setembro 22, 2024

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EQUINÓCIO DE PRIMAVERA - Jorge Gonçalves




Outrora, a Terra era considerada parada no centro de uma esfera celeste imaginária, chamada de Esfera Celeste. Com esse modelo imaginário, podemos traçar linhas, polos e círculos para ajudar a compreender os complexos movimentos dos corpos celestes.

Uma dessas linhas imaginárias é a eclíptica, que pode ser comparada a uma "avenida" imaginária ao longo da qual o Sol se move no período de um ano. No movimento aparente anual do Sol, a eclíptica apresenta uma inclinação em relação ao Equador celeste (outra das linhas imaginárias) de cerca de 23,5˚. Essa inclinação é responsável pelas estações do ano durante o movimento aparente do Sol.

Existem quatro pontos notáveis nessa trajetória, conhecidos como os pontos equinociais e solsticiais.

Hoje não vamos falar sobre os solstícios, vamos falar de equinócio. Temos o ponto vernal, que é o ponto na Esfera Celeste determinado pela posição do Sol quando cruza o Equador celeste enquanto se move pela eclíptica. A distância angular entre o Sol e o Equador é chamada de declinação.

Hoje, às 09:43, o Sol está no ponto oposto ao vernal, o ponto de Libra. Logo, acontece o equinócio de setembro, marcando a primavera no hemisfério sul e o outono no hemisfério norte, dependendo da perspectiva de observação.

As civilizações antigas utilizavam estrelas, como Aldebaran, para marcar os solstícios e equinócios, além das constelações de Câncer, Capricórnio, Áries e Libra. Essas estrelas são visíveis de ambos os hemisférios e têm sido usadas ao longo da história para ajudar na marcação do tempo e das estações.

Hoje celebramos o equinócio, o primeiro dia de uma nova estação! O início da primavera no hemisfério sul, uma época de renovação e florescimento. Como bem disse o extraordinário Khalil Gibran: " _Nós vivemos apenas para descobrir a beleza. Todo o resto é uma forma de espera_ ." Tenha um excelente dia!



AS TRES JANELAS - Jules Boucher


As Três Janelas

Três Janelas estão representadas no "Quadro de Aprendiz": a primeira a Oriente, a segunda ao Meio-Dia e a terceira a Ocidente; nenhuma janela se abre para o Norte. Essas três janelas são cobertas por uma rede de arame. "Elas representam, diz Plantageneta, as três portas do Templo de Salomão, e essa evocação, se considerarmos isoladamente a Oficina Maçônica, poderia parecer, no mínimo, paradoxal. Mas não é nada disso. A rede que protege essas aberturas lembra que o trabalho dos operários é subtraído à curiosidade do profano, cujo olhar não sabe penetrar no Templo; mas sublinha que, se o olhar do Maçom não for detido pelo mesmo obstáculo, suas perspectivas são essencialmente diferentes. Com efeito, ele não pode olhar materialmente a vã agitação da rua, pois ao seu redor tudo está fechado, mas nem por isso, espiritualmente, ele deve determinar o movimento do mundo sensível encarado do ponto de vista em que ele se encontra".

"A Loja do Aprendiz não recebe nenhuma luz do exterior", escreve Wirth, que acrescenta: "Ela lembra, por esse detalhe, as criptas subterrâneas cavadas no flanco das montanhas, os hipogeus do Egito ou da Índia, o antro de Trofônio, etc. A Loja do Companheiro, em contrapartida, está em comunicação com o mundo exterior graças às três janelas..."

Ora, pelo que pudemos constatar, os antigos rituais maçônicos fazem menção de três janelas no grau de Aprendiz. Oswaldo Wirth suprimiu-as um tanto levianamente, para poder adaptar sua explicação à sua concepção.

