fevereiro 29, 2024

O SIGNIFICADO OCULTO DE "SHALOM"

    

    A palavra SHALOM é constituída por três letras raízes do idioma hebraico Shin-aleijou-Mem (ש.ל.מ), que expressam o sentido básico da palavra. 

       SHALOM em hebraico também é usado para dizer "oi", "como vai", "bem vindo", "até logo" e cumprimentos semelhantes a estes em português ou mesmo em outros idiomas como o inglês onde substitui  "Hi" e  "Goodbye". Mas ela é uma expressão hebraica bíblica antiga. 

  Na maçonaria em determinado grau relembramos o sonho de Jacó ou Yaakov, onde ele vê anjos subindo e descendo a escada. 

   O jovem Jacó, amedrontado, viajando sozinho a partir de Beer-Sheba, em Canaã, para Haran na Mesopotâmia no caminho para a casa de um tio que ele nunca tinha visto antes. 

    Em seu sonho, o Senhor disse: "Eu estou com você [...] Eu não vou deixar você". 

    Ele desperta e pronuncia um voto de confiança no Criador: "וְשַׁבְתִּי בְשָׁלוֹם אֶל בֵּית אָבִי" - "de modo que eu volte para a casa de meu pai em paz" (Gênesis 28:15, 21). 

   Anos mais tarde, ele voltou para a Terra Prometida com sua família INTEIRA! - Ele voltou EM PAZ!

    SHALOM é uma palavra que usamos para expressar nosso bem-estar e o bem-estar do nosso semelhante! 

      Shalom para todos!!

FALANDO E CONVENCENDO - UM MANUAL DE ORATÓRIA E PERSUASÃO - Michael Winetzki

   

 Estou postando, como cortesia, um dos capítulos do meu livro FALANDO E CONVENCENDO, UM MANUAL DE ORATÓRIA E PERSUASÃO, considerado um dos melhores livros no gênero do país e adotado como manual de redação e apresentação verbal pós graduação numa Faculdade do DF. Se algum dos leitores tiver interesse na aquisição o valor é 60,00 (inclui postagem) e eu remeto autografado. Além da parte teórica há muita prática de redação e apresentação e exercícios para entonação, dicção, respiração e saúde da voz. Além disso é muito agradável de ler. Meu whatsapp é 61.9.8199.5133

CAPÍTULO 3

Primeiros passos: preparando o discurso

A linguagem deve exprimir com clareza o pensamento. Isso é tudo. Confúcio

Antes da apresentação

· Organize e classifique as fontes de todo o material que irá utilizar (livros, impressos, gráficos, estatísticas, slides); assegure-se que os dados você vai utilizar são exatos e verdadeiros;

· Se houver material audiovisual prepare-o de forma que seja legível, atraente e pertinente, reforçando e esclarecendo pontos importantes; se não tiver facilidade com os programas de apresentação é melhor pedir a um profissional;

· Anote os mais dados importantes em fichas ou cartões, para lhe servirem de guia durante a elaboração e de suporte ou memória na palestra (não tente decorar todo o discurso);            

· É importante conhecer o local e testar o equipamento com antecedência;

· Procure antecipar as perguntas que poderão ser feitas.

Planeje a sua palestra

· Planeje para ter palestra pronta pelo menos três dias antes da apresentação, vai lhe dar folga para ensaiar e se familiarizar;

· Saiba qual é o tempo que você tem para falar, já vimos que quanto menor é o tempo, mais difícil será a elaboração, (é possível apresentar qualquer assunto, com sucesso, em no máximo 50 minutos)

· Defina seu tema e seu objetivo, aquilo que você quer de sua audiência: informar, convencer, comemorar, persuadir;

· Comece anotando as ideias principais com frases curtas utilizando um vocabulário simples, porém correto, evitando palavras desnecessárias, jargão técnico, siglas e abreviações, advérbios vagos (muito, pouco) e adjetivos;

· Fuja de clichês ou de bordões humorísticos da TV (tô pagaando);

· Organize um roteiro ligando as ideias principais de maneira que as partes se integrem ao todo de maneira lógica e natural. Coloque a ideia principal e anote algumas ideias secundárias que podem enriquecer o contexto. Sempre caminhe no sentido do menos importante para o mais importante, que deve ser o ponto alto, o fecho da palestra (facilita quando se usa algum padrão como: cronológico, espacial, de causa e efeito, de problema - solução);

· Cuidado com a gramática. Erros gramaticais podem arruinar a sua apresentação e comprometer a sua imagem. Revise cuidadosamente a construção das frases, a concordância e a conjugação dos verbos.

· Tente apresentar uma nova visão sobre o assunto;

· Não aceite falar sobre algo de que não entende;

· Quando não souber algo sobre o assunto, diga “não sei”, nunca “chute”.

