agosto 03, 2024

A AMIZADE TEM O PODER DE RENOVAR A ALMA - Newton Agrella



Amizade não é ter amigos para concordar na íntegra, mas para revisar os rascunhos e duvidar da letra. 

É antes de tudo, independência, é respeito, é pedir uma opinião que não seja igual a sua, é abstrair uma experiência diferente.

Amizade envolve intempéries. Clima bom, clima ruim, momentos estáveis e instáveis.

E mesmo assim, atravessar o tempo sem se preocupar com o frio ou calor.

Amizade significa aceitação, bem como, colocar-se no lugar do outro e ter a percepção que mesmo tendo opiniões e conceitos distintos sobre as coisas, o respeito, a tolerância e a capacidade de absorver as diferenças é o que conta, é o que vale e é o que pesa.

Amizade pra valer, desconhece a indiferença, ela não se ausenta mesmo nas horas mais desagradáveis.  

Amizade não impõe onipresença, não se exige que a pessoa esteja sempre por perto, de plantão. 

Amizade não é dependência, condição proposta ou submissão.  

Amizade é transparência, é comungar presencialmente ou virtualmente em qualquer cenário da vida.

Amizade é virar a página sem esquecer do livro, e compartilhar a história, sem se preocupar com o epílogo.

Amizade dispensa formalidade,  carimbo ou protocolo.

Ela é o que sai da alma e obedece sem pestanejar o que manda o coração.



agosto 02, 2024

GRUPOS DE WHATSAPP - Newton Agrella



(tendências)

Inobstante o tamanho dos grupos de whatsapp, mas claro, sobretudo naqueles maiores, observe que não dá tempo  para respirar, tentar fazer um brainstorming das trocas incessantes de mensagens, sem que se possa ao menos absorver e aquilatar com clareza o conteúdo de cada uma delas.

E isso ocorre com quase  todos nós. 

No final das contas, se fizermos uma rigorosa depuração de todas as mensagens, vamos concluir que praticamente todos dissemos ou escrevemos quase que a mesma coisa, com diferentes palavras. 

Sejam nas nossas afirmações, sejam nas nossas negações ou sejam nas nossas triviais respostas.

O ritmo de chegadas e partidas chega a ser frenético e a necessidade de demarcar território é uma prova inequívoca de que precisamos deixar muito claro aquilo que vai pela nossa mente.

Contra-argumentar torna-se um exercício meramente protocolar.

Mais que tudo porém, o que conta é deixar o nosso nome e o nosso ponto de vista registrados, seja como for. 

O furor com que vira e mexe se debate "o sexo dos anjos", coloca-nos por vezes, num caminho surreal que mais parece com o do cachorro nervoso correndo atrás do próprio rabo. 

Ou seja, andar em círculo e não sair do lugar.

De quando em quando; concordamos para não polemizar, ou até mesmo para não termos que elaborar um raciocínio mais requintado, fazendo com que o eixo do tema em discussão, por sí só, se evapore.

E assim vai...

Assuntos inadequados, que não encontram guarida em determinado ambiente, tornam-se objeto de rejeição, contribuindo para que se instaure um clima de instabilidade, com as espadas levantadas, e guardas em punho como que se num campo de batalha.

E isso é exatamente tudo o que "não se precisa" numa academia filosófica, onde o que se busca é a prática do bem, o exercício da virtude, o espírito harmônico e fraterno e especialmente o aprimoramento da consciência humana.



JOSÉ BONIFÁCIO ERA MAÇOM ANTES DE SER GRÃO MESTRE? - Almir Sant’Anna Cruz



Embora na 1ª Ata do Livro de Ouro do GOB tenha constado “foi nomeado por aclamação o Irmão José Bonifácio de Andrada” existe uma improfícua, discussão nos meios maçônicos de José Bonifácio ter sido iniciado na Maçonaria antes da fundação do Grande Oriente do Brasil, pois não haveria nenhum ato, documento ou registro que indicasse onde e quando ele fora iniciado antes de se tornar Grão-Mestre.

Ora, a grande maioria dos Maçons daquela época foram iniciados na Europa, sobretudo em Portugal e muitos deles não apresentaram documentos comprobatórios de sua iniciação ou grau, como veremos nas Atas transcritas mais adiante..

