Dez condutas maçônicas que, certamente, contribuem positivamente e protegem a nossa ordem das ações e das influências dos infiltrados:
fevereiro 28, 2024
DEZ CONDUTAS MAÇONICAS
SER MAÇOM OU FREQUENTAR LOJA - Denilson Forato
Hoje eu quero pedir a vocês, todos os Irmãos que me leem, que se auto analisem e que revejam o seu comportamento de Maçom, que parem e pensem se as suas atitudes dentro da Loja são coerentes, se você vai a Sessão leve seu Ritual, porque é ele que você deve usar e não celular, se você vai à Loja abra seu coração pra sentir a presença do G.'.A.'.D.'.U.'., se você vai a Loja preste atenção na Palavra do Venerável e dos Irmãos, porque elas nada mais são do que alimento para nossa vida espiritual, se você vai à Loja vista-se de forma correta, roupa preta e sapatos pretos, porque você está ali para adorar ao G.'.A.'.D.'.U.' e participar de uma nobre Sessão Maçônica, você está ali para aprender mais sobre Maçonaria, então porque querer chamar a atenção dos outros Irmãos?
Peço que vocês meus amados Irmãos não me interpretem mal, eu não estou querendo que vocês saiam de dentro da Loja e da maçonaria e vá para o mundo profano, de jeito nenhum! Eu quero que vocês como Maçons tenham atitudes de Maçom, eu não quero que você use um vestido preto de mangas compridas, chamado MANTO FALSO DE MAÇOM .
Irmão nós somos os profetas desse tempo, chega dessa história de: "ah tinha que ser o Irmão fulano ou ciclano!" "Ah, mas é assim mesmo" Chega disso! somos Maçons sim, mas somos Adultos que estamos dentro da Loja, buscando a face do G.'.A.'.D.'.U.'., buscando a nossa melhora da moral, buscando ser homens diferentes, buscando a nossa elevação como seres melhores, temos que influenciar essa geração para o bem e não nos deixar ser influenciados para o mal.
Tenho dito!
fevereiro 27, 2024
*MISTÉRIOS DO PRIMEIRO GRAU*
(Desconheço o autor)
"É com o coração que se vê corretamente; o essencial é invisível aos olhos." (Antoine de Saint-Exupéry, O pequeno príncipe).
O trabalho do Aprendiz é lavrar sua pedra bruta, usando o maço e o cinzel, para esquadrá-la e livrá-la das asperezas e elementos supérfluos com o fim de conseguir que se encaixe nas outras pedras, para compor as paredes do edifício da Fraternidade. Este é um trabalho que não envolve somente o aspecto esotérico, envolve principalmente o aspecto prático.
A matéria na qual o Aprendiz trabalha é, portanto, sua própria matéria, pois assim como o pintor se expressa com o emprego das cores; o músico com os sons; o Aprendiz se expressa por meio de si mesmo.
O Aprendiz não deve acrescentar mais nada à sua pedra, que é ele próprio, mas sim tirar de seu interior a figura perfeita que contém, eliminando tudo o que aprisiona e o impede de aparecer. Trata-se não de adquirir, mas de crescer. Não deve portanto fazê-lo a partir do que é, mas a partir de sua essência revelada.
Aqui, cabe perguntar qual é essa essência, qual a fonte, de onde ela surge, qual a direção de seu crescimento, e quais as ferramentas a utilizar.
Quando se fala em perfeição na Maçonaria, queremos dizer: despertar, desenvolvimento e explosão das três grandes luzes do homem:
a) Consciência moral, representada pelo Livro das Sagradas Escrituras ou regra de vida;
b) Compaixão (do latim cum passio), a virtude representada pelo Compasso que, conforme está estabelecido, deve estar apoiado na lei e ajustado ao reto juízo. Por isso mesmo, no ato do solene juramento que nos une à Maçonaria, colocamos uma das pontas do Compasso sobre o coração, fazendo deste o centro ao redor do qual haveremos de traçar as circunferências de nossas vidas.
c) Juízo, que é a luz e função da mente e a virtude da razão, sendo representado pelo Esquadro.
Segundo se depreende da Maçonaria simbólica, a perfeição consiste na retificação do Compasso e de sua libertação paulatina, sem o que, em momento algum, Compasso e Esquadro (compaixão e juízo reto) deixam de estar apoiados na Lei, que é o fundamento absoluto do Todo. Há uma expressão maçônica muito elucidativa e que diz: "compreender tudo dentro dos âmbitos do Compasso". Em idioma inglês, no qual a Franco-Maçonaria e o Rito de York foram concebidos e pensados, "compreender", no sentido de "abarcar", ou "entender", se diz: to encompass, ou seja, colocar dentro do compasso. Por último, é instrumental para os fins da perfeição o hábito do juízo reto, este que não se faz por força de preconceitos, de dogmas e de fantasias, mas do pensamento.
É provável que o Aprendiz tenha tirado da cerimônia de sua Iniciação a conclusão de que a Maçonaria propõe "uma viagem das trevas para a Luz". Assim o é, de fato; só que aquilo que marcha em direção da Luz, não é ele, mas aquilo que nele é inédito e que, por ser desconhecido, é ainda obscuro. Não somos nós que, como pessoas, estamos iluminados; são nossas potencialidades, nossas latências que vão para a Luz; é o Maçom dentro de nós quem se dirige para a sua "parturição", por assim dizer; é o "profundo" de nós que busca fazer-se acontecimento; é a "Lux in tenebris".
Disto se deduz que será inútil e até contraproducente aquele que não for Maçom em potencial bater à nossa porta. A natureza não pode dar aquilo que já não tenhamos em potencial.
