maio 25, 2024

ESMIUÇANDO A MAÇONARIA (LOJA) - Valdemar Sansão



Loja Maçônica em ação pratica o que une e afasta o que divide. A vida maçônica é intensa. Lembrem-se: “Onde estiverem reunidos em Meu nome, lá estarei”.

Definição – Na Maçonaria, Loja é o Templo onde os maçons se reúnem para os seus rituais e, mais do que um espaço físico determinado, representa o universo.

É a agremiação de Maçons regulares, em número limitado, a partir de sete, dentre os quais três Mestres. O local em que uma sociedade maçônica realiza suas Sessões e, por exemplo, qualquer corporação maçônica (na realidade, prefere-se falar em Templo para designar o local de reunião, reservando o vocábulo Loja para designar a corporação). Ao final de uma Sessão, a Loja é considerada fechada, mas o Templo continua aberto, para outras Lojas. 

Sete ou mais Mestres Maçons regulares, munidos de documentos comprobatórios dessa qualidade, poderão reunir-se para fundar uma Loja.

Lojas Simbólicas – São todas as Lojas que trabalham ou se dedicam aos graus do simbolismo. Estas Lojas estão ligadas às Grandes Lojas ou aos Grandes Orientes. Também chamadas de Loja Azul. Composta de pessoas honradas que se escolheram porque se agradam reciprocamente; uma Loja toma o aspecto de uma família. Vivendo juntas durante muito tempo, estas pessoas têm por finalidade fazer com que desabroche no ser humano a harmonia da razão e do sentimento, e seria faltar tanto a uma como a outro se fossem esquecidas as benéficas emoções de uma camaradagem plasmada de estima e confiança.

Oficinas - Esse nome deriva das antigas associações e corporações dos artesãos, quando a Maçonaria era o reduto de trabalho manual; posteriormente, esse trabalho passou a visar o bem-estar social; finalmente, o trabalho foi sublimado, sendo os materiais trabalhados os que compõem o próprio ser humano, sob todos os aspectos, inclusive com o “auto aperfeiçoamento”.

As arestas produzidas pelos vícios, o maçom deve retirar de si mesmo, como as imperfeições, a desobediência e as omissões. É um trabalho constante, de modo que a oficina maçônica está sempre em funcionamento. A atividade do maçom não se restringe à frequência de sua Loja, uma vez por semana. Todos os dias da semana são dias de trabalho e de oficina. O trabalho é permanente; em Loja, o maçom comparece para “recarregar” as suas baterias gastas. A comodidade e a preguiça são males a serem superados; o maçom está sempre em vigília e à espreita da oportunidade de auxiliar os seus Irmãos e a sociedade. O pecado não está em “fazer”, mas sim em “deixar de fazer”. O desleixo equivale ao atrofiamento.

Estar a coberto – Diz-se que a Loja está a coberto quando a porta estiver fechada, isso no sentido material; “estar a coberto” significa, porém, que no Templo está presente o Grande Arquiteto do Universo, com seu poder protetor que a todos “cobre”. 

O importante convívio - Na entrada da Loja, devem ficar esquecidas as preocupações do trabalho e dos negócios, abandonando as realidades da vida em troca de alguns momentos de lazer de ordem intelectual e moral, deixados de lado, momentaneamente, os interesses materiais por importantes que possam ser a fim de se desfrutar da satisfação de um ensino elevado, de uma filosofia na qual o bom-senso se encontra à vontade e onde o prazer de um convívio amigo é só o que realmente tem valor. Uma hora de alegria sadia proporciona uma boa reserva de forças para o labor do dia seguinte. Um dos segredos do maçom, é que sabem levar a vida pelo lado bom, por isto, na Loja, não existem discussões sobre questões irritantes; apenas troca de ponto de vista como deve ser entre as pessoas bem educadas, após o que cada qual deve meditar sobre o que ouviu; naturalmente nada de política, pois a paixão política inflama o jogo. Quem se acha possuído pela paixão política é incapaz de compreender a Maçonaria, pois lhe relembra constantemente: Pratico o que une e afasto o que divide.

A Grande Obra – Por Grande Obra é conhecida a Maçonaria Universal, sem distinção de obediências ou ritos. A Grande Obra é a construção do Templo Social, do Templo Moral e do Templo Espiritual. O Maçom é chamado à ordem, se fizer eco preocupações mesquinhas. A Grande Obra é a busca da perfeição maçônica, dentro dos preceitos da instituição. Nela se reúnem os Iniciados para trazer o seu concurso à Grande Obra, eterna como o Progresso e sem limites em sua aplicação. Tendo um imenso Templo a construir, os maçons não prostituem a sua Arte sujeitando-a a tarefas profanas; eles têm de, em si próprios, reformar o Homem, universal em sua essência. A inércia vicia e prejudica; o entusiasmo contagia e beneficia.

Planejamento – A vida moderna exige que os atos individuais e públicos, grupais ou econômicos, sejam programados. Hoje, a ciência conta com o computador que é o aparelho eletrônico eficiente para as programações. 