Muitos se perguntarão, como pode uma instituição como é a Maçonaria, que segue rigorosamente uma escala hierárquica, estabelecendo para esse fim uma série de Graus que marcam os conhecimentos e a responsabilidade de seus membros, aclamar José Bonifácio ao mais alto cargo de Grão-Mestre não sendo ele um Maçom? Como Gonçalves Ledo pode concordar com essa situação se sempre foi extremamente rigoroso em aceitar Irmãos para as Lojas que não pudessem comprovar seus diplomas dos graus? É claro que José Bonifácio já era Maçom antes de ser aclamado Grão Mestre do Grande Oriente do Brasil e tinha o nome histórico de  Pythagoras, como se pode verificar na relação de obreiros da Loja 3 constante da 2ª Ata já reproduzida.

Se foi ou não iniciado antes de ter sido Grão Mestre, não teria a menor importância, pois a nomeação de José Bonifácio, foi a forma encontrada pelo Povo Maçônico, capitaneado por Gonçalves Ledo, de estabelecer uma ligação mais próxima com D. Pedro, através de seu mais importante Ministro. É natural que Ledo também soubesse que o melhor meio de atrair o Príncipe Regente para a Maçonaria era fazer de seu Ministro o chefe da Instituição, o que de fato ocorreu.

Supondo que ele não era Maçom antes de ser aclamado Grão Mestre, tal ação teria sido algo inédito no âmbito da Maçonaria Universal? Não!

A grande maioria dos Grão Mestres da Grande Loja Unida da Inglaterra foram escolhidos entre não Maçons que possuíam títulos nobiliárquicos.

Em 1773, quando se tornou necessário realizar uma reforma de base, transformando a Grande Loja de França em Grande Oriente de França, procurou-se um homem forte que, com sua coragem e prestígio, fosse capaz de executar o que se pretendia, tendo sido proclamado, como Grão Mestre, um não iniciado, Louis Philippe Joseph d’Orleans, o Duque de Chartres, que passou para a história como sendo Felipe Igualdade. Ao aceitar o cargo, lhe foi concedido o Grau de Mestre.


Do livro A História que a História não conta: A Maçonaria na Independência do Brasil Interessados contatar o Irm.’. Almir no WhatsApp (21) 99568-1350

agosto 01, 2024

ABERTURA DO LIVRO DA LEI NO GRAU DE APRENDIZ – SALMO 133 - Almir Sant'Anna Cruz

 

Em cada Grau Maçônico o Livro da Lei é aberto em um determinado trecho da Bíblia, trecho esse que tem afinidade com os ensinamentos filosóficos preconizados pelo Grau.

Segundo o Ritual do Rito Escocês Antigo e Aceito, versão do Grande Oriente do Brasil, “O primeiro Grau do Simbolismo Maçônico, Grau de Aprendiz, é consagrado à Fraternidade, tendo como objetivo principal a união de toda a humanidade. 

A fórmula de reconhecimento do Maçom no Grau de Aprendiz  é “M.’.I.’.C.’.T.’.M.’.R.’.”, que indica com clareza ser a Fraternidade uma das virtudes fundamentais que o Maçom deve praticar, sobretudo em relação a seus Irmãos. Ademais, a Fraternidade também está presente na trilogia Maçônica Líberdade-Igualdade-Fraternidade.

Assim, no Rito Escocês Antigo e Aceito praticado no Brasil, que é o objeto desse nosso estudo, abre-se o Livro da Lei, no caso a Bíblia, no Livro dos Salmos, especificamente naquele que exalta a excelência do amor fraternal. 

A palavra Salmo vem do grego psalmós, que significa “cântico acompanhado pelo saltério”, um antigo instrumento de cordas.

Nas Bíblias editadas pelas Sociedades Bíblicas Protestantes, esse Salmo leva o número 133 e o autor da tradução, o Pastor Calvinista João Ferreira de Almeida, o apresenta com o seguinte texto:

Oh! quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união! 

É como o óleo precioso sobre a cabeça, que desce sobre a barba, a barba de Aarão, e que desce à orla de seus vestidos. 

Como o orvalho de Hermon, que desce sobre os montes de Sião; porque ali o Senhor ordena a benção e a vida para sempre.

Nas Bíblias editadas pela Igreja Católica, geralmente a tradução do Padre Antonio Pereira de Figueiredo é substituída pela do Padre Leonel Franca e este Salmo recebe o número 132, em razão de terem sido unidos os Salmos 9 e 10, havendo, portanto, a partir daí, um desencontro numérico entre as edições Protestante e Católica, diferença esta que vai até o Salmo 146, que foi dividido em dois distintos Salmos. A versão Católica do Salmo 133 (132) é:

Oh! Como é bom e agradável aos irmãos viverem juntos.

