abril 05, 2024

PALESTRA NA ARLS 19 DE NOVEMBRO 87 - CURITIBA



O templo completamente lotado Novembro da ARLS 19 de novembro recebeu os  irmãos, seus familiares, convidados e autoridades maçônicas na noite de ontem para a palestra "O caminho da felicidade", em homenagem às famílias dos maçons, palestra que já havia sido agendada há vários meses pelo jovem e animado  Venerável Mestre Fernando Bortolotto. A palestra emocionou a todos e foi aplaudida em pé.

Todas as senhoras presentes receberam flores e todos os presentes receberam um distintivo (botton) da Loja, marcando esta data de maneira especial.

Eu já havia visitado esta Loja na gestão anterior, e neste mesmo blog comentei sobre a energia e vitalidade que lá encontrei. Mudou a administração, mas as características continuam as mesmas, irmãos estudiosos, dedicados à Ordem e as causas sociais. Demonstrando humildade, que é a característica de um verdadeiro maçom o Venerável Mestre anterior, Edigar Marcos Vita, que tem direito a uma cadeira no trono, assumiu, com brilhantismo, o cargo de mestre de cerimônias.

Merece destaque também o trabalho da cunhada Maria Eduarda, esposa do Venerável Mestre, que se mostrou muito competente na elaboração do magnífico jantar com que os presentes foram agraciados e onde também foram homenageados os aniversariantes do trimestre.

SAPERE AUDE - Jorge Gonçalves



O lema em latim "Sapere aude", traduzido como "ouse saber", foi popularizado durante o Iluminismo nos séculos XVII e XVIII, principalmente por Immanuel Kant, evocando a ideia da independência intelectual através do uso da Razão. No entanto, o lema foi originalmente empregado pelo poeta romano Horácio no século I a.C., destacando a importância do conhecimento e da busca pela verdade.



OS OSSOS, CRÂNIO E FOICE DA CÂMARA DAS REFLEXÕES- Almir Samt'Anna Cruz



Além do desenho de uma Foice, existem ossos e um crânio humano na Câmara das Reflexões.

Todos esses elementos fúnebres, emblemas dos trapistas (ordem monástica da Trapa), servem para que o postulante entenda que deve despojar-se de seu eu-profano para preparar-se para um novo renascimento. 

O homem profano precisa morrer para, em seguida, renascer, para uma nova vida espiritual.

A foice é um Símbolo da inflexível colheita da morte, que cobra o pedágio da vida a todos os homens, sem exceção ou distinção de qualquer natureza.

Também é interpretada simbolicamente como o tempo, nos recordando a curta duração de nossa existência terrena.  

Esses símbolos de morte e aniquilamento, convida também o postulante a meditar sobre a fragilidade e a transitoriedade da vida terrena e nas profundas transformações que a morte provoca em nosso corpo físico. 

Simbolizam ainda a igualdade, pois recorda que todo homem é igual sem seu invólucro externo.


Do livro *O que um Aprendiz Maçom deve saber* Interessados no livro contatar o Irm.’. Almir no WhatsApp (21) 99568-1350

APRENDER A SERVIR - Heitor Rodrigues Freire




Quem não vive para servir não serve para viver. (Lema do Rotary Club)

A vida, desde sempre e para sempre, é um eterno aprendizado. Ela não para nunca, porque o espírito é imortal. Assim, quanto mais nos dedicarmos a aprender, melhor será para cada um. E nesse caminhar, sempre estamos aprendendo e conhecendo novas situações que nos inspiram e orientam no caminho da evolução.

É comum ouvirmos: “Eu já fiz tudo, realizei tudo que queria, agora quero é descansar, desfrutar”. Isso representa um desconhecimento do verdadeiro sentido da vida. A vida é infinita, e ter a dimensão da eternidade é um fator de sabedoria e de estímulo para quem tem o discernimento a respeito da realidade de Deus.

A vida é eterna. Os irmãos que nos antecederam na Grande Viagem estão na espiritualidade, cada um na sua individualidade e na sua função, colhendo os frutos que semearam na encarnação e preparando-se para novas missões.

