setembro 18, 2024

ARBLS QUINTINO BOCAIUVA N. 10




A centenária Loja Maçônica QUINTINO BOCAIUVA n. 10 é uma Loja ícone da maçonaria paulista com enorme contribuição à Ordem e a sociedade de S. Paulo. Já tive a honra de realizar uma palestra virtual para esta Oficina e ontem, terça-feira, foi a minha segunda visita presencial.

Logo na entrada encontro e abraço irmãos queridos com os quais tenho tido longo relacionamento virtual e pessoal como o irmão Domingos Teodoro, um dos mais destacados especialistas brasileiros em áreas de metalurgia, o psicólogo e palestrante Paulo César e irmão Marcelino Sandoval além de tantos outros.

A sessão conduzida sob rigorosa ritualística pelo Venerável Mestre Fernando Verzaro dos Santos teve como ponto alto uma excelente palestra sobre a abóbada celeste do Templo, realizada com projeção audiovisual pelo irmão Francisco José Sanches Filho.

A estrutura física da Loja é esplêndida e infelizmente por problemas técnicos não houve o ágape que tem fama de ser excelente, mas certamente retornarei a Loja em outras ocasiões para conhecer.








Filhos das Estrelas: A Influência da Astronomia na Maçonaria


Palestra imperdível do polimata irmão JORGE GONÇALVES dia 19, amanhã.

Um dos questionamentos mais recorrentes entre os irmãos que praticam o Rito Escocês Antigo e Aceito, um dos mais populares e difundidos no Brasil, é a posição exata do Aprendiz durante sua iniciação. Outra dúvida que frequentemente surge é: "Onde se localiza o topo da Coluna do Norte?"

Essas perguntas, longe de serem meras curiosidades, refletem divergências entre estudiosos do rito, tornando o debate ainda mais fascinante e essencial para uma compreensão mais profunda.

Para responder a essas questões com precisão, é fundamental entender alguns conceitos astronômicos, como o ponto vernal, a esfera celeste, a eclíptica, o equador celeste e a posição do Sol nos equinócios e solstícios. Com base nesses conceitos, será possível determinar, nos sistemas de coordenadas celestes, a posição exata do neófito no dia de sua iniciação.

A palestra "Filhos das Estrelas" tratará desses conceitos e da influência da Astronomia na Maçonaria.

                        CONVITE

             ARLS O PACIFICADOR 

 Palestra FILHOS DAS ESTRELAS

Horário: 19 set. 2024 19:30 São Paulo

Entrar Zoom Reunião

https://us02web.zoom.us/j/86336673696?pwd=nTi8sqzW6zuub1LtY3XphNtPBleg2b.1

ID da reunião: 863 3667 3696

Senha: 581899

O Venerável Mestre, Ir∴ Paulo Roberto Migueles Rocha, e os obreiros da A∴R∴L∴S∴ O Pacificador, nº 2199, "Benfeitora da Ordem", têm a honra de convidar os estimados irmãos para a sessão ordinária, que será suspensa para a palestra "Filhos das Estrelas", abordando a influência da Astronomia na Maçonaria. 

O evento será híbrido: o palestrante, Ir∴ Jorge Gonçalves, falará diretamente de Aracaju, Sergipe, enquanto parte dos irmãos assistirá presencialmente no Palácio Maçônico Estrela do Rio, no Rio de Janeiro. A palestra também será transmitida ao vivo para aqueles que optarem por acompanhar virtualmente, por meio do link ora anexado. 

O encontro ocorrerá no dia 19 de setembro de 2024, às 20h (início da palestra) , em celebração ao equinócio de setembro.

POLÍTICA E MAÇONARIA REGULAR


O próprio título desta publicação poderá parecer por si só uma possível contradição.

Uma analogia direta entre política e Maçonaria Regular nunca poderá ser feita em concreto porque em Maçonaria Regular não se discute política. E muito simplesmente porque tal não é permitido pelas suas próprias regras, os seus Landmarks, que no seu sexto artigo impede que este tipo de discussão possa ter lugar numa loja maçónica. 

Mas no que ao tema deste post concerne, a proibição existente em relação à abordagem de temas políticos numa sessão maçónica é apenas em relação à discussão e debate de ideias relativas à política partidária. 