Como o óleo perfumado na cabeça, que desce para a barba de Aarão; Que desce para a orla de suas vestiduras.

Como o orvalho de Hermon que desce sobre as montanhas de Sião. Ali derrama o Senhor a benção, a vida para todo o sempre.

Existem algumas controvérsias a respeito da forma correta de se recitar o Salmo 133 (132): se deve ser recitado somente o primeiro versículo ou o Salmo completo, com seus três versículos.

Somos de opinião que não obstante as duas formas estejam corretas – pois o primeiro versículo apresenta cristalinamente a excelência do amor fraterna e os dois outros versículos que compõem o Salmo enfatizam como é bom e agradável  o convívio em fraterna concórdia – o ideal é que o Salmo seja recitado completo, com os três versículos, até porque não mutila a beleza poética das inspiradas associações que o salmista produziu ao compor o Salmo.

Atribui-se a autoria dos Salmos ao Rei Davi, pai de Salomão. Diz-se que o Rei Davi além de poeta era músico e cantor, um artista que compôs os Salmos para serem cantados sob o acompanhamento do saltério.

Neste Salmo 133 (132), o autor compara o prazer de se viver em fraterna união com o prazer que o Sumo Sacerdote, (no caso personificado por Aarão, que foi o primeiro) sente quando é consagrado e se lhe derramam sobre a cabeça o óleo perfumado cuja fórmula foi determinada pelo próprio Deus a Moisés (Êxodo 30:22-25: mirra, canela, cálamo, cássia e azeite de oliveira).

Ao mesmo tempo, compara essa consagração do Sumo Sacerdote (com o óleo perfumado que lhe escorre pela barba até à orla de suas vestes) com a bênção de Deus sobre seu povo (com o orvalho descendo abundantemente do Hermon para fecundar as terras).

Sob o ponto de vista místico e religioso, o óleo tem um sentido purificador, a cabeça é associada ao centro vital da existência, a barba é um emblema da honra e as vestes simbolizam a honestidade e o pudor, significando que o Iniciado deverá manter um equilíbrio perfeito em seus pensamentos, ações e atitudes.

A Fraternidade (Grau de Aprendiz) e o Trabalho conduzido em reta conduta (Grau de Companheiro), pressuposta na consagração do escolhido como Sumo Sacerdote, proporcionam a bênção de Deus e levam à vida para sempre (Grau de Mestre). 

Excerto do Livro Simbologia Maçônica dos Painéis: Lojas de Aprendiz, Companheiro e Mestre - Interessados no livro contatar o Irm.’. Almir no WhatsApp (21) 99568-1350

MAÇONARIA. A POLÍTICA DO JUSTO E PERFEITO - Roberto Ribeiro Reis



Melhor do que se enveredar pelo vasto e exaustivo

Arcabouço do proselitismo político - o qual, infelizmente,

caracteriza um sectarismo fanático, onde o que se

observa e viceja é um ódio extremista e fanático - é

navegar pelos mares da ponderação e da imparcialidade, que

açambarcam todo o ideário iluminista e progressista, tido como

responsável maior pela garantia de uma sociedade justa e 

igualitária. 


A Sublime Ordem, amados Irmãos, jamais deveria

aceitar (do seio da sociedade) profanos enlouquecidos e assaz

Apaixonados pela politicagem, a qual tem assolado não somente o

país em que vivemos, mas a humanidade de maneira geral.

Ontem, no passado, a Maçonaria era sobranceira, altiva e conseguia

libertar os homens dos grilhões da escravidão e da ignorância.


Íntegros Pedreiros tinham o honroso e abençoado mister de 

trabalharem os aprendizes na pedra bruta, possibilitando-lhes a

incursão pelos ofícios que, além de torna-la cúbica, mostravam-lhes o

caráter verdadeiro de um companheiro que, doravante seria coluna

Atuante, inabalável e de inigualável Beleza. 


A nossa Augusta Ordem dignifica os governos, conquanto sejam bons e justos. 

Ela não se opõe ao pleno exercício da democracia e da soberania popular,

justamente porque estes simbolizam pilares básicos e que devem ser

usados em prol do povo e exclusivamente para o povo. 