Qualquer entidade, religiosa, cultural, recreativa, científica, etc., deve programar as suas atividades, para evitar o caos. A Maçonaria nada faz sem prévia programação; dentro dos trabalhos modestos de uma Loja Maçônica, o Venerável Mestre somente terá êxito na sua gestão se programar os seus trabalhos; essa programação apresenta partes distintas: programação de sua gestão, que poderá ser anual, consoante o período para que foi eleito, ou abrangendo dois ou mais anos; poderá ser mensal ou semanal, considerando que cada sessão deve obedecer uma programação específica. Diante dessa prática, o maçom, por sua vez, como reflexo eficaz, deverá programar a sua vida familiar, profissional e espiritual. Toda programação obedece à experiências passadas, a dos mais capazes e a previsão do que possa advir. Se o mundo refletisse antes de tomar qualquer decisão, este mundo não seria o acúmulo constante de perturbações e violências. Nenhum ato pode o maçom praticar sem tê-lo, antes “refletido”. 

A Sala dos Passos Perdidos – Não podemos esquecer que ao adentrar o edifício onde a Loja se localiza, estaremos ingressando em uma Loja maçônica, não em clube, nem em dependências profanas. Muitos maçons ignoram que a sala dos Passos Perdidos é uma das antecâmaras do templo e o seu comportamento reflete os hábitos profanos, quando deveria ser um local de respeito e de satisfações, momentos de troca de cumprimentos, de observação, de tratos sobre a próxima entrada em templo, passando pelo Átrio Purificador. 

O nome “Passos Perdidos” traduz desorientação, mas apenas inicial, uma vez que de imediato surgirá o rumo certo, em especial quando o M∴CCerim∴ estender o convite ao ingresso no Átrio. 

O comportamento do maçom deve ser preparatório para o ingresso em templo; uma preparação educada e consciente, aptos para a purificação no Átrio. O Átrio é a antecâmara do templo, onde o M∴CCerim∴ conduz os Irmãos para prepará-los para adentrar no recinto sagrado.

Trabalho de apoio - Cabe a nós, Maçons, o trabalho de apoio constante à Lojas Maçônicas, porque elas são, indubitavelmente, as unidades fundamentais da Maçonaria. É pela Loja bem organizada, bem estruturada, que realiza a sua tarefa realmente à luz da doutrina maçônica em toda a sua plenitude, que teremos condições, não só de fazer uma divulgação, mas executar a difusão concreta, constante, que se vai consolidando cada vez mais junto à própria sociedade. As Lojas Maçônicas, portanto, deve ser a nossa meta natural de apoio, para que possam não apenas realizar bem o seu trabalho, mas que possam também, explorar todas as possibilidades e potencialidades que carregam consigo, a fim de que atendam aos objetivos para as quais criadas.

Destacamos que temos também, como maçons, o natural dever de atender em tudo que for possível às necessidades de Irmãos de outras Lojas de pequeno número de obreiros; reclamam de nós um acompanhamento de apoio, uma ação permanente sobre elas. Cumpre aos maçons sinceros de todas as latitudes unirem-se, ajudar-se mutuamente, expandirem a rica literatura maçônica, usarem a tecnologia moderna, em suma, trabalharem com entusiasmo a palavra escrita e oral em prol desse nobre ideal e em favor dos que o desconhecem.

Concluindo – A nossa colaboração é modesta; no entanto é válida porque é oferecida com amor fraterno, na ânsia de buscar mais e melhor, para a Glória do Grande Arquiteto do Universo!

P.S. – De que adianta termos voz, se nos calarmos diante das injustiças do mundo? Para que servirão nossos olhos, caso desviemos o olhar do sofrimento do próximo?

TRIBUNAL PENAL INTERNACIONAL - Paulo André

 



Já vi políticos de TPM, de TPI será a primeira vez!

Yes! Temos um tribunal internacional em Haia, com o propósito de punir governos que cometeram atrocidades, a primeira vítima ( faz tempo) foi Slobodan Milosevic, o carniceiro da Iugoslávia, ele e seus asseclas

Mais recentemente, veio a ordem de prisão para Putin, e agora para Netanyahu

Detalhe, nem Rússia, nem Israel, EUA ou Ucrânia fazem parte desse tribunal

A rigor, dicilmente eles serão presos, o que vai gerar é saia justa, e peças publicitárias

Putin, tem evitado viajar para a maioria dos países, o que gera polêmica , por exemplo, na reunião do G 20 na África do Sul, o presidente sul-africano  queria a participação de Vladimir, mas a Suprema Corte de lá disse que o prenderia, pelo sim pelo não ele não foi

Situação que promete se repetir por aqui, a próxima reunião será no Brasil, nosso presidente tem dado a entender que vai convida-lo, então o que fará nossa Suprema Corte?