Para esse eterno aprendizado é importante saber que nunca estamos sozinhos. Em primeiro lugar e acima de tudo, a presença de Deus dentro de cada um, como magistralmente nos ensinou Jesus. Em segundo lugar, temos o nosso espírito mentor, que representa um Mestre da Ordem Maior, que está sempre conosco, orientando-nos, inspirando-nos e proporcionando os meios para desenvolvermos nossos trabalhos. Contamos também com o nosso anjo da guarda, que nos protege das vicissitudes da vida e está permanentemente alerta para nos ajudar a vencer as dificuldades interpostas em nosso caminho. E para completar a trindade, temos o nosso anjo guardião, que intercede por nós nas esferas superiores da hierarquia espiritual.

Assim, com todo esse instrumental divino, cabe-nos fazer a nossa parte, conscientemente, para nosso aprendizado, serviço e trabalho permanente na seara do Senhor, porque o nosso valor é potencial, mas para se tornar efetivo depende da atitude, do trabalho efetivo de cada um.

Muitas são as atividades que compreendem o universo dos trabalhos humanos. Urge uma ação verdadeira, fazendo da transparência uma prioridade: “Haz como si vivieras entre paredes de cristales”, me ensinava minha saudosa e querida mãe.

Uma parte significativa da nossa vida coletiva depende da ação de políticos que devem aprender que não se pode enganar a população o tempo todo; a ineficiência dos serviços públicos é uma realidade, e a busca pela verdade deverá se constituir na mudança do comportamento político e humano.

Em sua coluna “Porandubas políticas”, o jornalista Gaudêncio Torquato pontifica: 

“Um homem público não precisa se vestir com a roupa de Deus. A honraria que os cargos conferem é passageira. Mandatos pertencem ao povo. Ser simples não é posar com crianças no colo, comer cachorro-quente na esquina ou gesticular para famílias nas calçadas. A simplicidade é o ato de pensar, dizer e agir com naturalidade. Sem artimanhas e maquiagens. O marketing de hoje se inspira na verdade. Ou, na pior das hipóteses, na versão mais verdadeira.”

Esse é um conceito simples e óbvio, mas desde que se tem notícia do primeiro homem a comandar um povo, parece que ainda não aprendemos o básico. O aprendizado é constante, e para isso, precisamos ter olhos para ver e ouvidos para ouvir. É preciso pensar com a própria cabeça. A enganação, hoje em dia, tem vida curta.

Por isso, o trabalho genuíno é a única forma de mostrar para nós mesmos a nossa verdadeira face – não adianta jogar para a plateia.


abril 04, 2024

PALESTRA NA ARLS CAMINHOS DE PEABIRU - CURITIBA



Na noite de ontem. dia 3, proferi a palestra "Maçonaria, de Isaac Newton à Internet" na ARLS Caminhos de Peabiru n. 164 da Grande Loja do Paraná, sob o comando do Venerável Mestre irmão Júlio Panicio. 

A apresentação foi feita com áudiovisual e tanto os slides como o livro que deu origem a palestra ficaram à disposição dos irmãos. 

Fui honrado com a presença dos irmãos Moisés Oliveira, VM da Loja de Pesquisas Gênesis, um estudioso da Ordem e Fuad Haddad, de Alfenas, MG, extraordinário palestrante, secretário de ritualistica do GOB MG, um dos maçons mais cultos do país.

Ao final, o VM Júlio, que tão bem conduziu a sessão, assumiu o comando da churrasqueira para o tempo de confraternização. Uma noite deliciosa.

ENGODO DE COSTUME - Roberto Ribeiro Reis



As falácias têm crescido de maneira voraz,

E temos assistido ao homem mendaz,

De fala incisiva, a voz com maior volume;

As histórias de mentira estão repletas,

E são reverberadas pelos falsos profetas,

Que nos oferecem o engodo de costume.


