dezembro 18, 2023

A LENDA DO PELICANO - Guilherme de Tyr ,



O simbolismo do pelicano assenta-se sobre uma comovente lenda com origem na idade média, que afirma que o pelicano, quando não encontra alimento para sustentar sua prole, rasga seu próprio ventre para alimentá-la com seu sangue.

O pelicano é uma ave de grande porte que vive nas regiões aquáticas em todos os continentes, possui bico avantajado e tem, no bico inferior uma bolsa onde acumula os peixes pescados. As fêmeas alimentam os filhotes despejando as reservas acumuladas na bolsa menbranosa. Para esvaziá-la, comprime o peito com o bico, fato este, que deu origem à essa antiga lenda, onde o pelicano abre o próprio peito para dele extrair sua carne a fim de alimentar os filhotes , quando não encontra alimento. Simboliza portanto, o amor com desprendimento.

O pelicano é também o símbolo alado da dedicação e das

obrigações sociais. É a mente provida de asas para que possa pairar sobre o mundo, desprendendo-se da matéria, e contemplar sob o prisma da Verdade, toda a obrada Maçonaria.

Os sete filhotes, que usualmente se encontram junto ao Pelicano, representam justamente, as sete cores do arco-íris ou sete estados de consciência representados por cada cor, ou ainda a hierarquia dos seres, onde o Maçons que exercem a verdadeira filosofia ocupam seu lugar dentre os mais elevados.

No simbolismo católico, o pelicano é Jesus Cristo dando seu sangue para a salvação da humanidade, ou alimentando o homem na eucaristia. Também é o símbolo da Redenção.

O símbolo do pelicano pertence também ao domínio da vida cotidiana, que não é contudo, menos comovedor, sobretudo para aqueles a quem as circunstâncias e as responsabilidades impõem uma escolha, pondo em jogo ao interesses vitais e mesmo a existência.

Escolha muitas vezes difícil, diante da qual o profano recua, mas não o Maçom, que não hesita, sacrificando-se à sua família, ao seu país, à humanidade inteira. Sacrificar o egoísmo, os interesses as vezes legítimos, a sua própria vida se preciso for, e a mais forte razão, seu orgulho e suas ambições, a fim de colocar em seu lugar, o altruísmo e a caridade. Tal como o pelicano, o Maçom alimenta simbolicamente os fracos com suas próprias entranhas, perecendo para permitir aos outros viver.

As vezes é preciso que a célula pereça para que o organismo perdure, é preciso ao indivíduo morrer e renascer para que a humanidade continue.

Essa é a lição simbólica que se aprende na lenda do pelicano, mostrando ao maçom a conduta que deve ter a todo instante.

O pelicano é o emblema mais característico da caridade. É também o símbolo da morte e do renascimento perpétuo da natureza. Num contexto um tanto Druida: é a terra que nutre os seus filhos, é a mãe que cumpre os seus sagrados deveres, é a caridade para com nossos irmãos.

A lenda do pelicano foi uma tradição que se enraizou também dentro da igreja cristã como símbolo, tomando aspectos muitas vezes inusitados e inesperados .

As igrejas medievais a aceitaram em suas decorações, mais de um católico o adotou em suas armas e Henrique VIII chegou a mudar as armas do Arcebispo de Granmer por três pelicanos.

No intuito de ajudar a guerra que os cruzados sustentavam na Terra Santa contra os muçulmanos, o Papa Inocêncio III ordenara que em toda as igrejas fossem colocados cofres, muitos feitos de troncos de árvores cavados, cujo objetivo seria recolher donativos dos fiéis, já que o clero medieval, embora detivessem suas mãos grande parte das riquezas da época, não se mostrava suficientemente generoso.

Dessa forma, os construtores das catedrais medievais, tomaram o costume de colocar troncos ao lado das pias de água benta, para que os fiéis pudessem neles depositar o "dinheiro da vida". E a fim de melhor inspirar o sentimento da caridade, estes artistas deram a esses troncos a forma do pelicano, como ainda pode ser visto em algumas catedrais europeias.

