Sob a perfeita condução do TVP Mestre Silvio Cogo em sessão conjunta das Lojas de Perfeição Vale do Hermon e Constantin Vassilis, deu-se na noite de ontem, no Oriente de Itanhaém, a iniciação de seis irmãos de diversas Lojas simbólicas, no grau 4, que principiam sua caminhada nos graus filosóficos, os altos graus do REAA.
outubro 22, 2024
LOJA DE PERFEIÇÃO
Sob a perfeita condução do TVP Mestre Silvio Cogo em sessão conjunta das Lojas de Perfeição Vale do Hermon e Constantin Vassilis, deu-se na noite de ontem, no Oriente de Itanhaém, a iniciação de seis irmãos de diversas Lojas simbólicas, no grau 4, que principiam sua caminhada nos graus filosóficos, os altos graus do REAA.
POSTURA E COMPOSTURA DENTRO DE LOJA - Enielson Pereira Lopes
Enquanto a Postura trata de aspectos corporais, tais como: maneira de andar, sentar, portar-se nas mais variadas situações, a Compostura é o conjunto de ações que denotam boa educação.
Segundo os nossos Dicionários, postura significa “disposição ou posição do corpo”.
Dentro de nossos Templos devemos obedecer a uma sistemática ordenada pela tradição.
A postura sempre externará nosso “respeito”, uma atitude convencional de expectativa e de participação.
Segundo nosso Ir.’. Rizzardo da Camino “as posturas são originárias da Índia e do Egito e nestes países, sempre tiveram aspecto místico”.
A posição exata contribui para que o fluxo do sangue alimente mais, certa região necessitada; equilibra nosso sistema nervoso; provoca a secreção de sucos necessários às funções das glândulas; isso que descrevemos a “grosso modo”, apresenta no seu desenvolvimento científico, verdadeiros milagres.
É a “magia” que atua, auxiliada pela nossa disposição em nos manter, quando em postura, da forma mais perfeita possível”.
Ao fazermos o Sinal de Ordem, bem como a Saudação Ritualística, devemos estar perfeitamente eretos, altivos formando um esquadro com os PP.’.,que por si só representa um ângulo reto.
É o símbolo da postura que deve presidir o discurso do Maçom. Dessa forma, só são realizados quando obreiro estiver de pé e parado, ou praticando a Marcha Ritualística.
“Infelizmente, tem-se constatado em visitas a oficinas que alguns IIr.’. não estão observando os ângulos exigidos nas posições, formando-se assim, uma postura desajeitada, como se o organismo se encontrasse exausto a ponto da mão não poder ficar na posição correta”.
A uniformidade da postura, com certeza embeleza os trabalhos da loja.
Imaginem uma fileira de soldados praticando a “ordem unida”.
Se não houver sincronismo, o desfile se tornará horroroso e cheio de trapalhadas.
Assim acontece nas nossas colunas.
Devemos manter um porte elegante, pois nada há de mais belo que ver uma Loja trabalhar corretamente, pois isso entusiasma e traz resultados surpreendentes.
Ao fazer uso da palavra, mister se faz que se cumpram algumas formalidades em que se enquadra a boa postura.
Concedida a palavra, deve o irmão, antes de iniciar sua fala, dirigir os cumprimentos a todos os presentes, obedecendo-se a ordem hierárquica.
No nosso Ritual, o diálogo entre as Luzes e as Dignidades e Oficiais é feito usando-se o pronome da segunda pessoa do plural (vós), portando, seria interessante que todos se habituassem a seguir o exemplo.
Como a Maçonaria considera a todos os seus Iniciados como iguais, os títulos e patentes profanas como Senhor, Doutor, Professor, Coronel e etc.. devem ser ignorados em nossas falas, não como sinal de desrespeito, mas como uma afirmação a esta decantada Igualdade.
Segundo nossos ensinamentos, o Maçom não deve fazer ostentação daquilo que possui, portanto, recomenda-se que não usemos medalhas dos graus filosóficos em sessões simbólicas, por entender que um peito cheio de medalhas pode constranger um Ir.’. de grau inferior.
Sentado, o Maçom deve assumir uma postura convencional, que aparentemente pode ocasionar um cansaço, mas na realidade, se estiver de maneira correta, o obreiro poderá permanecer sentado por um longo período.
Essa postura, representada pelos Egípcios através de estátuas e pinturas, nos leva a crer que essa posição conduzia a algum resultado esotérico.
Os pés formam com as pernas uma esquadria.
As pernas com as coxas formam outra esquadria.
As coxas com o tronco uma nova esquadria.
Os braços e antebraços completam mais uma esquadria.
As mãos abertas repousam sobre as coxas.
A posição do corpo pode curar distorções fisiológicas e nervosas, portanto, as posturas devem ser executadas com interesse, pois, já sabemos que, em Maçonaria nada existe e nada se faz sem uma razão.
Sentado, o Maçom, além de isolar completamente os membros superiores, inferiores e baixo ventre, deixando livre a parte respiratória e a mente, poderá, se sua postura estiver correta, aperceber-se com mais proveito de tudo o que vê e ouve.
Nossas palavras, gestos e atitudes, são cartões de visita do nosso comportamento.
Temos momentos de incorreção, mas não se julga ninguém pelo tombo e sim pelo modo como ele se levanta.
Meus queridos Irmãos: digam suas palavras, pratiquem corretamente a ritualística com a postura e seriedade que requer o respeito, a ética e o comportamento dentro e fora do Templo.