Assim, todos sabemos que os políticos são agentes que foram escolhidos pelo

 povo, traduzindo a expressão dos anseios e clamores da coletividade,

olvidando, via de consequência, tudo que fira de morte a Constituição e

enseje o totalitarismo, o despotismo sem limites e a ditadura cruel, que

perversamente tem infligido sofrimentos inexauríveis aos mais pobres,

esquecidos por aqueles que deveriam lhe assegurar o mínimo de dignidade e

respeito. 


A Maçonaria Universal repudia, rechaça e defenestra de suas 

fileiras –de ambas as colunas e do Oriente- todo aquele pseudo Obreiro que se

esqueça de que a Política deve ser um caminho para a justiça e pacificação social.

Infelizmente, ainda há aqueles que assim não reflitam e ajam, e cujo grau de

tolerância e respeito ao pensamento alheio praticamente não mais existam.

Oremos ao Arquiteto, a fim de que a Maçonaria opere a Política do Justo e Perfeito!

julho 31, 2024

O IRREFREÁVEL GERÚNDIO NACIONAL - Newton Agrella

 




Viver no *gerundismo* é ironicamente um estado de embriaguez linguística.  

Enquanto o *gerúndio* é apenas uma forma ou  flexão verbal que se caracteriza pela desinência dos verbos em *"ndo"* para indicar um estado ou ação que ocorre num exato momento e constitui-se numa conjugação verbal legítima, o mesmo é todavia, despudoradamente utilizado no Português falado ou escrito no Brasil.

Por outro lado, o *"gerundismo"* trata-se de um modismo que se vale de maneira inadequada e inconveniente da utilização deste expediente  numa incompreensível tentativa de reforçar uma ideia de continuidade de um verbo no futuro.

A rigor o uso descabido deste "tempo verbal venerado pelos brasileiros" acaba por tornar mais complicado o que já é suficientemente complicado por si só.

O *Gerundismo* impõe que aquilo que poderia ser expresso de maneira mais econômica e direta, seja substituído por uma intrincada estrutura que prefere utilizar três verbos a apenas um ou dois. 

Exemplos desta sandice:

Padrão da norma culta da língua portuguesa:

Eu farei ou eu vou fazer.

No gerundismo:

Eu *vou estar fazendo*.

A empresa entrará em contato para resolver o problema ou a empresa vai entrar em contato para resolver o problema.

No gerundismo:

A empresa *vai estar entrando* em contato para resolver o problema.

Como é claramente perceptível, nos exemplos dados, transformamos, desnecessariamente, um verbo conjugado em um gerúndio, ao aplicar aquilo que deve ser evitado, 

O *Gerundismo* é, portanto, um ex
cesso linguístico que deve ceder lugar para construções mais adequadas e simples.

Não se quer aqui impor que o gerúndio seja abolido, porém deixar claro que seu uso sistemático em construções de frases que deveriam constar apenas de um único verbo ou de uma locução,  faz mal à saúde intelectual ao falante da última Flor do Lácio.



A PROPOSTA PEDAGÓGICA MAÇÔNICA - Djalma Diniz

 


A educação ou instrução maçônica tem como fundamento a formação integral do ser humano. 

É escolhido um homem entre tantos no meio profano.

Feito a escolha, sindicado e iniciado, o novo integrante já fica conhecido como um maçom em nosso circulo. 

Um ser provido de todos os atributos maçônicos, faltando somente uma lapidação da sua pedra bruta, fornecendo-lhe “ferramentas” e informações sobre os diferentes conteúdos da grade curricular de nossos ensinamentos e que compõem o conhecimento universal sobre as diversas vertentes das maçonarias.

Planejamos nossos estudos, dentro das áreas do conhecimento inerente a nossa ordem, de forma que o conteúdo se torne adequado à uma perfeita absorção ao agora “iniciado”, respeitando o seu grau de conhecimento e instrução adquiridos do mundo profano, trabalhando e respeitando essa bagagem cultural.

Nosso projeto pedagógico é fundamentado em símbolos e alegorias que levam o iniciado a compreender a nossa proposta dentro de um aprendizado progressivo e tendo como ponto de partida algumas  passagens alegóricas e psicodramas.

No grau de Aprendiz, Companheiro e Mestre Maçom, buscamos levar o iniciado ao encontro de uma realidade concreta do pensamento maçônico, cujo objetivo é tornar o ser humano melhor e útil à sociedade, melhorando  a sí próprio e a sociedade continuamente.