Conheça sua plateia

·  Procure se informar sobre a natureza da sua audiência (sexo, idade, instrução), porque estão reunidos, o que esperam ouviro quanto conhecem sobre o assunto e qual a opinião deles quanto ao que será apresentado, para relacioná-los com o tema. Assim você fará o discurso certo para as pessoas certas.

·   Explore o fato de que as pessoas internalizam mensagens de diferentes maneiras: algumas são auditivas (motivadas pelo som), outros visuais (motivadas por imagens) ou sinestésicas (atingidas no seu emocional pelos movimentos). Por isso utilize todos os recursos de voz, imagens e gesticulação.

Ensaie

· Pratique em voz alta, várias vezes; treinar nunca é demais;

·   Se for ler algum texto, ensaie para se familiarizar e se possível grave e ouça a gravação para achar o tom e o ritmo certos;

· Faça a apresentação para outra pessoa ou algum amigo e peça-lhe uma avaliação sincera; como as vezes é difícil para um amigo fazer uma observação crítica, faça perguntas: - “você acha que ficou o tema claro?” ou “estou usando palavras difíceis demais?”

· Administre o tempo da palestra, dividindo-o conforme já vimos, determinando o começo, meio e fim (reserve alguns minutos para eventuais imprevistos ou perguntas). É sempre preferível falar de menos do que demais.

Procure estar bem equilibrado, emocional e fisicamente

·   Apresente-se de maneira natural, relaxada, autoconfiante. Qualquer tipo de tensão emocional ou problema fisiológico pode perturbar a apresentação, portanto se estiver com dor de cabeça ou no nervo ciático ou excessivamente nervoso, procure antes se cuidar.

·   Evite alimentos pesados, água gelada e especialmente bebidas alcoólicas, antes da apresentação (já vi palestrantes de renome darem vexame por causa de apenas um uísque);

·   Entenda que a ansiedade de falar em público é natural (a maioria das pessoas se sente insegura no início);

     Há cerca de 40 anos entrevistei antes de um show o cantor que se tornaria um dos maiores ídolos desta geração e uma das perguntas que lhe fiz foi: - “o que você sente antes de entrar para cantar?” – A resposta surpreendente: “fico apavorado”. - “E o que você faz então?”   - “Escolho uma pessoa na plateia e olhando-a fixamente canto para ela. Se ela me sorri começo a relaxar e aí dá tudo certo”. É uma simples e eficaz receita para qualquer orador.

·   Se conhecer profundamente o assunto sobre o qual irá falar, será mais fácil controlar o nervosismo;

·   Pratique exercícios de relaxamento e respiração antes da apresentação (veremos alguns desses exercícios na parte 2)

·   Mantenha a garganta hidratada com água, em temperatura ambiente;

·   Mande mensagens positivas a si mesmo (farei uma excelente apresentação, serei muito aplaudido, vou ficar muito feliz);

Iniciando a palestra

·   Seja pontual. Comece no horário previsto mesmo que o auditório esteja “meio vazio” (aguardar a chegada dos retardatários é falta de consideração com aqueles que foram pontuais);

·   Esteja vestido de maneira formal, discreta e elegante (exceto se você for falar em agências de publicidade ou no mundo do "show-business");

·   Mantenha uma postura ereta, descontraída, natural, confortável; não fique imóvel, não gesticule exageradamente;

·   Crie um clima agradável; sendo natural e sincero. Sorria;

·   Procure ser modesto. Esta é uma qualidade que cativa a assistência. Apresente-se como “sou um jornalista", e não como "sou redator-chefe do mais importante jornal do estado"

·    Crie um clima agradável; sendo natural e sincero. Sorria;

·   Tome cuidado com cacoetes ou tiques como coçar a cabeça, tamborilar os dedos ou pigarrear

·   Preste atenção às reações do público, são elas que lhe dirão o quanto sua apresentação está agradando, ou não;

Alice e eu assistimos a uma palestra no Senado na qual o apresentador se perdeu e o público manifestava ruidosamente seu desconforto. Na tentativa de reencontrar o eixo o palestrante abriu um espaço de cinco minutos para um café. Das mais de 60 pessoas presentes retornaram apenas seis.

·   Olhe alternadamente para os papeis e para os ouvintes. Jamais volte as costas para a plateia. Se houver projeção decore ou tenha em mãos cópias dos slides, mas fale olhando para a plateia.

Durante a apresentação

·   Fale com clareza, pronunciando bem todas as palavras, sem omitir letra alguma (diga janeiro e não janero, problema e não poblema, falae não falá);

Quem fala: vamo percisá resorve um poblema é quase um caso perdido, mas é muito mais comum do que parece.

·   A impostação (respiração diafragmática) acalma, obriga a concentração, aumenta a potência vocal e facilita a entonação (veremos como se faz adiante);

·   Use diferentes inflexões vocais, modulando a voz, variando o ritmo, o tom da voz e velocidade da fala. A modulação é a melodia da voz.