Agora vem a condenção contra Benjamin, e isso promete ser ainda mais polêmico

França e Alemanha já declararam apoio à sentença, aliás o governo alemão prometeu prender o líder israelense, se ele pisar na Alemanha

Mas, o TPI conseguiu o impossível, uniu nos EUA democratas e republicanos, que reprovaram essa atitude, e estão pedindo sanções contra o tribunal

Isso é ainda muito novo, mas pode está abrindo um precedente perigoso, ao querer criar uma justiça internacional

Quem terá legitimidade para apontar o que está ou errado no mundo?

Evidente, que os condenados jamais irão aceitar, e usarão isso como publicidade interna, que seu povo é perseguido, etc...etc...

Mas se emplacar, estaremos dando poder demais, nas mãos de poucos, não gosto de teorias da conspiração, mas seria isso o embrião de um governo mundial?

A preocupação é que isso vire um modo dos países ricos, criarem leis para determinar o que deve acontecer nos países pobres ( faz um tempinho o parlmento inglês propôs criar uma Otan Verde, para usar a força contra quem maltratar o meio ambiente, o que tem nome e endereço certos)

Voltaremos ao tempo, em que o que acontece aqui, é julgado pela metrópole de Além-Mar?

A conferir


maio 24, 2024

A IMPORTÂNCIA DOS ESTUDOS MAÇÔNICOS - Roberto Bertelli


A Maçonaria é um complexo de conhecimentos históricos, religiosos e esotéricos, além de adotar práticas antigas, tudo voltado à evolução do homem enquanto ser social que busca a construção de uma sociedade mais justa e perfeita.

Mas buscando certa objetividade, podemos notar três grandes pilares na Maçonaria, quais sejam: a prática da filantropia; as práticas administrativas de uma Loja e os estudos da história Maçônica, (da simbologia de cada grau e a ritualística de suas sessões).

Fazer filantropia é louvável, muito importante na Maçonaria.

Se o Maçom busca evoluir e aplicar sua evolução na sociedade, uma boa forma de se realizar essa atividade é por meio da filantropia. 

Saber administrar uma Loja é tão importante quanto, pois se trata da gestão de ativos e passivos, além de gestão de pessoas.

Assim, o Maçom desenvolve a necessidade de se ter conhecimento técnico, para gerir os créditos e os débitos da Loja, mas, também, haverá de ter sensibilidade para gerir pessoas, ou seja, seus irmãos. 

Mas o estudo da história Maçônica, da simbologia de cada grau, além da ritualística é imprescindível para se falar em Maçonaria.

A filantropia pode ser realizada por qualquer associação assistencial.

Administrar ativos, passivos e pessoas qualquer associação civil faz. 

 *Porém, manter a tradição ritualística e o conhecimento simbólico de mais de 300 anos é uma enorme responsabilidade depositada nos ombros dos maçons.* 

 *Sem o estudo da história, da simbologia e da ritualística deixamos de ser Maçonaria e passamos a configurar como meras associações assistenciais de âmbito civil.* 

A notícia ruim é que, paulatinamente, a maçonaria brasileira vem relegando os estudos maçônicos a um segundo plano, evidenciando a administração, a política e politicagem, promovendo a vaidade em seu meio. 

Resultado disso?

Brigas, cisões e busca desenfreada pelos penduricalhos (medalhas e representações).

A vaidade de sentir-se um destaque em loja cega e destrói a Harmonia, a Paz e a Concórdia que deveriam ser a tríplice argamassa a unir os irmãos. 

E estes são os que menos estudam maçonaria... 

Reflitamos, meus irmãos!



GEOMETRIA SAGRADA







 Este diagrama mostra a sucessão dos polígonos que surgem da divisão da unidade. Ao se dividir a unidade representada pelo círculo, seu centro se transforma em dualidade dos pontos A e B, produzindo a forma geométrica conhecida como Vesica Piscis.

A Vesica Piscis é geradora da forma, já que pode dizer-se que todos os polígonos regulares são obtidos a partir de uma sucessão de construções sobre a "Vesica".

A linha AB se estende naturalmente para formar o triângulo eqüilátero (assim, todas as coisas, sendo duais por natureza, são 3 por princípio). Ao estender-se para formar o triângulo eqüilátero define os lados do quadrado (4), do pentágono (5), do hexágono (6), do octógono (8), do decágono (10) e do dodecágono (12).

Esta representação do crescimento sugere inclusive uma árvore. A Vesica Piscis pode representar a semente. Mediante sua germinação, surgem as linhas (a raiz) e os polígonos (o gérmen que dá origem aos ramos). A √3 contida na Vesica Piscis é o poder formativo que dá origem ao "mundo" poligonal.


⍟ Fonte: Robert Lawlor, Geometria Sagrada (1982).


GLOSSÁRIO DO REAA - Cadmo Soares Gomes







Para minha honra, também esteve presente na palestra de ontem o eminente intelectual irmão Cadmo Soares Gomes, da Academia Maçônica de Letras do Distrito Federal, que me presenteou com um exemplar de sua obra ''Glossário do REAA".

O irmão Cadmo é natural do Maranhão, mas reside há mais de três décadas em Brasília onde prestou serviços na área de Assuntos Internacionais do Ministério do Planejamento.  Advogado e linguista também exerceu o magistério como professor de Direito Internacional.

