julho 21, 2024

FALAR PELA MAÇONARIA - Adilson Zotovici



Não tenhamos ousadia

Peculiar lida incansável

Não salutar, equivocável

Falar “pela maçonaria” !


Nosso labor consagrável

É maço e cinzel à porfia

E tornar em cantaria

A bruta pedra viável


Propagar com eutimia

A boa obra notável

À humanidade sua guia


Falar por ela, incontestável

Só quem tem soberania

O “Grão Mestre”, o responsável !



julho 20, 2024

DIA INTERNACIONAL DO AMIGO - Joab Nascimento


Amigo é pra acudir outro

Assim diz velho ditado

Amigo cuida do amigo

Ele fica preocupado

Faz tudo para ajudar

Não importa hora e lugar

Ele está sempre do lado


Amigo não é aquele

Que vive a lhe bajular

Transitando com fofoca

Em tudo quer opinar

Quando há necessidade

Apressa a velocidade

De você quer se afastar


Até mesmo tão distante

Um amigo está presente

Distante apenas de corpo

Mas unidos pela mente

Sem mentira ou falsidade

O que impera é a verdade

Lealdade consciente


O amigo está presente

Na alegria e na tristeza

É muro instransponível

Uma grande fortaleza

Sempre fiel protetor

Tem função de genitor

Nele você tem certeza


Um amigo não tem sexo

Classificação, nem cor,

Um amigo é espontâneo,

Não faz nada, por favor,

Ele faz qualquer negócio,

Pra afastar o tédio e ócio,

Amigo só dá amor.


Amigo tem cinco letras,

Como os dedos d'uma mão,

Um amigo é coisa rara,

Em qualquer ocasião,

Um irmão mais que perfeito,

Amigo é preso no peito,

Como veia do coração.





IRMÃO, AMIGO - Adilson Zotovici


Neste dia do amigo, uma homenagem do maior poeta da Maçonaria brasileira


Tenho em  ti  porto seguro 

Para em  tempestade  ancorar

Um  forte  e  aprumado muro

Na  dificuldade  escorar 


Como tal  sou  teu abrigo

Recíproco  e  verdadeiro

Tal  grafado  em  rito antigo,

Se  mister, fiel  guerreiro 


Ontem, hoje  e  no  futuro

Em  cada momento de  orar

Vereda  de  Luz  te  auguro 


Quero  obrar sempre  contigo

Hábil  e  livre pedreiro,

Dileto irmão, caro amigo 


MAÇONARIA: TEMPO x EXPERIÊNCIA


Já dizia Einstein que o tempo é relativo.

Isso não se aplica apenas à ciência, mas na vida também. 

E sendo o tempo relativo, não é indício de experiência, pois enquanto o tempo é relativo, a experiência é absoluta.

A dependência entre o tempo e a experiência é de que o tempo não garante experiência, enquanto que para se ganhar experiência precisa-se de tempo.

Isso porque a experiência depende de atividades, trabalhos, esforços e esses gastam tempo para serem realizados.

A verdade é que você pode ver os anos se passarem e não ganhar experiência alguma, ou pode agir e ganhar experiência a cada dia.

Na Maçonaria isso não é diferente. 

Você pode ter 40 anos de Maçonaria e não ter experiência alguma.

Basta você não visitar outras Lojas, não conhecer outros Ritos, não visitar Obediências amigas, não participar dos mais diversos eventos maçônicos, não ingressar nos Altos Graus, não ler e estudar. 

Você terá muito tempo de Maçonaria, mas não terá experiência alguma além daquela obtida em sua própria Loja, se é que você participa bem e dedicadamente aos trabalhos dela. 

Em contrapartida, a realização de tais atividades é diretamente proporcional à experiência maçônica, o que significa que um maçom atuante, participativo e estudioso, com o passar dos anos, poderá acumular bagagem o bastante para ser uma boa referência em seu meio e colaborar para o desenvolvimento de seus irmãos.