Porque abordando a política como conceito em si, conceito este como sendo algo que é assumidamente necessário para quem vive na sociedade, a postura da Maçonaria Regular é diferente. 

O conceito político, quando abordado no seu sentido lato, é permitido seja em debates meramente filosóficos ou que tratem de temas sociológicos ou antropológicos. 

Nestes casos, as ideologias são facilmente postas de parte. 

Pelo que efetivamente nunca se discute se o pensamento político de “direita” ou de “esquerda”, ou se uma monarquia ou república serão os melhores sistemas políticos a serem vivenciados pela sociedade. 

Salientando também que, devido ao cumprimento do referido Landmark, não se discute se uma religião é melhor ou pior que outra. Política e Religião em Maçonaria Regular encontram-se no mesmo patamar. 

- Alíás atrevo-me a dizer que para a Maçonaria Regular, ambos estes conceitos estão colocados naquelas prateleiras muito altas que é usual se ter em casa, em que sabemos que as coisas lá estão, mas que não as conseguimos alcançar…-

Estas concepções de vida, políticas ou religiosas, a serem discutidas, apenas o serão em em sentidos latos e meramente filosóficos. 

Até porque geralmente estes temas, a par da clubite desportiva, são os temas que mais dividem o Homem e fraturam a sociedade, e a Maçonaria quer-se como sendo um centro agregador de pessoas e nunca como sendo o seu foco de divisão.

Assim, relativamente à política partidária, cada maçom seguirá as políticas ou sentir-se-á representado pelo partido político que considerar que será o que melhor o representa ou que aplica e/ou defende as ideias que para si são consideradas como sendo as que maior valência deverão ser seguidas pela sociedade civil. 

E apenas isso.

Não obstante, é do conhecimento público em geral, que vários maçons são membros ativos de vários partidos políticos, muitos deles mesmo pertencentes a alas muito distantes politicamente e com um ideário político muito diferente e bastante divergente até. 

E isso é lhes possível porque são livres para o fazer. 

Em nada a Maçonaria os impede de tal. Nem como instituição, nem os próprios maçons entre si, como membros desta Augusta Ordem. Cada um fará o que lhe aprouver quanto ao caminho que preferir percorrer, seja partidário ou não, e respeitará do mesmo modo, o caminho que o seu irmão decidir prosseguir…

Estes últimos parágrafos serão talvez alguns dos quais que mais confusão farão aos profanos e que podem suscitar certas teorias conspiratórias, uma vez que, pode-se sempre supor que, como poderá alguém que não se revê politicamente noutra pessoa, e que por vezes em debates mais acalorados, sejam eles no hemiciclo, sejam eles em qualquer tipo de campanha, em que algumas vezes podem inclusive roçar a falta de respeito, para depois dentro de portas ou na sua intimidade, serem amigos e considerarem-se como Irmãos?!

A própria questão encerra a sua própria resposta. 

Não temos nós irmãos, familiares e amigos que têm opiniões contrárias às nossas?

Não levam eles, em alguns casos, vidas muito diferentes da que levamos?

Não têm eles concepções de vida muito distantes daquelas que consideramos como sendo as mais válidas?

Quantas vezes em debates de ideias mais acesos, não nos chateámos e depois tudo ficou resolvido como nada se passasse?

Sim, todos nós na nossa vida, passamos ou alguma vez passámos por esta situação. 

E fraternidade é isso mesmo, é ter bastante respeito pelo próximo, consagrar o direito à diferença de opinião, ser tolerante em relação a diferentes pontos de vista, e ter uma postura coerente no âmbito do debate.

Por isso é que a Maçonaria sobreviverá per si, independentemente do posicionamento político dos seus membros. 

Tudo devido ao sentimento fraternal que estes têm entre si e que os fará colocar de parte qualquer antagonismo que possa ser motivado, neste caso, por questões político-partidárias.

E depois no que toca à questão partidária, esta não se coloca à Maçonaria mas sim ao Povo, que como integrante fundamental da sociedade tem o dever de participar nela e contribuir para o seu progresso.

