dezembro 13, 2023

O LUGAR DO APRENDIZ - Rui Bandeira




O local onde uma Loja maçônica se reúne é pelos maçons designado de Templo.

Dentro do Templo, e no decorrer de uma reunião de Loja, tudo existe segundo uma

ordem determinada e todos têm assento em locais definidos.


O sentido de ordem, a segurança que psicologicamente é transmitida a quem se

encontra num local ordenado, onde tudo e todos estão no seu lugar, ajudam à

criação de uma atmosfera de confiança, descontração e concentração que é

preciosa, quer para o bom desenrolar da sessão, quer para o conforto de todos,

quer para a predisposição para atender aos assuntos do espírito, deixando-se

efetivamente os metais à porta do Templo.


Como todos os outros obreiros, o Aprendiz tem o seu lugar determinado. Ou,

melhor dizendo, uma zona da sala destinada a que ele ali se coloque e assista a

tudo o que se passa. Esse lugar, essa zona, situa-se nas cadeiras traseiras do

lado Norte da sala.

O lado Norte aqui em causa é, como quase tudo em Maçonaria, simbólico. Pode,

portanto, corresponder ou não ao Norte geográfico. Normalmente, as salas onde

decorrem as reuniões de Lojas têm a forma retangular, com a entrada colocada num

dos lados mais pequenos. E quando não tem essa forma, utilizam-se os adereços

necessários para que o local onde decorre a reunião tenha essa disposição.

O lado onde se situa a entrada é, por convenção, designado de Ocidente. Logo, o

lado oposto, onde se coloca a Cadeira de Salomão, é o Oriente. A generalidade

dos obreiros toma assento nos lados direito e esquerdo da entrada. Convencionado

que está que a entrada se situa no Ocidente, o lado direito de quem entra é,

portanto, o Sul e o lado esquerdo de quem entra é o Norte.

Portanto, o Aprendiz toma assento na segunda fila do lado esquerdo de quem

entra. Como sempre, esta disposição tem um significado simbólico. Para ser

entendido, há que ter presente que a Maçonaria nasceu no hemisfério Norte. Neste

hemisfério, o que está situado a Norte é menos ensolarado, menos iluminado. Em

termos de Maçonaria, o Aprendiz ainda está na fase de transição da vida profana

para a vivência maçónica.

Está em processo de aprendizagem dos símbolos, dos princípios, da vivência, da

Maçonaria. Está no início do percurso que todos os maçons procuram fazer, do seu

aperfeiçoamento, da busca do Conhecimento do significado da Vida e da Morte, da

Criação, do Universo, do Material e do Imaterial. Está, como os maçons dizem, no

início do caminho para a Luz. O Sol nasce a Oriente. Simbolicamente a Luz que o

Maçom busca encontra-se a Oriente.

Daí que seja no lado que simboliza o Oriente que se encontra a Cadeira de

Salomão, onde toma assento o Venerável Mestre, que conduz a Loja e os seus

Obreiros na busca, individual e coletiva, do aperfeiçoamento e do Conhecimento,

na busca da Luz. O Conhecimento, para quem não está preparado, pode ser nefasto,

pode ser incompreendido ou mal compreendido e, logo, recusado, afastado,

distorcido. Portanto, o acesso à Luz deve ser gradual, em função da capacidade,

da preparação, do Caminhante. Consequentemente, aquele que está ainda menos

preparado, aquele que está ainda na fase inicial da sua Jornada, deve ser

protegido do excesso de Luz, para que nele se não torne nefasto o que deve ser


benfazejo. Assim, deve tomar assento na zona mais protegida da Luz, ou seja, no

Norte.

Quanto ao facto de tomar assento nas cadeiras traseiras, e não na primeira fila,

tal deve-se, quer ao facto de, quanto mais ao Norte estiver, mais protegido

estar da Luz em excesso, quer, muito mais prosaicamente, ao facto de o Aprendiz

ainda ter uma reduzida intervenção nos trabalhos e ser conveniente deixar a

primeira fila ser ocupada por quem pode intervir ou necessita de circular pela

sala...

Esta regra só tem uma exceção: no dia da Iniciação, finda a respectiva

Cerimônia, o novo Aprendiz toma assento, até ao final da sessão (e só nessa

sessão), na primeira fila do Norte. Também por uma razão muito prática: não faz

sentido ser colocado mais atrás, porventura obrigando outros obreiros a

desviarem-se para lhe dar passagem, para o que resta da sessão.

Dá muito mais jeito manter reservado um lugar na primeira fila que, a seu tempo,

será então ocupado pelo recém-iniciado. Afinal, depois do turbilhão de emoções

que constitui a Iniciação, sabe bem sentar-se pertinho, pertinho, no primeiro

lugar disponível e facilmente acessível...

A partir da sessão seguinte, e durante todo o tempo em que for Aprendiz, tomará,

então assento na zona que lhe está destinada, os assentos traseiros do lado

Norte. Protegido na sua zona, subtraído a movimentações, o Aprendiz está

sossegado, em plenas condições de se concentrar, de tudo observar, de tudo

apreender. Em Maçonaria, o Aprendiz é um Homem

13 DE DEZEMBRO - Joab Nascimento


I

Hoje é dia do marinheiro,

Do forró e Gonzagão,

É dia de Santa Luzia,

Protetora da visão,

Pedreiro e violinista,

Dia do ótico, oculista,

Que faz lente e armação.

