maio 23, 2024

O LEGADO DA CRISE GAÚCHA - Alex Winetzki

 

Os papéis ocupados pelos atores públicos e privados nos eventos climáticos do RS, e como a tecnologia pode ser relevante no que vem a seguir

Toda catástrofe tem um ciclo similar, que assistimos se desenrolar lentamente, com clareza e força suficientes para ficar na memória de todos nós para sempre.

Assim que o desastre nos atingiu, reagimos, como sociedade, com uma energia quase tão grande quanto as águas dos rios que nos alcançaram. Cada par de mãos disponível se moveu em direção ao resgate e salvamento dos muitos milhares de afetados, num processo que se auto-organizava e regulava a cada hora de nosso ciclo de trabalho sem fim.

Grupos individuais tentavam, aprendiam, se comunicavam e faziam melhor em seguida. Foram criados portos, zonas de recepção e contenção, abrigos, áreas de alimentação e suporte de voluntários, cozinhas improvisadas para criar marmitas, centrais de distribuição grandes e pequenas, aplicativos para facilitar quase tudo, enfermarias de campanha e redes logísticas que atravessavam, sabe Deus como, estradas que não existiam mais.

Eu vi tantas coisas inesperadas, eficientes, funcionais, tantas ideias brilhantes, tanta boa vontade e energia, que me vem lágrimas aos olhos cada vez que começo a pensar nelas. Mas vou escrever sobre isso num artigo apropriado, em breve.

Ao resgate se seguiu uma preocupação, ainda presente, com o  conforto e abrigo dos centenas de milhares de refugiados climáticos. Mas principalmente com os 80 mil gaúchos ainda em abrigos. Sabemos que muitos deles voltarão a suas casas em breve, mas outros não terão para onde voltar.

Conforme as águas baixam, lições vão ficando mais claras. A primeira que quero discutir são os papéis executados pelos cidadãos e Estado. Ambos essenciais, mas com velocidades e modelos distintos, que se apresentaram naturalmente.

Como eu escrevi em outros textos, a sociedade civil reagiu aos eventos climáticos com energia, generosidade, criatividade e união. Se apenas um ano atrás a população estava partida ao meio por uma linha ideológica artificial, essa divisão foi borrada, desapareceu quase que completamente, no enfrentamento da tragédia.

Nas centenas de barcos civis e jet skis que tomaram o Guaíba e seus afluentes da inundação, só se pensava em resgatar quaisquer vidas que estivessem sob risco. Nos abrigos montados em poucos dias, as toneladas de itens que não paravam de chegar serviam a todos, num processo generoso e caótico.

Não que não existisse organização. Alguns abrigos se tornaram rapidamente exemplos de serviço dentro de uma realidade de dificuldade quase impossível. Mas as iniciativas eram sempre pontuais, particulares, alicerçadas na ânsia de ajudar, de ser útil.

Muita energia se gastou resolvendo os mesmos problemas inúmeras vezes. Porque ninguém realmente conseguia enxergar além da realidade dura do dia de hoje ou amanhã.

No que cabia ao governo, ele respondeu rapidamente a nível municipal e estadual, com as forças federais chegando depois, no papel de resolver problemas de infraestrutura inalcançáveis à população,  deslocar recursos emergenciais,  organizar a energia civil e trazer resiliência às ações. Porque há um conjunto de limites às forças do voluntariado. De tempo, de recursos, de conhecimento.

Manter um abrigo por uma semana é um gesto de amor. Por duas, de determinação. Por mais tempo que isso é quase impossível sem ajuda efetiva do Estado. E é nesse período que estamos agora.

De passagem de conhecimento, de atividades, de responsabilidades, do setor privado para o setor público. Que também aprendeu na prática. E que também não estava adequadamente preparado.

O papel de ambos os setores teria sido mais simples desde o começo se tivéssemos modelos de ação, papéis e responsabilidades mais claros. Se tivéssemos uma coordenação melhor estabelecida.

Eu sou um especialista em catástrofes com 17 dias de experiência hoje. Tudo o que aprendi foi em campo. Até descobrir que existem órgãos globais, como a UNDRR, que provém modelos e manuais extensos, detalhados, sobre como prevenir e lidar com eventos adversos, naturais ou não. Em muitas línguas, inclusive português. Pena que descobri isso alguns dias depois do que precisava.

Da mesma maneira, parece lógico hoje que a tecnologia poderia ter sido muito mais útil do que foi. Colhendo dados, organizando, conectando e suprindo informação. É um tema a que necessariamente voltaremos, até porque boa parte das iniciativas criadas nesta crise poderão ficar de legado e experiência para o Brasil.

Não queremos que o que se passou aqui se repita em lugar nenhum. O fato é que novos eventos climáticos extremos são inevitáveis. A catástrofe no Rio Grande do Sul nos ensinou o suficiente para fazermos melhor da próxima vez.

maio 22, 2024

ZÉ RODRIX...15 ANOS - Adilson Zotovici



Já passados quinze anos

Vivo no imaginário

Como um rico relicário

Seus legados cotidianos  


Qual cumpriu nosso ternário

Com seus trabalhos ufanos 

Seguiu passos soberanos

Em compasso seu ideário 


Com poesia aos desenganos

Músico, publicitário...

Como amigo, um milionário 

Com alegria os seus planos 


No Oriente eterno seu plenário

Alma de Luz entre humanos 

Compartilhando os arcanos

Um Livre pedreiro lendário


Deixou aqui entre os decanos 

Seu espírito humanitário 

Que cada igual solidário 

E saudosos...todos seus manos ! 




IDENTIFICANDO AS CRUZES

 

1° ✠ CRUZ DOS CAVALEIROS TEMPLÁRIOS ✠


A Cruz Templária é uma cruz vermelha que era utilizada pelos templários sobre as suas vestes brancas. Simboliza fé e proteção. Templários são os membros de uma ordem militar religiosa de cavalaria medieval. Eram monges que tinham feito votos de pobreza e cujo espaço ocupado em Jerusalém teria sido parte do Templo de Salomão. Por esse motivo, essa ordem é conhecida pelo nome Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão, Ordem do Templo ou simplesmente Ordem dos Templários. 


2° ✠ CRUZ DE MALTA ✠


A Ordem foi criada para proteger os primeiros cristãos. Isso aconteceu por altura das Cruzadas, expedições especialmente de caráter religioso que se formaram na Europa e que tinham como objetivo a conquista da Terra Santa. Apesar da utilização dessa característica cruz, a cruz templária não é o símbolo da Ordem dos Templários, mas sim um cavalo com dois cavaleiros no seu dorso. 

Por vezes é chamada de cruz pátea. Isso porque ela pertence à categoria de cruz pátea. Cruzes páteas são tipos de cruzes que se caracterizam por serem côncavas, ou seja, têm as pontas mais largas, as quais vão se alargando a partir do seu centro, tal como se fossem patas. A Ordem de Cristo foi criada em Portugal sob as bases da Ordem dos Templários. É por esse motivo que a cruz Templária costuma ser confundida com a Cruz de Portugal. 

 A Cruz de Malta é também conhecida como Cruz de Amalfi ou Cruz de São João. Ela é o símbolo da Ordem dos Cavaleiros Hospitalários ou Ordem de Malta (daí o nome), uma Ordem Militar Cristã. Baseada no símbolo das Cruzadas, a Cruz de Malta é representada por uma cruz de oito pontas. 