Assim, cabe ao maçom, sendo ele mais um elemento que faz parte do povo, participar como cidadão e como parte interessada nesta questão.

O compromisso que o maçom assume com a Ordem é um compromisso de ordem moral e ética, e que não envolve sequer, qualquer forma de política neste comprometimento.

Pelo que nada melhor que o seu exemplo e conduta para servir de paradigma aos outros. 

Logo, pelos seus valores, o maçom nunca poderá agir impulsivamente nem de forma irrefletida, porque para além de não ser a forma de correta para alguém agir, e depois porque está em permanência debaixo do jugo da sociedade; assim o maçom que seja ativo políticamente na sociedade em que está inserido, deve observar sempre o cumprimento dos valores maçónicos. 

Porque estes valores em nada colidem com a liberdade de ninguém e muito menos com os direitos de todos.

E se hoje em dia vivemos como vivemos, uma boa parte resultou de um trabalho imenso e intenso por vezes, que alguns maçons de outrora tiveram e que propiciaram para que hoje em dia possamos usufruir das condições que temos e que nos permitem ambicionar por mais e melhor...

Fonte: a-partir-pedra.

setembro 17, 2024

ARLS OPERATIVA N. 289


Para alguém não tão jovem como eu os três longos lances de escada de acesso à Loja são um desafio a ser vencido por amor à maçonaria. Mas enfim, na noite de ontem, segunda feira, chegamos lá.

Somos carinhosamente recebidos e durante o cafezinho que precede a abertura da sessão compartilhamos lembranças de Portugal e declamação de sonetos de Camões e Bocage, que sei de  cor e em uníssono com o lusitano irmão Manoel entoamos a estrofe inicial de Os Lusíadas, a mais icônica obra do idioma português.

A sessão é conduzida de modo competente pelo Venerável Mestre Júlio Pinheiro e recebo um espaço na Ordem do Dia para uma pequena palestra sobre o Grau de Companheiro e a Cabala.  

Um livro meu é sorteado e o brinde cabe ao Companheiro Nilson Lopes de Goes.

setembro 16, 2024

APRENDIZ PODE FALAR EM LOJA?


É sabido que, em muitas Lojas por nós conhecidas, os Aprendizes estão proibidos de se manifestarem na “Palavra ao Bem da Ordem em Geral e do Quadro em Particular”.

Não é o caso, felizmente, dos Aprendizes pertencentes às Lojas da Associação Beneficente Barão de Mauá - ABBM.

Mas, para sabermos o que é correto, referente a esse assunto, vamos recorrer mais uma vez, ao Mestre José Castellani, resumindo e usando nosso palavreado, o que nos diz, em seu livro “Consultório Maçônico – VIII”.

“...essa proibição não é constitucional nem regimental. Tradicionalmente, sabe-se que as sociedades iniciáticas, geralmente de cunho religioso, nas quais os Neófitos limitavam-se durante um certo tempo, a ouvir e a aprender.” 

“Era o caso do Mitraismo persa – culto do deus Mitra, o Sol – que era composto de sete etapas; na primeira o neófito era o Corvo, por que o corvo, no Mitraismo, era o servo do Sol e porque ele pode imitar fala, mas não criar idéias próprias, sendo assim, mais um ouvinte, do que um participante ativo. Idem para as Escolas Pitagóricas, onde existiam três etapas: Ouvintes, Matemáticos e Físicos.”

“...em Maçonaria, todavia, não existe essa tradição, mas, sim, o Simbolismo. Ou seja, simbolicamente, o Aprendiz é uma criança, que não sabe falar, mas só soletrar. Isto é simbólico e não pode ser levado ao pé da letra. O Aprendiz pode e deve falar em assuntos inerentes ao seu Grau, ou nos que interessem a comunidade, de maneira geral.”

O assunto pode ter controvérsias, mas me parece que essa explanação do Mestre Castellani é bem razoável e muito “pé no chão”.

Fonte: pilulasmaconicas.blogspot.com

ARLS LUZ DA ESPERANÇA 759


A sede do Templo é um labirinto que pode até parecer aquelas fortalezas templárias, mas a relativa complexidade e despojamento do local causam uma impressão enganosa da Maçonaria que lá se pratica. Foi a Loja mais simpática e afetuosa que já visitei.

