setembro 09, 2024

O ACORDAR DE UM LINDO SONHO - José de Oliveira Mendes


Uma rampa talhada na pedra sabão que ali muito havia.

Uma descida de morro, um tanto intrigante.

A meu lado estava Maria,

Atabalhoada com o declive e com o sol causticante,

Desengonçada, na trilha seguia.

O esforço da descida a deixou ofegante

Apesar de tudo, para mim sorria.

O destino era uma imponente e obscura grota

Talhada na base daquele altiplano, verdejante.

Logo, um alecrim que está na rebrota,

Ao lado, grosseira e tortuosa lixeira, mas não obstante

Linda flor de um ipê, ali se nota.

Até uma lagartixa que parece deslizante

Palmeia o solo e, de repente, trota.

Maria e eu. Eu e Maria, naquela paisagem estonteante,

Maria, com tez calma, mas serena, segurando os cabelos

Que o vento insistia em torna-los esvoaçante,

Aproximou-se de mim e com muito zelo

Limpou suor do meu rosto e, com olhar provocante,

Sentiu a barba malfeita e um arrepiar dos meus pelos

Muita adrenalina pelo corpo, nos pulmões respiração arfante.

Nos quadris dela, minhas mãos, depressa, anteponho

Uma sensação inimaginável, ao dela me aproximar

Meus lábios, em seus lábios eu ponho

Entrelaçando-nos, em um lento zanzar

Mas algo me deixou bem tristonho

A realidade pôs-se então a brotar

Acordei, nada aconteceu. Tudo foi apenas um sonho.

setembro 08, 2024

QUANDO NOS REUNIMOS - Denizart Silveira de Oliveira Filho


Uma das Vigas Mestras da Maçonaria é a premissa básica da beleza da união entre os Irmãos, decorrente da excelência do amor fraternal, que nos leva ao desejo de estarmos sempre reunidos, seja fisicamente, o que é ideal e especial, seja virtualmente, algo que se tornou comum, através das diversas Lojas Maçônicas Virtuais de Estudos. 

É como nos disse Thomas Carlyle (1795-1881), célebre pensador e historiador escocês: “Um homem, louvado seja o céu, basta a si próprio; entretanto dez homens, unidos no Amor, seriam capazes de ser e fazer o que dez mil singularmente não fariam”.

De acordo com o Relatório Mundial da Felicidade, a Dinamarca está entre os países mais felizes do mundo. Os dinamarqueses resistem aos invernos longos e sombrios, reunindo-se com os amigos e compartilhando uma bebida quente ou uma boa refeição. Eles usam a palavra hygge para descrever os sentimentos associados a esses momentos. Esse sentimento de aconchego os ajuda a compensar o impacto de ter menos luz do sol do que as pessoas que moram em locais de clima quente ou temperado. Ao redor de uma simples mesa com seus entes queridos, o coração deles se aquece. 

De fato, quando se é feliz sente-se a necessidade de união e reunião com parentes, amigos, irmãos de Ordem, enfim com quem se ama. É como nos disse Dino Segre, o Pitigrilli (1893-1965), escritor, advogado e jornalista italiano: “Quando se é feliz sente-se a necessidade de compartilhar essa felicidade com quem se ama, como quando se tem febre se experimenta o desejo de chupar tangerinas”. 

O escritor da epístola aos Hebreus, no Novo Testamento, encoraja o ato de nos reunirmos. Reconhece que haverá dias difíceis exigindo a perseverança na fé em Deus. Embora Jesus tenha assegurado nossa aceitação por Deus por meio de nossa fé nEle, podemos lutar contra a vergonha, dúvida ou oposição. Vergonha de nós mesmos, de nosso Governo e seus governantes, de nossos congressistas e de nossas instituições; Dúvida quanto ao futuro próximo ou distante; Oposição daqueles que pensam diferente.

Ao nos reunirmos, podemos nos encorajar mutuamente, ter comunhão, e isso fortalece a nossa fé. É como nos diz o escritor de Hebreus: “E consideremos uns aos outros para nos incentivarmos ao amor e às boas obras. Não deixemos de reunir-nos como igreja [Loja], segundo o costume de alguns, mas procuremos encorajar-nos uns aos outros, ainda mais quando se aproxima o Dia” (Hebreus 10:24-25).

