estava lendo "O livro Completo dos Maçons: Desvendando os Segredos da Antiga e Misteriosa Sociedade chamada Maçonaria", quando me deparei com uma interessante alusão à exposição dos segredos da Maçonaria, conforme segue abaixo, para reflexão dos irmãos:

Virtualmente, todos os “segredos” da Maçonaria foram revelados em determinados momentos da História. Diversos trabalhos foram publicados desde o século XVIII até hoje, todos prometendo revelar mais do que o anterior. A internet está cheia de sites dedicados a expor cada vez mais a propalada natureza secreta da Maçonaria. 

Isso causou pouco dano prático à Irmandade Maçônica e, ao contrário, muito dessa publicidade promoveu e esclareceu as filosofias e as intenções dos maçons.

No mundo ocidental, os Maçons não fazem segredo de sua filiação com a Fraternidade. Lojas Maçônicas estão nas listas telefônicas e na internet, e suas atividades são divulgadas e intensamente promovidas. Muitas Lojas Maçônicas são “pilares” de suas comunidades e refletem notável saber arquitetônico. Broches, anéis, prendedores de gravata e outros distintivos da Ordem estão disponíveis pelo mundo afora. 

Os maçons constituem uma força perfeitamente visível em suas respectivas jurisdições e, invariavelmente, ostentam muito orgulho por pertencerem à Ordem.

A tradição de cumprimentos especiais, senhas e sinais dos Graus Maçônicos continua até hoje. Seria isso necessário na sociedade moderna? Provavelmente não. Mas é a continuação de uma longa tradição que identifica rapidamente outros maçons e que mantém o senso de camaradagem e amizade.

Para ser realista, essa parafernália de símbolos é tão perigosa ou secreta como a tradição de colocar símbolos e imagens gráficas nas portas dos banheiros para identificá-los.

(Barb Karg & John K. Young, in O livro Completo dos Maçons: Desvendando os Segredos da Antiga e Misteriosa Sociedade chamada Maçonaria, São Paulo: Madras, 2008, págs. 181/182).

CONHECER A SI MESMO

 


Um sofista se aproximou de Tales de Mileto, um dos Sete Sábios da Grécia Antiga, e intentou confundi-lo com as perguntas mais difíceis. Porém o Sábio de Mileto esteve à altura da prova porque respondeu a todas as perguntas sem a menor vacilação e assim mesmo com a maior exatidão. 

 

1 - Qual é a coisa mais antiga? 

- Deus, porque sempre tem existido. 

2 - Qual é a coisa mais formosa? 

- O Universo, porque é obra de Deus. 

3 - Qual é a maior de todas as coisas? 

- O Espaço, porque contém todo o Criador. 

4 - Qual é a coisa mais constante? 

- A esperança, porque permanece no homem depois que haja perdido todo o mais. 

5 - Qual é a melhor de todas as coisas? 

- A Virtude, porque sem ela não existe nada de bom. 

6 - Qual é a mais rápida de todas as coisas? 

- O Pensamento, porque em um instante vai até o fim do Universo. 

7 - Qual é a mais forte de todas as coisas? 

- A Necessidade, porque faz com que o homem enfrente todos os perigos da vida. 

8 - Qual é a mais fácil de todas as coisas? 

- Dar conselhos. 

Porém, quando chegou à nona pergunta, nosso Sábio disse um paradoxo. Deu uma resposta que, estou seguro, não foi jamais entendida pelo mundano interlocutor, e que, para a maioria das pessoas terá um sentido superficial. A pergunta foi esta: 

9 - Qual é a mais difícil de todas as coisas? 

E o Sábio de Mileto replicou: 

- Conhecer a si mesmo."

A INSUSTENTÁVEL LEVEZA DA VAIDADE - Newton Agrella



Tanto se escreve e se fala a respeito da Vaidade, porém este é um dispositivo humano que parece não querer se desvencilhar da alma.

Apesar de sua natureza fugaz e transitória, ela se revela a cada pouco como um perigoso combustível  que assim como uma droga, ela vicia e produz um efeito devastador.

Pior que tudo isso, a vaidade tem a nociva propriedade de valorizar a nossa própria existência, seja no terreno da aparência, dos atributos físicos e das qualidades intelectuais.

A sensação mais vã que ela promove é a de que esses atributos e qualidades venham a ser reconhecidos e admirados pelos outros.

Apesar de que um dos lemas promulgados pela Maçonaria seja o de "levantar templos às virtudes e cavar masmorras aos vícios" a Vaidade tem se mostrado cada vez mais evidente e circunstante entre os maçons à medida que o tempo passa.

