maio 13, 2024

13 DE MAIO - Adilson Zotovici


Faz a data a alusão

Do fim de estação escura

Da humanidade aberração

De cruel escravatura


Eis aí a grande questão !

Quiçá, só semeadura

Duma dita abolição

E mudança de postura


Movimento  à  proibição

Aqui, daquela  loucura

Do homem, a  escravidão


Mas, a inscícia, a tortura  

Da ignóbil segregação 

Impropícia, inda perdura !




MAÇONARIA MISTA - Pedro Juk


Em 01.07.2015 o Respeitável Irmão Thiers Antônio Penalva Ribeiro, Loja Antonio Lafetá Rebelo, REAA, COMAB, Oriente de Montes Claros, Estado de Minas Gerais, formula o que segue: Como sempre, solicito ao prezado Irmão que esclareça minhas dúvidas sobre Maçonaria. Acredito eu que na França exista mais de uma Obediência Maçônica. Qual delas considera a Maçonaria Mista (O Direito Humano) como Lojas Regulares? Essa Obediência francesa é REGULAR? São aceitas em reuniões de Lojas masculinas as mulheres iniciadas nessas Lojas Mistas? Os Homens de Lojas masculinas também frequentam as Lojas Mistas? Sei que as Lojas mistas são antigas, pois, já li sobre a iniciação de Voltaire que foi realizada se não me engano na Loja Nove Irmãs, que é uma Loja Mista. Esperando como sempre uma resposta do Ilustre Irmão, agradeço antecipadamente.

CONSIDERAÇÕES:

A questão de regularidade e reconhecimento é subjetiva e deve ser considerada de acordo com os costumes do País. Em termos de reconhecimento pela Grande Loja Unida da Inglaterra ela, dentre outros, somente considera a Maçonaria efetivamente masculina.

Assim, em se levando em consideração a GLUI∴, qualquer obediência que admita a iniciação de mulheres não é considerada regular.

Dentre a maçonaria que adota essa prática, existem as Lojas Mistas onde são admitidos “pedreiros e pedreiras”, assim como aquelas exclusivamente femininas.

Considerada como regular na França pela Grande Loja Unida da Inglaterra era, pelo menos até há pouco tempo atrás, a Grande Loja Nacional Francesa. Sugiro ao Irmão que faça uma pesquisa atualizada na Internet sobre o assunto reconhecimento.

Algum tempo atrás eu me lembro de ter lhe enviado uma resposta que abordava a Maçonaria e a presença do sexo feminino. Vou reproduzi-la na sequência:

“Direitos Humanos” - Embora citado por René Joseph Charlier in Mosaico Maçônico como um discurso bastante sugestivo produzido por Maria Deraismes, (imagem) historicamente não pode ser considerado como afirmativa comprovada, posto que a sua iniciação na Loja Livre Pensadores é ainda questionada pela história acadêmica. Se existe algum elo, este discurso se rotula como uma espécie de manobra que, sob seu cometimento é fundada em 1.893 a “Ordem Mista Internacional - O Direito Humano”, cuja sede está situada em Paris à Rua Jules Breton, com o escopo de admitir homem e mulher em irrestrita igualdade. Embora belo, o discurso acabaria por assumir uma faceta bastante tendenciosa e contrária aos “Landmarks”, fato que objetivava a época a contração do reconhecimento pela Maçonaria Regular à Ordem Mista Internacional. Nesse aspecto a alocução (tendenciosa) afirmava a iniciação de mulheres no tempo da Franco-Maçonaria (período operativo – canteiros medievais) e até mesmo especulativa anterior aos primórdios do Século XVIII, sendo que estas inferências possuíam mesmo o cunho para vincular uma antiguidade para algo sem qualquer base comprobatória alicerçada por fatores históricos e sociais.

Embora, bastante debatido, a supressão de mulheres na Maçonaria conta ao seu favor os usos, os costumes e a sua tradição, disposta, por exemplo, como princípio fundamental exarado pela Constituição de Anderson – instrumento jurídico básico da Maçonaria Regular. O artigo 4 dos princípios de base para reconhecimento de uma Grande Loja, datado de 4 de setembro de 1.929 pela Grande Loja Unida da Inglaterra, a prevê de forma mandatória. Mesmo as Obediências não reconhecidas pela G∴L∴U∴D∴I∴, como é o caso da Grande Loja da França e do Grande Oriente da França procedem da mesma forma.

A justificativa dessa exclusão é explicada primeiramente por razões históricas sob a alegação de que na época da Maçonaria Operativa era impossível a existência de “pedreiras”. Nesse sentido, quando da fundação das primeiras Lojas inteiramente especulativas no Século XVIII, estas obtiveram o seu arquétipo embasado no período operativo, peculiar de uma instituição tipicamente britânica ou, efetivamente masculina.