II

Marinheiro é um herói,

Guardião do litoral,

Desbravando oceanos,

Enfrentando temporal,

Protege a soberania,

Por meio da diplomacia,

No meio internacional.

III

O nosso amado forró,

Tem xaxado, tem baião,

Tem xote e tem lambada,

Arrastapé e bailão,

Forrobodó e piseiro,

Todo povo brasileiro,

Vai bailando no salão.

IV

No dia 13 de dezembro,

Em Exu, ele nasceu,

Já tocando uma sanfona,

Dessa forma ele cresceu,

Foi um simples operário,

O filho de Januário,

Para o mundo apareceu.

V

Foi embora muito jovem,

Serviu Exército brasileiro,

Um soldado dedicado,

Excelente corneteiro,

Saiu da força armada,

Com a sua sanfona amada,

Chegou ao Rio de Janeiro.

VI

Nos bares e cabarés,

Começou se apresentar,

Chapéu de couro e gibão,

Ele passou a usar,

No mangue, vila mimosa,

Com a sua voz majestosa,

Não parava de cantar.

VII

Com a sua sanfona branca,

Mostrou o forró pro mundo,

Conquistou os cariocas,

Tocando no submundo,

Nosso grande sanfoneiro,

Do forró foi pioneiro,

Com o seu saber fecundo.

VIII

Foi autor da asa branca,

Hino do nosso nordeste,

Cantou todo sofrimento,

Que assola todo agreste,

Compôs acácia amarela,

Uma cantiga tão bela,

Sob abóboda celeste.

IX

O nosso Rei do Baião,

Nos deixou muita saudade,

Poliu a sua pedra bruta,

Usou da criatividade,

Esse dedicado irmão,

Levou seu acordeão,

Foi tocar na eternidade.

X

Deus salve nosso forró,

E proteja o Gonzagão,

Esse ilustre nordestino,

O precursor do baião,

Com asa branca, voou,

Para o Brasil só restou,

Toda nossa gratidão.


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PERCEPÇÕES E CORRELAÇÕES COM O MUNDO PROFANO - Cícero Braz


Instrução – ao que percebo esta será uma palavra permanente na vida maçônica. Estaremos sempre envoltos a ensinamentos, balizas, manuais, Landmarks e entre eles, uma forma de instrução velada, porém, de valor inestimado, de carácter prático, e que igual e juntamente com as outras ferramentas já citadas perfazem as instruções necessárias a construção do aprendiz Maçom. A referida forma é o reflexo das 3 luzes da nossa loja e também dos demais Irmãos. Cada um entregando aos demais, um exemplo de conduta compatível com os nossos Landmarks.

Quando começamos a nossa viagem na vida profana, deparamo-nos com a ignorância total, não sabemos andar e quando aprendemos vamos logo tropeçando, não contemos o nosso próprio corpo, a nossa fala não é clara como pensamos que seja, a visão é turva, indefinida, guiamo-nos pelas vozes que generosamente nos indicam um caminho, o qual confiamos e trilhamos com coragem, observamos um sorriso ou uma cara fechada que nos dirá se é hora de continuar ou de ficar parado, inerte ou quem sabe recuar.

A nossa jornada iniciática em Loja possui também inúmeros obstáculos, ruidosos, doloridos, difíceis de serem transpostos, além da ignorância absoluta, a ausência de luz tornaria a tarefa impossível, não fosse pelo apoio e a instrução que nos guarnece conduzindo-nos a vencer tais dificuldades e alcançar o desejado caminho da luz. E neste sentido faz-se novamente revelar a grandeza extrema dos valores da maçonaria, não aqueles que estão nos ritos e instruções, sem suprimir a sua serventia, mas os valores praticados, aqueles que deveriam no dia a dia mostrar-nos o caminho a seguir, as vozes das luzes que nos devem clarear o pensamento e servir como guia fiel.

“Homens livres e de bons costumes”, ao contrário do pretenso significado que a interpretação profana pode dar a essa expressão, ela é um fortíssimo requisito aos candidatos que se submetem ao desejo de ingressar na nossa ordem. Ser livre é bem mais do que não ser escravo, assim como bons costumes é bem mais do que ter um trato polido com quem se relaciona. Ser livre é poder exercer as suas convicções, orientadas por uma moral sã, significa poder dizer “não” quando o interlocutor gostaria de ouvir o “sim”, significa não se entregar aos desejos e paixões as quais podemos sentir- nos seduzidos no trabalho em loja ou nas nossas negociações profanas. Ser livre é vencer as nossas paixões e submeter as nossas vontades, com progresso e continuamente, evoluindo a cada idade alcançada.

Nascer para a Maçonaria despojado de metais, privado da visão, nem nu nem vestido, é uma provação que mostra a possibilidade de termos as nossas paixões vencidas bem como as nossas vontades submetidas, é uma amostra da plena força que temos, apesar de o flagrante tentar mostrar o contrário, assim como atravessar tempestades e caminhar ao som das armas inquietas de forma convicta e honrosa, é também uma prova de coragem e despojamento do próprio orgulho tão comum do homem profano. Orgulho este que atordoa e desorienta até nos colocar de joelhos novamente à prova diante das nossas paixões, do egoísmo das nossas vontades. Ao nos percebermos despojados de metais, colocamo-nos no mesmo patamar dos que não tem e precisam, situação comum, sobretudo num país em que muitos tem pouco e poucos tem tudo, um cliché, tanto quanto uma verdadeira chaga da sociedade.