Na realidade, todo símbolo é apenas um estímulo; a questão está em empregá-lo como fermento do ato iniciático e não como aguilhão para espicaçar a mera especulação imaginativo-mental. A primeira coisa que nossa Arte deve conseguir é que os olhos do candidato se abram para o mundo do símbolo. A Maçonaria é uma práxis, suas verdades são conquistas que não são aprendidas nem explicadas por ninguém, mas frutos de introspecção.
A esta altura, muitos poderão ter perguntado: "Por que a Maçonaria ensina por figuras e atos simbólicos?".
Porque é uma Arte e não pode fazê-lo sem base sensorial.
Paradoxalmente a sutileza da arte não penetra pela mente e sim pelos sentidos. A mente não pode levar-nos ao conhecimento do delicadamente sutil.
Poderia o melhor argumento explicar-nos o que é música? Poderia a Física ou outra ciência levar-nos à vivência musical?
Da mesma forma, só atos litúrgicos nos fazem compreender sua essência. Os níveis do psiquismo humano formaram-se ao longo dos milênios de existência da espécie, sendo o racional o mais recente. A Razão sabe conhecer e dar a conhecer as suas noções; mas, quando se trata de expressar e explicar a sensibilidade pré-lógica, a Razão fracassa, porque aquela carece de outras maneiras de expressão que aquelas que lhe são próprias: as de um simbolismo arcaico. E não podem incorporar-se à consciência a não ser através da vivência simbólica.
Explique ao físico as leis do som; por melhor que as aprendamos, nunca chegaremos a ser músicos. Da mesma forma, expliquemos o conteúdo intelectual dos símbolos, o que será muito útil, sem dúvida, mas ninguém suponha que alcançará a mestria em nossa Arte acumulando e produzindo interpretações, porque a Maçom se chega por atos. É óbvio que é muito importante auxiliar o conhecimento de nossa Arte com "explicações", livros e estudos. Mas, quando se trata de despertar as potencialidades pré-lógicas para dar-lhes expressão, é necessário recorrer a uma ferramenta que tenha a devida capacidade de acesso. E não será só pela cabeça que chegaremos a compreender e absorver o transcendente, mas pela pele, pelos olhos e, sobretudo, pelas mãos que empunham as ferramentas. É por isto que a Maçonaria fala, também, a língua da Arte e não unicamente a do intelecto.
Esse, meus Irmãos, é o grande mistério do grau de Aprendiz na Franco-Maçonaria. Para desvendá-lo é preciso aplicar os nossos cinco sentidos, é preciso abandonar os velhos paradigmas de nossa vivência profana, abrindo nossos olhos, nossa alma e o nosso coração, para uma nova vida que ora se inicia. É o equilíbrio entre a cabeça e o coração.
Fonte: JBNews - Informativo nº 135
MINHA HISTÓRIA NA MAÇONARIA - Michael Winetzki
Há mais de 30 anos eu já prestava serviços à Ordem, a pedido do SGM Heitor Rodrigues Freire, irmão, amigo e colaborador frequente deste blog.
Vejam o último parágrafo deste artigo publicado em 1992.
UNIVERSO MENTAL - Roberto Ribeiro Reis
Mentes brilhantes não se atêm a limites. Buscam transpor as barreiras do impossível, tornando-as ultrapassáveis, vergastando as faces soberbas dos tabus, mostrando-nos que o Encaminhar 𝙚́ 𝙦𝙪𝙚 𝙢𝙤𝙡𝙙𝙖 𝙤 𝙢𝙪𝙣𝙙𝙤, e que tem o poder de transformá-lo.
𝙈𝙚𝙣𝙩𝙚𝙨 𝙚𝙭𝙘𝙚𝙡𝙨𝙖𝙨 não se deixam subjugar pelos pensamentos comuns, medianos, e que subvertem o potencial divino que há dentro do ser humano. Pelo contrário, alçam voos rumo ao infinito, na fé e certeza de que tudo o que aqui existe é proveniente de um 𝙋𝙡𝙖𝙣𝙤 𝙈𝙖𝙞𝙤𝙧, 𝙎𝙪𝙩𝙞𝙡, donde tudo é criado, a todo o instante.
A condição indispensável para que um profano ingresse na Maçonaria é a 𝙘𝙧𝙚𝙣𝙘̧𝙖 𝙚𝙢 𝙪𝙢 𝙎𝙚𝙧 𝙎𝙪𝙥𝙧𝙚𝙢𝙤; ora, o mundo no qual vivemos nossas experiências nada mais é do que um reflexo distorcido e imperfeito de uma dimensão superior.
Logo, por mais que o mundo tangível que nos cerca aparente ser o único existente, seria desarrazoado acreditar que, em meio a trilhões de galáxias e planetas, alinhavados à certeza comprovada da existência de multiversos, nossa realidade existencial seja a única e exclusiva que represente o 𝙨𝙪𝙗𝙨𝙩𝙧𝙖𝙩𝙤 𝙙𝙞𝙫𝙞𝙣𝙤 𝙙𝙖 𝙊𝙗𝙧𝙖 𝙙𝙤 𝘾𝙧𝙞𝙖𝙙𝙤𝙧.
Ainda que o pensamento vulgar desdenhe nossa capacidade de nos enveredarmos para outros estados elevados de nossa consciência, devemos ter a noção cabalística de que “𝙤 𝙩𝙤𝙙𝙤 𝙚́ 𝙢𝙚𝙣𝙩𝙚, 𝙚 𝙤 𝙪𝙣𝙞𝙫𝙚𝙧𝙨𝙤 𝙚́ 𝙢𝙚𝙣𝙩𝙖𝙡! E esse universo (mente) cria a todo o instante.