Em segunda instância (justificativas para reconhecimento não desse autor que aqui escreve) aparece o agente psicológico e moral que aborda a soi-disant inaptidão das mulheres para guardarem segredo, o que é verdadeiramente uma incoerência e assume as raias do absurdo. Há também a alegação da dificuldade feminina de admitir a igualdade social entre elas e a sua sensibilidade mais ativa do que a dos homens. Em um sistema fechado como é o da Maçonaria onde a sensibilidade se torna mais arrebatada, a vivacidade de certas reações femininas poderia prejudicar o espírito fraternal.

Outro aspecto enfatizado no reconhecimento é o da própria antipatia mais fácil que as mulheres sustentam umas pelas outras, sobretudo se são de idades diferentes, assim como o perigo que o espírito fraternal correria de eventuais adultérios e também das brigas entre homens.

À bem da verdade o Direito Humano (1.893) estimulado por Maria Deraismes tenta resolver as questões colocando o homem e a mulher em pé de igualdade absoluta. Isso está explícito no aforismo que indica bem as suas ideias: “Na humanidade, a mulher tem os mesmos direitos que o homem. Ela deve ter os mesmos direitos na família e na sociedade”.

Conforme citam respeitados autores, o “Direito Humano” foi mesmo produto das reivindicações feministas do final do século XIX e de uma campanha ideológica que tendia a igualdade civil e política. Sob esse prisma, não sem lógica, seria exortado o direito a iniciação maçônica feminina contra a recusa ao mesmo tempo em que elas fossem juridicamente capazes, eleitoras e elegíveis. Os partidos políticos de esquerda de então eram tão antifeministas quanto os partidos de direita e, além disso, estavam hipnotizados pelo temor, postos em voga por Michelet que apregoava a versão de que caso se reconhecesse à mulher francesa direitos eleitorais, a ditadura “clerical” sobreviveria por seu próprio intermédio - (Michelet in Le Prêtre, la Femme et la Famille (O padre, a mulher e a família).

Embora os esforços de uma minoria favorável às reivindicações feministas, as Obediências Maçônicas não às acolheram mais do que os sucessivos Parlamentos em que, após um simulacro na Câmara dos Deputados em final de sessão, o “Voto das Mulheres” foi sistematicamente rejeitado pelo Senado, reprimido pelo grupo de esquerda democrática, cujos membros eram pertencentes ao Grande Oriente da França.

Considerações à parte, nos dias atuais a mulher na França adquiriu a igualdade civil e política, mas não a igualdade maçônica, e o “Direito Humano”, cujas ideias “profanas” triunfaram, continua isolado e sendo considerada como irregular até mesmo pelas próprias Obediências ditas irregulares.

Com o passar dos tempos, alguns pregam uma solução separatória que consiste em uma espécie de “apartheid” dos sexos. Cada qual possuindo a sua própria maçonaria. É o exemplo da Co-Masonry inglesa (existente no Brasil), na qual as mulheres se chamam de Brother. Na França as coisas se complicam quando a Grande Loja Feminina Francesa (exclusivamente formada por damas) é considerada como irregular pelo Direito Humano de Deraismes (note a questão entre as próprias mulheres). As “Irmãs” da Grande Loja Feminina Francesa - constituída em 1.959, recusaram a fórmula “mista”, estimando serem as qualidades femininas específicas, e, por isso, deverem as questões maçônicas ser examinadas por elas no plano feminino, “fora das lojas masculinas”. A Grande Loja Feminina Francesa, originária da Grande Loja da França (Irregular), utilizaria, renunciando aos rituais das Lojas de Adoção, os rituais masculinos do Rito Escocês Antigo e Aceito com respectivas modificações. Note o estado confuso que se aporta.

Outra tentativa conciliatória consiste em dar às mulheres um ritual próprio, mas sem estabelecer para isso uma divisão estagnada entre as Maçonarias feminina e masculina, o que é um contra senso, pois regularmente não existe maçonaria masculina ou feminina – o que existe mesmo é Maçonaria, pura e simplesmente. Essa foi uma fórmula apregoada no Século XVIII haurida das chamadas “Lojas de Adoção” embasadas nas Lojas masculinas (sic). As damas não mantinham sozinhas as Lojas, mas eram assistidas por Irmãos. Em linhas gerais essa era uma solução do antigo regime francês e convinha, sobretudo, à sociedade aristocrática, pois, aparentemente, a intelectualidade feminina não participava dela. Essa espécie de Maçonaria, com os seus símbolos próprios e os seus sinais próprios, persistiu sobre o Império (a Imperatriz Joséphine foi iniciada na Loja Imperial dos Francos Cavaleiros – Loja de Adoção), no século XIX e acabou por fenecer no século XX.