Mas como encontrar um caminho, que seja justo e perfeito? Viajando. Desbravando a Terra, eis a instrução capaz de criar os alicerces para edificar a moral humana. Viajar do Ocidente ao Oriente percorrendo aquele caminho escabroso onde reina o caos a insegurança de um mundo desordenado, passional, marcado por excessos primitivos. Ao Sul, a primeira parada desta jornada, uma porta, onde ao ser atendido, concederam-me passagem. No segundo trecho da viagem, ainda sentindo um pouco do peso gerado por um ambiente também carregado e ruidoso, porém desta vez com um tom agudo tal qual pontas de espadas a me perseguir, riscando próximo a minha vida, soando suave como um alerta de presença, e por instantes mais intenso, instigando um possível combate, aquele necessário quando se busca o estado de equilíbrio. Já me distanciando, novamente uma porta, desta vez no Ocidente, onde percebi que boas intenções se aproximavam através da purificação pela água. Na terceira viagem a serenidade, a moderação das paixões características da idade madura. Mas ainda uma outra porta a qual finaliza com purificação através do fogo que me habilita a receber a luz da verdade. Após confirmar em alto e bom som a sinceridade dos meus votos, mostrar a coragem desejada e empenhar-me perseverantemente na busca da luz, entreguei-me ao julgo daqueles que poderiam me dar à luz da verdade. Então recebi através das espadas empunhadas na minha direção, os raios de luz que instantaneamente ofuscaram minha visão e me apresentam de forma moderada uma nova perspectiva de vida.

Finda a viagem, reconhecer sobre todas as coisas que ali estamos por crer numa verdade comum, faço a ligação definitiva com um juramento e a consagração. Juramento do qual não há traço de arrependimento, e que se renova em loja a cada dia trabalhado, agora já paramentado, com o avental, tal qual todos os demais IIr∴, para nunca esquecer o motivo que aqui nos traz, o trabalho incessante na busca do aperfeiçoamento da humanidade, o trabalho que permitirá manter-nos neste caminho distinto, tranquilo e belo, característico de lugares tomados pela disciplina e ordem, sinalizado pela moral.

Para todas as coisas existentes entre o céu e a terra, além dos homens, os mais complexos certamente, uma infindável quantidade de símbolos, o Sol, a Lua entre outros astros e constelações necessitam ser desvendados, assim como as colunas e os seus signos. Por outro lado os 3 pilares já apresentados de forma mais clara são eles a Sabedoria, a Força e a Beleza, difusores de conhecimento. Figuras alegóricas que nos cercam, ferramentas de trabalho capazes de transformar coisas brutas e disformes em peças finas, modelos de comportamento para qualquer Irmão, se manuseadas com sabedoria e vigor.

E neste paralelo entre a vida profana e a vida sob a abóboda celeste existe uma relação de comparação inegável e permanente a qual na verdade é um dos objetivos do nosso trabalho, tornar feliz a humanidade pelo amor, pelo aperfeiçoamento dos costumes, pela tolerância, pela igualdade e pelo respeito a autoridade e a crença de cada um. Porém na infância, pela incapacidade de falar, por não ter uma visão clara, por não ter inteligência suficiente para discernir entre o bem e o mal e nem habilidade para manusear as demais figuras alegóricas como Esquadro, Compasso, Nível e o Prumo, ficamos submetidos aos cuidados e exemplos dos nossos genitores, dos nossos iniciadores que precisam estar realmente revestidos de tolerância, de igualdade, e de amor, pois neles é que se fundamentará um ser maduro capaz da mesma forma ser um Maçom agindo pelo aperfeiçoamento da humanidade.

A grande verdade comungada entre nós pode ser a chave daquilo que buscamos na vida profana e sobretudo na vida maçônica. Encontrar as razões e a moral de tudo, discernir entre o bem e o mal, pronunciar ou calar, tudo deve ser revelado pela inteligência que o Grande Arquiteto, Ente Supremo e Criador do Universo nos concederá ao longo da infância, adolescência e maturidade, tudo dirigido por uma moral sã, regada com o amor entre os Irmãos.


DIFAMAR A MAÇONARIA NÃO É DE AGORA.


A fraude antimaçônica de Léo Taxil e como a visão popular ainda é influenciada por ela até os dias de hoje

A Fraude de Taxil de 1890, é provavelmente a mais famosa farsa antimaçônica francesa. Seu autor, Léo Taxil, quis vingar-se da Maçonaria, da qual foi expulso em 1882 por um caso de plágio.

Léo Taxil era o nome de pena de Marie Joseph Gabriel Antoine Jogand-Pagès, que tinha sido anteriormente acusado de difamação a respeito de um livro que escreveu chamado The Secret Loves de Pope Pius IX. Taxil inicialmente chegou a publicar vários livros anticatólicos, que pintaram a hierarquia eclesiástica como hedonista e sádica. Taxil ingressou na Maçonaria em 1881, mas não passou do primeiro grau, sendo expulso dez meses depois, em 1882, por estar envolvido em alguns casos de plágio e difamação.

Em 20 de abril de 1884 o Papa Leão XIII publicou uma encíclica, Humanum Genus, que afirmou que a raça humana foi "separada em duas partes opostas e diversas, das quais uma resolutamente luta pela verdade e a virtude, a outra é daquelas coisas que são contrárias à virtude e à verdade. Uma é o reino de Deus sobre a terra, a saber, a verdadeira Igreja de Jesus Cristo (…) O outro é o reino de Satanás".

