fevereiro 24, 2024

SIM, SIM; NÃO, NÃO! - Heitor Rodrigues Freire



Uma das coisas mais difíceis, hoje em dia, é controlar a língua. Com tanta interação online, as pessoas se veem tentadas a opinar sobre tudo e julgar o tempo todo. 

A palavra é o meio próprio e natural de expressão do ser humano, ou o que nos distingue das outras criaturas. E a linguagem se manifesta justamente por meio da palavra. A linguagem é, portanto, uma característica eminentemente humana.

Desde criança, pelo convívio diário com os pais e demais parentes, começamos a falar sem nos dar conta da importância da palavra, do seu significado e do que ela representa como fator de evolução mental e espiritual. A palavra faz parte do nosso patrimônio genético. As mudanças na sociedade se refletem na linguagem falada e escrita.

A falta de uma orientação verdadeira sobre o significado da palavra resulta no seu uso inadequado. Devido à familiaridade e facilidade em falar, deixamos de nos beneficiar de um poder extraordinário que nos foi concedido pelo nosso Pai. Por meio da palavra foi criado o universo, e através da palavra cada um de nós cria o seu próprio mundo, sabendo ou não, querendo ou não. 

Jesus, como sempre, é brilhante em seus ensinamentos:“ Seja porém, o vosso falar: Sim, sim; Não, não; porque o que passa disto é de procedência maligna”. (Mateus 6:36). Dizendo também que não devemos jurar por nada, nem por ninguém, mas devemos manter nossa palavra. Se dissermos sim, ou se dissermos não, isso deve bastar.

Também no livro dos Provérbios encontramos essas três pérolas:

“Quem fala muito acaba pecando; a pessoa prudente põe freio na boca” (Provérbios 10:19).

“Cada um se satisfaz com aquilo que fala, mas receberá conforme aquilo que faz” (Provérbios 12:14).

"A morte e a vida estão no poder da língua; o que bem a utiliza come do seu fruto." (Provérbios 18:21).

O ato de falar demonstra quem são as pessoas. Os sábios fazem uso da palavra para sua comunicação necessária e útil; os insensatos falam sem parar. Aliás, há um ditado popular que sintetiza com muita propriedade essa questão: “Quem fala muito dá bom dia a cavalo”. Essa referência vem a propósito de uma observação a respeito de um estranho vírus que ataca os ocupantes de cargos políticos, de maneira indistinta.

Assim, na plenitude dos tempos, é importante que aprendamos a fazer uso adequado dessa faculdade maravilhosa e criadora. Falar à toa, jogar conversa fora, por exemplo, discutir política, religião ou futebol são temas que acabam, algumas vezes, criando inimizades e distanciando as pessoas. 

Mais uma mensagem divina:

“Seja o vosso falar: ‘sim, sim; não; não’, recomenda o Evangelho. Para concordar ou recusar, todavia, ninguém precisa ser de mel ou de fel. Bastará lembrarmos que Jesus é o Mestre e o Senhor não só pelo que faz, mas também pelo que deixa de fazer” (Emmanuel. Pão Nosso. FEB Editora, cap 80.)

Para finalizar, um texto do jornalista, escritor e teatrólogo, Nelson Rodrigues que também merece reflexão:

“A maioria das pessoas imagina que o mais importante no diálogo é a palavra. Engano: o importante é a pausa. É na pausa que duas pessoas se entendem e entram em comunhão”. 


ESSA PEDRA BRUTA - Roberto Ribeiro Reis


Essa pedra bruta

Há de ser polida,

Nesta ou noutra vida:

A mudança resoluta.


Essa ignorância

Há de ser mitigada,

Como vil fragrância

Mortal, se inalada.


Esse ser disforme

Há de ser moldado,

Um esforço enorme,

Genial, se desejado.


Essa matéria imperfeita

Há de ser finita,

Deve estar sujeita

À essência bendita.


Esse corpo doente

Carece de mente sã,

Pois o principal afã

É crescer, espiritualmente.


A ascensão divina

É desiderato de cada Ir.’.;

Com a proteção divina

Permeada de união.


Toda pedra nos importa,

Valoroso é seu burilamento,

Vivendo todo encantamento

Que a nossa Ordem exorta.

fevereiro 23, 2024

O PROCESSO INICIÁTICO - José Maurício Guimarães

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Nem todos que buscam a Iniciação tornam-se dignos de encontrar o verdadeiro segredo, a Palavra Perdida ou a Pedra Filosofal. Pode parecer muito decepcionante, mas grande parte dos que batem às portas dos Templos, apesar de admitidos permanecem como que "do lado de fora", envolvidos carmicamente apenas com a manutenção financeira das instituições.

Do mesmo modo, nem todos que batem à porta da Justiça recebem o Direito, apesar de as Constituições assegurarem a todos o "suum cuique tribuere", isto é: a cada um o que lhe é devido.

Considero "O Processo" de Franz Kafka o livro mais importante do Século XX (escrito entre 1914 - 1925) e me surpreendo de que essa obra não tenha sido lida por todos que buscam a Iniciação e mesmo o Direito.

Li "O Processo" cinco vezes durante minha vida: a primeira quando eu era acadêmico de Direito na UFMG; depois quando frequentei o primeiro ano da pós-graduação na classe do saudoso Professor Lydio Machado Bandeira de Mello que questionava a obra e nos incitava a ler o Kafka como um desafio à Justiça e à história da inclusão do povo judeu na Europa.

Há uma intrigante alegoria nas páginas finais do livro cujo sentido foi grandemente explorado por Orson Welles no filme baseado no livro ("The Trial", 1962).

Vou narrar essa alegoria com minhas palavras:

No ano 4.921 do calendário hebreu, quingentésimo quinquagésimo quinto ano do calendário islâmico e milésimo octogésimo do calendário indiano, nada aconteceu de relevante nos grandes reinos. Os homens não iniciavam novas guerra ˗ apenas se empenhavam  nas que já existiam. Também não houve tratados de paz. O fato mais importante foi que o imperador Manuel Comnenós I submeteu Jerusalém e Antioquia para que aceitassem o domínio bizantino e sua autoridade.

Naquela época, em Patras, próximo de Sicon e Corinto, havia um Templo Iniciático protegido das indiscrições profanas pela ilusão dos sentidos ˗ o véu de Maia.

Diante daquele Templo ficava um guardião de aspecto amedrontador. Ele estava ali havia anos, vestido com pesado manto, armado de espada e imóvel...

Seu corpo musculoso e pesado, como o de um lavrador, apenas se deslocava alguns passos, poucas vezes a cada ano, acaso percebesse algum ruído entre as pedras do deserto. Ele não comia alimento algum, nem água bebia.

Certa manhã, antes de nascer o sol, um buscador se aproximou cansado, olhou em volta e, ao reconhecer o Templo que procurava, pediu ao guardião que o deixasse entrar.

O guardião ergueu a mão direita levando a outra à espada e respondeu que não poderia abrir os portais do Templo. E pediu ao buscador que aguardasse até que a ocasião propícia lhe fosse apresentada.

O buscador não entendeu a resposta e, aproveitando que o guardião virava o rosto para outro lado, arriscou-se a olhar pelo portal iluminado. E perguntou se poderia permanecer sentado do lado de fora até que chegasse a ocasião propícia.

" - Nada te impede que fiques sentado do lado de fora. Nada é impossível para quem busca, sabe pensar e esperar", respondeu o guardião.