Ainda em outra adaptação consistia na criação de Ordens paralelas e semelhantes à Maçonaria, cuja existência de um ritual regeria os seus “segredos”, todavia não tivessem o nome de Franco-Maçonaria. Desse modelo se apresenta a Ordem da Eastern Star, nos Estados Unidos, a Maria Order, na Noruega, e a Ordem das Fiandeiras, nos Países Baixos.

Em termos conclusivos há que se admitir que se em pleno Século XXI a igualdade dos sexos é admitida em todos os países civilizados, a Franco-maçonaria continua, a despeito dos paliativos, sendo uma organização puramente masculina, isso porque essa é simplesmente a sua natureza. Transpondo a arte de construir para o plano moral, a Maçonaria permanece viril, exatamente como nos tempos operativos. Essa natureza particular pela qual ela se distingue das sociedades civis é, sem dúvida, muitas vezes considerada arcaica, porém está longe de ser verdade se definir o antiquado como um mal e que toda novidade seja um progresso.

Sem qualquer desrespeito à mulher, essa característica é, não obstante, irreformável, como todo “Landmark” cuja característica principal é a de ser imemorial. Lembram as Antigas Constituições: “Nenhum homem, nem nenhum grupo de outros homens tem o poder de modificar um Landmark” e, se, por um acaso pouco provável, o futuro distante reservasse tal modificação, a sociedade assim modificada não seria, simplesmente, mais a Franco-maçonaria.

Embora essas tentativas, vez por outra são aventadas, a tradição o uso e o costume da Maçonaria como sustentáculo da Ordem não pode ser modificado pura e simplesmente por uma razão evolutiva da sociedade ou por certas “vontades” de Irmãos.

Finalizando, o ímpeto de certos irmãos em iniciar mulheres, se confunde pelo próprio desconhecimento de causa. Ora, elas têm a sua própria maçonaria, seja ela mista, ou mesmo feminina. Não querendo abusar da lei do menor esforço, talvez fosse mais fácil aos descontentes solicitar a sua filiação em alguma Loja mista do que perturbar e semear discórdia nos trabalhos de uma Loja Maçônica. Ao Orador da Loja cabe coibir ideias que vão contra o que exara a Constituição da Obediência.


OBSERVAÇÃO – TEXTO BASEADO EM ESCRITOS DEIXADOS PELO SAUDOSO IRMÃO JOSÉ CASTELLANI.

Para consulta bibliográfica.

MELLOR, Allec – La Franc-Maçonnerie à L’heure du Choix (A Francomaçonaria na hora da decisão), Paris, Edit. Mame 1.963.

BOYOU, Rémy – Histórie de la Féderation Francaise de l’Ordre Maçonnique Mixte International “Le Droit Humain” – Bordeaux, Imp. A Jarlet 1.962

MELLOR, Allec – Dictionnaire des Franc-Maçons et La Franc-Maçonnerie, Belfond, Paris, 1971-1979.

Annales Originis Historie de la Fondation du Grand Orient de France – Cronologia histórica da Francomaçonaria Francesa, 1813 e 1.815.

FAY, Bernard – La Franc-Maçonnerie et la Révolution Intellectuelle du XVIII siècle, Paris, ed. De Cluny, 1.935.

Site da Grande Loja Unida da Inglaterra – Pontos de Reconhecimento.

Constituições atualizadas das Obediências Brasileiras.


DESOBEDECENDO A CONTRAMÃO - Newton Agrella


Onde dialogam pessoas SÁBIAS, opiniões divergentes não geram Conflitos, geram Novas Ideias.

Do mesmo modo, isso se aplica  à forma com que um e outro se tratam.   

As reações obedecem a um critério que por vezes se explicam, porém necessariamente não se justificam.

Grosso modo, a alma humana responde pelo instinto e a razão pela consciência.

A Sublime Ordem mostra os caminhos, mas cabe ao maçom    criar as condições ideais para percorrê-lo com zelo, serenidade, inteligência e dignidade.  

Arrogância, autossuficiência, e dificuldade para assumir seus próprios erros e limitações, são apenas dispositivos que inibem a própria capacidade de se superar e trabalhar o templo interior com mais eficiência.

O salário maçônico não se conquista e tão pouco significa o tempo em que se está na Ordem, mas sim, no contínuo amadurecimento íntimo, transparente e individual, da própria essência humana e do nível de consciência das ações e reações a que cada um está exposto neste exercício transitório chamado Vida.