Suas pontas formam quatro braços simétricos que partem do centro e se juntam em suas bases. Seu significado advém de suas pontas, as quais representam os oito deveres dos cavaleiros: amor, arrependimento, fé, humildade, misericórdia, resistência, sinceridade e verdade. Essa cruz é um símbolo guerreiro dos cristãos, da coragem e das virtudes cristãs. É utilizada por várias organizações religiosas. Algumas cruzes são, por vezes, confundidas com a Cruz de Malta.


3° ✠ CRUZ DA ORDEM DE CRISTO ✠ PORTUGAL ✠


 A Cruz de Portugal é também chamada de Cruz da Ordem de Cristo. A Cruz tem os braços verticais e horizontais proporcionais, formando um quadrado. É vermelha e foi bastante utilizada durante as cruzadas. Ela simboliza a religiosidade, a vontade dos membros da Ordem de Cristo de espalhar o cristianismo em suas expedições. Este símbolo nacional português descende de outros símbolos da Ordem dos Templários, que foi dissolvida em 1312 pelo Papa Clemente. Em 1317 o rei Dom Dinis pede o reconhecimento da Ordem de Cristo e para ser dono de todas as posses dos Templários em Portugal. A Cruz da Ordem de Cristo foi instituída entre 1317 e 1319.

Ela é usada em vários monumentos arquitetônicos, por exemplo, na Torre de Belém. O símbolo figura também nas bandeiras dos navios na época das expedições marítimas para sinalizar para os povos pagãos que aquele navio era de povos cristãos. Deste modo, ela também ficou conhecida como Cruz dos Descobrimentos. Usá-la nas viagens marítimas era uma forma de honrar a Ordem de Cristo, instituição religiosa que contribuía financeiramente com as grandes navegações. A Cruz de Portugal está presente na bandeira e equipamento de vários times de origem portuguesa. O mais conhecido deles é o do clube de futebol brasileiro Vasco da Gama. Embora popularmente o símbolo seja chamado de Cruz de Malta, tratam-se de símbolos diferentes.


4° ✠ CRUZ DE FERRO


 A Cruz de Ferro (Eisernen Kreuzes, em alemão) é uma alta condecoração alemã do século XIX. Por esse motivo, simboliza bravura, coragem, honra. Essa medalha era atribuída aos militares alemães por ocasião das guerras. Tradicionalmente feita de ferro, foi desenhada pelo arquiteto Karl Friedrich. É escura e tem contornos em branco ou prateado, apresentando extremidades largas, o que a caracteriza como uma cruz pátea. Não é um símbolo nazista. No entanto, o fato de os nazistas terem adquirido o hábito de gravar nela a suástica fez com que as pessoas identificassem a cruz como se ela pertencesse ao nazismo. 


Havia três classes de Cruz de Ferro: a primeira, a segunda e a Grã-Cruz de Ferro. Recebia a primeira somente os militares que já tivessem sido condecorados com a segunda. A Cruz de Ferro da segunda classe e a Grã-Cruz de Ferro eram penduradas no uniforme dos militares por meio de uma fita. A Cruz de Ferro da primeira classe, por sua vez, era pregada diretamente no uniforme. A cruz de ferro foi instituída e concedida pela primeira vez em 1813. 


Seu estabelecimento se deve ao rei Frederico Guilherme III. Voltou a ser oferecida por volta de 1870, na Guerra Franco Prussiana, e na Primeira Guerra Mundial (1914-1918), sofrendo algumas modificações no que respeita ao seus detalhes. Mais tarde usada na Segunda Guerra Mundial (1939-1945), foi nessa altura que a suástica foi introduzida. Os primeiros a serem condecorados com ela na Segunda Guerra foram os tripulantes do submarino alemão U-29. Esse símbolo passou a ser utilizado pelos motociclistas. Assim, entre outros, é um dos símbolos do motociclismo.


Texto extraído de Universo Templário

DIA DO PROFISSIONAL DE LETRAS - Joab Nascimento


I

Só escrevo por prazer,

Escrever é minha cachaça,

Me alegra e acho graça,

Escrita é meu bem querer,

Todo dia quero aprender,

Exponho meu pensamento,

Na escrita tenho fomento,

A todos parabenizo,

Esse sonho eu realizo,

E vivo a cada momento.

II

Parabéns para os poetas,

Cordelistas, escritores,

Jornalistas, professores,

Que escrevem como metas,

Tem escritas como setas,

Pra atingir o objetivo,

Para tudo tem motivo,

Escrever é sua paixão,

Em verso e composição,

Escrita é seu lenitivo.





