abril 14, 2024

ESCOLHA O INSTRUMENTO - Adilson Zotovici



À escolha o instrumento !...

Serventia, passo a passo

Ao fiel procedimento

_Cordel, Lápis e Compasso_


Cabem bem em cada evento,

De escol justas atitudes

Perfeito apontamento

Em prol de augustas Virtudes


À caminhada o alento

Para a escalada em bom rumo

Ao Betel possível o intento

_Esquadro, Nível e Prumo_


Vez que o obreiro não isento

À condução impoluta

Sua bondade, sentimento

À retidão de conduta


Ao bom traço, portento

Do Ocidente ao dossel

Da terra ao firmamento

_A Régua, o Maço, o Cinzel_


Medir o tempo, o cumprimento

Sem fadiga em seu labor

Instiga esforço, movimento

A educação com amor


Como opções ao vento

À didática útil, cabal

Entre si sutil ligamento...

À prática da Arte Real !


A JUSTIÇA SOB O PRISMA MAÇÔNICO-CRISTAO - Denizart Silveira de Oliveira Filho


Virtudes há que constituem pilares da grande obra moral e social de um verdadeiro Maçom. Dentre elas a Justiça, representada por uma balança fiel e também por uma mulher de olhos vendados, simbolizando o Juiz que, em seu veredictum, julga retamente, sem parcialidade e preconceitos, sem ver a quem julga, para não ser inclinado a desviar-se da verdade e do direito.

Porém, vivemos dias sombrios de injustiça, iniquidade, impiedade, corrupção e tirania no mundo, em geral, e no Brasil, em particular, por parte, principalmente, dos seus governantes, ministros, juízes e parlamentares.

A Justiça, uma das vigas-mestras da Maçonaria, tão decantada em vários Graus, de vários Ritos, encarada como qualidade da alma reta, é a virtude pela qual a pessoa sente e põe em prática o bem e o amor, de acordo com o mais alto fim da vida, mesmo diante do risco da morte. 

A Palavra de Deus, fazendo coro à voz dos verdadeiros Maçons, exclama: “Aparta-te do mal e faze o bem, e terás morada permanente. Pois o Senhor ama a justiça e não desampara os seus santos” (Salmos 37:27-28).

O Salmo 58, por sua vez, é um protesto contra a corrupção de juízes injustos e cruéis. É um poema no qual Davi os admoesta, pois as sentenças que dão são semelhantes ao veneno na boca da serpente (Sl 58:4). Como, porém, não o querem ouvir, lança-lhes uma maldição (Sl 58:6-9), em quatro imprecações: (1a) Que Deus lhes dê a sorte dos leões que caem numa armadilha e aos quais os caçadores esmagam as mandíbulas e os dentes para que já não possam morder (Sl 58:6); (2a) Consumam-se como a lesma que aparentemente se esgota, porque deixa após si uma parte do seu corpo, o viscoso rasto de seu muco (Sl 58:8); (3a) Antes de perceberem o perigo, a chama os devore como a sarça e sejam dispersos como as folhas e ramos que o furacão arranca e arrebata (Sl 58:9); (4a) Seja derramado o seu sangue como o sangue que corre  na batalha e banha os pés dos soldados vencedores (Sl 58:10). Tudo isso porque abusaram da autoridade divina de que Deus os investiu. Então questiona: “Será que vocês, juízes poderosos, falam de fato com justiça? Será que vocês, homens, julgam retamente?” (Sl 58:1). E responde: “Não! No coração vocês tramam a injustiça, e na terra as suas mãos espalham a violência” (Sl 58:2).

O Salmo 82 também é uma repreensão divina a juízes injustos. Nele, a Justiça Divina envergonha os Juízes corruptos da terra. Deus os admoesta e os ameaça, tal como no Salmo 58, mesmo à despeito da autoridade de julgar que lhes concedeu (Sl 82:1). Porém, o salmista os considera submissos a Deus e  pergunta: “Até quando vocês vão absolver os culpados e favorecer os ímpios?” (Sl 82:2). Este versículo é um oráculo divino, no qual Deus é o Juiz.

O Juiz deve ser o agente primário das estruturas administrativas para a proteção do inocente, do pobre e do desfavorecido e contra os indivíduos inescrupulosos, geralmente ricos e poderosos. Porém, na Justiça humana não raro, por intermédio de juízes corruptos, iníquos e venais, o réu culpado é solto porque faz valer sua riqueza e seu poder, enquanto o inocente, é condenado, pois não tem os meios de fazer valer o seu direito. 

É o que se vê também hoje, no mundo e no Brasil, de nosso interesse, principalmente o praticado pelos juízes do Supremo Tribunal Federal. Porém, Deus é santo e não pode suportar a sublevação da ordem. O salmista diz: “Vocês são deuses (poderosos), todos são filhos do Altíssimo” (Sl 82:6). Mas admoesta mesmo assim: “Vocês morrerão como simples homens; cairão como qualquer outro governante ou príncipe” (Sl 82:7). Os príncipes, juízes, governantes, ministros, em todo tempo e lugar, sempre foram tidos em alta consideração. Mas, aqui, por causa de sua iniquidade, serão derrubados, assim como todos os perversos, impiedosos e cruéis; e isso é o que esperamos, por justiça, ocorra no Brasil.