Pesquisador de temas maçônicos, este seu livro, traz extensas pesquisas sobre cada uma palavras-chave do Rito Escocês Antigo e Aceito, propiciando um notável mergulho em todo o simbolismo deste notável rito maçônico.

Ao autor e à ARLS 20 de setembro n. 4346 minha gratidão. 


PALESTRA NA ARLS 20 DE SETEMBRO N. 4346 - BRASÍLIA



 

Em movimentada sessão realizada na noite de ontem, 23 de maio, para a ARLS 20 de setembro n. 4346 no belo templo da Loja Primaz de Brasília, a ARLS Estrela de Brasília, tive a oportunidade de realizar a palestra "As regras da Cabalá para ser feliz, interpretadas e aplicadas em português".

Sob a direção do simpático Venerável Mestre, irmão Fernando Pereira Viana, foram homenageadas as mães, cujo dia transcorreu neste mês de maio. Inclusive estavam presentes a mãe do VM e também a minha sogra, mãe da Alice, que aparece em primeiro plano na foto, de blusa rosa.

A Loja estava lotada de irmãos e visitantes e como sempre todos ficaram emocionados com as histórias da palestra que foi aplaudida em pé.

Ao final um delicioso jantar foi oferecido a todos os convidados. Agradeço ao VM e aos irmãos da Loja pelo convite e pela gentil recepção.

Na foto acima apareço recebendo o diploma do Venerável Mestre Fernando Viana e ao lado o irmão Renaldo Macedo, que nos conduziu de Taguatinga até Brasília e se lembrava de minha palestra de há 21 anos e de outras, que realizei em diversas Lojas da Capital Federal.

ALEISTER CROWLEY


Edward Alexander Crowley, ou melhor, Aleister Crowley, nascido em Lemington, Inglaterra, em 12 de outubro de 1875, falecido em Netherwood, Hastings, em 1 de dezembro de 1947, se não foi um dos maiores ocultistas do Século XX, foi pelo menos um dos mais controvertidos.

 Família puritana, foi criado na seita dos Irmãos de Plymouth. Desde cedo combateu o cristianismo, e em 1898 iniciou-se na Golden Dawn (Ordem Hermética da Aurora Dourada) que teria uma grande influência na sua vida e na sua obra, assim como na de seu secretário e discípulo Israel Regardie.

Com a morte da mãe, Crowley recebe como herança 40.000 Libras. Dinheiro que financiaria as aventuras de sua vida e quando o dinheiro se extinguiu, Crowley utilizou o dinheiro de diversos benfeitores, entre amigos, discípulos e amantes, que sustentariam seu luxo e suas excentricidades.

A Golden Dawn foi, em muitos aspectos, principal (e talvez o único) ramo do Rosacrucianismo nos últimos 15 anos do Século XIX. Foi fundada por quatro membros da S.R.I.A. (Societas Rosicruciana in Anglia) - S.L.Mac Gregor Mathers, W.W.Westcott, Woodman e Woodford, segundo manuscritos vindos da Alemanha, fornecidos por uma tal Ana Sprengel. Desenvolveu-se em seu seio estudos aprofundados de Tarot e de Qabalah, assim como de Magia.

A espinha dorsal da Golden Dawn era formada pelos ensinamentos mágicos herdados da Idade Média, Eliphas Levi, Francis Barret e John Dee, entre outros, além da mente brilhante de Mac Gregor Mathers que montou e organizou todos os rituais e graus da Ordem, chefiando-a inicialmente com os outros 3, e mais tarde sozinho, até a dissolução da Ordem em 1900.

Mesmo após sua saída da Golden Dawn, Crowley continuou divulgar os conhecimentos que lá aprendera, seja na Astrum Argentum, ou na O.T.O., ou mesmo nos volumes do Equinox.

Ao entrar na Golden Dawn, Crowley foi apadrinhado e instruído por Alan Bennet (Frater Iehi Aour). Assumiu o nome de Frater Perdurabo (Perdurável) e tornou-se amigo íntimo de Mac Gregor Mathers, a tal ponto que trocou seu nome pelo de Aleister Mac Gregor, querendo com isso indicar um possível laço familiar. Junto com Mathers combateu a W.Yeats, que pretendia (e mais tarde conseguiu) dividir o comando da Golden Dawn e assumir o Templo de Ísis Urânia, o principal de Londres.

A habilidade de Crowley para a magia e o ocultismo eram tais que em 1 ano, ele já dominara todos os chamados Graus Externos da Golden Dawn, causando inveja de outros membros, que recusavam-se a lhe aceitar nos Graus Internos da Ordem. O artifício de mudar o nome para Aleister Mac Gregor foi também um meio de franquear-lhe as portas para esses graus.

Em 1905 porém Crowley e Mathers se separaram de um modo não muito amigável. 