O buscador achou melhor sentar e descansar. Decidiu esperar até que, purificado pelo pensamento ou pelo jejum, recebesse autorização do guardião para entrar. Nos três primeiros dias ele permaneceu em meditação, mas seu pensamento foi ficando agitado. Depois, ele passou a contar as pulgas que conseguia ver no pesado manto do guardião.

Passaram-se longos anos e o buscador olhava ininterruptamente para o guardião que lhe parecia ser o único obstáculo à sua entrada no  Templo. A essa altura ele já conhecia cada pulga e sabia distinguir as que morriam nas novas que iam nascendo. Diante dele, o portal do Templo deixava escapar um pouco da luz interior e o eco distante de música desconhecida...

Por fim, o buscador envelheceu. Sua visão ficou fraca. Ele já não sabia se a luz do dia era a noite. Ainda assim, conseguia distinguir lampejos esmaecidos do clarão inextinguível vinda do portal. Como já não tinha muito tempo de vida, resolveu fazer a pergunta que até então não formulara:

" - Se todos aspiram o conhecimento - disse ele - como se explica que durante todos estes anos ninguém, a não ser eu, apareceu por aqui pedindo para entrar?"

O guarda percebeu que o homem estava perto do fim. Aproximou-se do ouvido do moribundo e disse:

" - Diante deste portal, ninguém!, a não ser você, poderia entrar. Este portal e esta entrada foram destinadas apenas a você. Não precisava pedir permissão, era só empurrar a porta... Eu não sou o guarda deste portal, sou apenas o protetor do Templo para que as feras do deserto não se aproximem. Agora você nem consegue caminhar até a tranca metálica da porta. Vou-me embora, pois minha eternidade termina hoje. Quanto a você, permaneça aqui mesmo".

DESVENDANDO O "TRIPLO TAU" - Kennyo Ismail


O “Triplo Tau” é tido como um importante símbolo maçônico pois, em muitos rituais e Obediências, ornamenta o principal avental da Loja, o do Venerável Mestre, além de compor o emblema do Real Arco. Assim, o “Triplo Tau” está presente de forma destacada tanto na Maçonaria Simbólica quanto nos Altos Graus do Rito de York e do Sistema Inglês Moderno.

Sendo símbolo tão presente e de tanto destaque na Maçonaria, natural que milhares de interpretações oficiais e extraoficiais surgem para a alegria dos pseudossábios de plantão. Talvez esse seja o maior problema enfrentado internamente na Maçonaria: a constante tentativa de complicar o simples, de dar significados extras e não maçônicos à simbologia maçônica.

Em muitos livros e artigos maçônicos publicados, o “Triplo Tau” é tido como símbolo baseado numa letra grega utilizada antigamente por hindus e judeus como símbolo da eternidade, do que é sagrado, dos “escolhidos”, e que, combinado em três, simboliza o nome de Deus, etc, etc, etc. Enfim, descrever todos os significados atribuídos a esse símbolo é um desafio que um único texto seria incapaz de encarar.

Para compreender de forma correta esse símbolo, precisa-se estudá-lo em cada contexto:

O "Triplo Tau"do avental dos Mestres Instalados

Eu sinto muito informar, mas os três Taus vistos no avental dos Mestres Instalados de muitos Rituais e Obediências não são “Taus”.

A simbologia da Maçonaria Simbólica é baseada na Maçonaria Operativa, e o avental do Venerável Mestre não é diferente. Os três principais Oficiais duma Loja possuem ferramentas como símbolo: Segundo Vigilante: Prumo; Primeiro Vigilante: Nível; Venerável Mestre: Esquadro. O que parece um Tau, na verdade é um tipo de esquadro, chamado em inglês de “T-square”, que em português significa “equadro-T”, mas é mais conhecido por “régua-T”. Como se sabe, o Mestre da Loja é muitas vezes ilustrado como aquele desenhando na Prancheta da Loja. O esquadro-T, ou régua-T, além de possibilitar o desenho de ângulos retos, é extremamente necessário para se desenhar retas paralelas.

Com a onda esotérica que tanto influenciou a Maçonaria durante os séculos XVIII e XIX, deram a vários símbolos significados místicos, não-maçônicos, e o esquadro-T foi uma dessas vítimas. Se fossem Taus, obviamente seriam posicionados com as partes de duas extremidades voltadas para cima, e não para baixo como são.

O “Triplo Tau” do Real Arco

Também sinto em informar que o “Triplo Tau” do Real Arco americano e inglês originalmente também não é um Triplo Tau.

O símbolo do Real Arco aparenta ser três Taus unidos pelas bases, e com o tempo essa se tornou inclusive a descrição oficial do símbolo. Mas na verdade, o símbolo original é um “T” sobre um “H”, sendo a sigla de “Templum Hierosolymae”, nome em latim do que conhecemos como Templo de Salomão. Por sorte, o primeiro regulamento do Real Arco, datado de 12 de Junho de 1765, aponta a sigla TH como emblema do Real Arco e decifra seu significado, e em 1766 surgiu a instrução para posicionar o T sobre o H em todo seu uso. Além disso, o famoso maçom Thomas Dunckerley, grande defensor e promotor do Real Arco, deixou essa informação em evidência em correspondência oficial datada de 27 de Janeiro de 1792.

Com o tempo e sob a mesma influência esotérica mencionada anteriormente, não foi difícil a união do T com o H num único símbolo e o surgimento de sua denominação como “Triplo Tau”, o que acabou sendo oficializado com o passar dos anos.

Conclusão

Não existe “Triplo Tau” na Maçonaria. Existe “esquadro-T” na Maçonaria Simbólica, e “T sobre H” no Real Arco. O resto é invenção sem base teórica, verdadeiros desrespeitos à Maçonaria e sua história. A simbologia maçônica já é interessante e significativa o bastante, não necessitando de tais enxertos.

HUMANAMENTE SE SITUANDO ENTRE VIVER E EXISTIR - Newton Agrella


O influente e notável escritor e poeta irlandês Oscar Wilde escreveu :

"...Viver é a coisa mais rara do mundo. 

A maioria das pessoas apenas existe..."

Se nos ativermos ao plano da essência filosófica e não meramente formal,  perceberemos que há uma significativa e sensível diferença entre existir e viver.

"Existir" traduz-nos a ideia e a noção de presença, seja ela material ou abstrata, breve ou longa, inteira ou parcial.

Porém, na sua acepção vocabular, seu significado está atrelado a um conceito de inércia e de permanência.

A existência, por si só,  revela um estado que não comporta movimento ou transformação. 

Simplesmente é ou está.

Essa passividade é o que caracteriza sua configuração no tempo e no espaço.

E que fique claro que não há absolutamente qualquer indício de demérito nisso. 

Pelo contrário, a existência é o que provoca a capacidade de se tornar referência a tudo o que gravita, transpõe, transita e até o que se distancia ou se afasta de seu eixo.

Por outro lado, se nos abstivermos de um olhar incisivamente cartesiano, perceberemos que "viver" revela  a dimensão de um significado pleno de desafios, posto que sua essência, enseja a

capacidade de transformar, modificar, de ser ativo, e de que o ser humano está propenso a se adaptar às mais diversas circunstâncias, uma vez que a vida é a experiência mais densa e profunda pela qual se pode transitar.