O verbo que  melhor simbolize esta concisa elocubração, que se baseia no caráter conjectural e especulativo da Maçonaria contemporânea,  seja possivelmente o "ceder".

Ceder não impõe que se reconheça o erro e nem que se satisfaça com o acerto.

Ceder é simplesmente "abrir mão" ou "renunciar" a uma postura irresoluta e radical, que impede que se possa olhar o mundo e tudo à sua volta de maneira mais leve, serena, e menos tensa, transformando as relações entre as pessoas em algo mais fluido e natural.

Já estou na fila, e espero que ela não seja tão longa, para que a minha vez chegue antes do que eu imagine.

Vivemos para nos conhecer, e para nos dar a chance de conhecer àqueles, que de um jeito ou de outro  fazem parte do nosso script e contracenam conosco, tanto como protagonistas de nossa história ou mesmo como fugazes  coadjuvantes.



maio 12, 2024

MÃE VIDA e FRATERNIDADE - Newton Agrella



Hoje é um dia muito especial para todos nós, Irmãos Maçons, de todas as raças, cores, lojas e potências.

Um dia para celebrarmos nossa legítima Fraternidade sem políticas ou ideologias.

Somos todos filhos de uma só MÃE chamada VIDA.

Ela nos concebeu, nos deu a Luz da Sabedoria, nos guia a cada dia rumo à Evolução e deixou-nos como legado o Instinto, a Fé, e a Razão para que munidos de nossa mais valiosa propriedade chamada Bom Senso possamos trilhar a nossa jornada carregando em nossas mochilas doses generosas de Amor, Esperança, Vontade e Determinação.

A Fraternidade que a nossa  Mãe Vida  nos inspirou é o combustível que nos une, nos fortalece e nos faz entender o sentido de nossa existência na busca irrepresável pelo nosso aprimoramento humano.

Fraternidade desconhece fronteiras e se manifesta como o sentimento humano mais genuíno que nos faz Irmãos.

Nossa Mãe está sempre presente, no "Olho que Tudo Vê", no "Livro da Lei" que se traduz em toda e qualquer forma de conexão entre nós e o Princípio Criador e Incriado do Universo, e mais que tudo no sopro de vida instalado em nossa Alma.

Que neste Dia de nossa Mãe saibamos respeitar limites, aceitar as diferenças, argumentar e aquiescer ideias e reconhecer que lá no fundo, somos todos iguais e os únicos traços que nos distinguem são as oportunidades e circunstâncias com que nos deparamos durante esta nossa jornada.



ENTREVISTA NO CANAL MAÇONIZANDO


 

AMOR DE MÃE - Joab Nascimento



I

Nem a pétala duma rosa,

nem a beleza do mar,

nem o vôo do passarinho,

na natureza a cantar,

todo amor de uma mãe,

não tem como decifrar.

II

Toda mãe é responsável,

por nossa reprodução,

é a essência de Maria,

na mais sublime missão,

do seu ventre nasce a luz,

para toda criação.

III

Amor de mãe é mais belo,

que a luz que vem do sol,

que o raiar do novo dia,

brilhando todo arrebol,

chuva que molha o sertão,

ou canto do rouxinol.

IV

O amor de mãe supera,

qualquer adversidade,

pra satisfazer seu filho,

não existe dificuldade, 

no coração d'uma mãe,

só cabe amor, sem maldade.

V

Parabéns pra todas mães,

hoje e todo ano inteiro,

mesmo perto ou distante,

pensa no filho primeiro,

amor de mãe é sincero,

é sublime e verdadeiro.


OS NÓS GÓRDIOS DA MAÇONARIA - Roberto Ribeiro Reis



No combate diário à ignorância,

Procurando defenestrar o ódio,

É crucial cortar todo nó górdio,

Essa é a nossa grande ânsia.


Subverter o mal ante a bondade,

Resolvendo inúmeros problemas;

Saber que, a despeito dos dilemas,

O bem vence com muita facilidade.


O desiderato de nossa Irmandade

É fazer se espalhar a Grande Luz;

Nossa Ordem a ela sempre conduz,

Através da Sabedoria e Fraternidade.


Assim, temos vencido a tempestade,

Conscientes do que nos prejudica;

Nossa Ordem nos tem dado a dica

Para desatar os nós da maldade.


Que - com esperança e caridade-

A fé possa nos guiar pelo caminho;

Para sairmos desse vil torvelinho,

E voltarmos à gloriosa normalidade.