Em outras palavras, tempo está relacionado a sobreviver, enquanto que experiência está relacionada a viver.

*Se você viver a Maçonaria, você ganhará experiência e se você apenas sobreviver na Maçonaria, apenas acumulará tempo.*

É uma questão de escolha e de vontade. 

Tempo só é sinal de experiência quando bem aproveitado. 

Então faça a escolha certa e aproveite o tempo e assim você viverá experiências maravilhosas na Maçonaria.

Fonte: No Esquadro.

A SAUDADE DO IRMÃO - Roberto Ribeiro Reis



A saudade

Do Irmão que se ausenta

Deixa nossa alma sedenta

E o coração invade;

Não é tarde!

A vida se apresenta

Como a paz que se assenta

Sem causar o alarde.


O tríplice abraço,

A prazerosa companhia

Do Irmão que é harmonia

E que nos atrai ao compasso;

Seu carisma é o laço,

Que nos envolve em alegria,

Tem um quê de euforia

Que nos deixa inteiraço.


Todo irmão nos faz falta,

E essa ausência só exalta

O quanto ele é importante;

Todo obreiro é joia inconteste,

Estrela da abóbada celeste,

É ouro, safira e diamante.


Não quero viver de déu-em-déu,

Quero me perder na beleza do céu,

Certo da efemeridade da vida;

Seja abaixo do sólio ou sob o dossel,

Quero descortinar todo esse véu

Que me revelará o sentido da partida.

julho 19, 2024

MAÇONS SÃO SERES HUMANOS!!!



E como tal, devem se comportar!

Se, seres humanos, Somos passíveis de falha.

Buscadores de Conhecimento como todos os seres humanos.

Sujeitos a acertos e erros como qualquer ser humano.

Porém, o que em um não iniciado é uma qualidade rara, no Maçom dever ser o cumprimento de um Dever, sendo útil, sem jamais, tirar proveito.

Os que usam de dissimulação para entrar na Ordem, renegando propósitos como: obter proveitos e vantagens, para serem admitidos, se decepcionarão quando perceberem que a Maçonaria consiste em estudar, ler, elaborar trabalhos, auxiliar os necessitados, mudar as condutas inadequadas, tornando-se mais virtuoso.

Um dos Bons Mestres com quem tive a satisfação de conviver (já partiu para o Oriente Eterno), disse, certa vez:

- A Maçonaria é a única escola que concede um grau antes de ministrar as lições. E isso, faz com que, grande parte dos iniciados, não entende a diferença entre receber o Grau e concluir o Grau.

Só podemos nos considerar aptos ao final de cada ciclo.

Além de checarmos quantas lições foram ministradas e respondidas, no tempo transcorrido, seria indispensável avaliar que transformações aconteceram no modo de proceder dos irmãos.

São elementos de concórdia?

Demonstram com suas ações que entendem que líderes jamais impõe sua vontade?

São tolerantes e tem clara noção dos seus próprios limites?

Dedicam-se ao estudo e a pesquisa com afinco?

Possuem disciplina e perseverança para aprender e sabedoria para ensinar?

As belas palavras são condizentes com atitudes de mesmo valor?

Entende que mais do que proferir belos discursos é preciso saber quando, se, o que e como falar; sendo moderado com os menores, prudente com os maiores, sincero com os iguais, manso com os que sofrem, sempre de acordo com os princípios da sã moral?

Conhece e aceita suas limitações e, dia após dia, trabalha no mármore para retirar as arestas, uma a uma, com cuidado para não estragar a obra?

Entende que liberdade ao extremo, se torna libertinagem; que ausência de liberdade, se transforma em escravidão e que, somente pode ser benéfica, a liberdade que se associa a responsabilidade?

E ainda, para que seja considerado apto a subir os degraus da escada:

Deve gozar a vida com moderação e sem ostentações.

Ter devoção à pátria e imenso amor à família, aos irmãos e à humanidade.

Precisa ter disposição indomável para combater sem tréguas o vício, a corrupção, o crime, a intolerância e, principalmente, as suas próprias ambições pessoais.