Ao historiador grego Plutarco, é atribuída a frase:

"...É preciso viver, não apenas existir..." 

Sem qualquer intenção de se inspirar em frases, mas é inequívoco que o exercício do pensamento se vale de referências, até mesmo porque viver impõe essa ação contínua para que a nossa existência se justifique e faça sentido.

Cada um de nós, vive sua história na intensidade que lhe é permitida. 

E essa prerrogativa existe como um registro particular e pertinente a tudo o que cada um de nós produz ou produziu.

O desejo latente que cada pessoa leva consigo é o de viver e não apenas o de existir.

Dispomos do dom da escolha de viver bem, de viver feliz, e não de deixarmo-nos ser "levados pela vida".

A vida é o maior bem que o ser humano possui. 

Isto significa que em principio, "viver"  é antes de mais nada um genuíno ato de sabedoria, ao passo que "existir"  constitui-se numa relação cronológica, que se estabelece entre o ser humano e o Universo, que obedece um critério de duração e de conformidade com as experiências acumuladas.



 *ENDOENÇAS*


Vamos humildes obreiros

Sigamos nossa lida jurada

Qual triunfantes Cavaleiros

Com bom verbo que espada,

Aos propósitos sobranceiros


Longa é nossa estrada

Rumo à plena  libertação,

À justiça, a quem não tem nada

E sobre as trevas da servidão

Ver então a Luz triunfada


Virtuosos sem esperar gratidão

Apenas por jura, por caridade,

Levar amor a cada irmão

E informar a fraternidade

Sobre os elos da nossa união


Perdoar com equidade

Os eventuais antecedentes

De intransigência, de vaidade,

Fazendo valer entrementes,

Os princípios da Real sociedade!


E como ceia dos indulgentes

Celebrar com bom vinho e pão

Rogando as Graças aos presentes

Tal qual manda a tradição..

Ao Grande Arquiteto pelos ausentes !


Adilson Zotovici

ARLS Chequer Nassif 169

fevereiro 22, 2024

O MAÇOM E O BMW - Roberto Ribeiro Reis


A Maçonaria é a via eleita para nosso aperfeiçoamento interior. Por meio dela - que mantém a postura distante do proselitismo religioso arraigado, e longe do sectarismo político extremista - podemos ultrapassar as vis paixões das barreiras profanas, e alcançarmos nossa versão melhorada, através seu vasto arcabouço simbólico, alegórico e filosófico.

A maioria de nós pregamos o desinteresse pela matéria, muito embora a tarefa, na prática, não seja tão simples assim. Afinal, sinceramente, quem não deseja sair por aí, dirigindo uma Ferrari ou um Porshe, ainda que este pertença a terceiros? É o desejo ávido pelo status de poder, de ser reconhecido como uma pessoa de prosperidade financeira. Não é isso que os “coaches” têm vendido na maioria das vezes?

Por outro lado, há pessoas que não ligam para os carrões luxuosos ou mansões; preferem as viagens pelo mundo às suntuosidades que o dinheiro proporciona, pelo simples fato de poderem conhecer culturas e povos diferentes. Isso, para elas, é também outro tipo de riqueza – bem mais interessante, com respeito às opiniões contrárias.

Há uma pequena minoria que se interessa somente pelo básico à sua subsistência, e que tem cultuado a vida espiritual e a natureza, praticando um exercício de profunda contemplação e gratidão ao Grande Arquiteto por todas as bênçãos recebidas.

Naquilo que me toca, não posso ser hipócrita em relação às facilidades que o dinheiro proporciona, vale dizer um bom plano de saúde, os melhores médicos, oportunidades de conhecer o mundo e de desfrutar de bons momentos de lazer. Na verdade, nunca sonhei em ter um veículo extravagante, até ter conhecido um Irmão, após ter sido iniciado em nossos Augustos Mistérios.

A Maçonaria – que não é pirâmide de riqueza, e tampouco clube de auxílio financeiro- presenteou a mim e a todos nós com 𝙪́𝙣𝙞𝙘𝙤 𝘽𝙈𝙒; assim, vale reiterar, temos um só carro que deve atender às demandas de todos os Irmãos que nutrem respeito pela Sublime Ordem e seus gloriosos encantos.

Um BMW possante que, por onde passa, chama atenção por sua exuberância e brilho inconfundíveis. Um veículo que nos conduz pelas 𝙀𝙨𝙩𝙧𝙖𝙙𝙖𝙨 da 𝙎𝙖𝙗𝙚𝙙𝙤𝙧𝙞𝙖 e do 𝙀𝙣𝙩𝙚𝙣𝙙𝙞𝙢𝙚𝙣𝙩𝙤, capaz de atingir a velocidade da luz, possibilitando-nos que cheguemos ao destino final: nosso lapidar íntimo.

Seu potente motor possui 333 (𝙩𝙧𝙚𝙯𝙚𝙣𝙩𝙤𝙨 𝙚 𝙩𝙧𝙞𝙣𝙩𝙖 𝙚 𝙩𝙧𝙚𝙨) cavalos 𝙖𝙡𝙖𝙙𝙤𝙨, e faz com que alcemos voos aos mais 𝙚𝙡𝙚𝙫𝙖𝙙𝙤𝙨 𝙚𝙨𝙩𝙖𝙙𝙤𝙨 𝙙𝙚 𝙘𝙤𝙣𝙨𝙘𝙞𝙚̂𝙣𝙘𝙞𝙖, com a segurança do controle de estabilidade, para que não derrapemos, e não colidamos com veículos da ignorância e da obscuridade.

O 𝙣𝙤𝙨𝙨𝙤 𝙨𝙤𝙣𝙝𝙤 maior é que haja mais BMWs espalhados pelo mundo afora. 𝘽𝙈𝙒, 𝙘𝙪𝙟𝙤 𝙨𝙞𝙜𝙣𝙞𝙛𝙞𝙘𝙖𝙙𝙤 𝙚́ 𝘽𝙚𝙣𝙚𝙢𝙚́𝙧𝙞𝙩𝙤 𝙈𝙞𝙘𝙝𝙖𝙚𝙡 𝙒𝙞𝙣𝙚𝙩𝙯𝙠𝙞: um veículo produzido por um “𝙀𝙣𝙜𝙚𝙣𝙝𝙚𝙞𝙧𝙤 𝙎𝙪𝙞 𝙂𝙚𝙣𝙚𝙧𝙞𝙨”, capaz de percorrer todo planeta, espalhando amor e caridade. Uma máquina veloz, leve e híbrida, abastecida à base de luz e conhecimento.

Este é, indubitavelmente, o carro de luxo a ser “adquirido” por todo Maçom que se preze. O resto, com todo respeito, é lataria disfarçada de suntuosidade, bela por fora, oca por dentro. Podemos chegar aonde quisermos, quando conduzidos por esse “𝙖𝙪𝙩𝙤𝙢𝙤́𝙫𝙚𝙡 𝙞𝙡𝙪𝙢𝙞𝙣𝙖𝙙𝙤”, a cujo motor implacável se referem os melhores 𝙈𝙚𝙘𝙖̂𝙣𝙞𝙘𝙤𝙨 𝙙𝙖 𝘾𝙪𝙡𝙩𝙪𝙧𝙖.

E aí, você prefere continuar parado, ou quer dar um volta de BMW pela pista do “𝘼𝙪𝙩𝙤́𝙙𝙧𝙤𝙢𝙤 𝙙𝙤 𝙎𝙖𝙗𝙚𝙧”?