Fonte de consulta: Livro Ordem na Ordem
Livre e de Bons Costumes implica que, apesar de todo homem ser livre na real acepção da palavra, pode estar preso a entraves sociais que o privem de parte de sua liberdade e o torne escravo de suas próprias paixões e preconceitos. Assim é desse jugo que se deve libertar, mas, só o fará se for de Bons Costumes, ou seja, se já possuir preceitos éticos (virtudes) bem fundamentados em sua personalidade.
O ideal dos homens livres e de bons costumes, que nossa sublime Ordem nos ensina, mostra que a finalidade da Maçonaria é, desde épocas mais remotas, dedicar-se ao aprimoramento espiritual e moral da Humanidade, pugnando pelos direitos dos homens e, pela Justiça, pregando o amor fraterno, procurando congregar esforços para uma maior e mais perfeita compreensão entre os homens, a fim de que se estabeleçam os laços indissolúveis de uma verdadeira fraternidade, sem distinção de raças nem de crenças, condição indispensável para que haja realmente paz e compreensão entre os povos.
Livre, palavra derivada do latim, em sentido amplo quer significar tudo o que se mostra isento de qualquer condição, constrangimento, subordinação, dependência, encargo ou restrição.
A qualidade ou condição de livre, assim atribuído a qualquer coisa, importa na liberdade de ação a respeito da mesma, sem qualquer oposição, que não se funde em restrição de ordem legal e, principalmente moral. Em decorrência de ser livre, vem a liberdade, que é faculdade de se fazer ou não fazer o que se quer, de pensar como se entende, de ir e vir a qualquer parte, quando e como se queira, exercer qualquer atividade, tudo conforme a livre determinação da pessoa, quando não haja regra proibitiva para a prática do ato ou não se institua princípio restritivo ao exercício da atividade.
Bem verdade é que a maçonaria é uma escola de aperfeiçoamento moral, onde nós homens nos aprimoramos em benefício de nossos semelhantes, desenvolvendo qualidades que nos possibilitam ser, cada vez mais, úteis à coletividade. Não nos esqueçamos, porém, que, de uma pedra impura jamais conseguiremos fazer um brilhante, por maior que sejam nossos esforços.
O conceito maçônico de homem livre é diferente, é bem mais elevado do que o conceito jurídico. Para ser homem livre, não basta Ter liberdade de locomoção, para ir aqui ou ali. Goza de liberdade o homem que não é escravo de suas paixões, que não se deixa dominar pela torpeza dos seus instintos de fera humana.
Não é homem livre, não desfruta da verdadeira liberdade, quem esta escravizado a vícios. Não é homem livre aquele que é dominado pelo jogo, que não consegue libertar-se de suas tentações. Não é homem livre, quem se enchafurda no vício, degrada-se, condena-se por si mesmo, sacrifica voluntariamente a sua liberdade, porque os seus baixos instintos se sobrepuseram às suas qualidade, anulando-as.
Maçom livre é o que dispõe da necessária força moral para evitar todos os vícios que infamam que desonram que degradam. O supremo ideal de liberdade é livrar-se de todas as propensões para o mal, despojar-se de todas as tendências condenáveis, sair do caminho das sombras e seguir pela estrada que conduz à prática do bem, que aproxima o homem da perfeição intangível.
Sendo livre e por conseqüência, desfrutando de liberdade, o homem deve sempre pautar sua vida pelos preceitos dos bons costumes, que é expressão, também derivada do latim e usada para designar o complexo de regras e princípios impostos pela moral, os quais traçam a norma de conduta dos indivíduos em suas relações domésticas e sociais, para que estas se articulem seguindo as elevadas finalidades da própria vida humana.
Os bons costumes referem-se mais propriamente à honestidade das famílias, ao recato das pessoas e a dignidade ou decoro social.
A idéia e o sentido dos bons costumes não se afastam da idéia ou sentido de moral, pois, os princípios que os regulam são, inequivocamente, fundados nela.
O bom maçom, livre e de bons costumes, não confunde liberdade, que é direito sagrado, com abuso que é defeito, crê em Deus, ser supremo que nos orienta para o bem e nos desvia do mal. O bom maçom, livre e de bons costumes, é leal. Quem não é leal com os demais, é desleal consigo mesmo e trai os seus mais sagrados compromissos, cultiva a fraternidade, porque ela é a base fundamental da maçonaria, porque só pelo culto da fraternidade poderemos conseguir uma humanidade menos sofredora, recusa agradecimentos porque se satisfaz com o prazer de haver contribuído para amparar um semelhante.
O bom maçom, livre e de bons costumes, não se abate jamais se desmanda não se revolta com as derrotas, porque vencer ou perder são contingências da vida do homem, é nobre na vitória e sereno se vencido, porque sabe triunfar sobre os seus impulsos, dominando-os, pratica o bem porque sabe que é amparando o próximo, sentindo suas dores, que nos aperfeiçoamos.
O bom maçom, livre e de bons costumes, abomina o vício, porque este é o contrário da virtude, que ele deve cultivar, é amigo da família, porque ela é a base fundamental da humanidade. O mau chefe de família não tem qualidades morais para ser maçom, não humilha os fracos, os inferiores, porque é covardia, e a maçonaria não é abrigo de covardes, trata fraternalmente os demais para não trair os seus juramentos de fraternidade, não se desvia do caminho da moral, quem dele se afasta, incompatibiliza-se com os objetivos da maçonaria.
O bom maçom, o verdadeiro maçom, não se envaidece, não alardeia suas qualidades, não vê no auxílio ao semelhante um gesto excepcional, porque este é um dever de solidariedade humana, cuja prática constitui um prazer. Não promete senão o que pode cumprir. Uma promessa não cumprida pode provocar inimizade. Não odeia, o ódio destrói só a amizade constrói.