Em 1904, enquanto viajava pelo Egito com sua esposa (Rose Kelly), que tinha o dom da vidência, passam 3 dias (8,9 e 10 de abril de 1904), ela ditando, e ele escrevendo, o seu evangelho, ditado pelo espírito de Aiwas (Segundo Crowley, ministro de Hoor-paar-Kraat ou Harpócrates pelos Gregos) conhecido pelo nome de "O Livro da Lei". Este livro anunciava o inicio de uma nova era, ou aeon, regida por Hórus, a divindade egípcia da cabeça de falcão.

Desde 1904, este Novo Aeon de Hórus tem gradualmente suplantado o aeon passado, de Osíris. A humanidade se desenvolve a medida que sua fórmula mágica evolui, e O Livro da Lei introduziu a nova fórmula e simbolismo que continuarão a estimular a evolução por milhares de anos. Esta nova fórmula permeia o simbolismo do Tarot de Thoth, assim como o do seu texto companheiro, O Livro de Thoth.

Ainda em 1905, Crowley fundou a A:. A:. (Astrum Argentum), Ordem ocultista que segue os moldes da Golden Dawn, embora sem o mesmo sucesso.

A primeira menção feita ao Livro foi apenas em 1927 e sua primeira publicação em 1938, e os detratores de Crowley se utilizam deste argumento para dizer que ele buscava dar a obra uma antiguidade que não era real. Porém, a introdução original do Livro da Lei é assinada por O.M. e leva o selo da Golden Dawn (Aurora Dourada) e a firma ali corresponde a de Mac Gregor Mathers e nesta época Crowley ainda mantinha relações afins com a Ordem.

Em 1912 foi convidado por Teodore Reuss, Grão Mestre da O.T.O. (Ordo Templi Orientis) desde 1905. A idéia inicial era que Crowley organizasse os Graus Superiores da Ordem e liderasse a Região da Irlanda, Iona e as Ilhas 

Britânicas. Crowley aceitou de bom grado, uma vez que a Astrum Argentum tinha poucos membros e a O.T.O. já possuía uma fama internacional, o que lhe permitiria atingir um número muito maior de pessoas com seu "evangelho da vontade e do amor". Permaneceu na O.T.O. até 1921, quando houve uma ruptura na O.T.O., causada pela influência do Tantra Yoga (ou Magia Sexual) no 9º Grau da Ordem, que agradava a uns e desagradava a outros.

Entre 1938 e 1943, Crowley uniu-se a Lady Frieda Harris para corrigir e atualizar o Tarot Medieval. O trabalho que inicialmente deveria durar 3 meses, acabou se estendendo por 5 anos.

A primeira edição do Tarot de Crowley foi feita por Carr Collins e a sua Fundação do Santo Graal, apenas em preto e branco. Em 1969 um editor de livros de ocultismo lançaria a primeira edição em cores, mas de péssima qualidade. Apenas em 1979 é que o Tarot foi publicado com o padrão de qualidade requerido para um trabalho desta natureza.

Crowley Faleceu em 1-12-1947, pobre e doente, enfraquecido por seus excessos com a bebida e drogas. 

Chamado pela imprensa de o Homem Mais Perverso do Mundo, deixou a todos os seus inimigos e admiradores uma obra de imenso valor, senão pelo conhecimento, talvez pelo esforço, de um homem que dedicou sua vida inteira ao estudo do oculto e da Magia. Crowley assumiu ao longo de sua vida, uma enorme quantidade de nomes e títulos que atribuía a si mesmo. 

Seguem abaixo alguns dos principais nomes por ele utilizados:

a.. Conde Vladimir Svareff

b.. Master Therion

c.. Príncipe Chioa Khan

d.. Baphomet

e.. Frater Perdurabo

f.. Aleister Crowley

g.. Aleister Mac Gregor

h.. Lorde Boleskini Algumas Frases de Crowley:

"Cada carta é, em determinado sentido, um ser vivo, e suas relações com as vizinhas são o que poderia-se chamar de diplomáticas. Ao estudante cabe a tarefa de incorporar estas pedras vivas a seu templo vivente." - O Livro de  Toth

"A Magia é a Arte ou a Ciência de causar mudanças com a Força de Vontade" - O Livro de Toth

" Há de se considerar a popularidade pueril do cinema, o rádio e os prognósticos esportivos; as competências da adivinhação e todas as invenções; úteis apenas para satisfazer aos caprichos de algumas crianças mal-criadas que carecem de vontade, de sentido e de propósito." - O Livro da Lei

"Invoca-me sob as estrelas! O Amor é a Lei, o Amor antes do querer. Que nem os tontos equivoquem o Amor, porque há amor e Amor, existem a pomba e a serpente. Escolha Bem!..." - O Livro da Lei

"A Lei é feita da tua vontade. A Lei é a do Amor, o amor sob tua vontade, não há mais a Lei; faça a tua Vontade" - O Livro da Lei

"...A caligrafia do Livro deve ser firme, clara e bela. Na fumaça do incenso é difícil ler os conjuros. E enquanto tenta ler as palavras por entre a fumaça, ele desaparecerá, e terás de escrever aquela terrível palavra: Fracasso.