É preciso cada vez mais estarmos alertas,

E saber fazer o filtro das pessoas certas,

Que sejam dignas de nossa credibilidade;

Na contramão dessa enorme patifaria,

Damos os créditos à honrada Maçonaria,

Que muito bem repercute sua Fraternidade.


Felizmente, ali não se vendem lotes ao céu,

E o homem não caminha de-déu-em-déu,

Pois as luzes fazem parte do seu itinerário;

O que sobeja naquele Templo é a instrução,

De quem procura se melhorar (é evolução),

O que não se vê em nenhum educandário!


Guardemos conosco essa “Real Certeza”:

A Ordem é Sabedoria, Força e Beleza,

Lapida homens, com muito esmero e valor;

Promove conhecimento – e tem forte ânsia-

De que todos saiam do rumo da ignorância,

E isto faz com trabalho, dedicação e amor!

RITOS MAÇÔNICOS - Almir Sant'Anna Cruz



Um Rito maçônico pode ser definido como um conjunto de cerimônias usadas nos atos litúrgicos e identificam-se cada um deles pela forma como se realizam os rituais, pelo comportamento comunitário padronizado, pelas ações que se executam periódica e repetitivamente, enfim, pelas regras e preceitos com os quais se comunicam os sinais, toques, palavras, graus e todas as demais instruções veladas decorrentes. 

Cada Potência Maçônica elabora e distribui seus Rituais impressos de cada Rito, para os Graus simbólicos.

Qualquer que seja o Rito praticado por um Maçom, ele é reconhecido como Irmão por todos os demais Maçons do mundo, pois a Maçonaria é universal e os Ritos são meramente formas diferenciadas de praticá-la.

As Lojas maçônicas possuem autonomia para decidir o Rito a ser adotado em suas sessões litúrgicas, bem como a de trocar de Rito se assim for o desejo daqueles que integram o seu quadro. 

No Brasil praticam-se os seguintes Ritos pelas Potências Maçônicas consideradas regulares:

*- Rito Escocês Antigo e Aceito (REAA)* Criado na França, é o mais difundido no Brasil

*- Rito ou Regime Escocês Retificado (RER)* Criado na França é o mais recentemente introduzido no Brasil.

*- Rito Adonhiramita* Criado na França, foi introduzido no Brasil colonial pelo Grande Oriente Lusitano. Adormeceu no mundo todo, sendo preservado somente no Brasil e recentemente reexportado para Portugal.

*- Rito Moderno ou Francês* Criado na França, foi introduzido no Brasil colonial pelo Grande Oriente de França. É o Rito oficial do GOB desde a sua fundação em 1822.

*- Rito Brasileiro* Criado no Brasil.

*- Rito Schröder* Criado na Alemanha e introduzido no Brasil pela colônia alemã.

*- Rito ou Ritual de Emulação* Criado na Inglaterra e introduzido no Brasil por britânicos. É denominado incorretamente no GOB como sendo Rito de York (Emulação).

*- Rito de York ou Rito de York Americano* Criado na Inglaterra e exportado para os Estados Unidos, de onde veio para o Brasil. 

*- Rito de São João* Criado na Hungria e introduzido no Brasil pela colônia húngara. É praticado por não mais que 3 Lojas jurisdicionadas à Grande Loja Maçônica do Estado de São Paulo.


Essa diversidade de Ritos, que se interpenetram e se completam, dá aos Maçons brasileiros uma oportunidade ímpar de ampliar seus conhecimentos sobre a Maçonaria, abrangendo, inclusive, a essência do Iluminismo, movimento que derrubou a tirania, os preconceitos, as superstições e a ignorância. 


Além desses 9 Ritos praticados pelas Potências Maçônicas nacionais consideradas regulares, temos ainda:

*- Rito de Mêmfis-Misraim* Criado na França, é trabalhado sobretudo por Potências Mistas e Femininas.