PS.: No Dia Internacional do Maçom, uma singela homenagem a quem alimenta aos Maçons de Sabedoria e farto Conhecimento.





DIA INTERNACIONAL DO MAÇOM - Adilson Zotovici



Todo ano é costumeiro 

Nesse importante dia 

Aqui e no mundo inteiro 

Festa da maçonaria


Manifesto sobranceiro 

Aprovado com euforia 

Em honra a grande obreiro 

Por denodo e valentia 


Com liberdade por guia 

Pela ordem, vanguardeiro, 

Sua amada Pátria regia 


_Vinte e dois de fevereiro_ 

George Washington nascia...  

_Dia do Livre Pedreiro_ !


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DIA INTERNACIONAL DO MAÇOM - 22 DE FEVEREIRO


O dia 22 de fevereiro foi fixado como o "DIA INTERNACIONAL DO MAÇOM". Esta data foi escolhida, pois exatamente neste dia, comemora-se nos Estados Unidos, o aniversário de GEORGE WASHINGTON. 

Do dia 20 a 22 de fevereiro de 1.994, realizou-se em Washington, capital dos Estados Unidos, a Reunião Anual dos Grãos-Mestres das Grandes Lojas da América do Norte, com a presença das Obediências Grande Loja da Inglaterra, Grande Loja Nacional Francesa, Grande Loja Regular de Portugal, Grande Oriente da Itália, e o Grande Oriente do Brasil entre outras. 

Ao final dos trabalhos, o Grão-Mestre da Grande Loja Regular de Portugal, Fernando Paes Coelho Teixeira, sugeriu a fixação da data do dia 22 de fevereiro como o "DIA INTERNACIONAL DO MAÇOM", a ser comemorado por todas as Obediências reconhecidas, o que foi totalmente aprovado por todos os presentes. 

Washington foi iniciado na Maçonaria no dia 4 de novembro de 1.752, na "Loja Fredericksburg nº 4", de Fredericksburg, no estado da Virginia; elevado ao grau de Companheiro em 1.753, e exaltado a Mestre no dia 4 de agosto de 1.754. Vale ressaltar que a Maçonaria nos Estados Unidos teve início em 23 de abril de 1.730, no estado de Massachussets, portanto 02 (dois) anos antes do nascimento de George Washington. 

O Primeiro Presidente Norte-Americano GEORGE WASHINGTON foi o primeiro presidente norte-americano, sendo um forte defensor da democracia, permitiu que o seu país emergisse como uma nação verdadeiramente voltada aos interesses do povo. Washington foi eleito por duas vezes ao cargo, mas após o final de seus mandatos, ele não tentou permanecer no poder. Ele então estabeleceu a organizada e pacífica passagem de poder de um líder eleito para outro - um precedente que sempre permaneceu em vigor em toda a história dos Estados Unidos. Segundo alguns biógrafos de George Washington, este não era um grande pensador ou orador assim como outros líderes americanos anteriores tais como Thomas Jefferson, James Madison ou Benjamin Franklin. 

Entretanto, sua liderança provou ser ainda mais valiosa que a mente brilhante destes homens. Não fosse por sua liderança, provavelmente as bases para a lei, ordem e democracia nos Estados Unidos não teriam se estabelecido de forma tão sólida e não teriam resistido ao tempo. 

Representante da Virginia no 1º Congresso Continental (1.774) e Comandante-geral das forças coloniais (1.775), dirigiu as operações, durante os cinco anos da Guerra de Independência, após a declaração de 1.776. Ao ser firmada a paz em 1.783, renunciou à chefia do Exército, dedicando-se então aos seus afazeres particulares. 

Como Presidente da República norte-americana, nunca olvidou a sua formação maçônica: ao assumir o seu primeiro mandato, em abril de 1.789, prestou o seu juramento constitucional sobre a Bíblia da "Loja Alexandria nº 22", da qual fora Venerável Mestre em 1.788; em 18 de setembro de 1.783, como Grão-Mestre da Grande Loja de Maryland, colocou a primeira pedra do Capitólio - o Congresso norte-americano - apresentando-se com todos os seus paramentos e insígnias de alto mandatário Maçom.

GEORGE WASHINGTON faleceu em sua casa, em 14 de dezembro de 1.799, seu sepultamento ocorreu no dia 18, na mesma propriedade de Monte Vernon, numa cerimônia fúnebre Maçônica, dirigida pelo Reverendo James Muir, capelão da "Loja Alexandria nº 22", e pelo Dr. Elisha C. Dick, Venerável Mestre da mesma Oficina. 

O legado do primeiro presidente norte-americano continua até hoje. A capital do país, Washington D.C. (Distrito de Colúmbia), recebe seu nome. Uma nação agradecida reconhece que sua grandeza se deve em grande parte a homens como Washington, que lutaram para criar um país baseado nos ideais de "vida, liberdade e a busca pela felicidade". Mesmo que a história americana não seja impecável, a nação provou ser uma fonte de liberdade, oportunidade e riqueza para norte-americanos e imigrantes de outras nações do mundo. 

Pelo exposto, a fixação do dia 22 de fevereiro como "DIA INTERNACIONAL DO MAÇOM", representa uma justa homenagem a um grande maçom, que antes de tudo, após a sua luta pela Independência de seu país, preferiu como forma de governo, a República Democrática à monarquia, transformando-se num dos Grandes vultos da História Universal. 

http://www.colegioveneraveis.com/datas/macon_internacional.htm

A (IM)PERFEIÇÃO E AS OLD CHARGES (II) - Paulo M.


Em pleno século XIX houve diversas tentativas de se tornar menos estrita a regra que impedia a admissão de deficientes físicos na Maçonaria, alegando-se ser esta um legado dos tempos da maçonaria operativa. Algumas Grandes Lojas deixaram, mesmo, cair este requisito, exigindo apenas que o candidato tivesse a capacidade física estritamente necessária a que pudesse ser iniciado e receber os ensinamentos da Ordem. Mas logo vozes se elevaram, recordando que o que estava em causa era um dos landmarks da Maçonaria, que são por definição imutáveis, e por isso a questão não careceria sequer de mais discussão. Independentemente da origem do preceito residir na maçonaria operativa e ter, entretanto, deixado de fazer sentido, este deveria ser cumprido, sob pena da retirada do reconhecimento às Obediências que não o cumprissem e fizessem cumprir. Mas não se pense que, sem mais debate, a questão se ficava por aqui, ou que os argumentos alegados eram desprovidos de substância; pelo contrário.

Alegava-se, por exemplo, que a Bíblia descreve, repetidamente, como só um animal perfeito e sem mancha podia ser oferecido em sacrifício. Se o bicho tivesse a mínima imperfeição deixava de ser passível de ser oferecido em holocausto: ao Divino não se oferecia senão o que se tinha de melhor. Ainda nesta perspetiva, uma vez que, em Maçonaria Regular, se trabalha “À Glória do Grande Arquiteto do Universo” – donde decorre que o trabalho que se faz é feito em Sua intenção, sendo cada maçon a sua própria oferenda – a aplicar-se à letra o antigo princípio da perfeição da vítima sacrificial, poder-se-ia discorrer que um deficiente físico não seria “suficientemente bom” para ser oferecido ao Grande Arquiteto do Universo.