Uma Loja repleta de jovens, mais da metade do quadro tem entre 30 e 50 anos, inclusive o Venerável Mestre irmão Rodrigo Simões Alves, que comandou uma magnífica sessão de elevação. 

O carinho com que os irmãos se tratam e aos visitantes faz pensar como seria linda e agradável uma Loja, ou uma Ordem, onde todos se considerassem verdadeiramente uma família. 

Estive visitando a ontem. É a única Loja domingueira da Glesp, os trabalhos iniciam as 09h00 mas ninguém tem pressa de ir embora. Ao meio dia ainda estava-se conversando e aprendendo sobre Maçonaria e saboreando os deliciosos sanduíches à guiza de agape. Detalhe: cerveja SEM álcool porque muitos voltariam dirigindo.

Além da sessão merece destaque a magnífica Saudação à Bandeira proferida pelo irmão Vitor Assunção e que irei publicar neste blog no dia 19 de novembro quando nosso Pavilhão Nacional é homenageado.

setembro 15, 2024

TEMPOS DEPOIS - Adilson Zotovici


Fito silente o espelho

Como quem  se avalia

Concito na mente um conselho

Ofertado  com  sabedoria


Que “o tempo, senhor da verdade”,

A esta estação me traria 

Com recordações e saudade

Daquele memorável dia 


Semelhando um casamento

A felicidade luzia 

Tudo era encantamento

A mim, tão grande honraria 


Uma passagem de glória

Com perenal liturgia,

Mas afinal,  transitória

Toda pompa e magia 


Vieram as obrigações

Tal qual forte ventania

Prevalecendo as razões

Mas sempre, depois...calmaria 


Era o labor verdadeiro 

Passada a sobeja euforia

Solidando o livre pedreiro

Que um garimpeiro creu que existia 


Hoje, tempos depois,

Sigo minha travessia

Por ufanos caminhos pois, 

Ensejando  sempre, alegria 


Vez que sou “um iniciado”

Em tão Sublime Confraria

Tenho a pedra bruta talhado

Com iguais, em sintonia 


Busco a paz e a felicidade

Com arcanos da Maçonaria

Em prol de toda humanidade

E o “Grande Arquiteto” por Guia !



A renovação das lideranças maçônicas - Arlindo B. Chapetta


A NECESSÁRIA RENOVAÇÃO DAS LIDERANÇAS DA ORDEM MAÇÔNICA E CORRETA APLICAÇÃO DA EXPERIÊNCIA

Notadamente, a Maçonaria é uma instituição secular que tem a tradição e a evolução como base em seus princípios. Costumeiramente, vemos em nossas sessões de iniciação, irmãos experientes discorrendo ao neófito que ele é uma liderança, que foi pinçada na sociedade e agora fará um desbaste em sua essência para desenvolver questões em sua vida material e espiritual, que farão dele um ser humano ainda melhor. No meu entendimento, essa é uma das verdades mais intrínsecas em nossa caminhada maçônica. É importante ainda enaltecer que esses neófitos, depois de alguns anos e muitos conhecimentos, ao amadurecerem essa liderança, percebem que podem ajudar a sociedade e a própria Maçonaria a ser desenvolver. 

Falando em ajudar a Maçonaria a se desenvolver, percebemos nestas novas lideranças a vontade em fazer algo diferente ou até melhorar os fluxos em andamento. Em algum momento da carreira destes Irmãos, já preparados para assunção de novos postos, são eles a novidade e a própria evolução que pregamos lá nos princípios da nossa instituição. 

E é nessa corrente de novas possibilidades e de novas oportunidades, com o surgimento destas novas lideranças, que nossa tradicional instituição maçônica vive uma experiência promissora para o seu futuro. Enfatizo que novas lideranças não tem relação com a idade e sim com a oportunidade concreta de colocar seu conhecimento naquela específica função, ainda não trabalhada. 