*- Rito ou Ritual Lauderdale* Criado na Inglaterra, vinha sendo praticado unicamente pela Ordem Maçônica Mista Internacional Le Droit Humain – Federação Brasileira, a partir da aprovação do Supremo Conselho Le Droit Humain para o Império Britânico. Parece que foi substituído pelo Ritual de Emulação.


Do livro: O que um Mestre Maçom deve saber Interessados no livro contatar o autor, Irm.’. Almir, no WhatsApp (21) 99568-1350 Exclusivo para Mestres Maçons

abril 03, 2024

VISITA A ARLS ROCHA POMBO 78 EM CURITIBA




Em companhia do irmão Joaquim Macedo visitei na noite de ontem a ARLS Rocha Pombo n. 78 em Curitiba, que é a Loja do atual Grão Mestre da Grande Loja do Paraná, Ir. Marco Antonio Correa de Sá.

Assisti a uma bela sessão conduzida pelo VM Ir. Marcos Antonio de Souza, que na vida profana é um famoso palestrante. Houve a apresentação de interessante trabalho do ir. Aprendiz Marcelo Glade e conheci uma novidade, o Clube do Livro, no qual todas as semanas algum irmão presenteia outro com um livro, e quem o recebe na semana seguinte deve apresentar um resumo sobre o mesmo.

Isso faz com que ao longo do ano todos os irmãos leiam algum livro e possam compartilhar o conhecimento com os demais. Uma fórmula criada pelo Venerável que buscarei levar adiante.

Tive a oportunidade de apresentar os meus livros e o meu trabalho e recebi o convite para retornar no futuro para realizar uma palestra para a Loja.  Ao final da sessão, confraternizamos num informal e delicioso agape. Agradeço a gentileza da recepção.

O TEMPLO MAÇONICO DE CHICAGO



Chicago, conhecida como o berço dos arranha-céus, testemunhou o surgimento de um marco arquitetônico notável: o Templo Maçônico. Projetado por Burnham e Root, dois dos arquitetos mais renomados da cidade, este edifício majestoso foi um dos mais altos em sua época (e o mais alto de Chicago), erguendo-se orgulhosamente na esquina das ruas Randolph e State.

Com vinte e dois andares e um telhado plano alcançando os 92 metros de altura, o Templo Maçônico não apenas desafiou a engenharia, mas também abrigou escritórios e templos para  reuniões maçônicas em sua estrutura imponente. Construído com uma estrutura de aço rígida, o edifício destacou-se pela sua funcionalidade e pela abundância de luz natural, graças às suas grandes janelas estrategicamente posicionadas.

Durante décadas, o Templo Maçônico reinou como o edifício mais alto de Chicago, até que mudanças nos regulamentos de altura na década de 1920 abriram caminho para estruturas ainda mais altas na cidade. Em 1939, após servir à comunidade por muitos anos, o edifício foi demolido, deixando para trás uma rica história e um legado duradouro na arquitetura de Chicago. (Demolido devido aos seus maus serviços internos e também devido à construção do novo metrô da State Street , que teria exigido uma dispendiosa reforma da fundação).

📍 Localização: Chicago, EUA.

🏢 Altura: 92 metros até o teto.

🏛️ Proprietário Original: Free and Accepted Masons of the State of Illinois.

🏗️ Arquitetos: Burnham e Root.

🛠️ Construído em: 1891-2.

🏗️ Estado: Demolido (1939).

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Fonte; CURIOSIDADES DA MAÇONARIA



 

UMA VIDA DE HONESTIDADE - Denizart Silveira de Oliveira Filho


Honestidade, sinônimo de Integridade, é uma das mais importantes vigas-mestras da Maçonaria, a qual todos devemos honrar. Etimologicamente, a palavra honestidade origina-se do latim “honos” que designa aquilo que é digno e honroso. Por isso, é ser verdadeiro e correto; acima de tudo honrar a si mesmo e ao próximo. É não fraudar, não mentir e não enganar ninguém. É ser decente e fiel aos princípios morais e éticos. 