Quanto a Plantageneta, ele fala das três portas do Templo de Salomão. Ora, na Bíblia se diz (I Livro dos Reis, VI, 4): "O rei fez na casa (no Templo) janelas com grades fixas". Ignora-se tudo a respeito do número dessas janelas e de sua disposição. Sabe-se, apenas, com certeza, que o Templo se abria de leste para oeste, como na maioria de nossas igrejas catedrais; desse modo, o Templo era iluminado pelo Sol ao nascer. A orientação geral era a mesma que a das igrejas, isto é, a construção estava orientada, em seu comprimento, no sentido Leste-Oeste, mas o Sol é que ia ao encontro do Santo dos Santos.

Os Maçons construtores sempre orientaram os Templo com a entrada para o Ocidente e de modo que as três janelas do "Quadro" sigam a marcha do Sol. Não existe janela ao Norte, porque o Sol não passa por aí.

As janelas são protegidas por redes não para impedir que os profanos olhem para o interior do Templo — pois se o Templo, fosse iluminado interiormente, uma simples rede de metal não seria suficiente para impedir que se visse o que acontecia dentro deles — mas simplesmente para impedir o acesso ao Templo.

O Templo fica isolado do mundo profano e o Maçom não deve sofrer nenhuma tentação para se tornar espectador do mesmo. Pelo contrário, é preciso que, ao sair do Templo, depois de ali ter haurido novas forças, o Maçom volte a ser um agente no meio à multidão anônima e aí distribua a Sabedoria, a Força e a Benignidade que adquiriu no Templo.

A janela do Oriente traz a doçura da aurora, sua renovação de atividade; a do Meio-Dia, a força e o calor; a do Ocidente dá uma luz que, à medida que se torna mais fraca, convida ao repouso. O Norte, escuro, como não recebe nenhuma luz, não precisa de janela.

Os trabalhos dos Maçons começam, simbolicamente, ao Meio-Dia e terminam à Meia-Noite. Começam ao Meio-Dia, quando o Sol brilha com toda a sua força no Templo.

Os Aprendizes são colocados ao Norte porque têm necessidade de serem esclarecidos; eles recebem assim toda a luz da janela do Meio-Dia. Os Companheiros, colocados ao Meio-Dia, precisam de menos luz, e a sombra provocada pela parede do Templo ilumina-os suficientemente. Na mesma ordem de idéias, notar-se-á que o Venerável e seus assessores recebem de frente apenas a luz do crepúsculo. Em contrapartida, os Vigilantes são alertados desde a aurora pela luz que os atinge em cheio.

Os catecismos maçônicos dizem comumente que os Companheiros se colocam ao Meio-Dia porque são suficientemente avançados para suportar o brilho da luz; por outro lado, eles dizem que o Iniciado do segundo grau é convidado a se tornar ele próprio uma chama ardente, fonte de calor e de luz. Todos hão de convir, sem esforço, que existe aí um pleonasmo e que "fontes de luz" não têm necessidade alguma que se acrescente a seu brilho o brilho do dia.

Fonte: JULES BOUCHER, A Simbólica Maçônica — Ed. Pensamento

OFICINA MAIS BELA - Adilson Zotovici


Qual bem pintada aquarela

Ou mesmo a lápis num papel

Ou burilada em estela

Com um bom maço e bom cinzel


Qual tela doce e singela

Que ao livre pedreiro é mel

Que se distante flagela

Canteiro sem ela é fel


O “Olho” , a sentinela,

Desde o portal ao dossel

Onde o obreiro se revela


Admissão nela, o laurel

A oficina mais bela

Do fundo da terra ao céu !



setembro 20, 2024

PENSAMENTO CRÍTICO - Newton Agrella


Muito se fala e se ouve a respeito da expressão "Pensamento Crítico", porém definí-la ou explicá-la de maneira clara e direta parece um exercício relativamente indigesto.

Valendo-se de um critério simples para a sua explicação, o Pensamento Crítico constitui-se na capacidade de avaliar os acontecimentos e as situações de maneira crítica.

Para tanto é necessário que entendamos que a palavra "crítica" advém do grego *kritikē significa "a arte de julgar" (Dicionário Etimológico Japiassu & Marcondes, 1990).

Em filosofia, "crítica" tem o significado de análise. 