Neste mister, infelizmente vemos na nossa sociedade maçônica de tempos em tempos, alguns Irmãos que já ocuparam todas as posições em nossos quadros, querendo voltar a ocupar tais espaços, trazendo discursos de que é necessária sua experiência para colocar aquela área na qual ele quer ocupar no eixo ou até muitas vezes, permeio desta, ele pessoalmente acredita que pode resolver a instituição Maçonaria como um todo.

Neste momento, aquele discurso inicial ao nosso neófito perde todo o seu valor, pois uma instituição com tantos valores e experiências não precisa de Irmãos entronados no poder pela eternidade e sim Irmãos que pela sua experiência possam ser conselheiros de outros que estão também trabalhando para a instituição e querem fazer algo a mais por esta. O verdadeiro sangue jovem, mais uma vez, enfatizo que essa juventude não está associada com a idade e sim com a oportunidade de servir, pois temos mentes joviais de 70, 75 e 80 (e mais) anos em nossa instituição. 

Vejo que devemos estar sempre em reflexão sobre o que podemos fazer para ajudar a sociedade e as instituições, sem a perpetuação do poder. Isto é, usarmos a nossa experiência e conhecimento na busca de novas lideranças e novas oportunidades, sermos conselheiros e não o próprio poder vitalício.

Essa é uma reflexão que temos que ter todos os dias ao acordar, questionando se realmente estamos ajudando ou só buscando amaciar o nosso próprio ego, ao querer permanecer no poder  com a velha máxima de que somos a "única opção" de salvação, em total desrespeito à trajetória dos outros nossos Irmãos e amigos, mas principalmente em desrespeito à nossa própria trajetória, que em algum momento, também dissemos que a instituição e a sociedade precisavam de sangue novo.

Seguimos com consciência e respeito ao nosso próximo; aos que já tiveram sua oportunidade, que usem sua experiência para ajudar, orientar e aconselhar. Vamos dar espaço aos que também buscam pela oportunidade de servir à nossa Ordem e sociedade. 





TABUS MAÇÔNICOS ( PARTE 1) - Paulo André


Algumas perguntas são feitas que confudem o mundo profano, confudem a gente também, vamos tentar oferecer algumas respostas, que são apenas meu ponto de vista

Se as igrejas são abertas, por que razão a Maçonaria tem que ser fechada? 

Essa pergunta pesa, posto que o ocidente era majoritariamente cristão, vamos brincar de entender

Em primeiro lugar, não estamos competindo com nenhuma igreja, até por que não somos uma, somos bem diferentes, mas, será que o Cristo era uma figura aberta?

Ele tinha um grupo seleto de 12 homens, pregava para as multidões em forma de metáforas (parábolas) que ninguém entendia direito, agora para o seu grupo fechado de 12 ele explicava tudo, não me lembro qual dos discípulos perguntou o por que disso, e ele respondeu:

"Por que a vós é dado conhecer os mistérios, aos demais não", ou seja, ele reconhece a existência de mistérios, e admite, que só revela para os seus, mais a frente um pouco ele explica o por que:

" Não deem pérolas aos porcos" então nem Jesus reconheceu o mundial do Palmeiras? Nada haver, o que ele disse foi, não passe o conhecimento para quem ainda não está preparado para ele, mais ou menos como se um aluno da 5ª séria, fosse estudar um livro da 7ª série, não que seja proibido, é improdutivo, ele não vai entender nada, o conhecimento deve ser passado passo a passo , em uma sequência lógica

Assim faz a Maçonaria, assim faz a Rosa Cruz, assim fazem todas as ordens iniciáticas sérias,  assim fazia Jesus, coincidência?

Em segundo lugar, vamos contar uma metáfora:

Em uma rua moram duas moças bonitas, que chamam muito a atenção, uma delas é toda aberta, veste roupas sensuais, adora dançar, flerta com um, paquera com outro, a outra é o oposto, roupas fechadas, não dá muita abertura para ninguém, pergunto, qual delas está certa?

Resposta, as duas estão certas, cada um deve agir da maneira que achar correto, errado seria mudar o seu jeito para agradar a opinião alheia.

Pergunto, as duas apesar de diferentes, podem ser amigas?

