agosto 04, 2024
A LINGUA GERAL PAULISTA - Marco Aurélio Do Arcírio Gouvêa Neto
A Língua Geral Paulista, ou Língua Geral Meridional foi o idioma nativo dos paulistas por mais de dois séculos e foi a Lingua Franca dos territórios conquistados e ocupados pelos paulistas mais do que o próprio português, falado desde o norte do Rio Grande do Sul a Goiás, de Minas Gerais ao Mato Grosso, disseminada principalmente por bandeirantes nos interiores do Brasil e posteriormente por tropeiros.
Desde a chegada de João Ramalho até por volta da metade do séc. XVII, os paulistas falavam o Tupi Vicentino, que era diferente do tupi do resto do Brasil em diversos aspectos, e se aproximava bastante do Guarani em termos fonéticos e lexicais. Mas a partir de meados do séc. XVII, esse Tupi Vicentino falado pelos paulistas já tinha passado por mudanças fonéticas, semânticas e sintáxicas, transformando-se no que chamamos hoje de Língua Geral Paulista, e foi falado em São Paulo até a primeira década do séc. XX, em que há relatos de que alguns idosos que ainda conversavam nesse nosso idioma.
Da segunda metade do séc. XVII até o fim do séc. XVIII, a Língua Paulista era falada como primeira língua pela imensa maioria da população paulista. As mulheres, as crianças e os escravos só sabiam falar nessa língua, já os filhos homens de pais que possuíam meios aprendiam depois o português na escola.
Pode-se dizer que a Língua Paulista era a 'língua da mulher paulista' -- essa admirável e amada fortaleza que foi o verdadeiro esteio e fundamento da Nação Paulista desde Bartira --, pois era ela quem passava o nosso idioma para os filhos e que cuidava dos negócios da família, servindo de suporte inquebrantável para os nossos bandeirantes que passavam dias, meses e anos no sertão. Ainda se há de dar o verdadeiro reconhecimento à mulher paulista, que em nada foi menor que nossos bandeirantes e tropeiros. Podemos dizer que elas foram ainda maiores mais longe.
Para se ter uma ideia da importância do nosso idioma para o povo paulista da época, em 1770 ocorreu em São Paulo, na Igreja do Páteo do Colégio, a "Acadêmia dos Felizes", convocada pelo Governador Luís Antônio de Sousa Botelho Mourão (o Morgado de Mateus) para comemorar a recém readquirida autonomia administrativa da Capitania de São Paulo. A "Academia dos Felizes" era uma espécie de festival literário organizado pelos moradores e autoridades de uma localidade, no qual figuras ilustres apresentavam seus poemas preparados especialmente para a ocasião, e já havia ocorrido eventos da "Academia dos Felizes" no Nordeste e no Rio de Janeiro, décadas antes do evento paulista. Nos eventos do Nordeste e do Rio, assim como aconteceu no de São Paulo, foram apresentadas obras em português, castelhano, francês, italiano, latim e grego. Mas somente no evento paulista foram apresentadas obras em "idioma de caboclo", isto é, no nosso idioma paulista, que hoje os linguistas chamam de Língua Geral Paulista.
Talvez, a apresentação de obras na nossa língua nativa por ocasião desse evento tenha sido um tipo de protesto, já que alguns anos antes o Marquês de Pombal havia proibido o uso da Língua Geral Paulista (em 1760). Seja como for, o fato é que ele conseguiu, e essa proibição fez com que a nossa língua fosse deixando de ser falada em favor do português, e o que antes era o idioma geral dos paulistas foi ficando cada vez mais restrito às camadas mais simples da população. Embora tenha continuado a ser falada por todo o séc. XIX, mesmo que por um número cada vez menor de paulistas, a proibição impediu que a nossa língua pátria se tornasse uma língua escrita, com ortografia e um cânone literário próprios, até que morreu no começo do séc. XX.
O resultado da fonética da Lingua Geral Paulista sobreviveu no dialeto caipira, a troca do L pelo R onde "falta" vira "farta", onde "milho" vira "mio", além da presença do R retroflexo(caipira) presente na nossa língua hoje, esse é o resultado da troca da Língua Paulista para o Português, e onde diversas palavras dessa língua ainda sobrevivem em nomes e palavras como: emboaba, embira, tucuruvi, guarapuava, anhangabaú, tietê, caipira, caiçara, caipora, arimbá, curupira, batuíra, cabreúva, sorocaba, piracicaba e etc.
Em comparação com o Nheengatu amazônico de hoje em dia, a Língua Paulista manteve uma maior fidelidade à língua que foi sua mãe: o Tupi Vicentino, mas quem fala Nheengatu Amazônico pode perceber claramente que a Língua Paulista vem de uma variante do tupi, mas não seriam mutuamente inteligíveis. As palavras da Língua Paulista são ainda mais próximas do Guarani, mas ainda assim não seriam de fácil inteligibilidade mútua.
A seguir um pouco da Língua Geral Paulista em frases curtas corriqueiras e um pequeníssimo vocabulário de palavras atestadas (que estão nos registros da Língua Paulista que chegaram até nossa época).
A ortografia portuguesa não permite indicar as diversas sutilezas fonéticas da pronúncia da língua paulista, mas serve como uma excelente aproximação.
VOCABULÁRIO EM LÍNGUA PAULISTA:
Maranteím ereicô? --> Como está?
Aicô catu --> Estou bem
Daicôi catu --> Não estou bem
Maranteím oicô? --> Como ele(s)/ela(s) está/estão?