Ser misericordioso, filantropo, inclinado a compaixão e predisposto a empatia.

Respeitar o seu próximo, independente, de cor, posição social, credo ou idealismo político, bem como à natureza e aos animais.

Amparar e ouvir os seus Irmãos, guardando como segredo de confissão as suas fraquezas e enaltecendo, para todos, as suas virtudes.

Precisa gostar da filosofia maçônica, conhecer profundamente a sua liturgia e ritualística, combatendo o obscurantismo, a intolerância, o fanatismo, as superstições, os preconceitos, os erros, as más lendas e invencionices maçônicas.

Ter uma espiritualidade rica e pureza de sentimentos, que justifiquem a honra de revestir-se de aventais e receber títulos, cargos e graus, ciente de que *os paramentos devem adornar as virtudes e não, o corpo físico.* 

Do passado: ser versado em História da Maçonaria, saber suas origens, leis, usos e costumes; 

no presente: estar disposto a escrever novos capítulos, atuando como construtor social, objetivo primordial da Ordem, para colaborar com o progresso da humanidade.

E percebo que meu Mestre descobriu o Segredo, alcançando a Sabedoria.

 *O grande Segredo da Maçonaria é o processo interior que permite a transformação das trevas da ignorância em luz do conhecimento.* 

O grande Segredo da Maçonaria é que ela oferece a oportunidade para que um ser humano falho e com defeitos, possa aperfeiçoar seu caráter.

O grande Segredo da Maçonaria é que ela oferece as ferramentas e ensina como utilizá-las.

Agora meus amados irmãos, “O maior segredo da Maçonaria é que para elaborar uma obra quase perfeita é preciso trabalhar com afinco, paciência, perseverança, disciplina, no bloco informe e bruto que cada ser humano representa.

Simples assim!!!

Mas tornamos tal missão de difícil labor, pois somos a própria matéria prima a ser lapidada, e de maneira diária e continuadamente, pois :” SOMOS SERES HUMANOS, apesar de filhos de uma DIVINDADE  SUPERIOR, Nosso DEUS!!, e não estamos aqui por acaso!!

O trabalho é árduo, diuturno, construtivo.

A perfeição somente é alcançada, degrau por degrau!


Adaptado do Blog arte Real!

julho 18, 2024

MAÇONARIA – UMA DECEPÇÃO? - Paulo André

 

Essa é uma das frases que mais ouço, tanto em conversa com IIr, quanto em publicações, muitos IIr se dizem decepcionados, não com a ordem, todos acham que ela é perfeita, mas sim com seus membros

Vamos tentar decifrar esse enigma, em duas frentes:

Primeiro, na minha avaliação, decepção é a maior prova de imaturidade, até mesmo de infantilidade, quando nós a temos, por que?

Porque acontece quando o outro não faz a nossa vontade, quando o outro não nos obedece, isso! Nós temos a mania de acharmos que nosso ponto de vista é o único certo do mundo, ai vem o outro, e exerce esse diabo chamado livre-arbítrio, pronto! Como assim?

Lá vem nosso chilique, nossas mágoas e decepções, quando basta entender uma regra:

O pensar do próximo, ao próximo pertence!

Segundo, e talvez hoje seja uma das maiores senão a maior ameaça ao nosso processo de evolução:

A Maçonaria foi feita para mudar todo aquele que aqui adentrar, e não todo aquele que aqui adentrar querer mudar a Maçonaria

Nossa vinda para esse planeta, tem como objetivo principal, talvez único, consertar nossos erros e defeitos, entramos na ordem, para aprender a fazer isso

Não viemos aqui enviados como Avatares para mudar os outros, não é vencer as paixões do próximo, muito menos submeter a vontade alheia

Quando  falamos que estamos decepcionados com o próximo, já paramos para pensar que o próximo também pode estar decepcionado com a gente?