O Pensamento Crítico portanto, requer que o ser humano consiga deixar de lado suas crenças e opiniões subjetivas e pessoais para fazer sua análise pura e impessoal.

Algo como se a pessoa fosse capaz de ver as coisas de fora, sem participar, ou seja; apenas analisando de maneira isenta, sem qualquer tendência ou proselitismo.

Se transpusermos essa disposição para a Maçonaria, verificamos que a mesma encerra dentre seus princípios a ausência de qualquer "partidarismo político" ou de qualquer "proselitismo religioso" como base filosófica para a elaboração do Pensamento Crítico.

O foco analítico deve se pautar no racional, sem permitir que as emoções influenciem no julgamento final.  

Essa prerrogativa porém, não é qualquer impeditivo para que o Homem possa crer num Princípio Criador do Universo nem tampouco professar um exercício de Fé naquilo que possa conectá-lo a uma inspiração ou força divinal ou transcendental.

O Pensamento Crítico é baseado em conceitos e emprega não somente a lógica  (formal  ou, mais frequentemente, informal) , mas "critérios intelectuais amplos" como clareza, credibilidade, precisão, relevância, dentre outros.

Na Maçonaria esse exercício demonstra o caráter antropocêntrico e especulativo, como meio de construção dos valores mais caros e edificantes de nosso templo interior.



DIÁLOGO COM O ESPELHO - Newton Agrella


Pior que todas as pragas que assolam a humanidade e em particular o nosso país é sem sombra de dúvida o Vírus da Ignorância.

O ignorante não abre frente às discussões, não se permite ouvir, ponderar, aquiescer posições contrárias ou aceitar as diferenças.

Vivemos um período da história contemporânea do Brasil, cujo nível intelectual e cultural de nosso povo atinge patamares que beiram o subterrâneo.

O simples fato de discordar de algum conceito ou de sustentar um ponto de vista diferente sobre algum tema ou objeto de discussão já é motivo de destempero e de violência.  

O opositor é visto como um inimigo. E fugir da raia sem qualquer contra-argumento sustentável parece ser o caminho mais curto e indolor.

Nos últimos tempos, a sociedade brasileira, meio que assumiu, uma postura equivalente às torcidas de futebol.

Leia-se que com maior ênfase no que diz respeito às questões de natureza política.

Sejam nos meios acadêmicos, literários, artísticos, na mídia e nos demais segmentos sociais, "marcar território e entrincheirar-se nele" tornou-se um "must" - uma espécie de obrigação para ser aceito num grupo.

Essa insipiência, fruto de um país que jamais se preocupou com a Educação, acabou criando gerações cada vez menos comprometidas com o exercício do Pensamento.

Como fruto desse processo, a figura do ignorante tornou-se lugar comum em todas as áreas.

Diga-se de passagem que formalmente, o ignorante estabelece critérios que desqualificam o conhecimento alheio em favor de sua falta de conhecimento. 

Sua inconsistência intelectual 

o leva a fazer ideias falsas sobre si mesmo e sobre o mundo que o cerca, de forma errônea e deturpada. 

O Vírus da Ignorância causa estragos inimagináveis e os sintomas mais evidentes de serem diagnosticados são: 

- não saber ;

- não querer saber ;

- ou ignorar o conhecimento científico provado e comprovado por métodos científicos e pela lógica. 

- e o inominável "eu acho que..."

Nesses dias de confinamento absolutamente necessários, nada mais sadio para combater esse Vírus da Ignorância do que ler, inteirar-se da realidade que nos cerca, exercitar o cérebro e começar a pôr em prática o Discernimento, cuja base é o velho e conhecido Bom Senso.


O MAÇOM DO FRANGO FRITO



Harland David Sanders, mais conhecido como Coronel Sanders (1890-1980) foi o fundador da Kentucky Fried Chicken (KFC) (Rede de restaurantes de fast-food norte-americana, que explora a antiga receita de frango frito do Kentucky, criada por ele mesmo).

