agosto 24, 2024

OS SINAIS MAÇÔNICOS

 


Especula-se muito no mundo profano a respeito dos sinais pelos quais se reconhecem os maçons.

Ideias das mais mirabolantes rondam o imaginário popular. 

Depois de iniciado e visitar as lojas em nossa cidade e arredores, ficava admirado com a quantidade de homens, de minha convivência ou conhecimento, que me reconheciam como irmão e me recebiam com cordialidade, amizade e carinho.

Com o passar do tempo, percebi que os sinais de que eram maçons já haviam sido dados, faltando de minha parte, capacidade de compreensão para percebê-los. 

Capacidade que começo a adquirir com o passar do tempo.

Os sinais que me foram dados são aqueles que fazem um homem de grande virtude no mundo profano, mas que são obrigatórios ao verdadeiro maçom.

Sinais de homens probos na sociedade.

Bons filhos, bons pais e bons maridos. 

Sinais de tolerância no trato com todos. 

Seriedade em seus empregos ou negócios e a ação positiva na tentativa de praticar o bem e contribuir para uma sociedade mais justa e fraterna.

Acredito serem estes os sinais que identificam o verdadeiro irmão.

O sinal de amizade e respeito no trato com todos, onde a igualdade vale em qualquer situação.

O sinal de tolerância em uma ordem, onde encontramos irmãos que representam a pluralidade de nossa sociedade, e onde sempre existirão diferenças entre o conhecimento e assimilação de nossos ensinamentos.

O sinal de saber falar e saber nunca dividir.

Tornando nossa ordem unida e coesa, onde as decisões são tomadas de forma participativa e o todo vale mais que o singular.

Que o Grande Arquiteto do Universo me ajude a poder um dia passar estes sinais aqui ou no mundo profano para que nenhum irmão se surpreenda ao me reconhecer como tal.

Bom dia meus irmãos a quem reconheço como tal. 🙏

(Revista Maçônica n° 12)

agosto 23, 2024

QUANTAS REGUAS HÁ NA MAÇONARIA - Sergio Quirino


Duas. Sim, são duas!

A primeira é fisica, que pode ser usada de forma coletiva, mas cuja ação impacta materialmente o indivíduo. Nesse sentido, estamos nos referindo à Régua de 24 Polegadas, instrumento usado para traçar retas e medir a distância entre dois pontos. Simbolicamente, é utilizada para estabelecer metas e mensurar a longinquidade entre o início e o fim.

Há uma relação interessante entre Espaço e Tempo. Entende-se Espaço como a extensão que contém a matéria existente, ao passo que Tempo é o período contínuo no qual os eventos se sucedem.

Assim, a Régua de 24 Polegadas é, para nós, um instrumento alegórico de planejamento, visto que precisamos mensurar a obra com o obrar. A obra é o espaço/matéria, e o obrar, o tempo/ação.

De modo concomitante ao seu uso prático e simbólico, devemos nos atentar ao numeral que a identifica: 24.

Qual é a primeira medida que vem à mente e se refere a esse número? As 24 horas que constituem um dia. Porquanto habituamos dividir o dia em três partes (espaço) - manhã, tarde e noite, é natural também o utilizarmos em três ações (tempo) - descansar, trabalhar e estudar.

Convém ressaltar que o descanso não é só dormir, há o lazer e tudo o mais que possa tirar o corpo das atividades de desgaste, visando a uma compensação espiritual. Trabalho é trabalho, não importa qual seja, é a atividade remunerativa ou de compensação material. O estudar, porém, ultrapassa o desenvolvimento do conhecimento formal. É colocar-se em algum espaço e tempo que culmine em elevo e discernimento, resultando em compensação anímica: estar disposto ao eterno aprendizado.

NOSSA VIDA NÃO PODE SER MENSURADA EM ANOS, MAS NO RESULTADO DAS AÇÕES QUE DESEMPENHAMOS HARMONIOSAMENTE NO TEMPO E ESPAÇO.

Por sua vez, a segunda régua não é física e só pode ser usada individualmente, mas cuja ação impacta materialmente o grupo. Estamos nos referindo, portanto, à Régua Mística da Consciência, a qual devemos usar para mensurar nossas ações pautadas pela Ética e alinhar nossas participações em espaços moralmente corretos.

Há outro nome para essa ferramenta/instrumento que o Maçom deve usar?

Sim! Chamamos de Razão. Nesta não há curvas, é longilínea. Tem importantes marcações, pois a conquista da Razão ocorre por pensar e falar de forma ordenada, com medidas justas e proporções perfeitas.

A RÉGUA MENTAL É A FERRAMENTA PRIMAZ QUE GARANTE A JUSTIÇA E ASSEGURA O DIREITO, INDIVIDUAL E COLETIVO.

A palavra "régua" possui origem francesa (règle), cujo significado é "lei ou regra". Posto isso, há uma frase do Padre Fábio de Melo que deve nos gerar reflexões:

"A régua que usamos para medir nossas possibilidades e nossos limites deveria ser particular e intransferível. Ao outro cabe o direito de ser como puder, segundo as medidas que lhe são próprias. Não é justo querer medir os outros com a régua com que nos medimos."



O QUE UM MESTRE MAÇOM DEVE SABER - Almir Sant’Anna Cruz

Este meu oitavo livro é o primeiro em que trato especificamente do Grau de Mestre Maçom, fechando a série dos dois que o antecederam, que trataram dos Graus de Aprendiz e de Companheiro.

Como naqueles que o precederam, este também não tem a presunção, de forma alguma, de esgotar o assunto, pois muito mais do que aqui está apresentado precisa ser conhecido e estudado.