Tom de voz ou altura: não grite nem sussurre, fale para a última fila da plateia.

Velocidade: falar rápido demais prejudica o entendimento, devagar demais entedia. Ritmo ou “cor”: alterne altura e velocidade e use as pausas para dar um ritmo gostoso.

·   Coloque ênfase nas partes importantes. A ênfase altera a compreensão e reforça a mensagem.

Eu não peguei o seu bombom (quem pegou?)

Eu não peguei o seu bombom (fez o que então?)

Eu não peguei o seu bombom (pegou o bombom de quem?)

Eu não peguei o seu bombom (pegou o que?)

·   Mantenha constante contato visual com os presentes, olhe para todos, alternadamente, como se estivesse conversando com cada assistente.

·   Faça pausas para respiração durante o discurso; na construção das frases, marque no texto as pausas para respirar.

·   Coloque emoção naquilo que diz. Conte histórias emocionantes e experiências humanas, próprias ou alheias, o público adora histórias e retribui com atenção.

·   As inflexões vocais, que são a musicalidade da voz, juntamente com a expressão corporal é que vão proporcionar beleza, colorido e expressividade para a fala.

Exemplos de inflexões vocais: 

Emergencial: Olhe o perigo! Pare! Cuidado!

Tom de voz forte, de comando, postura do corpo ereta, expressão facial séria, gestos firmes         

Sensitivo: Você é linda! Eu amo você.

Tom de voz espontâneo, postura e gestos totalmente descontraídos, expressão facial aberta.

Informativo: Por favor, que horas são?

Tom de voz normal, postura e gestos neutros, expressão facial descontraída, palavras de indagação.

Diretivo: Anote o seu endereço no formulário.

Tom de voz forte firme, postura e gestos mais suaves, expressão facial descontraída.

Nutritivo: Que delicia este almoço.

Tom de voz confortante, palavras de apoio, expressão facial amiga, gestos de aproximação.

fevereiro 28, 2024

ÊTA SUJEITO CHATO - Newton Agrella


Quando afinal de contas você descobre que se tornou um sujeito chato,  o universo a sua volta vai ficando cada vez mais vazio...menor...e mais longínquo....

De repente você percebe que o  seu espírito de humor vai se apagando, as luzes  à sua volta já não brilham tanto,  e nem a sua ausência se faz  sentida...

Que fique claro que não se está falando sobre vitimismo, mas sim, de comportamento.

O chato às vezes não se suporta e em muitas oportunidades deseja fugir de si mesmo...

Quando tudo parece normal e tranquilo, lá vem o chato procurando algo pra se coçar...   reclama disso e daquilo, valoriza o que não importa, sente-se incomodado pelas mínimas contradições do dia a dia  e ao mesmo tempo vai se fechando em copas...

O chato mal consegue avaliar seu raio de ação. 

Extrapola no seu tempo e no tempo dos outros.

Ao mirar um elefante, o chato mata uma formiga, pois as lentes de seus óculos destorcem a realidade factual do que o envolve.

O chato tanto pode falar muito, quanto pouco, porque o que conta e estabelece a sua verdadeira e real condição se manifesta através de suas atitudes.

"Mais pode ser menos, e vice-versa",  pois o peso que o chato atribui às suas considerações em torno de tudo o que o cerca, reside na sua rigidez e insensatez de olhar e viver a Vida que deveria ser  mais leve e sem tantas cobranças...

Lá no fundo, ser chato é um delírio que não merece votos...

O que é preciso é oxigenar o cérebro, respirar mais fundo, e entender que a Vida é um estágio, e nela deve-se tentar desfrutar de tudo o que há de melhor....



DEZ CONDUTAS MAÇONICAS


Dez condutas maçônicas que, certamente, contribuem positivamente e protegem a nossa ordem das ações e das influências dos infiltrados:


1) Sirva à instituição e não à pessoas;

2) Quando for divergir, seja de ideias, propostas e condutas, mantenha-se imparcial e com honestidade, deixando de lado simpatias ou antipatias pessoais;

3) Chame sempre para você a responsabilidade de proteger e defender a instituição, não esquecendo que os nossos maiores inimigos, infelizmente, vestem avental;

4) Não se venda por medalhas, títulos, cargos, alfaias e elogios;

5) Quando for indicar um candidato, não seja um corretor de avental, que seja pessoa que se amanhã for à “bancarrota” e você tenha necessidade de levá-la para dentro de tua casa, ela não ocasione problemas à tua família;

6) Seja parceiro fiel e leal da verdade e da justiça, assumindo a inteira responsabilidade do que falar, escrever ou fazer;

7) Nunca se esqueça que os exemplos falam mais do que palavras e que os Aprendizes, Companheiros e Mestres mais novos precisam de referências;