O apego despudorado ao poder,   aos elogios fáceis, aos títulos, homenagens e medalhas, tornaram-se lugares-comuns, ao invés do esforço e dedicação ao crescimento interior, espiritual e intelectual, conforme os princípios Maçônicos basilares.

A despeito das tradições litúrgicas e eloquentes que são componentes do acervo histórico e cultista da Sublime Ordem - e que sem dúvida devem ser preservadas - a importância que tem sido dada aos aspectos aparentais denotam a superficialidade a que a Vaidade conduz.

A expressão de orgulho do próprio sucesso ou da ostentação das próprias qualidades nada mais significam que um traço inequívoco de insegurança e de necessidade de autoafirmação.

Cavar masmorras à Vaidade é um exercício que exige despojamento da alma, desapossar-se e desapegar-se de tudo aquilo que tem um caráter vazio e fugaz.  

Aliás, a etimologia da palavra Vaidade é originária dos termos latinos "vanitas", "vanitatis" : cujo significado é nada mais do que "Vacuidade" (aquilo que se refere ou é próprio do vácuo) ou seja: VAZIO ABSOLUTO.

Isso portanto, traduz por si só o caráter singular desse substantivo.

Ao Maçom, impõe-se desenvolver e trabalhar continuamente o "autorreconhecimento",  conhecer-se a si mesmo.

Parafraseando o renomado pensador e escritor francês Honoré de Balzac: 

"...é melhor deixar a Vaidade aos que não tem outra coisa para exibir..."

Se de um lado ela é uma via expressa rumo à satisfação, concomitantemente é o terreno mais fértil para a desvirtude se desenvolver.

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dezembro 09, 2023

ISAAC NEWTON - Dr. PhD. João V. Assunção e Alfério Di Giaimo Neto CIM 196017


Isaac Newton, nascido em Woolsthorpe-by-Colsterworth, pequeno vilarejo na região centro-nordeste da Inglaterra, no condado de Lincolshire, a 4 de janeiro de 1643, foi sagrado Cavaleiro da Coroa britânica pela Rainha Ana, em abril de 1705. Não se casou ou teve filhos, e morreu em março de 1727, aos 84 anos. Seus estudos são sua maior herança para a humanidade. Estes continuam sendo aplicados e celebrados até hoje. Quando nasceu, seu pai havia falecido e sua mãe, após novo casamento, o deixou aos cuidados de sua avó. Dos 12 aos 15 anos frequentou a The King’s School, em Grantham. Era um estudante mediano. Sua mãe, após enviuvar pela segunda vez, passou a cuidar do filho e desejava que ele fosse agricultor, mas a pretensão dele era outra. Henry Stokes, professor da The King’s School conseguiu convencer sua mãe de que ele deveria seguir seus estudos e o trouxe de volta à escola. Permaneceu lá até os 18 anos, esforçou-se, terminando seus estudos com histórico escolar admirável. Em 1661 matriculou-se no Trinity College, da Universidade de Cambridge, como bolsista.

As aulas eram baseadas na doutrina aristotélica e ele complementou os estudos com os escritos de René Descartes, Nicolau Copérnico, Galileu Galilei e Johannes Kepler. Copérnico e Galileu operaram uma mudança de paradigma ao irem contra a astronomia ptolomaica, sob a resistência ferrenha da Igreja Católica. Em 1665, aos 22 anos, desenvolve o Teorema Binomial, Aí já revelava sua aptidão para os estudos matemáticos, pois desenvolveria posteriormente o Cálculo Infinitesimal, de fundamental importância na ciência. Em 1665 graduou-se como Bacharel em Artes e logo em seguida a escola fechou por causa da Grande Praga, epidemia de peste bubônica em Londres, que matou dezenas de milhares de pessoas. De 1665 a 1667 ele estudou na sua casa, na terra natal, por conta própria, quando desenvolveu sua teoria do Cálculo Infinitesimal, trabalhos em Ótica e Lei da Gravidade. Retornou a Cambridge como pesquisador do Trinity College. Aprofundou-se em estudos de geometria, seguindo os ensinamentos de René Descartes e se introduziu ao estudo de altas matemáticas. Isaac Barrow, professor em Cambridge, em 1669, ficou muito bem impressionado com um escrito de Newton sobre matemática pura. Logo depois, em 1670, Isaac Newton substituiu Barrow como professor. Estava Newton com 27 anos de idade. Newton realizou também vários trabalhos na área de ótica, por exemplo, em 1668 construiu o primeiro telescópio de reflexão (refletor de Newton). Alguns anos depois fez a descoberta de que a luz branca na realidade era uma junção de cores e poderia ser desmembrada num espectro de cores incidindo-a em um prisma de vidro.