É como nos disse Christoph von Schmid (1768-1854), literato alemão, autor de célebres contos infantis: “A honestidade nos concilia à benevolência do céu e ao amor dos homens”. E é como nos diz também a Bíblia: “A ninguém torneis mal por mal; procurai as coisas honestas, perante todos os homens” (Romanos 12:17). E também: “A integridade dos retos os guia; mas, aos pérfidos, a sua mesma falsidade os destrói” (Provérbios 11:3).

Abel Kiprop Mutai, corredor queniano de alta performance, competia numa corrida internacional, em janeiro de 2013, e estava liderando a poucos metros da vitória. No entanto, Mutai parou, pois confundiu-se com a sinalização do percurso e pensou que já tinha cruzado a linha de chegada. O corredor espanhol em segundo lugar, Ivan Fernández Anaya, percebeu o erro de Mutai. Em vez de tirar vantagens e vencer, segurou Mutai pelo braço e o guiou à vitória e à medalha de ouro. Quando os repórteres lhe perguntaram por que ele havia perdido a corrida, Anaya respondeu que Mutai merecia a vitória, não ele. “Qual seria o mérito da minha vitória?”. “Qual seria a honra dessa medalha?”. “O que minha mãe pensaria disso?”. Então, um jornalista publicou: “Anaya escolheu a honestidade em vez da vitória”.

Lemos na Bíblia, no livro de Provérbios, que aqueles que querem viver honestamente, e que suas vidas demonstrem fidelidade e autenticidade, devem fazer escolhas com base na verdade, e não na conveniência, pois “as pessoas direitas são guiadas pela honestidade, mas a perversidade dos falsos é a sua própria desgraça” (Provérbios 11:3, numa versão contemporânea).

Esse compromisso com a honestidade não é apenas a maneira certa de viver, mas também oferece uma vida melhor. A longo prazo, a desonestidade nunca se paga. Se abandonamos a integridade, as “vitórias” são derrotas. Quando a fidelidade e a prática da verdade nos moldam ao poder de Deus, tornamo-nos pessoas de profundo caráter que vivem genuinamente bem.

Porém, é com profunda tristeza que observamos que em nosso País, esses valores são completamente ignorados, por seus governantes, ministros, juízes, políticos, parlamentares, e pela mídia militante e seus jornalistas inescrupulosos e corrompidos. E, pior ainda, essa inversão de valores tem sido assimilada pelo povo ingênuo e incauto. 

Então, só nos resta orar para que nosso Deus, íntegro e fiel, nos torne mais semelhante a Ele, e nos ensine a viver com honestidade e integridade!

POR QUE OS RITUAIS TEM VELAS? - Michael Winetzki,


             As escrituras bíblicas fazem muitas alusões ao uso das velas..   Confeccionadas, na época, com madeiras resinosas ou cascas e galhos de árvores embebidos em gordura animal, elas desprendiam um odor desagradável. Sua fabricação evoluiu através dos séculos, ganhando novas formas, cores e fragrâncias. 


            Todas as tradições religiosas utilizam-se das velas em seus rituais litúrgicos, como pontos catalisadores de luz ativados pela oração, intenção e desejo. Ao enfocarmos o lado místico e esotérico das velas, penetramos num universo ilimitado de símbolos e arquétipos, onde notamos a  presença dos quatro elementos básicos da natureza: a parafina e os  elementos sólidos representam a terra; o pavio, ao entrar em combustão, evidencia o elemento fogo que se manifesta também pela ação do ar; ao tornar-se líquida, a vela então é água que se manifesta, com sua fluidez e  maleabilidade.


        Podemos, também relacionar as velas ao próprio homem, com a parte sólida relacionando-se ao corpo físico; a parafina líquida ao sangue e aos elementos líquidos do corpo; e o fogo caracterizando o espírito, com a função específica de manter a união dos corpos físico, mental e astral.


           O mistério e a devoção estão sempre presentes no ato de acender velas, iluminando os cantos “escuros da nossa vida”...