Sua imagem ainda é utilizada na publicidade e na logomarca do KFC (como podemos ver na imagem), e estátuas dele podem ser encontradas em muitas lojas da KFC. Sanders era maçom, Grau 33 e tinha uma vida maçônica ativa. Foi iniciado em 06 de abril de 1917, aos 26 anos de idade, na Loja nº 651, em Henryville, Indiana, EUA. Também foi filiado na Loja Hugh Harris nº 938, em Whitley Country, Kentucky.

Faleceu de pneumonia (estava com leucemia) no Jewish Hospital em Louisville, Kentucky, no dia 16 de dezembro de 1980, aos 90 anos de idade. Após um funeral no Santuário Teológico Batista, que foi assistido por mais de 1.500 pessoas, Sanders foi enterrado com seu terno branco característico e seu laço preto de corda, no cemitério em Louisville.

Até o momento da morte de Sanders, havia uma estimativa de 6.000 pontos de venda KFC em 48 países em todo o mundo.

Fonte: CURIOSIDADES DA MAÇONARIA



setembro 19, 2024

OFICINEIROS SEM FÉRIAS - Roberto Ribeiro Reis


Neste mundo de infinitas misérias

Inda há pessoas sem descanso;

Com o coração sereno e manso,

Trabalham sem gozar suas férias.


Combatem as coisas deletérias

E tudo que consideram nocivo;

Sob comando de Arquiteto altivo

Que lhes ministra reais matérias.


Artífices de eficiente Oficina,

Obreiros de trabalho diuturno;

Trazem a luz ao que é taciturno.

Fazem o bem, sua grande sina.


A Luz surge, de forma repentina,

Na loja, espargindo-se ao interior;

Pedreiros são tomados de ardor,

O véu do amor logo se descortina.


Cônscios de que a vida lá fora

Necessita de enormes reparos;

Por isso Irmãos assim tão raros

Convocam-nos à luta. É agora!


A maçonaria vem, desde outrora,

Reunindo os melhores oficineiros;

A salvar os homens dos atoleiros,

Pois seu crescimento ela explora.


Vivamos, pois, com muita pujança

O trabalho é algo que nos chama;

A nossa Ordem a bondade inflama,

Com fé, caridade e muita esperança!








ONDE ESTÃO NOSSOS PRINCÍPIOS MORAIS - Allister Heath in Daily Telegraph


É raro que um jornal britânico ofereça uma explicação tão moralmente sólida e contundente da situação atual, então estou compartilhando isso com você para ler e repassar.

Privado de seus princípios morais, sem qualquer senso de certo e errado, incapaz de distinguir heróis de vilões, o Ocidente não pode mais celebrar quando o bem triunfa sobre o mal.

A operação brilhantemente audaciosa de Israel de armar armadilhas em milhares de pagers do Hezbollah, seguida pela explosão dos rádios do grupo terrorista, é um golpe surpreendente para as forças da civilização em todo o mundo.

Uma pequena nação de apenas 9,3 milhões de habitantes, dos quais 7,2 milhões são judeus, vivendo em um país do tamanho do País de Gales e sofrendo com os piores pogroms antissemitas desde o Holocausto, Israel está liderando a guerra contra a barbárie, com seus jovens recrutas realizando uma tarefa que antes exigiria a intervenção de uma coalizão ocidental atuando como polícia global.

O fato de que tantos na Grã-Bretanha, Europa e América, especialmente os jovens, não apoiam mais Israel nesta luta existencial exemplifica nossa degeneração cultural, intelectual e ética.

A administração Biden está obcecada em impedir "escaladas", mesmo que isso seja necessário para impedir que o Irã obtenha os meios para travar uma Terceira Guerra Mundial nuclear. Previsivelmente, a América, aparentemente determinada a garantir a sobrevivência de todos os grupos terroristas regionais, pareceu incomodada com o ataque bem-sucedido ao Hezbollah. David Lammy, nosso secretário de Relações Exteriores, está fazendo discursos alegando que a mudança climática é uma ameaça maior do que o terrorismo; em um mundo racional, Lammy estaria secretamente parabenizando seus colegas israelenses pela operação cirúrgica mais bem-sucedida já realizada contra uma organização terrorista, com poucas baixas civis, e se comprometendo a ajudar Israel.