Mas pode servir perfeitamente como uma espécie de ponto de partida para o Mestre estudioso de se aprofundar mais e mais no conhecimento de nossa Ordem.. 

Através do estudo, aquele que adquiriu esse importantíssimo Grau Maçônico, em seu caminho para a Perfeição, não ficará resumido a títulos e diplomas. Absorvendo novos conhecimentos, aprimorará seus sentimentos, sua inteligência e, quem sabe, poderá vir a decifrar o Grande Segredo da Maçonaria.

O Mestre, segundo os dicionaristas, é aquele que está capacitado a ensinar; é o professor de grande saber; o perito em qualquer ciência, arte ou técnica; o guia, conselheiro e mentor; o que tem o terceiro grau e último da Maçonaria Simbólica

Mas será que todo Mestre Maçom realmente possui todos esses atributos? Sinceramente, creio que não!

Para tal, para poder ensinar, o Mestre Maçom precisa primeiramente saber, se não tudo o que se refere à Maçonaria, pelo menos o básico para não disseminar informações errôneas aos não iniciados e, principalmente aos Aprendizes e Companheiros.

De Mestre para Mestre, precisamos conhecer, entre outros saberes:

(1) A Constituição e os Regulamentos de nossa Potência, bem como os Estatutos de nossa Loja;

(2) Os Rituais dos Graus e Especiais de nossa Potência para o Rito que praticamos;

(3) Mesmo que de forma superficial, as diferenças entre os Rituais do Rito que praticamos e os das outras Potências regulares;

(4) Mesmo que superficialmente, os outros Ritos regulares praticados no país;

(5) Quais as Potências Maçônicas regulares existentes no país;

(6) A Origem histórica da Maçonaria; 

(7) Os primórdios da Maçonaria no Brasil;

(8) As Old Charges, a Constituição de Anderson e os Landmarks;

(9) Os cargos e funções privativas dos Mestres, para estar habilitado a exercê-los com perfeição, quando necessário;

(10) O significado dos símbolos e alegorias dos Graus, especialmente dos figurados nos Painéis.

Alguns desses itens estão presentes neste trabalho para auxílio aos irmãos Mestres. Exclusivo para Mestres Maçons. Interessados contatar o Irm.’. Almir no WhatsApp (21) 99568-1350


agosto 22, 2024

A Maçonaria para Todos IV - Jorge Gonçalves



No dia 16 de agosto de 2024, na Biblioteca Pública Epifânio Dória, em Aracaju, Sergipe, ocorreu a abertura da Semana do Maçom, com a presença das três potências maçônicas do estado: a Grande Loja Maçônica do Estado de Sergipe (GLMESE), o Grande Oriente do Brasil - GOB Sergipe, e a Confederação Maçônica do Brasil - COMAB Sergipe.

Foi um evento grandioso, que enche de orgulho todos nós que integramos a Maçonaria. A programação teve início com a apresentação do Coral Canto Fraterno, seguida por uma palestra do Magnífico Reitor da Universidade Federal de Sergipe, Prof. Dr. e nosso irmão Valter Joviniano. O momento mais aguardado da noite foi o lançamento do livro *A Maçonaria para Todos IV*, culminando em um coquetel de confraternização.

*A Maçonaria para Todos* é um tributo à preservação de nossa história e um lembrete de que essa história continua a ser escrita. Além disso, reforça nosso compromisso com a fraternidade, destinando parte da arrecadação para causas filantrópicas. Este é um momento de celebração e gratidão. Quando trabalhamos juntos, com harmonia e respeito mútuo, somos imbatíveis; unidos, somos fortes.

Que as gerações futuras encontrem em *A Maçonaria para Todos* recursos valiosos para compreender nossa trajetória, servindo como uma fonte de pesquisa com a mesma dedicação e curiosidade que temos ao explorar os primórdios de nossa Ordem.

HOMENAGEM AO DIA DO MAÇOM - Osvaldo Takakura

 


A Força do Companheirismo na Triplice Aliança

Quando fui acolhido nesta Loja, em 2 de abril de 2019, juntamente com o Ir: Michael, me propus imediatamente a fazer parte do companheirismo que deve permear as relações entre irmãos maçônicos. Somos poucos, atualmente 23 irmãos, mas o que nos falta em número devemos compensar com a força de nossa união.

Cada irmāo aqui tem um papel vital a desempenhar, e essa proximidade propicia um ambiente onde o verdadeiro companheirismo pode florescer.

Dentro desta pequena, mas forte comunidade, podemos aprender que o companheirismo vai além de uma simples amizade, ele é uma irmandade que nos sustenta nas adversidades e nos motiva a continuar crescendo, tanto como indivíduo e como grupo. É com esse espírito de camaradagem que transformaremos nossas reuniões, em encontros onde cada um é valorizado, ouvido e apoiado.

Fraternidade: O Coração da Maçonaria

A fraternidade é o coração da Maçonaria, o elo que une homens de diferentes origens em torno de um propósito comum. Na Tríplice Aliança, essa fraternidade deve se manifestar de maneira singular. Aqui, não somos apenas irmãos, mas companheiros de jornada que compartilham desafios, vitórias e aprendizados.

Cada gesto de apoio, cada palavra de incentivo, fortalece os laços que nos unem e torna nossa Loja um verdadeiro refügio de confiança e respeito mútuo. Talvez essa seja a vantagem de uma Loja com poucos irmãos, pois temos a oportunidade de conhecer detalhes de todos, o que propicia uma maior integração.