Outro dos argumentos teria que ver com a capacidade de trabalhar. A Maçonaria – mesmo a Especulativa – socorre-se do trabalho como forma e método de aprendizagem, pelo que a incapacidade para desempenhar tarefas úteis poria em causa todo o método maçónico. Por outro lado, é essencial que um maçon se baste a si mesmo, pois de outro modo não teria a disponibilidade mental para se aperfeiçoar enquanto pessoa. É uma questão de prioridades: primeiro o sustento do corpo, depois o apuramento do espírito.

A própria simbologia maçónica era usada como argumento. Discutia-se, com a maior seriedade, se, uma vez que a maçonaria tinha por objetivo a “construção do Templo” a partir das pedras que cada um ia tratando de polir, não seria contrário à mesma maçonaria aceitar pedras “tortas”? Que Templo Perfeito poderia a Maçonaria almejar construir à Glória do Grande Arquiteto se as pedras não fossem todas perfeitas?

Espantosamente, este debate ainda persiste; ainda há Obediências – Grandes Lojas – cujos regulamentos proíbem a admissão de deficientes físicos. Contudo, mesmo a maioria dessas admite que, se um Irmão ficar limitado (amputado, paralisado…) após a sua admissão, terá todo o apoio da loja.

Na Grande Loja Legal de Portugal/GLRP a questão, tanto quanto sei, não se coloca. As condicionantes à admissão são, de acordo com a Constituição e Regulamento Geral da GLLP, apenas que os candidatos sejam

“homens livres e de bons costumes que se comprometem a pôr em prática um ideal de paz” , que tenham “o respeito pelas opiniões e crenças de cada um”, e sejam “homens de honra, maiores de idade, de boa reputação, leais e discretos, dignos de serem bons irmãos e aptos a reconhecer os limites do domínio do homem, e o infinito poder do Eterno”.

Pode argumentar-se que um deficiente físico não é inteiramente livre. Fosse esse um requisito – ser inteiramente livre – e não haveria quem pudesse ser admitido na maçonaria. Todos nós só o somos até certo ponto. Quanto à iniciação, será que se perde alguma coisa se for feita de cadeira de rodas? Claro que sim. Mas não se perde mais numa iniciação do que num passeio na cidade; quem está limitado sabe que o está, e em que medida.

E um surdo? Ou um cego? Poderão ser iniciados maçons? Não vejo porque não. Desde que aptos a comunicar, estou certo de que se providenciaria o que fosse razoável para os acomodar. Um surdo pode, por exemplo, ler nos lábios; e poderia “falar” por escrito, à falta de melhor. Um cego pode ouvir e falar – apesar de poder ser curioso ouvir da sua boca algumas fórmulas rituais que se referem à Luz e às Trevas, por exemplo, mas basta que interiorizemos que a Luz e as Trevas, em Maçonaria, são simbólicas, não precisando nós dos olhos para as poder entender, para que logo as suas palavras deixassem de soar estranhas.

Pode um amputado praticar natação? Ou um paraplégico jogar basquete? Sabemos que podem. E podem competir de igual para igual com uma pessoa não deficiente? Tenho as minhas dúvidas. Mas poderá a prática desportiva tornar a sua vida mais completa, incrementar a sua saúde, torná-los pessoas mais felizes? Disso já tenho a certeza. Do mesmo modo, poderá um deficiente físico tirar partido da maçonaria tanto quanto alguém que o não seja? Bom… em muitos casos até pode, mas admitamos que não podia. Seria essa lacuna, esse inultrapassável obstáculo, razão para que fosse impedido de atingir todo o resto?


Publicado no Blog “A partir pedra” em 25 de Dezembro de 2010

O QUE VOCÊ PRECISA SABER SOBRE A DEPRESSÃO -


O que Você precisa saber sobre a depressão física, orgânica e psicológica.

Considero importante este tema para todos, especialmente para psicoterapeutas e curadores.  O leigo não avalia o  abismo e fundo do poço que pode levar a depressão na vida de uma pessoa. Precisamos compartilhar esta informação e levar a consciência em todos os canto do mundo. A depressão poderá se cronica se não for tratada.

 “A depressão gera depressão: a pessoa levemente deprimida não pode admitir o estresse de que necessita a fim de prosperar.

 Ao contrário, tem de constantemente procurar formas e meios de relaxar, acalmar seu sistema, tranquilizar  a mente e seus turbilhões. A compreensão e o desenvolvimento tornam-se muito lentos à medida que o indivíduo deprimido fica cada vez mais esquivo, virando as costas para as pessoas, os lugares e as comoções que animam a vida.

Por tudo isso, é preciso aliviar a depressão, usando quaisquer meios que estejam à mão: depressão é antivida; ela traz consigo o fechamento de possibilidades, a diminuição da luz. Mesmo em suas formas mais sutis, silencia a alma.

A BIOLOGIA  do Cérebro - Depressão Mascarada  e Orgânica.

Talvez o aspecto mais criativo dessa hipótese seja o relacionado à transformação da tristeza em depressão: o lado esquerdo superativo no cérebro da pessoa triste, segundo pesquisadores, acaba se autoconsumindo, tornando-se o lado esquerdo subativo do clinicamente deprimido.

A lição da depressão, bem como das outras sombras mentais, indica que se deve pensar no cérebro de maneira diferente. Em geral, não se pensa em preservá-lo e protegê-lo como se pensa, por exemplo, em preservar e proteger o coração.

Quando o assunto é a saúde do coração, todos sabem que o correto é interceptar a doença cardíaca antes dela desenvolver-se. Por isso nos inundam com  artigos sobre dietas, exercícios e estilos de vida para manter o coração saudável. A mensagem é: previnam-se.

Com os problemas de origem cerebral, porém, supõe-se que a coisa a fazer é aguentar e esperar dias melhores. Pode-se procurar terapia verbal quando se sente muito mal, mas a maioria das pessoas precisa sentir-se péssima antes de pensar sequer em pedir a um amigo que indique um terapeuta. Imaginam que, mais cedo ou mais tarde, problemas de origem cerebral cuidarão de si mesmos.

Mas o fato é que o cérebro é como qualquer outro órgão no corpo: como o coração, também precisa de cuidado e alimentação. Deve-se tratar de pequenos problemas no funcionamento cerebral antes que se tornem grandes.

 A parte a profunda tristeza e a força destrutiva de uma depressão clínica desenvolvida, motivo suficiente para buscar a prevenção, as pesquisas mostram que a doença deixa sequelas no cérebro depois de desaparecer.


A mais perturbadora dessas descobertas é a de que a depressão clínica pode “nos preparar” para uma segunda crise, da mesma maneira que um deslocamento no tornozelo deixa os ligamentos mais vulneráveis a outro deslocamento.

Mas depois disso, para muitos, a depressão adquire natureza mais “orgânica”. A segunda crise ocorrerá como reação a um problema muito menor, a terceira será desencadeada por algo ainda mais tênue, e assim por diante.

 Por fim, a depressão acaba adquirindo vida própria, parecendo eclodir por livre determinação; torna-se cada vez mais difícil definir o motivo ambiental que provocou a recorrência. Nesse ponto, os clínicos diagnosticarão o paciente como vítima de depressão endógena, quando na verdade o seu cérebro ficou susceptível à depressão endógena por causa de surtos prévios de depressão reativa.