 

            As cores

 

      A cromoterapia – energia curativa através das cores – utiliza-se da vela como recurso adicional de vibração, energia e luz:

       Vermelho – a cor mais densa do espectro, relaciona-se com a energia  física, traduzindo-se em sexualidade.

        Laranja – emite vibrações de criatividade, alegria e força mental.

      Amarelo – energia espiritual, otimismo e vitalidade. Na matéria, ativa  o poder e a luz pessoal e social.

        Verde – energia de equilíbrio, saúde física e estabilidade

        Rosa – energia angélica, amor incondicional e calma.

       Azul – energia da comunicação interna e externa, intuição,  sensibilidade, identificação de oportunidades e expressão de talentos.

       Marrom – energia da terra e dos bens materiais.

       Branca – vibrações de paz, harmonia, purificação e unificação.

 

           As formas

 

           Atualmente, além da função original de iluminar, as velas andaram ganhando  novas formas e associando-se à radiônica. Assim, podemos utilizar da   energia sutil emanada pelas figuras geométricas para a harmonização de  ambientes e para a mudança ou manutenção de condições físicas, emocionais  ou espirituais:

 

      Quadradas – representa a terra, a estabilidade da matéria, a intimidade, o lado oculto. Seus quatro lados associam-se aos elementos básicos: terra, fogo, água e ar. Utilizadas para afastar a timidez.

     Redondas – representam as emoções, a totalidade. Devem ser utilizadas para fortalecimento espiritual e emocional. Liberam sentimentos.

     Cilíndricas – concretizam situações. Deve-se utilizá-las para obter sucesso em pedidos difíceis.

     Triangulares e cônicas – simbolizam o equilíbrio, a Santíssima Trindade, os aspectos físicos, espirituais e emocionais do homem. O cone  voltado para cima está ligado ao desejo da transcendência. Usar em rituais de proteção

      Estrela de cinco pontas – a manifestação do homem enquanto matéria, o seu carma. Seu uso traz coragem para enfrentar desafios.

      Piramidais – recomposição geral do equilíbrio físico e ambiental, através da revitalização da mente e das funções cerebrais. Utilizar para proteção e captação de energias.

      Espirais – de atuação constante, possuem as mesmas propriedades das velas piramidais, triangulares, cônicas e estrela, com a função adicional de dissolver ou precipitar situações.

      Curtas – ajudam a energizar o ambiente, eliminando lembranças  negativas do passado.

      Longas – busca da sabedoria e bênçãos divinas.

 

           Os aromas

 

           Na utilização das velas para efeitos terapêuticos e de harmonização  podemos recorrer à prática dos conceitos da aromaterapia, através do uso de óleos essenciais:

 

           Felicidade no amor – almíscar, cravo, rosa, jasmim, sândalo, canela.

           Sexualidade em alta – patchuli, ópium, dama da noite, maçã, canela.

           Meditação – rosa, violeta.

           Limpeza do ambiente – eucalipto, arruda, cravo, canela.

           Fortalecer a espiritualidade – rosa, violeta, alfazema, cedro.

           Ajudar nos estudos e no trabalho – jasmim, mirra, lavanda, sândalo.

           Relaxar o corpo – alfazema, flor de maçã

A POSIÇÃO DA LUA ...Jorge Gonçalves


A posição da Lua em Quarto Crescente nos Painéis Maçônicos.

Anteontem, durante a palestra incrível do mestre Eleutério Nicolau da Conceição, que se debruçou sobre o tema Painel do Grau de Aprendiz, fiz uma ponderação acerca da posição da lua em nossos painéis. Diante de alguns questionamentos que recebi em seguida, resolvi explanar alguns pontos acerca deste tema que traz tantas curiosidades:

- A Lua em quarto crescente geralmente nasce aproximadamente ao meio-dia e se põe à meia-noite.

- A maioria dos ritos maçônicos surgiu no hemisfério norte. Assim, no hemisfério norte, a Lua em quarto crescente se assemelha à letra "D", enquanto no hemisfério sul, a mesma fase da Lua parece mais com a letra "C".

