Então.
Os judeus eram literalmente acusados de tudo o que havia de ruim em cada lugar que iam, por gente querendo suas riquezas, querendo que eles largassem suas culturas para se submeter à cultura local ou por simples ódio ao diferente. E isto por milhares de anos.
Quando pensamos na morte de judeus pelos alemães, acabamos achando que era um ódio "local", mas não. Os EUA, recusavam receber fugitivos judeus europeus quando a Alemanha começou a persegui-los. O próprio Brasil não quis receber fugitivos judeus! Na verdade, ainda enviamos uns e outros para a Alemanha! E, na verdade, o mundo todo tinha seus preconceitos contra eles.
Então, quando houve a guerra, a França derrotada enviou seus judeus à Alemanha (lembrando que, tendo nascido na França, eram franceses e não um povo qualquer a ser mandado embora), há uma foto terrível de uma mulher judia com sangue escorrendo do nariz e com as roupas rasgadas fugindo de homens no leste europeu e o mais triste, uma criança estava com um porrete, rindo enquanto a perseguia. Não vou puxá-la para evitar que a resposta seja travada (já aconteceu). Mas imagina, uma mulher judia, quando os alemães chegaram e falaram que podiam atacar os judeus, foi perseguida por habitantes de um país que sequer era da "raça superior" alemã. Ou seja, eles não começaram a ser perseguidos por Hitler, o ódio contra eles já existia há milênios.
E
Finalmente, após os crimes nazistas serem descobertos, milhões de pessoas mortas, os povos do mundo perceberam e aceitaram que os judeus tinham direito a uma terra para si, pois enquanto fossem minorias em outros lugares, poderiam voltar a ser vítimas.
E a ONU acabou votando pela criação do Estado de Israel e da Palestina, dividindo as terras entre os dois povos. Os judeus, que haviam acabado de fugir do Holocausto ou décadas de ódio, aceitaram na hora. Israel seria um país independente.
Os palestinos? Não! Eles não aceitaram a partilha, metade da terra? Nunca. E se aliaram aos árabes para invadir Israel, matar todos os judeus e tomar as terras de volta.
Perceba, eles iam terminar o que Hitler começou.
Imagine aquele trumpista dizendo que deveriam enviar de volta os mexicanos para o México e construir um muro para eles não voltarem… Imaginou? Você não gosta da ideia, acha o trumpista um nazista ou algo assim, certo? Então. Os palestinos e árabes não iam expulsar os judeus, iam matá-los até a última mulher e criança.
Você pode entender o lado palestino, mas a menos que também entenda e apoie o lado dos extremistas americanos anti-imigração, está apenas usando de dois pesos e duas medidas.
Só que os próprios árabes e palestinos não se entendiam, um aliado queria que o outro aliado fosse na frente (para morrer), com a ideia de que, depois, tomaria Israel e ainda pegaria o vizinho sem exército para o conquistar também. Esta discórdia entre os atacantes deu tempo para Israel se defender (sem ajuda de EUA, como tantos falam) e expulsar os invasores.
Mais ainda, expulsaram os invasores e tomaram as terras ao redor de Israel para não serem atacados de fronteiras próximas.
Após a expulsão dos invasores, Israel ofereceu "Gente, queremos a paz, se aceitarem nosso povo existir, devolvemos a terra que tomamos na guerra!" e não aceitaram.
Anos depois houve uma segunda invasão, que novamente Israel venceu. Tomou as terras de onde foi enviado o ataque e ofereceu "Gente, queremos a paz, a gente devolve a terra se aceitarem!". E nada.
E outro ataque. Outro ataque. Outro ataque.
O Egito aceitou milhares de palestinos refugiados em seu território, refugiados que começaram a realizar atentados contra egípcios e a querer tomar a terra do Egito para si, o que deixou eles contra os palestinos e os levou a aceitar o acordo. Fizeram paz com Israel. E, olha, Israel devolveu as terras para o Egito.
Na Jordânia, o rei acabou percebendo que não tinha como vencer e enfrentando os palestinos que eles receberam como refugiados, no que o rei foi morto pelos palestinos, quer queriam tomar o poder lá. Os palestinos foram expulsos, a Jordânia não quer ver eles nem pintados de ouro mais e, claro, aceitou a paz em troca da devolução das terras.