Este outro reino dito, ao que se supõe pelo posicionamento do pontífice com relação aos maçons, "levado ou assistido" pela Maçonaria.

Após esta encíclica, Taxil viu, como ele mesmo confessaria mais tarde, uma grande oportunidade para uma brincadeira onde ridicularizaria a Igreja e se vingaria da Maçonaria por tê-lo expulso. Em 1885, Taxil submeteu-se a público, dizendo converter-se ao catolicismo romano, e anunciou a sua intenção de reparar o dano que ele tinha feito para a verdadeira fé. Em seguida, inventou uma ordem maçônica satânica imaginária de nome Palladium, cujo objetivo principal seria de dominar o mundo.

O suposto objetivo de Taxil era denunciar tal ordem, revelando seus segredos e ações à sociedade. Tendo começado por acusar a Maçonaria de ocultar as piores misérias morais e incentivar seus seguidores ao vício, quando não ao assassinato, em seguida, acusou de ser uma seita satânica que dedica seus cultos a Baphomet, nos camarotes dos quais o chefe supremo Albert Pike recebia as suas ordens, de Lúcifer em pessoa.

Para tornar a farsa mais credível, Taxil misturou elementos do ritual Maçônico com elementos fantasiosos de sua invenção. Em particular, sobre as várias imagens doravante famosas, reutilizou o símbolo do 18º do Rito Escocês Antigo e Aceito, substituindo o cordeiro pascal pela imagem de Baphomet, uma figura simbólica concebida e divulgada a partir de 1854 pelo ocultista francês Eliphas Levi.

O primeiro livro produzido por Taxil após a sua suposta conversão católica era um quarto-volume da história da Maçonaria, que continha verificações fictícias de uma testemunha da sua participação no satanismo. Com um colaborador que publicou como "Dr. Karl Hacks", escreveu outro livro chamado Devil in the Nineteenth Century, que introduziu um novo personagem, Diana Vaughan, uma suposta descendente do alquimista Rosacruz Thomas Vaughan. O livro continha muitos contos sobre seus supostos encontros com demônios encarnados, um dos quais supostamente escreveu profecias sobre a sua volta com sua cauda, e outro que tocava piano, sob a forma de um crocodilo.

Segundo Taxil, Diana Vaughan teria sido envolvida na maçonaria satânica, mas fora resgatada quando um dia ela professou admiração por Joana d'Arc (ainda não canonizada na época), cujo nome teria posto os demônios em fuga. Declarando co-autoria como Diana Vaughan, Taxil publicou um livro chamado Eucharistic Novena, uma coleção de orações que foram elogiadas pelo Papa.

Leo Taxil convenceu muitos católicos com a sua farsa - tanto que em 1887 foi recebido em audiência pelo Papa Leão XIII, que declarou ser admirador da obra de Taxil, solicitou que ele escrevesse mais livros e passou a financiá-lo.

Continuando a farsa, Taxil alegou que Albert Pike, Grande Comendador do Supremo Conselho de Jurisdição do Sul do Rito Escocês antigo e aceito, era um "Papa Luciferianista", o líder supremo de todos os Maçons do mundo, e que ele admitiu que toda sexta-feira às três horas conferia com o próprio Satanás. Monsenhor Northrop, bispo de Charleston (Carolina do Sul), foi especialmente para Roma, a este respeito a fim de garantir a Leão XIII que os maçons da sua cidade episcopal são pessoas dignas, e seu templo não adornava qualquer estátua de Satanás.

Em 19 de abril de 1897, após dez anos de patrocínio pelo Papa, Taxil chamou uma conferência de imprensa organizada na Sociedade de Geografia (a chamada Conferência de Leo Taxil), na qual confessou que suas revelações sobre os maçons eram fictícias; admitiu que Diana Vaughan não existia, pelo contrário, que o nome tinha sido emprestado de sua secretária; revelou que tal ordem Paládio não existia; explicou detalhadamente os cuidados que teve para criar a e manter a farsa e agradeceu ao clero por sua assistência em dar publicidade às suas alegações selvagens; e afirmou que a sua "brincadeira amigável" teria feito o seu sucesso no tempo do livre pensamento que iria "Matá-los através de riso." Isso revelou o grau de sua impostura e provocou um escândalo em que a polícia teve que intervir para acalmar e dar assistência e proteção ao autor.


Mais detalhes em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Fraude_de_Taxil

dezembro 12, 2023

PALESTRA DE MICHAEL WINETZKI - ORATÓRIA E PERSUASÂO


 

SIMBOLOGIA MAÇÔNICA - Newton Agrella


A Simbologia constitui-se na mais antiga das ciências.

Sua essência reside no estudo de sua origem, na interpretação e na arte de criar símbolos. 

As sociedades humanas dispõem de símbolos que expressam mitos, crenças, fatos, situações ou ideias, sendo umas das formas de representação da realidade.

No caso da Maçonaria, ela se vale da Simbologia como seu alicerce cultural, cuja missão é a de estudar, pesquisar e interpretar os símbolos dos maçons e traduzir as mensagens fechadas em cada uma de suas propriedades. 

Cabe destacar que o símbolo consiste na representação sensorial de uma ideia que registra um vínculo convencional e facultativo com o seu objeto.

Advinda da Maçonaria Operativa e dos pedreiros livres, o que hoje praticamos e denominamos Maçonaria Especulativa, tem sua estrutura simbólica inspirada nas ferramentas utilizadas pelos pedreiros, construtores, arquitetos, bem como de objetos que eram utilizados por outras corporações de ofício na Idade Média.