Nenhum outro símbolo podia melhor expressar o que se pretendia. Só o símbolo da abnegação da ave que se sacrificava a si mesma para alimentar a sua prole, podia representar aquele que se priva de seus haveres em benefício dos pobres.

O pelicano é o símbolo do próprio sacrifício, que indica que na medida em que damos, desenvolvemos o nosso caráter e a nossa personalidade, e a medida que os anos passam o próprio sacrifício se reflete em boas ações que perduram além da nossa vida e são reflexo dos sacrifícios que fizemos.

O mestre deve fazer-se amar, e não poderá ter êxito a não ser amando ele mesmo com uma generosidade que o leve até a dedicação absoluta, até o sacrifício de si mesmo. Deste ponto de vista, o pelicano é o emblema dessa caridade, sem a qual, na iniciação, tudo será irremediavelmente vão. Os dons mais brilhantes da inteligência e da vontade não farão outra coisa do adepto que não tenha cultivado as qualidades do coração, a não ser um falso Mago.

A lenda do pelicano, de certa forma comove pela sua extrema generosidade, encontra-se no cerne dos princípios da Maçonaria, o total sacrifício do ego em favor do próximo. Os ensinamentos exigem que o maçom que se encaminha na senda da perfeição, deve desprender-se de todos os sentimentos negativos do egoísmo, orgulho e ambição negativa, transformando-os alquimicamente em sentimentos de altruísmo, humildade e abnegação.

É preciso que o verdadeiro maçom, através do sacrifício do seu próprio eu, chegue ao conhecimento do amor. Cumprirá assim a sua finalidade de iniciado e atingirá por esse meio a meta almejada: a completa superação de sua personalidade humana para alcançar sua própria Redenção Crística, e se tornará um verdadeiro mestre!

É justamente dessa forma que o Maçom consegue a transmutação alquímica do que era inferior, do fogo em luz, do humano em Divino. É assim que terá encontrado a Pedra Filosofal e realizado a Grande Obra, a transmutação total do chumbo em ouro, do homem em Deus.



dezembro 17, 2023

GRÃO MESTRE VISITA EXPOSIÇÃO LITERÁRIA














O  Serenissimo Grão Mestre da Grande Loja Maçônica do Estado de São Paulo, Ir Jorge Anysio Haddad me dá a honra de visitar a exposição de minhas obras literárias durante a Assembleia da GLESP. Valorizando a cultura maçônica e os produtores de conteúdo literário, uma parte do Templo Nobre da GLESP foi dedicado a uma exposição de livros de autores que pertencem a Ordem.

 

UM CLOCHARD - Heitor Rodrigues Freire


 O tempo passa, continuamente. À medida que o relógio corre, vão-se os minutos; e podemos estar certos do seguinte: agora, há menos minutos em nossa encarnação do que havia há alguns momentos atrás. Portanto, devemos ter sempre em mente a ideia de que o tempo tem o seu valor no que concerne ao seu emprego. Somente na medida em que utilizamos bem o nosso tempo, nos tornamos capazes de extrair dele algo de valor, transformando o no verdadeiro tesouro que ele representa. A experiência, o conhecimento acumulado nesta encarnação, no campo físico, mental e espiritual, fundamenta se naquilo que temos adquirido ao longo da vida.

E embora todos saibamos que o tempo é apenas uma contingência da situação terrena em que vivemos, ele é indiscutivelmente irreversível e leva em suas asas muitas oportunidades de nossa vida, que deixamos passar.

A velocidade imposta pelos tempos modernos em todas as atividades humanas, acaba se constituindo num fator de desperdício, e isso ocorre principalmente com os mais jovens, que quase sempre se tornam vítimas dos modismos e da necessidade de afirmação, querendo, a todo custo, mostrarem-se atualizados e “por dentro das coisas”.

A esse propósito, bem observou o escritor Juvenal Arduini, em Destinação Antropológica: “O homem é essencialmente utópico porque não se cansa de lutar para que a verdade, a liberdade, o alimento, a saúde, a solidariedade, a dignidade, a participação de todos nos bens econômicos e culturais fixem residência definitiva na sociedade. Identificar utopia com fantasia é expediente utilizado para impedir que ela se enraíze no chão da história”.

