Joia - Cornucópia
Do latim cornu copiae, que significa chifre da abundância.
Seu significado remonta a mitologia greco-romana, em que a cabra Amalteia amamentou, quando criança, Zeus (Júpiter).
Representada por um vaso em forma de chifre, com abundância de frutas e flores dele transbordando, simboliza a fertilidade, a riqueza, a fartura e a abundância.
Investidura e Posse
Com a seguinte fala do Venerável Mestre eleito:
Irmão Mestre de Banquete, entregando a Joia de vosso cargo, a Cornucópia, invisto-vos da responsabilidade das ceias oferecidas pela Loja.
Que os ágapes fraternais por vós organizados sirvam para unir ainda mais a Família Maçônica.
Avental
O Avental dos Mestres difere em função da Potência e já foi descrito na página 36.
Alfaias - Avental de Mestre e Colar com a joia do cargo.
*Instrumentos de trabalho* Não há.
*Correspondência na Abobada Celeste* Não há.
Atributos do cargo
Compete ao Mestre de Banquete a organização das refeições, ágapes e banquetes ritualísticas que ocorrem sobretudo nos solstícios de verão e de inverno.
A Loja de Mesa
A Loja de Mesa ou Banquete Ritualístico é uma Sessão Maçônica Especial no Grau de Aprendiz, com seu Ritual próprio e, portanto, todos devem estar devidamente paramentados e o local a coberto das vistas e indiscrições profanas.
Realiza-se em uma grande mesa em forma de ferradura, cuja volta corresponde ao Oriente e as extremidades ao Ocidente.
As Dignidades e Oficiais sentam-se na parte externa da mesa, conforme suas posições em Loja, como exemplificado abaixo.
(...)
Cada Potência Maçônica possui o seu Ritual e eles diferem uns dos outros.
Terminologia Especial
Bebidas
Servir a bebida nos copos = carregar
Alinhar os copos = alinhar
Beber à saúde = fazer fogo
Água = pólvora fraca
Café = pólvora preta
Cerveja = pólvora amarela
Destilados = pólvora forte
Licores = pólvora forte
Vinho branco = pólvora branca
Vinho rose = Pólvora rosa
Vinho tinto = pólvora vermelha
*Comidas*
Comer = demolir os materiais
Doces = betume
Iguarias = materiais
Pão = pedra bruta
Pimenta = areia amarela
Sal = areia branca
Materiais
Cadeira = mocho
Colher = trolha
Copo = arma ou canhão
Faca = espada ou alfange
Garfo = picareta ou alvião
Garrafa = barrica
Guardanapo = bandeira pequena
Luzes = estrelas
Mesa = bandeja grande ou oficina
Prato = telha
Toalha = bandeira grande ou véu
Travessa = bandeja
Um Banquete Ritualístico no Século XVIII
Em 1742 ocorreu o segundo processo instaurado contra a Maçonaria pela Inquisição em Portugal, onde fomos buscar como se processavam os banquetes ritualísticos, nos depoimentos do Venerável Mestre Irmão John Coustos, suíço naturalizado inglês e do 2º Vigilante, o Irmão francês Alexandre Jacques Mouton:
John Coustos: “... por ordem do Mestre vão todos para a mesa que se acha separada de iguarias e bebidas, à custa do que entra de novo, e sentados todos por sua ordem entram a comer até que o Mestre dá três pancadas na mesa com um martelinho pequeno, que é o sinal estabelecido entre eles, para se haverem de levantar todos; o que com efeito fazem, e pegando cada um deles em seu copo, ao mesmo tempo que o Mestre, o levantam ao ar com a mesma igualdade, e dali a chegam à boca para beber, observando nessas ocasiões a mesma formalidade que os soldados costumam praticar no manejo de suas espingardas; bebendo todos à saúde d’El Rei e da congregação, tornam a ficar com os copos no ar, e dali chegam três vezes à cara, e ultimamente os tornam a assentar na mesa, e depois continuam a comer”.
Alexandre Mouton “... começaram a comer, e quando quiseram beber fez o Mestre sinal para isto, pegando com a mão direita no seu copo, dizendo: peguem nas armas, e levando ao ar, e dizendo: armas à cara e chegando-o à boca disse: fogo e bebeu, e em tudo o imitaram, e ao mesmo tempo todos os Companheiros e o primeiro brinde foi à saúde de El Rei, o segundo à do Grão-Mestre e a terceira a dos novamente recebidos naquela companhia, e sem sinal do Mestre nenhum podia beber”.
(Arquivo Nacional da Torre do Tombo – Inquisição de Lisboa – Processos 10.115 e 257).
Do livro Manual dos Cargos em Loja do REAA - Interessados no livro contatar o Irm.’. Almir o WhatsApp (21) 99568-1350