A despeito de tanta promiscuidade,

Que possamos lembrar o juramento;

Trabalhando nosso aperfeiçoamento

Atingiremos a sonhada prosperidade.


A nossa grande responsabilidade

É devolver a todos o encantamento;

Mostrar que, na vida, um só momento

É tão importante quanto a eternidade.

MÃE, CRIAÇÃO DIVINA ! - Adilson Zotovici


Grande Arquiteto do Universo 

Suprema sabedoria e poder

Humilde e feliz eu vos peço

Iluminai hoje e sempre esse “Ser”

Por quem fiz com alegria este verso


Criatura doce e bendita

Forte, mesmo em tempo adverso 

Que por toda uma vida gravita

Junto a filho probo ou disperso 

Com amor, tolerância irrestrita 


De  intuição incontestável

Cada dia da prole predita 

Arrazoando o imponderável

Com perspicácia infinita

Com dedicação e amável 


Criastes o ar, a água, a natureza...

E também um Ser inefável 

Um Ser de vital  riqueza

Feito raio de sol, agradável

Qual acácia de rara beleza 



Seus afagos, vivos nos corações 

Orações de amor com leveza 

Inda que em outros planos e estações  

Do SENHOR, criação Divina e pureza  

MÃE”... obra mor de vossas criações !







maio 11, 2024

DA LONGEVIDADE - Heitor Rodrigues Freire


Hoje, graças a vários fatores, o ser humano está vivendo mais. Os avanços da medicina, o saneamento básico, o desenvolvimento da nutrição e a erradicação de muitas doenças, somam um conjunto de elementos que proporcionou um salto na nossa longevidade. E isso vem criando uma distinção entre os idosos, pois há os que se sentem cansados, considerando que já fizeram tudo o que estivesse ao seu alcance, e há aqueles que, ainda cheios de vitalidade e de alegria de viver, encontram no cotidiano a energia necessária para redobrar o propósito em suas vidas.

A questão é manter-se em atividade constante, sendo sempre o protagonista da própria vida, não aceitando a passividade. É claro que para isso é preciso chegar à maturidade com saúde física e mental – uma condição indispensável para a autonomia e o protagonismo.  Eu, no alvorecer dos meus oitenta e quatro anos, a completar neste mês de maio, me considero um exemplo vivo do que estou falando. Eu não sou idoso nem velho, sou antigo. Antigo porque ao longo do tempo fui acumulando experiências, vivências, que me proporcionaram a oportunidade de participar ativamente da minha vida, da minha família, da minha profissão, do meu círculo de amigos e colegas, e também das atividades voluntárias que exerço com muita alegria, contribuindo para o aprimoramento geral e estou sempre pronto para servir. Embora não tenha sido escoteiro, o lema deles me serve de farol: Sempre alerta!

A alegria de viver é outro fator preponderante; a consciência de que nossa existência é eterna, e que ao desencarnarmos nossa vida continuará em outra dimensão – isso também alimenta essa certeza.

No meu caso particular, tenho alguns componentes que me entusiasmam e me estimulam: sou casado há 61 anos com uma mulher extraordinária, a Rosaria, que se constituiu no farol que ilumina minha vida, construindo comigo nossa família, composta por sete filhas, doze netos, e, em breve, serei bisavô.

Minhas filhas são todas formadas e exercem suas profissões com muita competência e dedicação – elas são também mais um fator de alegria e de orgulho para mim, pois enxergo a responsabilidade com que cumprem seus trabalhos e a forma como educam seus filhos dentro do padrão que aprenderam em nosso lar, dando-nos fôlego para continuar participando da vida.

Aprendi, desde cedo, a responsabilidade que me cabe pelos meus atos, tornando-me sempre protagonista em meus acertos e também nos meus erros – que infelizmente foram muitos, mas me ensinaram a viver. Adotei como lema, o dístico que identifica o estado de São Paulo: Non ducor, duco (conduzo, não sou conduzido). 

A minha longevidade se deve também ao fato de saber que ainda tenho muito a contribuir, e ainda trago algumas pendências que me cabem resolver nesta encarnação. Como foram criadas nesta encarnação, serão resolvidas nesta encarnação.

Outro dia, li um poema do escritor e teólogo Ricardo Gondim, Tempo que foge!, que aqui reproduzo em parte, e assino embaixo, com alegria: 

“Contei meus anos e descobri que terei menos tempo para viver daqui para frente do que já vivi até agora. Sinto-me como aquele menino que ganhou uma bacia de jabuticabas. As primeiras, ele chupou displicente, mas percebendo que faltam poucas, rói o caroço. 

Já não tenho tempo para lidar com mediocridades. Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflados. Não tolero gabolices. Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram, cobiçando seus lugares, talentos e sorte.