Pesquisadores ligam essa sequência progressiva ao fenômeno incitante conhecido dos clínicos no campo da epilepsia. O efeito incitante tem a ver com a resposta cerebral à corrente elétrica. Em geral, o cérebro suporta uma descarga substancial de eletricidade sem entrar em convulsão, mas não consegue suportar repetidas descargas de baixa voltagem.

 Ao receber pequenos choques, o cérebro começa a “convulsionar” e, mais importante, choques contínuos ainda menores começam a provocar convulsões maiores. Pequenos choques, que não perturbam o cérebro que recebeu choques, podem impelir o cérebro que já os sofreu muitas ao espasmo violento.

A analogia com a depressão é óbvia e pode ser biologicamente testada. Depressões anteriores deixam a pessoa abalada e vulnerável. Uma vez que se foi ferido o bastante, torna-se mais fácil mergulhar em depressão por causa de um problema que passaria quase despercebido numa pessoa com a existência anterior tranquila.

 Quando o cérebro acaba se tornando cada vez mais reativo a problemas cada vez menores, o problema “desencadeador” mal é perceptível. Ainda mais intrigante, o Dr. Brown relata que as depressões endógenas muitas vezes ocorrem de seis meses a um ano após o acontecimento precipitador, tornando-o ainda menos identificável pelos clínicos e pacientes.

 Quando as depressões reativas evoluem para endógenas, isso significa que a pessoa desenvolveu uma “reação retardada” ao estresse. Essa reação torna sua vida e suas emoções confusas para ela, a família e os amigos. Mesmo a depressão leve é uma ladeira escorregadia. Assim que se entra nela. o combate estóico não é a resposta. Como descobriu Caroline, a depressão pode ser tratada.

 Embora durante anos os profissionais distinguissem entre depressões reativas (em reação a acontecimentos dolorosos) e depressões endógenas (causadas mais pela biologia do que pela reação à realidade estressante), essa distinção está caindo por terra.

EM SUA SUPERFICJE, a depressão “leve” parece um problema moderado. Julgamos a pessoa levemente deprimida como uma alma apagada: uma figura melancólica, talvez tímida, parada na periferia do desfile da vida. Uma pessoa que prejudica mais a si própria que aos outros.

As descobertas de Dr.George acerca da tristeza e da depressão são fascinantes, pois revelam uma diferença — e possivelmente um vínculo causal e de desenvolvimento — entre a tristeza normal e a verdadeira depressão clínica. Ou seja, uma pessoa momentaneamente triste difere, na TEP, de uma clinicamente deprimida. A pessoa meramente triste mostra maior metabolismo de glicose — maior atividade — no lado esquerdo do cérebro do que quando se sente em estado de neutralidade emocional.

 O lado esquerdo,  especificamente o córtex cerebral esquerdo (para encurtar, o cérebro “superior”, pensante) e a região límbica esquerda (o cérebro evolucionariamente mais “primitivo” e emocional, às vezes chamado de cérebro reptiliano) se “acendem”.

Trata-se, por vários motivos, de uma descoberta fascinante. Ela aparentemente contradiz a opinião generalizada, e mencionada acima, de que as emoções negativas são uma função do cérebro direito: que um bebê “negativo”, ou um adulto deprimido, mostrarão maior atividade no lado direito do cérebro do que no esquerdo. George está a par dessas descobertas.

Na verdade, segundo ele, nove estudos confirmam o seguinte:
O nível de atividade no córtex pré-frontal esquerdo correlaciona-se com o grau de depressão. E uma relação linear: quanto menos atividade, maior depressão.

Por que então, nas tomografias de Dr. George, vemos a tristeza iluminar o lado esquerdo?

Embora a neurociência ainda não possa resolver essa discordância nos dados, George especula que o lado esquerdo com excesso de atividade, nas pessoas tristes mas saudáveis, seja fruto do esforço cerebral de “contra-regular” o lado direito hiperativo:

o córtex pré-frontal esquerdo entra em excesso de atividade para contrabalançar a alta velocidade do lado direito. Por isso, o que pesquisadores como Dr. George talvez vejam nas tomografias de indivíduos normais, temporariamente tristes, seja o esforço do cérebro para retornar à normalidade. Não é o lado esquerdo hiperativo do cérebro que nos faz sentir mal; é ele que nos ajuda a parar de nos sentirmos mal.

Embora essa interpretação dos dados seja, por ora, apenas especulativa, as tomografias apóiam a percepção de que existe uma diferença, no nível biológico, entre a tristeza comum e a depressão clínica.

 Na verdade, uma das mais importantes diferenças sentidas entre a tristeza cotidiana e a depressão clínica pode ser a relativa falta de tristeza verdadeira nos gravemente deprimidos:

 quando Dr. George e seus colegas pediam a indivíduos deprimidos que induzissem um estado de tristeza em si mesmos, eles não conseguiam fazê-lo — descoberta compatível com a visão psicanalítica exposta no famoso ensaio “Luto e Melancolia”, de Freud.

Ali, Freud diz que o paciente gravemente deprimido tem de ser ajudado a chorar, ajudado a experimentar sua tristeza e perda.

 George descreve o que acontece:
Perguntávamos aos indivíduos sobre situações de vida em que se sentiram muito felizes ou muito tristes. Queríamos acontecimentos reais. Ao pesquisar a tristeza, tentávamos descobrir momentos realmente tristíssimos, o que eles vestiam, onde se encontravam na ocasião e coisas assim. Obtínhamos detalhes.

No dia da TEP, dizíamos: “Você está ali, perto do túmulo, lembrando como se sentia... tente se sentir assim agora.”

As pessoas deprimidas não conseguiam fazer isso. As felizes, sim; estas chegavam ao laboratório, passavam alguns momentos pensando na perda de um ser amado e ficavam, de fato, muito tristes, tão tristes que isso originava uma diferença funcional em seu cérebro.

 Também conseguiam recompor um estado de felicidade ou até euforia, lembrando-se de momentos muito felizes em sua vida. Mas os deprimidos não conseguiam ficar temporariamente felizes (não é de se admirar), nem reviver os sentimentos que haviam tido ao lado do túmulo.

Suas emoções ficavam embotadas, esquivas, e se queixavam de estar insensíveis Embora a tristeza comum e a depressão clínica pareçam muito diferentes numa tomografia inicial, as duas convergem mais tarde, argumenta George.

 Talvez o aspecto mais criativo de sua hipótese seja o relacionado à transformação da tristeza em depressão: o lado esquerdo superativo no cérebro da pessoa triste, segundo ele, acaba se autoconsumindo, tornando-se o lado esquerdo subativo do clinicamente deprimido.

George refere-se ao lado esquerdo do cérebro, na tristeza, como sendo “hiperativo”. Se nada acontece para reanimar a pessoa cronicamente triste, ela acaba exaurindo seu lado esquerdo, tornando-o, então, hipoativo.

Isso é o que os clínicos encontram na tomografia: a pessoa deprimida com o cérebro esquerdo lento. Os pesquisadores batem suas fotografias em determinado momento, não vendo assim a anterior alta atividade do lado esquerdo, responsável pela baixa atividade encontrada em seus estudos.

 Claro, essa hipótese não explica o recém-nascidos ansiosos com perfil de alta atividade no lado direito/baixa atividade no lado esquerdo, pois esses bebês ainda não tiveram tempo de vida suficiente para passar da “tristeza” hiperativa à “depressão” hipoativa.