O SALMO 133 - Edy Genovez Luft



Oh! Como é bom, como é agradável para irmãos unidos viverem juntos. 
É como um óleo puríssimo derramado sobre a fronte, e que desce sobre a barba, a barba de Aarão, para correr em seguida até a orla de seu manto. 
É como o orvalho do Hermon, Que desce pela colina de Sião;
Pois ali derrama o Senhor a sua benção. E a vida para todo o sempre. 
Os trabalhos em Loja no grau de aprendiz, são abertos com esta leitura feita pelo Irmão Orador. Os salmos são cânticos sacros compostos por uma coletânea de 150 hinos religiosos e patrióticos do povo hebreu. 
O seu conjunto forma um livro chamado Livro dos Salmos. A palavra Salmo tem sua origem na tradução grega de Setenta, que foi a tradução grega do Antigo Testamento feita por 72 sábios. Este livro recebeu o nome de Psalmoi, que tem por significado cântico acompanhado por lira ou instrumento de cordas. Os Salmos foram escritos por diversos autores em épocas diferentes, que incutiam nos hinos sua vivência, seus sentimentos e suas experiências. 
Na maioria das vezes o título que precede o salmo indica seu autor, ou a natureza poética da composição ou o seu uso litúrgico, ou a ocasião histórica em que ele foi composto. O compositor da maior parte dos Salmos foi o rei Davi, e o Salmo 133 foi composto por Moisés. Partindo da análise de todo o texto e do contexto histórico, podemos concluir: 
Versículo 1. Oh! Como é bom, como é agradável para os irmãos unidos viverem juntos. Louva-se a união entre os irmãos, penhor de concórdia, prosperidade e fraternidade, concitando-os a viverem em paz e harmonia. 
Versículo 2. É como um óleo puríssimo derramado sobre a fronte, e que desce sobre a barba de Aarão, para correr em seguida até a orla de seu manto. A união mencionada no versículo anterior é comparada ao óleo puríssimo, óleo sagrado citado no Êxodo, cap. 30-22, 33, com o nome de Óleo da Unção e o Perfume Aromático. Sabemos que os judeus fugiram do Egito, e permaneceram por muitos anos, guiados pelo GADU. Neste período que vagaram pelo deserto, o GADU ministrava seus ensinamentos ao povo e a seus líderes, entre eles Moisés e seu irmão Aarão. E disse o Senhor a Moisés: “Escolhe os mais preciosos aromas: 500 medidas de mirra virgem, 250 medidas de sinamomo, 250 medidas de cana odorífica, 500 medidas de cássia, e um hin de óleo de oliva. Farás com tudo isto um óleo para a sagrada unção, uma mistura odorífica composta segundo a arte do perfumista. Tal será o óleo para a sagrada unção. Ungirás com ele a tenda de reunião e a arca da aliança, a mesa e todos acessórios, o altar de perfumes, o candelabro, o altar dos holocaustos e a bacia com o seu pedestal. Depois que os tiveres consagrado, eles tornar-se-ão objetos santíssimos, e tudo que os tocar será consagrado. Ungirás a Aarão e os seus filhos e consagrá-lo-ás para que sirvam de sacerdotes. Dirás, então aos filhos de Israel: este será para mim, o óleo da unção sagrada, de geração em geração. Não será derramado sobre o corpo de um homem qualquer, e não fareis outro semelhante, com a mesma composição, porque ele foi santificado, e devereis olha-lo como coisa sagrada. Quem dele fizer imitação, ou com ele ungir um profano, será cortado do meio de seu povo”. 
Moisés quando consagrou seu irmão Aarão, como Sumo Sacerdote, não usou o óleo só para ungi-lo, mas derramou-o sobre sua fronte, de tal forma, que o óleo descesse sobre a barba e a orla de seu manto. 
A fronte representa também a cabeça, centro vital da existência, comandado pelo cérebro. A barba era o símbolo da honra e do respeito, e as vestes o emblema da honestidade e do pudor. O simbolismo deste cerimonial, o óleo derramado, espalhando-se, provoca a unidade entre o centro vital da existência, que é a fronte; o respeito e a honra, que é a barba; a honestidade e o puder, que são as vestes. 
Nesta tradução da vulgata, entende-se por fronte, o ouvido, a visão, o paladar, o olfato, as mãos e os pés, ou seja o tato. Logo a fronte também simboliza os cinco sentidos, e o óleo derramado a purificação dos mesmos. Versículo 3. É como o orvalho do Hermon, Que desce pela colina de Sião; Pois ali derrama o Senhor a sua benção e a vida para todo o sempre. Nas regiões desérticas, apesar do grande calor durante o dia, a evaporação da umidade concentra-se nas montanhas e retorna durante a noite em abundância sob a forma de orvalho, suprindo a falta de chuvas, proporcionando boa colheita, e as condições mínimas para a vida humana. No contexto histórico e geográfico, o monte Hermon tem aproximadamente 2.800 metros de altura e está localizado na Palestina. É conhecido como lugar sagrado pelos habitantes originais de Canaã. A neve nunca desaparece do seu cume durante o ano, proporcionando orvalhos abundantes em contraste com a terra árida da região. O degelo da neve do Hermon é uma das principais fontes alimentadoras do rio Jordão. As correntes de ar procedentes da Cordilheira do Hermon levam a névoa para os Montes de Sião, condensando-se ali na forma de orvalho.

maio 21, 2024

O CÓDIGO CANÔNICO E O DEÍSMO - Ivan Froldi Marzollo


O estampido do soar da Senda do Pecado sob a égide do contexto onde o código de 1917 proíbe os católicos, sob pena de excomunhão, de se matricularem em associações maçônicas ou outras associações semelhantes. O Código de Direito Canônico de 1983 substituiu o Código de 1917.

"a filiação ativa de um fiel à maçonaria é proibida, devido à irreconciabilidade entre a doutrina católica e a maçonaria (cf. a Declaração da Congregação para a Doutrina da Fé de 1983, e as mesmas Diretrizes publicadas pela Conferência episcopal em 2003)".

Os católicos continuam proibidos de se filiar à maçonaria e reiterado pelo Papa João Paulo II 

"Os católicos afiliados a lojas maçônicas estão em estado de pecado grave".

Um entendimento necessário O “deísmo” expressa as exigências da razão iluminada e concretiza os princípios da religião natural. 

Trata- se de uma análise da prática filosófico-religiosa denominada deísmo. Cujos seguidores acreditam na presença de Deus na natureza e no próprio homem, bastando a razão para encontrá-lo, no lugar dos elementos comuns das religiões teístas como, por exemplo, os dogmas e tradição.

Neste diapasão a liberdade de consciência de um deísta está justamente no corolário de sua convicção individual e interior ulterior a posicionamento sócio político dis dogmas que ora acredita,  usamos o compasso e o esquadro sob o livro da lei pois:

" um ama mais e outro ama melhor " 

aquele que ama mais pode ter a fé cega e o que ama melhor tem confiança consciente de seus dogmas religiosos percebendo as limitações e convicto que todos que pisam nesta terra são pecadores .

O deísta Católico tem compreensão: 

* instituição do celibato com base no Concílios de Trento Latrão e Vaticano II

* O significado do Ato de erguer a hóstia no altar mor e baixar até o cálice na consagração 

* O significado esotérico do batismo e a cruz sob o terceiro olho 

* O que representa o Estado do Vaticano como única Igreja com o título de Cidadão internacional de Direito em pé de igualdade com outros países do Globo .

* O significado esotérico da Mitra 

* O simbolismo eclesiástico do Código de Omertà

* A investigação  do caso de  Boston e o Prémio Pulitzer

É o que reafirma a resposta do Dicastério para a Doutrina da Fé datada de 13 de novembro de 2023, assinada pelo prefeito Victor Fernandéz e com a aprovação do Papa Francisco.

Portanto, esclarece a nota, "aqueles que formalmente e conscientemente estão inscritos em lojas maçônicas e abraçaram os princípios maçônicos, se enquadram nas disposições da Declaração acima mencionada. Essas medidas também se aplicam a eventuais eclesiásticos inscritos na maçonaria".

Não basta esperar por novos entendimentos por parte da Igreja, em uma atitude reativa. Espera-se que os maçons se tornem agentes de seus próprios ideários, e construam seu tempo histórico. Para isso, será necessário estudar o assunto e enfrentar os desafios. Não há como negar que há pela frente grandes embates doutrinários e filosóficos.

Argumenta-se que tal tema abordado neste estudo não seja tão importante para o maçom no seu cotidiano. Parece que, à primeira vista, a sociedade de modo geral não está muito preocupada com tal questão, tanto que não houve grande repercussão na imprensa nacional. Espera-se mesmo que a decisão publicada no Vatican News, em 15 de novembro de 2023, sob o título “A maçonaria  continua  proibida  para  os  católicos” (VATICANO NEWS, 2023) não repercuta muito na vida dos católicos.

Entretanto, do ponto de vista da Maçonaria Brasileira, é de se considerar que tal decisão é um fato importante, que necessitará ser enfrentado com a devida atenção pelas lideranças maçônicas, principalmente visando orientar seus membros, com destaque para os que são responsáveis pelas milhares de lojas maçônicas existentes no Brasil.

Se for levado em consideração o fato de que nosso país é o maior território nacional cristão e católico do mundo ocidental, a decisão ganha dimensão quase continental, eis que a imagem da Maçonaria Brasileira está sendo afetada, inculcada na mente da população como sendo uma instituição anti-cristã, o que obviamente compromete todos os esforços doutrinários e de ação social de interesse dos maçons. É certo que a Maçonaria, por suas próprias condições intelectuais e de formação cidadã, tem as ferramentas que podem ser utilizadas para melhor educar e formar cidadãos que compõem e comporão seus quadros.  