A nossa pedagogia desenvolve-se sob “Uma ciência de moralidade, velada por Alegorias e ilustrada por Símbolos", onde didaticamente o maçom vai construir seu aprendizado, por meio de rituais, conhecimento da nossa história, nossa filosofia e regulamentos.

A interação dos quadros dentro da Loja é fundamental; não sendo necessário à intervenção da figura do professor.

Esses ensinamentos nos foram transmitidos através dos tempos por nossos antepassados e o seguimos até a presente data confrontando-os com a realidade atual dos membros que adentram a arte real.

A busca da verdade, a crença em um Deus e a imortalidade da alma fundem-se com as novidades tecnológicas e os conhecimentos antigos, fazendo uma interação cultural e científica que funciona muito bem como uma argamassa do processo Ensino-Aprendizagem da maçonaria.

A convivência harmoniosa entre os maçons mais experimentados com os novatos, por meio de reuniões, debates e palestras tem a característica de favorecer a ocorrência de um relacionamento fraterno, construído dentro de uma relativa autonomia, formando um elo cooperativo, uma criticidade, perseverança e união; tornando-se uma experiência afetiva e irmanada na fraternidade, liberdade e igualdade.

Nossos objetivos principais são: tornar o que já é bom em algo melhor, elevar a sociedade à máxima perfeição, estreitando experiências, visando a desenvolver o intelecto e a moral de uma maneira geral.

Ao maçom cabe desenvolver a sua aprendizagem de forma individual e solitária, dependendo pouco dos maçons mais antigos, tornando-se o principal responsável pelas suas conquistas mediante certa liberdade: preservando as suas virtudes, favorecendo controle das suas emoções, lapidando o seus relacionamentos e eliminando dessa forma as suas paixões e vícios.

A maçonaria busca fornecer uma aprendizagem aberta, instigadora, exploradora das potencialidades dos novos maçons, comparando os conhecimentos antigos com os avanços da modernidade tanto científica quanto cultural e inovadora no tocante aos conhecimentos das novas ciências, buscando privilegiar o alcance das virtudes maiores dos seres humanos.

A pluralidade religiosa, cultural e social da nossa ordem, se manifestam em todos os ambientes maçônicos, sem, no entanto interferir ou ferir os nossos princípios, tanto na Loja base como nos Graus Superiores, este fato é uma realidade concreta.

Os iniciados deparam com um mundo desconhecido e são rapidamente preparados para uma nova concepção de valores humanos e morais de suma importância para se tornarem seres que irão interagir com a sociedade na qual estão inseridos o que facilita a tornarem-se líderes e exemplos para toda a comunidade.

A Loja Base ou simbólica é fundamental para a construção do conhecimento maçônico; propiciando um ambiente onde a liberdade responsável, a assiduidade, o entrosamento leva o novo maçom a um processo de socialização com a maçonaria.

A prioridade da proposta curricular maçônica é mesclar a formação pessoal, profissional do novato com as nossas atividades inerentes a nossa ordem, levando o novo membro a obter por meio de vários eventos, um profundo conhecimento dos saberes maçônicos que visa conduzir o neófito, em pouco tempo, a um entrosamento com a realidade concreta da Maçonaria.






julho 30, 2024

15 Citações de CARL GUSTAV JUNG - Sidnei Godinho


15  Citações de CARL GUSTAV JUNG que o ajudarão a se entender

Meus irmãos,

Há quem vá dizer que um dos pais da Psicanálise era maçom, dado a afinidade de nossos rituais com os conceitos por ele criados.

Carl Gustav Jung não foi iniciado, contudo realmente é o maior Psicólogo a contribuir com a Maçonaria e poderia até mesmo ter o título honorário pelos bons serviços prestados. 

Há muito que se estudar sobre a formação da psique, mas por hoje vamos apenas refletir nestas 15 colocações superficiais para uma rápida conjectura da afinidade de Jung com nossa Ordem. 

Qualquer um de nós há que se identificar com ao menos um tópico. 

(há, ainda, a teoria do Inconsciente Coletivo que Jung pontuou em seus Arquétipos e que a Maçonaria adota como técnica de instrução em seus simbolismos) 

1. “Se você é uma pessoa talentosa, isso não significa que você ganhou alguma coisa. 