Maranteím peicô? --> Como vocês estão?
Chaçô muã --> Já me vou!/tchau! (despedida)
Tupã nê irúnamo --> Vá com Deus!
Tupã --> Deus (O Deus cristão; na língua geral paulista essa palavra não
designava mais o deus tupã dos índios)
Tupã-róca --> igreja
Nhandeiára --> Nosso Senhor (Jesus)
Tupã-Sú --> Mãe de Deus (Nossa Senhora, Virgem Maria)
Tupã recê! --> 'Por Deus!', 'Pelo amor de Deus!'
Iquãe! --> Vá!
Iquãe umêm! --> Não vá!
Tenhê! --> 'Deixa pra lá!' ou 'Que seja!'
Tenhê-tenhê --> devagar
Iorí! --> Venha!
Iorí umêm! --> Não venha!
Enheêm! --> Fala!
Enheêm umêm! --> Não fale!
Enheêm tenhê-tenhê! --> Fale devagar!
Emeêm! --> Dá!
Emeêm xêvo! --> Dá pra mim!
Ameêm dêvo --> eu dou pra você
Eêm --> sim
Naâni --> não
Tecovê --> vida
Teõ --> morte
Toruva --> alegria/felicidade
Xe roru --> Estou feliz/alegre
Da xe rorúi --> Não estou feliz/alegre
Dê roru --> você está alegre/feliz (todas as frases servem também para
pergunta: dê roru?)
Nã dê rorúi --> você não está alegre/feliz
I rorú --> ele/ela está alegre/feliz, eles/elas estão alegres/felizes
Di rorúi --> ele/ela não está alegre/feliz, eles/elas não estão alegres/felizes
Porauçuva --> tristeza
Xe porauçu --> estou triste/infeliz
Da xe porauçúi --> não estou triste/infeliz
Dê porauçu --> você está triste/infeliz
Nã dê porauçúi --> você não está triste/infeliz
I porauçu --> ele/ela está triste/infeliz, eles/elas estão tristes/infelizes
Di porauçúi --> ele/ela está triste/infeliz, eles/elas não estão tristes/infelizes
Tauçuva --> amor
Oroauçu! --> Te amo!
Doroauçúi --> não te amo
Açauçu. --> eu o/a amo
Daçauçúi --> não o/a amo
Opoauçu --> amo vocês
Dopoauçúi --> não amo vocês
Dê xe rauçu --> você me ama
Pê xe rauçu --> vocês me amam
Xe rauçu --> ele(s)/ela(s) me ama(m)
Açauçu xe retama --> amo minha terra/pátria
Mendara --> casamento, casado(a)
Mendareúma --> solteiro(a)
Amendá-potá --> quero me casar
Amendá-potá derí --> quero me casar com você
Namendá-potári derí --> não quero me casar com você
Eremendá-potá xerí? --> quer se casar comigo?
Xe momorã --> Me agrada/gosto
Nã xe momorã --> Não me agrada/não gosto
Nê momorã --> te agrada/você gosta
Nã nê momorã --> não te agrada/você não gosta
I momorã --> o agrada/ele gosta
Ni momorã --> não o agrada/ele(a) não gosta
Biú --> comida
Ú --> água
Cô --> este(a)/estes(as)
Qüê/Uím --> aquele(a)/aqueles(as)
Xe momorã cô biú --> me agrada esta comida/gosto desta comida
Nã xe momorã cô biú --> não me agrada esta comida/não gosto desta
comida
Xe momorã qüê/uím biú --> me agrada aquela comida/gosto aquela comida
Nã xe momorã qüê/uím biú --> não me agrada aquela comida/não gosto
aquela comida
Nheengara --> música
Xe momorã cô nheengara --> eu gosto dessa música
Poramotareúma --> ódio
Oroamotareúm --> te odeio
Noroamotareúm --> não te odeio
Anhamotareúm --> odeio ele(s)/ela(s)
Nanhamotareúm --> não odeio ele(s)/ela(s)
Opoamotareúm --> odeio vocês
Nopoamotareúm --> não odeio vocês
Dê xe amotareúm --> você me odeia
Pê xe amotareúm --> vocês me odeiam
Xe amotareúm --> ele(s)/ela(s) me odeia(m)
Taçuva --> dor
Xe raçu --> estou com dor
Da xe raçúi --> não estou com dor
Dê raçu --> você está com dor
Nã dê raçúi --> você não está com dor
Tacuva --> calor/quentura
Xe racu --> estou com calor
Da xe racúi --> não estou com calor
Dê racu --> você está com calor
Nã dê racúi --> você não está com calor
Sacú --> está quente, está calor
Da sacúi --> não está quente, não está calor
Roú --> frio; também significa 'ano'
Xe roú --> estou com frio
Da xe roúi --> não estou com frio
Dê roú --> você está com frio
Nã dê roúi --> você não está com frio
I roú --> está frio
Di roúi --> não está frio
Itayú --> dinheiro
Arecô itayú --> tenho dinheiro
Darecôi itayú --> não tenho dinheiro
Itayuetê --> muito dinheiro, caro
Itayú merim --> pouco dinheiro, barato
Ixê --> eu
Indê --> você/tu
Aê --> ele/ela, e também eles/elas; serve para todas as 3ª pessoas singular
e plural
Nhandê --> nós
Peêm --> vocês/vós
Porangava --> beleza
Xe porã --> sou bonito(a)/belo(a)
Nã xe porã --> não sou belo(a)/bonito(a)
Nê porã --> você é bonito(a)/belo(a)
Nã nê porã --> você não é bonito(a)/belo(a)
I porã --> É bonito(a)/belo(a)
Ni porã --> Não é bonito(a)/belo(a)
Catu/catusava --> o bem, bondade
Xe catu --> sou bom/boa
Da xe catúi --> não sou bom/boa
Dê catu --> você é bom/boa
Nã dê catúi --> você não é bom/boa
I catu --> é/está bom/boa/bem
Di catúi --> Não é/está bom/boa/bem
Aíva --> maldade, ruindade
Xe aí --> sou mau/ruim
Da xe aí --> não sou mau/ruim
Dê aí --> você é mau/ruim
Nã dê aí --> você não é mau/ruim
I aí --> é mau/ruim, são maus/ruins
Di aí --> não é mau/ruim, não são maus/ruins
Aipotá --> quero, desejo. Também significa 'concordo' e 'permito'
Daipotári --> não quero, não desejo, não concordo, não permito
Ambaê upotá --> quero comer
Nambaê upotári --> não quero comer
A upotá ú --> quero beber água
Da upotári ú --> não quero beber água
Acaú --> bebo (bebida alcoólica)
Dacaúi --> não bebo (bebida alcoólica)
Acaú potá --> quero beber (bebida alcoólica)
Dacaú potári --> não quero beber (bebida alcoólica)
Erecaú te? você bebe (bebida alcoólica)?