Em vez disso, Keir Starmer se voltou contra Israel, proibindo a venda de algumas armas – uma política que a Alemanha parece disposta a seguir – e se recusando a se opor a processos contra o Estado judeu, em uma inversão moral imperdoável.

O Partido Trabalhista colocou a Grã-Bretanha ao lado desses niilistas disfarçados de advogados de direitos humanos, que negam a distinção essencial entre vítimas e agressores, entre democracias governadas por regras, desesperadas para minimizar as baixas civis, e ditaduras sanguinárias para as quais seu povo são peões a serem sacrificados.

O Hezbollah é financiado e controlado pelo regime iraniano, uma tirania obscurantista, fascista e milenar que persegue minorias, mulheres e dissidentes. Violar os direitos humanos e planejar crimes de guerra é a razão de ser do Hezbollah: seus 150 mil mísseis estão apontados para centros civis e, como o Hamas e o próprio Irã, ele busca a liquidação de Israel, garantindo o massacre, a expulsão ou a subjugação dos judeus. O Hezbollah forçou cerca de 63.473 israelenses a abandonarem suas casas desde 7 de outubro. Isso é insustentável e explica por que uma grande resposta israelense está se aproximando; obscenamente, isso desencadeará uma condenação generalizada do Estado judeu.

A política externa ocidental é uma mistura de covardia, delírios e contradições. O Irã é uma ameaça ao mundo; sua aliança com a Rússia está se aprofundando. A Turquia, liderada pelo déspota Recep Tayyip Erdoğan, ameaçou Israel com invasão, mas ainda faz parte da Otan. O Catar, que abriga terroristas do Hamas em hotéis de luxo, é um importante aliado dos EUA fora da Otan, abriga uma base militar ocidental crucial e é um grande investidor em Londres. O Egito, beneficiário da ajuda dos EUA, tolerou inúmeros túneis para o sul de Gaza, se recusou a receber palestinos e, estranhamente, não é responsabilizado por fornecer suprimentos a Gaza, tarefa que cabe a Israel. Nenhum dos três últimos regimes enfrenta sanções: a ira global é reservada para Israel.

Uma razão pela qual as elites ocidentais se tornaram tão israelofóbicas é que, infectadas pelo wokismo, elas cada vez mais desprezam a história e as tradições da Europa e da América, e veem o Estado judeu como um exemplo notável de um modelo ocidental que elas rejeitam.

Winston Churchill seria condenado por crimes contra a humanidade hoje, assim como Franklin D. Roosevelt e Harry Truman. O Dia D seria considerado ilegítimo porque tantos civis franceses morreram durante a Batalha da Normandia.

As democracias podem até não se preocupar em ter armas nucleares, pois detoná-las, mesmo em retaliação a um ataque não provocado, seria considerado um crime de guerra. Sou a favor de regras muito mais rígidas do que as que governaram a Segunda Guerra Mundial, de fazer tudo o possível para proteger civis, mas isso é loucura.

A Guerra Justa é um princípio fundamental. Os Estados têm o direito de se defender. Cada vida civil perdida como dano colateral é uma tragédia, mas o pacifismo é uma utopia iludida que não compreende a realidade da condição humana. É loucura criminalizar todas as guerras, e desprezível focar naquelas conduzidas por democracias e ignorar as avançadas por nossos inimigos.

É igualmente estúpido confiar tanto poder aos ativistas jurídicos. Muito do antissemitismo histórico foi ratificado por tribunais canguru, inclusive durante os anos 1930. O Julgamento do Talmude ocorreu na França em 1240, com rabinos forçados a defender textos religiosos contra acusações forjadas de blasfêmia e obscenidade.