Tenho me policiado, minha opinião, é apenas minha opinião, não é a verdade final anunciada, e o outro tem todo direito de pensar diferente

É hora de focar em corrigir os meus defeitos

E não ficar ofendido quando discordam


ESTRELAS NA MAÇONARIA - PORQUE É QUE DEVEMOS OLHAR PARA CIMA?


Lembra-te de olhar para cima, para as estrelas, e não para baixo, para os teus pés. Tenta dar sentido ao que vês e interroga-te sobre o que faz o universo existir. 

Sê curioso“. (Steven Hawking) 


Durante inúmeras gerações, a humanidade contemplou o abismo celestial com admiração. 

Olhar para o céu noturno dá-nos um vislumbre do Universo para além das nossas preocupações terrestres. 

Na Maçonaria, alguns dos momentos mais sublimes dos nossos rituais ocorrem quando nos é pedido que olhemos para cima. 

Todo o espaço da Loja é simbolicamente colocado sob um dossel celestial. 

Porquê? 

Talvez uma das razões seja que, quando olhamos para cima, somos conduzidos à obra do Grande Arquiteto. 

Apercebemo-nos de como uma estrela longínqua pode, de alguma forma, ligar-nos Àquele que a criou. 

Exploremos, então, a relação entre a Maçonaria e as Estrelas.

A Filosofia das Estrelas

“Saiba que o filósofo tem poder sobre as estrelas, e não as estrelas sobre ele“. (Paracelso) 

Na antiguidade, os filósofos abordavam a relação entre os astros e os seres humanos de diferentes perspectivas, mas todos reconheciam uma certa ligação ou influência entre os reinos celeste e terrestre.

Platão, o antigo filósofo grego, acreditava numa harmonia cósmica e que os corpos celestes exerciam uma influência nos assuntos terrenos, moldando os destinos humanos e refletindo a ordem e a beleza do cosmos.

Plotino, um filósofo do Século III d.C., considerava as estrelas como emanações do Uno, a fonte divina suprema. 

Acreditava que as estrelas, enquanto seres celestes, possuíam um nível de ser e de inteligência superior ao dos humanos. 

No entanto, ele também enfatizava que a alma humana tinha o potencial de transcender as suas limitações terrenas e de se reunir com o divino através da contemplação e da ascensão filosófica.

Hermes Trismegisto ensinava que as estrelas estavam impregnadas de energias e inteligência divinas e transmitiam conhecimentos e influências espirituais à humanidade. 

As estrelas eram vistas como intermediárias entre os reinos divino e terreno.

É claro que estes primeiros pensadores cometeram alguns erros. 

Por exemplo, Ptolomeu, um astrónomo do Século II a.C., terminou o seu mundo no meio da China porque a sua percepção do Mediterrâneo estava errada em cerca de 30%. 

No entanto, os seus erros foram perdoados porque as suas observações dos céus celestes foram notavelmente registadas a olho nu.

Que símbolos maçónicos podem estar relacionados com algumas destas ideias filosóficas antigas?

A Estrela Flamejante na Loja Maçónica

Aqueles que tiveram a sorte de ver o interior de uma Loja Maçónica saberão com que proeminência a Estrela Flamejante é exibida. 

Apresenta-se logo após um Irmão entrar na Loja e começar a participar em rituais e trabalhos de grau.  

No Quadro de Traçado do 1º Grau de John Harris da Loja Maçónica, é ilustrada como uma estrela de sete pontas com o sol, a lua e as estrelas à sua volta. 

Embora cada uma das luminárias tenha significados importantes, a Estrela Flamejante supera todas elas, como o ápice da jornada de um irmão na Escada de Jacob. 

O sol, a lua e as estrelas são as “luzes menores”, ou luminárias subordinadas, através das quais a Luz sobrenatural da Estrela Flamejante é mediada.

É ensinado que a Estrela Flamejante é um símbolo da Deidade, da Omnipresença (o Criador está presente em todo o lado), Omnisciência (o Criador vê e sabe tudo) e Omnipotência (o Criador é todo poderoso). 

