Uma vez que a Paz, a Harmonia e a Concórdia configuram-se como a tríplice argamassa com que se ligam as nossas obras, é imprescindível que abordemos um pouco sobre o relevante trabalho de quem é responsável pela organização musical em nossos trabalhos.
Como é magnífico participar de uma sessão, cuja Harmonia se revele, a um só tempo, suave e revigorante e que consiga reverberar - não somente pelos quatro cantos do templo- acima de tudo pelos recônditos de nossa alma.
Para tanto, sentimos que essa regência musical deve ter em seu bojo não só um maestro calmo, sereno e atento à marcha ritualística da reunião, mas também canções instrumentais que colaborem para que a sessão (de fato) seja dada como Justa e Perfeita.
Com efeito, não será ao som de uma bateria de escola de samba, “modão” sertanejo ou de um rock psicodélico de Woodstock que se logrará o êxito em nossos trabalhos; ora, se buscamos justamente sair de um ciclo denso da matéria, para buscarmos alcançar um clima espiritualizado, esotérico e (por que não) inefável, como conseguiremos formar uma egrégora ideal se não selecionarmos um repertório digno da Arte Real?
A Maçonaria, enquanto instituição milenar e eminentemente respeitada, merece ter em seu seio homens que façam jus a integrá-la, e que consigam romper as barreiras funestas que têm fragilizado a humanidade.
A vibração de um ambiente colabora para a tomada de importantes decisões em uma Oficina Real, decisões essas que hão de ressoar, inclusive, no mundo profano; se os trabalhos não conseguem tomar força e vigor – dado que desprovidos de harmonia- imaginem o resultado da sessão. Vale a pena refletir sobre isso!
Que os Maçons tenham a consciência plena e ajustada de que o Mestre de Harmonia não é um mero DJ, apresentando músicas aleatoriamente e em descompasso. Ele é um protagonista de excelência em nossos trabalhos, responsável pela produção de boas vibrações quânticas (termo muito em voga, atualmente) e pela troca de boas energias entre os Irmãos. Pelo menos, é o que todos nós esperamos e desejamos!