Significa que você tem algo a dar.”

2. “Não nos tornamos iluminados imaginando figuras de luz, mas fazendo a escuridão consciente.”

3. “Eu não sou o que aconteceu comigo, eu sou o que eu optei por me tornar.”

4. “Até que você tornar o inconsciente consciente, ele irá direcionar a sua vida e você vai chamá-lo de sorte.”

5. “Tudo que nos irrita nos outros pode nos levar a uma compreensão de nós mesmos.”

6. “O encontro de duas personalidades é como o contato de duas substâncias químicas: se houver alguma reação, ambas são transformadas.”

7. “Conhecer a sua própria escuridão é o melhor método para lidar com as trevas de outras pessoas.”

8. “Não se prenda a alguém que está indo embora, caso contrário, você não vai encontrar a pessoa que está por vir.”

9. “Suas visões só se tornarão claras quando você puder olhar para o seu próprio coração. Quem olha para fora, sonha. Quem olha para dentro, desperta.”

10. “Os erros são, no fim das contas, os fundamentos da verdade.”

11. “As pessoas vão fazer qualquer coisa, não importa o quão absurda, para evitarem enfrentar suas próprias almas.”

12. “A solidão não vem de não ter pessoas ao redor, mas de ser incapaz de comunicar as coisas que parecem importantes para si mesmo, ou de manter certos pontos de vista que outros acham inadmissíveis.”

13. “A depressão é como uma mulher de preto. Se ela aparecer, não mande-a embora. Convide-a para entrar, ofereça-lhe um assento, trate-a como um convidado e ouça o que ela quer dizer.”

14. “Um homem que não passou pelo inferno de suas paixões nunca as superou.”

15. “Sua percepção se tornará clara somente quando você puder olhar para sua alma.”




O FARAÓ E A MISSÃO DO MAÇOM - Paulo André

 

Diz a lenda ( pouco importa se é verdade ou não) que o filho do Faraó só se encontrava com seu pai quando fazia 10 anos de idade, esse lhe aplicava um pesado teste, se passasse, seria indicado para linha de sucessão, caso contrário seria desprezado.

Na sua vez, o  menino Ramsés, estava bastante tenso, para encontrar seu pai, o lendário Faraó Seti, era seu futuro de glória ou de desprezo, o encontro foi marcado em um curral, colocado frente a frente Ramsés e um touro tamanho família, deram-lhe uma corda e disseram:

Seu pai está alí assistindo, não o decepcione!

Fez um laço, tremendo de medo, mas determinado a ser rei, laçou o touro, um menino de 40 Kg contra um monstro de 1 tonelada, bastou o boi dar uma sacudida, e jogou longe o herdeiro, que caiu, todo machucado e desesperado, havia falhado, seria renegado pra sempre

Seu pai aproximou, ele tremia, tanto pela dor, quanto pela vergonha e humilhação

Seti lhe disse: Parabéns, hoje você venceu seu primeiro grande inimigo

Ramsés perguntou: Venci como, se o touro me arrebentou?

Seti sorriu: Seu inimigo não era o touro, o inimigo a ser vencido era o medo, você conseguiu!

O destino brinca, e o primeiro passo para a gente cumprir uma missão, é descobrir qual é essa missão, podemos achar que estamos perdendo, quando na verdade estamos vencendo, e vice-versa

Nós Maçons, já conseguimos identificar qual é a nossa missão? Estamos vencendo ou não?

Creio que o grande inimigo nosso a ser vencido é o interno, ao invés de tentar corrigir os demais IIr, as lojas, as potências, o resto da humanidade, o Grande Arquiteto, enfim.....

Assim, somos atropelados pelo touro errado, e vamos chorar derrota apesar de estar vencendo, ou comemorar vitória, mesmo estando perdendo

Identificar a missão certa, é o primeiro passo para poder cumpri-la, esta deve ser a primeira missão do Maçom




julho 29, 2024

DAS EXPRESSÕES JOCOSAS - Heitor Rodrigues Freire



Em primeiro lugar, eu gostaria de introduzir este artigo com uma definição necessária, porque vamos tratar dos disfemismos, um termo que não é muito conhecido: os disfemismos são as expressões jocosas, irônicas, geralmente de origem na linguagem das ruas.