História da Maçonaria e da Loja Tríplice Aliança n° 341

A Maçonaria, ao longo dos séculos, tem desempenhado um papel vital na formação de sociedades justas e equânimes. Desde sua fundação, ela tem sido um baluarte de valores como a liberdade, a igualdade ea fraternidade. A nossa Loja, a Triplice Aliança n° 341, fundada em 24 de junho de 1988, é parte dessa rica tradição. Desde sua criação, a Triplice Aliança tem sido um pilar na comunidade, guiando e educando seus membros de acordo com os principios maçônicos. Cada um de nós é um guardião desse legado, responsável por manter viva essa chama. Rendo aqui minhas homenagens aos irmāos mais antigos, em especial aos fundadores, Irmãos Carlos e José Ricardo que são os responsáveis pela existência da nossa querida Loja.

A Importância dos Rituais e Ensinamentos Maçônicos

Os rituais maçônicos são mais do que cerimônias; eles são momentos de reflexão profunda, onde reafirmamos nosso compromisso com os ideais maçônicos. Cada ritual, cada símbolo, é um lembrete do caminho que escolhemos trilhar. Na Triplice Aliança, esses rituais são conduzidos com grande respeito e seriedade, reforçando a união entre os irmãos e a nossa dedicação aos princípios que nos foram confiados. Os ensinamentos transmitidos em cada reunião devem moldar não apenas nossa visāo de mundo, mas também nosso caráter, preparando-nos para sermos exemplos em nossas comunidades.

Desafios e Superações

Nossa jornada na Triplice Aliança não tem sido isenta de desafios. Como uma Loja com poucos irmāos, enfrentamos dificuldades que poderiam desanimar muitos. No entanto, foi justamente nesses momentos de adversidade que nossa união se mostrou mais forte. Cada desafio superado reforçou nossa determinação e consolidou ainda mais os laços que nos unem. É em tempos dificeis que o verdadeiro caráter de uma Loja se revela, e a Triplice Aliança tem demonstrado, repetidas vezes, que é uma Loja resiliente, dedicadae forte. Vejao exemplo dos Mestres Instalados que não negam em ocupar quaisquer cargos a bem da Ordem.

Valores Maçônicos: A Essência que nos Guia


agosto 21, 2024

 2.2.3. Calendários do Rito de York

2.2.3.1. Calendário da Maçonaria Capitular ou do Real Arco

Os Graus Capitulares do Rito de York abrangem um sistema de 04 graus: Mestre de

Marca, Past Master, Mui Excelente Mestre e Maçom do Real Arco. Esses graus são concedidos

em Capítulos de Maçons do Real Arco, subordinados a Grandes Capítulos de Maçons do Real

Arco, os quais são filiados ao Grande Capítulo Geral de Maçons do Real Arco Internacional

(General Grand Chapter of Royal Arch Masons International). Esses corpos adotam o Anno

Inventionis, que significa “Ano do Descobrimento” e é abreviado como A.´. I.´.. Ele é calculado

somando 530 anos ao ano civil corrente (COIL, 1961; MACKEY, 1914). Os maçons do Real

Arco registram essa data porque foi o ano em que Zorobabel iniciou a construção do segundo

Templo, em 530 anos antes de Cristo. A seguinte passagem bíblica está relacionada com a

construção: “Então se levantaram Zorobabel, filho de Salatiel, e Jesuá, filho de Jozedeque, e

começaram a edificar a casa de Deus, que está em Jerusalém; e com eles os profetas de Deus,

que os ajudavam.” (BÍBLIA, 1969, Esdras 5:2)

Como exemplo, o dia 20 de Junho de 2013 é: 20 de Junho de 2543 do A.´. I.´.

2.2.3.2. Calendário da Maçonaria Críptica ou da Maçonaria de Conselho

Os Graus de Conselho ou Graus Crípticos do rito de York abrangem um sistema de 03

graus: Mestre Real, Mestre Escolhido e Super Excelente Mestre. Esses graus são concedidos em

Conselhos de Maçons Crípticos, os quais são subordinados a Grandes Conselhos de Maçons

Crípticos, esses últimos filiados ao Grande Conselho Geral de Maçons Crípticos Internacional

(General Grand Council of Cryptic Masons International). Esses corpos utilizam o sistema de

Anno Depositionis (Ano do Depósito), cuja sigla é A.´. Dep.´. e que é calculado somando-se

1.000 anos ao ano civil corrente (COIL, 1961; MACKEY, 1914). O uso desse ano é em

observância ao ano em que a construção do Templo de Salomão foi concluída e o Templo foi

consagrado, tendo em seu interior depositada a Arca da Aliança: “Assim se acabou toda a obra

que fez o rei Salomão para a casa do Senhor; então trouxe Salomão as coisas que seu pai Davi

havia consagrado; a prata, e o ouro, e os objetos pôs entre os tesouros da casa do Senhor.” (Reis I

7:51).

Assim, o dia 20 de Junho de 2013 é registrado como: 20 de Junho de 3013 do A.´. Dep.´.

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Originalmente publicado em: http://www.noesquadro.com.br/

2.2.3.3. Calendário da Maçonaria Templária ou da Cavalaria Maçônica

As Ordens de Cavalaria Maçônica são 03: Ordem da Cruz Vermelha, Ordem de Malta e

Ordem dos Cavaleiros Templários. Essas ordens são concedidas em Comanderias Templárias,

que são subordinadas a Grandes Comanderias, essas últimas filiadas ao Grande Acampamento

Templário. Esses corpos usam o formato de Anno Ordinis, termo em latim que significa “Ano da

Ordem” e que é abreviado como A.´. O.´.. É calculado subtraindo 1118 anos do ano civil

corrente (COIL, 1961; MACKEY, 1914), visto a Ordem dos Templários ter sido oficialmente

fundada no ano de 1.118 (i.e.: AYALA, 2005).