Reagindo a essa velocidade que nos consome, de repente me vi como um clochard, rimando com a perfeita definição de utopia, descrita por Juvenal Arduini. Clochard, no mais puro romântico e filosófico sentido do termo, significa vagabundo, pessoa que não trabalha, embora o meu caso seja de desfrute puro e simples. E merecido.

Clochardiar minha vida, é o momento que estou vivendo agora. Sempre trabalhei muito. Desde os sete anos, vendendo bilhetes de loteria na rua, sem saber direito o português, ajudando meu pai. E naturalmente, continuo provendo minha sustentabilidade. Mas num novo diapasão. De leve, de vanguê...

Enfim, assim, com a consciência do dever cumprido, me sinto no direito de usufruir de um dolce far niente, mas sempre com um olhar atento, para que possa ainda contribuir com todas as entidades de que participei e ainda participo, como no Sindicato dos Corretores de Imóveis, no Instituto Histórico e Geográfico e na Santa Casa, onde, aliás, coordeno o centro histórico e cultural.

Ou seja, como um clochard, mas não tanto. Sem pendurar as chuteiras. Na continuidade consciente de que a vida não se esgota numa encarnação e que utopia, tal como considerada, se constitui num ideal de vida, na concretização de sonhos que inspiram e ajudam a transformar este mundo, que se empobrece pela velocidade dos modismos e necessidade de afirmação, e que mais que nunca carece da utopia.


O GIRO DO HOSPITALEIRO - José de Oliveira Mendes


É algo que transmite robustez

Simbolizando a benevolência.

Por ensejar conteúdo, talvez,

Para uma eficaz beneficência. 


O Tronco não requer mesquinhez,

Mas uma pequena ou boa quantia,

Colocando, cada qual, na vez,

Como requer a Maçonaria.


Viagens fazem o hospitaleiro,

Segurando o “tronco” na mão.

Em seu passar, por certo, esgueiro


E portador de singela ação.

O Rito lhe é um timoneiro

Indicando qual a direção.

TEMPO VELOZ - Adilson Zotovici



O tempo, veloz, avança !

Não para nalgum canteiro

Não algoz, bom  agoireiro 

Em seu rasto a esperança 


E segue o livre pedreiro 

Em sua eterna aliança 

Levando a superna herança 

Luz, espírito duradeiro 


Busca a bem aventurança 

Inda que em paragem ingrata

Com coragem e confiança 


Passagem de pompa retrata  

Aprendizagem e mestrança

Até que rompa o fio de prata ! 


Adilson Zotovici

Academia Maçônica de Letras de Juiz de Fora

POR QUE LOJA MAÇÔNICA? - Kennyo Ismail


Qual maçom nunca foi questionado por um profano do porquê do termo “LOJA”? 

Muitos são aqueles que perguntam se vendemos alguma coisa nas Lojas, para justificar o nome. 

Alguns, fanáticos e ignorantes, chegam ai ponto de indagar que é na Loja que os maçons vendem suas almas! 

Em primeiro lugar, precisamos ter em mente que, só porque “loja”, em português, denomina um estabelecimento comercial, isso não significa que o mesmo termo em outras línguas tem o mesmo significado. 

Vejamos: “Loge”, palavra francesa, pode se referir à casa de um caseiro ou porteiro, um estábulo, ou mesmo o camarote de um teatro. 

Mas os termos franceses para um estabelecimento comercial são “magasin”, “boutique” ou “commerce”. 

Da mesma forma, o termo usado na língua inglesa, “lodge”, significa cabana, casa rústica, alojamento de funcionários ou a casa de um caseiro, porteiro ou outro funcionário. 

Os termos mais apropriados para um estabelecimento comercial em inglês são “store” ou “shop”. 

Já o termo italiano “loggia” significa cabana, pequeno cômodo, tenda, mas também pode designar galeria de arte ou mesmo varanda. 