Aicuá --> eu sei
Daicuái --> não sei
Ereicuá --> você sabe
Dereicuái --> você não sabe
Oicuá --> ele sabe
Doicuái --> ele(s)/ela(s) não sabem
Tchinga --> branco (também 'morotchinga')
I tchim --> é branco
Ni tchim --> não é branco
Moruna --> preto
Sum --> é preto
Nã sum --> não é preto
Piranga --> vermelho
I pirã --> é vermelho
Ni pirã --> não é vermelho
Tovú --> azul
Sovú --> é azul
Da sovúi --> não é azul
Iúva --> amarelo
I iú --> é amarelo
Di iúi --> não é amarelo
Uaraçú --> sol
Iaçú --> lua
Iaçutatá --> estrela
Uaçú --> rio
Paranã --> mar
Iauara --> cachorro
Maracaiá mirim --> gato/gatinho
Uramirim --> passarinho
Colaboração:
ARITMÉTICA NA PRÁTICA - Adilson Zotovici
Apenas visão poética
Em compasso à temática
Ao artesão, não hermética
Dum braço da matemática
Avaliação eclética
Duma lição pragmática
Na ação aritmética
Um tanto até emblemática
Arte Real na dialética
Quatro operações na gramática:
Dividir o pão com ética
Somar amor a sistemática
Subtrair a herética
Multiplicar fé na prática !
ANTI-MAÇONARIA - Almir Sant'Anna Cruz-
Mesmo antes da constituição da primeira Potência Maçônica, a Grande Loja de Londres (1717), já surgiram os primeiros ataques antimaçônicos, o que comprova, inclusive, que a Maçonaria Especulativa já vinha tomando o lugar da Maçonaria Operativa.
Em 1652 um pastor presbiteriano de Kelso, Escócia, Maçom Especulativo, já levantara suspeita e estranhara o fato de se ter palavras secretas.
Em 1698, um panfleto anônimo, endereçado “a todas às pessoas piedosas de Londres”, a Maçonaria era qualificada de “seita diabólica”, e seus membros de “sequazes do anticristo”, sob o argumento - ainda usado até os nossos dias – de que “se esses homens não fazem o mal, por que se reúnem em segredo e têm sinais secretos?”
SÉCULO XVIII
Com o surgimento da Grande Loja de Londres, os ataques anti-maçônicos tornaram-se mais intensos e mal-intencionados, até porque o escândalo é rentável para uns e desperta grande curiosidade no público em geral. É muito fácil – até os nossos dias – entreter na imaginação do público, o que de pior se possa conceber sobre o “segredo” dos Maçons!
Os Maçons eram acusados de serem beberrões que se reuniam misteriosamente para confraternizarem unicamente entre eles, sugerindo, inclusive, que seriam homossexuais, razão pela qual não admitiam mulheres na fraternidade.
Nessa época surgiram os “Mock Masons” (Maçons de Brincadeira), anti-maçons que, em Londres, realizavam procissões burlescas com personagens fantasiados de Maçons.
É dessa época, também, a publicação das “exposures” (exposições), em que se revelavam certas práticas maçônicas. Algumas dessas publicações, como a “Masonry Dissected” (Maçonaria Dissecada) de Samuel Pritchard em 1730, acabaram se tornando importantes fontes de pesquisas sobre como era a Maçonaria Especulativa nos seus primórdios. Por essa publicação, sabe-se que em 1730 o Grau de Companheiro já havia se dividido em dois para constituir o Grau de Mestre.
Outra acusação curiosa era a de que os Maçons eram “papistas”, em virtude da Inglaterra ser um país de maioria protestante e um Grão-Mestre (1729-1730), o Duque de Norfolk, ser católico.
Na França, não foi diferente e as “exposures” proliferavam. Citaremos como exemplo apenas algumas:
Uma publicação em “La Gazette d’Amsterdam” nos mostra que desde 1738 já havia o cargo de Orador e que todos em Loja portavam espadas.