8) Não seja Maçom oportunista ou inconsequente, pois baixaria, truculência e contestação infundada e mentirosa não são compatíveis com as nossas virtudes e princípios, maculando os Templos Maçônicos;

9) Não olhe para um Irmão como se fosse seu superior hierárquico, porém respeite as autoridades maçônicas legalmente constituídas, bem como, se for necessário, exija delas, usando os caminhos e meios legais maçônicos, que desempenhem os seus cargos com dignidade, probidade, humildade e competência, pois não estarão fazendo mais do que sua obrigação;

10) Seja um obreiro útil, humilde, dedicado, competente, de atitude e instruído nos augustos mistérios da Arte Real, pois, caso contrário, poderá ser manipulado e inconscientemente prestar serviços para aqueles pseudo maçons que representam a antimaçonaria.

SER MAÇOM OU FREQUENTAR LOJA - Denilson Forato

 


Há uma absurda diferença em ser Maçom e ser um frequentador da Loja, há algum tempo venho observando o comportamento de alguns Irmãos em Loja e fora dela, existe um tipo de "Maçom" que vai às Lojas todos os dias se deixar, em todas as cidades, faltam pouquíssimas vezes mas não levam a sério a vida maçônica, não refletem, não levam trabalhos, não debatem, não sentem a presença do G.'.A.'.D.'.U.'., não absorvem NADA do que lhes é passado, não prestam atenção na Sessão e ainda tiram a nossa atenção. Quando não ronca!

Gente, tenho batido muito nessa tecla, porque perco horas e horas me perguntando: o que leva uma pessoa dessa à Maçonaria? 
Aviso aos navegantes: Apenas frequentar a Loja , não ajuda, não ensina, ninguém viu! 

Eu já vi Irmãos  trocando mensagens no celular dentro da Loja, a Sessão acontecendo e o "Irmão" nem aí. 

Meus Irmãos, vocês não tem noção do quanto um Venerável Mestre se prepara para estar ali na Cadeira de Salomão, vocês não tem noção de quantas horas um Venerável passa estudando, lendo, trocando ideia com outros Mestres Instalados, pedindo ajuda para a Sessão seja ótima,  o que Ele quer tratar na Loja!

Quanta falta de reverência ! Eu tento não pegar pesado, eu tento conter as palavras mas em uma situação como essa não dá!

Irmão se você vai à Loja para trocar mensagens no celular, se você vai à Loja para colocar aquela roupa jeans e tênis (que não é maçônico), se você vai à Loja  para conversar durante a Sessão e para tirar a atenção dos outros Irmãos, eu te peço encarecidamente: NÃO PERCA SEU TEMPO! Não perca querido, porque isso sim é uma perca de tempo, você não será um bom Maçom por está dentro de uma Loja fazendo essas coisas, então por favor, não nos faça perder a calma, isso o que você está fazendo dentro da Loja vai te levar pra escuridão, assim como se estivesse no mundão profano.

Hoje eu quero pedir a vocês, todos os Irmãos que me leem, que se auto analisem e que revejam o seu comportamento de Maçom, que parem e pensem se as suas atitudes dentro da Loja  são coerentes, se você vai a Sessão leve seu Ritual, porque é ele que você deve usar e não celular, se você vai à Loja abra seu coração pra sentir a presença do G.'.A.'.D.'.U.'., se você vai a Loja preste atenção na Palavra do Venerável e dos Irmãos, porque elas nada mais são do que alimento para nossa vida espiritual, se você vai à Loja vista-se de forma correta, roupa preta e sapatos pretos, porque você está ali para adorar ao G.'.A.'.D.'.U.' e participar de uma nobre Sessão Maçônica, você está ali para aprender mais sobre Maçonaria,  então porque querer chamar a atenção dos outros Irmãos?

Peço que vocês meus amados Irmãos não me interpretem mal, eu não estou querendo que vocês saiam de dentro da Loja e  da maçonaria e vá para o mundo profano, de jeito nenhum! Eu quero que vocês como Maçons  tenham atitudes de Maçom, eu não quero que você use um vestido preto de mangas compridas, chamado MANTO FALSO DE MAÇOM . 

Irmão nós somos os profetas desse tempo, chega dessa história de: "ah tinha que ser o Irmão fulano ou ciclano!" "Ah, mas  é assim mesmo" Chega disso! somos Maçons sim, mas somos Adultos que estamos dentro da Loja, buscando a face do G.'.A.'.D.'.U.'., buscando a nossa melhora da moral, buscando ser homens diferentes, buscando a nossa elevação como seres melhores, temos que influenciar essa geração para o bem e não nos deixar ser influenciados para o mal.

Que o G.'.A.'.D.'.U.'. abençoe  a todos e guarde as nossas vidas, pois devemos submeter nossas vontades e fazer progressos na Maçonaria!