O erudito maçónico Irmão Albert Mackey escreveu que a Estrela Flamejante aparece de forma diferente em vários dos Graus do Rito Escocês, simbolizando a luz orientadora do Divino, que aponta o caminho da Veritas ou verdade. 

A lição é que, à medida que o Maçom se aperfeiçoa na busca da verdade, ele se torna como uma Estrela Flamejante, brilhando intensamente no meio da escuridão. 

Ao longo da sua jornada, ele recebe sempre a orientação de uma estrela, antes de se tornar ele próprio uma luz no mundo. 

A busca do “que se perdeu” não é apenas uma viagem para fora, para procurar a Divindade para além do horizonte, é uma viagem para dentro, para deixar a Luz iluminar o coração.

Uma das teorias mais intrigantes da Estrela Flamejante é encontrada em Morals and Dogma do Irmão Albert Pike, onde ele escreve: “Sirius ainda brilha nas nossas Lojas como a Estrela Flamejante”.

A Estrela Sirius e Anúbis

A Estrela Flamejante é um dos três ornamentos principais de uma Loja Maçónica, juntamente com o Pavimento em Mosaico e a Orla Dentada. 

De acordo com o Irmão Pike, ela foi originalmente identificada não só com Sirius, mas também com o deus egípcio com cabeça de chacal Anúbis, guardião e guia das almas. 

Ele disse: “A Estrela Flamejante nas nossas Lojas representa Sirius, Anúbis, ou Mercúrio, Guardião e Guia das Almas.”

Anúbis era o Deus egípcio do submundo que era o guia do falecido no estado de vida após a morte. 

Tem a cabeça de um chacal, com orelhas e focinho pontiagudos, com fortes indícios de que é de fato um cão. 

Foi encarregado de ajudar Hórus a cuidar da balança sobre a qual eram pesados os corações dos mortos, certificando-se de que a pesagem era justa. 

Neste simbolismo, sugere-se que a balança é a balança do karma.

Figuras como Anúbis, Thoth, Hermes e Mercúrio representam e simbolizam o conhecimento superior e as ferramentas de que a Humanidade necessitará para construir o seu Templo Espiritual. 

Pensava-se que o uso correto destas ferramentas, fazendo mais progressos nas artes e nas ciências, elevaria a humanidade para mais perto do estatuto dos Deuses.

Em termos simples, pode dizer-se que os egípcios associavam a natureza de Sirius e de Anúbis a doutrinas esotéricas fundamentais:

A realidade da Alma e as suas encarnações recorrentes

A centralidade do karma como fator determinante na vida do homem interior, e a relevância da influência celeste para a evolução da consciência humana.

O Irmão Pike professa que todos os ensinamentos e tradições de mistério da antiguidade clássica mostram sinais reveladores de origem na tradição iniciática egípcia e em Sirius. 

De facto, a escritora H. P. Blavatsky, na sua Secret Doctrine, chama a Sirius “o grande instrutor da humanidade”. 

“Se Sirius é, de fato, a Estrela Flamejante das nossas Lojas, tal génese dotará o núcleo espiritual interno da Maçonaria com a marca da sabedoria purificada."

Para terminar, explorar as estrelas e o dossel celestial da Loja acrescenta uma visão mais aprofundada sobre de onde vem um Maçom e para onde vai. 

Parece revelar uma mensagem de que existe uma filosofia perene, passando por uma vasta linhagem de iniciados. 

Estes ensinamentos testemunham sempre a presença de uma tradição de sabedoria que se mantém firme no centro da evolução deste planeta. 

Embora possamos não ser capazes de alguma vez saber, através das nossas mentes,    humanas, onde está o verdadeiro lar celestial da Maçonaria, vale a pena procurá-lo. 

E durante a viagem, devemos lembrar-nos de olhar para cima!