Mas não existe nem uma só folha do livro na qual não apareça esta palavra; mas enquanto é seguida por uma nova afirmação, ainda nem tudo está perdido, já que desta maneira no Livro a palavra Fracasso perde toda a sua importância, da mesma maneira que a palavra Êxito não deve ser empregada jamais, porque esta é a última palavra que deve-se escrever no livro, e é seguida por um ponto.

Este ponto não se deve escrever em nenhum outro lugar do Livro; porque o escrever neste Livro segue eternamente; não há forma de encerrar este diário até que haja alcançado a meta. Que cada página deste Livro esteja repleta de música, porque é um Livro de Encantamentos!".

Fonte: Magi (K)

QUAL O CORRETO - BOAZ OU BOOZ? - Pedro Juk


Em 17.11.2021 o Respeitável Irmão João Cesar Monteiro dos Santos, Loja Colunas em Progresso, 2.618, REAA, GOB-SP, Oriente de Guaratinguetá, Estado de São Paulo, apresenta a dúvida seguinte: BOOZ ou BOAZ - Face a discussão que ora se opera em minha Loja, solicito esclarecimento para o correto uso de BOAZ ou BOOZ.

COMENTÁRIOS:

Em um breve comentário, destaco aqui que a explicação mais aceita é a de que a palavra correta é BOAZ, pois etimologicamente, na língua hebraica BOOZ (com vogais dobradas) não existe. Basicamente parece que este foi um erro haurido da versão bíblica latina (a Vulgata) onde o tradutor, São Jerônimo equivocadamente trocou a grafia BOAZ por BOOZ, o que resultou numa corruptela linguística.

A outra versão bíblica, a Septuaginta, que fora traduzida do hebraico para o grego na intenção de atender aos judeus helenistas, traz a palavra certa, BOAZ.

É muito provável que essa corrupção linguística tenha sido adotada na Maçonaria Brasileira devido a utilização da Vulgata, versão bíblica latina.

Na Vulgata a corruptela linguística BOOZ fora mantida, segundo a Igreja, em respeito ao tradutor São Jerônimo. Como a Maçonaria Brasileira é filha espiritual da França, portanto latina, o equívoco acabou se consagrando devido à utilização da Vulgata, sobretudo naqueles ritos que nasceram em solo francês.

Nos países de língua anglo-saxônica, contudo, a versão bíblica utilizada tem sido geralmente a versão “Dos Setenta”, ou “Septuaginta”. Graças a isso é que a vertente anglo-saxônica de Maçonaria utiliza a palavra original, ou seja, BOAZ, como é o caso do Craft, por exemplo.

Por fim, vale mencionar que em se tratando da Maçonaria Brasileira, muitos rituais trazem apenas a letra inicial B∴, nesse caso a utilização correta da palavra depende ainda dos costumes e das instruções, o que acaba trazendo muitas vezes a duplicidade de aceitação.



maio 23, 2024

O CONCEITO DE ÉTICA


 

A FILOSOFIA DEÍSTA - Ney Gonçalves de Oliveira e Almir Sant’Anna Cruz



Muitas pessoas são Deístas sem o saberem. Veja aqui se você também é um Deísta.

O Deísmo se opõe tanto ao Teísmo das religiões denominacionais quanto ao Ateísmo.

As raízes do Deísmo estão ligadas aos antigos filósofos gregos e sobretudo à filosofia aristotélica. 

Mais tarde o movimento floresceu durante o Iluminismo, com o apoio de cientistas italianos e britânicos como Galileu Galilei e  Isaac Newton. 

Na época do Iluminismo, no final do século XVII, o Deísmo atingiu o seu apogeu. 

O mais famoso Deísta francês foi  Voltaire. 

Com a imigração de Deístas ingleses e a difusão das ideias iluministas, o Deísmo se popularizou nos Estados Unidos e a independência americana foi fomentada por personalidades de filosofia Deísta, tais como Benjamin Franklin, Thomas Jefferson, George Washington, entre outros. 

Os princípios Deístas tiveram efeito sobre as estruturas política e religiosa dos Estados Unidos, tais como a separação entre Igreja e Estado e a liberdade religiosa.

Modernamente vários fatores contribuíram para um certo declínio da crença Deísta, sobretudo com o surgimento de filosofias Ateístas e a propaganda de clérigos cristãos equiparando de má-fé o Deísmo ao Ateísmo.

O Deísmo é uma postura filosófica oposta tanto ao Ateísmo quanto ao Teísmo. Admite a existência de um Deus Criador, mas não interferente - como apregoam as religiões - nos assuntos naturais e humanos, que são regidos por leis naturais e científicas e pelas ações ou inações do Homem. 

Os Deístas também não acreditam que as religiões possam estar certas quanto a se dizerem conhecedoras da Palavra de Deus, ou da maneira como Deus quer que nós ajamos moralmente. 

O Alcorão, a Bíblia e outros textos ditos divinos, foram escritos por Homens e não há como se comprovar que são a palavra de Deus. 

A crença nessas ditas Escrituras Sagradas é de natureza metafísica, não requerendo comprovação, como se dá nas verdades científicas.