Finalmente, o verdadeiro maçom, não investe contra a reputação de outro, porque tal fazer é trair os sentimentos de fraternidade. O maçom, o verdadeiro maçom, não tem apego aos cargos, porque isto é cultivar a vaidade, sentimento mesquinho, incompatível com a elevação dos sentimentos que o bom maçom deve cultivar.
Os vaidosos buscam posições em que se destaquem; os verdadeiros maçons buscam o trabalho em que façam destacar a maçonaria.
O valor da existência de um maçom é julgado pelos seus atos, pelo exercício do bem.
O QUE É “SER LIVRE E DE BONS COSTUMES” NA CONCEPÇÃO MAÇÔNICA?
Livre e de Bons Costumes implica que, apesar de todo homem ser livre na real acepção da palavra, pode estar preso a entraves sociais que o privem de parte de sua liberdade e o torne escravo de suas próprias paixões e preconceitos. Assim é desse jugo que se deve libertar, mas, só o fará se for de Bons Costumes, ou seja, se já possuir preceitos éticos (virtudes) bem fundamentados em sua personalidade.
O ideal dos homens livres e de bons costumes, que nossa sublime Ordem nos ensina, mostra que a finalidade da Maçonaria é, desde épocas mais remotas, dedicar-se ao aprimoramento espiritual e moral da Humanidade, pugnando pelos direitos dos homens e, pela Justiça, pregando o amor fraterno, procurando congregar esforços para uma maior e mais perfeita compreensão entre os homens, a fim de que se estabeleçam os laços indissolúveis de uma verdadeira fraternidade, sem distinção de raças nem de crenças, condição indispensável para que haja realmente paz e compreensão entre os povos.
Livre, palavra derivada do latim, em sentido amplo quer significar tudo o que se mostra isento de qualquer condição, constrangimento, subordinação, dependência, encargo ou restrição.
A qualidade ou condição de livre, assim atribuído a qualquer coisa, importa na liberdade de ação a respeito da mesma, sem qualquer oposição, que não se funde em restrição de ordem legal e, principalmente moral. Em decorrência de ser livre, vem a liberdade, que é faculdade de se fazer ou não fazer o que se quer, de pensar como se entende, de ir e vir a qualquer parte, quando e como se queira, exercer qualquer atividade, tudo conforme a livre determinação da pessoa, quando não haja regra proibitiva para a prática do ato ou não se institua princípio restritivo ao exercício da atividade.
Bem verdade é que a maçonaria é uma escola de aperfeiçoamento moral, onde nós homens nos aprimoramos em benefício de nossos semelhantes, desenvolvendo qualidades que nos possibilitam ser, cada vez mais, úteis à coletividade. Não nos esqueçamos, porém, que, de uma pedra impura jamais conseguiremos fazer um brilhante, por maior que sejam nossos esforços.
O conceito maçônico de homem livre é diferente, é bem mais elevado do que o conceito jurídico. Para ser homem livre, não basta Ter liberdade de locomoção, para ir aqui ou ali. Goza de liberdade o homem que não é escravo de suas paixões, que não se deixa dominar pela torpeza dos seus instintos de fera humana.
Não é homem livre, não desfruta da verdadeira liberdade, quem esta escravizado a vícios. Não é homem livre aquele que é dominado pelo jogo, que não consegue libertar-se de suas tentações. Não é homem livre, quem se chafurda no vício, degrada-se, condena-se por si mesmo, sacrifica voluntariamente a sua liberdade, porque os seus baixos instintos se sobrepuseram às suas qualidade, anulando-as.
Maçom livre é o que dispõe da necessária força moral para evitar todos os vícios que infamam que desonram que degradam. O supremo ideal de liberdade é livrar-se de todas as propensões para o mal, despojar-se de todas as tendências condenáveis, sair do caminho das sombras e seguir pela estrada que conduz à prática do bem, que aproxima o homem da perfeição intangível.
Sendo livre e por conseqüência, desfrutando de liberdade, o homem deve sempre pautar sua vida pelos preceitos dos bons costumes, que é expressão, também derivada do latim e usada para designar o complexo de regras e princípios impostos pela moral, os quais traçam a norma de conduta dos indivíduos em suas relações domésticas e sociais, para que estas se articulem seguindo as elevadas finalidades da própria vida humana.
Os bons costumes referem-se mais propriamente à honestidade das famílias, ao recato das pessoas e a dignidade ou decoro social.
A idéia e o sentido dos bons costumes não se afastam da idéia ou sentido de moral, pois, os princípios que os regulam são, inequivocamente, fundados nela.
O bom maçom, livre e de bons costumes, não confunde liberdade, que é direito sagrado, com abuso que é defeito, crê em Deus, ser supremo que nos orienta para o bem e nos desvia do mal. O bom maçom, livre e de bons costumes, é leal. Quem não é leal com os demais, é desleal consigo mesmo e trai os seus mais sagrados compromissos, cultiva a fraternidade, porque ela é a base fundamental da maçonaria, porque só pelo culto da fraternidade poderemos conseguir uma humanidade menos sofredora, recusa agradecimentos porque se satisfaz com o prazer de haver contribuído para amparar um semelhante.
O bom maçom, livre e de bons costumes, não se abate jamais se desmanda não se revolta com as derrotas, porque vencer ou perder são contingências da vida do homem, é nobre na vitória e sereno se vencido, porque sabe triunfar sobre os seus impulsos, dominando-os, pratica o bem porque sabe que é amparando o próximo, sentindo suas dores, que nos aperfeiçoamos.