Após estudar as Leis de Kepler sobre o movimento dos astros no universo, Newton desenvolveu seus estudos na área de movimento dos corpos (mecânica dos corpos) e publicou, em 1687, seu principal legado, “Princípios Matemáticos da Filosofia Natural” conhecido como Principia. Nesta publicação enunciou as três Leis da Mecânica (Lei da Inércia dos corpos, Lei da Força Resultante num corpo e Lei da Ação e Reação), de fundamental importância para entender o movimento dos corpos.

Desenvolveu também a Lei da Gravitação Universal. Para Newton, tempo e espaço são conceitos absolutos, diferentemente da teoria de Albert Einstein, onde tempo e espaço se modificam dependendo da condição do observador (Teoria da Relatividade).

Newton não explicou fisicamente como aparece a força atrativa que a Terra ou outros planetas exercem sobre a matéria que os rodeia, o que foi feito por Einstein, que considera a gravidade como resultado da curvatura do espaço-tempo ao redor dos corpos celestes.

Diz-se que a observação por Newton da queda de uma maçã de macieira existente em sua casa na sua terra natal foi o ponto de partida da sua lei da gravidade.

No caso da Terra, a força resultante que puxa os corpos em direção ao centro da Terra depende da massa do objeto e é proporcional à aceleração da gravidade (g). O produto da massa de um corpo pela aceleração da gravidade resulta no peso do corpo. A história da queda da maçã que inspirou Newton foi relatada em “Elementos da Filosofia de Newton”, escrito por Voltaire e publicado em 1738. Além dos estudos científicos, Newton se aventurou por várias outras áreas como a alquimia, a teologia e a cronologia. Seus escritos são mais extensos em teologia do que em ciência e com quantidade expressiva de trabalhos publicados em alquimia. Outro assunto em que atuou foi nos aspectos monetários.

Pensou ter isolado o mercúrio, que pode ter comprometido sua saúde.

Desenvolveu ideias consideradas heréticas à época. Seus textos alquímicos misturam conhecimento empírico com especulação filosófica, muitas vezes escondido atrás de jogo de palavras, alegorias, e imagens para proteger segredos. Era amigo de Robert Boyle filósofo natural, químico e físico irlandês que se destacou pelos seus trabalhos no âmbito da física e química e é considerado um dos pais da Química.

A Bíblia e textos budistas e hinduístas mencionam a chamada “pedra filosofal”, e alquimistas da Idade Média já a buscavam. Newton fez suas próprias tentativas no século 17. É o que revela o manuscrito recém-publicado, que tinha ficado por décadas em uma coleção particular. A Fundação do Patrimônio Químico (Chemical Heritage Foundation - CHF), dos EUA, comprou o material em um leilão e fez a divulgação. No documento, escrito em latim e inglês, Newton explica a receita do "mercúrio sófico" (ou mercúrio dos filósofos), substância chave no processo alquímico para produzir a tal pedra filosofal, instruções essas que Newton teria copiado de outro alquimista, o médico americano formado em Harvard, George Starkey após fazer anotações, corrigir e reescrever o texto original.

Refutava a Santíssima Trindade e a adoração a Cristo, considerando ser uma idolatria ao substituir Deus, considerado por Newton como o Mestre Criador cuja existência não poderia ser negada em face da grandeza de toda a criação. Era um criacionista. Vivia na ortodoxa Cambridge e seu mestre, Barrow, defendia a Trindade.

Portanto, não podia expor seus pontos de vista publicamente sob o risco de ser perseguido e até condenado.

Era um crente em Deus, reconheceu Cristo como mediador divino entre Deus e o homem, que era subordinado ao Pai que o criou, mas era crítico ferrenho da religião, em especial a católica, pois considerava que a Igreja deturpava os seus ensinamentos e a Bíblia. Traduziu parte da Bíblia diretamente do hebraico para evitar o viés de traduções sob a orientação da igreja católica.

A investigação teológica mais sistemática realizada por Newton foi em relação às profecias de Daniel e Apocalipse de São João. Ele considerava ter sido escolhido por Deus para oferecer uma explicação dos textos bíblicos para seus contemporâneos.

Analisou o caráter dos personagens do século IV, católicos romanos, a quem considerava terem trabalhado em nome do diabo e tinham pervertido a religião cristã.

Escreveu uma longa análise das dimensões do Templo de Salomão, uma tentativa de averiguar suas verdadeiras dimensões com base na descrição dada em Ezequiel 40-48. Era um grande admirador do Rei Salomão. Nas últimas três décadas de sua vida ele passou a estudar intensamente a verdadeira cronologia dos acontecimentos anteriores a Cristo. Seus estudos modificaram as datas de ocorrência de diversos fatos históricos antigos. Em 1728 publicou “A Cronologia Alterada de Reinos”. Procurava conciliar as datas judaicas e pagãs compatíveis. Datou a queda de Tróia em 904 aC, ou seja, 500 anos mais tarde do que outros estudiosos. Procurou provar que Salomão foi o primeiro rei do mundo, e que o seu templo o primeiro já construído, com todos os outros sendo copiados, começando com Sesostris I, do Egito (1908–1875 aC), seguido por outros.