De se concluir, pois, que a Maçonaria pode estar escorregando para uma série crise ainda não percebida por suas lideranças, situação esta que não deriva necessariamente da declaração da Igreja Católica, mas que em função dela pode se agravar. A proibição da Igreja Católica que impede católicos de serem maçons está a esperar uma tomada de posição da Maçonaria Brasileira, e esta pode se dar com certeza através de mudanças de atitude da própria Ordem no sentido de enfrentar o debate doutrinário, melhorar a formação do quadro maçom e aprimorar a ação social da instituição.

Contudo, algumas práticas necessitam ser reavaliadas no sentido de se evitar a mitificação de pessoas, como  atividades sociais sem proveito efetivo para a instituição. De fato, há que se defender com vigor que é necessário investir na formação moral do homem maçom, não se admitindo com leveza que as disputas políticas entre Potências e Lojas diminuam o papel histórico da Maçonaria. Por fim, já com o devido alerta sobre a recente incursão da Igreja Católica na definição de um “inimigo institucional”, faz-se mais que necessário que os líderes maçônicos uníssonos deste os iniciados  compreendam a importância de seu papel como representantes legítimos de seus irmãos.

Cada um de nós individualmente somos perante a sociedade civil representantes da Maçonaria e nossas atitudes espelho da Arte Real com condão de termos nossa instituição auferida pelo reflexo de nosso comportamento perante a sociedade .

Que o Grande Arquiteto do Universo nos dê ciência e consciência de nossa grande responsabilidade. 



HIRAM ABIFF, SALOMÃO E JESUS - O LAÇO QUE OS UNE -Robert H. Johnson


Nota do autor: Aqui está um divertido jogo “E se? …” que eu escrevi há alguns anos atrás. Foi publicado pela primeira vez na The Working Tools Magazine, em novembro de 2013 e, posteriormente, na Knight Templar Magazine. Eu escrevi-o como uma hipótese baseada nas obras de estudiosos bíblicos evangélicos e no uso de argumentos aristotélicos (se isto, então aquilo). Espero que goste.


Quem foi o “Filho da Viúva”? A resposta pode parecer de fácil resposta, mas quando se lê lendas, escrituras, os apócrifos e outros documentos históricos, torna-se evidente que talvez não possamos responder a esta pergunta tão facilmente.

Nos escritos dos eruditos maçónicos, aprendemos sobre Hiram Abiff, “O Filho da Viúva”. Há outros nos vários textos mencionados acima, referidos como “O Filho da Viúva”. Parece que este é um título para o qual mais de um pode ser nomeado. O uso do título remonta às tradições do Graal, que falam de uma linhagem de sangue descendente e, especificamente, referenciam Ruth.

Ruth, uma mulher da tribo moabita, era casada com Boaz e era uma heroína do Antigo Testamento. Ela foi também a bisavó do rei David – o pai do rei Salomão, que construiu o templo. Ruth ficou grávida e casou-se com Boaz. Ele era bem mais velho, com 80 anos, enquanto Ruth tinha apenas 40 anos. As escrituras dizem que Boaz morreu no dia seguinte. Deve ter sido uma noite de núpcias…

Deste ponto em diante, todos os descendentes de Ruth eram conhecidos simplesmente como “Filhos da Viúva”. Um título genético, se quiser. Uma genealogia pode ser rastreada. Ruth dá à luz o primeiro “Filho da Viúva”, Obed, que cresce e dá à luz o seu filho Jessé, que leva seu filho David, que dá seus filhos Salomão e Nathan.

Usando a linhagem transmitida nos Evangelhos da Bíblia Cristã, Jesus o Nazareno é um descendente de Ruth, fazendo dele também, um “Filho da Viúva”. Há quarenta e cinco gerações de Ruth a Jesus. Isto deixa um problema interessante para nós como maçons. Em nenhum lugar da linhagem mencionada na Bíblia, há uma referência a Hiram Abiff.

Sabendo isto, parece que o caminho arrefece na busca pelo título de “O Filho da Viúva”, de Hiram Abiff. As lendas do Graal foram escritas de uma forma que se presta a alegoria e, portanto, a história não pode ser apenas suposta de significar que Hiram era literalmente apenas um filho da mulher que perdeu o seu marido. Estas lendas cedo estabelecem este título e o que significa, é que é um descendente de Ruth ou mais apropriadamente um descendente de Boaz, ou a 31ª ou 30ª geração de Adão, se se confiar na genealogia de Lucas.

Poderia Hiram Abiff estar relacionado de alguma forma com o histórico Jesus o Nazareno? Os Evangelhos, novamente, deixem um rasto fraco. Ele simplesmente não é mencionado na genealogia dada por Lucas ou Mateus.

Quando Hiram Abiff é referenciado como sendo um “Filho da Viúva”, está de alguma forma implicando que ele era da linha de Ruth, que era casada com Boaz e deles, de acordo com Lucas, havia uma linha contínua para o rei Davi, o rei Salomão e eventualmente a Jesus o Nazareno. Seria ele um parente distante ou um primo?

O rei Salomão também era um “Filho da Viúva”, no sentido de ser da linhagem de Ruth. É por isso que o rei Salomão convocou um Tyriano que foi escolhido a dedo para ser o arquiteto do templo judaico do Deus de Israel? Poderia Salomão ter contratado Hiram por serem da mesma família?

Fazer o trabalho de detetive na genealogia pode ser bastante taxativo quando se pesquisa a ancestralidade a apenas algumas gerações de distância do pesquisador, uma tarefa que se dificulta muito com o uso de origens bíblicas como referência.

A linhagem de Jacob é vital para esta história. Doze gerações antes da época do rei Salomão e oito gerações antes da época de Boaz, os doze filhos de Jacob foram os fundadores das doze tribos de Israel. O quarto filho de Jacob, Judah, era da linha que incluía o rei sábio e se estendia através dele a Jesus, o Nazareno. O sexto filho, Naphtali, foi o fundador da linha que incluía Hiram Abiff.

É elementar sugerir que na época de Jacob a designação de “Filho da Viúva” ainda não tinha sido usada; no entanto, nos seus descendentes, através do tempo até chegarmos ao tempo de Ruth, e daí em diante, não é tão impensável que a linhagem teria usado este epíteto ao falar da sua herança ou quando os estudiosos estavam a registar a história da época ou até mesmo os Evangelhos.

O que há sobre esta linhagem que atrai o título para ela? Em que foi tão especial? As três maiores religiões monoteístas, judaísmo, cristianismo e islamismo, todas a consideram [a linhagem] com reverência. Afinal, esta linhagem contém Adão, Enoch, Noé, Shem, Abraão, David, Salomão, Nathan, Zorobabel e Jesus, o Nazareno.

Talvez a coincidência que une esta linhagem seja a capacidade de criar. De acordo com Lucas, a linha começa com Elohim (O Grande Arquiteto do Universo) e depois para Adão. A Bíblia Cristã não faz especificamente quaisquer reivindicações magníficas para o que Adão já tinha construído, no entanto vários outros homens nesta linhagem são de facto grandes construtores.