O bom maçom, livre e de bons costumes, abomina o vício, porque este é o contrário da virtude, que ele deve cultivar, é amigo da família, porque ela é a base fundamental da humanidade. O mau chefe de família não tem qualidades morais para ser maçom, não humilha os fracos, os inferiores, porque é covardia, e a maçonaria não é abrigo de covardes, trata fraternalmente os demais para não trair os seus juramentos de fraternidade, não se desvia do caminho da moral, quem dele se afasta, incompatibiliza-se com os objetivos da maçonaria.
O bom maçom, o verdadeiro maçom, não se envaidece, não alardeia suas qualidades, não vê no auxílio ao semelhante um gesto excepcional, porque este é um dever de solidariedade humana, cuja prática constitui um prazer. Não promete senão o que pode cumprir. Uma promessa não cumprida pode provocar inimizade. Não odeia, o ódio destrói só a amizade constrói.
Finalmente, o verdadeiro maçom, não investe contra a reputação de outro, porque tal fazer é trair os sentimentos de fraternidade. O maçom, o verdadeiro maçom, não tem apego aos cargos, porque isto é cultivar a vaidade, sentimento mesquinho, incompatível com a elevação dos sentimentos que o bom maçom deve cultivar.
Os vaidosos buscam posições em que se destaquem; os verdadeiros maçons buscam o trabalho em que façam destacar a maçonaria.
O valor da existência de um maçom é julgado pelos seus atos, pelo exercício do bem.
outubro 21, 2024
A INSTRUMENTAÇÃO PARA A EVOLUÇÃO DO MAÇOM
Pr
Praticamente, a grande maioria dos escritores maçons, em algum momento de suas obras, dedicou importantes e substanciais linhas, senão trabalhos e livros inteiros, a discorrer sobre a importância da simbologia para a Maçonaria. Torna-se praticamente impossível referir-se a Ordem Maçônica, sem aludir aos símbolos que a representam e àqueles utilizados no processo de repasse de sua doutrina e ensinamentos.
Cada Vez que se analisa um símbolo referente à Maçonaria, esta análise por mais que seja baseada em outras tantas já publicadas, será normalmente original.
A visão que se possui sobre um símbolo é sempre pessoal e intransferível. São estas múltiplas visões que dão a Ordem Maçônica o caráter dinâmico e de adaptação aos novos tempos e as novas idéias que constantemente surgem.
Segundo Fernando Pessoa, em nota preliminar ao seu livro "Mensagem", o entendimento e a assimilação das mensagens contidas em um símbolo dependem de cinco qualidades ou condições consideradas básicas:
. Simpatia;
. Intuição;
. Inteligência;
. Compreensão ou Discernimento;
. Graça ou Revelação.
Na Maçonaria a maior parte dos símbolos e metáforas que são utilizados, provem da antiga atividade profissional e corporativa dos pedreiros medievais. Construtores que eram, principalmente de Igrejas, grandiosas Catedrais, sólidos castelos e fortalezas, os pedreiros medievais corporativamente organizados constituíam a Maçonaria Operativa que evoluiu para as Organizações Maçônicas Simbólicas e Especulativas contemporâneas:
“Embora não haja documentação que o comprove, deve-se admitir que os Maçons Operativos, os franco-maçons, usavam seus instrumentos de trabalho como símbolos de sua profissão, pois caso contrário não se teria esse simbolismo na Maçonaria Moderna. A existência desse simbolismo é a mais evidente demonstração de que houve (...), contatos diretos entre os Maçons Modernos e os franco-maçons profissionais, e demorados o suficiente para que essa transmissão se consolidasse (...)" (PETERS, 2003, passim)
O escritor Ambrósio Peters, nos coloca ainda que aqueles que seriam os símbolos principais e essenciais a existência da atual Maçonaria Especulativa (Simbólica). Cabe destacar também que são destes símbolos que os Maçons metaforicamente retiram os princípios básicos e os seus principais ensinamentos éticos e morais:
“O trabalho dos franco-maçons, limitava-se aos canteiros de obras e à construção em si. Os instrumentos que eles usavam eram o esquadro, o compasso e a régua para determinar a forma exata das pedras a serem lavradas, o maço e o cinzel, para dar-lhes a forma adequada, e o nível e o prumo, para assentá-las com perfeição nos lugares previstos na estrutura da obra. Eram, portanto três diferentes grupos de instrumentos, cada qual representando uma etapa da obra (...)" (Idem)
Podemos, com base no trabalho desenvolvido pelos pedreiros medievais, concluir que existiam três diferentes grupos de instrumentos operativos. Cada um destes instrumentos estava ligado a uma das fases da construção. Cada fase exigia do construtor um nível diferente de conhecimento para a sua execução e finalização:
. A medição ou especificação do tamanho e do formato das pedras;
. O desbaste, adequação das formas e o polimento para dar o acabamento adequado às pedras;
. A aplicação e o assentamento das pedras na construção.
Estes conjuntos de instrumentos que são necessários a execução de cada etapa da obra, indicam na Ordem Maçônica, simbolicamente os diversos Graus que nela existem. Cada Grau representa na Maçonaria, todo um conjunto de conhecimentos que são necessários ao aperfeiçoamento e ao crescimento moral e ético dos Maçons.
Uma das muitas certezas que a vida em sociedade e a evolução do conhecimento humano nos deram, foi a de que nem todos os homens assimilam de maneira semelhante às mensagens da Simbologia Maçônica. Como se coloca em alguns rituais: devemos pensar mais do que falamos. A reflexão e a conseqüente meditação são essenciais a compreensão da linguagem maçônica.