Os termos corretos para um estabelecimento comercial são “magazzino”, “bottega” ou “negozio”. 

Em espanhol, “logia”, derivada do termo italiano “loggia”, denomina alpendre ou quarto de repouso. 

As palavras mais adequadas para estabelecimento comercial são “tienda” e “comercio”. 

Por último, podemos pegar o exemplo alemão, “loge”, que não tem apenas a grafia em comum com o francês, mas também o significado: um pequeno cômodo mobiliado para porteiro ou caseiro, ou um camarote. 

Já os melhores termos para estabelecimento comercial em alemão são “kaufhaus”, “geschaft” ou “laden”. 

Com base nesses termos, que denominam as Lojas Maçônicas nas línguas francesa, italiana, espanhola, alemã e inglesa, pode-se compreender que as expressões referem-se a uma edificação rústica utilizada para alojar trabalhadores, e não a um estabelecimento comercial. 

Verifica-se então uma relação direta com a Maçonaria Operativa, em que os pedreiros costumavam e até hoje costumam construir estruturas rústicas dentro do canteiro de obras, onde eles guardam suas ferramentas e fazem seus descansos. 

Essas simples edificações que abrigam os pedreiros e suas ferramentas nas construções são chamadas de “loge, lodge, loggia, logia” nos países de língua francesa, alemã, inglesa, italiana e espanhola. 

A palavra na língua portuguesa que mais se aproxima desse significado não seria “loja” e sim “alojamento”. 

Nossas Lojas Maçônicas são exatamente isso: alojamentos simbólicos de construtores especulativos. 

Isso fica evidente ao se estudar a história da Maçonaria em muitos países de língua espanhola, que algumas vezes utilizavam os termos “Alojamiento” em substituição à “Logia”, o que denuncia que ambas as palavras têm o mesmo significado. 

À luz dos significados dos termos que designam as Lojas Maçônicas em outras línguas, podemos observar que a teoria amplamente divulgada no Brasil de que o uso da palavra “Loja” é herança das lojas onde os artesãos vendiam o “handcraft”, ou seja, o fruto de seu trabalho manual, além de simplista, é furada. 

Se fosse assim, os termos utilizados nas outras línguas citadas teriam significado similar ao de estabelecimento comercial, se seria usado em substituição às outras palavras que servem a esse fim. 

Na próxima vez que você passar em frente a um canteiro de obras e ver à margem aquela estrutura simples de madeira compensada ou placas de zinco, cheia de trolhas, níveis, prumos e outros utensílios em seu interior, muitas vezes equipada também com um colchão para o pedreiro descansar à noite, lembre-se que essa estrutura é a versão atual daquelas que abrigaram nossos antepassados, os maçons operativos, e que serviram de base para nossas Lojas Simbólicas de hoje.


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dezembro 16, 2023

ENCONTRO DE ACADEMICOS




Encontro na Assembleia da GLESP com o eminente intelectual e escritor Mauro Ferreira, presidente e um dos confrades fundadores da  Academia Maçônica Brasileira de Letras, Teatro, Artes, Ciências e Cultura, na qual tenho a honra de ocupar uma das cadeiras e fazemos pose com a nossa estola de acadêmicos defronte a mesa com as excelentes obras de Mauro Ferreira.

 

VISITA A ARLS SABEDORIA TRIUNFANTE 665 - SP


Visitei nesta sexta feira a ARLS Sabedoria Triunfante 665 da GLESP que faz jus ao nome.

Um aprendiz, que depois fiquei sabendo ser doutor pela USP, apresentou um trabalho tão extraordinário que o resto da sessão foi dedicado aos inteligentissimos comentários sobre o mesmo. Uma sessão notável pela cultura maçônica e pela participação dos irmãos. 

Agradeço ao muito simpático VM Anderson Basilio da Silva e ao quadro da Loja pela amável recepção.

O MITO DE ÍCARO - Jorge Gonçalves

 


"Fly, on your way, like an eagle,

Fly as high as the sun,

On your way, like an eagle,

Fly as high as the sun." 