O trabalho de conciliar os dados de recém-nascidos ansiosos com as tomografias de adultos ansiosos e deprimidos originará, sem dúvida, uma nova compreensão do que são a tristeza, a depressão e suas muitas variações.

Mas seja o que for que ocorra com os recém-nascidos “deprimidos”, a implicação clínica é clara: deve-se levar a sério mesmo uma depressão muito leve, pois ela pode tornar-se grave (o que, aliás, acontece em metade dos casos).

 Além disso, a depressão leve é curável, o que é mais um motivo para tratá-la quando ocorre. Nos estudos dos cônjuges de luto, verificou-se que, quando o recém- viúvo recebe cuidados profissionais, na forma de terapia verbal ou medicação antidepressiva, cai drasticamente, de 50 para 10 a 20%, o número dos que entram em depressão clínica, dependendo do estudo. No tocante à depressão, a prevenção parece corresponder a nove décimos da cura.

Ao examinarem o “histórico natural” da depressão, os pesquisadores George Williarn Brown, da Universidade de Londres, e Elien Frank, da Universidade de Pittsburgh, constataram, em vez disso, que quase todos os primeiros episódios de depressão são reativos: ocorrem em reação a acontecimentos dolorosos.

OS DÉFICITS SOCIAIS DA DEPRESSÃO

Mesmo se as depressões não danificassem a biologia cerebral, seu impacto na qualidade de vida continuaria sendo devastador demais para que elas não fossem levadas a sério. Uma vasta literatura, que abrange 20 anos de investigação, revela os déficits sociais da depressão; já em 1974, Peter M. Lewinsohn propunha o que chamou de a “teoria da depressão do déficit de aptidão social”.

Invariavelmente, pesquisadores consideram a depressão um distúrbio sem atrativos. As pessoas deprimidas não costumam ser queridas. (Essa descoberta se aplica também às pessoas ansiosas e às com transtorno bipolar.)

Como dizem os pesquisadores Chris Segrin e Lyn Y. Abramson, na rigorosa linguagem da psicologia acadêmica: Uma análise das pesquisas indica que pessoas deprimidas são, com certeza, rejeitadas em seu ambiente social. A depressão associa-se, em geral, a inadequações no comportamento social.

Obviamente, qualquer estado que faça a pessoa ser “com certeza” rejeitada pelos amigos e entes queridos merece ser examinado; só por isso, mesmo a pessoa levemente deprimida faria bem em procurar ajuda. Enfrentar a rejeição daqueles que se ama, inclusive os filhos (um comovente estudo descobriu que filhos evitam contato de olhar com pais deprimidos), não é maneira de se viver.

A contribuição de Segrin e Abramson para esse tema foi estudar exatamente o que os deprimidos fazem para atrair a rejeição. E, como se revelou, eles têm um problema verdadeiro de “aptidão” social que não se origina do chamado contágio de humor.

 Em outras palavras, o problema com os deprimidos não é que eles façam os que o cercam se sentirem deprimidos também, nem que eles sejam monumentos ao baixo-astral. O problema é que os deprimidos comportam-se de maneiras que os fazem ser considerados, em essência, rudes.

Eles economizam traços sociais positivos que são necessários: raras vezes sorriem ou gesticulam e só respondem a perguntas após longas e constrangedoras pausas. Exibem uma “pobreza de discurso”: se alguém contasse o número de palavras que usam ao conversar, e as comparasse às usadas pelos não deprimidos, a soma seria inferior.

Suas atitudes “não-verbais” também são pobres: contatos de olhar escassos, voz de tom monocórdio e muito grave. Ao conversar, balançam a cabeça, muito menos que os não-deprimidos. Todos esses comportamentos são  encarados como sinais de indiferença. E, como observam Segrin e Abramson as pessoas gostam daqueles que lhes respondem com animação, entusiasmo e atenção — exatamente as qualidades que faltam aos deprimidos e retraídos.

Segrin e Abramson argumentam que, quando se trata de aptidão social e depressão, pode-se responder à pergunta sobre a galinha e o ovo de duas maneiras.

Há provas de que aptidões sociais pobres causam depressão (sempre um perigo em formas brandas de autismo e de distúrbio de déficit de atenção) e que a depressão causa aptidões sociais pobres.

O fato interessante é que os pesquisadores acham que a pessoa sociável, com um déficit temporário nas aptidões sociais devido à depressão, tem o melhor prognostico, pois quando sua depressão, desanuvia um pouco, ela é capaz de recuperar sua “sensibilidade para com as outras pessoas” em geral é eficiente, e reconquistar as reações positivas que a ajudarão a escapar do desespero.

Enquanto isso, os deprimidos que sofrem de um déficit de longa data nas aptidões sociais simplesmente continuarão a criar situações em que os outros os rejeitam, dando-lhes mais motivos para permanecerem deprimidos.
A pesquisa de D. F k tti revela que, na verdade, os depressivos crônicos diferem significativamente dos recorrentes em termos de dificuldades sociais.

Ele verificou que pessoas com depressão crônica, não admitida, não só se saem pior nas relações sociais como também mostram menos adequação na adolescência. Em suma, os depressivos crônicos muitas vezes têm problemas sociais que remontam a muitos anos. Ainda não se sabe o que significa isso em termos de tratamento.

Não surpreende que pelo menos dois estudos (um deles conduzido pelo Instituto Nacional de Saúde Mental) tenham descoberto que a terapia interpessoal (que se concentra nos relacionamentos) é mais eficaz no tratamento da depressão que a terapia cognitiva (que focaliza os pensamentos negativos do paciente).

Mas outros estudos demonstraram o oposto. Um grupo de pesquisadores concluiu que a terapia cognitiva funciona melhor para os pacientes depressivos com um estilo intelectual de enfrentar os problemas, enquanto a terapia interpessoal é útil para os pacientes que preferem a abordagem emocional. As opiniões variam.

As formas mais brandas de depressão, contudo, podem manifestar-se de forma mais vívida. Pessoas com depressão muito leve estão sempre estressadas, desconfiados e sem coragem para iniciar algum projeto, aos frangalhos, irritáveis, tem insônia, e podem buscar alivio no álcool ou nas drogas. Berram com os filhos, resmungam com os cônjuges. Não se divertem nem um pouco com a vida.

Apesar de tudo isso, às vezes não são “neuróticas”, no sentido convencional do termo. Embora a depressão profunda possa ser — e em geral é — uma experiência venenosa para o ego e para o amor, os levemente deprimidos atingem a maioridade sob uma pressão interior muito mais leve.

 Uma pessoa que nasce com tendência biológica a ser apenas levemente deprimida pode ter uma infância feliz e até uma adolescência feliz ou ao menos tolerável. Se o adulto levemente deprimido foi abençoado com uma família que acredita nele, cria uma auto-imagem tão segura e sólida de si mesmo quanto a dos mais animados otimistas natos.

Ele é ajudado, nesse processo, por aspectos ao mesmo tempo biológicos e psicológicos da depressão “suave”. Um fato biológico  interessante foi a descoberta de que as sombras mentais da depressão muitas vezes não vêm acompanhadas de grande ansiedade — como invariavelmente acontece com a depressão grave.