O avanço pelos diversos graus, portanto não deve ser considerado pelo tempo que esta sendo empregado, não deve ser conduzidos pela pressa. O que deve ser levado em conta é o esforço individual e o desprendimento pessoal de cada Maçom, conforme o seu potencial e capacidades para poder galgar com segurança e sabedoria os degraus da Escada de Jacó.
Bibliografia:
BONDARIK, Roberto - A Interpretação e o Entendimento dos Símbolos.
Escolas do Pensamento Maçônico. In: A Trolha: Coletânea 6. Londrina: A Trolha, 2003. p.141-151;
CAMPANHA, Luiz Roberto - A Filosofia e a Análise dos Símbolos. In: Caderno de Pesquisas 20. Londrina: A Trolha, 2003. p.33-40;
PESSOA, Fernando - Associações Secretas.
PETERS, Ambrósio - O Simbolismo dos Instrumentos.
Roberto Bondarik
M.’. M.'., ARLS Cavaleiros da Luz, Nr 60 - Grande Loja do Paraná - Brasil
Saudações, estimado Irmão!
HONRA OU GLORIA?
Nem todas as Instruções Maçõnicas constam nos Rituais. Na verdade, o grande e real aprendizado se consubstancia em duas frentes.
A primeira é convivermos com os Irmãos, copiando os bons costumes e não repetindo os maus hábitos. A segunda frente é assumirmos, de maneira consciente, a postura de especuladores. Em tudo, na Maçonaria, há um motivo de ser.
Especulemos, então, o porquê de São João ser o Patrono da Maçonaria. Hà vários Santos de nome João e diferentes vertentes nas quais João seria nosso Patrono. Como não há um consenso, todos eles, pelos fatos que os levaram à canonização, cumprem a alegoria daquele que luta e/ou defende causas como a Maçonaria. Acredito, pois, que as Lojas Maçõnicas são consagradas aos Princípios dos Santos de nome João.
Ademais, creio que 90% dos Maçons brasileiros compreendem que nosso João é o Batista. Talvez pela forma como foi assassinado. Contudo, a justificativa não deve ser pela maneira, mas pelo motivo.
João Batista era ousado e confiante na verdade de seus principios. Tinha firmeza para afrontar todos os perigos a que fora exposta sua coragem. Suas pregações eram um misto de chamamentos espirituais e condutas morais para a sociedade. Combatia os inimigos da humanidade com fervor e zelo.
Aos hipócritas que a enganam, alertava: "Raça de viboras! Quem lhes deu a ideia de fugir da ira que se aproxima?". Aos pérfidos, que a defraudam: "Não cobrem nada além do que lhes foi estipulado". Aos ambiciosos, que a usurpam: "Quem tem duas túnicas de uma a quem não tem nenhuma". E aos corruptos e sem princípios, que abusam da confiança de seu povo: "Não pratiquem extorsão nem acusem ninguém falsamente; contentem-se com o seu salário".
E como a esses inimigos da sociedade não se combate sem perigos, cortaram seu pescoço. No entanto, permita-me uma elucubração pessoal. Nestas décadas de estudos iniciáticos, em contato com vários personagens que envolvem a Maçonaria, adquiri mais admiração por João Batista do que pelo próprio Salomão.
COMO MAÇOM, VOCÊ ASPIRA A HONRA OU GLÓRIA?
Nosso "sistema educacional pode levar ao retrocesso justamente em razão do propósito para o qual nos instruimos. A graduação não nos coloca acima de ninguém, até porque quanto mais longe você estiver dos Irmãos, mais solitário você será.
Titulos são grafados em papel que o tempo apaga, e o cupim corrompe a moldura. A altivez dos cargos são, na verdade, palavras em longos curriculos materiais, que a consciência nos lembra de que, às vezes, vieram sem merecimento.
Assim é a Glória. Em geral, relaciona-se a algum tipo de conquista para impressionar o outro, havendo a necessidade de ampla divulgação, a qual serà sempre transitória e insipida. "Sic transit gloria mundi.
Veja que João Batista não teve nenhuma glória, não fez milagres, não tinha poderes. Era apenas uma voz. Todavia, o próprio Cristo reconheceu-lhe o valor e submeteu-se ao batismo.
Honra é o principio da conduta pessoal baseado na ética, honestidade, coragem e dignidade e não precisa ser amplamente conhecida.
O PATRONISMO DE JOÃO BATISTA É A MENSAGEM SIMBÓLICA QUE O MAÇOM NÃO PRECISA DE GLÓRIA, MAS NÃO EXISTE SEM HONRA.
Mestre de Cerimônias PR25 2024/2026
A inscrição "Non mi ritragga senza ragione. Non mi impugni senza coraggio," encontrada na espada da estátua de Giovanni delle Bande Nere na fachada da Galeria Uffizi em Florença, possui significados profundos e simbólicos que evocam a essência da coragem e do dever. Essa frase não é apenas um adorno estilístico, mas uma manifestação de um código ético que revela a relação entre o guerreiro e a espada. Giovanni delle Bande Nere (1498-1526), membro da família Medici, foi um dos mais destacados condottieri do Renascimento, conhecido por sua coragem e por suas contribuições ao desenvolvimento das técnicas militares.
A primeira parte da frase, "Não me desembainhe sem razão," representa um princípio de moderação e responsabilidade, sugerindo que a espada não deve ser empunhada de forma leviana ou imprudente. Isso está intimamente ligado ao ideal renascentista de virtude e ao ethos do guerreiro, que deve buscar o equilíbrio entre a força e a prudência. Essa ideia se alinha com os princípios de honra defendidos pelos condottieri, onde a força não deve ser empregada sem um propósito justo. Como coloca Norbert Elias em seu estudo sobre o processo civilizatório, a contenção e o autocontrole eram valores enaltecidos entre as elites renascentistas, moldando as relações de poder e as expectativas de conduta entre os guerreiros (Elias, 1993).