Então, que ao menos nós, Maçons e Cristãos, sejamos justos. “Façamos aos outros o que queremos que nos façam” (Mateus 7:12). Sejamos justos, porque “Deus ama a Justiça e odeia o roubo e toda maldade” (Isaias 61:8). Reflitamos sobre isso meus irmãos!

O PAPEL DO MAÇOM NA SOCIEDADE - José Prudencio Pinto de Sá


INTRODUÇÃO 

Livre e de bons costumes, o Maçom atua, constantemente, na sociedade a que pertence, de inúmeras maneiras e valendo-se de diversos meios pelos quais possa influenciá-la. Ele, portanto, exerce um papel importante, na medida que, sendo de origem variada, ele permeia todos os estamentos sociais e se faz presente nas mais distintas e importantes funções, seja no serviço público, quando a ele estiver vinculado, seja na iniciativa particular, se é ali que desempenha o seu trabalho. É importante para todos nós, portanto, ter uma percepção o mais exata possível e um entendimento tão amplo quanto se possa atingir, desse papel que todos sabemos existir, mas nem todos conseguimos delimitar muito bem.

Todos vivemos em comunidade, seja ela extensa e diluída, como é o caso das grandes cidades, seja ela compacta e limitada, como nas orbes de menor porte. Como cidadãos, temos o dever de participar das iniciativas comunitárias de interesse geral, mormente quando somos solicitados a isso, mercê de nossas qualificações pessoais e da nossa posição na estrutura social. Como maçons, temos a obrigação moral, assumida por juramento, de influenciar o meio social em que vivemos por todas as formas ao nosso alcance, quer individualmente, quer de maneira coletiva, e esta, através de associações, entidades, organismos oficiais e... a Maçonaria.

A nossa Ordem não se destina a desempenhar um papel proeminente nem a interferir em assuntos oficiais diretamente, como alguns poderiam gostar de ver. Ao contrário, ela reúne homens de variadas formações culturais, sociais e morais, identificados, simplesmente, como livres e de bons costumes, com a finalidade de ampliar as qualidades de que são já detentores e, quando possível, fazer desabrochar outras, adormecidas ainda, de modo que, ao atuarem na sociedade a que pertencem, possam ser propagadores de uma doutrina voltada para a prática desinteressada da virtude e a busca incessante da verdade.

OS PAPEIS DO MAÇOM 

Então, podemos alinhar alguns pontos que caracterizam o papel do homem maçom na sociedade, assim entendendo o meio social da comunidade a que pertence e, por extensão, o conjunto da nação onde nascemos e vivemos. Esses pontos são, por assim dizer, lindeiros da ação maçônica em benefício da coletividade, na busca pela paz social, um dos objetivos permanentes da nossa nação.

O primeiro papel é desempenhado quando o maçom procede, na sua vida particular e profissional, com absoluta pureza, com lisura, dignidade e honestidade, sempre se valendo dos valores morais que buscamos desenvolver e maximizar. O seu exemplo de honradez, dignidade e exatidão no cumprimento dos seus deveres profissionais, assim como o seu papel de homem íntegro junto à sua família, a quem conduz com a mesma dignidade, associada ao amor que lhe dedica, é marca imarcescível que lega aos que o cercam e aos seus pósteros.

Outro importante papel é o que o maçom exerce ao participar dos esforços coletivos em prol da obtenção de resultados sociais efetivos e necessários, seja ao chamado da voz oficial, seja pela própria iniciativa, a partir de entendimentos com seus irmãos. Neste caso, as Lojas maçônicas podem e devem orientar a aplicação desse esforço, traçando as diretrizes e normas que lhe dão sustentação e orientação. Nesse papel, o maçom trabalhará sob a mesma inspiração filosófica que desenvolveu na Ordem, a partir da sua boa formação inicial. Ele procederá associado a organizações não maçônicas que possam e queiram participar da busca dos objetivos colimados, entre os quais citamos, como exemplo, o combate à maldição das drogas, a implementação de medidas de segurança pública, os esforços de melhoramento do ensino público, a luta contra doenças sexualmente transmissíveis etc.

Mais um outro papel relevante pode prestar, o maçom, na sua atuação junto à sociedade que o acolhe: é aquele de servir de meio de transferência dos ensinamentos maçônicos a todas as pessoas, através de palestras, conferências, visitas às escolas, simpósios, etc. Usando o seu poder de convencimento, ele vai implantando as sementes de cultura filosófica que, ao vingarem no fértil terreno do espírito humano, vão ajudar a propagar as nossas premissas e a contribuir para o melhoramento do ser humano, seu alvo primordial.

Algumas comunidades, como as de bairro e os municípios, organizam-se para ações específicas na direção desses objetivos e de muitos outros de seu interesse próprio. O maçom participará dessas iniciativas sempre que for chamado, seja como integrante dos poderes públicos, seja como cidadão capaz de oferecer seus esforços e recursos para o atingimento do fim traçado. Mesmo que não declare, de público, a sua condição de maçom, o obreiro deve proceder, opinar e votar, sempre, de acordo com a sua consciência e à luz inspiradora dos nossos ensinamentos. É nesses momentos que ele tem que ter em mente as várias oportunidades em que, ajoelhado ante o Livro da Lei e seus irmãos, ele assumiu, livremente, o compromisso de sempre defender, propagar e incentivar os princípios basilares que a Ordem o fez compreender e adotar.