Estes símbolos acabaram sendo incorporados à Ordem.

Etimologicamente a palavra "símbolo" tem origem no grego *symbolon*  que designa um tipo de sinal em que o significante (realidade concreta) representa algo abstrato, invariavelmente por força de convenção, entendimento comum de uma maioria, seja por semelhança,  aproximação ou por contingência semântica.

Dentre os símbolos mais eloquentes da Maçonaria encontram-se : 

o Esquadro e o Compasso. 

A conjugação dos mesmos é uma representação simbólica da materialidade e da espiritualidade do homem.

Eles são uma referência dentre os elementos e técnicas empreendidas pelo pedreiros na Idade Média.

Sendo que o Compasso simboliza a busca pelo aperfeiçoamento ou do aprimoramento da consciência humana.

E o Esquadro simbolicamente demonstra a retidão e a ação do Homem sobre a matéria e da ação do Homem sobre si mesmo.

Outro símbolo de destaque é a própria letra "G" ,símbolo este, que ao longo do tempo tem merecido as mais diversas interpretações por parte de inúmeros autores. Sejam elas divinais, herméticas, distintivas ou da natureza que forem.

Contudo, o simbolismo contido nesta letra “G” diz de perto e se explica e se justifica com solidez argumentativa ao termo "Geometria" como a ciência maçônica, tendo em vista a base de estudo, conhecimento e prática do trabalho do maçom no que se refere às ferramentas metafóricamente empregadas no processo de construção na Arte Real.

Enfatizando ainda a natureza esotérica que faz parte do arquétipo maçônico, cabe lembrar que o “Olho que tudo vê”, é outro símbolo relevante que diz respeito ao 'Princípio Criador e Incriado" de tudo o que nos envolve, e que os maçons se referem como o "Grande Arquiteto do Universo".

Este fragmento visa contribuir para o entendimento de o que é a Simbologia dentro da Sublime Ordem e porque o Maçom deve se esmerar no seu estudo para poder desenvolver sua jornada de maneira mais consistente.



O MAÇOM CONSTRUTOR SOCIAL - Sidnei Godinho


Diante da Decisão sobre o futuro de uma Loja, cabe aos iniciados a reflexão que tanto se prega nas sessões:

..."A Razão há de sobrepujar a Emoção e os Sentidos”...

Para tal, a velha Dialética, ensinada com temperança e tolerância, é o Único meio para cada um bem decidir e continuar com sua consciência tranquila do dever cumprido

Debater posicionamentos antagônicos com educação e respeito ao divergente é, no mínimo, expressão de civilidade e demonstra a evolução social de seu Quadro de Obreiros. 

Lembrar sempre que neste impasse, como nos outros enfrentados em Loja, não existe o vencedor ou o vencido.

Existe a Tese, a Antítese e o Resumo e cada um depreende sua decisão conforme a racionalização que fez durante as discussões.

*Ninguém é senhor da verdade absoluta, pois somente é alcançada com a interação de todos.*

E nesta simbiose de pensamentos e opiniões, o "Bom Senso" precisa Reinar. 

Por vezes é necessário um recuo de uma das partes para proporcionar que o todo siga à frente, ou o impasse vai escravizar a ambos no mesmo lugar. 

No dia de hoje, na indecisão das mudanças do amanhã, se vai ser bom ou não, congrace o irmão ou não com a maioria dos seus naquele momento, ao menos o faça com a certeza de seu convencimento próprio do que seja o melhor para o todo.

Faça por consciência e não como mais um manipulado social, pois você foi Iniciado e como tal tem o dever de ser um elucidado e fazer a diferença.

Infelizmente, sendo a Loja a representação natural da sociedade, há ainda os poucos incautos que, mesmo tendo a Luz, insistem continuar insípidos quanto a importância de sua participação social. 

...”O Erro é consequência de uma Análise mal elaborada e faz parte da senóide que é o Processo Decisório. 

Mas Permanecer na Sombra pela indecisão é no mínimo comodismo ou falta de Bom Senso em não querer se aprofundar no conhecimento que pode libertar”...

Que possa o Grande Arquiteto Iluminar cada um e que suas decisões sejam as mais sábias para que a Loja cresça e seja Idônea e que as famílias possam bem usufruir do bem de nossas decisões. 

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PRA SER FELIZ BASTA SER BOM - Sidnei Godinho


Hoje li o depoimento de um Pai (Joan) ao parabenizar mais uma graduação do filho (Milon), a terceira, agora um Mestrado em Ciências Aeroespaciais. 

Aos 35 anos, o capitão aviador, filho do Cearense que, da enxada, labutou por também três graduações, traz na genética bem mais que a inteligência, traz o Amor e a Dedicação em tudo que faz. 

Mas, à parte o reconhecimento ao desempenho acadêmico, chamou-me à atenção o registro de uma lembrança do avô que lá do sertão sofrido dizia:

..."Para ser FELIZ, basta ser BOM"...

Ainda ontem pude bem comprovar a teoria ao reencontrar meus primeiros Comandantes e Amigos que me receberam em Dezembro de 1989, recém formado, iniciando minha carreira profissional. 

Hoje, decorridos 34 anos, já avô, posso afirmar que não foi apenas uma recepção e sim uma acolhida e que a Felicidade é um caminho da prática do Bem.