Em 1742 o Abade Perau publicou “O Segredo dos Franco-Maçons”, descrevendo uma iniciação no Grau de Aprendiz.
Em 1744 Léonard Gabanon publica o “Catecismo dos Franco-Maçons” que descreve uma iniciação no Grau de Mestre.
Em 1745 surge “A Ordem dos Franco-Maçons Traídos”.
Em 1746, o Padre Abeé Larudam em “Les Francs-Maçons Écrasés” (Os Franco-Maçons Esmagados) nos revela como surgiu o termo “Goteira”.
SÉCULO XIX
Começam a se distinguir os temas anti-maçônicos preferenciais:
(1) a Teoria Conspiratória Anglófoba, em que a Maçonaria seria uma fachada do Serviço Secreto Inglês para obter o domínio mundial;
(2) A Teoria Conspiratória Anti-Semita, em que as altas finanças judias, especialmente dos Rotchschild, estariam por trás dos Maçons. Surgiram caricaturas de marionetes vestidas de Maçons com cordéis sendo manobrados por judeus e que o simbolismo do Templo de Salomão utilizado pela Maçonaria significava, na verdade, a dominação mundial pelos judeus;
(3) o Tema Satanista, em que os segredos maçônicos ocultavam o culto ao demônio e que as Lojas seriam “singogas de satanás”, tema que ainda perdura até os nossos dias.
O mais célebre propagador dessa mentira foi um impostor que se utilizava de diversos pseudônimos, entre os quais o de Léo Taxil, tema já tratado em capítulo anterior.
*SÉCULOS XX e XXI*
Continuam recorrentes os ataques anti-maçônicos, sempre utilizando os temas do passado, sobretudo o tema Satanista e as Teorias Conspiratórias para obter a dominação mundial.
A Internet tornou-se um importante veículo de propagação de ridículos ataques anti-maçônicos dos Detratores da Maçonaria, que não passam de uns idiotas, que acreditam piamente nas inverdades sobre a Maçonaria que ouvem e as disseminam. Por mais que se tente esclarecê-los, adotam a postura do avestruz e não aceitam qualquer tipo de argumentação. Alguns são pretensamente mais esclarecidos, mas nem por isso deixam de ser igualmente idiotas. São geralmente fanáticos arraigados a conceitos religiosos distorcidos ou meramente pessoas de má-fé, que produzem elucubrações mirabolantes e desenvolvem teorias pretensamente eruditas, que uma mente sugestionável acaba acreditando tratar-se de verdades absolutas.
Muitas dessas idéias aberrantes, de certa forma, são alimentadas inconscientemente pelos próprios Maçons, com conceitos errôneos sobre quais são verdadeiramente os segredos maçônicos e achando que tudo é segredo na Maçonaria.
Do livro *Maçonaria para Maçons, Simpatizantes, Curiosos e Detratores Interessados no livro contatar o autor, Irm.’. Almir, no WhatsApp (21) 99568-1350
agosto 03, 2024
LETRA CURSIVA
Você já se perguntou por que as crianças não são mais ensinadas a escrever em letra cursiva?
E não, não é por acaso que eles tendem a usá-los cada vez menos.
Cursivo significa colocar pensamentos em palavras; obriga você a não tirar a mão do papel.
Um esforço instigante que permite associar, conectar e relacionar idéias.
Não é por acaso que a palavra cursiva vem do latim “currere”, que significa correr, fluir, porque o pensamento é alado, corre, voa.
É claro que a letra cursiva não tem lugar no mundo de hoje, um mundo que faz o possível para desacelerar o desenvolvimento do pensamento, para suprimi-lo.
Lembre-se que a letra cursiva nasceu na Itália e depois se espalhou pelo mundo.
Por que?
Porque era uma fonte compacta, elegante e clara. Porque conecta caminhos neurais que apenas
estão conectados desta forma. E porque a IA não consegue lê-los.
A AMIZADE TEM O PODER DE RENOVAR A ALMA - Newton Agrella
Amizade não é ter amigos para concordar na íntegra, mas para revisar os rascunhos e duvidar da letra.
É antes de tudo, independência, é respeito, é pedir uma opinião que não seja igual a sua, é abstrair uma experiência diferente.
Amizade envolve intempéries. Clima bom, clima ruim, momentos estáveis e instáveis.
E mesmo assim, atravessar o tempo sem se preocupar com o frio ou calor.
Amizade significa aceitação, bem como, colocar-se no lugar do outro e ter a percepção que mesmo tendo opiniões e conceitos distintos sobre as coisas, o respeito, a tolerância e a capacidade de absorver as diferenças é o que conta, é o que vale e é o que pesa.
Amizade pra valer, desconhece a indiferença, ela não se ausenta mesmo nas horas mais desagradáveis.
Amizade não impõe onipresença, não se exige que a pessoa esteja sempre por perto, de plantão.
Amizade não é dependência, condição proposta ou submissão.
Amizade é transparência, é comungar presencialmente ou virtualmente em qualquer cenário da vida.
Amizade é virar a página sem esquecer do livro, e compartilhar a história, sem se preocupar com o epílogo.
Amizade dispensa formalidade, carimbo ou protocolo.
Ela é o que sai da alma e obedece sem pestanejar o que manda o coração.
agosto 02, 2024
GRUPOS DE WHATSAPP - Newton Agrella
(tendências)
Inobstante o tamanho dos grupos de whatsapp, mas claro, sobretudo naqueles maiores, observe que não dá tempo para respirar, tentar fazer um brainstorming das trocas incessantes de mensagens, sem que se possa ao menos absorver e aquilatar com clareza o conteúdo de cada uma delas.