O trecho da música "Flight of Icarus", interpretada pela banda inglesa Iron Maiden, faz parte do álbum "Piece of Mind", lançado em 1983, e faz referência à mitologia grega. 

Na história, Ícaro e seu pai Dédalo, um inventor do labirinto que aprisionava o Minotauro na ilha de Creta, escapam do labirinto usando asas feitas de penas e cera. 

Ícaro, desobedecendo ao aviso de seu pai para não voar muito alto, acaba voando perigosamente perto do sol, derretendo a cera que unia as penas. Suas asas são destruídas, e ele cai no Mar Egeu, resultando em sua morte. 

A civilização grega é a pedra fundamental da civilização ocidental. O mito de Ícaro, que relata a ambição de voar, ilustra como os lendários gregos, há mais de dois mil anos, foram capazes de imaginar algo tão distante e improvável como o voo humano, que hoje nos parece tão normal. 


IRMÃOS, POR QUE SOIS MAÇOM ? - Denizart Silveira de Oliveira Filho

Queridos irmãos e confrades ! Alguns meses após minha Iniciação na Maçonaria em 25/01/1992, fiz uma pesquisa entre Irmãos de vários Graus, perguntando-lhes: “Irmão, porque você decidiu tornar-se Maçom?”. Das respostas obtidas, escrevi a Peça de Arquitetura que segue abaixo, publicada em vários boletins e revistas maçônicas, que gostaria de compartilhar com os irmãos. Abraços.

Basicamente, porque tendes um coração propenso à prática do bem e à compreensão do interesse público e das necessidades humanas; porque sois homens livres e de bons costumes; tendes uma reputação de honra ilibada e de probidade inconteste. Por isso, vós fostes escolhidos para fazer parte da Maçonaria, para nela levantar Templos à virtude e cavar masmorras ao vício; honrado pelo privilégio, vos sentistes no dever de corresponder a tão alta distinção e passastes a frequentar a sua Loja.

Então, a cada semana que transcorrera, mais e mais vos prendestes ao encantamento maçônico. Por quê?

Porque percebestes que estás num pomar de árvores de amizade (e os amigos estão entre as grandezas do mundo), onde se robustece a confiança recíproca nascida da alegre convivência, onde se vão descortinando, pouco a pouco, experiências de vida através do conhecimento mútuo; porque percebestes que na Maçonaria se ensina a moral mais pura e mais propícia à formação do caráter do homem, moral esta que se baseia no Amor ao próximo; porque passastes a fazer parte de uma Associação íntima de homens escolhidos, cuja doutrina tem por base o G∴A∴D∴U∴, que é Deus; e, por fim, a felicidade dos povos que, incessantemente, ela procura reunir sob sua bandeira de paz; uma Associação que procura investigar a Verdade e aperfeiçoar-se na Arte Suprema do pensamento, a Arte Real; uma Associação de homens que se reúnem para combater a tirania, a ignorância, os preconceitos e os erros, e glorificar o Direito, a Justiça e a Verdade, para promover o bem-estar da Pátria e da Humanidade.

Uma Instituição, na qual, aplica-se a visão panorâmica internacional, pela oportunidade que se vos oferece de contatos com Maçons de outros países e do conhecimento da ação que a Maçonaria realiza em todos os continentes.

Durante vosso trabalho em Loja, que é também uma higiene mental, um conforto espiritual e um saboroso “relax” das preocupações e encargos do labor diário, vós exercitais, imperceptivelmente, um treinamento de liderança humanística; à sombra benfazeja do ideal de trabalhar pela felicidade humana, aprimora-se a personalidade, na prática de boas ações e no cultivo de bons sentimentos; sublima-se a postura elegante do espírito, a poesia da Fraternidade.

