dezembro 17, 2024

ARJUNA - Reinaldo de Freitas Lopes


Eu que sou um eterno aprendendo, a cada dia mais e mais tenho permitido que a maçonaria invadisse o meu convívio com a minha família, pois abri as portas de minha casa para ela e hoje ela “A Augusta”, refugia-se assustada dentro de meu coração sem compreender o motivo, o porque de tantas dúvidas daqueles que juraram servi-la e hoje através de meus olhos a augusta sabe que estão se servindo dela como um alimento de fome de vaidades e ânsia de poder, um poder que nada corroboraria com a evolução.

A Augusta Maçonaria deseja em suas Colunas Mestres humildes e subalternos aos princípios basilares do Amor e da Fraternidade.

*Os Irmãos aqui já ouviram falar de um grande guerreiro de nome Arjuna?*

A História sobre Arjuna é descrito no 3 Volume de um Livro que dissemina a Doutrina do Baghavad gita. Composto por cerca de 100.000 versos, o Mahabharata é atribuído ao sábio Vyasa e relata a história de duas linhagens reais em guerra: os Pandavas e os Kauravas. Esta grande guerra culmina na batalha de Kurukshetra, que simboliza a luta entre o bem e o mal. Entre os personagens que se destacam na epopeia, Arjuna emerge como um dos heróis centrais, cuja vida e aventuras oferecem um profundo entendimento da moralidade humana e dos princípios de dharma (dever).

*Porém, nesta batalha Arjuna terá que lutar também contra a sua família, ou seja os “seus irmãos”*.

MAS AFINAL QUEM SERIA ARJUNA???

Arjuna é um dos cinco Pandavas, filhos do rei Pandu e da rainha Kunti, considerados semideuses devido à sua linhagem e às bênçãos recebidas de várias divindades. Ele é frequentemente descrito como um guerreiro inigualável, um arqueiro habilidoso e um cavaleiro de virtudes excepcionais.

Através das escrituras, Arjuna é retratado como um homem de coragem, honra e grande inteligência. Sua habilidade com o arco e flecha, especialmente com seu arco celestial Gandiva, é lendária. Além de suas capacidades marciais, ele também é conhecido por sua honestidade, lealdade e devoção, características que o tornam um líder natural entre seus irmãos e colegas guerreiros.

A complexidade do personagem Arjuna vai além de suas conquistas militares. Ele é um homem que constantemente busca compreender seu propósito e dever. Suas interações com Krishna e outros sábios revelam um lado introspectivo, onde suas dúvidas e crises existenciais o fazem questionar o próprio significado do dharma. Este aspecto de sua personalidade o torna um herói profundamente humano e relatable.

Os Pandavas, consistindo de Yudhishthira, Bhima, Arjuna, Nakula e Sahadeva, são os herdeiros legítimos do trono de Hastinapura. Cada irmão é distinto em talentos e personalidade, mas juntos, eles formam uma força unida e inquebrável. A relação entre eles é uma mistura de camaradagem, rivalidade saudável e profundo respeito mútuo.

Arjuna, sendo o terceiro irmão, frequentemente atuava como mediador e conselheiro para seus irmãos. Sua relação com Yudhishthira (o mais velho) era de reverência e respeito, enquanto com Bhima (conhecido por sua força bruta), ele compartilhava uma relação de igual para igual. Nakula e Sahadeva, os irmãos gêmeos mais jovens, olhavam para Arjuna como um modelo a seguir, inspirados por sua habilidade e carisma.

As aventuras e desafios enfrentados pelos Pandavas são abundantes. Exilados várias vezes, traídos por seus próprios parentes e constantemente perseguidos pelos Kauravas, os Pandavas encontraram força uns nos outros. Essa união se tornou crucial durante a grande guerra de Kurukshetra, onde a lealdade e a destreza de Arjuna se destacaram como pilares fundamentais para suas vitórias e conquistas.

Agora e por fim, eu lhe pergunto meu amado irmão e Mestre da maçonaria Universal e especulativa:

Quem de vós se identifica com este Grande Guerreiro e portador do Amor de Krishna?