Na vida castrense a hierarquia e a Disciplina são pilares da instituição e naturalmente impõem certo distanciamento entre os cargos, similar ao que acontece numa empresa ou numa cabine de comando.

Contudo é o "Feeling" do Cmt que determina o que é a diferença da Disciplina Técnica do Respeito individual.

Abraçar meu primeiro Cmt. (TB Bastos) como se fosse meu Pai e dar boas risadas com o Cel. Melo Maia (meu primeiro Sub-Cmt) como se tivéssemos a mesma idade só reforçou o que disse o velho matuto do sertão:

..."Para ser FELIZ, basta ser BOM"...

Nascemos na inocência da pureza de Pensamentos e Desejos e, conforme o crescimento se dá, junto crescem as Paixões e Vontades.

É o limiar desta relação consigo mesmo que vai definir o erguer templos à virtude do bem estar ou o definhar nos vícios da mesquinhez e solidão.

Não é a riqueza dos bens ou a dita e buscada beleza da aparência que hão de proporcionar a satisfação pessoal.

Sentir-se parte de um todo, pertencer a uma família que lhe escolhe por QUEM você é e não pelo QUÊ você representa é a base para alcançar o reencontro da criança FELIZ que nasceu.

Não seja apenas Respeitado pelo QUÊ você representa, mas busque ser Admirado por QUEM você se tornou.

E, na dúvida, basta seguir as palavras do velhinho sertanejo que, na sua simplória formação, deixou o legado maior que o filho letrado e o neto já quase astronauta, deixou registrado o segredo para ser QUEM você quiser ser, basta apenas *SER BOM*.


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NOSSO CAMINHO NA ORDEM - Aldy Carvalho



“Vaidade, vaidade, tudo sob o céu é vaidade.”

“... Vaidade de vaidades! — diz o pregador, vaidade de vaidades! É tudo vaidade. Que vantagem tem o homem de todo o seu trabalho, que ele faz debaixo do sol?.” (Eclesiastes1: 2,3)


A Maçonaria é uma escola que nos ajuda a crescer.

Um pensador poeta já disse: “uma única vida não é suficiente para estirpar todo mal que nos sobra e para conquistarmos todo bem que nos falta.”

Precisamos nos livrar dos aspectos sombrios que habitam dentro de nós.

Muitos ainda vão nos hostilizar. O grau de hostilidade sobre nós, acredito, depende do que semearmos e onde cai essa semeadura, se no terreno dos invejosos, dos despeitados ou dos que compartilham e também buscam e espalham Luz.

A Maçonaria tem uma doutrina de conhecimento com o fim de produzir no homem  um comportamento tal que o faça ser o ser social modificador do seu meio, objetivando a felicidade humana pois assim diz um de seus corolários: Fazer feliz a humanidade. Na Maçonaria, ter o coração estreito é pior que intelecto curto. (grifo meu)

A filosofia Maçônica, pela sua metodologia é libertadora, aponta para o progresso humano, trabalha para a quebra das barreiras que nos impõe os vícios tais como o orgulho, a ignorância.

Fomos capazes, através de nosso representante mor, Adão, de ato presunçoso, descomunal   que diante do Criador, disse: “Vês, a mulher que me destes, deu-me do fruto proibido e inocente comi”. Ora, além de repreender o GADU, transferiu a culpa à companheira que lhe foi dada para completude de sua vida.

Daí para cá, transcorridos infindáveis gerações, ao longo da civilização, não obstante a capacidade de escolher o caminho das virtudes, o homem tem escorregado, negligenciado sua capacidade de elevação, inconsequentemente optando pelos vícios movido pelas paixões mundanas que lhes dão prazeres momentâneos e individuais. As crostas a desbastar só têm aumentado dificultando o caminho da plenitude harmônica do ser. Insistimos em beber do cálice cujo líquido nos cai doce na boca e repousa em nosso estômago amargo fel, causando-nos consequências degenerativas ao corpo e ao espírito.

Apesar das aptidões que nos fizeram ser convidados a fazer parte desse Corpo, chegamos aqui como meninos – Aprendizes, depois vamos ser adolescentes – Companheiros e, por fim, adultos – Mestres, absorvendo desde cedo em meninos os valores, os preceitos que um maçom, todo maçom deve buscar levar por toda sua vida, o de sendo livre e de bons costumes todo dia aprender e se melhorar, aprender de novo e seguir.  A Ordem não é então só para os esclarecidos pois que muitos esclarecidos da Ordem não levam a Ordem à ordem dos esclarecimentos que obtém e o verdadeiro mestre sabe que continua aprendiz porque aprende sempre e compartilha o que sabe num encontro de afeto.

O que nos torna humanos é olhar para o nosso irmão como tal. Vaidade e narcisismo não podem ter lugar na Ordem porque são a desordem da Ordem. Eis porque há muitos na Maçonaria que tanto envergonham a si mesmos quanto a Maçonaria e aos irmãos, porque aprendem, quando aprendem, de si e para si. Quem não compreende que o caminhar na Ordem é o da busca da felicidade humana, que inclui a individual, não compreendeu o caminho percorrido nem a lição passada no caminho. Sabedor de que o templo deve ser sagrado porque perfeito, não buscou construir seu templo no caminho da retidão, quando muito, buscou atalhos, atalhos que levam somente ao próprio desejo, que estava desde sempre alimentado.

Não é fácil o caminhar, porém, desviar-se do bom caminho é alta traição ao que foi jurado.