Enoch foi o construtor do templo mitológico subterrâneo, consistindo em nove abóbadas com um altar onde a “Pedra da Criação” e o Tetragrama se dizia que teriam sido escondidos. Estas lendas são caracterizadas nos Ritos de York e Escocês, ou seja, o 7º grau no Rito de York chamado de “The Holy Royal Arch” e o 13º grau da Jurisdição Sul do Rito Escocês, chamado de “Royal Arch of Solomon”. Nos últimos anos, até foi sugerido que Enoch foi o construtor da Grande Pirâmide de Gizé. Dizem que os antigos egípcios conheciam a Grande Pirâmide como “O Pilar de Enoch”.

Uma referência um tanto obscura a isto é encontrada na Bíblia: “Naquele dia haverá um altar ao SENHOR no meio da terra do Egito, e uma coluna no seu limite para o SENHOR. E será um sinal e por testemunha ao SENHOR dos exércitos na terra do Egito…” Isaías 19:19”.

Noé naturalmente construiu a arca mitológica para abrigar todas as criações de Deus que foram poupadas na lenda do grande dilúvio.

Abraão ou Abrão e seu filho Ismael supostamente construíram a Kaaba, um edifício em forma de cubo na Arábia, que é um dos locais mais sagrados para os Irmãos da fé muçulmana.

O rei David construiu uma cidade e o seu palácio e teve filhos, um dos quais era o rei Salomão, que foi o responsável pelo Templo de Salomão, que todos sabemos ser o centro dos ensinamentos da nossa nobre arte. Estes construtores na linha original ou “Linhagem Alfa”, a linha que, de acordo com Lucas, começa com Deus e leva a Jesus, o Nazareno, continuam e prosseguem com realizações fantásticas.

Não nos esqueçamos, contudo, que há a alusão à construção do templo espiritual, um artífice espiritual que Jesus Nazareno parecia personificar e que se esvanece antes; então encontramos o mesmo no personagem que a maçonaria chama de seu patrono, Hiram Abiff. O arquiteto chefe, escolhido a dedo, do Templo de Deus. Um homem para emular o seu dever e fidelidade aos seus irmãos, tanto Hiram de Tiro como o rei Salomão, este é o homem que aprendemos nos nossos graus e tentamos imitar.

A “Linha Alfa” é sinónimo de “O Filho da Viúva”. Poderia ser apenas a separação do hiato geracional e uma maneira obscura mais codificada de dizer “da Tribo de Judah” sem ser abrasivo.

Pode ser que a Tribo de Judah fosse o ramo principal desta linha e que os Filhos da Viúva sejam um ramo da linha original, mas cuja proximidade com a linha original precisasse de ser preservada por meio de um título dado a esses construtores.

No final, nunca saberemos se Adão, Jesus, o Nazareno ou Hiram estavam verdadeiramente relacionados, no entanto, é claro que o Filho da Viúva é um título dado à descendência de Ruth e seus descendentes. Também está claro que a Maçonaria chama o seu santo padroeiro Hiram Abiff de “Filho da Viúva”, que foi um construtor. As lições ensinadas filosoficamente dentro do nosso sistema maçónico também têm a ver com a construção; a principal diferença é que estamos a construir a nossa espiritualidade. No sistema maçónico nós seguimos os passos de Hiram Abiff, mas nós não o representamos apenas – nós fisicamente nos transformamos nele, nos diversos graus e no final todos nós acabamos sendo “Filhos da Viúva”. Tornando-nos Mestre Maçons, nós todos terminamos sendo construtores de fantásticos corações, mentes e almas.

Então, Irmãos, eu pergunto: “Quem é o Filho da Viúva?”

Olhe-se no espelho e certamente que o verá.

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Inspirado por um breve artigo no cavalete da Loja Blackmer nº 442 F & AM, Califórnia, escrito pelo Respeitável Irmão John R. Heisner.

Robert H. Johnson, editor chefe do blog Midnight Freemasons. Maçom no 1st N.E. District of Illinois e serve atualmente como Secretário na Loja Spes Novum nº 1183 UD. É Antigo Venerável da Loja Waukegan nº 78 e Past District Deputy Grand Master para o 1st N.E.

maio 20, 2024

MAÇONARIA E ISLAMISMO - Kennyo Ismail


 

A relação entre Islamismo e Maçonaria sempre foi tema obscuro, delicado, polêmico, e por isso evitado por muitos autores. Quando das raras vezes abordado, os autores se restringem em citar Lojas e Obediências que existiram e existem nos países árabes e, de modo geral, param por aí.

Uma postura um tanto quanto incoerente se observarmos os objetivos maçônicos da livre pesquisa da verdade, da busca pela justiça e do combate à ignorância, a intolerância e o fanatismo.

O objetivo aqui é tentar apresentar algo diferente do que “mais do mesmo”, fornecendo informação válida e de forma neutra sobre o assunto e abordando as questões que realmente importam.

Após o triste dia de 11/09/01, muito se tem falado sobre o Islamismo, o qual teve sua imagem de certa forma manchada no mundo ocidental com o marcante incidente. Apesar dos esforços das autoridades, uma onda de intolerância e preconceito, reforçada pela ignorância, tem caído sobre o Islã e seus adeptos no Ocidente desde então.

Por isso, faz-se necessário esclarecer alguns pontos:

O Islamismo não é uma religião radical. É apenas uma religião como as demais que, por ter mais de 1,5 bilhão de adeptos, possui algumas vertentes baseadas em diferentes interpretações de diferentes passagens de seu livro sagrado, sendo que apenas uma minoria dessas é radical. O mesmo ocorre no Cristianismo, que também possui suas vertentes minoritárias radicais, fanáticas, baseadas em diferentes interpretações de suas sagradas escrituras. Não é toda mulher muçulmana que usa burca ou véu, assim como não é toda mulher cristã que tem cabelo até o joelho e saia até o calcanhar.

Por isso, não se pode julgar 1,5 bilhão de pessoas presentes em dezenas de países com base em grupos terroristas que agem por si próprios e sem a concordância de qualquer país ou mesmo de autoridades religiosas. E no que se refere a autoridade religiosa, o Islamismo não possui uma hierarquia com autoridade constituída, não existindo algo um “Papa” ou algo do gênero. Por esse motivo, dizer que existe uma postura oficial do Islamismo sobre determinado assunto seria, no mínimo, imprudente. Compreendido tais questões, vejamos o Islamismo perante a Maçonaria:

Islã: Lua e Estrela: 

Como já esclarecido, não existe uma autoridade que fale em nome da religião muçulmana. Assim sendo, é impossível que o Islamismo seja oficialmente a favor ou contra a Maçonaria. Diferente disso, outras Igrejas já se declararam oficialmente contrárias à Maçonaria, como a Igreja Católica e algumas outras Igrejas Cristãs de menor porte. Mesmo assim, isso não impediu que muitos dos fiéis dessas, sendo homens livres e de bons costumes, ingressassem na Ordem Maçônica nos últimos séculos.

Alguns maçons podem pensar que a Maçonaria talvez seja incompatível com a fé islâmica por conta de sua simbologia. Afinal de contas, muito da Maçonaria está relacionado ao Templo de Salomão, e em muitos graus de muitos ritos vê-se símbolos como letras em hebraico, cruzes, etc. Deve-se ter em mente que existem dezenas e dezenas de ritos maçônicos, sendo que alguns têm maior influência de uma ou outra religião, cultura ou época. Assim, temos ritos maçônicos com influências católicas, protestantes, judaicas, iluministas, egípcias, muçulmanas, cavaleirescas, nacionalistas, etc.