Outros festivais de intolerância disfarçados de julgamentos ordinários incluem as Disputas de Barcelona e Tortosa, o Caso Damasco, o caso Dreyfus que inspirou o seminal J’accuse de Emile Zola e o julgamento de Mendel Beilis na Ucrânia em 1913. É um modelo bem estabelecido que não saiu de moda em setores da extrema-esquerda. Eles não mencionam explicitamente crenças religiosas ou indivíduos, mas usam a guerra jurídica para deslegitimar o que, por acaso, é o único Estado judeu.

O fato de que o Tribunal Penal Internacional e a Corte Internacional de Justiça têm a aparência de um ambiente jurídico legítimo não significa que eles necessariamente incorporam justiça. O fato de que suas decisões são consideradas legítimas por elites de esquerda não as torna automaticamente assim. O fato de que as calúnias de sangue de hoje adotam a linguagem dos "direitos humanos" não as torna menos monstruosas. O fato de que um país tão injustamente governado como a África do Sul pode liderar um caso de genocídio contra Israel prova que todo o sistema está podre. O caso é apoiado pelo Irã, pelo presidente de extrema-esquerda do Brasil, pela Irlanda e pelo Egito: devemos ter sido transportados para um universo kafkiano alternativo.

Israel é a suprema personificação da soberania nacional democrática, do conceito de nação, de combinar um povo com um estado, do pós-imperialismo, do capitalismo e da tecnologia, e da relevância contínua das religiões monoteístas. Se você derrubar Israel, destrói as próprias ideias que sustentam o Ocidente, a ordem internacional implode e as autocracias triunfam.

As apostas, portanto, são incrivelmente altas. Devemos apoiar Israel e permitir que termine o trabalho de aniquilar o Hamas e derrotar o Hezbollah.


https://www.telegraph.co.uk/news/2024/09/18/israel-hezbollah-exploding-beepers-devices-war-hamas/

setembro 18, 2024

ARBLS QUINTINO BOCAIUVA N. 10




A centenária Loja Maçônica QUINTINO BOCAIUVA n. 10 é uma Loja ícone da maçonaria paulista com enorme contribuição à Ordem e a sociedade de S. Paulo. Já tive a honra de realizar uma palestra virtual para esta Oficina e ontem, terça-feira, foi a minha segunda visita presencial.

Logo na entrada encontro e abraço irmãos queridos com os quais tenho tido longo relacionamento virtual e pessoal como o irmão Domingos Teodoro, um dos mais destacados especialistas brasileiros em áreas de metalurgia, o psicólogo e palestrante Paulo César e irmão Marcelino Sandoval além de tantos outros.

A sessão conduzida sob rigorosa ritualística pelo Venerável Mestre Fernando Verzaro dos Santos teve como ponto alto uma excelente palestra sobre a abóbada celeste do Templo, realizada com projeção audiovisual pelo irmão Francisco José Sanches Filho.

A estrutura física da Loja é esplêndida e infelizmente por problemas técnicos não houve o ágape que tem fama de ser excelente, mas certamente retornarei a Loja em outras ocasiões para conhecer.








Filhos das Estrelas: A Influência da Astronomia na Maçonaria


Palestra imperdível do polimata irmão JORGE GONÇALVES dia 19, amanhã.

Um dos questionamentos mais recorrentes entre os irmãos que praticam o Rito Escocês Antigo e Aceito, um dos mais populares e difundidos no Brasil, é a posição exata do Aprendiz durante sua iniciação. Outra dúvida que frequentemente surge é: "Onde se localiza o topo da Coluna do Norte?"

Essas perguntas, longe de serem meras curiosidades, refletem divergências entre estudiosos do rito, tornando o debate ainda mais fascinante e essencial para uma compreensão mais profunda.

Para responder a essas questões com precisão, é fundamental entender alguns conceitos astronômicos, como o ponto vernal, a esfera celeste, a eclíptica, o equador celeste e a posição do Sol nos equinócios e solstícios. Com base nesses conceitos, será possível determinar, nos sistemas de coordenadas celestes, a posição exata do neófito no dia de sua iniciação.

A palestra "Filhos das Estrelas" tratará desses conceitos e da influência da Astronomia na Maçonaria.