Não podemos olvidar que o 𝙂𝙧𝙖𝙣𝙙𝙚 𝘼𝙧𝙦𝙪𝙞𝙩𝙚𝙩𝙤 do Universo, em sua infinitude, 𝙛𝙚𝙯-𝙨𝙚 𝙛𝙞𝙣𝙞𝙩𝙤, a fim de que sua Luz pudesse chegar até a sua criação, especialmente a todos nós.
A Maçonaria, de maneira esotérica, filosófica, científica e cabalística, tem-nos convidado, despida de sectarismos e proselitismos religiosos, a fazermos uma 𝙫𝙞𝙖𝙜𝙚𝙢 𝙥𝙖𝙧𝙖 𝙙𝙚𝙣𝙩𝙧𝙤 de nós mesmos.
Uma viagem que se nos revela misteriosa, esplendorosa, desafiadora, cheia de altos e baixos, mas que se reputa 𝙫𝙞𝙩𝙖𝙡 para o nosso 𝙖𝙪𝙩𝙤𝙘𝙤𝙣𝙝𝙚𝙘𝙞𝙢𝙚𝙣𝙩𝙤, bem como para vencer os infernos astrais que frequentemente nos atormentam o íntimo.
Somente através de 𝙢𝙚𝙣𝙩𝙚𝙨 𝙗𝙧𝙞𝙡𝙝𝙖𝙣𝙩𝙚𝙨, de 𝙡𝙞𝙫𝙧𝙚𝙨 𝙥𝙚𝙣𝙨𝙖𝙙𝙤𝙧𝙚𝙨 e de pessoas comprometidas com seu burilamento espiritual, moral e intelectual, é que podemos vislumbrar uma aproximação do homem com 𝙚𝙨𝙩𝙖𝙙𝙤𝙨 𝙚𝙡𝙚𝙫𝙖𝙙𝙤𝙨 𝙙𝙚 𝙘𝙤𝙣𝙨𝙘𝙞𝙚̂𝙣𝙘𝙞𝙖, ou seja, a possibilidade de a criatura estar em conexão com a Governança, vale dizer o Criador.
A Sublime Ordem oferece-nos um 𝙘𝙚́𝙪 𝙙𝙚 𝙤𝙥𝙤𝙧𝙩𝙪𝙣𝙞𝙙𝙖𝙙𝙚𝙨 para a nossa exaltação espiritual; não me refiro à possibilidade de sermos beatificados ou canonizados, o que, para este subscritor, com as devidas vênias, constituir-se-ia em flagrante heresia.
Os trabalhos em Oficina – e, principalmente, o estudo fora dela – permitem que 𝙩𝙧𝙖𝙣𝙨𝙘𝙚𝙣𝙙𝙖𝙢𝙤𝙨 a outras esferas mais sutis, e que não deixemos as ilusões deste plano grosseiro obnubilar nossas mentes (𝙥𝙤𝙩𝙚𝙣𝙘𝙞𝙖𝙡𝙢𝙚𝙣𝙩𝙚) 𝙗𝙧𝙞𝙡𝙝𝙖𝙣𝙩𝙚𝙨.
𝙍𝙤𝙗𝙚𝙧𝙩𝙤 𝙍𝙞𝙗𝙚𝙞𝙧𝙤 𝙍𝙚𝙞𝙨
ARBLS Esperança e União 2358
Or. '. Rio Casca-MG
O ALVARÁ MAÇÔNICO - Léo Cinezi
al•va•rá
(árabe al-baraâ, carta, cédula, recibo)
substantivo masculino
1. Documento que uma autoridade passa a favor de alguém,
certificando, autorizando ou aprovando certos atos ou direitos (ex.
: alvará de construção).
2. Antigo diploma rubricado pelo monarca e assinado pelo ministro,
sobre negócios de interesse público ou particular.
[Dicionário Priberam: http://www.priberam.pt/dlpo/alvar%C3%A1]
Certa sorte, enquanto alguns irmãos se dedicavam para arquitetar a montagem da Loja, outros chegavam e se acomodavam confortavelmente na Sala dos Passos Perdidos entre idas e vindas para fora do edifício que o Sagrado Templo era “montado” para inalarem suas viciosas fumaças embebidas em nicotina e alcatrão.
Lá e acolá, tratavam de tudo, falavam de mulheres, aventuras, negócios, desleixos, focavam no “sabor da pizza” que iriam pedir para “fechar com chave de ouro” a Sessão, com um “ágape fraternal” regado a boa conversa profana, álcool, refrigerantes e muita comida que, infelizmente, teriam destino incerto, pois não houvera, antes, uma programação ou planejamento de quantos irmãos estariam presentes naquela data, repetindo um cenário semanal de desperdício considerável, mas que não teria importância, pois o “maçom” não se preocupa com “isso”.
Já era tarde, quase 20h00, horário em que a Sessão deveria começar, e as ausências notadas impediriam a abertura dos trabalhos.
Era uma Loja “pequena” com poucos irmãos, que sempre penava para trabalhar, pois a montagem ficava complicada com tão poucos irmãos que se faziam presentes. Mas esta vez era diferente: FALTAVA UM! APENAS UM!
Estavam em 6 irmãos, já com o Templo devidamente organizado, pronto... Faltando apenas UM IRMÃO para atingirem o número mínimo para a abertura dos trabalhos em loja.
Começa, então, a ânsia de se conseguir realizar a Sessão... Era uma semana longe dos irmãos. Coisas a tratar, assuntos importantes, instruções, pendências, enfim: LOJA!
Mas este UM, não chegara.
Tentava-se socorrer com a Loja que funciona no Templo ao lado, mas, determinados, infelizmente, não poderiam dispor de um irmão para nos ajudar naquela data (como o já tiveram feito em outras ocasiões) pois também tinham assuntos importantes para resolver.