Citemos, ainda, um papel de notável importância, que é o que o maçom desempenha ao participar das atividades beneficentes e solidárias, seja da sua Loja, por iniciativa desta, seja das organizações beneficentes não maçônicas, como Rotary Club, Lions Club, Cruz Vermelha e outras tantas existentes em sua comunidade. Atuar com elas e através delas em ações beneficentes e de solidariedade é um salutar exercício dos princípios maçônicos e uma oportunidade ímpar de ser útil à sociedade, ainda que, aparentemente, o que quer que tenha feito lhe pareça pouco. Pode ser pouco, se considerado do ponto de vista de quem faz, individualmente, mas é muito, se temos a perspectiva de quem se beneficia dessas ações, sempre pessoas carentes de quase tudo, principalmente de amor e calor humano.

CONCLUSÃO 

Vimos, então, que o Maçom não tem um, mas sim, muitos papeis a desempenhar na sua comunidade, no seu meio social, na sua cidade. Ele é o portador de uma mensagem oculta nas suas ações, atitudes e iniciativas, servindo como um portador de comportamentos que servirão de modelo para os que o cercam. 

Ele atua individualmente, no seu trabalho, nas suas horas de lazer e descanso, na sua família e entre os seus amigos. Também age como ser social, incorporado àquelas instituições que tratam de resolver os problemas da sociedade, agindo em conjunto com os poderes públicos e as organizações não governamentais, em benefício do bem-estar coletivo e da paz social. E opera nas ações de beneficência, como integrante das forças que trabalham para mitigar as necessidades dos menos afortunados.

Através das iniciativas da sua Loja, o Maçom pode, de alguma forma, ser partícipe da construção de um mundo melhor. Para isso, deve decidir-se por não se omitir, não dar de ombros, como se tais programas não fossem da sua conta. Deve oferecer-se, voluntária e espontaneamente para o trabalho maçônico de produzir o bem em todas as suas expressões, na forma e intensidade que a Loja identificar como possível e necessária, participando no planejamento, na execução e na avaliação de tudo o que for feito, lembrando-se, sempre, de que, afinal, somos todos filhos do mesmo Pai, que nos concedeu uma chispa de Sua divina Luz para que compreendamos nosso verdadeiro papel social: o de mensageiros da Verdade e do Bem.

abril 13, 2024

PALESTRA NA EMPRESA SULINK - PINHAIS


Sexta-feira, 12, de manhã. Palestra "O Caminho da Felicidade" na empresa Sulink em Pinhais, a convite do seu fundador e dirigente, Ramon Piekarsky, jovem empreendedor que iniciou sua atividade empresarial aos 16 anos cortando grama dos vizinhos, e que hoje aos 32 tem uma bela empresa que atende todo o território nacional na manutenção e venda de impressoras e periféricos. 

Ramon é focado em oferecer ao seu corpo de colaboradores as melhores condições de trabalho possíveis e treinamentos que elevam o nível de conhecimento e produtividade da equipe.

Como sempre acontece, a palestra vai representar a doação de cestas básicas a entidade beneficente do município de Pinhais, e foram adquiridos livros que ficarão à disposição dos colaboradores na biblioteca da empresa. 

Foi a décima primeira e última palestra desta estada de duas semanas na bela Curitiba e que representou a doação de 110 cestas básicas para entidades beneficentes da região metropolitana da capital.

ANIMISMO ESOTÉRICO - Roberto Ribeiro Reis


Parecia o Clube da Esquina, porém sui generis. Reuniam-se, ritualisticamente, o compasso, o esquadro, o nível e o prumo. Era meio-dia, e o sol transcendia todo seu ardor e magnificência, iluminando com avidez aquele Templo de Harmonia e Concórdia.

O compasso, eminentemente espiritualizado, ponderava sobre a leveza da vida, sobre as sutilezas da alma, que têm o poder de trazer equilíbrio e paz interior aos homens, conquanto estes observem os preceitos reais, aqueles condizentes com a Cartilha Sagrada do Excelso Criador.

O esquadro a tudo ouvia, marchando com uma beleza singular e de simetria única. Por mais que entendesse a palestra do irmão compasso, considerava que a materialização das coisas era uma dádiva do Grande Arquiteto, que possibilitou às criaturas um universo de situações palpáveis, cuja essência das substâncias e Ele mesmo retornava.

E isso era de um encantamento grandioso!

O nível buscava harmonizar aquela “prosa real”, obtemperando que espírito e matéria são imprescindíveis para o desenvolvimento do homem; que todos temos o privilégio de  sermos iguais em direitos e obrigações, mas que alguns homens primam mais pelo espírito do que pela matéria e vice-versa.

O prumo foi o último do quarteto fantástico a se pronunciar. Considerou que todos ali presentes possuíam retidão de caráter; que espírito e matéria estão umbilicalmente ligados, de sorte que o primeiro rege o segundo. 

Que a intelectualidade daqueles irmãos era fundamentada, à luz da razão, e que a tolerância continuaria sendo a relação cardeal entre aquele grupo.