A segunda parte da inscrição, "Não me empunhe sem coragem," reforça a noção de que empunhar a espada requer não apenas um motivo justo, mas também a coragem para enfrentar as consequências. O valor da coragem, para Giovanni, não se restringe à bravura em combate, mas está também associado ao compromisso com a honra e a integridade pessoal. Aqui, podemos observar a influência dos ideais clássicos que permeiam o Renascimento, especialmente o conceito aristotélico de coragem como uma virtude que envolve enfrentar o perigo de maneira consciente e com propósito (Aristóteles, "Ética a Nicômaco").
Essa inscrição transcende o valor estético, funcionando como um lembrete dos códigos de conduta dos guerreiros renascentistas e da filosofia humanista que guiava suas ações. Assim, a estátua de Giovanni delle Bande Nere não é apenas um tributo ao homem, mas um símbolo dos valores renascentistas que ele representava e da conexão entre a coragem, a razão e a honra.
Referências
Elias, Norbert. O processo civilizador. Zahar, 1993.
Aristóteles. Ética a Nicômaco.
A LOJA DOS ESPÍRITOS - Jerônimo J. F. Lucena
𝘛𝘦𝘹𝘵𝘰 𝘮𝘶𝘪𝘵𝘰 𝘪𝘯𝘵𝘦𝘳𝘦𝘴𝘴𝘢𝘯𝘵𝘦 𝘦 𝘤𝘰𝘮 𝘮𝘦𝘯𝘴𝘢𝘨𝘦𝘮 𝘴𝘶𝘣𝘭𝘪𝘮𝘪𝘯𝘢𝘳 𝘱𝘳𝘰𝘧𝘶𝘯𝘥𝘢.
O silêncio sepulcral na sala dos passos perdidos intriga o Mestre de Cerimônias: - Já é meio dia em ponto. É hora de iniciarmos nossos trabalhos. Onde estarão os irmãos? Talvez seja meia noite, vou bater maçonicamente à porta do templo...
Ao levantar a espada para dar as pancadas na porta, de súbito começam a cair os quadros da galeria de ex-veneráveis, o chão treme, os lustres balançam, as luzes piscam e a porta do templo se abre num rangido.
Assustado, o Mestre de Cerimônias olha o interior do templo e, incrédulo, vê o pavimento mosaico com uma enorme rachadura. Através dela brota um homem magro, bigode retorcido, nariz adunco, olhar brilhante, face pálida e lábios arroxeados: sintomas típicos da anóxia crônica provocada pela tísica que lhe consumia os pulmões.
O Mestre de Cerimônias reconhece o grande poeta, mas antes que pudesse pedir-lhe um autógrafo para seus filhos, é interrompido por ele. O baiano Castro Alves, poeta dos escravos, o mais entusiasta dos abolicionistas, estudante da Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, amante apaixonado da atriz Eugênia Câmara, coloca-se à ordem (apesar das dificuldades pela falta de seu pé direito amputado) e brada:
- GADU! ó GADU! onde estás que não respondes? Em que mundo, em qu'estrela tu t'escondes? Embuçado nos céus?
Mas não consegue concluir a declamação do seu tão famoso poema "Vozes D'África" 'porque surge das entranhas do templo D. Pedro I, interrompendo o poeta aos gritos:
- Se a Maçonaria quer que eu fique, diga a todos que FICO. Fico e grito: "Independência ou morte!!". E agora que sou defensor perpétuo e Imperador do Brasil, quero ser eleito Grão Mestre da Ordem e compor o hino da Maçonaria. Onde estão o Ledo e o Bonifácio?
- O Irmão Gonçalves Ledo está na Primeira Vigilância e o Irmão José Bonifácio, no Oriente, na cadeira do Venerável; diz o Mestre de Cerimônias.
- Chame os irmãos! Revista-os com suas insígnias, pois vou iniciar os trabalhos. E seja rápido, senão eu fecho essa bodega e a transformo num palácio para minha marquesa; ordena o Imperador, dirigindo-se ao trono de Salomão enquanto os irmãos Ledo e Bonifácio se agridem em defesa, respectivamente, da República e da Monarquia.
Já assustado, e temente que o Grão Mestre-Venerável- Imperador-Compositor cumpra a promessa, o Mestre de Cerimônias olha através da rachadura no pavimento mosaico e grita aos irmãos. Logo sobe, cambaleante, o Irmão Jânio Quadros. Cabelos em desalinho, óculos de tartaruga em assimetria, coloca-se à ordem com os pés trocados e pergunta:
- Quando começa o Copo D?água?
- Calma, Jânio... Por que você bebe tanto?
- Bebo porque é líquido. Se fosse sólido, comê-lo-ia.
- Você precisa renunciar a este vício, Irmão Jânio... E, por falar em renunciar, por que você renunciou?
- Fi-lo porque qui-lo e também por conta das forças ocultas.
!!!!!! Malheta o Imperador.
- Componha rápido esta Loja, Irmão Mestre de Cerimônias. Chame o Rui para a oratória.
- Já estou aqui, Venerável Mestre. Acabei de chegar da Holanda. O irmão Paranhos Jr., "Barão do Rio Branco", enviou-me para representar o Brasil na Conferência de Haia. Fiz sucesso. Estão até me chamando de "O Águia de Haia". Mas não é a nossa "Águia bicéfala", é "Águia macrocéfala".