Tenho dito!

fevereiro 27, 2024

 *MISTÉRIOS DO PRIMEIRO GRAU*

(Desconheço o autor)


"É com o coração que se vê corretamente; o essencial é invisível aos olhos." (Antoine de Saint-Exupéry, O pequeno príncipe).


O trabalho do Aprendiz é lavrar sua pedra bruta, usando o maço e o cinzel, para esquadrá-la e livrá-la das asperezas e elementos supérfluos com o fim de conseguir que se encaixe nas outras pedras, para compor as paredes do edifício da Fraternidade. Este é um trabalho que não envolve somente o aspecto esotérico, envolve principalmente o aspecto prático. 


A matéria na qual o Aprendiz trabalha é, portanto, sua própria matéria, pois assim como o pintor se expressa com o emprego das cores; o músico com os sons; o Aprendiz se expressa por meio de si mesmo.


O Aprendiz não deve acrescentar mais nada à sua pedra, que é ele próprio, mas sim tirar de seu interior a figura perfeita que contém, eliminando tudo o que aprisiona e o impede de aparecer. Trata-se não de adquirir, mas de crescer. Não deve portanto fazê-lo a partir do que é, mas a partir de sua essência revelada.


Aqui, cabe perguntar qual é essa essência, qual a fonte, de onde ela surge, qual a direção de seu crescimento, e quais as ferramentas a utilizar.


Quando se fala em perfeição na Maçonaria, queremos dizer: despertar, desenvolvimento e explosão das três grandes luzes do homem:


a) Consciência moral, representada pelo Livro das Sagradas Escrituras ou regra de vida;


b) Compaixão (do latim cum passio), a virtude representada pelo Compasso que, conforme está estabelecido, deve estar apoiado na lei e ajustado ao reto juízo. Por isso mesmo, no ato do solene juramento que nos une à Maçonaria, colocamos uma das pontas do Compasso sobre o coração, fazendo deste o centro ao redor do qual haveremos de traçar as circunferências de nossas vidas.


c) Juízo, que é a luz e função da mente e a virtude da razão, sendo representado pelo Esquadro.


Segundo se depreende da Maçonaria simbólica, a perfeição consiste na retificação do Compasso e de sua libertação paulatina, sem o que, em momento algum, Compasso e Esquadro (compaixão e juízo reto) deixam de estar apoiados na Lei, que é o fundamento absoluto do Todo. Há uma expressão maçônica muito elucidativa e que diz: "compreender tudo dentro dos âmbitos do Compasso". Em idioma inglês, no qual a Franco-Maçonaria e o Rito de York foram concebidos e pensados, "compreender", no sentido de "abarcar", ou "entender", se diz: to encompass, ou seja, colocar dentro do compasso. Por último, é instrumental para os fins da perfeição o hábito do juízo reto, este que não se faz por força de preconceitos, de dogmas e de fantasias, mas do pensamento.


É provável que o Aprendiz tenha tirado da cerimônia de sua Iniciação a conclusão de que a Maçonaria propõe "uma viagem das trevas para a Luz". Assim o é, de fato; só que aquilo que marcha em direção da Luz, não é ele, mas aquilo que nele é inédito e que, por ser desconhecido, é ainda obscuro. Não somos nós que, como pessoas, estamos iluminados; são nossas potencialidades, nossas latências que vão para a Luz; é o Maçom dentro de nós quem se dirige para a sua "parturição", por assim dizer; é o "profundo" de nós que busca fazer-se acontecimento; é a "Lux in tenebris". 


Disto se deduz que será inútil e até contraproducente aquele que não for Maçom em potencial bater à nossa porta. A natureza não pode dar aquilo que já não tenhamos em potencial.


Na realidade, todo símbolo é apenas um estímulo; a questão está em empregá-lo como fermento do ato iniciático e não como aguilhão para espicaçar a mera especulação imaginativo-mental. A primeira coisa que nossa Arte deve conseguir é que os olhos do candidato se abram para o mundo do símbolo. A Maçonaria é uma práxis, suas verdades são conquistas que não são aprendidas nem explicadas por ninguém, mas frutos de introspecção.


A esta altura, muitos poderão ter perguntado: "Por que a Maçonaria ensina por figuras e atos simbólicos?".


Porque é uma Arte e não pode fazê-lo sem base sensorial.


Paradoxalmente a sutileza da arte não penetra pela mente e sim pelos sentidos. A mente não pode levar-nos ao conhecimento do delicadamente sutil.


Poderia o melhor argumento explicar-nos o que é música? Poderia a Física ou outra ciência levar-nos à vivência musical?