                        CONVITE

             ARLS O PACIFICADOR 

 Palestra FILHOS DAS ESTRELAS

Horário: 19 set. 2024 19:30 São Paulo

Entrar Zoom Reunião

https://us02web.zoom.us/j/86336673696?pwd=nTi8sqzW6zuub1LtY3XphNtPBleg2b.1

ID da reunião: 863 3667 3696

Senha: 581899

O Venerável Mestre, Ir∴ Paulo Roberto Migueles Rocha, e os obreiros da A∴R∴L∴S∴ O Pacificador, nº 2199, "Benfeitora da Ordem", têm a honra de convidar os estimados irmãos para a sessão ordinária, que será suspensa para a palestra "Filhos das Estrelas", abordando a influência da Astronomia na Maçonaria. 

O evento será híbrido: o palestrante, Ir∴ Jorge Gonçalves, falará diretamente de Aracaju, Sergipe, enquanto parte dos irmãos assistirá presencialmente no Palácio Maçônico Estrela do Rio, no Rio de Janeiro. A palestra também será transmitida ao vivo para aqueles que optarem por acompanhar virtualmente, por meio do link ora anexado. 

O encontro ocorrerá no dia 19 de setembro de 2024, às 20h (início da palestra) , em celebração ao equinócio de setembro.

POLÍTICA E MAÇONARIA REGULAR


O próprio título desta publicação poderá parecer por si só uma possível contradição.

Uma analogia direta entre política e Maçonaria Regular nunca poderá ser feita em concreto porque em Maçonaria Regular não se discute política. E muito simplesmente porque tal não é permitido pelas suas próprias regras, os seus Landmarks, que no seu sexto artigo impede que este tipo de discussão possa ter lugar numa loja maçónica. 

Mas no que ao tema deste post concerne, a proibição existente em relação à abordagem de temas políticos numa sessão maçónica é apenas em relação à discussão e debate de ideias relativas à política partidária. 

Porque abordando a política como conceito em si, conceito este como sendo algo que é assumidamente necessário para quem vive na sociedade, a postura da Maçonaria Regular é diferente. 

O conceito político, quando abordado no seu sentido lato, é permitido seja em debates meramente filosóficos ou que tratem de temas sociológicos ou antropológicos. 

Nestes casos, as ideologias são facilmente postas de parte. 

Pelo que efetivamente nunca se discute se o pensamento político de “direita” ou de “esquerda”, ou se uma monarquia ou república serão os melhores sistemas políticos a serem vivenciados pela sociedade. 

Salientando também que, devido ao cumprimento do referido Landmark, não se discute se uma religião é melhor ou pior que outra. Política e Religião em Maçonaria Regular encontram-se no mesmo patamar. 

- Alíás atrevo-me a dizer que para a Maçonaria Regular, ambos estes conceitos estão colocados naquelas prateleiras muito altas que é usual se ter em casa, em que sabemos que as coisas lá estão, mas que não as conseguimos alcançar…-

Estas concepções de vida, políticas ou religiosas, a serem discutidas, apenas o serão em em sentidos latos e meramente filosóficos. 

Até porque geralmente estes temas, a par da clubite desportiva, são os temas que mais dividem o Homem e fraturam a sociedade, e a Maçonaria quer-se como sendo um centro agregador de pessoas e nunca como sendo o seu foco de divisão.

Assim, relativamente à política partidária, cada maçom seguirá as políticas ou sentir-se-á representado pelo partido político que considerar que será o que melhor o representa ou que aplica e/ou defende as ideias que para si são consideradas como sendo as que maior valência deverão ser seguidas pela sociedade civil. 

E apenas isso.

Não obstante, é do conhecimento público em geral, que vários maçons são membros ativos de vários partidos políticos, muitos deles mesmo pertencentes a alas muito distantes politicamente e com um ideário político muito diferente e bastante divergente até. 

E isso é lhes possível porque são livres para o fazer. 