E vós, que viestes ter à Maçonaria visando este objetivo, sem propósitos de auferir dela vantagens pessoais; sem curiosidade profana; sem receio que vossos defeitos sejam descobertos; sem apego às distinções humanas; sem dissimulação; sem medo; sabendo que Deus julga os justos e os pecadores; e que sois pó e ao pó tornareis; vós vos tornastes um grande beneficiado; ganhastes centenas de amigos, de irmãos; ao viajares, diante das dificuldades, recebestes gentilezas de prestimosos irmãos até então desconhecidos; fizestes de vossa Loja um prolongamento do vosso próprio lar, nela recebendo ensinamentos de vida; e sentis na Maçonaria a beleza das preciosas palavras de Rabindranath Tagore*: “tornaste-me conhecido de pessoas que eu ignorava; deste-me acesso a lares que não eram meus; tornaste-me próximo do que era distante; fizeste-me do estranho um Irmão”.

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*Rabindranath Tagore (1861-1941), escritor, poeta e filósofo hindu, Prêmio Nobel de 1913, por sua contribuição ao entendimento mútuo entre a civilização ocidental e a indiana. Em 1901, fundou a instituição que posteriormente viria a ser a Universidade Internacional Visva-Bharati.


A RITUALÍSTICA, UMA TRADIÇÃO A SER CULTIVADA COM ORGULHO


Toda instituição que possua um trabalho ritualístico, cultivando com esmero e fidelidade, certamente haverá de perpetuar seus ensinamentos. A própria história da Ordem Maçônica nos mostra esta realidade. 

O trabalho ritualístico não é somente uma bela e dramática forma de atuação, é, também, uma parte eficiente e importante da marca e do estilo da Ordem Maçônica.

Uma ritualística pobre tende ofuscar o brilho da reunião! 

Quando a parte ritualística é feita corretamente, com amor e dedicação, faz com que uma reunião – que muitas vezes não apresente riqueza maior de programação – se torne uma grande arte. O significado de cada gesto, de cada passo, de cada movimento, aumenta a beleza de uma reunião, quando bem executados. Como qualquer drama respeitável, nosso trabalho ritualístico mostra não só a beleza de nossa história e tradição,  mas também a verdade inconteste dos ensinamentos legados pelo Criador. 

Mais ainda,  quando nosso trabalho ritualístico é apresentado da forma mais correta possível, até  memorizado ou, ainda, lido corretamente. Torna-se parte integrante de cada um de nós. Cada  sílaba fica gravada em nossa memória e cada gesto e lição impressos em nosso espírito. 

Quando transmitimos este conhecimento a um novo irmão da melhor forma, fazemos com que  ele sinta em cada palavra e movimento, o desejo de cultivar com carinho as lições aprendidas  e a ânsia de aprender cada vez mais. 

Quando nós dissermos a um neófito o quanto o amor  Fraternal pode significar, o quanto nossos ensinamentos são importantes na edição do  caráter humano, a perpetuidade dessa verdade não se perderá. 

A beleza de um trabalho ritualístico dá a ideia de unidade que é, com efeito, a essência de nossas vidas. Quando entramos no Templo Maçônico não estamos meramente preenchendo espaços  vazios; juntos formamos um fluxo de unidade, de confiança mútua e nos sentimos  devotados reciprocamente, todos voltados aos ensinamentos de uma Verdade Perene. 

Nossa  passagem de forma respeitosa através dos espaços cria uma linha ordenada de significado, uma demonstração de vontade uníssona de bons propósitos. Encaremos sempre o nosso  trabalho ritualístico com seriedade e tornaremos cada reunião maravilhosa. 

Já se disse que  a mais refinada espécie de orgulho é aquela que faz com que o elemento humano dê o melhor  de si, juntamente quando ninguém o está observando. Flui divinamente. Devemos agir de forma rigorosa e natural para que possamos sentir este orgulho. 

Nós somos Maçons, escolhidos dentre muitos. Podemos criar e perpetuar Beleza e Amor Fraternal! Que Deus nos dê sempre esta disposição de espírito para que possamos preparar o caminho para aqueles que virão depois de nós. 

Caminhando firmes e resolutos  fortaleceremos nossa Loja, assim nossa união se fortalecerá cada dia, mais e mais. Devemos  nos orgulhar desta condição, porque somos Obreiros da Paz, Homens Livres e de Bons  Costumes. 