Fonte

https://bloguniversalfreemasonry.wordpress.com/Tradução de António Jorge, M∴ M∴

julho 10, 2024

NÃO GOSTA DA SUA LOJA? PROCURE OUTRA - Robert E. Jackson


...“Já tenho o suficiente. 

Terminou. 

Eu não posso acreditar que eles votaram desta forma. 

Eu trabalhei duramente para este projecto, mas a Loja não se parece importar. 

Eu me sinto tão interessado por este assunto, mas a Loja simplesmente não o irá apoiar“... 

Eu conversei com um irmão recentemente que declarou que em determinado momento tinha considerado demitir-se da Ordem. 

E eu que pensava que era o único! 

Não é preciso muito para se querer abandonar a participação em algo, especialmente quando se não tem muita capacidade de decisão.

Se estiver em desacordo com a sua Loja, fale com o seu Venerável Mestre. 

Certifique-se de que ele entende as suas preocupações. 

Ofereça soluções, porque acredite em mim, quando o Venerável Mestre ouve problemas, na maioria das vezes, não vai querer envolver-se nisso. 

Se não apresentar uma possível solução, as suas declarações podem ser recebidas como uma simples reclamação que é facilmente descartada. 

Uma solução proposta, no entanto, oferece um ponto de partida a partir do qual se pode construir algo.

Se sentir que o Venerável Mestre não o está a ouvir, certifique-se de que ele o perceba. 

Estas conversas são difíceis de se ter, mas a coragem é sempre necessária para que se possa progredir. 

Se ainda assim, continuar a sentir que não tem mais nada para construir neste seu edifício moral e Maçónico, então é hora de seguir em frente. 

Uma Loja que não ouve seus Obreiros não se sustenta sozinha... 

Mas não se demita, nem pare de pagar as suas quotas. 

*Mas também não continue a apoiar uma Loja se não tem mais afinidade e não acredita no seu rumo.*

Eu tenho a sorte de morar no estado de Massachusetts. 

Nós temos certamente os nossos problemas, mas na minha opinião (e as estatísticas assim mostram) a Maçonaria é forte dentro deste estado. 

Se eu ficar frustrado com a minha Loja, há uma dúzia (ou mais) a uma hora de carro, para eu ir visitar e ver se me sinto em casa.

Sim, é uma Loja e somos todos Irmãos, mas algumas vezes, tal qual nos seio da família, alguns irmãos não se dão bem... 😔 

Encontre um grupo onde se sinta bem-vindo, apreciado e amado. 

Um grupo onde tenha afinidades.

Um grupo que ouça suas súplicas... 🤝

Pode-se contra argumentar sobre sugerir que um Irmão encontre outra Loja, mas com toda a honestidade, se um Irmão não se sentir bem-vindo, apreciado ou amado na sua Loja, não ajuda a ninguém, fazê-lo continuar. 

Isto não significa que devam parar de construir. 

Existem outros recursos que podem certamente ser usados para ajudar.

As pessoas são diferentes e têm anseios e visões distintas. (nem todos torcem para o mesmo time, mesmo partido, mesma religião, etc...) 

Busque então sua integração onde lhe parecer melhor e deixe que o tempo cuide de quem tinha razão. 

O importante é se sentir amado e jamais trair sua consciência, *Seu Caráter*. 

"A Loja não é um problema, é *SOLUÇÃO*."


(Tradução de António Jorge) Comentado por Sidnei Godinho

julho 09, 2024

SÃO JOÃO É O PATRONO OU O PADROEIRO DA MAÇONARIA? - Almir Sant'Anna Cruz



Algumas Obediências Maçônicas nacionais denominam São João como sendo o Patrono e outras como o Padroeiro da Maçonaria.

O que seria o correto?

Em nossa língua pátria essas palavras são empregadas em duas distintas situações:

*PATRONO* quando se refere a uma pessoa qualquer, conhecida ou não 

Exemplos:

> Duque de Caxias: patrono da cidade de Duque de Caxias e do Exército 

> Hipólito José da Costa: patrono da imprensa

> Castor de Andrade: patrono do Bangu A.C.