O encontro com amigos ou irmãos é algo que a Bíblia nos encoraja a praticar como meio de nos apoiarmos na fé ao enfrentarmos as frustrações comuns da vida. Que motivo maravilhoso para buscarmos a comunhão com uma Loja! Ou para abrir nossas casas com a simplicidade dinamarquesa para nos fortalecermos mutuamente.

A PALAVRA PERDIDA...REDESCOBERTA -


(Cada irmão recebeu um envelope com os dizeres “Não abra o envelope até que seja solicitado”.) 

Senhores:  Tenho um anúncio emocionante. Encontrei a palavra perdida de um Mestre Maçom! Ela está no envelope diante de você – mas não o abra ainda! 

Armados com a palavra perdida, nossos irmãos, no passado, eram reconhecidos, honrados, e bem recebidos em todo o mundo. Eles eram líderes em e de suas comunidades. Eram policiais, empresários, médicos, operários, advogados e estadistas. Cada cidadezinha tinha uma Loja Maçônica no seu centro, e cada capital tinha suas Lojas fortemente unidas. Os maçons alimentavam os famintos, vestiam os nus, alojavam, educavam, e protegiam os órfãos. 

Nossos irmãos históricos eram a nata de suas comunidades. Eles sabiam quem eram, e todo mundo sabia quem eles eram. 

Tudo por causa de uma única palavra! Em algum lugar ao longo da linha, a palavra foi perdida. Os maçons esqueceram sua palavra. Eles não a passaram adiante. Os novos nunca a aprenderam. 

No espaço de poucos anos, ao que parece, ninguém mais sabia a palavra. Hoje, muitos maçons parecem não perceber que tal palavra sempre existiu. Mas existiu – e existe! 

A palavra era uma parte do alicerce sobre o qual a Maçonaria foi construída. É uma parte da organização – guardada em um cofre subterrâneo. 

Embora a palavra possa ter desaparecido da mente dos maçons, ela se encontra ali até que gerações futuras a descubram. 

Eu não alego uma genialidade ou astúcia especial por tê-la descoberto. Em vez disso, sinto-me um pouco como o Huno que descobriu a Grande Muralha da China, na revista em quadrinhos de Gary Larson, “Far Side”, (um cavalo e o cavaleiro pregados contra a muralha, e um homem pensando “diabos, de onde veio ISSO?”) 

A hora chegou, senhores, de cada um de vocês agora redescobrir a palavra perdida. 

Abram seus envelopes, por favor. 

“RELEVÂNCIA”, meus irmãos, é a palavra perdida do Mestre Maçom. Há muito tempo atrás, nossa Fraternidade era relevante. 

Fazíamos um bom trabalho, e os homens se atropelavam para se juntar a nós. Nós ajudávamos os pobres. Nós ajudávamos os desesperados. Nós o fazíamos, juntos, e fazíamos bem! Nós éramos uma Irmandade e não uma burocracia...

Hoje, infelizmente, o inverso está mais perto da verdade. Temos linhas de Oficiais da Grande Loja, linhas de Oficiais de loja, linhas disso, comissões daquilo, conselhos de alguma outra coisa, mas onde nos conduzem essas linhas? 

Será que elas nos conduzem a algum lugar? Será que elas realmente nos conduzem? 

Tudo se resume a três pequenas palavras, e uma um pouco maior: COMO NÓS SOMOS RELEVANTES? 

Hoje, podemos reunir 25 homens para presentear uma comenda de 50 anos de maçonaria. Que diabos! 25 homens vão procurar UM Irmão para lhe dar uma comenda de 50 anos! 

Enquanto isso, o Joãozinho na escola do fim da rua NÃO SABE LER, o seu parque de diversões está caindo aos pedaços em torno dele, e ele tem medo de ir para casa porque os ratos saem de suas paredes durante a noite! 

É verdade, no seu estado atual, nossa Fraternidade não pode corrigir todas estas coisas, nem sequer a maioria delas, mas o QUE ESTAMOS FAZENDO? 

Estamos preocupados com o buraco na tela da porta da viúva Harrison, e no próximo mês estamos dando uma bolsa $ 100 para o filho de algum maçom que vai entrar na faculdade, independente se ele ganha ou não ganha o dinheiro. 

Ah, e então, naturalmente, vamos nos dar uma palmadinha nas costas e aplaudimos alguns mais que outros. 

Agora, não me interpretem mal; nada há de errado em ajudar Maçons com mais freqüência que não-maçons. 