A cada nova informação prestada por um daqueles integrantes, o que se observava era um fulgor incandescente da estrela flamejante, que em nada opinava, mas que a todos observava, com um sorriso de uma resplandecência sem limites, sinalizando que aquele grande encontro era, além de estelar, uma manifestação inequívoca da Sabedoria, Força e Beleza contidas naquele Templo de Luz e de Glória.

O tempo passava rapidamente, e já era meia-noite, ocasião em que os trabalhos daquele “animismo esotérico” chegavam ao fim.

Os quatro amigos, vertidos em alegria e profunda emoção, contemplavam a universalidade da abóbada celeste e, em uníssono, só agradeciam ao Benevolente Arquiteto pela benção concedida naqueles momentos.

Se fosse, de fato, o Clube da Esquina, terminaríamos esse encontro com os Irmãos cantando “e lá se vai mais um dia”; todavia, o quarteto preferiu valer-se de um “silêncio eloquente”, elevando seus pensamentos ao Excelso Criador, rogando luz e paz à humanidade, tão carente de princípios e tão órfã de solidariedade.

Um silêncio tão grandioso e majestoso, com a eficácia da mais inebriante das preces...

FELIZ ANO NOVO - Heitor Rodrigues Freire


A necessidade de sistematizar e registrar a evolução da humanidade tem sido objeto de estudos e debates ao longo da história, e se tornou uma forma de mensurar o tempo.

O calendário atual e mais aceito é o gregoriano, assim chamado por ter sido promulgado pelo papa Gregório XIII, inaugurado oficialmente em 15 de outubro de 1582. O papa Gregório XIII, interessado em corrigir o calendário criado pelo imperador romano Júlio César, em 46 a.C. – chamado de calendário juliano –, reuniu um grupo de especialistas para reformá-lo. O sistema adotado por Gregório XIII havia sido criado no século VI por um monge chamado Dionísio, que, por ser cristão, entendia que a contagem dos anos deveria iniciar-se a partir do nascimento de Jesus Cristo.

Naquele ano de 1582, após cinco anos de estudos, foi promulgada a bula papal Inter Gravissimas, na qual, entre outras resoluções e emendas, Gregório XIII  lançou seu novo calendário e determinou um novo cálculo para datas móveis, como é o caso da Páscoa.

De acordo com o calendário gregoriano, o ano começa em 1º de janeiro. No entanto, na astrologia, o início do ano é sempre marcado pelo ingresso do Sol no signo de Áries, que acontece em 20 de março. Nesse mesmo dia, também ocorre o equinócio, que no hemisfério Sul representa o início do outono, e no hemisfério Norte, a chegada da primavera, momento em que as horas do dia e da noite são equivalentes e, por isso, podemos enxergar com clareza o que está acontecendo em nossas vidas – tanto o que está indo bem como aquilo que precisa melhorar. Nessa data, conhecida como o “ano novo astrológico” no primeiro signo do zodíaco, renovamos nossas forças e entramos coletivamente em um novo ciclo.

Segundo a astrologia, há algumas dicas a observar para se vencer os desafios do novo ano astrológico:

Estar preparado para assumir responsabilidades;

Ter paciência;

Encarar a realidade;

Enfrentar limites.

A isso tudo, deve-se acrescentar que o outono é a estação mais espiritualizada do planeta, trazendo a dimensão da transitoriedade, da renovação, da transformação, do desapego, do esvaziamento para o preenchimento pelo novo: o outono chegou! 

O outono é uma estação tão marcante que renova e embeleza tudo. É a estação do silêncio, que resplandece em sua plenitude, é o momento do recolhimento, da reflexão. É a chegada da serenidade. Saber esperar é uma virtude. É aceitar sem questionar que cada coisa tem seu tempo certo para acontecer ... é ter fé! 

O outono nos leva à meditação serena e silenciosa, quando também aprendemos que cada pessoa deve viver de forma natural, sem permitir influências externas, e a vida deve ser experimentada sempre de uma nova maneira. Aprendemos, ao mesmo tempo, que cada um de nós vive em função do outro. Ninguém deve viver apenas para si mesmo. Aquele que se fecha no seu invólucro íntimo acaba se isolando e perdendo a grande oportunidade que a vida nos proporciona, que é o crescimento interior pela convivência com o outro.

Terminado o verão com sua agitação inerente, nos encaminhamos para o recolhimento do outono, passando por uma transição natural, num momento próprio para encontrarmos serenidade e prazer, a fim enfrentarmos os obstáculos e os problemas da vida. 

Quando chega o outono, com a harmonia de um céu cristalino, advém uma lição de sabedoria, a pessoal e intransferível responsabilidade de cada um, de buscar e aproveitar a inefável experiência da vida. Esse momento nos proporciona a oportunidade de um encontro íntimo, convidando e estimulando nossa espiritualidade para um encaminhamento único em busca do bem.

Precisamos seguir em frente, encarar todos os obstáculos com consciência – mesmo porque não há outro jeito –, e assim fazer de nossas vidas um hino de amor e gratidão a Deus, cumprindo o que Jesus nos ensinou de forma simples, clara e verdadeira. 

É chegada a hora de unir a espiritualidade e o recolhimento do outono.

Aqui em nossa cidade, assistimos à nova floração das paineiras que enfeitam as margens do córrego Prosa, com suas flores alegrando o ambiente e materializando a boa energia do outono.