Algumas ligações para aqueles irmãos que sempre nos socorrem, mas que sequer retribuímos a gentileza de suas visitas. Sabe... Aqueles que SEMPRE estão em nossa loja mas nós NUNCA vamos na deles? Pois bem...
Um deles nos deu uma esperança: “Talvez eu possa ir, mas não vou garantir. Também, estou sem meus paramentos... Confirmo daqui a pouco com você, irmão!”
Correríamos, mais uma vez na loja ao lado, para pedir um balandrau emprestado... Na hora, um nobre irmão do loja coirmã se prontificou a emprestar.
No retorno à sala dos irmãos perdidos, ops, digo, dos passos perdidos, magicamente, apareceram 3 balandraus que a loja tinha em estoque para este tipo de ocasião.
Devolvido o balandrau do gentil irmão da loja ao lado, agora eles não mais seriam mais importunados pelos despreparados irmãos da loja das ausências.
A confirmação não chegava... Já era 20h10 e nada...
Quando, aproximando dos outros CINCO irmãos, um sentimento pairava: E AGORA?
Temia o pior... E eis que um dos nobres irmãos solta a pérola, destruindo toda e qualquer esperança de mais uma noite de aprendizado em loja, que era mais ou menos assim:
- Irmão... Já sabemos que não teremos Loja. Só estamos aqui ainda porque temos o ALVARÁ da cunhada. E vamos fazer valer.
Esta não foi nem a primeira e nem será a última vez que um irmão ouve este tipo de frase. Eu vos apresento o ALVARÁ MAÇÔNICO.
Infelizmente, alguns de nós, ou não sabe ao certo o que está fazendo ou não compreende ainda o que é a Sublime Instituição.
Pior: Se precisa de um “ALVARÁ”, temo que talvez não seja ele um “LIVRE”, como vemos em um de nossos LANDMARKS.
O irmão utiliza a “concessão” que a cunhada confia à Loja e aos Irmãos que conheceu, para se “aproveitar” do tempo longe dela? Afff.
EU, VOU PRA CASA, FICAR COM MINHA ESPOSA! SE NÃO TEM SESSÃO – que era o compromisso que eu teria longe da minha família – perde o sentido ficar longe da família. Ou não? O que você acha, irmão?
Aliás... Pra que Landmark? Nem “Loja” mais temos...
A maçonaria, pouco a pouco, vem se tornando um bom clube que congrega homens dispostos a se confraternizarem, se relacionarem profissionalmente e que visam os interesses individuais deixando de lado os coletivos/universais.
Falando em Landmark, e o IX? Aquele que fala sobre a “necessidade de se congregarem os maçons em lojas”? Qual era o fim mesmo? Ah! Era de se entregar a tarefas operativas.
E aquele que fala que dentro de loja somos todos iguais?
Ah! Deixa pra lá este negócio de LEI MAIOR, LANDMARK, etc...
Besteira... É tudo besteira mesmo... Não é?
NÃO!
Não é.
Algo de muito pernicioso assola a Sublime Instituição Maçônica. Algo que, se não houver providência alguma, fatalmente levará a Ordem no caminho que ela se encontra e segue: UM CLUBE ou ASSOCIAÇÃO como outras tantas, nobres também, mas com fim diverso.
E, qual seria, então, o MOTIVO para fazer parte da maçonaria?
Deve ser o de ser “reconhecido” quando colocar seu adesivo no seu carro e os 3 pontinhos na assinatura.
Bom. A história se repete e ninguém mais dá crédito para isso. Nem dá bola. Nem lê mais nada.
Ler pra que? É só ir lá na loja, cumprir interstício, colar seu grauzinho e, na época do natal, ajudar uma instituição com o “troco” de beneficência.
Estudar ninguém quer, né? Ler? Fazer trabalho? Pesquisar. Trazer dúvidas e propostas para a Loja... Isso ninguém mais quer não...
E nós?
Vamos lá.
Não vou ver o fim desta história...
Hora de mudar. Vamos?
Aceite o meu sincero e triste T.´.F.´.A
VaLéo
GLANDULA TIMO, A CHAVE DA ENERGIA VITAL
No meio do peito, bem atrás do osso onde a gente toca quando diz “eu”, fica uma pequena glândula chamada timo.
Seu nome em grego, thýmos, significa energia vital. Precisa dizer mais?
Precisa, porque o timo continua sendo um ilustre desconhecido. Ele cresce quando estamos contentes, encolhe pela metade quando estressamos e mais ainda quando adoecemos.
Essa característica iludiu durante muito tempo a medicina, que só conhecia através de autópsias e sempre o encontrava encolhidinho. Supunha-se que atrofiava e parava de trabalhar na adolescência, tanto que durante décadas os médicos americanos bombardeavam timos adultos perfeitamente saudáveis com megadoses de raios-X achando que seu “tamanho anormal” poderia causar problemas.
Mais tarde, a ciência demonstrou que, mesmo encolhendo após a infância, ele continua totalmente ativo; é um dos pilares do sistema imunológico, junto com as glândulas adrenais e a espinha dorsal, e está diretamente ligado aos sentidos, à consciência e à linguagem. Como uma central telefônica, por onde passam todas as ligações, faz conexões para fora e para dentro.
Se somos invadidos por micróbios ou toxinas, reage produzindo células de defesa na mesma hora.
Mas também é muito sensível a imagens, cores, luzes, cheiros, sabores, gestos, toques, sons, palavras, pensamentos.
Amor e ódio o afetam profundamente.
Ideias negativas têm mais poder sobre ele do que vírus ou bactérias. Já que não existem em forma concreta, o timo fica tentando reagir e enfraquece, abrindo brechas para sintomas de baixa imunidade, como herpes.
Em compensação, ideias positivas conseguem dele uma ativação geral em todos os poderes, lembrando a fé, que remove montanhas.