> Sr. João: patrono do time da esquina.

*PADROEIRO* quando se refere a um Santo ou Santa.

Exemplos:

> N.S. Aparecida: padroeira do Brasil

> São Sebastião: padroeiro da cidade do Rio de Janeiro

> São João: padroeiro da cidade de São João de Meriti e da Maçonaria.

SETE ANOS E MAIS - Roberto Ribeiro Reis


Feito todo Mestre Maçom,

Experimentei o que é bom,

A Acácia me é conhecida;

Aprendi que viver é a sorte,

E que através da morte

Começa-se uma nova vida.


Que, aliás, bem atrevida

Não dá pistas sobre a partida,

Tratando-nos de simples mortais;

O vaidoso cai no fundo do poço,

Sua pele se desprende do osso,

Ainda que tenha sete anos e mais..


Ademais, quando vejo o caixão

Sinto de perto o que é solidão,

Distante de todos no esquife;

Sei que todo esse sofrimento

É para servir de ensinamento

Da sina do Mestre Hiram Abiff.


Não tenho noção de espaço e hora,

Meu corpo se apodrece, e agora

Eu já não sei mais o que faço;

Quero romper o vulgo da matéria,

E renascer sem a antiga miséria,

Tendo no espírito o bom compasso!

julho 08, 2024

QUAL É O MAIOR DOS VICIOS? - Sérgio Quirino Guimarães


Essa, certamente, é uma pergunta capiciosa, que poderia resultar em comentários diversos, a favor ou contra as manifestações. Sobretudo por conta destas duas palavras: "MAIOR" e "VICIOS".

"Maior" é um adjetivo que expressa superação de um sobre o outro, seja em número, grandeza ou intensidade. Do ponto de vista lexical, é uma realidade. Contudo, há as "realidades pessoais"; o que é muito/maior para uns, não o é para outros. Então, no ámbito maçõnico, a avaliação do que é maior passa pelo discernimento impessoal de avaliarmos quais situações/coisas têm superioridade, positiva ou negativamente, dentro de um contexto específico.

"Vicio", para além da nocividade humana que essa imperfeição pessoal provoca nas relações sociais, maçonicamente, devemos nos atentar àquilo que pode nos aviltar como Irmãos e Obreiros, conduzindo-nos pela estrada da maldade.

Pode parecer incoerência pensarmos que, como Iniciados na Arte Real, trabalhando sob Sacros Princípios do Livro da Lei e instruídos por Sãos Principios da Moral e da Razão, desviaremo-nos do bom caminho e nossa chegada será a um porto profano.

MAÇONARIA NÃO É UM VEÍCULO.

MAÇONARIA É UMA ESTRADA DEVIDAMENTE SINALIZADA. NÃO IMPORTANDO AS CURVAS, OS ACLIVES E OS DECLIVES.

NOSSA CONSCIÊNCIA É O "VOLANTE"; A VERDADE, O "FREIO"; E A JUSTIÇA, O "ACELERADOR".

A Maçonaria nos dá os conhecimentos necessários para aperfeiçoarmos NOSSAS OBRAS. Porém, precisamos, de tempos em tempos, avaliar como nos conduzimos como OBREIROS.

Ações sem critérios são velas sem pavios, que se tornam atos estéreis.

Mas e sobre a pergunta tema?

Salvo melhor juizo, o maior de todos os vícios é não ser virtuoso. Quando permitimos que nosso coração seja sede apenas de nossos desejos, jamais nossos atos terão equidade e retidão. Se deixarmos de observar nossa conduta e assumirmos traços e caráter caprichosos, agiremos com ostentação e preferências.

A virtuosidade não é o combate aos vicios. O estudo e a prática dos principios e dos valores morais e éticos, estes, sim, são as armas que, de modo consciente, temos e devemos usar, a partir do momento em que escolhemos seguir o caminho da Maçonaria, e não o do Vicio.