- E viva a República!!
- Viva a Monarquia!!
- Cale a boca, Bonifácio, senão eu lhe deporto!; ameaça D. Pedro.
- Isto aqui está muito bagunçado. Coloquem uma música na harmonia!
- Estamos aguardando o irmão Carlos Gomes. Ele está tocando "O Guarani" no Repórter Esso, Venerável Mestre.
- Venham todos assinar o livro de presença, grita o irmão Dib, batendo com a palma da mão no trono da chancelaria. Freqüência, presença e comparecimento: -estes são os deveres do maçom. E tem mais, irmão Guatimosin, este templo tem o meu nome e não vou permitir que seja transformado num palácio para Dona Domitila. Eu e mais dezesseis irmãos (dezesseis ou dezessete, já nem tenho mais certeza porque fizeram uma confusão danada com essa história) fundamos a Loja, construímos o templo e não vamos permitir que ele seja profanado.
- Se for pra competir, eu também quero dizer que tenho um Kadosch que é só meu, diz o Irmão Ledo.
- !!!!! Silêncio!! Silêncio!! Suspendam os sinais maçônicos! Temos um goteira entre nós! Irmão Guarda Interno, quem é esse cabeludo com uma corda no pescoço?
- É o Tiradentes, o Mártir da Independência, Venerável Mestre.
- Tiradentes uma ova! Agora sou um dos 200 mil dentistas deste país, com diploma na parede e anel no dedo.
- Irmão Mestre de Cerimônias: coloque o Tiradentes, ou melhor, nosso mártir dentista, entre colunas para o telhamento.
- Sois maçon?
- Iniciei-me por correspondência, Venerável Mestre.
- Ah, eu pensei que o Irmão fosse membro da nossa primeira Loja brasileira, a "Areópago de Itambé", do Irmão Arruda Câmara. E o Irmão sabe a palavra senha?
- Sei, sim, Venerável Mestre: "Tal dia é o batizado".
- Tá bom. Então, pode assumir um lugar entre nós. Afinal, você merece pois foi o único enforcado dos 11.
- E viva a República!!
- Cale a boca, Ledo!
- Não sou o Ledo, Venerável Mestre. Sou o gaúcho Bento Gonçalves, e estou dando vivas à "República do Piratini".
- E o Ledo, por que está tão calado?
- Estou confuso, Venerável Mestre. Não sei se hoje é 20 de Agosto ou 09 de Setembro, se estamos na Era Vulgar ou no Ano da Verdadeira Luz, e preciso fazer meu discurso na loja Comércio e Artes do Rio de Janeiro.
E, novamente, outro bate boca:
- A República é o melhor para o Brasil!!
- Não é!!! É preciso fazer uma mudança gradual, mas não temos sequer um nome para assumir a presidência.
- Chame o Deodoro para assumir o governo provisório. Irmão Mestre de Cerimônias, grite pelo Deodoro!
Chega o Deodoro, doente, fragilizado, desencantado e diz:
- Tô fora. Já dei a minha contribuição: já assumi, já fechei o Congresso, já renunciei ao governo, ao Grão Mestrado. Quero que me esqueçam. Vocês se resolvam com o Floriano, o "Marechal de Ferro".
- Calma, Deodoro. Quem disse isto foi outro presidente.
Nesse ponto a confusão torna-se muito grande, já virando caso de policia, ou melhor, de exército. Chamam o Caxias.
Montado num enorme cavalo, brandindo sua espada, sai das profundezas o nosso Duque Patrono do Exército brasileiro:
- Sigam-me os que forem brasileiros!
- Para onde, Caxias?
- Para qualquer lugar, desde que estejamos "ombro a ombro" e não "peito a peito".
- Obrigado por ter vindo, mas tire esse cavalo do templo e resolva essa querela o mais diplomaticamente possível.
- Eu só sei resolver na espada. Diplomacia é la com o Barão, o do Rio Branco.
- Irmão Guarda Interno, controle a entrada dos irmãos. Quem é esse aprendiz no topo da coluna do Norte?
- É o Euclides da Cunha, Venerável Mestre.
- O jornalista do Estadão? O autor de "Os Sertões"? Aquele que disse que"o sertanejo é um forte"?
- Não, Venerável Mestre. Este não é aquele que disse. Esse é o próprio sertanejo forte do sertão baiano.
- Tá bom.. Então deixa ele aí, quietinho, na coluna do Norte. Meus irmãos: -estando a Loja dos Espíritos composta, vamos iniciar nossos trabalhos.
Irmão Guarda Interno:- verifique se estamos a coberto.
O Irmão Guarda Interno sai do templo e, após alguns minutos de longa espera, retorna e diz:
- Venerável Mestre: é com profunda tristeza que vos informo o que vi.
- E o que vistes, Irmão Guarda Interno?
- Venerável Mestre, na Sala dos Passos Perdidos amontoam-se milhares de irmãos deitados na cama da fama. Dormem um sono profundo. Alguns até roncam; outros sonham com a Maçonaria do passado. No salão de festas, outro tanto se repasta com gordurosos bolinhos, pastéis e canapés. Bebem refrigerantes, cerveja e até aguardente. Algumas conversas, felizmente a minoria, vão do mesquinho ao ridículo. Pequenos grupos fazem pequenos negócios. Alguns, mais preocupados com os grandes problemas da Ordem e da sociedade, parecem sonhar acordados quando falam de seus utópicos projetos, e outros, talvez por não entenderem a real dimensão dos problemas, tentam resolvê-los com pequenas soluções, fazendo jantares beneficentes, bazares e vendendo até rifas.