A MAÇONARIA NÃO É ECUMÊNICA - Ricardo Vidal
A MAÇONARIA NÃO É ECUMÊNICA E MUITO MENOS UNIVERSAL, DISCRIMINA DE FORMA EXPLÍCITA OS NÃO CRISTÃOS.
fevereiro 26, 2024
MAÇONARIA NÃO É PODER - MAÇONARIA É SERVIR - Eurípedes Barbosa Nunes
Servir é trabalhar como servo de uma justa e boa causa em favor da humanidade. É ser útil, prestar serviço voluntário. No sentido material da palavra poder é mandar, dominar e na definição sociológica poder é habilidade de impor a sua vontade sobre os outros, mesmo se estes resistirem de alguma maneira, maçonaria não é poder.
O maçom não deve praticá-lo e ao contrário, rejeita-lo.
Milenar como é, a maçonaria está presente em todos os países do mundo, permitida ou não, em democracias e governos totalitários, sempre atuando socialmente.
Valho-me da Loja Maçônica “São Paulo” 43, para identificar homens que fizeram da virtude, sua principal causa de vida, tornando-se merecedores da gratidão e reconhecimento por tudo o que realizaram em prol da humanidade. São milhares. Muitos anonimamente, outros desconhecidos e centenas cravados nas histórias de seus países, das quais retiro alguns poucos nomes, sintetizando suas lutas e conquistas.
Na África do Sul, o símbolo da libertação e da luta contra “apartheid”, Nelson Mandela. Na Alemanha, Beethoven, um dos mais célebres compositores clássicos, Pestallozzi, fundador da moderna pedagogia. Ludwig Mendelssohn, gênio criador de sonatas, concertos e sinfonias, Thomas Mann, premio Nobel de Literatura de 1929, Bach, compositor da era clássica, Johann Wolfgang von Goethe, autor do poema dramático “Fausto”, considerado uma das maiores obras literárias. É o maior poeta da Alemanha.
Na Argentina, José de San Martin, libertador de Argentina, Chile e Peru; José Ingenieros, autor de numerosos trabalhos no campo da psiquiatria e criminologia.
Na Áustria, o gênio da música clássica, maior de todos os compositores clássicos, Wolf Gang Amadeus Mozart, Schuber, gênio imortal dos grandes clássicos. Na Bélgica, Lafontaine, defensor dos direitos humanos e prêmio Nobel da Paz de 1913.
No Brasil a lista é imensa, pois os maçons estão presentes em toda a história do país, em movimentos regionais e nacionais, como Inconfidência Mineira, Libertação dos Escravos, Proclamação da República, movimentos políticos em favor da democracia, fundação de Brasília, centenas de obras sociais, defesa do meio ambiente, prevenção ao uso de drogas e sobretudo, neste momento, posição nítida com o movimento “A Favor da Moralidade – Contra a Corrupção”.
Precisaríamos de inúmeros artigos para destacar a importância dos maçons brasileiros. Alguns como padre Diogo Feijó, jornalista Menotti Del Picchia, político pernambucano Saldanha Marinho, Antônio Carlos Gomes, autor da Opera “O Guarani”, músico Luiz Gonzaga, Joaquim Gonçalves Ledo, figura principal da Independência do Brasil, presidente Deodoro da Fonseca, Francisco Jê de Acayaba Montezuma, um dos fundadores do Instituto da Ordem dos Advogados Brasileiros e fundador do Supremo Conselho do Grau 33 do Rito Escocês Antigo e Aceito, Visconde de Taunay, membro fundador da Academia Brasileira de Letras, Hypólito da Costa, fundador do primeiro órgão da imprensa brasileira, Correio Brasiliense.
Jornalista e orador sacro Cônego Januário da Cunha Barbosa, artista circense “Carequinha”, que alegrou pais e crianças pelo Brasil inteiro, militar e estadista Duque de Caxias, Bento Gonçalves da Silva, comandante da Revolução Farroupilha, Evaristo da Veiga, autor da letra do Hino da Independência, José do Patrocínio, Evaristo de Moraes, Senador Vergueiro, ator e teatrólogo João Caetano dos Santos, poetas Tomás Antonio Gonzaga, Casimiro de Abreu e Castro Alves, Benjamin Constant, a quem se deve a adoção da divisa “Ordem e Progresso”, na bandeira brasileira, patriarca da Independência José Bonifácio de Andrada e Silva.
Criador da União dos Escoteiros do Brasil, Benjamin de Almeida Sodré, historiador Rocha Pombo. Fundador do Instituto Butantã, Fernando Prestes de Albuquerque, Senador Ubaldino do Amaral Fontoura, entre outras figuras tão importantes quanto estas.
Na Inglaterra, Alexander Fleming, Shakespeare, Rudyard Kipling, ator Michael Caine, compositor Sullivan, Arthur Conan Doyle, criador do mais famoso detetive da história, Sherlock Holmes e Peter Sellers, genial ator cômico e de sua filmografia podemos citar “A pantera cor de rosa”, entre outros. No Canadá, uma carreira e uma missão de determinação e tenacidade, instituindo o voto para população indígena, John George Diefenbaker. No Chile, Bernardo O’Higgins e Salvador Allende. Em Cuba, José Julián Marti Y Perez, patriota e mártir. No Egito, o fundador da Universidade do Cairo em 1906, Ahmed Fuad Pasha. Na Escócia, o ministro da Igreja Presbiteriana, James Anderson. Na Espanha, o filósofo José Ortega y Gasset; nos Estados Unidos George Washington, Benjamin Franklin, Roosevelt, Louis Armstrong, King Camp Gillett, este inventor da lâmina de barbear, Martin Luther King, líder dos movimentos de direitos civis, Truman, Lindon Johnson.