No entanto, se vamos nos perguntar por que os membros de nossas comunidades não estão mais nos procurando, temos de tentar nos ver da forma como eles nos vêem. 

O que os Maçons fazem que seja relevante para as pessoas em suas comunidades? 

Ok – vamos ajudar a comprar UTIs de câncer, ou talvez fazer uma campanha de coleta de sangue de vez em quando, e, algumas vezes, convidamos os escoteiros para uma reunião, mas hei! Quem não faz isso? 

O que diferencia a Maçonaria de outras organizações? Por que nós esperamos que os homens se juntem a nós em vez do Lion’s Club, o Rotary Club e outros clubes de serviço? 

No momento, a nossa melhor resposta parece ser: _Segredos! _Grandes Segredos! _Grandes segredos Importantes! 

Francamente, acho que temos vivido das glórias de nossos irmãos no passado por um longo tempo. Acho que os homens se juntam a nós hoje, porque eles querem participar de um clube social, e eles ouviram falar do passado glorioso da maçonaria. 

Acho que se candidatos potenciais soubessem da confusão em que se encontra a Fraternidade neste momento, estaríamos em maiores apuros do que estamos agora… 

A investigação realizada pela Força Tarefa de Renovação Maçônica que foi convocada, e em seguida ignorada pela Conferência dos Grãos-Mestres nos EUA indica o que os homens querem: eles querem oportunidades sociais – tanto para si quanto para suas famílias, eles querem oportunidades para servir suas comunidades, eles querem meter a mão na massa, não apenas emitir cheques. 

Eles querem aprender a se tornar melhores líderes, e eles querem, com o tempo, tentar assumir uma liderança. 

ISTO É RELEVÂNCIA! 

ISTO É O QUE OS HOMENS QUEREM! 

E porque não estamos oferecendo essas coisas agora, poucos homens estão aderindo – e eles não vão ingressar até nós lhes ofereçamos isso! 

Hoje, os homens não querem que percamos seu tempo lendo atas e apresentando convidados. 

Nossas pesquisas mostram que não querem ritual, eles não querem receber pregações, eles não querem “refletir sobre as lembranças felizes produzidas por uma vida bem vivida e morrer na esperança de uma imortalidade gloriosa”. 

ELES QUEREM VIVER! 

Aqui!

Hoje! 

Agora! 

Eles vêm até nós porque querem que lhes proporcionemos a oportunidade de se reunir, servir e liderar – e, se a nossa Fraternidade quer sobreviver, vamos ter que lhes fornecer essas oportunidades. 

É ESTE O NOSSO DESAFIO! ISTO É SER RELEVANTE! e ISSO é o que nos vai levar para o século XXI e além..

Por Gary D. Colby. Loja Union Station, Washington, DC - Tradução José Antonio de Souza Filardo

SESSÃO MAGNA DA AMVBL


Sob a presidência do irmao Michael Winetzki e tendo o irmão Adilson Zotovici como Mestre de Cerimônia, realizou-se na noite deste 7 de setembro a sessão magna da Academia Maçônica Virtual Brasileira de Letras com a presença de 112 irmãos no auge, incluindo confrades, convidados e dois SGM que participam do Conselho Consultivo, o irmão Paulo Benevenute Tupan da Grande Loja Maçônica do Estado de Rondônia e o irmão Ailton Elisiário de Souza, da Grande Loja Maçônica do Estado da Paraíba.

Foram sorteados 14 livros dos confrades acadêmicos aos presentes. Também houve a apresentação de números musicais do irmão Carlos Alexandre e a prestação de contas da tesouraria pelo seu titular irmão Oduwaldo Álvaro.

O suporte tecnológico, como sempre, esteve a cargo do vice presidente, irmão Izautonio Machado. 

A palestra do irmão Roberto Zardo foi extraordinária e o vídeo do YouTube está postado abaixo, para ver, rever e aprender.



setembro 07, 2024

BRADEMOS...VIVA - Adilson Zotovici



_Em união cavaleiros !_

_Obediência ou potência,_

_Toda Nação e canteiros_

_Com amor e diligência_


_Diante aos nevoeiros_

_Adiante, persistência,_

_Na cultura os luzeiros_ 

_Postura com veemência_


_Honremos velhos obreiros_

_Por liberdade em essência_

_Que desses heróis herdeiros_


_Brademos com eloquência_

_Coesos, livres pedreiros_ 

_“VIVA”... nossa Independência !!!_



A LOUCA PESCARIA PROFANA - Roberto Ribeiro Reis



Desejosos de encher o Templo,

O Maçom se perde no exemplo,

Preterindo aspectos bem sérios;

Tão louca e profana pescaria,

Reverbera, feito uma zombaria,

A Sindicância deve ter critérios.