Da mesma forma, só atos litúrgicos nos fazem compreender sua essência. Os níveis do psiquismo humano formaram-se ao longo dos milênios de existência da espécie, sendo o racional o mais recente. A Razão sabe conhecer e dar a conhecer as suas noções; mas, quando se trata de expressar e explicar a sensibilidade pré-lógica, a Razão fracassa, porque aquela carece de outras maneiras de expressão que aquelas que lhe são próprias: as de um simbolismo arcaico. E não podem incorporar-se à consciência a não ser através da vivência simbólica.


Explique ao físico as leis do som; por melhor que as aprendamos, nunca chegaremos a ser músicos. Da mesma forma, expliquemos o conteúdo intelectual dos símbolos, o que será muito útil, sem dúvida, mas ninguém suponha que alcançará a mestria em nossa Arte acumulando e produzindo interpretações, porque a Maçom se chega por atos. É óbvio que é muito importante auxiliar o conhecimento de nossa Arte com "explicações", livros e estudos. Mas, quando se trata de despertar as potencialidades pré-lógicas para dar-lhes expressão, é necessário recorrer a uma ferramenta que tenha a devida capacidade de acesso. E não será só pela cabeça que chegaremos a compreender e absorver o transcendente, mas pela pele, pelos olhos e, sobretudo, pelas mãos que empunham as ferramentas. É por isto que a Maçonaria fala, também, a língua da Arte e não unicamente a do intelecto.


Esse, meus Irmãos, é o grande mistério do grau de Aprendiz na Franco-Maçonaria. Para desvendá-lo é preciso aplicar os nossos cinco sentidos, é preciso abandonar os velhos paradigmas de nossa vivência profana, abrindo nossos olhos, nossa alma e o nosso coração, para uma nova vida que ora se inicia. É o equilíbrio entre a cabeça e o coração.


Fonte: JBNews - Informativo nº 135

MINHA HISTÓRIA NA MAÇONARIA - Michael Winetzki

Há mais de 30 anos eu já prestava serviços à Ordem, a pedido do SGM Heitor Rodrigues Freire, irmão, amigo e colaborador frequente deste blog. 

Vejam o último parágrafo deste artigo publicado em 1992.



UNIVERSO MENTAL - Roberto Ribeiro Reis



 



Mentes brilhantes não se atêm a limites. Buscam transpor as barreiras do impossível, tornando-as ultrapassáveis, vergastando as faces soberbas dos tabus, mostrando-nos que o Encaminhar 𝙚́ 𝙦𝙪𝙚 𝙢𝙤𝙡𝙙𝙖 𝙤 𝙢𝙪𝙣𝙙𝙤, e que tem o poder de transformá-lo.

𝙈𝙚𝙣𝙩𝙚𝙨 𝙚𝙭𝙘𝙚𝙡𝙨𝙖𝙨 não se deixam subjugar pelos pensamentos comuns, medianos, e que subvertem o potencial divino que há dentro do ser humano. Pelo contrário, alçam voos rumo ao infinito, na fé e certeza de que tudo o que aqui existe é proveniente de um 𝙋𝙡𝙖𝙣𝙤 𝙈𝙖𝙞𝙤𝙧, 𝙎𝙪𝙩𝙞𝙡, donde tudo é criado, a todo o instante.

A condição indispensável para que um profano ingresse na Maçonaria é a 𝙘𝙧𝙚𝙣𝙘̧𝙖 𝙚𝙢 𝙪𝙢 𝙎𝙚𝙧 𝙎𝙪𝙥𝙧𝙚𝙢𝙤; ora, o mundo no qual vivemos nossas experiências nada mais é do que um reflexo distorcido e imperfeito de uma dimensão superior.

Logo, por mais que o mundo tangível que nos cerca aparente ser o único existente, seria desarrazoado acreditar que, em meio a trilhões de galáxias e planetas, alinhavados à certeza comprovada da existência de multiversos, nossa realidade existencial seja a única e exclusiva que represente o 𝙨𝙪𝙗𝙨𝙩𝙧𝙖𝙩𝙤 𝙙𝙞𝙫𝙞𝙣𝙤 𝙙𝙖 𝙊𝙗𝙧𝙖 𝙙𝙤 𝘾𝙧𝙞𝙖𝙙𝙤𝙧.


Ainda que o pensamento vulgar desdenhe nossa capacidade de nos enveredarmos para outros estados elevados de nossa consciência, devemos ter a noção cabalística de que “𝙤 𝙩𝙤𝙙𝙤 𝙚́ 𝙢𝙚𝙣𝙩𝙚, 𝙚 𝙤 𝙪𝙣𝙞𝙫𝙚𝙧𝙨𝙤 𝙚́ 𝙢𝙚𝙣𝙩𝙖𝙡! E esse universo (mente) cria a todo o instante. 

Não podemos olvidar que o 𝙂𝙧𝙖𝙣𝙙𝙚 𝘼𝙧𝙦𝙪𝙞𝙩𝙚𝙩𝙤 do Universo, em sua infinitude, 𝙛𝙚𝙯-𝙨𝙚 𝙛𝙞𝙣𝙞𝙩𝙤, a fim de que sua Luz pudesse chegar até a sua criação, especialmente a todos nós.