Para ilustrar seu uso, o dia 20 de Junho de 2013 seria: 20 de Junho de 895 do A.´. O.´.

2.2.3.4. Calendário da Ordem do Sumo Sacerdócio

Mais conhecida no Brasil como a Ordem dos Sumos Sacerdotes Ungidos, essa é uma

Ordem concedida àqueles eleitos para servirem como Sumos Sacerdotes (Presidentes) de

Capítulos de Maçons do Real Arco. É o correspondente no Real Arco à Instalação de um

Venerável Mestre Eleito na Maçonaria Simbólica. Na Ordem do Sumo Sacerdócio adota-se o

Anno Beneiacio (Ano da Benção), abreviado como A.´. Beo.´., que é calculado adicionando 1913

anos ao ano civil corrente, pois acredita-se que Abraão foi abençoado por Melquisedeque em

1913 a.C.: “Porque este Melquisedeque, que era rei de Salém, sacerdote do Deus Altíssimo, e

que saiu ao encontro de Abraão quando ele regressava da matança dos reis, e o abençoou”

(Hebreus 7:1).

Desse modo, o dia 20 de Junho de 2013 é: 20 de Junho de 3926 do A.´. Beo.´. na Ordem

dos Sumos Sacerdotes Ungidos.

2.2.3.5. Calendário da Ordem dos Cavaleiros Sacerdotes Templários do Santo Arco Real

Também conhecida como Ordem da Santa Sabedoria, possui uma versão inglesa e outra

norte-americana. A inglesa é restrita a maçons que sejam Mestres Instalados, Maçons do Arco

Real, Cavaleiros Templários e professem a fé cristã. Sua versão norte-americana, considerada

como um corpo aliado ao Rito de York, é muito mais restrita, exigindo também que o candidato

tenha servido como Comandante de uma Comanderia Templária. Essa Ordem utiliza o Anno

Renascenti (Ano do Renascimento), cuja sigla é A.´. R.´., e no qual se subtrai 1686 anos do ano

civil corrente.

Exemplificando, o dia 20 de Junho de 2013 fica sendo: 20 de Junho de 327 do A.´. R.´.

2.2.4. Calendário do Rito Adonhiramita

O Rito Adonhiramita é um rito de origem francesa, cujo calendário foi abolido pelo

Grande Oriente de França em 12/10/1774, por gerar grande confusão em sua datação.

As primeiras Lojas na cidade do Rio de Janeiro, a Loja “Reunião” e depois a Loja

“Comércio e Artes”, trabalharam inicialmente no Rito Adonhiramita, adotando seu calendário

original. Já quando do reerguimento da Loja “Comércio e Artes” e sua divisão em três Lojas para

a fundação do então Grande Oriente Brasílico, os trabalhos já ocorreram no Rito Moderno.

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Originalmente publicado em: http://www.noesquadro.com.br/

Porém, assim como “o uso do cachimbo deixa a boca torta”, a Loja “Comércio e Artes” por um

bom tempo teve suas atas datadas ainda pelo calendário do Rito Adonhiramita, o que originou,

anos depois, a confusão do Dia do Maçom.

O sistema do Calendário Adonhiramita tem por base o início do ano no dia 21 de Março,

fixando nesse dia o Equinócio Vernal. Soma-se então ao ano 4000 anos, como no calendário

maçônico original, criado por James Anderson. O termo utilizado para designar o ano também é

“Verdadeira Luz”, similar ao termo adotado por Anderson, de Anno Lucis (Ano da Luz).

Considerando esse sistema, o dia 20 de Junho de 2013 é o 31º dia do 3º mês de 6013 da

V.´. L.´., no Rito Adonhiramita.

2.2.5. Calendário do Rito Moderno

O Rito Francês, também conhecido como Rito Moderno, foi adotado no Grande Oriente

da França quando de sua Convenção de 1786 (i.e.: COIL, 1961, p. 268; MACKEY, 1914, p.

285). O calendário do Rito Moderno é o calendário tido como oficial no âmbito do Grande

Oriente de França desde 1774, em substituição do calendário do Rito Adonhiramita. Esse

calendário era baseado no sistema adonhiramita, com a diferença de que se passou a adotar como

primeiro dia do ano o dia 1º de março (COIL, 1961, p. 113), e os meses passaram a ser contados

pelo número ordinal. Isso facilitava no cálculo, visto que o sistema adonhiramita gerava bastante

confusão. O termo relacionado ao ano geralmente utilizado também é o da Verdadeira Luz: V.´.

L.´., ou, em alguns registros do Rito Moderno, Vraie Lumiere (MACKEY, 1914, p. 129).

Assim, o dia 20 de junho de 2013 é o 20º dia do 4º mês de 6013 da V.´. L.´. para o Rito

Moderno.

3. Comentários Finais

A Maçonaria Brasileira é, sem dúvida alguma, uma das mais “bem servidas” em se

tratando de ritos maçônicos, como bem evidencia João Guilherme da Cruz Ribeiro (2012, p. 11).

Com exceção do Rito Brasileiro que, por coincidência ou não, parece não possuir calendário

próprio, os demais ritos em prática no Brasil são sistemas importados, a maioria chegando ao

Brasil ainda no século XIX. E cada rito, ou mesmo segmento de rito, chegou com sua própria

história, seus próprios termos, paramentos e regras de funcionamento, resultantes de diferentes

origens, inspirações e influências.

Iniciativa inaugurada por James Anderson, quando da Primeira Grande Loja de Londres,

o primeiro calendário maçônico, por sinal muito simples de se utilizar, tinha por objetivo claro

dar uma identidade própria ao registro das datas maçônicas, numa época em que ritos

formalmente ainda não existiam. Conforme foram surgindo, cada rito parece ter utilizado da

mesma estratégia para deixar sua marca na datação dos documentos e registros maçônicos.