Não se trata de turma da pelada,

Clube do pagode ou da feijoada,

Tampouco é encontro do vinho;

Por isso, pense antes, bastante,

Sendo um coerente militante,

A Ordem não é algo comezinho!


Estudar o perfil dum candidato,

Vendo se ele possui, de fato,

As qualidades do perfil maçônico;

Trabalho sério, calmo, de espera,

Assim a Maçonaria só prospera,

O parecer não é ato supersônico!


Sentir toda firmeza nos trabalhos,

A fim de que eles não sejam falhos,

Nem precipitada a sua conclusão;

É imperioso reiterar a importância

De o sindicante agir em consonância

Com a nossa Ordem e sua retidão.


A Arte Real a fácil tarrafa dispensa,

Não entenda isso como uma ofensa,

Mas sim como um filtro necessário;

“Quão bom e suave é viver em união”,

Busquemos fazer a melhor seleção,

Afim de que vivamos o extraordinário!

O ÓBVIO - Sidnei Godinho


Volta e meia, em qualquer discussão ideológica, em dado momento, a falta de argumentação se vale da máxima: Isso é óbvio. 

Quantas e quantas vezes o debate se torna acalarodo e até foge ao controle da sensatez, para no final ouvir o óbvio. 

Há quem se valha do termo sem mesmo se dar conta do seu significado, daquilo que é Axiomático, notório, inquestionável, um verdadeiro dogma. 

E por quê então tantos relacionamentos se desfazem, sejam contratos trabalhistas os sociais (casamentos), já que seu conteúdo é pré-estabelecido e de comum acordo? 

Simples, porquê o óbvio na natureza humana não é o saber, mas o com ele conviver. 

E o bom convívio requer mais que a racionalidade crua do conhecimento; requer, em igualdade, admnistrar as emoções que afloram no se entregar e o ímpeto do instinto de autopreservação no se não baixar a guarda. 

Ainda que trabalhar ou casar envolvam riscos conhecidos e retratados, nem todos são habilidosos o suficiente para, em um primeiro momento, decidir com a precisão de que será eterno o que se jura durar até a morte. 

..."Amar a Deus sobre todas as coisas e ao Próximo " COMO" a SI mesmo"...

O mandamento não é egoísta, apenas esclarece que DEUS é soberano e que você é único e não deve se amar menos que a outros. 

Sendo assim, não se recrime por interromper o que te amargura e buscar a paz em outras realizações. 

A consciência da dúvida move a busca do equilíbrio entre razão e emoção e neste jogo o eterno é o enquanto dure e a morte que separa é a da ignorância, do desconhecido. 

E isto não é o ÓBVIO??? 





setembro 06, 2024

ARLS PRIMEIRO DE JANEIRO 113




A Loja foi fundada em 1960, e é carregada de tradição e realizações. Auxilia a manutenção de um Betel e tem outros trabalhos importantes de beneficência. 

Na noite de ontem eu a visitei e fui recebido de maneira carinhosa pelo VM Sérgio F. Barbosa e demais irmãos do quadro.

Chamou a atenção o elevado número de aprendizes e companheiros jovens, assim como sao jovens o próprio Venerável Mestre, o Orador e outros cargos.

Merece destaque a alegria e o bom humor com que a sessão foi conduzida, o que de forma alguma prejudicou a excelente ritualística.

Fui presenteado com um livro lançado no aniversário de 50 anos da Loja.

Uma visita muito agradável que sugere o retorno em outras oportunidades.



Um esboço para o lixo intelectual - Bertrand Russel


Se uma opinião contrária à sua própria faz você sentir raiva, isso é um sinal de que você está subconscientemente ciente de não ter nenhuma boa razão para pensar como pensa.

Se alguém afirma que dois e dois são cinco, ou que a Islândia está na linha do equador, você sente pena ao invés de raiva. 

As controvérsias mais selvagens são aquelas onde nenhum dos dois lados possuem boas evidências. 

A perseguição é usada na teologia, não em aritmética, porque na aritmética há conhecimento, mas na teologia existe apenas opinião. 