Na França, filósofo Voltaire, químico Lavoisier, autor da famosa frase: “Na natureza nada se cria, tudo se transforma”. Frederic August Bartholdi, escultor da Estátua da Liberdade, doada aos Estados Unidos pelo governo francês, astrônomo Laplace, escritor Alexandre Dumas, Charles Richet, prêmio Nobel de Medicina em 1913 e Marios Lepage, precursor da reaproximação entre maçonaria e a Igreja.
Poderia citar outros importantes nomes de maçons históricos da Costa Rica, Dinamarca, Finlândia, Filipinas, Gana, Grécia, Guiana Francesa, Itália, Japão, Jordânia, México, Mônaco, Nicarágua, País de Gales, Rússia, Suíça, Suécia, Tunísia, Ucrânia e outros muitos. Concluo citando de Portugal, escritor Antero de Quental e jornalista Camilo Castelo Branco.
Esta é a maçonaria, que procura formar-se com homens de todas as raças, credos e nacionalidades que se reúnem com a finalidade de construírem uma sociedade humana fundada no amor fraternal, na esperança com amor à Deus, à pátria, à família e ao próximo, com tolerância, virtude e sabedoria, não lutando e nem querendo poder material, mas em missão de servir.
NA MAÇONARIA VALORIZA-SE 0 SILÊNCIO. Cleber Basso
Nossos dicionários são fartos em descrever o silêncio como sendo a atitude mística diante da infalibilidade do Ser supremo, o calar-se diante de determinada situação, estar mudo ou somente pensando.
Para filosofia, o silencio não se confunde com ausência de ruído, pois nada mais é do que a abolição da palavra ou da linguagem.
Independentemente da interpretação que se tem do silêncio no mundo profano, aqui neste trabalho temos o silêncio como instrumento de transformação e aprendizado.
Simbolicamente, o Apr∴ não sabe falar, não podendo, portanto, fazer uso da palavra.
Esse impedimento, todavia, é apenas simbólico, pois o Apr∴ tem direito de falar em loja, desde que não aborde assuntos ainda incompatíveis com seu Grau.
Esse impedimento simbólico tem raízes históricas e místicas.
Sendo, a mística maçônica, muito influenciada pelos costumes das antigas civilizações.
Esse simbolismo pode ser visto em duas instituições da antiguidade: o Mitraísmo persa e o Pitagorismo.
Embora não se possa procurar profundas semelhanças entre graus simbólicos da Maçonaria e os Graus do Mitraísmo, existem pontos em comum entre Apr∴ Maçônico e o Corvo Mitráico, pois ambos não podem, simbolicamente, criar ideias próprias, limitando-se a ouvir, sem falar.
O mesmo ocorre em relação aos Ouvintes, do Pitagorismo, os quais, durante o seu aprendizado, se limitavam a ouvir e aprender, numa situação muito similar à do Apr∴, que, simbolicamente, é uma criança, que não sabe falar e que se limita, também, a ouvir e aprender.
Pitágoras na antiguidade afirmava a seus discípulos que “aquele que não sabe ouvir, não sabe falar”.
Importante ressaltar que o silencio aqui em comento não é o silencio maçônico propriamente dito, aquele que cogita inúmeras e infundadas especulações profanas, ou o silêncio no juramento ocorrido ao término da ritualística.
O silêncio em testilha tem como por finalidade o aprendizado, tendo como destaque o APRENDIZ MAÇON.
Como ato de humildade que o homem “iniciado” se vê obrigado a trazer de volta para si e para seu comportamento depois de tê-lo perdido em algum momento de sua vida, como o cinzel a talhar a pedra bruta para transformá-la em pedra polida, sendo que tal silêncio deve ocorrer de forma desinteressada e sem reservas ou intenções!
Quando o recém iniciado é advertido de que não poderá falar em loja, desde a sua iniciação até à sua passagem a mestre, devendo apenas ouvir e observar, está-se simplesmente a dar continuidade a um dos mais antigos costumes das ordens iniciáticas: o silêncio.
O profano, ao iniciar-se, não tem como expor suas ideias justamente porque nada sabe e, diante desta constatação, o silêncio é seu melhor companheiro, pois é o singular momento de criação e transformação.
O Aprendiz Maçom encontra-se em processo de integração ao novo grupo, com regras específicas, com uma ligação pessoal forte.
Desejaria, porventura, ter uma atitude proativa de se dar a conhecer, de intervir, de mostrar o seu valor.
Mas não precisa: que tem valor, já todo o grupo o sabe por isso o aceitou no seu seio, o conhecimento advirá, nos dois sentidos, com o tempo e o aprendizado.
Está num processo de mudança de paradigma quanto à forma de estar social.
Muitos dos valores apreciados nos meios profanos não serão os mesmos que são preferidos entre os maçons.
Na Maçonaria não se busca eficiência, produtividade, riqueza, estatuto, etc..
Na Maçonaria valoriza-se a força de caráter, o reconhecimento das próprias imperfeições, o desejo de melhorar, a ponderação, o respeito pelo outro, a tolerância e a paciência, dentre outros.
Na Maçonaria valoriza-se o SILÊNCIO.
JOHANN WOLFGANG VON GOETHE
Johann Wolfgang Von Goethe nasceu em Frankfurt, Alemanha, no dia 28 de agosto de 1749. Era o filho mais velho de Johan Kaspar Goethe, um homem austero e culto, entusiasmado pela ciência e amante das artes, além de advogado rico e conselheiro da corte de Frederico II; e de Katharine Elizabeth Textor, vinte anos mais jovem que o marido, era uma pessoa alegre e disposta que cultivava um talento especial para contar estórias.