Resposta, claro que sim, desde que uma não tente mudar a outra, é só respeitar as diferenças

A moça aberta são as igrejas, a moça reservada é a Maçonaria, sim é possível a convivência entre ambas

No próximo artigo, vamos continuar destrinchando tabus


setembro 14, 2024

Fraterna Faculdade - Roberto Ribeiro Reis


Nessa nobre faculdade, agradeço ao Reitor,

Estimado Venerável, inda é um Professor,

Preza pela disciplina e pelo total respeito;

Ensino eficiente, rígido, qual à antiga moda,

Reverenciamos o Mestre, o homem é foda!

Respira a Maçonaria, e a carrega no peito.


Reputação ilibada, seu caráter é escorreito,

Um Magistério de justiça e do puro Direito,

Diariamente exercido com extremo louvor;

Irmão insigne, do tipo que não se acomoda,

Consegue passar a lição, não se incomoda

Em repeti-la várias fezes, pois é com amor!


Mensalidade gratuita, aulas de qualidade,

Professores e alunos inspirados: é verdade!,

Não deixam dessa Augusta e Soberana sala;

Lá não tem discurso de esquerda ou direita,

A ideologia dali é sutil, de tão justa e perfeita,

Rica em Força e Beleza, a Sabedoria exala.


A ignorância passa longe, e não nos consome,

A cultura é um prato de fartura, não há fome!

Fé, Esperança e Caridade são nosso idioma;

Paz, Harmonia e Concórdia o aluno externa,

Esperamos a hora dessa Faculdade Fraterna

Expedir nosso benemérito e honroso Diploma


)

AS 5 NOBRES ORDENS DE ARQUITETURA - Almir Sant’Anna Cruz


Em 1738, quando foi instaurado o primeiro processo da Inquisição contra a Maçonaria em Portugal, o Venerável Mestre da Loja de Lisboa, Irmão Dom Hugo O’Kelly, já destacava, em seu depoimento, a importância que se dava à Arquitetura durante as Sessões Maçônicas: “Tem também a Arquitetura, em que se empregam com vários discursos e exames e para em tudo serem Peritos discorrem nos Pedreiros Livres Mecânicos e nos Pedreiros Livres Nobres e Cavalheiros (Arquivo Nacional da Torre do Tombo - Promotor da Inquisição de Lisboa - Caderno 108).

As Ordens de Arquitetura, as Colunas, são constituídas de Base, Fuste, Capitel e Entablamento, sendo este último formado, de baixo para cima, de Arquitrave, Friso e Cornija.

As cinco nobres ordens de Arquitetura podem ser divididas em dois grupos:

- As Ordens gregas: Coríntia, Dórica e Jônica; e

- As Ordens romanas: Toscana e Compósita.

As Ordens gregas são apresentadas logo no Grau de Aprendiz, em que cada uma delas representa os três principais dirigentes de uma Loja e seus atributos: a Coríntia o Segundo Vigilante, a Beleza, Hiram Abif; a Dórica o Primeiro Vigilante, a Força, Hiram Rei de Tiro; e a Jônica, o Venerável Mestre, a Sabedoria, Salomão Rei de Israel.

As Ordens romanas, por seu turno, comparecem somente no Grau de Companheiro e sem um simbolismo específico, a não ser a de que representam os dois Irmãos Companheiros que, somados ao Venerável Mestre e aos dois Vigilantes, constituem uma Loja.

A seguir, faremos um brevíssimo resumo das principais características de cada uma dessas Ordens de Arquitetura:

Dórica

Aspecto geral: robusta e sóbria.

Altura: 8 vezes o seu diâmetro.

Fuste: 20 caneluras pouco profundas, formando arestas vâs.

Capitel: pouco elevado, com molduras em forma de taça.

Base: ausente; o fuste se assenta diretamente no solo.

Entablamento: trabalhado e Arquitrave com duas platibandas. 

Jônica

Aspecto geral: fina e graciosa.

Altura: 9 vezes o seu diâmetro.

Fuste: 24 caneluras separadas por bistéis (filetes).

Capitel: com volutas que lembram chifres de carneiro.

Base: presente.

Entablamento: trabalhado e Arquitrave com três platibandas.

Coríntia

Aspecto geral: formas elegantes e proporções delicadas.