Se a Ordem é um caminho de evolução, de progresso humano, os que nela adentram com objetivos outros, certamente vão acabar lançando sobre a Ordem, que é obra perfeita, a mácula da imperfeição, da corrupção. Já disse o Cristo, grande avatar da humanidade: Ai do mundo por causa dos escândalos; porque é necessário que venham escândalos; mas ai do homem por quem o escândalo venha”. (Mateus 18: v. 6 a 11). 

  A Maçonaria é, sobretudo, para os que aceitam se elevar e assim auxiliar o semelhante, sendo exemplo, lhe dando a mão sem que necessário seja que este ou esta, aquele ou aquela seja membro da Ordem, que se preserva o direito de ser hermética para preservar a característica de instituição que não deve se contaminar, diluir, prostituir com as facilidades, vulgaridades do mundo profano e de deturpadores, usurpadores da causa humana.

A nossa vivência no mundo deve nos permitir construir dentro de nós uma consciência elevada de paz e progresso para ajudar a construir o progresso e a paz.

Que o G.`.A.`.D.`.U.`., a todos nós, ilumine igualmente.


                                          

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dezembro 11, 2023

OS DIÁCONOS - Fernando de Faria

 

Em termos meramente etimológicos, Diácono é o que se coloca a serviço de alguém, "aquele que serve". Genericamente todo cristão é um Diácono de Deus (servidor, ministro). Assim, Paulo, o Apóstolo, se autodenomina e a todos que servem a Deus ou a Cristo. Mencionam-se nas Sagradas Escrituras: "Timóteo, Ministro de Deus" (I Tessalonicenses 3:2); "Apolo e Paulo, Servos do Senhor" (I Coríntios 3:5); "Epafras, Ministro de Cristo" (Colossenses 1:5). Servo ou Ministro, em grego bíblico, apenas Diáconos.

Raramente no feminino, em linguagem arcaica o vocábulo diakonos ligava-se ao verdo diakoneõ – "trabalhar como criado, servir". Embora possa parecer palavra composta do prefixo dia = através – não há essa composição. Na realidade, origina-se do micênico kasikonos = "trabalhador, companheiro". Mais tarde, no grego clássico, teria o sentido de "servidor, mensageiro" e no grego helenístico, especializando-se, seria relacionado a "servidor de um Templo"

Na comunidade de Jerusalém, ainda no primeiro século cristão, o nome Diácono identificava um determinado cargo comunitário voltado ao atendimento das necessidades materiais dos membros da jovem igreja, como hoje, por analogia, mais ou menos se espera, em Lojas Maçônicas, que seja feito pelos hospitaleiros. Bem se sabe que, logo nos primeiros dias da Cristandade, devido a problemas específicos, eis que a distribuição de bens e cuidados não se fazia de modo eficiente, foi necessária uma separação, distinguindo-se o Ministério da Palavra. Coube aos Diáconos, então instruídos, uma segunda função, de caráter caritativo ou assistencial, de atendimento às viúvas, órfãos e enfermos. Diziam os Apóstolos: "Não é razoável que abandonemos a palavra de Deus para servir às mesas" (Atos, 6:2). O primeiro mártir, Estevão, foi um Diácono – alguém que servia os próprios irmãos.

Na Igreja posterior, primeiro no Oriente e, a partir do século V, também no Ocidente, tem-se notícia das diaconisas: mulheres incumbidas de instruir e batizar outras mulheres. Em Roma, o Diácono veio e instituiu-se em uma espécie de Segundo Grau, abaixo dos Padres ou Presbíteros. Nas denominações evangélicas há Diáconos e Diaconisas, genericamente incumbidos da assistência aos Irmãos.

Os britânicos constituem-se em excelente fonte de estudos. Possuem documentos antigos e deram forma e consistência à Maçonaria que praticamos. A Grande Loja, The Premier Grand Lodge, organizada em Londres (1717), é o ponto obrigatório de passagem na história da Maçonaria em todas as partes do mundo. As velhas Lojas de Operários medievais não deixariam sucessores, caso não fosse criada a Grande Loja londrina, historicamente a primeira Obediência. Depois a ideia difundiu-se pelo Continente Europeu: França, Itália, Alemanha, Espanha, Portugal. Foi à América. Criou-se, inclusive, uma área latina, sob predominância cultural francesa, que viria a se constituir em origem da Maçonaria no Brasil, mas as raízes deste movimento moderno estão em seio inglês. Por isso é útil o exame dos Rituais ingleses.

A Grande Loja de Londres, ao ser fundada em 1717, não adotava Diáconos. Por certo, segundo evidências de que nos fala Harry Mendoza e nos fornece detalhes Harry Carr, o cargo existiria na Most Ancient.

BEBA MAIS ÁGUA - Dr. José Rocha Conceição


 Médico diretor técnico de clínicas do Hospital das Clínicas. 

Sério, competentíssimo e por isso muito respeitado, Arnaldo Lichtenstein, explica:

“Toda vez que ensino medicina clínica para estudantes de medicina do quarto ano, faço a seguinte pergunta:

"Quais são as causas da confusão mental em pessoas idosas?"

Alguns respondem: "Tumores na cabeça".

Eu respondo: Não!

Outros sugerem: "Os primeiros sintomas da doença de Alzheimer".

Eu respondo novamente: Não!

Com qualquer rejeição de suas respostas, eles ficam frustrados.

E ficam de queixo caído quando noto a causa mais comum:

Desidratação

Pode parecer uma piada; mas não, este último motivo não é suspeito e extremamente importante.