A Maçonaria, de maneira esotérica, filosófica, científica e cabalística, tem-nos convidado, despida de sectarismos e proselitismos religiosos, a fazermos uma 𝙫𝙞𝙖𝙜𝙚𝙢 𝙥𝙖𝙧𝙖 𝙙𝙚𝙣𝙩𝙧𝙤 de nós mesmos.


Uma viagem que se nos revela misteriosa, esplendorosa, desafiadora, cheia de altos e baixos, mas que se reputa 𝙫𝙞𝙩𝙖𝙡 para o nosso 𝙖𝙪𝙩𝙤𝙘𝙤𝙣𝙝𝙚𝙘𝙞𝙢𝙚𝙣𝙩𝙤, bem como para vencer os infernos astrais que frequentemente nos atormentam o íntimo.


Somente através de 𝙢𝙚𝙣𝙩𝙚𝙨 𝙗𝙧𝙞𝙡𝙝𝙖𝙣𝙩𝙚𝙨, de 𝙡𝙞𝙫𝙧𝙚𝙨 𝙥𝙚𝙣𝙨𝙖𝙙𝙤𝙧𝙚𝙨 e de pessoas comprometidas com seu burilamento espiritual, moral e intelectual, é que podemos vislumbrar uma aproximação do homem com 𝙚𝙨𝙩𝙖𝙙𝙤𝙨 𝙚𝙡𝙚𝙫𝙖𝙙𝙤𝙨 𝙙𝙚 𝙘𝙤𝙣𝙨𝙘𝙞𝙚̂𝙣𝙘𝙞𝙖, ou seja, a possibilidade de a criatura estar em conexão com a Governança, vale dizer o Criador.


A Sublime Ordem oferece-nos um 𝙘𝙚́𝙪 𝙙𝙚 𝙤𝙥𝙤𝙧𝙩𝙪𝙣𝙞𝙙𝙖𝙙𝙚𝙨 para a nossa exaltação espiritual; não me refiro à possibilidade de sermos beatificados ou canonizados, o que, para este subscritor, com as devidas vênias, constituir-se-ia em flagrante heresia.


Os trabalhos em Oficina – e, principalmente, o estudo fora dela – permitem que 𝙩𝙧𝙖𝙣𝙨𝙘𝙚𝙣𝙙𝙖𝙢𝙤𝙨 a outras esferas mais sutis, e que não deixemos as ilusões deste plano grosseiro obnubilar nossas mentes (𝙥𝙤𝙩𝙚𝙣𝙘𝙞𝙖𝙡𝙢𝙚𝙣𝙩𝙚) 𝙗𝙧𝙞𝙡𝙝𝙖𝙣𝙩𝙚𝙨.






𝙍𝙤𝙗𝙚𝙧𝙩𝙤 𝙍𝙞𝙗𝙚𝙞𝙧𝙤 𝙍𝙚𝙞𝙨

ARBLS Esperança e União 2358

Or. '. Rio Casca-MG

O ALVARÁ MAÇÔNICO - Léo Cinezi


al•va•rá


(árabe al-baraâ, carta, cédula, recibo)

 

substantivo masculino


1. Documento que uma autoridade passa a favor de alguém,


 certificando, autorizando ou aprovando certos atos ou direitos (ex.


: alvará de construção).

 

2. Antigo diploma rubricado pelo monarca e assinado pelo ministro,


 sobre negócios de interesse público ou particular.

 

[Dicionário Priberam: http://www.priberam.pt/dlpo/alvar%C3%A1]

 

Certa sorte, enquanto alguns irmãos se dedicavam para arquitetar a montagem da Loja, outros chegavam e se acomodavam confortavelmente na Sala dos Passos Perdidos entre idas e vindas para fora do edifício que o Sagrado Templo era “montado” para inalarem suas viciosas fumaças embebidas em nicotina e alcatrão.

Lá e acolá, tratavam de tudo, falavam de mulheres, aventuras, negócios, desleixos, focavam no “sabor da pizza” que iriam pedir para “fechar com chave de ouro” a Sessão, com um “ágape fraternal” regado a boa conversa profana, álcool, refrigerantes e muita comida que, infelizmente, teriam destino incerto, pois não houvera, antes, uma programação ou planejamento de quantos irmãos estariam presentes naquela data, repetindo um cenário semanal de desperdício considerável, mas que não teria importância, pois o “maçom” não se preocupa com “isso”.

Já era tarde, quase 20h00, horário em que a Sessão deveria começar, e as ausências notadas impediriam a abertura dos trabalhos.

Era uma Loja “pequena” com poucos irmãos, que sempre penava para trabalhar, pois a montagem ficava complicada com tão poucos irmãos que se faziam presentes. Mas esta vez era diferente: FALTAVA UM! APENAS UM!