Em 1672 foi eleito para a Academia de Ciências da Inglaterra (Royal Society), prestigiosa sociedade científica da Inglaterra e depois do Reino Unido, mas teve que negociar o pagamento das anuidades vindo a assumir formalmente em 1675, nesta prestigiosa academia, onde muitos dos seus membros são maçons e que foi o berço da maçonaria especulativa inglesa. Foi seu presidente por 24 anos, até sua morte em 1727. Um dos seus melhores amigos foi John Theophilus (ou Jean Theóphile) Desaguliers , filósofo natural francês, também membro da Academia de Ciências da Inglaterra, engenheiro e reverendo e Maçom.

Ele tinha estudado na Universidade Oxford, escola tão ou mais prestigiosa que a universidade de Cambridge, e depois popularizou as teorias de Newton e suas aplicações práticas em palestras públicas. Em 1714, Isaac Newton, então presidente da Royal Society, convidou Desaguliers para substituir Francis Hauksbee como demonstrador em reuniões semanais da Sociedade; ele foi logo feito um pesquisador (Fellow) da Royal Society. Desaguliers contribuiu com mais de 60 artigos para a revista Philosophical Transactions da Royal Society. Ele recebeu a prestigiosa Medalha Copley da Sociedade em 1734, 1736 e 1741. O seu último prêmio foi para o seu resumo do conhecimento atualizado sobre o fenômeno da eletricidade. Ele havia trabalhado nisso com Stephen Gray. Sua dissertação sobre eletricidade (1742), na qual ele cunhou os termos condutor e isolante, foi premiada com uma medalha de ouro pela Academia de Ciências de Bordeaux.

Como Maçom, Desaguliers foi fundamental para a criação da Primeira Grande Loja em Londres em 1717 e serviu como seu terceiro Grão Mestre. Desaguliers era tão ligado a Newton que o tornou padrinho do seu terceiro filho, a quem deu o nome de Jean Isaac, provavelmente em homenagem a Newton.

Não há registro de que Newton tenha sido iniciado na Maçonaria, mas toda esta ligação com Desaguliers, nome tão importante para a Maçonaria, e o fato de que era presidente de uma sociedade científica, onde vários outros membros vieram a fazer ou faziam parte da Maçonaria, nos remete à sua importância como influência para os princípios da Maçonaria uma vez que era um iluminista, tinha desenvolvido uma teoria que revolucionou a ciência. Não era ateu, mas de personalidade controversa e com opiniões religiosas claramente não ortodoxas à época, ao mesmo tempo em que suas pesquisas alquímicas e ligação com o hermetismo, talvez o fizesse não desejável para uma maçonaria organizada que nascia sob o berço da monarquia, apesar de que parlamentarista, mas com fortes ligações com a religião cristã.

Nasceu em plena guerra civil na Inglaterra (1641-1649), comandada por Oliver Cromwell, que derrubou a monarquia absolutista, na época comandada pelo rei Carlos I, mas viveu em uma Inglaterra onde a monarquia parlamentarista, agora sob o rei Jaime II, que adotou a liberdade de expressão (1689) e inaugurou o estado burguês. Além disso, não era casado, existe inclusive menção à sua virgindade e ligações homossexuais. Portanto, apesar de influenciar uma maçonaria especulativa nascente, que gritava pela liberdade de expressão, não seria de todo aceitável como membro de uma organização criada sob o manto da monarquia.




APRENDIZ - Aldy Carvalho









Trabalhei na Pedra Bruta

Em Loja de Perfeição

Sete degraus eu venci

Laborei com a razão

Usei do Esquadro, do Nível

Cúbica Pedra em ação.


E segui a caminhar

Vencendo mitos e o medo

Decifrei muitos mistérios

Sempre guardando segredo

Galgando novos degraus

Sem jamais vir a degredo.


É certo, sou aprendiz

Em busca da perfeição

Consagrando-me ao trabalho

Com Amor, Fé e Razão

Caminhos que trazem luz

Vencem toda escuridão.


Que assim possamos seguir

A vencer paixões e vícios.

Os sinais, toques, palavras

São pequenos exercícios

Para nos reconhecermos

Como Ir.´., sem sacrifícios.


QUE O  G.:  A.:  D.:  U.:, a todos nós, ilumine igualmente.