Honestidade, sinônimo de Integridade, é uma das mais importantes vigas-mestras da Maçonaria, a qual todos devemos honrar. Etimologicamente, a palavra honestidade origina-se do latim “honos” que designa aquilo que é digno e honroso. Por isso, é ser verdadeiro e correto; acima de tudo honrar a si mesmo e ao próximo. É não fraudar, não mentir e não enganar ninguém. É ser decente e fiel aos princípios morais e éticos.
É como nos disse Christoph von Schmid (1768-1854), literato alemão, autor de célebres contos infantis: “A honestidade nos concilia à benevolência do céu e ao amor dos homens”. E é como nos diz também a Bíblia: “A ninguém torneis mal por mal; procurai as coisas honestas, perante todos os homens” (Romanos 12:17). E também: “A integridade dos retos os guia; mas, aos pérfidos, a sua mesma falsidade os destrói” (Provérbios 11:3).
Abel Kiprop Mutai, corredor queniano de alta performance, competia numa corrida internacional, em janeiro de 2013, e estava liderando a poucos metros da vitória. No entanto, Mutai parou, pois confundiu-se com a sinalização do percurso e pensou que já tinha cruzado a linha de chegada. O corredor espanhol em segundo lugar, Ivan Fernández Anaya, percebeu o erro de Mutai. Em vez de tirar vantagens e vencer, segurou Mutai pelo braço e o guiou à vitória e à medalha de ouro. Quando os repórteres lhe perguntaram por que ele havia perdido a corrida, Anaya respondeu que Mutai merecia a vitória, não ele. “Qual seria o mérito da minha vitória?”. “Qual seria a honra dessa medalha?”. “O que minha mãe pensaria disso?”. Então, um jornalista publicou: “Anaya escolheu a honestidade em vez da vitória”.
Lemos na Bíblia, no livro de Provérbios, que aqueles que querem viver honestamente, e que suas vidas demonstrem fidelidade e autenticidade, devem fazer escolhas com base na verdade, e não na conveniência, pois “as pessoas direitas são guiadas pela honestidade, mas a perversidade dos falsos é a sua própria desgraça” (Provérbios 11:3, numa versão contemporânea).
Esse compromisso com a honestidade não é apenas a maneira certa de viver, mas também oferece uma vida melhor. A longo prazo, a desonestidade nunca se paga. Se abandonamos a integridade, as “vitórias” são derrotas. Quando a fidelidade e a prática da verdade nos moldam ao poder de Deus, tornamo-nos pessoas de profundo caráter que vivem genuinamente bem.
Porém, é com profunda tristeza que observamos que em nosso País, esses valores são completamente ignorados, por seus governantes, ministros, juízes, políticos, parlamentares, e pela mídia militante e seus jornalistas inescrupulosos e corrompidos. E, pior ainda, essa inversão de valores tem sido assimilada pelo povo ingênuo e incauto.
Então, só nos resta orar para que nosso Deus, íntegro e fiel, nos torne mais semelhante a Ele, e nos ensine a viver com honestidade e integridade!