Nos últimos anos, muitos desses calendários maçônicos têm caído em desuso. E quando

utilizados, geralmente são acompanhados pela data no formato do calendário civil. Por esse

motivo, não é de se estranhar que muitos maçons, mesmo com algumas décadas de experiência,

desconheçam o funcionamento dos mesmos, até mesmo quando adeptos de um dos ritos que os

possui.

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Originalmente publicado em: http://www.noesquadro.com.br/

Portanto, que este trabalho não sirva apenas para saciar a curiosidade daqueles que o

leem, ou para servir de orientação quando se desejar confeccionar um certificado maçônico com

certo requinte, senão para também registrar, de forma sucinta e organizada, um dos elementos

que compõem a história dos ritos aqui citados e que pode simplesmente se perder nas brumas do

tempo.

4. Referências Bibliográficas

AYALA, Carlos Martinez –

“Origem, Significado e Tipologia das Ordens Militares”, As Ordens

Militares na Europa Medieval, dir., por Feliciano Movoa Portela, 1ª ed., em Portugal, Lisboa,

Chaves Ferreira – Publicações S.A., 2005

BARR, J. Why the World Was Created in 4004 BC: Archbishop Ussher and Biblical

Chronology. Bulletin of the John Rylands University. 1985, vol. 67, no2, pp. 575-608.

BASSINI, Marili. Ensino Religioso: educação pró-ativa para a tolerância. Revista de Estudos da

Religião Nº 2, p. 49-64, 2004.

BÍBLIA. Português. A Bíblia Sagrada: Antigo e Novo Testamento. Tradução: João Ferreira de

Almeida. Brasília: Sociedade Bíblica do Brasil, 1969.

COIL, Henry Wilson; BROWN, William M. Coil’s Masonic Encyclopedia. New York: Ed.

Macoy,1961.

MACKEY, Albert. An Encyclopedia of Freemasonry. New York e Londres: The Masonic

History Company, 1914.

RIBEIRO, João Guilherme da Cruz. O Nosso Lado da Escada. Rio de Janeiro: Edição do Autor,

2012.

THIBAULT, Pierre. O Período das Ditaduras 1918-1947. História Universal 12. Lisboa:

Publicações Dom Quixote, 1981.

REFLEXÕES SOBRE A INICIAÇÃO - Hercule Spoladore

Costumamos ler com frequência, ou mesmo ouvir em Lojas que certos Irmãos por certas condições peculiares já eram maçons antes de serem iniciados, pois já agiam como se fossem membros da Ordem. Achamos que esta afirmação é apenas uma força de expressão, pois literalmente ela não é verdadeira.

Se ser maçom é sinônimo se ser bom, íntegro, justo, crer em Deus e outros tantos epítetos, então o mundo seria uma imensa Loja, pois existe um número muito grande de homens que poderiam ser maçons, o que realmente não ocorre, portanto não é verdade.

O que realmente acontece é que existem milhões de homens que preenchem os requisitos que a Maçonaria exige, mas só serão maçons se ao serem iniciados quer no dia de sua Iniciação, ou quer com o passar do tempo quando vivenciarão realmente sua Iniciação, é que verdadeiramente se tornarão maçons, a qual é uma condição muito especial, espiritual, e também muito pessoal de cada um.

Alguns são realmente muito marcados e sensibilizados no dia marcado pela Loja do seu recebimento na Ordem. Todo simbolismo empregado, dirigido, toda a técnica iniciática, a privação da visão pela venda, por algumas horas, estimulará outros sentidos de tal maneira que quer queira ou não, o iniciando será obrigado a se colocar numa introspecção de tal ordem que sua mente se tornará receptiva recebendo os ensinamentos previamente preparados que agirão de forma inevitável em cada um, sempre de maneira pessoal, pois cada qual dadas as suas concepções metafísicas receberá estas impressões na sua consciência íntima ou seja no seu EU profundo. Haverá então uma extrapolação de energias positivas durante a experiência, onde transfundir-se-á  em dado momento a natureza do ser único e pessoal, impulsionando o iniciando a encontrar novos caminhos do espírito. Será uma maneira dele conhecer o seu mundo interior sem barreiras, de tal forma que terá uma visão mais realista e coerente do universo em que vive. O seu EU se reverterá numa massa compacta de harmonia, impulsionando-o a novas realizações. Aí o maçom perderá sua linguagem habitual, comum linear e unívoca. Não saberá explicar o que se passou consigo. A linguagem do EU profundo, ou da consciência dupla descoberta durante a Iniciação é algo vivido. Não pode ser dito. A mente criará condições insuperáveis e intransponíveis em que ele mesmo que queira, não saberá explicar a outrem o que está acontecendo. Este é o verdadeiro segredo maçônico e não aqueles que se propalam nas Lojas de toques sinais e palavras e que também os profanos acreditam como tal.

Ato contínuo, dando-se prosseguimento à cerimônia iniciática no momento majestoso de se receber a Luz, quando então o já maçom poderá enxergar com os olhos físicos, ocorrerá o que alguns autores chamam de “choque iniciático”. Aliás, a retirada da venda marca a reentrada do iniciando no mundo comum. Alguns Irmãos referem depois, sobre esta passagem, que a retirada da venda lhes foi um tanto desagradável, porque a suspensão da visão durante aquelas horas e tudo o que sentiram e ouviram foram momentos tão seus, tão íntimos, tão mágicos que ao perceberem  que estavam novamente em comunidade, deixaram de ser um para ser mais um.