- Não é possível!!!!! Não acredito no que ouço! Abandonaram a liberdade de pensar! Não se fomentam mais as grandes idéias! Perderam os nossos ideais! Interromperam as nossas conquistas e agora interrompem o nosso merecido descanso. Por que nos incomodam??? ? !!!! De pé e à ordem. Irmão Mestre de Cerimônias: abra as portas do templo. Meus irmãos: enchamos de ar os nossos pulmões e gritemos em uníssono:
-ACORDEM, MEUS IRMÃOS!!!!
outubro 20, 2024
A IMPORTANCIA DOS POETAS - Denizart Silveira de Oliveira Filho
O titulo por extenso: Importância dos Poetas e suas Poesias na Maçonaria
ELEIÇÕES NOS ESTADOS UNIDOS - Michael Winetzki
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Estamos há 15 dias das eleições presidenciais na maior potência militar e econômica do mundo, com reflexos de enorme importância para todo o planeta, porque definem a atuação dos Estados Unidos pelos próximos quatro, ou talvez oito anos.
Embora existam outros partidos, os Republicanos com Donald Trump e os Democratas com Kamala Harris, disputam os sufrágios de forma polarizada. Ambos os partidos tem origem na independência americana e tem se alternado no poder desde então.
O Partido Republicano tem um perfil mais conservador e prega o liberalismo econômico. O Partido Democrata é mais progressista e prega uma maior presença do Estado na sociedade. Mas os conceitos clássicos de esquerda e direita, como são definidos no Brasil, não se aplicam aos EUA.
Os símbolos de ambos os partidos foram criados pelo chargista Thomas Nast em 1870. O Partido Democrata é representado por um burro, que representa para seus partidários, arrojo, firmeza e teimosia. Os republicanos tem como símbolo um elefante, que na opinião dos adversários significa pompa, arrogância e soberba, mas para os seus partidários, força e dignidade.
Após a Guerra da Secessão, que durou 4 anos, de 1861 a 1865, os EUA passaram por grandes reformulações políticas e econômicas. Sem a mão de obra barata da escravidão, as atividades agrárias do país precisaram encontrar um novo caminho e a gestão do presidente Theodor Roosevelt, republicano, implantou esses mecanismos, projetando o país no âmbito do continente americano.
O Partido Democrata foi fundado em 1824, e o Republicano trinta anos depois, com a adesão de membros do primeiro partido ao segundo, criando uma vertente conservadora. Os Democratas adotaram uma política mais voltada a classe operária e as políticas assistenciais e trabalhistas. Essas políticas foram implantadas pelo Presidente Franklin Delano Roosevelt, democrata e primo do presidente Theodor.
Em rápido resumo, os liberais democratas defendem a existência de um salário mínimo e que os impostos sejam mais altos para os mais ricos. Para os republicanos os salários devem ser estabelecidos pelo mercados e que os impostos sejam minimizados e iguais independentemente da renda do cidadão.
As ideias sociais dos democratas são baseadas na responsabilidade comunitária e social e para os republicanos são baseadas nos direitos individuais e na justiça.
O mundo inteiro aguarda então, com ansiedade, qual será a política a ser estabelecida nos próximos anos, a partir das eleições de 5 de novembro próximo.
VIRTUAIS PORTOS CULTURAIS - Adilson Zotovici
Adilson Zotovici - dedico aos denodados Mestres Palestrantes
São Pedreiros navegadores
Livres, vasto mar de cultura
São marinheiros portadores
D’ Arte Real de carga pura
São palestrantes, professores
Capitães com propositura
Em virtuais portos os primores
Que cabais à semeadura
Enfrentando os dissabores
Navegação plena, segura
Das tormentas dos detratores
Essa a missão inda que dura
De porto em porto os mentores
À perfeição que a ventura !
outubro 19, 2024
CONVIVENDO NO MUNDO - Newton Agrella
Estivemos por aí...
Visitando lugares, observando as diferentes formas do comportamento humano e inevitavelmente vendo de que forma as pessoas reagem diante das triviais situações do dia a dia.
Não parece razoável rotular o ser humano com definições que se tornaram uma espécie de estereótipo diante do olhar crítico e sob um exclusivo ponto de vista.
É natural que cada povo tem sua peculiaridade, fruto de inúmeros fatores conjecturais como sua própria história, geografia e os fatores climáticos, alimentação, sofrimentos de guerras, questões isolacionistas e especialmente suas crenças e conformidades éticas e morais.
Mal ou bem, estes são elementos básicos que constituem a identidade cultural de cada povo e respectivas etnias.
Branco, negro, amarelo, seja o que for, não há melhor nem pior. Tampouco superior ou inferior.
Há simplesmente uma diversidade de características humanas que se reproduzem e se consolidam na sua forma de viver.
Mas sem sombra de dúvida, quando se está longe de casa, o grau de nossas percepções se torna mais evidente, posto que as comparações fazem-se frequentes e inevitáveis.
Isto inclusive é produto das condições econômicas e sociais de cada lugar.
Algumas vezes chocam, surpreendem, e até nos inibem, mas no final das contas, o que vale e importa é "entender e respeitar as diferenças".
No frigir dos ovos, conviver com as diferenças culturais é um legítimo processo de crescimento e evolução.
É claro que respeito, disciplina e ordem são ingredientes mais do que sustentáveis para que possamos estabelecer relações minimamente civilizadas, contudo nem sempre isto basta.
Há que saber se situar e perceber que quem faz o seu lugar no mundo é você próprio.
Vida que segue alí ou aquí, mas que nos revela que nós humanos, somos os seres mais adaptáveis nos mais contrastantes cenários que vida nos oferece.