Nossa virtuosidade se manifesta na bondade das ações naturais. Nada premeditado. Ser e fazer o bem de forma espontânea, sem interesses próprios, pois nossa missão está em prol do outro: tornar feliz a Humanidade,

Cabe a cada um de nós, em sua Câmara de Reflexão Interior, indagar-se: qual é o meu maior vicio? Advindo dessa introspecção e da inexorável realidade de nossa condição humana, compete-nos dedicar nossa inteligência e nossos esforços, antes de combater o mal, a fazer o bem com Consciência, Verdade e Justiça.



TRAÇOS SOBRE A ANTROPOLOGIA MAÇÔNICA - Newton Agrella



O entendimento comum dá conta que a Antropologia é a ciência humana cuja missão é a de investigar as origens e as características do ser humano da maneira mais  ampla possível.

Seu vínculo com as ciências sociais visa entender a formação da humanidade, por seus múltiplos aspectos culturais, físicos, filosóficos, históricos, linguísticos, religiosos e sociais.

Especialmente no que concerne à Antropologia Maçônica cumpre destacar que a mesma ocupa-se de estudar e explorar a origem dos símbolos e seus vários significados dentro da tradição da Maçonaria.

A Antropologia Maçônica   propõe possibilidades de como a Sublime Ordem reúne condições de interagir com a sociedade nos mais  diversos aspectos que dizem respeito aos interesses humanos nos contextos culturais, comportamentais, sociais e mesmo nos contextos políticos sem incidir num viés partidário e proselitista.

A Antropologia Maçônica ainda analisa de que forma os Maçons interpretam símbolos com vários significados e  de que maneira estes símbolos atuam como códigos ou chaves para a compreender o mundo.

Somado a isto, aplicam-se descobertas antropológicas ao estudo da história da Maçonaria, tais como "símbolos antigos", bem como "símbolos encontrados na Arte e na Arquitetura nas mais diferentes culturas".

Relevante destacar o papel da Antropologia Maçônica, dentro do escopo das instituições filosóficas e iniciáticas.

Neste sentido cumpre ao Maçon seguir um código de comportamento ético, moral e social, cuja meta é o aprimoramento da consciência e a própria superação pessoal com o objetivo de melhorar a sociedade, atuando  como um vigoroso agente propulsor em prol da felicidade e do exercício inequívoco da fraternidade universal.

Há várias tendências em Antropologia, propostas pelas escolas filosóficas, que as classificam, resumindo-as, seguindo diversos critérios.

No caso da Antropologia Maçônica, a mesma tem como base a ideia de um Princípio Criador e Incriado do Universo - até mesmo como prova irrefutável de inteligência - como referência para se explicar a própria existência humana e tudo o que a cerca.

A Antropologia Maçônica pode ser identificada  como "secular" porque promove o estudo de um aspecto particular do homem, enfatizando o aprimoramento ético do mesmo, enquanto ainda considera outras qualidades que o caracterizam. 

Imperativo esclarecer que a  expressão "secular", neste caso, designa o processo de mudança pelo qual uma instituição  deixa de ser reconhecida pelo aspecto sagrado e divinal, apoiando-se sobretudo na pesquisa, na racionalidade, na investigação, no cultivo do intelecto e claro no processo especulativo na busca do Conhecimento e da Evolução.  

Tudo isto sem se deixar levar por dogmas estabelecidos que impedem o direito da liberdade de pensamento, da divergência e da contra argumentação.

A despeito de sua relevância e de inúmeras influências históricas e religiosas, que fazem parte de seu arquétipo estrutural  - trazidos desde a época da chamada Maçonaria Operativa - não se constitui em nenhum impeditivo que se reconheça que a Sublime Ordem foi criada pelo homem e para o seu próprio benefício - e isto por si só é uma base de sustentação para a sua configuração antropológica.

Em síntese, a Antropologia Maçônica consiste numa matéria complexa e instigante que tem como base uma uma perene tradição cultural e filosófica, cujo protagonismo histórico se estende até os nossos