Já tivemos a oportunidade de ver Irmãos viverem no dia de sua Iniciação todo o esplendor e toda a profundidade iniciática, que mesmo após a cerimônia, estavam num estado emocional parecido ao transe, tais foram as impressões sentidas e vividas.

É obvio, que estamos discorrendo sobre Iniciações sérias, tecnicamente bem feitas e bem executadas pelas Lojas que assim procedem. Todos os ensinamentos iniciáticos não devem se restringir tão somente ao dia da Iniciação. Eles deverão impregnar o maçom por toda a vida. Não poderão ser apagados ou esquecidos.

Entretanto, ao lado destes maçons que se tornam praticamente iniciados no dia de sua Iniciação, há outros que jamais serão iniciados, apesar de terem passado pelo mesmo processo. Estes acham que a sequência iniciática até poderia ser dispensada, pois é muito longa, se sentem mal com a venda nos olhos, etc. Estes vieram buscar na Maçonaria uma associação de auxilio mútuo, de esportes, vieram buscar uma sociedade de banquetes, de festas, como se ela fosse um clube social ou mesmo um clube de serviço. Usarão aventais vistosos, saberão realizar os mesmos sinais que seus Irmãos, conhecerão as palavras, usarão até orgulhosos o famoso distintivo do esquadro-compasso na lapela, poderão até serem assíduos às Sessões Todavia, aquela metamorfose espiritual que a Maçonaria tentou incutir neles mesmo que eles tentem a enganar a si próprios, mostrando-se solícitos, ou mesmo até generosos em movimentos de beneficência, ela jamais ocorrerá. Culpa de quem?  Da Maçonaria?  Difícil avaliar.

Achamos que a verdadeira Iniciação dependerá do Iniciando e de mais ninguém.

Dependerá muito mais do que este homem veio buscar na Ordem e não do que ele pensa estar procurando. As vezes querer não é sentir.

A Maçonaria apenas mostra o caminho. Ela representa um meio. O fim é o próprio Irmão. Se o Irmão não achar a Verdade em si próprio, ninguém a achará por ele.

Se o maçom for pequeno espiritualmente, nem usando avental bordado a ouro, fará dele um verdadeiro maçom.

Krishnamurti disse: “ eu sustento que a Verdade é uma terra não trilhada e que não a alcançareis por nenhum caminho, nenhuma religião, seita...”. Por analogia, o maçom é que se iniciará a si mesmo procurando a sua Verdade.

Existe um grupo de homens bastante restrito, fechado, que só se iniciará verdadeiramente na Ordem pelo Conhecimento. Ao referirmos esta palavra Conhecimento, não queremos apenas dizer a somação intelectual de dados, fatos e informações por um processo de memorização, mas sim a um enorme esforço de conscientização e espiritualidade que agem gradualmente como agente catalisador de uma metamorfose interior.

Tratam-se de homens que muito embora, não deixaram de ficar marcados profundamente pela experiência de várias horas que durou sua Iniciação, porem entendem e concordam que ela foi apenas o início de uma jornada, dado a sua sensibilidade e desejo de aprender e tendo um sentido aguçado de pesquisa, com muito esforço e com elevado senso crítico a respeito de tudo que os cerca, de tal forma que tudo após passar pelo sua censura, pelo seu julgamento será aceitado ou rejeitado.

Então, somente após aprenderem por dedução própria o que é realmente Maçonaria, começará a haver nele aquela abertura espiritual é que vão se tornando realmente Iniciados. Esta visão deve ser reciclada dia a dia. O Conhecimento real levará o Irmão a uma espiritualidade tal, sendo este o mais elevado escopo da Ordem.

Dos abismos de sua consciência, mergulhando para dentro de seu interior, bem no fundo de sua personalidade arcaica, irá surgir o verdadeiro Iniciado, o qual a cada revelação tanto mais se aproximará da perfeição.

Na acepção mais profunda e verdadeira a Iniciação é em última análise, um processo de regeneração espiritual e moral, através do conhecimento gradativo lento e seguro das normas que governam o equilíbrio interior do maçom na mesma vibração que o universo exterior.



agosto 20, 2024

A ESPADA - José Oscar de Souza



Com um simbolismo vastíssimo, a ESPADA é um dos acessórios mais usados nas cerimônias Maçônicas.

No seu aspecto mais vulgar, é a arma da vigilância por meio da qual o iniciado procura defender os nossos Augustos mistérios de toda intromissão violenta do mundo profano. 

Origem

A origem da Espada, como objeto Maçônico, vem da construção do Templo de Zorobabel, erguido em substituição ao grande Templo de Salomão destruído por Nabucodonosor. Os construtores tinham, ao lado da ferramenta, sempre a Espada vigiando os inimigos, mercê a proteção obtida do rei da Pérsia, Ciro. 

Significado: De Ordem Material e de Ordem Simbólica.

De Ordem Material:

Funciona como uma arma de plantação e de defesa efetiva da Oficina podendo, inclusive, transformar-se em arma de ataque.

A Espada divide-se em três partes principais e cada uma tem o seu simbolismo: 

A Empunhadura;

A Cruz;

A Lâmina ou Folha. 

Tipos de espadas:

Espada comum ou ordinária;

Espada Flamejante.

ESPADA COMUM:

Apresenta uma estrutura própria, segundo medidas convencionais. Sua lâmina deve ter setenta e cinco centímetros de comprimento por três de largura, sendo de aço com dois fios, terminando em ponta triangular de cinco centímetros. O seu punho simula um "cordão torcido", rematado por um "Crânio" e sob o punho uma cruz (cruzeta) formada por um cubo e dois braços. Sobre o cubo, um esquadro cruzado por um compasso. Poucas são as Lojas que têm Espadas Maçônicas, pois aproveitam Espadas militares fora de uso. 