Shriners: Lua e Estrela

Ainda nesse sentido, observa-se que a Maçonaria é Ordem voltada a homens livres, e essa liberdade também se refere às amarras da intolerância. Um exemplo claro é que muitos dos ritos maçônicos fazem referência a “São João”, ou aos “Santos de nome João”, enquanto que grande parte de seus adeptos são protestantes. Isso ocorre porque o maçom é homem racional, e compreende que a citação de “São João” não é questão dogmática, e sim referência histórica aos Solstícios.

Já Salomão e a construção de seu templo, tão presentes na Maçonaria, ao contrário do que muitos possam presumir, não se encontram apenas na cultura e religião judaica. Esse importante personagem e evento também estão descritos no Alcorão. Para os maometanos, Salomão era um rei dotado por Deus de toda a prudência e sabedoria, um grande profeta como todos os descendentes de Davi estariam predestinados a ser. E sua importância era tamanha que Deus ordenou que os homens e “gênios” obedecessem a suas ordens e trabalhassem na construção de seu templo e palácio.

Gênios? Que gênios?

Esse é um ponto tão interessante que mereceu esse destaque. Os gênios estão presentes na cultura árabe desde tempos imemoriais. Seriam seres criados por Deus, invisíveis, mas que possuem a habilidade de se materializarem entre os homens e realizarem feitos notáveis. Não são anjos, pois possuem o livre-arbítrio e podem ser castigados ou mesmo aprisionados. Dessas crenças surgiu o famoso “gênio da lâmpada”, tão explorado em contos infantis. Esses gênios teriam, sob as ordens de Salomão, auxiliado os homens na construção de seu templo.

Templários - Rito de York

A questão religiosa está presente na Maçonaria desde seu início e, apesar de não ser discutida nas Lojas, está mais em voga do que nunca. Prova disso é que, nos últimos anos, os Nobres Shriners, instituição maçônica fundada no século XIX com temática e simbologia árabe, vem discutindo sobre a redução dessa influência árabe na instituição. Em contrapartida, as históricas críticas à Ordem dos Cavaleiros Templários, último degrau do Rito de York e restrito aos maçons que professam a fé cristã, continuam mais presentes do que nunca. Qual seria o caminho ideal: a busca pela universalidade ou a promoção das diferenças?

Conclusão:

A Maçonaria está para o muçulmano assim como está para o cristão: dependente da ausência de intolerância e fanatismo por parte do fiel, e da ausência de ignorância por parte dos demais integrantes.

A durabilidade e sucesso da Maçonaria sempre se deveu ao fato de sua união ser baseada nos pontos comuns e sua riqueza nos pontos diferentes. Enquanto os diversos Ritos, Ordens internas e Corpos aliados proporcionam ao maçom participar daquilo com que se identifica, cujos valores compartilha, todos os membros dessas instituições se sentem integrantes de uma única família, e constroem a fraternidade sobre os landmarks que tornam a todos iguais: a crença num Ser Supremo e na imortalidade da alma.

O Dr. SM Ghazanfar, professor emérito da Universidade de Idaho, escreveu em um de seus artigos que “alienantes por aqueles que são diferentes, nós acabamos nos afastando e diminuindo nossa própria humanidade”. Que a Maçonaria, essa Sublime Ordem cuja finalidade é a felicidade da humanidade, saiba renovar seu compromisso de unir os diferentes pelo que eles têm em comums.

ZONA DE CONFORTO - Roberto Ribeiro Reis



Infelizmente, ainda há quem flerte

Com a zona de conforto que subverte

E nos coloca sempre em triste posição;

É cômodo ser refém do ócio inanimado,

E a cada dia mais temos observado

A ausência de atitude, a falta de ação.


É mais fácil passar próximo à mazela,

Da pedra bruta que não mais se cinzela,

Por triste opção e por mera conveniência;

Como reivindicar as bênçãos do orvalho

Se sequer se trabalha no uso do malho,

E se da preguiça sofremos incontinência?


Não podemos falar do mundo e das crises,

Se, diariamente, cometemos os deslizes

De a tudo assistirmos com apatia profunda;

O Maçom que se preze levanta sua espada,

Pois ele tem fé em mente e sua caminhada

Há de ser protegida pela Luz que abunda.


Nossa Oficina é feito o Templo de Salomão,

Que, sob os auspícios de inefável vibração,

Convoca-nos para a guerra que é iminente;

Quando notarmos ao chão um Maçom morto,

Decerto, foi porque saiu da zona de conforto,

E ainda vela por todos nós do Eterno Oriente!

A AMIZADE TEM O PODER DE RENOVAR A ALMA - Newton Agrella

 


Amizade não é ter amigos para concordar na íntegra, mas para revisar os rascunhos e duvidar da letra. 

É antes de tudo, independência, é respeito, é pedir uma opinião que não seja igual a sua, é abstrair uma experiência diferente.

Amizade envolve intempéries. Clima bom, clima ruim, momentos estáveis e instáveis.

E mesmo assim, atravessar o tempo sem se preocupar com o frio ou calor.

Amizade significa aceitação, bem como, colocar-se no lugar do outro e ter a percepção que mesmo tendo opiniões e conceitos distintos sobre as coisas, o respeito, a tolerância e a capacidade de absorver as diferenças é o que conta, é o que vale e é o que pesa.

Amizade pra valer, desconhece a indiferença, ela não se ausenta mesmo nas horas mais desagradáveis.  

Amizade não impõe onipresença, não se exige que a pessoa esteja sempre por perto, de plantão. 

Amizade não é dependência, condição proposta ou submissão.  

Amizade é transparência, é comungar presencialmente ou virtualmente em qualquer cenário da vida.

Amizade é virar a página sem esquecer do livro, e compartilhar a história, sem se preocupar com o epílogo.

Amizade dispensa formalidade,  carimbo ou protocolo.

Ela é o que sai da alma e obedece sem pestanejar o que manda o coração.



maio 19, 2024

DIA DO FÍSICO - Jorge Gonçalves



Em 1905, o físico alemão Albert Einstein publicou quatro artigos extraordinários que revolucionaram a ciência, abordando a teoria da relatividade restrita, o efeito fotoelétrico e outros aspectos fundamentais da teoria quântica. 

Cem anos depois, em comemoração ao centenário do "annus mirabilis" (ano miraculoso), foi estabelecido que o Dia do Físico seria celebrado em 19 de maio (19/05).

Parabéns aos colegas físicos e ao aniversariante de hoje, o autor deste texto, um dos mais cultos e ilustres maçons do Brasil.(nota do Michael).

O GUARDA DO TEMPLO - Eduardo José da Fonseca Costa





Nos antigos rituais maçônicos, encontravam-se dois Guardas do Templo: um externo, que vigiava o adro; e um outro interno, que recebia daquele as indicações. De vez que os trabalhos de uma Loja devem realizar-se a portas fechadas, cabia-lhes zelar para que ninguém perturbasse a sessão. 