E isso ocorre com quase todos nós.
No final das contas, se fizermos uma rigorosa depuração de todas as mensagens, vamos concluir que praticamente todos dissemos ou escrevemos quase que a mesma coisa, com diferentes palavras.
Sejam nas nossas afirmações, sejam nas nossas negações ou sejam nas nossas triviais respostas.
O ritmo de chegadas e partidas chega a ser frenético e a necessidade de demarcar território é uma prova inequívoca de que precisamos deixar muito claro aquilo que vai pela nossa mente.
Contra-argumentar torna-se um exercício meramente protocolar.
Mais que tudo porém, o que conta é deixar o nosso nome e o nosso ponto de vista registrados, seja como for.
O furor com que vira e mexe se debate "o sexo dos anjos", coloca-nos por vezes, num caminho surreal que mais parece com o do cachorro nervoso correndo atrás do próprio rabo.
Ou seja, andar em círculo e não sair do lugar.
De quando em quando; concordamos para não polemizar, ou até mesmo para não termos que elaborar um raciocínio mais requintado, fazendo com que o eixo do tema em discussão, por sí só, se evapore.
E assim vai...
Assuntos inadequados, que não encontram guarida em determinado ambiente, tornam-se objeto de rejeição, contribuindo para que se instaure um clima de instabilidade, com as espadas levantadas, e guardas em punho como que se num campo de batalha.
E isso é exatamente tudo o que "não se precisa" numa academia filosófica, onde o que se busca é a prática do bem, o exercício da virtude, o espírito harmônico e fraterno e especialmente o aprimoramento da consciência humana.
JOSÉ BONIFÁCIO ERA MAÇOM ANTES DE SER GRÃO MESTRE? - Almir Sant’Anna Cruz
Embora na 1ª Ata do Livro de Ouro do GOB tenha constado “foi nomeado por aclamação o Irmão José Bonifácio de Andrada” existe uma improfícua, discussão nos meios maçônicos de José Bonifácio ter sido iniciado na Maçonaria antes da fundação do Grande Oriente do Brasil, pois não haveria nenhum ato, documento ou registro que indicasse onde e quando ele fora iniciado antes de se tornar Grão-Mestre.
Ora, a grande maioria dos Maçons daquela época foram iniciados na Europa, sobretudo em Portugal e muitos deles não apresentaram documentos comprobatórios de sua iniciação ou grau, como veremos nas Atas transcritas mais adiante..
Muitos se perguntarão, como pode uma instituição como é a Maçonaria, que segue rigorosamente uma escala hierárquica, estabelecendo para esse fim uma série de Graus que marcam os conhecimentos e a responsabilidade de seus membros, aclamar José Bonifácio ao mais alto cargo de Grão-Mestre não sendo ele um Maçom? Como Gonçalves Ledo pode concordar com essa situação se sempre foi extremamente rigoroso em aceitar Irmãos para as Lojas que não pudessem comprovar seus diplomas dos graus? É claro que José Bonifácio já era Maçom antes de ser aclamado Grão Mestre do Grande Oriente do Brasil e tinha o nome histórico de Pythagoras, como se pode verificar na relação de obreiros da Loja 3 constante da 2ª Ata já reproduzida.
Se foi ou não iniciado antes de ter sido Grão Mestre, não teria a menor importância, pois a nomeação de José Bonifácio, foi a forma encontrada pelo Povo Maçônico, capitaneado por Gonçalves Ledo, de estabelecer uma ligação mais próxima com D. Pedro, através de seu mais importante Ministro. É natural que Ledo também soubesse que o melhor meio de atrair o Príncipe Regente para a Maçonaria era fazer de seu Ministro o chefe da Instituição, o que de fato ocorreu.
Supondo que ele não era Maçom antes de ser aclamado Grão Mestre, tal ação teria sido algo inédito no âmbito da Maçonaria Universal? Não!
A grande maioria dos Grão Mestres da Grande Loja Unida da Inglaterra foram escolhidos entre não Maçons que possuíam títulos nobiliárquicos.
Em 1773, quando se tornou necessário realizar uma reforma de base, transformando a Grande Loja de França em Grande Oriente de França, procurou-se um homem forte que, com sua coragem e prestígio, fosse capaz de executar o que se pretendia, tendo sido proclamado, como Grão Mestre, um não iniciado, Louis Philippe Joseph d’Orleans, o Duque de Chartres, que passou para a história como sendo Felipe Igualdade. Ao aceitar o cargo, lhe foi concedido o Grau de Mestre.
Do livro A História que a História não conta: A Maçonaria na Independência do Brasil Interessados contatar o Irm.’. Almir no WhatsApp (21) 99568-1350
agosto 01, 2024
ABERTURA DO LIVRO DA LEI NO GRAU DE APRENDIZ – SALMO 133 - Almir Sant'Anna Cruz
Em cada Grau Maçônico o Livro da Lei é aberto em um determinado trecho da Bíblia, trecho esse que tem afinidade com os ensinamentos filosóficos preconizados pelo Grau.
Segundo o Ritual do Rito Escocês Antigo e Aceito, versão do Grande Oriente do Brasil, “O primeiro Grau do Simbolismo Maçônico, Grau de Aprendiz, é consagrado à Fraternidade, tendo como objetivo principal a união de toda a humanidade.