ESPADA FLAMEJANTE:

É idêntica à Espada comum em tamanho, estrutura e características, à exceção da lâmina que deve ter uma forma ondulada e semelhante às línguas de fogo. A origem dessa Espada está nas escrituras sagradas, onde se diz que o anjo que expulsou Adão e Eva do Paraíso guardou as portas com uma Espada Flamígera ou de Fogo. 

DE ORDEM SIMBÓLICA:

Quem usa a Espada dentro da Loja?

A Espada está presente nos três graus, mas sempre como parte integrante da liturgia. Nem o aprendiz, nem o companheiro utiliza Espada como parte integrante de suas indumentárias. O seu uso é exclusivo para os Mestres.

Espada comum: - simbolismo no geral.

Em que situações é usada dentro da Loja?

É usada nas sessões normais dos três graus pelo Guarda do Templo interno e pelo Cobridor externo. Também é empregada habitualmente pelos Mestres por ocasião da recepção de autoridades e visitantes ilustres, formando a abobada de aço.

A Espada dentro do Templo é símbolo de proteção Divina e de justiça. A Espada ainda representa o verbo, a palavra e o próprio homem.

Espada comum: - Simbolismo por partes.

O cordão torcido que forma a Empunhadura da Espada é uma alegoria da força e da firmeza dos sagrados princípios da equidade e da razão, indicando, pela sua forma, que a ação é constante na propagação de seus ensinamentos.

O "Crânio" que arremata a Empunhadura é uma alegoria da morte, castigo que deveria ser imposto àqueles que faltam aos seus juramentos ou atraiçoam os seus princípios.

O "Corpo e as Folhas" de acento representam a Loja. As esferas terrestres e celestes que se observam sobre as faces laterais são representações da força material e da intuição.

A Folha da Espada é de dois gumes, porque um representa os direitos e o outro os deveres dos quais é o mais valioso sustentáculo.

A bainha da espada, dentro do esoterismo, é considerada o emblema das virtudes morais.

Espada Flamejante: - Simbolismo no geral

Em que situação é usada?

Para certos cerimoniais, devendo ser manejada pelo Venerável Mestre para empossar Maçons em certos cargos administrativos e receber os neófitos após seu juramento.

A Espada Flamejante tortuosa é o símbolo que permanece no altar do Venerável Mestre, que a usa para os juramentos. Coloca a Espada, como o faziam os antigos reis e imperadores para sagrar fiéis e cavaleiros.

Simboliza o silêncio, o sigilo e a segurança e deve ser flamígera, porque esses três preceitos são dirigidos em todas as direções . 

A Espada Flamígera simboliza as irradiações de calor da ciência maçônica, que pelo fogo purifica aqueles que dela devam tomar conhecimento. Quando o Maçom presta os seus juramentos, o faz em direção a todos os "ventos", pois ao pronunciá-los, emite vibrações sonoras que em ondas atingem todos os pontos do Cosmo.



A BUSCA É PELA PALAVRA PERDIDA? - Paulo André

" Quando o aluno está pronto o Mestre aparece"

Faz tempo ( ninguém sabe precisar quanto) que os maçons vivem buscando a chamada Palavra Perdida, segundo algumas lendas, quem a encontrar terá uma chave que abrirá todas as portas do conhecimento oculto

O que será essa palavra?

Apenas uma palavra, um código, um comportamento, o que será afinal?

Até por que não basta achar, é preciso decifrar, ou seja, pode está em nossa cara, e ainda não percebemos

Mas quando e por que ela foi perdida?

Bem, para ser pronunciada era necessário a presença dos três:

Salomão, Hiram e Hiram Abiff, para variar uma trindade, o que dá um sentido mÍstico e espiritual, e foram também três os assassinos no Mestre

Quem entrar pros filosóficos ou para o Arco Real, verá que o mesmo número três......ops, spoiler é perjúrio na Maçonaria ( Mas atiçar não é, portanto, tratemos de trilhar os graus superiores, escoceses ou colaterais)

Voltando ao quebra-cabeça, temos algo mágico perdido, mas que só pode ser achado, pronunciado e (suspeito) praticado na presença da trindade

Mas um membro da Trindade não está mais entre nós, então a procura é realmente pela palavra?

Ou será para o substituto do Mestre assassinado?

E então quando ele for encontrado, a palavra e seu uso estará em nossas mãos.

A pergunta então passa a ser, quem é esse novo Mestre?

Ao ser encontrado, ele precisa ser convencido de que é o homem procurado, e então com sua presença, a Trindade Maçônica será restaurada, e o objetivo final será então encontrado e desvendado

Tenho um palpite de quem é esse Mestre, mas imagino que você também tenha o seu.


agosto 19, 2024

MAÇONARIA - DE ISAAC NEWTON À INTERNET

 

É um dos primeiros livros sobre maçonaria no Brasil cujas pesquisas foram feitas com suporte de IA na Inglaterra, França e EUA. Uma visão nova da Ordem com fundamentos históricos. Entre os Entre os muitos temas tratados estão:

O império romano - mil anos de história;   

As corporações de ofício;   

  A mulher na maçonaria;   

 Outras "maçonarias";   

A primeira Lodge;   

As guildas;

1666 - O incêndio de Londres;

O Iluminismo;

 A nascente maçonaria;     

A fundação da Grande Loja de Londres e Westminster;  

As companhias Livery;

O Rito Escocês Antigo e Aceito;    

A Cabalá na maçonaria;    

O que é "Egrégora";    

O que sustenta a maçonaria e muitos outros.