Portanto, para o Deísmo, as religiões são apenas invenções humanas, entre si competitivas de enunciar a “verdade divina”.

O Deísta acredita que a própria estrutura do universo, tão complexa como é, prova que existe um Deus Criador, que tanto pode ser um Ser transcendental criador das coisas, como pode ser uma força completamente científica, não pensante, não sobrenatural, que gera e mantém o universo.

O Deísmo analisa a existência de Deus através da Razão, em lugar dos elementos comuns das religiões Teístas, tais como a tradição, a "revelação divina" e os dogmas, que são crenças sem comprovação científica. 

Os Deístas geralmente questionam as religiões denominacionais e seus deuses ditos "revelados", argumentando que Deus é o Criador do universo, mas que não intervém nos afazeres do mesmo, embora esta posição não seja estritamente parte da filosofia Deísta. 

Para os Deístas, Deus se revela através da ciência e das leis da natureza. 

Os Deístas não necessariamente descreem de milagres. Podem ser fenômenos completamente naturais com causas puramente científicas, para os quais a ciência ainda não encontrou explicações, mas que no futuro vai encontrar, como aliás já encontrou para alguns desses ditos milagres. 

Quanto a questões metafísicas, como a existência ou não de vida após a morte, cada Deísta é livre para formar a sua opinião sobre isso. Podem crer, encontrando para si mesmo alguma explicação científica; não crer, por não encontrarem para si uma explicação científica; ou podem não ter opinião sobre tal assunto, considerando que não dá para saber ou que ainda não foram encontradas provas científicas que comprovassem ou desmentissem essa ideia.

Para o Deísmo não existem anjos ou demônios. Anjos e principalmente demônios são apenas fraquezas da mente humana que podem ser vencidas pelo raciocínio lógico. 

Deístas não acreditam num Deus que castigue ou premie as pessoas pelos seus atos, acreditando que cada um é responsável pelas atitudes que toma e suas consequências. 

O mais próximo da ideia de um Deus interferente em que um Deísta pode acreditar é a ideia de uma “providência geral” como Voltaire disse certa vez a uma senhora: “Minha senhora, acredito em uma providência geral, mas não numa providência particular que salvou o seu pássaro que estava machucado”. 

Quanto à oração, que a grande maioria dos Deístas não acredita em sua eficácia e, portanto, não oram, os Deístas que oram o fazem por agradecimento a Deus por tudo, e para que a já mencionada “providência geral”, na qual nem todos os Deístas acreditam, continue e proteja o transcorrer natural das coisas.

Além dos já citados Isaac Newton, Voltaire, Benjamin Franklin, Thomas Jefferson e George Washington, muitos outros afamados eram de filosofia Deísta e a própria concepção de Deus, o Grande Arquiteto do Universo, é uma visão Deísta, ou seja, é um "ser" neutro, indefinido e aberto a toda compreensão possível.

Do livro *Deus, Criador ou Criatura? Do Big Bang ao Pensamento Humano*

Autores Ney Gonçalves de Oliveira e Irm.’. Almir Sant’Anna Cruz

VOU ACHAR O SEU AVENTAL...



Um grupo de 40 membros de uma loja, participou de um encontro e, de repente, ainda na sala dos passos perdidos, o venerável começou a recolher os aventais de todos.

Em seguida, todos os aventais foram colocados no átrio. O venerável pede a todos que entrem no átrio e localizem cada um o seu avental em que em menos de 5 minutos.

Todos correram para o átrio e freneticamente começaram a procurar por seu avental.

Os irmãos empurravam-se e pisavam-se em desordem total.

Após 5 minutos e ainda mais, ninguém conseguiu encontrar seu avental.

Então o venerável disse:

"Agora deixe todo mundo pegar aleatoriamente um avental e entregá-lo à pessoa cujo nome está escrito nele."

Em alguns minutos, cada um recebeu o seu avental.

O Venerável, então disse: "O que fizemos é exatamente o que está acontecendo em nossas vidas, todo mundo está procurando desesperadamente por sua própria felicidade ao redor, sem se preocupar com a felicidade do outro"

E por isso digo, que se você ajudar o outro a encontrar sua felicidade, também terá felicidade em sua vida. E essa é a missão dos homens na Terra!

Aprenda a colocar um sorriso no rosto de alguém, e você também terá um sorriso, no momento.

Que ninguém mais procure por seu próprio interesse;

Que cada um de vocês, em vez de considerarem seus próprios interesses, também considerem os interesses do outro.

(Desconheço autor)

O LEGADO DA CRISE GAÚCHA - Alex Winetzki

 

Os papéis ocupados pelos atores públicos e privados nos eventos climáticos do RS, e como a tecnologia pode ser relevante no que vem a seguir

Toda catástrofe tem um ciclo similar, que assistimos se desenrolar lentamente, com clareza e força suficientes para ficar na memória de todos nós para sempre.