A fórmula de reconhecimento do Maçom no Grau de Aprendiz é “M.’.I.’.C.’.T.’.M.’.R.’.”, que indica com clareza ser a Fraternidade uma das virtudes fundamentais que o Maçom deve praticar, sobretudo em relação a seus Irmãos. Ademais, a Fraternidade também está presente na trilogia Maçônica Líberdade-Igualdade-Fraternidade.
Assim, no Rito Escocês Antigo e Aceito praticado no Brasil, que é o objeto desse nosso estudo, abre-se o Livro da Lei, no caso a Bíblia, no Livro dos Salmos, especificamente naquele que exalta a excelência do amor fraternal.
A palavra Salmo vem do grego psalmós, que significa “cântico acompanhado pelo saltério”, um antigo instrumento de cordas.
Nas Bíblias editadas pelas Sociedades Bíblicas Protestantes, esse Salmo leva o número 133 e o autor da tradução, o Pastor Calvinista João Ferreira de Almeida, o apresenta com o seguinte texto:
Oh! quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união!
É como o óleo precioso sobre a cabeça, que desce sobre a barba, a barba de Aarão, e que desce à orla de seus vestidos.
Como o orvalho de Hermon, que desce sobre os montes de Sião; porque ali o Senhor ordena a benção e a vida para sempre.
Nas Bíblias editadas pela Igreja Católica, geralmente a tradução do Padre Antonio Pereira de Figueiredo é substituída pela do Padre Leonel Franca e este Salmo recebe o número 132, em razão de terem sido unidos os Salmos 9 e 10, havendo, portanto, a partir daí, um desencontro numérico entre as edições Protestante e Católica, diferença esta que vai até o Salmo 146, que foi dividido em dois distintos Salmos. A versão Católica do Salmo 133 (132) é:
Oh! Como é bom e agradável aos irmãos viverem juntos.
Como o óleo perfumado na cabeça, que desce para a barba de Aarão; Que desce para a orla de suas vestiduras.
Como o orvalho de Hermon que desce sobre as montanhas de Sião. Ali derrama o Senhor a benção, a vida para todo o sempre.
Existem algumas controvérsias a respeito da forma correta de se recitar o Salmo 133 (132): se deve ser recitado somente o primeiro versículo ou o Salmo completo, com seus três versículos.
Somos de opinião que não obstante as duas formas estejam corretas – pois o primeiro versículo apresenta cristalinamente a excelência do amor fraterna e os dois outros versículos que compõem o Salmo enfatizam como é bom e agradável o convívio em fraterna concórdia – o ideal é que o Salmo seja recitado completo, com os três versículos, até porque não mutila a beleza poética das inspiradas associações que o salmista produziu ao compor o Salmo.
Atribui-se a autoria dos Salmos ao Rei Davi, pai de Salomão. Diz-se que o Rei Davi além de poeta era músico e cantor, um artista que compôs os Salmos para serem cantados sob o acompanhamento do saltério.
Neste Salmo 133 (132), o autor compara o prazer de se viver em fraterna união com o prazer que o Sumo Sacerdote, (no caso personificado por Aarão, que foi o primeiro) sente quando é consagrado e se lhe derramam sobre a cabeça o óleo perfumado cuja fórmula foi determinada pelo próprio Deus a Moisés (Êxodo 30:22-25: mirra, canela, cálamo, cássia e azeite de oliveira).
Ao mesmo tempo, compara essa consagração do Sumo Sacerdote (com o óleo perfumado que lhe escorre pela barba até à orla de suas vestes) com a bênção de Deus sobre seu povo (com o orvalho descendo abundantemente do Hermon para fecundar as terras).
Sob o ponto de vista místico e religioso, o óleo tem um sentido purificador, a cabeça é associada ao centro vital da existência, a barba é um emblema da honra e as vestes simbolizam a honestidade e o pudor, significando que o Iniciado deverá manter um equilíbrio perfeito em seus pensamentos, ações e atitudes.
A Fraternidade (Grau de Aprendiz) e o Trabalho conduzido em reta conduta (Grau de Companheiro), pressuposta na consagração do escolhido como Sumo Sacerdote, proporcionam a bênção de Deus e levam à vida para sempre (Grau de Mestre).
Excerto do Livro Simbologia Maçônica dos Painéis: Lojas de Aprendiz, Companheiro e Mestre - Interessados no livro contatar o Irm.’. Almir no WhatsApp (21) 99568-1350
MAÇONARIA. A POLÍTICA DO JUSTO E PERFEITO - Roberto Ribeiro Reis
Melhor do que se enveredar pelo vasto e exaustivo
Arcabouço do proselitismo político - o qual, infelizmente,
caracteriza um sectarismo fanático, onde o que se
observa e viceja é um ódio extremista e fanático - é
navegar pelos mares da ponderação e da imparcialidade, que
açambarcam todo o ideário iluminista e progressista, tido como
responsável maior pela garantia de uma sociedade justa e
igualitária.
A Sublime Ordem, amados Irmãos, jamais deveria
aceitar (do seio da sociedade) profanos enlouquecidos e assaz
Apaixonados pela politicagem, a qual tem assolado não somente o
país em que vivemos, mas a humanidade de maneira geral.
Ontem, no passado, a Maçonaria era sobranceira, altiva e conseguia
libertar os homens dos grilhões da escravidão e da ignorância.