(AUTOR DESCONHECIDO. Fonte: JORNAL do APRENDIZ, EDIÇÃO DE FEVEREIRO 2013, ANO IV, Nº 44)

dezembro 15, 2023

VISITA A ARLS UNIÃO E SEGREDO 693 EM SÃO PAULO


Quinta-feira a noite. Vou visitar a ARLS União e Segredo 693 da GLESP em São Paulo, que já conhecia de outra oportunidade e pude confirmar, é uma Loja de irmãos muito cultos e inteligentes. 

Foram apresentados alguns ensinamentos e os comentários sobre estes ensinamentos foram tão bons ou até melhores do que os mesmos.

Todos os irmãos usaram da palavra e foi impossível definir quem falou melhor.

O jovem VM Leandro Martins Rodrigues Barbosa conduziu a sessão com segurança e leveza e apesar de ter terminado bem tarde ninguém se incomodou tão agradáveis e instrutivos foram os trabalhos.

OREMOS PELA PAZ NA TERRA SANTA



Na mensagem postada abaixo divulgada pelo Vaticano percebemos que mesmo pessoas cultas e merecedoras de todo o respeito incorrem em equívocos quando avaliam situações como as que vivemos. 

A guerra não é contra os palestinos, é contra os animais terroristas do Hanas que usam seu próprio povo como escudo sem lhes dar maior importância do que aos civis assassinados em Israel.

A guerra prossegue porque os animais terroristas têm em seu poder mais de 200 reféns, homens, mulheres, crianças e idosos, e ninguém diz uma palavra sequer para a soltura deles. Israel cessaria os ataques no momento em que fossem soltos.

Os bilhões de dólares entregues ao Hamas e ao Hesbollah pelos países arabes não foram aplicados em infraestrutura urbana ou melhorias sociais, foram gastos em armas e luxos exorbitantes para seus dirigentes. Os palestinos continuam vivendo na miséria como seus antepassados mas os líderes não andam mais em camelos, cavalgam Mercedes e Rolls Royce.

E pedidos como os da ONU ou do Papa são apenas para registro midiático e não para resolver qualquer problema.

OREMOS PELA PAZ NA TERRA SANTA

Papa Francisco: “palestinos e israelenses têm direito à paz, rezemos pela Terra Santa”.

Em uma mensagem de vídeo divulgada pela Rede Mundial de Oração, o Papa Francisco pede aos fiéis que rezem pela Ucrânia e especialmente pela Terra Santa, para que "as diferenças se resolvam através do diálogo e da negociação e não com uma montanha de mortos de cada lado".

Toda guerra é uma derrota. Não se resolve nada com a guerra. Nada. Tudo é conquistado por meio da paz e do diálogo. 

Francisco repete isso repetidamente para todos os conflitos no mundo. Nos últimos tempos o Pontífice tem voltado seu olhar particularmente para a Ucrânia e a Terra Santa, lugares para os quais os apelos são cotidianos, como o de hoje, através da mensagem de vídeo realizada pela Rede Mundial de Oração do Papa, à qual ele mesmo pediu para organizar uma campanha especial de oração pela paz no mundo e na Terra Santa.

Todos sentimos a dor das guerras. Sabeis que, desde que terminou a segunda guerra mundial até hoje, as guerras continuaram em diferentes regiões do mundo. 

Quando ficam longe, não as sentimos muito. Há duas muito perto de nós que nos levam a reagir: na Ucrânia e na Terra Santa. São dois povos irmãos. O que está acontecendo na Terra Santa, segundo as palavras do Papa, "é muito duro". 

O povo Palestino e o povo de Israel têm direito à paz, têm direito a viver em paz dois povos irmãos. O pedido é, mais uma vez, de rezar pela paz na Terra Santa: “Rezemos pela paz na Terra Santa. Rezemos para que as diferenças se resolvam através do diálogo e da negociação e não com uma montanha de mortos de cada lado. Por favor, rezemos pela paz na Terra Santa”.

VaticanNews  https://twitter.com/padrejoaozinho/status/492623302528348160