Estavam em 6 irmãos, já com o Templo devidamente organizado, pronto... Faltando apenas UM IRMÃO para atingirem o número mínimo para a abertura dos trabalhos em loja.

Começa, então, a ânsia de se conseguir realizar a Sessão... Era uma semana longe dos irmãos. Coisas a tratar, assuntos importantes, instruções, pendências, enfim: LOJA!

Mas este UM, não chegara.

Tentava-se socorrer com a Loja que funciona no Templo ao lado, mas, determinados, infelizmente, não poderiam dispor de um irmão para nos ajudar naquela data (como o já tiveram feito em outras ocasiões) pois também tinham assuntos importantes para resolver.

Algumas ligações para aqueles irmãos que sempre nos socorrem, mas que sequer retribuímos a gentileza de suas visitas. Sabe... Aqueles que SEMPRE estão em nossa loja mas nós NUNCA vamos na deles? Pois bem...

Um deles nos deu uma esperança: “Talvez eu possa ir, mas não vou garantir. Também, estou sem meus paramentos... Confirmo daqui a pouco com você, irmão!”

Correríamos, mais uma vez na loja ao lado, para pedir um balandrau emprestado... Na hora, um nobre irmão do loja coirmã se prontificou a emprestar.

No retorno à sala dos irmãos perdidos, ops, digo, dos passos perdidos, magicamente, apareceram 3 balandraus que a loja tinha em estoque para este tipo de ocasião.

Devolvido o balandrau do gentil irmão da loja ao lado, agora eles não mais seriam mais importunados pelos despreparados irmãos da loja das ausências.

A confirmação não chegava... Já era 20h10 e nada...

Quando, aproximando dos outros CINCO irmãos, um sentimento pairava: E AGORA?

Temia o pior... E eis que um dos nobres irmãos solta a pérola, destruindo toda e qualquer esperança de mais uma noite de aprendizado em loja, que era mais ou menos assim:

- Irmão... Já sabemos que não teremos Loja. Só estamos aqui ainda porque temos o ALVARÁ da cunhada. E vamos fazer valer.

Esta não foi nem a primeira e nem será a última vez que um irmão ouve este tipo de frase. Eu vos apresento o ALVARÁ MAÇÔNICO.

Infelizmente, alguns de nós, ou não sabe ao certo o que está fazendo ou não compreende ainda o que é a Sublime Instituição.

Pior: Se precisa de um “ALVARÁ”, temo que talvez não seja ele um “LIVRE”, como vemos em um de nossos LANDMARKS.

O irmão utiliza a “concessão” que a cunhada confia à Loja e aos Irmãos que conheceu, para se “aproveitar” do tempo longe dela? Afff.

EU, VOU PRA CASA, FICAR COM MINHA ESPOSA! SE NÃO TEM SESSÃO – que era o compromisso que eu teria longe da minha família – perde o sentido ficar longe da família. Ou não? O que você acha, irmão?

Aliás... Pra que Landmark? Nem “Loja” mais temos...

A maçonaria, pouco a pouco, vem se tornando um bom clube que congrega homens dispostos a se confraternizarem, se relacionarem profissionalmente e que visam os interesses individuais deixando de lado os coletivos/universais.

Falando em Landmark, e o IX? Aquele que fala sobre a “necessidade de se congregarem os maçons em lojas”? Qual era o fim mesmo? Ah! Era de se entregar a tarefas operativas.

E aquele que fala que dentro de loja somos todos iguais?

Ah! Deixa pra lá este negócio de LEI MAIOR, LANDMARK, etc...

Besteira... É tudo besteira mesmo... Não é?

NÃO!

Não é.

Algo de muito pernicioso assola a Sublime Instituição Maçônica. Algo que, se não houver providência alguma, fatalmente levará a Ordem no caminho que ela se encontra e segue: UM CLUBE ou ASSOCIAÇÃO como outras tantas, nobres também, mas com fim diverso.

E, qual seria, então, o MOTIVO para fazer parte da maçonaria?

Deve ser o de ser “reconhecido” quando colocar seu adesivo no seu carro e os 3 pontinhos na assinatura.

Bom. A história se repete e ninguém mais dá crédito para isso. Nem dá bola. Nem lê mais nada. 

Ler pra que? É só ir lá na loja, cumprir interstício, colar seu grauzinho e, na época do natal, ajudar uma instituição com o “troco” de beneficência.

Estudar ninguém quer, né? Ler? Fazer trabalho? Pesquisar. Trazer dúvidas e propostas para a Loja... Isso ninguém mais quer não...

E nós?

Vamos lá.

Não vou ver o fim desta história...

Hora de mudar. Vamos?

Aceite o meu sincero e triste T.´.F.´.A

VaLéo