(...)

Já não tenho tempo para reuniões intermináveis para discutir estatutos, normas, procedimentos parlamentares e regimentos internos. Não gosto de assembleias ordinárias em que as organizações procuram se proteger e perpetuar através de infindáveis detalhes organizacionais.

Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas, que apesar da idade cronológica, são imaturos. Não quero ver os ponteiros do relógio avançando em reuniões de “confrontação”, onde “tiramos fatos à limpo”. Detesto fazer acareação de desafetos que brigaram pelo majestoso cargo de secretário do coral.

( ... )

Já não tenho tempo para ficar dando explicação aos medianos se estou ou não perdendo a fé, porque admiro a poesia do Chico Buarque e do Vinicius de Moraes; a voz da Maria Bethânia; os livros de Machado de Assis, Thomas Mann, Ernest Hemingway e José Lins do Rego.

Sem muitas jabuticabas na bacia, quero viver ao lado de gente humana, muito humana; que sabe rir de seus tropeços, não se encanta com triunfos, não se considera eleita para a “última hora”; não foge de sua mortalidade, defende a dignidade dos marginalizados, e deseja andar humildemente com Deus. Caminhar perto dessas pessoas nunca será perda de tempo.

Soli Deo Gloria (Glória somente a Deus)”.


QUANDO A TEMPESTADE PASSAR - Alexis Valdez


```Quando a tempestade passar,

as estradas se amansarem,

E formos sobreviventes

de um naufrágio coletivo,

Com o coração choroso

e o destino abençoado

Nós nos sentiremos bem-aventurados

Só por estarmos vivos.


E nós daremos um abraço ao primeiro desconhecido

E elogiaremos a sorte de manter um amigo.


E aí nós vamos lembrar tudo aquilo que perdemos e de uma vez aprenderemos tudo o que não aprendemos.


Não teremos mais inveja pois todos sofreram.

Não teremos mais o coração endurecido 

Seremos todos mais compassivos.


Valerá mais o que é de todos do  que o que eu nunca consegui.

Seremos mais generosos

E muito mais comprometidos


Nós entenderemos o quão frágeis somos, e o que 

significa estarmos vivos!

Vamos sentir empatia por quem está e por quem se foi.


Sentiremos falta do velho que pedia esmola no mercado, que nós nunca  soubemos o nome e sempre esteve ao nosso lado.


E talvez o velho pobre fosse Deus disfarçado...

Mas você nunca perguntou o nome dele 

Porque  estava com pressa...


E tudo será milagre! 

E tudo será um legado

E a vida que ganhamos será respeitada!


Quando a tempestade passar

Eu te peço Deus, com tristeza ,

Que você nos torne melhores.

como você "nos" sonhou.```



VAMOS AJUDAR O RIO GRANDE DO.SUL


O irmão, confrade, intelectual e notável artista Aldy Carvalho nos chama à ação pelo Rio Grande do Sul.

maio 10, 2024

CARGOS DE LOJA - MESTRE DE CERIMÔNIAS - Cristos Dócolas




A Joia do Mestre de Cerimônias é a Régua Graduada. A Régua é considerada como símbolo do método, da retidão, da Lei. Também pode ser considerada símbolo do Infinito, pois uma linha reta não tem começo, nem fim. Representa ainda o “aperfeiçoamento moral”.

A Régua, que tem como uso principal o traçado de linhas retas, tem origem bastante antiga. Consta que era usada para medir as enchentes do Rio Nilo. É ainda utilizada, quando chamada “Régua de 24 polegadas” como instrumento para marcar o Tempo, que não deve ser desperdiçado na ociosidade, mas aplicado nos trabalhos para melhoria da Humanidade.

Deve o Mestre de Cerimônias ter pleno conhecimento dos Sinais, Toques e Palavras de todos os Graus. Deve também ter o mais completo domínio do cerimonial Maçônico, nas sessões Ordinárias e principalmente, nas sessões Magnas. O Mestre de Cerimônias, embora não seja uma das Dignidades da Loja, tem grande responsabilidade no andamento dos trabalhos, e por isto, para exercer este cargo, deve-se escolher criteriosamente um Irmão experiente.

Seu lugar em Loja é no Ocidente, junto à balaustrada que separa o Ocidente do Oriente, no pé da escada de acesso a este, à frente do Ir\ Tesoureiro. O Mestre de Cerimônias é o diretor do cerimonial da loja, tendo as seguintes atribuições:

Distribuir com antecedência as insígnias e aventais aos Oficiais da Loja.