Assim, sempre que você se ver ficando com raiva devido a uma diferença de opinião, esteja alerta; provavelmente você vai descobrir, em exame, que a sua crença está indo além do que a evidência garante.

Bertrand Russell. An Outline of Intellectual Rubbish (1943).

O menino que queria ver Deus

Francisco era um menino com um sonho: queria se encontrar com Deus. Um dia tomou a decisão de ir ao encontro de Deus.

Mas sabia que tinha um longo caminho pela frente, portanto preparou sua mochila com lanches, biscoitos e guaraná, saiu de casa e começou a caminhada.

Após algumas quadras, encontrou um velhinho bem simples, bem humilde, sentado em um banco da praça olhando os pássaros.

O menino sentou-se no banco junto a ele, abriu sua mochila para pegar um biscoito, quando olhou o velhinho viu que ele estava com fome, então ofereceu-lhe um de seus lanches. O velhinho muito agradecido aceitou e sorriu ao menino.

Seu sorriso era tão incrível que o menino quis ver de novo então ele ofereceu-lhe seu guaraná. Mais uma vez o velhinho agradeceu e sorriu ao menino.

O menino estava tão feliz!

Ficaram sentados ali sorrindo, comendo biscoito e bebendo guaraná pelo resto da tarde sem se falarem um ao outro.

Quando começou a escurecer o menino estava cansado, resolveu voltar para casa, mas antes de sair ele se voltou e deu um grande abraço no velhinho.

Daqueles abraços apertados, que enchem o nosso coração de vida!

O velhinho deu-lhe o maior sorriso que o menino já havia recebido.

Quando o menino entrou em casa, sua mãe surpresa perguntou ao ver a felicidade estampada em sua face: - O que você fez hoje que te deixou tão feliz?

O menino respondeu: - Passei a tarde com Deus – e acrescentou – Você sabe, ele tem o sorriso mais lindo que eu já vi.

Enquanto isso, o velhinho chegou em sua humilde casa com o mais radiante sorriso na face, e seu filho perguntou: - Por onde você esteve e por que está tão feliz?

E o velhinho respondeu: - Comi biscoito e tomei guaraná no parque com Deus e antes que seu filho pudesse dizer algo, completou – Você sabe que ele é bem mais jovem do que eu pensava?

E ambos estavam certos…

Esta é uma mensagem conhecida e bem simples, mas que traz um grande ensinamento: Nunca subestime a força de um sorriso, poder de uma atitude ou um simples ato de carinho.

Tudo isso tem o potencial de mudar nossas vidas e nos aproximar de Deus.

Vamos fazer alguém sorrir hoje pois amanha ele pode nos fazer ele pode nos fazer sorrir também.

setembro 05, 2024

A HISTÓRIA DOS PAINÉIS

Na foto o VM Jefferson, o palestrante João Gobo e o veterano escritor Alcyr Ramos da Silva.


Na postagem anterior contei de minha visita na noite de ontem à ARBLS Estrela da Lapa n. 7 para uma sessão de palestra ministrada pelo irmão João Guilherme Milani Gobo com o título genérico de A história dos Painéis. 

O título modesto não revela o espetáculo que foi a apresentação. Uma palestra brilhante, erudita, apresentada com leveza, que conta a história do simbolismo das representações gráficas desde as pinturas rupestres da antiguidade até os Painéis de John Harris, usados por nossas potências, mas com uma deliciosa viagem ao longo do tempo.

Está de parabéns a Loja e seu VM Jefferson Carvalho responsável pelo convite ao palestrante que brindou a todos com uma palestra inesquecível.

ARBLS ESTRELA DA LAPA N. 7


A Augusta, Respeitável, Benemérita, Loja Simbólica Estrela da Lapa n. 7 foi fundada no longínquo ano de 1902 e hoje ostenta uma imensa estrutura no bairro da Lapa.

Na noite de ontem participei com mais de 50 irmãos de uma sessão de palestra conduzida pelo jovem Venerável Mestre ir. Jefferson de Abreu Carvalho que recebia também o Delegado Regional da 7a região, ir. Marcos Alvim e outros membros da administração da GLESP. 

A palestra foi belíssima e tratarei dela na próxima postagem. 

A sessão foi encerrada com um delicioso jantar da qual participaram também as cunhadas e familiares dos irmãos. 