Quando Johann tinha apenas dez anos de idade, sua cidade natal foi ocupada pelos franceses, no período da Guerra dos Sete Anos, que envolvia França, Áustria e Rússia de um lado; e em oposição, Inglaterra e Prússia. Nesta época, para desagrado do Sr. Kaspar Goethe, que não simpatizava com as causas francesas, o comandante do exército francês hospedou-se na casa da família. Por outro lado, o infante Johann teve a oportunidade de familiarizar-se com o idioma e empolgou-se com as referências de escritores franceses.
Inicialmente, sua instrução foi dada por seu pai e, posteriormente, prosseguida por mestres contratados como tutores. Com 16 anos de idade, em outubro de 1765, deu início aos estudos de Direito na universidade de Leipzig, que considerava uma "pequena Paris". Além deste curso, estudou também desenho e desenvolveu interesse pela pintura.
Neste período em Leipzig, Johann descobriu a boêmia e a vida noturna, e passou a escrever suas primeiras poesias inspiradas em fatos da própria vida. Apaixonou-se por Anna Katharina Schonkopf, filha de um comerciante de vinhos local. Inspirado nesse amor escreveu Das Leipziger Liederbuch.
Em 1768, com a saúde debilitada devido aos excessos da vida noturna, foi obrigado a retornar para Frankfurt a fim de tratar-se. Neste período, ocupava seu tempo com leitura, experiências alquímicas e astrológicas. Recuperado, foi enviado pelos pais à cidade francesa de Alsácia, a fim de retomar seus estudos.
Em 1770, já formado em direito, participa do movimento "Sturm und Drang" (Tempestade e Ímpeto) liderado pelo amigo pessoal Johan Gottfried Herder. A peça Geschichte Gottfriedens von Berlichingen mit der eisernen Hand dramatisiert (História de Gottfriedens von Berlichingen dramatizada com mão de ferro) escrita entre 1771 e 1773, e o poema Prometheus, são referências literárias do movimento. Nesta época apaixona-se e mantém um romance com Frederica Brion, filha do pastor de Sessenheim. Após o término da relação, retorna a sua cidade natal onde exerceu sua profissão de advogado, escreveu poesias e peças teatrais, além de colaborar com o jornal "Frankfurter Gelehrte Anzeigen". Devido à profissão, passou quatro meses em Wetzlar e apaixonou-se por Charlotte Buff, noiva de um colega; este sentimento foi tão intenso que quase o levou a cometer suicídio.
Em 1774, mudou-se para Wetzlar onde continuou escrevendo poesias. Neste mesmo ano, publicou sua primeira história auto-reveladora, uma obra que se tornaria conhecidíssima e o poria entre os grandes escritores da literatura européia, o romance Die Leiden des Jungen Werthers (Os sofrimentos do jovem Werther). Werther, personagem principal, suicida-se e torna-se o protótipo do herói romântico. A influência deste romance foi tanta que foi considerado o responsável pelo suicídio de diversos jovens que a leram. Esta obra é inspirada pela paixão intensa de Goethe por Charlotte Buff. Em seguida, o autor inicia um flerte com Maximiliane von La Roche, filha da escritora Sophie von La Roche. No final deste ano, o duque de Saxe-Weimar-Eiisenach, Carlos Augusto, numa viagem à Paris, convidou Johann Goethe a visitar Weimar, capital do ducado.
O ano de 1775 foi repleto de acontecimentos importantes em sua vida. Enamorou-se de Lili Schonemann, viúva de um rico banqueiro de Frankfurt e figura da elite social da cidade. O pouco interesse que tinha de atuar no meio aristocrático o levou a romper a relação.
Mas este romance o inspirou a escrever duas operetas, Erwin und Elmire e Claudine von Villa Bella. Posteriormente, viajou à Suíça ao lado do Conde von Haugwitz e de Friedrich Leopold. Neste mesmo ano, escreveu a peça Stella, abordando a vida de um homem que encontra uma forma de conciliar a convivência com a esposa e a amante. Obviamente, a peça provocou diversos protestos e o autor viu-se obrigado a alterar o final, de modo que dois personagens cometessem suicídio.
Após herdar o governo do Ducado, o então príncipe, Carlos Augusto, refez o convite ao escritor, que aceitou imediatamente e mudou-se para Weimar disposto a desfrutar dos benefícios da corte. Pouco tempo depois, a população acusava Goethe de desvirtuar o príncipe. A reação de Carlos Augusto foi ocupá-lo de atividades administrativas. Este fato obrigou o escritor a abandonar parcialmente suas obras Egmont, Fausto, Torquato Tasso e Iphigenie auf Tauris.
Goethe envolveu-se num novo romance. Desta vez, com Charlotte von Stein, mulher refinada e esposa de outro funcionário. Mãe de sete filhos e sete anos mais velha, o autor referiu-se a ela como "O belo talismã de minha vida". Esta relação estendeu-se por 12 anos e o autor escreveu mais de 1.500 cartas. Foi este romance que inspirou a obra Die Geschwister.
Sua irmã Cornélia falece em 1777. No início da década de 1780, supostamente, filia-se à ordem "Maçonaria Iluminada" que seria a continuidade do Illuminati. Em meados desta década, viajou repentinamente para a Itália. Usando um nome falso, transitou por algumas cidades da região até chegar à Roma, onde foi acolhido numa colônia de artistas alemães.
Em 1784, descobre o intermaxillare, osso do corpo humano desconhecido pelos anatomistas, e elabora teses que antecipam a "Teoria Darwinista". Seu pai falece em 1786. Ainda nesta cidade, voltou suas atividades à literatura e retomou a peça Iphigenie Auf Tauris (Ifigênia na Táurida), concluída em 1787. Esta estadia em Roma ainda lhe rendeu um diário intitulado Italianische Reise (Viagem Italiana).