A sabedoria popular, naturalmente, cunhou diversos ditos, que acabaram sendo incorporados ao nosso vocabulário e constituem um anedotário que nos soa familiar, pois eles têm um surpreendente poder de síntese e conseguem fazer sentido em poucas palavras. Tudo isso resume o modo como o povo fala e se manifesta diante de situações que registram o dramático, o cômico e o inusitado, ficam marcadas na nossa memória coletiva e acabam forjando um belo conjunto de características próprias de um lugar, de uma região ou de um país. É o que podemos chamar de caldo cultural, enfim.

Copio a seguir uma seleção de ditos populares, cuja autoria é desconhecida:

“Mais quieto que guri cagado” – Dá pra imaginar a cena de uma criança que vai caminhando devagar, atenta, cuidando para que ninguém perceba o que acaba de acontecer, enquanto tenta chegar inteira ao banheiro mais próximo. 

“Mais sério que cachorro embarcado em canoa furada” – O cachorro vai olhando atentamente para as margens para decidir o momento de se jogar na água com menos risco.

“Homem precisa de mulher para tudo: para nascer, viver, procriar e até para ser corno” – Sem mulher, o homem não existe.

“O senhor é filho da dona Candinha? Sim, por quê? – pergunta o valentão que está afrontando todo mundo num bar, chutando cadeira, derrubando mesa, e encarando o mineirinho, que continua cortando o fumo para seu cigarrinho de palha. Ele responde: “Comi muito a senhora sua mãe”. E assim ele acaba com a valentia do fanfarrão.

“Baixinho é cu-de-sapo” – Uma vez, num jantar de profissionais de venda, um deles pediu: “Baixinho, passa o sal”. E este respondeu: “Baixinho é cu-de-sapo”. E o primeiro retrucou: “Cu-de-sapo, passa o sal”.

“Chato que nem gilete caída em chão de banheiro”.

“Com cara de quem tomou chá de losna sem açúcar”.

“Cheirando bem como cangote de noiva”. 

“Firme que nem palanque em banhado”.

“Firme que nem prego em taquara”.

“Folgada como cama de viúva”.

“Folgada como luva de maquinista, que qualquer um mete a mão”.

“Folgada como peido em bombacha”.

“Mais perdido do que cego em tiroteio”.

“Mais cumprida do que puteada de gago”.

“Mais branco do que perna de freira”.

“Mais sujo do que pau de galinheiro”.

“Mais faceiro do que pinto no lixo”.

“Mais velho do que andar a pé”.

“Tranquilo como água de poço”.

“Não há sábado sem sol, domingo sem missa e segunda sem preguiça”.

“Pimenta nos olhos dos outros é refresco”.

“Quem não tem cão, caça como gato”.

“O hábito faz o monge”.

“Não adianta chorar pelo leite derramado”.

“A necessidade é a mãe da invenção”.

“Não se faz omelete sem quebrar os ovos”.

“O peixe morre pela boca”.

“A curiosidade matou o rato”.

“Em rio que tem piranha, jacaré nada de costas”.

“Dá nó em pingo d’água, não molha os dedos e esconde as pontas”.

“O que engorda o gado é o olho do dono”.

“O apressado come cru”.

 “A rapadura é doce, mas não é mole”.

“Quem parte e reparte e não fica com a melhor parte, é tolo ou não entende da arte”.

Enfim, há toda uma coleção de ditados de origem popular que denotam de forma descontraída a sabedoria que o povo transmite em poucas palavras e com simplicidade.


A ALEGORIA DA CAVERNA - Lucas Couto


     Imagine um grupo de pessoas. Desde o nascimento, vivem aprisionadas em uma caverna escura. As suas cabeças fixas, forçadas a olhar para uma parede à sua frente. Não podem ver uns aos outros nem o que acontece atrás deles. Há uma fonte de fogo, há uma barreira, e atrás dela, figuras aparecem para os prisioneiros, objetos cujas sombras são projetadas na parede. Para esses prisioneiros, as sombras são a única realidade e a verdade que conhecem.

    A “Alegoria da Caverna” presente em "A República" de Platão, narra um tema profundo sobre o conhecimento a partir da percepção dos sentidos . As sombras na parede representam as percepções limitadas daqueles que acreditam que o que veem e ouvem constitui toda a verdade. Como Platão escreve, “E agora, eu disse, deixa-me mostrar na figura como nossa natureza está iluminada ou não. Eis homens na caverna, morando num antro subterrâneo, cujas entradas se abrem à luz. Eles estão lá desde a infância, e têm as pernas e os pescoços acorrentados de tal forma que não podem se mover e só podem ver diante deles”.