Não é por menos que os Guardas do Templo tem como jóia representativa 2 (duas) espadas cruzadas, símbolos de alerta e de proteção. Hoje, porém, restou somente o Guarda Interno do Templo, ou, simplesmente, "Guarda do Templo", que guarda internamente a porta do Templo e dá a entrada aos Irmãos que chegam após a abertura dos trabalhos. 

Para JULES BOUCHER, trata-se de cargo a ser confiado ao Irmão mais experimentado da Loja, que seja um profundo conhecedor do ritual e dos seus procedimentos, razão pela qual muitas Lojas ainda outorgam essa responsabilidade ao Venerável Mestre que sai.

Isso porque, no direito consuetudinário maçônico, sempre foram atribuídas ao Guarda externo do Templo as funções de "cobrir" e "telhar" (motivo pelo qual o Guarda Externo do Templo pode ser também chamado de "Cobridor Externo" ou "Telhador"). 

Segundo BOUCHER, "telhar um Irmão" significa interrogá-lo para constatar, pelas suas respostas, se ele é mesmo maçom e se seu grau corresponde ao grau para o qual trabalha a Loja; por extensão, "cobrir o Templo" tornou-se sinônimo de "sair". 

Assim, caso profanos consigam entrar numa reunião maçônica e se um deles se aperceber disto, diz o Guarda do Templo: "Está chovendo" ou "Há goteira", isto é, o Templo não está coberto.

Há divergência quanto à denominação que se deve dar ao procedimento formal para identificação e constatação da regularidade maçônica: "telhamento" ou "trolhamento". Os Manuais da GLESP falam em "trolhamento", posição de que compartilha RIZZARDO DA CAMINO.

Segundo este autor gaúcho, "passar a Trolha sobre alguém" significa retirar sua asperezas para que, quando der ingresso no Templo, não seja diferente dos demais, pois se apresentará como Pedra Polida, e não como Pedra Bruta (p. 391-392). Aliás, este autor sequer incluiu as palavras telhar e telhamento em sua clássica obra Dicionário Maçônico. Todavia, não posso referendar tal posicionamento. 

Na maçonaria de língua inglesa, o Guarda do Templo é chamado de Tiler (de tile = telha); na de língua francesa, de Tuillier (de tuille = telha); na Itália, de Tegolatore (de tegola = telha), e assim por diante. Percebe-se, conseguintemente, que as traduções de Tiler, Tuillier e Tegolatore são as mesmas: TELHADOR, i.é., o que procede ao TELHAMENTO. 

Já o termo TROLHAMENTO deveria significar "passar a Trolha", ou seja, aparar as arestas e as imperfeições da argamassa, fazer esquecer as injúrias e as injustiças; enfim, apaziguar maçons em eventual litígio. 

De qualquer forma, a par de todas dessas questiúnculas vernaculares, é ao Guarda do Templo que se confia preponderantemente a eficácia do 15o Landmark ("nenhum visitante, desconhecido aos irmãos de uma Loja, pode ser admitido a visitar, sem que antes de tudo seja examinado, conforme os antigos costumes"). 

A execução cabal deste preceito exige um Irmão, pois, que conheça todos os membros de sua Loja, todos os sinais, todas as palavras de passe, todas as palavras sagradas, todas as senhas e as peculiaridades de cada grau.

Justamente porque telha, não se recomenda ao Guarda externo que permaneça no Átrio, pois esse recinto faz parte, pela sua "imantação", ao próprio Templo, onde não é permitida a presença de estranhos; o estranho e os visitantes retardatários devem permanecer na Sala dos Passos Perdidos que precede o Átrio. 

Quando o Venerável Mestre reúne os Irmãos para a procissão de adentramento ao Templo, determina a preparação espiritual, procedida pelo Mestre de Cerimônias, que faz uma invocação ao Grande Arquiteto do Universo; é no átrio que os Irmãos deixam todos os assuntos e vibrações profanas; o Átrio é um estágio de purificações e, por esses motivos, não pode receber quem não tiver sido antes purificado.

As atribuições dos Guardas do Templo são melhor elucidadas quando se lhe especula as funções em um nível mais transcendental. 

Segundo ZILMAR DE PAULA BARROS (p. 101-102), os 10 (dez) oficiais da Loja (= Venerável, 1º Vigilante, 2º Vigilante, Orador, Secretário, Experto, Mestre de Cerimônias, Tesoureiro, Hospitaleiro, Guarda do Templo) situam-se, perfeitamente, na árvore sephirótica: o Venerável corresponde a KETHER (A Coroa); o Secretário corresponde a BINAH (Inteligência); o Orador a CHOCHMAH (Sabedoria); o Tesoureiro a GEBURAH (Força, Rigor); o Mestre de Cerimônias equivale a TIPHERETH (Beleza); o Hospitaleiro a CHESED (Graça); o 1o Vigilante a HOD (Vitória, Firmeza); o 2o Vigilante a NETZAH (Glória, Esplendor); o Experto a IESOD (Base, Fundamento); o Guarda do Templo a MALKUTH (Reino ou Mundo Profano).

Ora, MALKUTH é a Sefirah inferior constituinte da presença de Deus na matéria, cuja natureza quádrupla encerra os quatro níveis inerentes à árvore sephirótica como um todo (a raiz, o tronco, os ramos e os frutos, conforme cresce no interior existencial; ou a Vontade, a Mente, o Coração e o Corpo Divino) e sobre nós aparece como o CORPO FÍSICO, com seus elementos tradicionais: terra, água, ar e fogo (HALEVI, p. 7-8). 

Ora, se na estrutura de uma Loja maçônica o Guarda do Templo corresponde a MALKUTH, e se uma Loja nada mais é do que uma alegoria simbólica do Corpo Místico do Homem, então o Guarda do Templo é representante do único contato direto que a "Alma de uma Loja" tem com o Mundo Exterior.

Posição similar é a de CHARLES LEADBEATER. Para o autor inglês, a Loja Maçônica possui maquinismo que lhe permite invocar o auxílio de entidades espirituais em seus trabalhos altruístas de acumulação e distribuição de forças astrais em benefício do mundo.

Cada oficial teria, além de seus deveres no plano físico, a missão de representar um dos cinco planos da natureza (os planos espiritual, institucional, mental, astral e físico) e de servir de foco para as suas energias peculiares. 

O Venerável representaria o plano espiritual (correspondente no homem à vontade espiritual); o 2º Vigilante, o plano intuicional (correspondente no homem ao amor intuicional); o 1º Vigilante, o plano mental superior (correspondente no homem à inteligência superior); o 1º Diácono, o plano mental inferior (que no homem corresponde à mente inferior); o 2º Diácono, o plano astral (que no homem equivale às emoções inferiores); o Guarda Interno do Templo, o plano físico superior (equivalente no homem ao duplo etérico); o Guarda Externo do Templo, o plano físico inferior (correspondente no homem ao corpo físico denso). 

Daí o motivo de os fundadores da Maçonaria terem disposto as coisas de maneira que a enumeração dos oficiais e a declaração dos seus lugares e deveres servissem de invocação aos anjos pertencentes aos respectivos planos. 