- Isso ocorre porque estamos olhando para a Lua de ângulos opostos nos dois hemisférios. A face iluminada da Lua sempre aponta na direção do Sol, então, no hemisfério norte, a parte iluminada está à direita, enquanto no hemisfério sul, está a esquerda. 

abril 02, 2024

RACISMO NA MAÇONARIA - Ven. Irmão Fred Milliken Tradução José Filardo


Primeiro é preciso admitir que há racismo na Maçonaria. Para muitos, isso vai ser difícil. O racismo na Maçonaria ocorre em bolsões por todo o país, mas raramente em toda uma jurisdição. Embora algumas lojas locais estejam barrando Afro-americanos, outras os estão acolhendo. Se você ainda não assistiu a episódios de racismo na Maçonaria, então você pode negar que ele existe.

Uma medida da atitude racial é o reconhecimento da Prince Hall pelas Grandes Lojas americanas. Hoje, todos, exceto treze Estados, reconhecem a Prince Hall. Aqueles que não reconhecem são os onze estados originais da Confederação menos a Virgínia, mais o Kentucky, Virgínia Ocidental e Delaware. Nsses Estados existe uma minoria considerável pressionando pelo reconhecimento. E justamente porque a Prince Hall realiza o ritual e promulga landmarks ou princípios de crença que são uma cópia espelhada da Maçonaria tradicional, apenas com pequenas diferenças que ocorrem hoje de uma jurisdição tradicional para outra. Na verdade a maioria das jurisdições maçônicas declara regular a Maçonaria Prince Hall. Alguns dizem regular, mas clandestina. Então, como se pode ser regular mas clandestina? Deixo a dedução ao leitor.

Alguns dizem que o não reconhecimento da Prince hall é um “problema de jurisdição”.  Não acredite neles. É uma cortina de fumaça racista. Desde o seu início e por um longo período a Hall pediu para ser incluída nas tradicionais Grandes Lojas. Repetidamente, a resposta foi não. Agora que as lojas tradicionais mantiveram a  Prince Hall separada, obrigando-a a formar seu próprio sistema e Grandes Lojas, ao invés de incorporá-las, elas agora dizem que se a Prince Hall não fosse uma grande loja separada nós a reconheceríamos.

Naturalmente, atos de racismo não tão sutis são relatados frequentemente. Depois de uma Loja ter dado bola preta a cada candidato negro que jamais pediu sua admissão nos últimos cinquenta anos, é claro que existe um histórico de exclusão. Também a falha em oferecer a qualquer negro um formulário de solicitação de ingresso, falha até mesmo em sugerir que eles seria uma adição muito boa à loja é igualmente excludente. Muitos negros interessados em aderir a uma loja tradicional são instruídos a solicitar o ingresso na  Prince Hall, não aqui. A prática do voto secreto para a aprovação da admissão de irmãos visitantes é uma maneira costumeiras em algumas áreas manter Mestres Maçons negros de outra jurisdição fora da Loja. Outra prática é admitir um visitante negro, mas se recusar a abrir a loja, substituindo-a por  uma palestra de educação maçônica. O Grão-Mestre do Texas, em 2004 expulsou a Sociedade Philalethes do estado porque seu Capítulo de Dallas pediu a um maçom Prince Hall que fizesse uma palestra ali.