Altura: 10 vezes o seu diâmetro.

Fuste: liso (granito) ou bastante canelado (mármore).

Capitel: com folhagens de acanto.

Base: presente.

Entablamento: trabalhado e Arquitrave com três platibandas. 

Toscana

Aspecto geral: austera e despida de ornamentos.

Altura: 7 vezes o seu diâmetro.

Fuste: liso.

Capitel e Base: assemelhados.

Entablamento: plano e Arquitrave com uma única platibanda.

Compósita

Aspecto geral: semelhante à Coríntia.

Altura: 10 vezes o seu diâmetro.

Fuste: com caneluras.

Capitel: com volutas (Jônica) e folhagens (Coríntia).

Base: presente.

Entablamento: trabalhado e Arquitrave com duas platibandas.

Do livro "O que um Companheiro Maçom deve saber" Interessados, contatar o autor, Irm.’. Almir, no WhatsApp (21) 99568-1350

ARLS CASTRO ALVES 86 - São Paulo



Antonio Frederico de Castro Alves, o genial vate baiano, deixou um legado de poemas que honram a cultura brasileira. Um deles é o epíteto de minha obra pessoal como escritor e semeador de livros.

"Oh! Bendito o que semeia

Livros... livros à mão cheia...

E manda o povo pensar!

O livro, caindo n'alma

É germe – que faz a palma,

É chuva – que faz o mar!"

No entanto, como em tudo na vida e também na Sublime Ordem, as vezes o germe cai em terra fértil e se multiplica, outras ocasiões cai em terra estéril, e fenece.

Na minha visita de ontem, à ARLS Castro Alves 86, uma Loja de 72 anos de existência, que funciona no Palácio Maçônico da GLESP, em sessão conduzida pelo Venerável Mestre Lincolnbert Sales de Freitas, o destaque foi a obra de arquitetura apresentada pelo irmão José Eustáquio intitulada "A caixa de botões" que eventualmente publicarei neste blog.

Agradeço a gentil recepção. 






setembro 13, 2024

OS TEMPLÁRIOS


Madrugada de sexta-feira, 13 de Outubro de 1307:

Cumprindo as ordens do rei Filipe IV, o Belo, também conhecido como Rei de Mármore ou Rei de Ferro, Guillaume de Nogaret ministro do Rei, acompanhado do Inquisidor-mor e do tesoureiro real, apresentou-se na fortaleza do Templo e deu voz de prisão a todos os Templários que aí se encontravam, incluindo o seu Grão-Mestre, Jacques de Molay, que ainda estava deitado. Os próprios calabouços do Templo serviram para aí se encerrarem alguns dos cavaleiros, mas o Grão-Mestre e os seus principais foram encerrados na prisão do Louvre.

À mesma hora, por todo o Reino de França, os senescais, presidentes das câmaras e os prebostes reais, acompanhados pelos seus soldados, prenderam em massa todos os Templários que (Publicado em freemason.pt) encontraram nas Casas da Ordem. Praticamente não houve resistência, mas nalgumas, como em Arras, os soldados degolaram metade das pessoas que lá se encontravam.

Davam assim cumprimento às instruções reais contidas numa carta que todas as autoridades foram recebendo desde Setembro desse ano, com a condição expressa de só ser aberta no dia 12 de Outubro e à mesma hora, em todos os locais do reino, guardando-se o mais rigoroso sigilo da mesma.

Não se sabe com precisão quantos cavaleiros foram presos, mas estima-se que fossem cerca de 1000, embora também se fale em 4000. Grande parte dos cavaleiros fugiu para países que os acolheram ou fixaram-se noutros lugares onde a Igreja os não pudesse alcançar. Gerard de Villiers, perceptor de França, foi um dos cavaleiros franceses que conseguiu escapar.

Todos os imensos bens da Ordem em França foram imediatamente confiscados!

Acusados de heresia (práticas demoníacas, adoração de ídolos e vícios contra a natureza), os interrogatórios começaram logo no dia seguinte, 14 de Outubro, dando-se início a um dos processos mais vergonhosos e sinistros da História, o chamado “Processo dos Templários”, que acabará com a supressão da Ordem, pela bula papal Vox in Excelso, de 22 de Março de 1312 e com a morte de alguns dos seus membros, incluindo o Grão-Mestre, condenado à fogueira a 18 de Março de 1314.