E assim, vamos viver este novo ano astrológico, com a serenidade do outono e a beleza das paineiras.


abril 12, 2024

VISITA AO ARQUIVO HISTORICO DE CURITIBA



Conduzido pelo historiador Kelton Sabatke e em companhia de Cleverson Sabatke e Carlos Hossaka, tive a oportunidade de conhecer na sexta feira, 12, o arquivo histórico da Prefeitura de Curitiba que está digitalizando e salvando os documentos contidos em 1400 estantes e oitenta mil caixas, alguns datando do século 18.

Escrituras, contratos, mapas e papéis estão sendo salvos do desgaste provocado pela passagem dos anos e preservando a história de Curitiba e do Paraná. 

Para um historiador amador e autodidata como eu foi como colocar uma criança em uma loja de doces, e a possibilidade de ver de perto documentos dos anos de 1700 foi a cereja do bolo, além da delícia de conversa com um historiador e restaurador com o gabarito do Dr. Kelson.

PALESTRA NA ARLS CAVALEIROS DA VIRTUDE 183 - CURITIBA



No dia 11, quinta feira, retorno para mais uma palestra na ARLS Cavaleiros da Virtude 183, em Curitiba. No ano passado apresentei "O Caminho da felicidade". Agora, em sessão pública, com a presença de familiares e convidados foi "Os preceitos da Arca de Noé para um relacionamento feliz".

O simpático Venerável Mestre, irmão Fabiano Falasque, conduz a sessão com leveza, fazendo com que todos se sintam à vontade. A emoção transparece nos assistentes que se sentem tocados com os ensinamentos da palestra.

Ao final, um delicioso afape é oferecido a todos, e como sempre a Loja se compromete com a doação de cestas básicas a uma entidade local como retribuição da palestra.



O MARTÍRIO DE JOHN COUSTOS


Em 1743, em Lisboa, a Inquisição infligiu terríveis sofrimentos a John Coustos, um Maçom e Venerável Mestre de uma Loja na cidade. No entanto, Coustos enfrentou as mais severas torturas com coragem, recusando-se a trair suas confianças ou revelar os segredos da Maçonaria. Este episódio destemido se tornou um marco na história da Maçonaria, evidenciando a firmeza de propósito mesmo diante da adversidade.

Nascido em Berna, na Suíça, Coustos emigrou para a Inglaterra em 1716, onde se naturalizou. Sua jornada o levou a Lisboa, Portugal, onde praticava sua profissão de lapidário e negociante de pedras preciosas. No entanto, sua ligação com a Maçonaria o colocou na mira da Inquisição.

Preso injustamente após denúncias infundadas, Coustos enfrentou interrogatórios e torturas brutais. Mesmo diante da mais intensa dor, ele se recusou a revelar os segredos maçônicos, permanecendo fiel aos princípios que jurou proteger.

Seu testemunho é um lembrete poderoso da importância da coragem e da lealdade aos valores que defendemos. A resistência de Coustos diante da opressão é um exemplo inspirador de dedicação e firmeza de propósito.

John Coustos só não foi executado por causa da intercessão de Jorge II da Grã-Bretanha. Ele foi libertado em 1744 e retornou à Inglaterra, onde escreveu um livro detalhando suas experiências nas mãos da Inquisição.

Fonte: CURIOSIDADES DA MAÇONARIA


CARIDADE SECRETA - Jim Stapleton - Tradução de António Jorge


Há vários anos, ouvi de um Irmão mais velho a seguinte história de caridade maçônica:

Uma Loja reuniu caixas de comida para doar a famílias necessitadas. Depois de montadas as caixas, os membros da Loja foram para a comunidade e distribuíram as caixas nos alpendres das pessoas que sabiam ser necessitadas. Quando as caixas foram descobertas nas casas, os destinatários ficaram surpreendidos com as boas ações. Cheios de alegria, foram verificar a origem dos alimentos. No entanto, quando procuraram saber de onde vinham as caixas, não havia notas anexadas. Não havia nada que identificasse a origem dos cestos. Assim, as famílias não faziam ideia de quem tinha dado as prendas, o que constituía um verdadeiro mistério.

Ao ouvir esta história, um Irmão que estava a ouvir perguntou porque é que um ato tão generoso e altruísta foi mantido em segredo. Ele disse que, do ponto de vista das relações públicas, os maçons deveriam trabalhar para promover ativamente este tipo de histórias positivas. A resposta do Maçom mais velho foi que é assim que os maçons fazem e que não procuramos elogios quando fazemos caridade.

Compreendo o sentimento, mas com todo o respeito pelo Irmão, não tenho a certeza se concordo totalmente com essa ideia. Sim, há definitivamente algumas situações em que queremos ser discretos. Não queremos envergonhar as pessoas que precisam ou parecer oportunistas. Por exemplo, um Irmão que tenha passado por momentos difíceis pode ter dificuldades em pagar as suas quotas na Loja. Como resultado, pode procurar a ajuda do seu Venerável Mestre ou do Secretário no que respeita ao pagamento das quotas. Não devemos divulgar essa informação para que toda a gente saiba dessas situações individuais. Isto deve ser mantido em segredo entre estes irmãos.