Para que não se entre no Templo com a mente ocupada com pensamentos profanos, é comum que o Mestre de Cerimônia exorte os Irmãos a deixarem seus problemas mundanos lá fora, concentrando-se para a Sessão que iremos realizar. Na maioria das Lojas o Mestre de Cerimônias faz uma breve alocução que finaliza com o desejo sincero de ver, ao final dos trabalhos, o Ir\ Orador consagrá-los Justos e Perfeitos.

• Antes mesmo de adentrar ao Templo, o Ir\Mestre de Cerimônias deve, no Átrio, organizar a fileira dos Irmãos com os Aprendizes à frente, seguidos dos Companheiros e Mestres. Anunciará a entrada dos Vigilantes e do Venerável Mestre, com sua comitiva de Mestres Instalados, visitantes ilustres, etc. e o acompanhará até o Trono, indo em seguida para o seu lugar.

• Preencher os Cargos vagos, por Ordem do Venerável Mestre, convidando os Obreiros da Loja para ocupar o lugar dos Oficiais ausentes, providenciando suas insígnias. Companheiros e eventualmente Aprendizes podem ser chamados a exercer funções, mas não devem subir ao Oriente, nem substituir os Vigilantes.

• O Mestre de Cerimônias deve conduzir ao Oriente os Mestres Instalados visitantes e os Membros dos Altos Corpos. Depois de iniciada a sessão, esta providência será tomada por ordem do Venerável. Considerando que no Simbolismo o mais alto grau é o de Mestre Maçom, nenhuma deferência especial precisa ser dedicada aos Graus Filosóficos. Nenhum grau, ou cargo, por mais elevado que seja, tem esse direito. Como é um gesto de cortesia, se o Venerável quiser prestar homenagem aos portadores de Graus Filosóficos, a seu exclusivo critério, ele os convidará ao Oriente..

• Cabe ao Mestre de Cerimônias comunicar ao Venerável que a Loja está composta, que os cargos estão preenchidos e que todos os llr\se acham revestidos de suas insígnias etc. aguardando então instruções do Venerável para o prosseguimento dos trabalhos.

• É da competência do Mestre de Cerimônias organizar todas as Comissões formadas para dar ingresso às autoridades do Grão Mestrado, ao Pavilhão Nacional e, nas sessões brancas, aos profanos visitantes.

O Mestre de Cerimônias acompanha o Ex-Venerável mais moderno ou o Orador até o Altar dos Juramentos para abertura (ou fechamento) do Livro da lei e também o reconduzirá ao Oriente. Durante a abertura (ou o fechamento) permanecerá de pé, sem fazer qualquer sinal, fora do Pavimento Mosaico, por trás do ex-Venerável mais moderno ou do Orador.

Depois da leitura do Balaústre, o Mestre de Cerimônias deverá levantar-se e verificar se a sua redação foi ou não aprovada, e comunicar o resultado ao Venerável Mestre, mencionando se a aprovação foi unânime, ou por maioria. Tal procedimento é repetido sempre que houver aprovação pelo sinal convencional. Após a aprovação do Balaústre, o Mestre de Cerimônias recolhe o livro do Secretário e o conduz ao Venerável e ao Orador, para colher suas assinaturas.

• E responsabilidade do Mestre de Cerimônias a circulação da Bolsa de Propostas e Informações, colhendo ritualisticamente toda Proposta, Prancha, Peça de Arquitetura etc. que os Obreiros pretendam encaminhar à Loja. Não há mais anúncio, por parte do Mestre de Cerimônias, de que ele se encontra preparado para iniciar o giro com a Bolsa de Propostas, mas, ao término da coleta, irá postar-se entre colunas e anunciará ao 2º Vigilante que percorreu a Loja com formalidades, estando entre colunas aguardando ordens e aguardará efetivamente a ordem do Venerável para dirigir-se ao Trono e entregar-lhe a Bolsa.

• O Mestre de Cerimônias assistirá, de pé e à ordem ao lado do Trono do Venerável, a abertura da Bolsa de Propostas. Aguardará a devolução da mesma pelo Venerável, verificará se de fato está vazia e só então retornará ao seu lugar.

• Quando da formação da Cadeia de União, o Mestre de Cerimônias posta-se entre os Vigilantes e recebendo de cada um deles a Palavra Semestral irá comunicá-la, como a recebeu, ao Venerável Mestre. Após a confirmação de que a palavra está correta, retorna à sua posição na Cadeia de União, para o seu encerramento.

- Ao término da Cadeia de União, é responsabilidade do Mestre de Cerimônias incinerar o cartão onde a Palavra Semestral veio escrita.

• Toda e qualquer peça ou coluna gravada da qual a oficina não tenha querido tomar conhecimento, inclusive as Propostas e sindicâncias de profanos rejeitados ou que desistam da Iniciação, deverão ser igualmente incinerados pelo Mestre de Cerimônias.