Torturados, alimentados a pão e água, instalados em condições sub-humanas e ainda sujeitos ao pagamento da sua prisão, foram-lhes recusados os sacramentos e o sepultamento em terra da Igreja. Não se sabe ao certo quantos terão morrido na fogueira, ou durante os interrogatórios, ou dos ferimentos recebidos, ou dos que ficaram estropiados para o resto da vida física e moralmente.

Quanto a Filipe IV, assim que soube que as prisões tinham sido feitas, dirigiu-se à Torre do Templo e instalou-se lá, levando consigo o seu “tesouro”, que juntou ao que encontrou no local.

Foram também expedidas cartas aos soberanos europeus para que procedessem de igual modo nos seus reinos, contra a Ordem.

Na Europa a Ordem foi extinta, mas com uma ou outra excepção os cavaleiros não foram molestados, sendo integrados em novas Ordens menos expressivas, como foi o caso da “Ordem de Cristo”, fundada em Portugal pelo rei D. Dinis, com os bens e os efectivos templários residentes no país ou que por cá se refugiaram.

Jacques de Molay esteve sete anos na prisão, antes de morrer aos setenta anos de idade. No dia 12 de Outubro, véspera da sua prisão, tinha-se encontrado com o rei, de quem era compadre (Molay era padrinho do filho mais novo de Felipe IV), no funeral da cunhada do monarca, Catarina de Courtenay, esposa de Carlos de Valois, tendo-lhe sido dada a honra de carregar o féretro, o que torna a perfídia do rei ainda mais ignóbil…

Mas como é que uma Ordem tão poderosa como a dos Templários, carregada de glória e riqueza, com uma tradição de dois séculos de existência e que apenas dependia do Papa, pôde ser aniquilada de um dia para o outro?

Na sua juventude o “Rei de Ferro” tinha pedido para ser admitido a título honorário na Ordem, o que lhe foi recusado, acontecendo-lhe o mesmo quando poucos meses antes do aniquilamento dos Cavaleiros Templários, tinha pedido o ingresso na Ordem para o seu filho mais novo. A sua ideia seria tornar hereditário o cargo de Grão-Mestre, reformar a Ordem e mantê-la na dependência directa dos reis franceses. Também em 1306, durante uma sublevação em Paris, o rei tivera de pedir asilo ao Templo onde ficara alguns dias à espera que o motim acalmasse…Demasiadas humilhações para alguém como ele!

Além de que, do seu palácio, o rei todos os dias avistava a Torre, uma lembrança permanente de um Estado dentro de outro Estado, com as suas liberdades, privilégios, a sua alta, baixa e média justiça e o seu direito de asilo, que nem o Rei se atrevia a quebrar.

Portanto, as razões para a queda (Publicado em freemason.pt) foram muitas e diversas, mas situam-se principalmente na luta feroz que se desenvolveu entre a França e o Papado, entre Filipe IV e Bonifácio VIII, sem esquecer a aura de imensa riqueza que a Ordem possuía, o chamado “Tesouro dos Templários”, que para um rei sempre esfomeado de dinheiro como o monarca francês, e que tinha uma enorme dívida para com o Templo, se tornava numa tentação irresistível que o não faria recuar perante nada…

Com esta medida, Filipe IV consegue equilibrar as finanças reais, e ao destruir o exército da Igreja, com a ajuda do Papa Clemente V que ele próprio tinha elevado ao trono pontifício, e que se estabelece em 1309 em solo francês na cidade de Avinhão, abandonando Roma (o que dará início ao Cisma de Avinhão, também conhecido como o Cativeiro de Babilónia), o rei consegue tornar-se no senhor absoluto do reino de França.

É a partir deste acontecimento, que tanto o dia 13 como a sexta-feira entraram para a superstição popular como azarentos.

“NON NOBIS DOMINE, NON NOBIS SED NOMINI TUO DA GLORIAM”

“Não a nós Senhor, não a nós mas toda a glória a Teu nome”.



(Desconheço a autoria)