Para aqueles que ainda gostam de negar a acusação de racismo na Maçonaria, vamos olhar para o número de Mestres Maçons negros em uma jurisdição. Agora, alguns estados têm uma população negra muito baixa, portanto olhar para essa estatística não teria sentido no caso deles.  Vamos olhar apenas os cinco primeiros em população negra. Nova York tem 3,5 milhões de negros. Flórida, Texas, Califórnia e Geórgia têm um pouco mais de 2 milhões.  895.000 negros foram adicionados à população da Flórida, entre 1 de julho de 2003 e 1 de julho de 2004. Este é o maior aumento numérico de qualquer estado da nação. A Geórgia e o Texas adicionaram 61.800 e 45.000, respectivamente, no mesmo período. (1) Esses cinco Estados representam cerca de 30% da população total de negros no país que estão em uma média estatística de 13,4% do total da população dos EUA. Se tomamos esse número de 13,4%, poderíamos supor que as Grandes Lojas tradicionais deveriam  refletir 13,4% de seus membros como negros? Realmente não, porque precisamos colocar a Prince Hall na equação. Por isso, vamos dizer para fins arbitrários que 75% daqueles negros que seriam maçons optaram automaticamente por Prince Hall. Isso nos deixa 25% de 13,4% ou seja, 3,35% que deveríamos encontrar em lojas tradicionais. Isso é uma suposição razoável e racional, e porque é um palpite que permitirá uma grande divergência. O único destes cinco Estados em que eu não tenho qualquer experiência é o Texas. Já visitei várias lojas, assim como uma Comunicação de Grande Loja. No ano passado, tenho números de adesão para a Grande Loja do Texas de 2003 quando havia 112.977 Mestres Maçons. 3,35% seriam 3.784. Seria bom se as Grandes Lojas mantivessem estatísticas de participação de minorias. Talvez eles o façam, mas não os estão compartilhando com os soldados rasos. Então, deixo isso para vocês. Você acredita que existem 3.784 maçons negros na Grande Loja do Texas? Eu não.

Nós fizemos o melhor estudo que podemos fazer. Mas como chegamos a isso? Historicamente, Rosa Parks e Martin Luther King com a ajuda de tropas federais e da Lei de Direitos Civis de 1964 não apagaram o “separados mas iguais” e instituíram a integração civilmente há anos? O que aconteceu com a Maçonaria?  Por que estamos testemunhando esta batalha 40 anos depois?

A hipótese recorrente é que depois de a Ku Klux Klan perder seu apelo maciço na década de 1930, ela passou à clandestinidade e se infiltrou e se acoplou à Maçonaria. A Klan era muito enfática em que era uma organização cristã, daí a queima da Cruz. Suas vestes brancas com capuz, dizia-se, imita, os Cavaleiros Templários, seus apertos de mão secretos e juramentos – Maçonaria. Ela também era anunciado como uma organização fraternal, que defendia a supremacia branca, contra os direitos dos homossexuais e era antissemita, anticatólica e anti-imigrante. Assim a KKK era cristã e fraterna e acostumada ao segredo.

Na década de 20, a Klan tinha perto de 4 milhões de membros; 15% da população elegível eram membros. A Maçonaria no mesmo período tinha cerca de 3 milhões de membros e em seu auge nos anos 50 e 60, apenas mal chegou a 4 milhões. Em meados da década de 30, a associação na KKK caíra para milhares. Para onde eles foram todos? Não é possível que eles entraram direto na Maçonaria para se legitimar? O que seria mais atraente para eles do que uma organização altamente conceituada que fazia pleno uso do escrutínio secreto permitindo-lhes realizar sua missão de uma sociedade somente de brancos, cristãos protestantes e falando Inglês. E não é isso em que a Maçonaria americana tornou-se? – Branca, cristã protestante e falando inglês. E a maneira como ela continue assim que vocês dão bola preta a todos os outros.

Alguém não tem sido estado guardando o Portão do Ocidente. A tolerância maçônica foi reformada para tolerar a intolerância.

Cada tentativa de uma solução é enfrentada  com “você não pode fazer isso”. Você não pode dizer a outra Grande Loja o que fazer, pensar, como agir. Nem qualquer instituição maçônica maior foi jamais criada para fazer exatamente isso. Depois, há aqueles que dizem “espere mais 40 anos até que todos os racistas velhos morram. Ah sim, há uma solução brilhante. Não fazer nada e o problema desaparecerá por si só.  Talvez o problema é a falta de uma identidade maçônica nacional americana e os abusos do escrutínio secreto. 

(1) Todas as estatísticas são do governo norte-americano, Bureau do Censo em relação a 2004.Fonte: Knights of the North Masonic Dictionary