• O Mestre de Cerimônias deverá conduzir ao Altar do Venerável qualquer solicitação, moção, Lembrete etc. feito por escrito por qualquer Irmão, que não tenha sido colocado a tempo na Bolsa de Propostas e informações.

• Conduzir ao seu devido lugar qualquer Ir\ que eventualmente chegue atrasado à sessão.

• Conduzir à porta do Templo o Ir\ que, por qualquer motivo, precise ausentar-se durante os trabalhos, temporária ou definitivamente.

• Conduzir os candidatos à iniciação, Elevação, Exaltação, Filiação ou Regularização até o Altar dos Juramentos, para que prestem o compromisso solene e sejam reconhecidos pelo Venerável, em sua nova condição.

• Auxiliar o Venerável em todas as formalidades Ritualísticas existentes nas Sessões de Pompas Fúnebre, Adoção de Lowtons, Confirmação de Casamentos etc., que são muito trabalhosas.

• Embora o Livro de Presenças seja responsabilidade do Ir\ Chanceler, a coleta de assinaturas dos IIr\ que tenham se atrasado ou não tenham assinado, é feita no interior do Templo pelo Ir\ Mestre de Cerimônias, que circulará com o livro pelas colunas.

O Mestre de Cerimônias é o mensageiro oficial do Venerável, podendo eventualmente ser auxiliado pelo 1\ Diácono, se assim determinar o Venerável.

O trabalho do Mestre de Cerimônias é tão importante que, estando entre colunas, tem o direito de pedir a palavra diretamente ao Venerável, com uma simples pancada da palma da mão direita no dorso da mão esquerda.

O Ir:. Mestre de Cerimônias é também o único Oficial que tem o direito de circular livremente em Loja, podendo levantar-se e fazê-lo, a qualquer momento, sem pedir permissão.



O MARTELO, O CINZEL E A RÉGUA


Para passar da coluna norte para a coluna sul, era necessário passar pelos testes do ritual de elevação. Durante esta cerimónia, demos-lhe novas ferramentas como o compasso, o esquadro ou a alavanca, e ensinámos-lhe novos usos para as que já possuía, o martelo, o cinzel e a régua.

A multiplicidade destas ferramentas e a variedade da sua utilização fazem-no compreender que o trabalho de desbaste da sua pedra deve ser continuado, e que agora deve fazer a sua pedra cúbica da forma mais perfeita possível.

Então você chegou a este primeiro momento crucial que todo F\ M\, do mais velho ao mais novo, do mais proeminente ao mais humilde, do mais confiante ao mais tímido, esperou com mais ou menos paciência dependendo de seu temperamento.

Ele espera por isso, não só para poder finalmente baixar o babador e assim se destacar dos últimos chegados, mas sobretudo, para cruzar esta segunda porta, para subir este segundo degrau no longo caminho do autoaperfeiçoamento, para chegar a estrela inacessível, como disse um certo Jacques.

Porque é disso que quero falar com vocês, da inacessibilidade da perfeição, do caminho constantemente a ser percorrido e repercorrido em todas as direções, porque não há sentido, porque cada um busca o SEU caminho, porque cada um vive o SEU destino sem ser predestinado, mas, pelo contrário, procurando dominá-lo da melhor forma possível, de acordo com as circunstâncias das ondas da vida.

Como aprendizes, era sua responsabilidade permanecer em silêncio, aproveitar para se analisar e fazer um balanço de si mesmo e de seu passado profano, com toda humildade; gostamos de acreditar que você terá aproveitado bem esse tempo, mas, em qualquer caso, você está agora, não apenas autorizado, mas também calorosamente recomendado, a viajar por todo o mundo " maçônico " e aprender todas as lições que você pode partir disso.

Se o seu primeiro trabalho foi ou deveria ter sido introspectivo, terá que ser cognitivo para reivindicar o que é necessário para ser chamado de domínio.

Não se deixe cegar pelas sirenes ou pelos louros, mas, GLÓRIA AO TRABALHAR, trabalhe, trabalhe novamente, e faça-o com total liberdade de espírito.

O que o guiará em sua busca iniciática será a estrela flamejante, ela brilhará constantemente diante de seus olhos e o lembrará dos objetivos que você estabeleceu para si mesmo, bem como da direção a seguir. No seu centro brilha a letra G , que esta letra inspire em você, além de tudo, a grandeza , a grandeza da alma, com toda a extensão do significado que se pode ter desta palavra.