Perceba, Israel não quer milhares de quilômetros de deserto. Quando você olha os mapas pensa "Nossa, quanta terra tomada", mas não percebe a que a maioria não serve para nada. É terra para dizer que é "nossa", mas é deserto, inútil, exceto como aumento de fronteiras para impedir invasões.
E Israel ofereceu aos palestinos a mesma coisa "Olha, só aceite nossa existência e devolvemos as terras conforme o acordo da ONU!" e, bom, se você parar para pensar, foram 76 anos e nada… Ou seja, os palestinos não querem as terras, querem tudo.
O problema é que se Israel ofereceu as terras em troca de paz em 1950 e os palestinos não aceitaram, tais terras ficariam 74 anos sem serem usadas. Com uma nova proposta em 1960 e os palestinos continuando não aceitando, tais terras continuariam ser ser usadas por outros 64 anos. Pulamos para 1970 e nova proposta. 1980 e nova proposta. 1990 e nova proposta. 2000 e nova proposta. Nada.
Os palestinos não querem as fronteiras estipuladas pela ONU e tais terras lá, sem uso.
Israel, depois de perceber que seria assim, passou a enviar colonos para lá. É verdade. mas a alternativa é as terras ficarem até 2099 sem ninguém?
Ou seja, terras que não eram usadas e Israel ofereceu em troca de paz mas não foram aceitas, depois de décadas Israel começou a colonizar, já que o povo palestino não quer aquelas terras em troca de paz.
Nisto, os mesmos palestinos que não queriam aquelas terras a troco de aceitar Israel existir, que já nutriam ódio por eles, agora dizem "Ó, eu só odeio Israel porque estão colonizando nossas terras"…
Se você só se informa por fontes pró-Palestina, vai parecer maldade mesmo.
Há um outro lado, palestino, que deve mesmo ser lido, mas com muito senso crítico porque há um claro viés na imprensa e muitas vezes você lê meias verdades, lê verdades mas escritas de forma a defender um lado mais que outro…
O fato é que os palestinos são pobres e são os mais fracos. E a gente - ocidental - tem a tendência a apoiar o mais fraco. Mas basta pensar que tentaram tomar terras dos egípcios, mataram o rei da Jordânia, apoiam terrorismo há décadas, aplaudiram terroristas que mataram milhares e, olhe o absurdo, tem mulheres dizendo que o estupro é correto para humilhar as mulheres judias, você percebe que, infelizmente, os palestinos estão na contramão do que achamos justo.
Nós os defendemos porque enxergamos pobres coitados contra ricos judeus (olha o preconceito contra judeus aí), mas enquanto os próprios palestinos não largarem o discurso de ódio (e falo discurso de ódio verdadeiro), não haverá solução.
Que pergunta! Conforme a pessoa que te responder, poderás ter uma resposta completamente diferente. Se fosse simples, já estaria resolvido. Tanto os Judeus como os Palestinianos (essencialmente um povo árabe) têm uma longa presença histórica no território. Os Palestinianos terão talvez argumentos mais fortes: antes do sionismo, poucos Judeus lá viviam e o povo judeu estava quase ausente desde o tempo dos Romanos; pode-se também dizer que a própria Bíblia admite que os Hebreus chegaram lá, há mais de 3.000 anos, e expulsaram dali os Filisteus, que até certo ponto podem ser tidos como antepassados dos Palestinianos. Contudo, os Judeus têm toda a sua tradição religiosa ligada àquela terra, viveram ali (em parte como povo independente) durante mais de mil anos e, tendo sido dali expulsos e tendo-se espalhado pelo mundo, sofreram inúmeras perseguições e acabaram por ser exterminados em massa pelos nazis durante o Holocausto, o que lhes deu legitimidade internacional para ter uma pátria onde pudessem governar-se e viver em segurança, que obviamente não podia ser «qualquer sítio». Regressar à Palestina (sionismo) era um movimento que ia ganhando força entre os Judeus já antes do Holocausto e que a partir daí se tornou imparável.
Quem só vir os direitos de um lado é sectário ou mesmo fanático. E há fanáticos nos dois lados. Os «donos» são dois povos que vivem de costas voltadas e se hostilizam mutuamente. Se não puder haver um país para cada um, terá de haver um dia um país que respeite os direitos e interesses de ambos.