Pessoas com mais de 60 anos geralmente param de sentir sede e como resultado, param de beber líquidos.

Quando ninguém está por perto para lembrá-los de beber líquidos, eles secam rapidamente.

Desidratação severa e afeta todo o corpo. 

Pode causar fraqueza muscular, fadiga, falta de motivação, confusão mental súbita, diminuição da pressão arterial, aumento da frequência cardíaca, angina (dor no peito). 

Em casos muito extremos, coma e até morte.

Esse hábito de esquecer de beber líquidos começa aos 60 anos, quando temos pouco mais de 50% da água que precisamos ter em nosso corpo. Pessoas com mais de 60 anos têm um reservatório de água mais baixo. 

Faz parte do processo natural de envelhecimento. 

Mas há mais complicações. 

Embora estejam desidratados, eles não sentem vontade de beber água porque seus mecanismos internos de equilíbrio não funcionam particularmente bem.

Resumo:

As pessoas com mais de 60 anos secam facilmente, não apenas porque têm menos água; Mas também porque não sentem a falta de água no corpo. 

Embora as pessoas com mais de 60 anos possam parecer saudáveis, realizar reações e funções químicas pode ser prejudicial para todo o corpo.

Então aqui vão dois alertas:

1) Adquira o hábito de beber líquidos. Os líquidos incluem água, sucos, chá, água de coco, leite vegano, sopas e frutas ricas em água, como melancia, morango, melão e abacaxi; 

A laranja e a tangerina também funcionam.

O importante é que a cada duas horas, você precisa beber alguns líquidos.

Lembre-se disso!

2) Alerta aos familiares: ofereça constantemente líquidos a pessoas com mais de 60 anos. 

Ao mesmo tempo, observe-os.

Se você achar que eles repelem fluidos e ficam irritáveis, com falta de ar ou desatentos durante a noite, esses são quase certamente sintomas recorrentes de desidratação.

Você está inspirado a beber mais água agora?

Envie esta informação para outras pessoas.

Faça isso agora! Seus amigos e familiares precisam saber por si mesmos e ajudá-los a serem mais saudáveis e felizes! 

É bom compartilhar com pessoas com mais de 60 anos.

LIBERDADE DE ESCOLHA - Roberto Ribeiro Reias


Desde os primórdios da criação, quis o Eterno que o homem experenciasse a liberdade de escolha ou livre-arbítrio. Não por acaso, no jardim do Éden, advertiu a Adão e à Eva que poderiam provar dos frutos ali existentes, à exceção daquele contido na árvore do conhecimento do bem e do mal.

Caso o Criador de Todas as Coisas fosse um déspota ou ditador, poderia sim ter interferido no processo de decisão de seus filhos; todavia, acredita-se piamente que, naquele momento, fora oportunizado ao homem talvez aquilo que seja considerado o seu maior patrimônio: o poder de decidir a sua vida, a liberdade para que se enveredasse ou não por determinado caminho.

Isso é o que nos diferencia dos demais seres criados, os quais são submetidos às leis da natureza e criados por Deus, cumprindo, assim, Sua Vontade. Essa liberdade é a que nos capacita ascender aos mais elevados planos espirituais, mas que, de igual sorte, pode nos levar aos mais profundos abismos do fracasso individual e coletivo.

A finalidade precípua – e divina- da Criação foi conceber um ser que reconhecesse a existência de Deus enquanto Senhor do Universo, permitindo a essa criatura a possibilidade de se aproximar de seu Criador, obedecendo Sua Vontade, ou de afastar-se dEle. A espinha dorsal disso tudo é o que conhecemos por livre-arbítrio ou liberdade de escolha.

A magnificência do Arquiteto Maior, quando de nossa “concepção”, possibilitou-nos a condição de seres livres para vivenciarmos o caminho ao Seu Lado, desfrutando todo o resplendor e glória naquele estado (plano) de consciência chamado Jardim do Éden.

Lado outro, o casal primordial não hesitou uma vez sequer, e tão logo submetidos ao primeiro –e fatal- desafio, sucumbiram, feito nós temos sucumbido há várias gerações. O casal, no passado, feito nós, no presente, não resistiu à astúcia e à sedução da serpente, que os persuadiu e os concitou à desobediência, sob o argumento de que poderiam se tornar feito Deus.

Desde a nossa queda, narrada no livro de gênesis, temos buscado o nosso reencontro com o Eterno; sabemos que o mal e a mortalidade foram em nós introjetados, e para que novamente ascendamos, teremos de travar uma constante luta conosco mesmos. Esse processo demanda tempo e a imolação de um sem número de paixões e vícios, os nossos maiores algozes.

Enquanto descendentes do primeiro homem, nosso objetivo é alcançarmos a glória da imortalidade, a fim de que, redimidos e aperfeiçoados, sejamos merecedores de provarmos o fruto (não proibido) da árvore da vida. A liberdade de escolha continua sendo nossa...



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dezembro 10, 2023

COMO A ÁGUA - Adilson Zotovici




Vê na água abençoada

O valor, conhecimento, 

Para que seja empregada 

Com amor, desprendimento 


Vez que semente plantada,

A neófito, num momento, 

Carece ser bem regada 

E aparece o crescimento 


Se no canteiro  amparada

Viça o desenvolvimento 

Que do obreiro a caminhada 


Robusta planta o fomento 

Augusta colheita ansiada

Que encanta o firmamento !