Claro, alguns indivíduos levemente deprimidos também são muito ansiosos; não pretendemos minimizar o problema. Um estudo descobriu que cerca de um terço dos indivíduos levemente deprimidos também são clinicamente ansiosos. Sobra, pois, uma grande maioria que, embora levemente deprimida, não é preocupada ou receosa.

Para os levemente deprimidos, isso é uma fonte de força. Em sua forma mais simples, a “ansiedade” é apenas uma palavra codificada para “medo”, uma emoção de fato corrosiva. E a imagem do ansioso ou medroso que se invoca pelo termo, hoje meio esquisito, “neurótico”: o indivíduo agitado, receoso, acometido por um problema após outro.

Em contraposição, o apenas levemente deprimido não está preocupado com perigos invisíveis, ou com um futuro azarento. Em consequência  disso, percebe com clareza quem é e o que faz; pode levar uma vida restrita devido à sua falta de prazer e expansividade, mas reconhece que é sua vida.

 O nível agudo de confusão pode ser menor na depressão leve do que em outros distúrbios brandos.

A psicologia da depressão leve ainda confirma a auto-imagem. Isso se deve ao fato de as pessoas levemente deprimidas estarem quase sempre certas. Suas percepções, opiniões, visão do mundo — a pessoa levemente deprimida, por assim dizer, tende a ser confirmada em sua sombria visão da vida.

Já o otimista nato só vê coisas felizes diante de si, e tem pensamentos positivos; desliza pela vida em um estado flutuante de benigna alienação. Shelley E. Taylor, da Califórnia, revela no seu livro de forma deliciosa as mil e uma maneiras como as pessoas alegres iludem a si mesmas.

 Uma das mais tocantes é a crença, defendida por 90 por cento de todos os motoristas de automóveis, de que dirigem “melhor do que a média” — uma impossibilidade estatística. Como revela Taylor, os levemente deprimidos tendem a não alimentar tais ilusões gratificantes” Johnson Cath


Fonte: http://dharmadhannyael.blogspot.com.br/

AS JÓIAS COM UM SENTIDO MÍSTICO - Pascoal Gomes

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Nós, que temos a tradição judaico-cristã do mundo ocidental, crescemos ouvindo relatos e histórias do Velho Testamento. Ao freqüentarmos as Igrejas, Templos ou Sinagogas, nos familiarizamos com os relatos contados no Antigo e no Novo Testamento: a criação do mundo, a história dos Patriarcas, Adão e Eva no Jardim do Éden, a Fuga dos Hebreus do Egito, etc. etc. Pode ser que nos tenhamos nos perguntado se, por trás daqueles contos tão fascinantes, não se escondia um segredo, um significado oculto que nos parecia indecifrável mas que nossa intuição nos dizia ser extremamente importante. Ninguém nos revelou este segredo mas os sacerdotes ou rabinos, estudiosos dos assuntos relacionados à Revelação Bíblica, nos ajudaram a percorrer este caminho, indicando-nos os marcos mais importantes. O caminho do conhecimento, porém, é um caminho solitário, somente percorrido por poucos eleitos.

A Torá, e os outros textos antigos, contém uma sabedoria única. A Cabalah nos fornece a chave para decifrar seu sentido, é uma sabedoria milenar que nos abre um caminho inteiramente novo para a compreensão de nosso destino, de nossa missão nesta encarnação. Assim, a Tanach pode ser decifrada, além dos fatos históricos e anedóticos nela contados, mas com seu significado profundo e oculto. Ela nos fornece as respostas para questionamentos tais como:

- A existência de Deus

- A natureza da alma humana

- Os segredos da Criação

- O escopo da nossa existência

- A compreensão de nosso caráter

- A finalidade do Homem na Terra

- A espiritualidade,

E tem muito mais....

A Cabala contém os códigos e sistemas que aplicados às Sagradas Escrituras nos permitem de perceber o significado intrínseco dos ensinamentos, em quatro níveis fundamentais:

1) simples ou literal

2) simbólico

3) filosófico e moral

4) esotérico e secreto

As letras do Alfabeto Hebraico, 22 letras, associadas de várias formas, indicam as várias manifestações de D’US – J H V H . A cabala decifrou o significado espiritual das três frases que aparecem no Livro do Êxodo (Capitulo 14, vers. 19, 20, 21). Onde cada uma das frases, escritas em hebraico, contém 72 letras que revelam a combinação dos 72 Nomes Sagrados com o qual  D’US se manifesta.

Esses nomes são ENERGIAS que regem as Leis da Natureza Manifestada, e são como canais que transmitem a combinação de Luz, Energia e Amor.

Ao estudarmos a Cabala corrigimos as deformações geradas pela sociedade moderna que se afasta da espiritualidade, caindo nas tentações e na materialidade. Ao usarmos os 72 nomes sagrados, deixando suas influências agirem sobre nós, podemos superar várias dificuldades de nossa vida, entrando em contato direto com as energias superiores.
Os rabinos Cabalistas decifraram o significado espiritual das três frases que aparecem no livro do Êxodo, do qual falamos acima, e revelaram uma combinação de três letras cada uma, que nos indicam quais seriam os 72 Nomes Sagrados de D’us. Mas esses nomes não são nomes como João e Maria, são 72 seqüências de três letras hebraicas que têm o poder extraordinário de superar as leis da natureza humana e, como canais, transmitir diversas combinações de energia da Luz para o nosso mundo físico. Sua influência espiritual purifica os impulsos destrutivos de nossas naturezas.
Você pode fazer um exercício simples, "escaneando" visualmente estas seqüências, sempre da direita para a esquerda, e poderá atrair muita Luz, Paz e Harmonia para sua vida.

Com essa finalidade, a designer Sandra da DeLuz Design inspirou-se nos 72 Nomes Sagrados para suas criações (de acordo com o Rabino Berg - The Kabbalah Center de São Paulo) e preparou talismãs sagrados que, usados diariamente, abrem o canal espiritual correspondente atraindo para o seu dia a dia o que você mais está desejando no momento.

Alguns significados principais foram selecionados, para criar objetos e talismãs, como:


Prosperidade = samech alef lamed = לאס

Saúde = mem hey shin = שהמ

Negociações = mem vav mem sofi = םומ

Amor = hey hey ayn = עהה

Proteção = alef lamed dalet = דלא

Remover o Medo = iud lamed iud = ׳ל׳

Superar a Raiva e o Rancor = pei hey lamed = פו׳

Saber Perdoar - Deixar Ir = iud iud iud = ׳׳׳

Obter Energia e Força = pei hey lamed =

fevereiro 21, 2024

PAGAR E DAR


Uma das palavras para "dar", em hebraico, é “nosein”, que pode ser lida nas duas direções (com os caracteres hebraicos, obviamente), indicando a "mão dupla" deste processo.

Quando se paga por algo (com dinheiro, produto, serviço, etc.) a base da  troca é clara.

Quando algo "sai de graça", contudo, temos duas questões importantes:

a primeira é que nada sai realmente de graça; a segunda é que o "preço" que se paga por uma generosidade desta natureza é sempre algo fora do seu conhecimento e controle.

"Pagar", em hebraico, é “lê shalem”; "paz" é shalom - o que muda é de uma expressão para outra é tão somente a pontuação que designa as vogais.

Em outras palavras, a única forma de estarmos em paz é não tendo contas pendentes, por isso um dos sentidos de cumprimentar alguém com shalom é desejar que a pessoa esteja completa, plena e sem dívidas.

Fonte: Academia de Cabala