No exemplo dos cabazes de alimentos, chamar à atenção para as pessoas que receberam os presentes poderia ser extremamente embaraçoso para elas. Revelar as suas identidades seria claramente errado, especialmente se não tivessem dado o seu consentimento. Devemos sempre esforçar-nos por ajudar os necessitados, preservando ao mesmo tempo a sua dignidade. No entanto, será que devemos manter as nossas ações de caridade completamente escondidas? Não temos o dever, enquanto Fraternidade, de dar a conhecer ao público que estamos a fazer boas obras? Estaremos a perder uma oportunidade de demonstrar a verdadeira natureza da Fraternidade? Infelizmente, vivemos num mundo onde muitos na nossa sociedade ou não têm consciência de que os Maçons existem, ou só sabem de nós através de teorias de conspiração.

Uma abordagem possível para a distribuição dos cabazes teria sido tirar fotografias dos cabazes montados que poderiam ter sido partilhadas através das redes sociais. Estas fotos poderiam ter incluído legendas afirmando que os Irmãos iriam distribuir os alimentos a famílias em situação de insegurança alimentar. Se estas imagens fossem partilhadas em grupos comunitários online, teria sido uma forma garantida de receber exposição positiva e de fazer com que as pessoas soubessem que nós existimos. Talvez até pudesse ter suscitado o interesse de potenciais candidatos à procura de formas de ajudar os outros.

A minha Loja participa num programa “Adotar uma Auto-Estrada” em que, várias vezes por ano, limpamos um troço de uma estrada muito movimentada. Normalmente, quando estamos a recolher lixo, tiramos fotografias e publicamo-las nas nossas contas de redes sociais. Depois, partilhamos as informações através dos grupos de redes sociais da comunidade local para que as pessoas saibam que existimos E que estamos a ajudar a melhorar e embelezar o ambiente. O feedback é normalmente muito positivo e cheio de gratidão. Isto mostra que os maçons se preocupam.

É claro que devemos evitar parecer que nos estamos a gabar ou a parecer insinceros. Isso seria de mau gosto e inapropriado. As nossas mensagens sobre a nossa caridade devem ser autênticas para que tenhamos uma ligação genuína com aqueles que nos rodeiam. Como muitos na nossa Fraternidade estão preocupados com os níveis de adesão, não parece que, como organização, devamos deixar passar em branco as oportunidades de demonstrar a nossa benevolência. Devemos destacar com orgulho as nossas boas ações.


Jim Stapleton é o 1º Vigilante da Loja USS New Jersey nº 62, sendo também membro da Loja de Investigação e Educação Maçónica de Nova Jérsia nº 1786. Jim recebeu o Prémio Distinção do Avental Branco da Grande Loja de Nova Jérsei e foi galardoado com o prémio Daniel Carter Beard Masonic Scouter Award. É também membro da Society of King Solomon - Fonte -Blog Midnight Freemasons*

abril 11, 2024

A PREPARAÇÃO PARA A INICIAÇÃO - Hever da Silva Nogueira

 


Iniciação é a denominação dada à quinta e última fase do Processo de Admissão na Maçonaria.

Consiste numa Cerimônia que, por ser o preâmbulo de toda a trajetória do futuro Maçom, é revestida de uma importância toda especial. 

Para atingir aos seus fins, é imprescindível que seja ENTENDIDA e COMPREENDIDA, pelo Candidato. Melhor dizendo, para que a Essência Maçônica da Iniciação seja absorvida, é imprescindível que o Candidato: 

- ESCUTE (ouça com atenção) todas as mensagens que lhe são dirigidas; e,

- PERCEBA o que está acontecendo, de maneira, a poder RECONHECER, INTERPRETAR e SENTIR os PORQUÊS de tudo que se passa na Cerimônia. 

Não é à toa que o Ritual (REAA) explique que “a Iniciação é o primeiro contato ativo que o profano, agora candidato, tem com a Ordem, consequentemente, deve ser SOLENE e GRAVE”; e estabeleça que o Profano deva ser PREPARADO pelo Ir.:  Experto. (grifo meu)

Contudo, na prática maçônica, é comum se deixar o Candidato, a mercê da sua própria concepção e imaginação, sem ter uma noção mais concreta do que irá acontecer no decorrer da Sessão. 

É bem verdade que os impactos, causados pelo desconhecido, incitam à busca da descoberta, todavia, não se pode esquecer que os choques oriundos do que não se conhece, também, podem promover intranquilidades, receios e, consequentemente, dificuldade nas interpretações, levando a imaginação produzir certas distorções. E, dessa forma, estando deformada a percepção, consequentemente, o entendimento e a compreensão estarão comprometidos. 

Creio que deva haver uma preocupação de que tal condição seja explicada ao Candidato, antes de ser submetido às condições estabelecidas pela ritualística. O Ritual prescreve que o número de candidatos não deva exceder a três, sem dúvida, entendendo da suma importância do ENTENDIMENTO e da COMPREENSÃO do que é a Iniciação.  

Não sou de opinião que se diga “ipsis verbis” sobre o que vai ocorrer na Sessão, mas, é importante se reconhecer que o candidato pouco sabe a respeito da Maçonaria e, o que sabe, geralmente, é produto do que já ouviu falar, muitas vezes, não correspondendo à verdade.  