Mas o principal fruto foi Romische Elegien (Elegias Romanas), escritos de 1788 a 1789. Esta obra constitui-se de poemas nos quais admira a Antigüidade clássica. Nesta mesma época, ao lado de Christiane Vulpis, filha de um humilde funcionário do ducado, constituiu um lar. Desta relação, nasceu August. Em 1790, conclui Torquato Tasso, peça teatral que aborda dificuldades da linguagem e o problema do conflito entre o compromisso social a preservação da individualidade. Neste mesmo ano, foi publicada a primeira parte da célebre obra, Fausto. Ainda neste ano, publica Die Metamorphose der Pftanzen Zu Erklaren, uma obra que aborda a "metamorfose das plantas" e foi muito criticada pelos biólogos.
Em 1792, na companhia do Duque, transita por território francês pouco antes do início da batalha de Valmy, que o escritor registraria nas obras Campagne in Frankreich - 1792 e Belagerung von Mainz.
A partir de 1794, em Weimar, torna-se amigo do escritor alemão Friedrich von Schiller. Diversas cartas foram trocadas entre ambos. Nos anos seguintes, contribuiu para o jornal de Schiller "Die Horen", publicou Wilhelm Meisters Lehrjahre (Os anos de aprendiz de Wilhelm Meister) entre 1795 e 1796 , que aborda o mesmo tema de Torquato de Tasso.
Nos primeiros anos de 1800, atuou como advogado em causa do amigo pessoal Schelling, e obteve grande prestígio profissional e pessoal. A morte do amigo em 1805 o abalou profundamente; em sua homenagem escreveu Epilog zu Schillers Glocke.
Em 1806, Goethe adoece gravemente. Neste mesmo ano, devido à invasão francesa em Weimar, temendo pelos seus bens, consolidou o casamento com Christiane Vulpis, que tinha zelado por sua saúde, e até este momento, a apresentava apenas como governanta. Mas, devido ao romance pouco aceito pela sociedade, o casal não era bem recebido nos lares.
Ao invadir a Alemanha em 1808, Napoleão quis conhecer pessoalmente o escritor que foi condecorado com a "Grande Cruz da Legião de Honra". Em seguida, publicou a primeira parte de Fausto e começou a escrever Der Wahlverwandtschaften (Afinidades eletivas), que terminaria ao final do ano seguinte. Este livro é inspirado pelo seu amor por Minna Herzlieb, uma jovem de dezoito anos, filha adotiva de amigos. A obra foi considerada imoral e gerou protestos.
Em 1810, o escritor fez mais uma incursão pela ciência na obra Zur Farbenlehre (Teoria das cores) ignorando as recentes descobertas de Newton e propondo uma nova teoria. Obviamente o trabalho não foi levado a sério no meio científico. No ano seguinte, escreveu uma autobiografia intitulada Dichtung und Wahrheit (Poesia e Verdade).
Até meados da década de 1810, Goethe, já sem compromissos com sua atividade no governo, dedica-se a coordenar o teatro da corte. Sua esposa, Christiane Vulpis, falece em 1816. No ano seguinte, seu filho casa-se e Goethe abandona a direção do teatro. A obra Italianische Reise (Viagem Italiana), escrita vinte anos antes, é publicada.
No ano de 1819, durante um novo romance com Mariana Von Willemer, de apenas dezoito anos, escreve West-östlicher Divan (Divã do Leste e Oeste), que foi inspirada na versão dos poemas persas de Hafiz, traduzidos por Joseph, Barão von Hammer-Purgstall. No mesmo ano publicou também Trilogie der Lindenschuaf.
A partir de 1823, Jean-Pierre Eckermann, passa a auxiliá-lo na escrita e revisão de seus trabalhos. Uma última paixão pela jovem Ulrique von Levetzow marca seus últimos anos de vida e lhe inspira l'Élégie de Marienbad. Paralelamente, trabalha na obra Wilhelm Meisters Wanderjahre oder Die Entsagenden (Os anos de viagem de Wilhelm Meister ou os Renunciantes) escrita entre os anos de 1821 e 1829. Em 1830, seu único filho, August, morre e lhe deixa três netos.
Em 1832, é publicada a segunda parte de Fausto e o autor mantém-se criativo até os últimos dias de vida. Sabe-se, porém, que a idéia original de Fausto não é inspiração do autor. Na verdade, Fausto teria sido uma pessoa real, um místico que viveu na Alemanha no século XVI, e a sua vida foi adaptada para a ficção em 1587 por Christopher Marlowe.
Em 22 de março de 1832, na cidade de Weimar, Goethe está sentado na poltrona, ao lado da cama. Seu estado de saúde havia piorado nos últimos dias devido à um resfriado. O dia amanhece, mas o quarto mantém-se escuro. Goethe, que já respirava com dificuldade, faz um sinal ao criado que se aproxima e ouve as últimas palavras pronunciadas: "Abra a janela do quarto, para que entre mais luz".
Johann Wolfgang von Goethe deixou uma gigantesca produção cultural. Foi escritor, cientista, filósofo e um dos líderes do "Sturm und Drang". Apesar de várias citações religiosas em sua obra, sabe-se que não era praticante de nenhuma doutrina. Portanto, torna-se impreciso classificar sua obra sob apenas um rótulo; posto que esta transita entre o helenismo clássico e repousa nas bases do emergente romantismo.
Em sua vida pessoal, era obcecado por mulheres, e estas lhe valeram grande parte da inspiração para suas obras. A imagem dos personagens Fausto, Mefistófeles e Werther, são reflexos da personalidade intrigante do autor. Goethe chegou a declarar que herdou do pai "a conduta séria da vida", e da mãe "a natureza alegre e o gosto de narrar".
(Desconheço a autoria)