Simbolicamente, para o corpo físico e o duplo etérico protegerem a "loja da alma" dos perigos do mundo exterior, das tentações e das influências malignas, ordena-se ao Guarda Externo (o plano físico inferior) e ao Guarda Interno (o plano físico superior) que impeçam a entrada dos profanos, representantes das paixões violentas (p. 117-121). 

Para LEADBEATER, portanto, este esquema demonstra que a obrigação da inteligência é discernir e julgar que pensamentos e emoções devem ser admitidos no templo do homem: o Venerável comunica-se com o Guarda Externo por meio do 1º Vigilante e do Guarda Interno, significando que o espírito não atua diretamente na matéria densa do corpo físico, senão que por intermédio da inteligência influi no duplo etérico, embora, uma vez realizada a investigação, a mente possa instruir o duplo etérico para que comunique o assunto diretamente ao espírito. 

Para simbolizar isto, há em algumas Lojas o costume de dizer o 1º Vigilante ao dar a ordem: "Irmão Guarda do Templo, vede quem solicita entrada e comunicai-o ao Venerável".

Se há autores que estabelecem correspondência entre os cargos da Loja e os Sefiroths da Cabala, e se há autores que estabelecem homologias entre esses cargos e os planos da natureza, há aqueles irmãos que enxergam conexão entre o oficialato maçônico e o simbolismo planetário astrológico, conexão esta que nos permite alinhavar o perfil psicológico que deve portar o Irmão ocupante do cargo de Guarda do Templo.

Segundo BOUCHER, o Venerável corresponde a Júpiter; o 1o. Vigilante, a Marte; o 2o Vigilante, a Vênus; o Orador, ao Sol; o Secretário, à Lua; o Guarda interno, a Saturno; e o Guarda externo, a Mercúrio (p. 123). O Guarda Externo, justamente por ser regido por Mercúrio, o mensageiro dos deuses, é quem anuncia ao Guarda Interno aqueles Irmãos que vêm se apresentar e que pedem a sua admissão. 

Trata-se de cargo astrologicamente talhado, portanto, para os nascidos sob o signo de Virgem, signo associado ao sistema nervoso, à percepção mental, ao cérebro e às atividades de comunicação física e mental. Não se é de estranhar, aliás, que os traços positivos dos Virginianos sejam as características mais pretendidas de um Guarda Externo: o raciocínio rápido, a percepção ágil, a inteligência, a versatilidade, a intelectualidade e o impulso para a aquisição e a transmissão do conhecimento. 

Em contrapartida, tem-se o Guarda Interno do Templo, regido por Saturno, o deus prudente que prefere os lugares sombrios, encarregado de anunciar a presença daqueles que julgou dignos de entrar. Trata-se agora de cargo astrologicamente cunhado para os nascidos sob o signo de Capricórnio, signo este associado às idéias de "limitação" e "contenção".

Também aqui não há de estranhar que os traços positivos dos Capricornianos sejam tão esperados do ocupante do cargo de Guarda Interno do Templo: prático; cauteloso; responsável; paciente; de confiança; resistente; disciplinado, estável.

J. BOUCHER ainda assevera que os Oficiais situam-se, perfeitamente, nos braços de uma estrela de seis pontos ou "Selo de Salomão": o Venerável e os dois Vigilantes, que dirigem a Loja, formam um triângulo ascendente D; o Orador, o Secretário e os Guardas do Templo, que organizam a Loja, formam um triângulo descendente Ñ (p. 123-124). 

Aliás, tal ordem se verifica na circulação, com formalidades, tanto da Bolsa de Propostas e Informações quanto da Bolsa de Beneficência para o Tronco de Solidariedade, circulação esta que se faz na ordem hierárquica.

Por fim, vale a pena registrar as associações tecidas por W. KIRK MACNULTY (maçom inglês adepto duma corrente psicologista) entre sete cargos de oficiais e as Sete Artes Liberais: o Guarda Externo do Templo corresponderia à Gramática; o Guardo Interno do Templo corresponderia à Lógica; o 1o Diácono, à Retórica; o 2o Diácono, à Aritmética; o 1o Vigilante, à Geometria; o 2o Vigilante, à Música; e o Venerável Mestre, à Astronomia (p. 23-23). 

Assim, se a Gramática é a arte que estabelece as regras estritas para estruturar as idéias de modo que possam ser comunicadas e registradas no mundo físico, o Guarda Externo representa a parte da psique que está em contato estreito com o corpo físico, através do sistema nervoso central; portanto, ele é um "guardião" no sentido em que protege a psique da saturação de estímulos do mundo físico. Em contrapartida, se a Lógica é a arte que ensina as normas para a análise racional, o Guarda Interno representa o que a psicologia moderna denomina "ego", isto é, o poder executivo partidário da atividade psicológica quotidiana que se distingue pela sua capacidade para formar imagens mentais; portanto, ele é um "guardião" no sentido de que vela pelas pessoas que permitem à sua psique relacionar-se com o mundo.

Como se pode ver, seja qual for a associação que feita com os cargos de Guardas Interno e Externo, em qualquer uma delas as conclusões são exatamente as mesmas.

Bibliografia:

- BARROS, Zilmar de Paula. A Maçonaria e o Livro Sagrado. Rio de Janeiro: Mandarino, s/d.

- BOUCHER, Jules. A Simbólica Maçônica. São Paulo: Pensamento, s/d.

- CASTELLANI, José. Maçonaria e Astrologia. 2a ed. São Paulo: Landmark, 2001.

- COLTURATO, Adalberto et alii. Telhamento. In A Gazeta Maçônica. Ano XXXVII – nº 250. mar-abr/2004. p. 5.

- DA CAMINO, Rizzardo. Dicionário Maçônico. São Paulo: Madras, 2001.

- DA CAMINO, Rizzardo. Simbolismo do Primeiro Grau: Aprendiz. 2a ed. Rio de Janeiro: Aurora, s/d.

- FIGUEIREDO, Joaquim Gervásio. Dicionário de Maçonaria. 4a ed. São Paulo: Pensamento, s/d.

- HALEVI, Z'Ev Ben Shimon. A Cabala. Edições Del Prado.

- LEIRIÃO FILHO, Sinésio et alii. O Telhamento no Rito Adonhiramita. In A Gazeta Maçônica. Ano XXXVII – nº 250. mar-abr/2004. p. 8.

- LEADBEATER, Charles W. A Vida Oculta na Maçonaria. São Paulo: Pensamento, 1956. MACNULTY, W. KIRK. Maçonaria. Edições Del Prado.

C O E X I S T Ê N C I A - Adilson Zotovici




Acima de Augusta Potência

Sereníssima organização,

A quem se deve obediência,

Há algo à veneração


E que há em decorrência

Destarte, a primeira lição

De paz, da coexistência,

E duma  sincera união


Que não há interferência

E muito menos divisão

Vez que igualdade a essência,

E fraternidade a razão


Canteiros com una tendência

Além de raça, credo, paixão...

Caminham iguais com diligência

Em busca da perfeição


Inda que houver preferência

Dum Rito, local, ocasião,

Com universal abrangência

Nivela a cada irmão


Faz reconhecer por evidência

Não por cargo ou posição

O obreiro que referência

Livre pedreiro por sua ação


Fácil ver, com transparência,

De quem se faz alusão :

A Arte Real por excelência...

Nossa Sublime Instituição !