Lamentavelmente, é useiro e vezeiro que os Padrinhos e os Irmãos Sindicantes não forneçam explicações plausíveis a respeito da Ordem, da sua Finalidade; sequer, do papel que o Maçom deve desempenhar; isto, quando não lhe são dadas informações inverídicas ou até fantasiosas. Então, mais um motivo para que se tome certos cuidados por ocasião da admissão do candidato na Maçonaria.

Assim sendo, creio que certos esclarecimentos devam ser evidenciados, antecipadamente, para que o candidato possa ENTENDER e COMPREENDER a Iniciação, de forma a ter condições de dar continuidade ao seu progresso no decorrer de sua vida maçônica.

Penso que o Irmão Experto, ao receber o Profano na entrada do edifício, onde se encontra localizada a Loja, antes mesmo de o cercear da visão, deva lhe fazer uma preleção rápida sobre a Maçonaria e do que se trata a Iniciação.

Parece-me ser muito significativo, para o Candidato, saber que a Instituição Maçônica, tem como finalidade a Promoção do Desenvolvimento da Humanidade e que é, por meio do Aperfeiçoamento, Moral, Intelectual, Espiritual e Social dos seus Integrantes, que ela consegue atingir o seu desígnio.  

Acredito que tais informações, mesmo que sejam rápidas e simples, irão ser, suficientemente, capazes de promover uma ESTIMULAÇÃO ao Futuro Maçom – uma vez que o Candidato toma conhecimento da IMPORTÂNCIA da Organização DA QUAL IRÁ FAZER PARTE. 

Outrossim, além do estímulo proporcionado, tais dados ressaltam uma ADVERTÊNCIA, quanto à RESPONSABILIDADE que o Pretenso Irmão está ASSUMINDO, AO SER RECEBIDO COMO MAÇOM.

Sobre a Iniciação, o Ir.: Experto deve alertar, ao Candidato, que não se trata de uma admissão corriqueira e trivial, como acontece comumente no ingresso à uma empresa qualquer, pois, tudo que vier a passar, tem um sentido hermético que deverá levá-lo a deduzir e interpretar o seu significado, constatando que aquela Cerimônia busca propiciar a sua transformação de Homem/Profano em Homem/Maçom, dando começo ao seu Aperfeiçoamento para atingir os fins da Maçonaria.

Por isso, os Fundamentos, as Formalidades e o Simbolismo desenvolvidos, na INICIAÇÃO, têm o objetivo de lhe propiciar o INGRESSO em um NOVO ESTADO DE CONSCIÊNCIA e a sua ENTRADA ÉTICA na Instituição...

É de suma importância fazer com que o Candidato entenda que foi cerceado da visão (ainda que vá receber uma explicação simbólica, durante o decorrer da Sessão) para que busque perceber todos os pormenores da Iniciação com a sua visão interior, sem se deixar influenciar pelos atilamentos externos, e, assim absorver a essência da Sessão com mais apuro e perfeição.  

Já na Câmara de Reflexão, o Candidato dever ser orientado do porquê está sendo introduzido naquele recinto, de forma que possa refletir sobre a MORTE para a VIDA PROFANA e o RENASCIMENTO, na MAÇONARIA, em OUTRO ESTADO DE CONSCIÊNCIA.

Parece ser óbvio que a cadeira, a mesa, a caneta e o papel foram colocados para que o Candidato possa transcrever o seu Testamento Moral e responder ao Questionário... E quanto aos demais utensílios? Quais as razões do pão, da água, do sal, do enxofre, do mercúrio, da ampulheta e do galo (tendo em sua base a inscrição VIGILÂNCIA E PERSEVERANÇA), de estarem ali expostos? 

Sou a favor de que se esclareça os porquês deles terem sido colocados na Câmara de Reflexão.

Faço, aqui, uma pequena ressalva, para dizer que muitos Maçons não sabem os seus significados, porque não lhes tendo sido transmitidos na Iniciação e não lhes sendo enunciados posteriormente, acharam que era apenas alegorias sem “significados importantes” (respostas colhidas às minhas indagações feitas a alguns Irmãos). 

Julgo, também, que deva ser explicado que o Testamento que estará fazendo, não se trata de um documento oficial de valor judicial, ele é um TESTAMENTO MORAL e FILOSÓFICO – um documento que induz a constatação do VALOR DA FAMÍLIA; que mostra que os bens deixados são meramente materiais; que seria bem mais dignificante se fossem deixados de herança, a ÉTICA, a RESPONSABILIDADE, a HONESTIDADE, a EMPATIA, o HUMANISMO e outros BENS MORAIS e HUMANOS. 

O recolhimento dos metais e desnudamento parcial são duas outras condições, na preparação da Iniciação que, a meu modo de ver, exigem uma explicação ao Candidato. Evidentemente, existe uma razão maçônica para que tais fatos ocorram. Contudo, o profano necessita saber que são lições de humildade e modéstia – virtudes indispensáveis ao Maçom -  pelas quais deverá ter consciência de que os bens materiais, embora necessários ao seu sustento, poder-lhe-ão ser obstáculos a uma vida condigna, se se deixar levar pela arrogância, pela presunção e pela vaidade. 