Íntegros Pedreiros tinham o honroso e abençoado mister de
trabalharem os aprendizes na pedra bruta, possibilitando-lhes a
incursão pelos ofícios que, além de torna-la cúbica, mostravam-lhes o
caráter verdadeiro de um companheiro que, doravante seria coluna
Atuante, inabalável e de inigualável Beleza.
A nossa Augusta Ordem dignifica os governos, conquanto sejam bons e justos.
Ela não se opõe ao pleno exercício da democracia e da soberania popular,
justamente porque estes simbolizam pilares básicos e que devem ser
usados em prol do povo e exclusivamente para o povo.
Assim, todos sabemos que os políticos são agentes que foram escolhidos pelo
povo, traduzindo a expressão dos anseios e clamores da coletividade,
olvidando, via de consequência, tudo que fira de morte a Constituição e
enseje o totalitarismo, o despotismo sem limites e a ditadura cruel, que
perversamente tem infligido sofrimentos inexauríveis aos mais pobres,
esquecidos por aqueles que deveriam lhe assegurar o mínimo de dignidade e
respeito.
A Maçonaria Universal repudia, rechaça e defenestra de suas
fileiras –de ambas as colunas e do Oriente- todo aquele pseudo Obreiro que se
esqueça de que a Política deve ser um caminho para a justiça e pacificação social.
Infelizmente, ainda há aqueles que assim não reflitam e ajam, e cujo grau de
tolerância e respeito ao pensamento alheio praticamente não mais existam.
Oremos ao Arquiteto, a fim de que a Maçonaria opere a Política do Justo e Perfeito!
julho 31, 2024
O IRREFREÁVEL GERÚNDIO NACIONAL - Newton Agrella
Viver no *gerundismo* é ironicamente um estado de embriaguez linguística.
Enquanto o *gerúndio* é apenas uma forma ou flexão verbal que se caracteriza pela desinência dos verbos em *"ndo"* para indicar um estado ou ação que ocorre num exato momento e constitui-se numa conjugação verbal legítima, o mesmo é todavia, despudoradamente utilizado no Português falado ou escrito no Brasil.
Por outro lado, o *"gerundismo"* trata-se de um modismo que se vale de maneira inadequada e inconveniente da utilização deste expediente numa incompreensível tentativa de reforçar uma ideia de continuidade de um verbo no futuro.
A rigor o uso descabido deste "tempo verbal venerado pelos brasileiros" acaba por tornar mais complicado o que já é suficientemente complicado por si só.
O *Gerundismo* impõe que aquilo que poderia ser expresso de maneira mais econômica e direta, seja substituído por uma intrincada estrutura que prefere utilizar três verbos a apenas um ou dois.
Exemplos desta sandice:
Padrão da norma culta da língua portuguesa:
Eu farei ou eu vou fazer.
No gerundismo:
Eu *vou estar fazendo*.
A empresa entrará em contato para resolver o problema ou a empresa vai entrar em contato para resolver o problema.
No gerundismo:
A empresa *vai estar entrando* em contato para resolver o problema.
Como é claramente perceptível, nos exemplos dados, transformamos, desnecessariamente, um verbo conjugado em um gerúndio, ao aplicar aquilo que deve ser evitado,
O *Gerundismo* é, portanto, um ex
cesso linguístico que deve ceder lugar para construções mais adequadas e simples.
Não se quer aqui impor que o gerúndio seja abolido, porém deixar claro que seu uso sistemático em construções de frases que deveriam constar apenas de um único verbo ou de uma locução, faz mal à saúde intelectual ao falante da última Flor do Lácio.
A PROPOSTA PEDAGÓGICA MAÇÔNICA - Djalma Diniz
A educação ou instrução maçônica tem como fundamento a formação integral do ser humano.
É escolhido um homem entre tantos no meio profano.
Feito a escolha, sindicado e iniciado, o novo integrante já fica conhecido como um maçom em nosso circulo.
Um ser provido de todos os atributos maçônicos, faltando somente uma lapidação da sua pedra bruta, fornecendo-lhe “ferramentas” e informações sobre os diferentes conteúdos da grade curricular de nossos ensinamentos e que compõem o conhecimento universal sobre as diversas vertentes das maçonarias.
Planejamos nossos estudos, dentro das áreas do conhecimento inerente a nossa ordem, de forma que o conteúdo se torne adequado à uma perfeita absorção ao agora “iniciado”, respeitando o seu grau de conhecimento e instrução adquiridos do mundo profano, trabalhando e respeitando essa bagagem cultural.
Nosso projeto pedagógico é fundamentado em símbolos e alegorias que levam o iniciado a compreender a nossa proposta dentro de um aprendizado progressivo e tendo como ponto de partida algumas passagens alegóricas e psicodramas.
No grau de Aprendiz, Companheiro e Mestre Maçom, buscamos levar o iniciado ao encontro de uma realidade concreta do pensamento maçônico, cujo objetivo é tornar o ser humano melhor e útil à sociedade, melhorando a sí próprio e a sociedade continuamente.
A nossa pedagogia desenvolve-se sob “Uma ciência de moralidade, velada por Alegorias e ilustrada por Símbolos", onde didaticamente o maçom vai construir seu aprendizado, por meio de rituais, conhecimento da nossa história, nossa filosofia e regulamentos.
A interação dos quadros dentro da Loja é fundamental; não sendo necessário à intervenção da figura do professor.
Esses ensinamentos nos foram transmitidos através dos tempos por nossos antepassados e o seguimos até a presente data confrontando-os com a realidade atual dos membros que adentram a arte real.