Assim que o desastre nos atingiu, reagimos, como sociedade, com uma energia quase tão grande quanto as águas dos rios que nos alcançaram. Cada par de mãos disponível se moveu em direção ao resgate e salvamento dos muitos milhares de afetados, num processo que se auto-organizava e regulava a cada hora de nosso ciclo de trabalho sem fim.

Grupos individuais tentavam, aprendiam, se comunicavam e faziam melhor em seguida. Foram criados portos, zonas de recepção e contenção, abrigos, áreas de alimentação e suporte de voluntários, cozinhas improvisadas para criar marmitas, centrais de distribuição grandes e pequenas, aplicativos para facilitar quase tudo, enfermarias de campanha e redes logísticas que atravessavam, sabe Deus como, estradas que não existiam mais.

Eu vi tantas coisas inesperadas, eficientes, funcionais, tantas ideias brilhantes, tanta boa vontade e energia, que me vem lágrimas aos olhos cada vez que começo a pensar nelas. Mas vou escrever sobre isso num artigo apropriado, em breve.

Ao resgate se seguiu uma preocupação, ainda presente, com o  conforto e abrigo dos centenas de milhares de refugiados climáticos. Mas principalmente com os 80 mil gaúchos ainda em abrigos. Sabemos que muitos deles voltarão a suas casas em breve, mas outros não terão para onde voltar.

Conforme as águas baixam, lições vão ficando mais claras. A primeira que quero discutir são os papéis executados pelos cidadãos e Estado. Ambos essenciais, mas com velocidades e modelos distintos, que se apresentaram naturalmente.

Como eu escrevi em outros textos, a sociedade civil reagiu aos eventos climáticos com energia, generosidade, criatividade e união. Se apenas um ano atrás a população estava partida ao meio por uma linha ideológica artificial, essa divisão foi borrada, desapareceu quase que completamente, no enfrentamento da tragédia.

Nas centenas de barcos civis e jet skis que tomaram o Guaíba e seus afluentes da inundação, só se pensava em resgatar quaisquer vidas que estivessem sob risco. Nos abrigos montados em poucos dias, as toneladas de itens que não paravam de chegar serviam a todos, num processo generoso e caótico.

Não que não existisse organização. Alguns abrigos se tornaram rapidamente exemplos de serviço dentro de uma realidade de dificuldade quase impossível. Mas as iniciativas eram sempre pontuais, particulares, alicerçadas na ânsia de ajudar, de ser útil.

Muita energia se gastou resolvendo os mesmos problemas inúmeras vezes. Porque ninguém realmente conseguia enxergar além da realidade dura do dia de hoje ou amanhã.

No que cabia ao governo, ele respondeu rapidamente a nível municipal e estadual, com as forças federais chegando depois, no papel de resolver problemas de infraestrutura inalcançáveis à população,  deslocar recursos emergenciais,  organizar a energia civil e trazer resiliência às ações. Porque há um conjunto de limites às forças do voluntariado. De tempo, de recursos, de conhecimento.

Manter um abrigo por uma semana é um gesto de amor. Por duas, de determinação. Por mais tempo que isso é quase impossível sem ajuda efetiva do Estado. E é nesse período que estamos agora.

De passagem de conhecimento, de atividades, de responsabilidades, do setor privado para o setor público. Que também aprendeu na prática. E que também não estava adequadamente preparado.

O papel de ambos os setores teria sido mais simples desde o começo se tivéssemos modelos de ação, papéis e responsabilidades mais claros. Se tivéssemos uma coordenação melhor estabelecida.

Eu sou um especialista em catástrofes com 17 dias de experiência hoje. Tudo o que aprendi foi em campo. Até descobrir que existem órgãos globais, como a UNDRR, que provém modelos e manuais extensos, detalhados, sobre como prevenir e lidar com eventos adversos, naturais ou não. Em muitas línguas, inclusive português. Pena que descobri isso alguns dias depois do que precisava.

Da mesma maneira, parece lógico hoje que a tecnologia poderia ter sido muito mais útil do que foi. Colhendo dados, organizando, conectando e suprindo informação. É um tema a que necessariamente voltaremos, até porque boa parte das iniciativas criadas nesta crise poderão ficar de legado e experiência para o Brasil.

Não queremos que o que se passou aqui se repita em lugar nenhum. O fato é que novos eventos climáticos extremos são inevitáveis. A catástrofe no Rio Grande do Sul nos ensinou o suficiente para fazermos melhor da próxima vez.

maio 22, 2024

ZÉ RODRIX...15 ANOS - Adilson Zotovici



Já passados quinze anos

Vivo no imaginário

Como um rico relicário

Seus legados cotidianos  


Qual cumpriu nosso ternário

Com seus trabalhos ufanos 

Seguiu passos soberanos

Em compasso seu ideário 


Com poesia aos desenganos

Músico, publicitário...

Como amigo, um milionário 

Com alegria os seus planos 


No Oriente eterno seu plenário

Alma de Luz entre humanos 

Compartilhando os arcanos

Um Livre pedreiro lendário


Deixou aqui entre os decanos 

Seu espírito humanitário 

Que cada igual solidário 

E saudosos...todos seus manos !