Deve, ainda, ser orientado que tais alegorias representam a libertação dos vícios e demais qualidades impuras... E constatar que a Maçonaria preconiza que os VALORES MORAIS e as VIRTUDES são os ÚNICOS VALORES QUE CONDUZEM À VERDADE

E durante a realização da Cerimônia, outras orientações devem continuar sendo fornecidas ao Candidato, de acordo com que as formalidades e desempenhos recomendem. 

Entretanto, o Irmão Experto deve ter o cuidado de não intervir nem deixar que intervenham nas respostas dadas pelo Candidato, ao ser indagado pelo Venerável, no transcurso da Sessão. Com certeza, as opiniões emitidas pelo Candidato traduzem as suas intenções e os seus interesses, propiciando à Assembleia de Maçons aquilatar o VALOR do Futuro Membro da Loja.

Creio não ser necessário me estender mais, porém, vejo-me na obrigação de esclarecer que as recomendações que fiz, não atentam às determinações do Ritual (REAA) ao recomendar ao Ir.: Experto “...só lhe (referindo-se ao Candidato) dirige as palavras indispensáveis” . (grifo meu)

Pelo contrário, as semânticas da palavra “indispensáveis”, transcrita na recomendação ao Ir.: Experto, traduzem que:  DEVE DIZER TUDO QUE É IMPRESCINDÍVEL... ou melhor ainda, TUDO QUE NÃO PODE DEIXAR DE SER EXPLICADO... dando a compreender que o Ritual estabelece que o Candidato NÃO PODE DEIXAR DE RECEBER AS EXPLICAÇÕES NECESSÁRIAS, para assimilar a simbologia da Iniciação.

E tais significações são ratificadas quando o Ven.: Mestre, diz ao Ir.: Experto: “ide preparar o candidato”(grifo meu)... Uma vez que PREPARAR denota: DAR CONDIÇÕES; PROMOVER O ENTENDIMENTO ou FAZER COMPREENDER.

Assim sendo, o Ritual, em seus atilamentos implícitos, determina ao Ir.: Experto que cumpra a sua OBRIGAÇÃO DE ORIENTAR O CANDIDATO

Bem, neste pequeno “recado”, procurei aguçar a preocupação de se realizar uma Iniciação Justa e Perfeita, possibilitando que o Candidato PARTICIPE, de MANEIRA EXPRESSIVA, de toda Cerimônia; e, SINTA a ESSÊNCIA e o SIMBOLISMO de todas as situações vivenciadas.



 




PALESTRA NA ARLS CAMINHO DA LUZ 148 - PINHAIS


Em animada sessão realizada no noite de ontem, 10/4, na ARLS CAMINHO DA LUZ 148, do GOP, em Pinhais, região metropolitana de Curitiba proferi a palestra "O Caminho da Felicidade" para irmãos, suas famílias e visitantes.

Sob a direção do Venerável Mestre irmão Roberto Fonseca a sessão agradou a todos os participantes, em especial as senhoras que se sentiram homenageadas com a palestra muito focada em valores familiares. 

Ao final do evento uma agradável sessão de deliciosos sanduíches e refrigerantes propiciou a confraternização de todos os participantes. 

POR QUE A DECEPÇÃO - Paulo André


" Falo nada, só observo"

Saindo um pouco do reino da teoria, caminhando, visitando e conversando muito com os IIr, tenho ouvido muito vezes muitos de nós dizendo que se encontram decepcionados com a nossa Ordem, curioso que a maioria não cogita em sair da  mesma, o que demonstra vontade de melhorar

Por que desse sentimento? Vamos oferecer uma resposta

Vou ser um pouco duro, primeiro lugar, decepção para mim significa uma prova de imaturidade e certa arrogância, esse sentimento ocorre quando o outro tem um negócio chamado vontade própria, e não se comporta conforme nossa vontade

Meus queridos, a Maçonaria e nosso sistema foi concebido para mudar aqueles que aqui entram, o problema é quando aqueles que aqui entram querem mudar a Maçonaria

"Falo nada, só observo" é uma frase extremamente prepotente, observa o que?

O comportamento dos demais IIr, vivemos mapeando os erros de cada um, e isso provoca decepção em nós, hora de acordar, e começar a observar e mapear nossos próprios erros

Se o modo ser de algum Ir nos causa azia, agradeça, pois ele te fez descobrir que sofre de azia, e vamos tratar dela

Mas o século XXl resolveu ser mais louco do que foi o século XX, e essa geração nova está importando os erros do mundo profano para aqui dentro

Quando viajamos de avião, a aeromoça instrui que em caso de turbulência cairão máscaras:

Primeiro, coloque a máscara em você, somente depois que estiver seguro, é que você pode ajudar o próximo, se fizer o contrário, você passa mal antes, não ajuda nem a você mesmo, nem a ninguém mais

Lição mais clara impossível, antes de tornar feliz a humanidade, antes de querer mapear os erros de todo mundo, que tal a gente identificar e consertar a gente primeiro?

Na maioria das conversas que tenho, quando alguém vem com essa conversa que está decepcionado...... percebo que a maioria de nós não está entendendo o todo

Para consertar um erro, o primeiro passo é admitir sua existência, traze-lo a luz do dia, e o nosso sistema faz isso diariamente  conosco, é só a gente prestar atenção

Ainda dá tempo de acordar