A busca da verdade, a crença em um Deus e a imortalidade da alma fundem-se com as novidades tecnológicas e os conhecimentos antigos, fazendo uma interação cultural e científica que funciona muito bem como uma argamassa do processo Ensino-Aprendizagem da maçonaria.
A convivência harmoniosa entre os maçons mais experimentados com os novatos, por meio de reuniões, debates e palestras tem a característica de favorecer a ocorrência de um relacionamento fraterno, construído dentro de uma relativa autonomia, formando um elo cooperativo, uma criticidade, perseverança e união; tornando-se uma experiência afetiva e irmanada na fraternidade, liberdade e igualdade.
Nossos objetivos principais são: tornar o que já é bom em algo melhor, elevar a sociedade à máxima perfeição, estreitando experiências, visando a desenvolver o intelecto e a moral de uma maneira geral.
Ao maçom cabe desenvolver a sua aprendizagem de forma individual e solitária, dependendo pouco dos maçons mais antigos, tornando-se o principal responsável pelas suas conquistas mediante certa liberdade: preservando as suas virtudes, favorecendo controle das suas emoções, lapidando o seus relacionamentos e eliminando dessa forma as suas paixões e vícios.
A maçonaria busca fornecer uma aprendizagem aberta, instigadora, exploradora das potencialidades dos novos maçons, comparando os conhecimentos antigos com os avanços da modernidade tanto científica quanto cultural e inovadora no tocante aos conhecimentos das novas ciências, buscando privilegiar o alcance das virtudes maiores dos seres humanos.
A pluralidade religiosa, cultural e social da nossa ordem, se manifestam em todos os ambientes maçônicos, sem, no entanto interferir ou ferir os nossos princípios, tanto na Loja base como nos Graus Superiores, este fato é uma realidade concreta.
Os iniciados deparam com um mundo desconhecido e são rapidamente preparados para uma nova concepção de valores humanos e morais de suma importância para se tornarem seres que irão interagir com a sociedade na qual estão inseridos o que facilita a tornarem-se líderes e exemplos para toda a comunidade.
A Loja Base ou simbólica é fundamental para a construção do conhecimento maçônico; propiciando um ambiente onde a liberdade responsável, a assiduidade, o entrosamento leva o novo maçom a um processo de socialização com a maçonaria.
A prioridade da proposta curricular maçônica é mesclar a formação pessoal, profissional do novato com as nossas atividades inerentes a nossa ordem, levando o novo membro a obter por meio de vários eventos, um profundo conhecimento dos saberes maçônicos que visa conduzir o neófito, em pouco tempo, a um entrosamento com a realidade concreta da Maçonaria.
julho 30, 2024
15 Citações de CARL GUSTAV JUNG - Sidnei Godinho
15 Citações de CARL GUSTAV JUNG que o ajudarão a se entender
Meus irmãos,
Há quem vá dizer que um dos pais da Psicanálise era maçom, dado a afinidade de nossos rituais com os conceitos por ele criados.
Carl Gustav Jung não foi iniciado, contudo realmente é o maior Psicólogo a contribuir com a Maçonaria e poderia até mesmo ter o título honorário pelos bons serviços prestados.
Há muito que se estudar sobre a formação da psique, mas por hoje vamos apenas refletir nestas 15 colocações superficiais para uma rápida conjectura da afinidade de Jung com nossa Ordem.
Qualquer um de nós há que se identificar com ao menos um tópico.
(há, ainda, a teoria do Inconsciente Coletivo que Jung pontuou em seus Arquétipos e que a Maçonaria adota como técnica de instrução em seus simbolismos)
1. “Se você é uma pessoa talentosa, isso não significa que você ganhou alguma coisa.
Significa que você tem algo a dar.”
2. “Não nos tornamos iluminados imaginando figuras de luz, mas fazendo a escuridão consciente.”
3. “Eu não sou o que aconteceu comigo, eu sou o que eu optei por me tornar.”
4. “Até que você tornar o inconsciente consciente, ele irá direcionar a sua vida e você vai chamá-lo de sorte.”
5. “Tudo que nos irrita nos outros pode nos levar a uma compreensão de nós mesmos.”
6. “O encontro de duas personalidades é como o contato de duas substâncias químicas: se houver alguma reação, ambas são transformadas.”
7. “Conhecer a sua própria escuridão é o melhor método para lidar com as trevas de outras pessoas.”
8. “Não se prenda a alguém que está indo embora, caso contrário, você não vai encontrar a pessoa que está por vir.”
9. “Suas visões só se tornarão claras quando você puder olhar para o seu próprio coração. Quem olha para fora, sonha. Quem olha para dentro, desperta.”
10. “Os erros são, no fim das contas, os fundamentos da verdade.”
11. “As pessoas vão fazer qualquer coisa, não importa o quão absurda, para evitarem enfrentar suas próprias almas.”
12. “A solidão não vem de não ter pessoas ao redor, mas de ser incapaz de comunicar as coisas que parecem importantes para si mesmo, ou de manter certos pontos de vista que outros acham inadmissíveis.”
13. “A depressão é como uma mulher de preto. Se ela aparecer, não mande-a embora. Convide-a para entrar, ofereça-lhe um assento, trate-a como um convidado e ouça o que ela quer dizer.”
14. “Um homem que não passou pelo inferno de suas paixões nunca as superou.”
15. “Sua percepção se tornará clara somente quando você puder olhar para sua alma.”