Em nada a Maçonaria os impede de tal. Nem como instituição, nem os próprios maçons entre si, como membros desta Augusta Ordem. Cada um fará o que lhe aprouver quanto ao caminho que preferir percorrer, seja partidário ou não, e respeitará do mesmo modo, o caminho que o seu irmão decidir prosseguir…

Estes últimos parágrafos serão talvez alguns dos quais que mais confusão farão aos profanos e que podem suscitar certas teorias conspiratórias, uma vez que, pode-se sempre supor que, como poderá alguém que não se revê politicamente noutra pessoa, e que por vezes em debates mais acalorados, sejam eles no hemiciclo, sejam eles em qualquer tipo de campanha, em que algumas vezes podem inclusive roçar a falta de respeito, para depois dentro de portas ou na sua intimidade, serem amigos e considerarem-se como Irmãos?!

A própria questão encerra a sua própria resposta. 

Não temos nós irmãos, familiares e amigos que têm opiniões contrárias às nossas?

Não levam eles, em alguns casos, vidas muito diferentes da que levamos?

Não têm eles concepções de vida muito distantes daquelas que consideramos como sendo as mais válidas?

Quantas vezes em debates de ideias mais acesos, não nos chateámos e depois tudo ficou resolvido como nada se passasse?

Sim, todos nós na nossa vida, passamos ou alguma vez passámos por esta situação. 

E fraternidade é isso mesmo, é ter bastante respeito pelo próximo, consagrar o direito à diferença de opinião, ser tolerante em relação a diferentes pontos de vista, e ter uma postura coerente no âmbito do debate.

Por isso é que a Maçonaria sobreviverá per si, independentemente do posicionamento político dos seus membros. 

Tudo devido ao sentimento fraternal que estes têm entre si e que os fará colocar de parte qualquer antagonismo que possa ser motivado, neste caso, por questões político-partidárias.

E depois no que toca à questão partidária, esta não se coloca à Maçonaria mas sim ao Povo, que como integrante fundamental da sociedade tem o dever de participar nela e contribuir para o seu progresso.

Assim, cabe ao maçom, sendo ele mais um elemento que faz parte do povo, participar como cidadão e como parte interessada nesta questão.

O compromisso que o maçom assume com a Ordem é um compromisso de ordem moral e ética, e que não envolve sequer, qualquer forma de política neste comprometimento.

Pelo que nada melhor que o seu exemplo e conduta para servir de paradigma aos outros. 

Logo, pelos seus valores, o maçom nunca poderá agir impulsivamente nem de forma irrefletida, porque para além de não ser a forma de correta para alguém agir, e depois porque está em permanência debaixo do jugo da sociedade; assim o maçom que seja ativo políticamente na sociedade em que está inserido, deve observar sempre o cumprimento dos valores maçónicos. 

Porque estes valores em nada colidem com a liberdade de ninguém e muito menos com os direitos de todos.

E se hoje em dia vivemos como vivemos, uma boa parte resultou de um trabalho imenso e intenso por vezes, que alguns maçons de outrora tiveram e que propiciaram para que hoje em dia possamos usufruir das condições que temos e que nos permitem ambicionar por mais e melhor...

Fonte: a-partir-pedra.

setembro 17, 2024

ARLS OPERATIVA N. 289


Para alguém não tão jovem como eu os três longos lances de escada de acesso à Loja são um desafio a ser vencido por amor à maçonaria. Mas enfim, na noite de ontem, segunda feira, chegamos lá.

Somos carinhosamente recebidos e durante o cafezinho que precede a abertura da sessão compartilhamos lembranças de Portugal e declamação de sonetos de Camões e Bocage, que sei de  cor e em uníssono com o lusitano irmão Manoel entoamos a estrofe inicial de Os Lusíadas, a mais icônica obra do idioma português.

A sessão é conduzida de modo competente pelo Venerável Mestre Júlio Pinheiro e recebo um espaço na Ordem do Dia para uma pequena palestra sobre o Grau de Companheiro e a Cabala.  

Um livro meu é sorteado e o brinde cabe ao Companheiro Nilson Lopes de Goes.