O valor do livro é de apenas 70,00 e enviarei dedicado.

Michael - whatsapp 61.9.8199.5133

MANUAL DOS CARGOS EM LOJA DO REAA - Almir Sant’Anna Cruz



Este Manual, sem a presunção de esgotar o assunto, pretende transmitir aos leitores de forma simples, clara e direta as particularidades de cada um dos 22 cargos do Rito Escocês Antigo e Aceito, o mais praticado no Brasil.

Desde a sua introdução no país o Rito Escocês Antigo e Aceito sofreu fortes influências de outros Ritos.

Primeiramente do Adonhiramita e do Moderno, seus antecessores no Grande Oriente do Brasil e posteriormente do Ritual de Emulação inglês e do Rito de York Americano, após a cisão havida no Grande Oriente do Brasil em 1927, com a fundação das Grandes Lojas Estaduais.

Num processo de importação de práticas de uma Potência por outra poderíamos dizer que no Brasil não se trabalha verdadeiramente no Rito Escocês Antigo e Aceito e sim no Rito Escocês Antigo e Aceito Brasileiro.

Todavia, no que respeita aos cargos em Loja, existe uma certa uniformidade em seu quantitativo, em seus títulos e em suas atribuições.

Poucas são as variações, e estas não afetam o seu conteúdo.

Em algumas Potências cabe ao Primeiro Vigilante instruir os Aprendizes e ao Segundo Vigilante os Companheiros e em outras as incumbências são inversas. 

Em algumas o Secretário e o Chanceler são eleitos e em outras são indicados pelo Venerável Mestre.

Em algumas o Mestre de Cerimônias usa como joia uma Régua e em outras um Triângulo Equilátero.

Em algumas o Hospitaleiro tem assento no Sul e o Mestre de Cerimônias no Norte e em outras as posições são invertidas.

Em algumas o Cobridor Interno senta-se à esquerda de quem entra e o Cobridor Externo a direita e em outras as posições são invertidas.

Algumas denominam o Cobridor Interno como Guarda do Templo.

Em algumas os Diáconos portam bastões para formarem um Pálio e em outras os Diáconos não portam bastões e não se forma o Pálio.

E em quê essas variações afetam o conteúdo? 

Absolutamente em nada!

Interessados no livro, contatar o autor, Irm.’. Almir, no WhatsApp (21) 99568-1350

MAÇONARIA E A QUESTÃO DO RACIONALISMO - João Rodrigues


A partir do século XVII uma cultura orientada para o científico e para o lógico invadiu as consciências de tal modo, que nada mais podia ser sustentado no terreno do pensamento e da experiência social, se não fosse passível de ser reduzida à uma fórmula matemática ou à uma proposta epistemológica que a mente humana pudesse entender e explicar racionalmente. 

Tudo tinha que explicado com estrita clareza, ordem, concisão e exatidão.

Esta cultura pelo exato, pelo matematicamente provável, pelo passível de repetição em laboratórios, expulsou dos meios intelectuais a antiga tradição esotérica dos “Filhos de Hermes” e dos “Obreiros do Bom Deus”, que escondiam nos símbolos da sua atividade profissional os tesouros da sua ciência. 

Numa sociedade fundada sob a certeza das suas fórmulas, na organização das suas estruturas, na demonstração inequívoca de resultados, no amor pela evidência racional, não havia lugar para uma metafísica apoiada em símbolos que somente iniciados podiam desvendar, e mesmo assim, sem certeza da obtenção de qualquer resultado concreto.

A chamada “alta ciência” que se hospedava na pratica da alquimia e da maçonaria operativa teve de se adaptar as exigências do racionalismo. 

Daí o nascimento da moderna Arte Real, com a introdução daqueles elementos que Robert Ambelain chamou de caminho político da Maçonaria, onde se aliavam, segundo as suas próprias palavras,

“as melhores noções de progresso e evolução, mas também, infelizmente, ideias novas, desconhecidas dos antigos franco maçons, como o ateísmo, o materialismo, o laxismo, que conduzem ao materialismo desagregador e que tenderiam, pouco a pouco, a minar certos valores que fazem a dignidade do homem”.

Ambelain, como outros críticos da maçonaria moderna, achava que influência psíquica dos ritos maçónicos tinha sido envilecida na sua passagem operativa para o plano puramente especulativo, pois a espiritualidade que havia na prática operativa foi substituída por uma ritualística vazia de sentido e extremamente pobre em conteúdo emocional. 

A Maçonaria antiga, que incorporava na sua prática uma noção de sacralidade, cederia o passo à nova organização, que nada mais era do que um clube de elite, que refletia as tendências culturais de uma época extremamente conturbada, onde a desconstrução do antigo era a moda.

Não obstante o seu sentimento saudosista, Ambelain, como outros autores da mesma escola, reconhecia que a Maçonaria secularizada, como todas as instituições oriundas da cultura medieval, precisava se adaptar às exigências do ambiente da época, que elegera o racionalismo como nova religião oficial. 

Não fosse essa concessão ao espírito da época ela também não teria sobrevivido como tradição, e acabaria no mesmo escaninho em que foram postas outras grandes tradições desenvolvidas pelo espirito humano, como a alquimia e a aritmosofia, que sobrevivem apenas como curiosidades históricas.

Pois na nova estrutura cultural que então se instalara com o advento da Reforma Religiosa e do seu filho filosófico, o Iluminismo, também o esotérico precisava de uma epistemologia que o fizesse palatável às novas classes intelectuais. 

A Maçonaria que emergiu desse caldo cultural é a que conhecemos hoje: Um iluminismo romântico, temperado com elementos de esoterismo.