Destaco a bela homenagem à bandeira feita pelo ir. escritor e intelectual Alcyr Ramos da Silva, cujo filho, com o mesmo nome, é o Past Master da Loja, ambos simpaticissimos.

O DIA DO FICO: 09/01/1822 - AlmirSant'Anna Cruz*


As Cortes Gerais, Extraordinárias e Constituintes da Nação Portuguesa, em seu claro intuito de reduzir a importância do Brasil no Reino Unido, acabaram dando um verdadeiro “tiro no pé” ao exigirem que D. Pedro retornasse para Portugal, como já o fizeram com D. João VI.

O Dia do Fico, foi o dia em que poderíamos chamar da união da “fome com a vontade de comer”. 

Por um lado, D. Pedro sentia-se incomodado com o fato de que sua regência, na verdade, estava limitada à província do Rio de Janeiro, capital do Reino do Brasil, pois as demais províncias continuavam sob as ordens de Portugal. Por outro lado os brasileiros desejavam que o Príncipe Regente, de fato, governasse todas as províncias, mantendo uma união política que favorecesse a independência do Reino do Brasil do Reino de Portugal. Então os Maçons trabalharam intensamente para que o Príncipe Regente descumprisse as ordens das Cortes e permanecesse no Brasil.

Em 9 de janeiro de 1822, que entrou para a História como o Dia do Fico, o Presidente do Senado da Câmara do Rio de Janeiro, o Maçom José Clemente Pereira, entregou ao Príncipe Regente uma relação com cerca de 8 mil assinaturas pedindo-lhe que ficasse e fez o seguinte discurso, enérgico e de certa forma ameaçador:

(...)

Vamos tentar agora imaginar o que se passou na cabeça do Príncipe Regente ao receber um abaixo assinado com 8 mil assinaturas e ouvir do Presidente da Câmara do Senado do Rio de Janeiro esse discurso.

Provavelmente deve ter se desconcentrado em alguns trechos do longo discurso, lembrando que em Portugal passara apenas seus 9 primeiros anos de tenra infância; que por lá o ridicularizavam chamando-o de “rapazinho” e “brasileirinho”; que por aqui sua regência estava limitada à província do Rio de Janeiro, pois as demais estavam submetidas às Cortes portuguesas; que o Reverbero Constitucional Fluminense insistia na independência do Brasil; que o Desembargador Intendente Geral de Polícia já o informara sobre o fato das forças policiais não terem como combater os conspiradores Maçons sob a liderança de Gonçalves Ledo; e, sobretudo, o conselho de seu pai antes de embarcar para Portugal.

O resultado foi sua célebre decisão de descumprir as ordens que recebera, pronunciando sua histórica resposta aos anseios dos brasileiros: Como é para o bem de todos, e felicidade geral da Nação, estou pronto: diga ao povo que fico. Agora só tenho a recomendar-vos união e tranqüilidade.

Com este gesto de desobediência às Cortes Gerais, Extraordinárias e Constituintes da Nação Portuguesa, a separação do Brasil de Portugal estava informalmente realizada.

A decisão de D. Pedro evidentemente contrariou os grupos que apoiavam a política portuguesa, sobretudo os comerciantes portugueses que tinham seus negócios no Rio de Janeiro.

A reação à decisão de D. Pedro foi quase que imediata: três dias depois, em 12 de janeiro, cerca de 2 mil homens das tropas portuguesas, sob o comando do Governador das Armas da Corte e Província do Rio de Janeiro, tenente-general Jorge de Avilez Zuzarte de Souza Tavares, acantonados de prontidão e em atitude hostil em frente ao Palácio Real, amotinaram-se e concentraram-se no morro do Castelo, tendo sido cercados por 10 mil brasileiros armados, sob o comando do Maçom Marechal Joaquim de Oliveira Álvares (que se tornou, mais tarde, o primeiro Grão Mestre Adjunto do Grande Oriente do Brasil).

Com suas tropas isoladas e cercadas, o comandante português demite-se e, com receio de um ataque das tropas brasileiras, recuou para o outro lado da baía de Guanabara, para a região da Praia Grande em Niterói, onde se fortificou e de onde finalmente foi expulso com suas tropas do Brasil. A divisão portuguesa embarcou em fevereiro rumo a Lisboa.

Excertos do livro A História que a História não conta: A Maçonaria na Independência do Brasil - interessados no livro contatar o autor, Irm.’. Almir, no WhatsApp (21) 99568-1350