    Em um momento crucial da alegoria, um dos prisioneiros é libertado e, ao sair da caverna, é confrontado com a luz do sol, uma experiência inicialmente dolorosa, mas transformadora. Esse prisioneiro liberto simboliza o filósofo, ou qualquer um que busca o conhecimento além do aparente. Ao adaptar seus olhos à luz, começa a ver o mundo ver a verdadeira forma, percebe que as sombras na caverna não eram a realidade, mas apenas reflexos distorcidos de objetos reais. Descreve, o filósofo Platão, que “quando alguém se volta para o que é brilhante, a visão é confusa e ele não consegue ver nada do que são agora chamadas realidades”.

    O discípulo de Sócrates nos convida a refletir a aceitação de versões distorcidas da realidade, sejam elas moldadas por nossos sentidos limitados ou influenciadas por forças externas. E por que não dizer sobre a influência de nosso viés de confirmação? 

    Na sociedade moderna, essa alegoria é relevante, na medida que se pode compreender a caverna como uma metáfora para o mundo das mídias e das redes sociais, onde a verdade é aquilo que é propagado e a boa fé de quem recebe as  toma como simples verdade, especialmente de acordo com seus viés de pensamento

    Assim como os prisioneiros confiam nas sombras, muitos de nós podem se contentar com narrativas simplificadas ou distorcidas, sem questionar as camadas mais profundas do que é apresentado. Platão nos alerta: “A cultura filosófica não dá a visão, mas pode orientar a alma que já a possui, à luz do conhecimento”.

    Nesta reflexão, o papel do maçom se torna hoje particularmente relevante. Como buscador de luz e verdade, o maçom é chamado a transcender as sombras da caverna, representando a ignorância e a ilusão, para alcançar um conhecimento mais profundo e não aceitar aquilo que é posto como uma verdade insofismável. O simbolismo maçônico está profundamente alinhado com a busca platônica por conhecimento e sabedoria. O maçom é ensinado a "esculpir sua pedra bruta", isto é, a trabalhar continuamente em seu aprimoramento pessoal e moral, tal como o prisioneiro que, ao sair da caverna, ajusta sua visão à luz do conhecimento.

    O papel do maçom na sociedade hodierna é duplo. Primeiro, busca constantemente a verdade, esforçando-se para ver além das sombras e ilusões que frequentemente moldam a percepção pública. Isso envolve um compromisso com a educação, o questionamento crítico e a reflexão filosófica, pilares fundamentais do livre pensador. 

Segundo, o maçom, como o prisioneiro liberto de Platão, tem a responsabilidade de retornar à caverna, ou seja, de compartilhar seu conhecimento e iluminação com os outros, ajudando a libertá-los das correntes da ignorância.

Na prática, isso significa que o maçom é um defensor da verdade, da justiça e da moralidade em sua comunidade. Ele é chamado a ser um exemplo de integridade, compaixão e serviço ao próximo. No contexto de uma sociedade saturada por desinformação e manipulação midiática, o compromisso maçônico com a verdade e a ética torna-se um farol de esperança e um chamado à ação. É preciso estar sempre alerta.

A lente maçônica deve ser guiada por uma reflexão filosófica, um guia para a ação moral e social. Ela nos desafia a não apenas buscar a verdade, mas também a servir como guias para outros em sua jornada de descoberta, ser o irmão experto na condução do saber. Assim, o maçom moderno se posiciona como um guardião da sabedoria e da verdade, comprometido em construir uma sociedade mais iluminada e justa, na qual a verdadeira natureza da realidade seja compreendida e valorizada, indagando o que está posto e sempre mentalmente livre.



julho 28, 2024

A CAVERNA - Adilson Zotovici


Fria furna tão escura

Base a destino rotundo

Qual  parece sepultura

A  profano moribundo


Lá, sagrada criatura

Por raciocínio  profundo

Começa vida futura

De iniciado fecundo


Some ali  o furibundo

E surge luz de candura

Do Eu interior oriundo


Tudo passa num segundo !

Da terra,  terna aventura,

Grassa, breve,... novo mundo !



A LOJA E OS MAÇONS - MOTIVAÇÃO E PROPÓSITO- Rodrigo Arisa


Palestra muito inteligente que
 vale a pena ser vista e meditada.