Tenho dito 


dezembro 16, 2024

A BIZARRA INDÚSTRIA COSMÉTICA AO LONGO DOS SÉCULOS

Na Idade Média, o Bloodletting era muito praticado pelas mulheres. O método consistia em causar o próprio sangramento com o intuito de alcançar uma aparência mais pálida e jovem. A palidez da pele era um indicativo de riqueza, pois significava que nenhuma dessas pessoas trabalhavam fora. Na época, esse tipo de sangria também era tido como um cicatrizante natural para algumas doenças físicas. No entanto, sangrar por motivos cosméticos causava baixa imunidade, desmaios, fadiga e doenças oportunistas.

Foi em meados do século XVIII que a indústria cosmética começou a crescer. Todos os produtos eram feitos com altas doses de chumbo em sua composição. Foi dessa forma que mulheres como Maria Gunning, a condessa de Coventry, morreram pelo uso excessivo de ceruse veneziano. Esse composto era um pó branco de chumbo usado como branqueador de pele, embora também fosse aplicado na fixação de penteados. A condessa morreu envenenada aos 27 anos, em 1760.

Durante o período Vitoriano, os anúncios prometiam uma “palidez mortal” nos produtos que possuíam um pouco de arsênico. Até certo ponto eles estavam certos sobre isso, pois a substância letal usada por anos como veneno era também altamente cancerígena.

Nos Estados Unidos do final do século XIX, por toda a parte começou a ser divulgado que bolachas cosméticas comestíveis contendo o mesmo veneno removeriam sardas, espinhas e outras marcas faciais indesejadas. "Bolachas de tez de arsênico", dizia o rótulo dos produtos, fazendo uma alusão à brancura mortal da Era Vitoriana.

Os estudos desenvolvidos pelo botânico Michael Largo apontam que as mulheres usavam a planta venenosa beladona ("mulher bonita", em tradução livre) como óleo para dilatar as pupilas e ganharem um aspecto mais sedutor. Vários cosméticos foram produzidos com o extrato dessa planta, que é a mesma usada por muitos assassinos em série em suas vítimas.

Foi por volta de 1896 que os cientistas começaram a usar a radiação descoberta por Wihelm Röntgen sem ao menos compreenderem os efeitos fatais que ela poderia acarretar. No início do século XX, empresas, como a Radior e a Tho-Radia, fizeram questão de panfletar que os seus produtos eram à base de elementos muito radioativos, porém com o intuito de revitalizar a pele.

A maioria das pessoas acreditava que o rádio era uma substância química que podia curar qualquer coisa por simplesmente possuir energia, por isso houve o uso indiscriminado dele em sabonetes e maquiagens. A exposição a esse elemento pode causar câncer, deterioração da pele, doença da radiação, falência de órgãos e morte. O rádio descoberto por Marie e Pierre Curie, em 1898, é considerado um milhão de vezes mais radioativo do que o urânio, o mesmo utilizado em uma bomba nuclear.

Os produtos fabricados pela Tho-Radia não só continham rádio como também tório, que é outro elemento muito radioativo. A empresa francesa fundada pelo médico e farmacêutico Alexis Mousalli garantia aos clientes que seus produtos possuíam um “método científico único de beleza”. Em cremes como o La Crème Tho-Radia, o anúncio prometia que o produto ativaria a circulação, firmaria os tecidos, removeria a gordura, as rugas e também tonificaria a pele. Um tubo custava apenas 10 francos. O produto ainda era indicado para arranhões, contusões, ulcerações e impetigo.

Em 1933, a empresa lançava também a sua linha de maquiagem radioativa, tendo como carro-chefe o pó facial (que supostamente impedia a herpes) e o batom vermelho com “brilho reluzente”. Além disso, um creme dental que continha os isótopos mortais afirmava causar uma “irradiação” de brilho que durava até 24 horas.

O rádio se tornou um elemento muito popular no mercado, pois a radioatividade em si era uma descoberta muito recente e ainda pouco estudada, portanto significava uma tendência mundial usá-la em qualquer coisa. A fascinação era tanta que até mesmo o mero anúncio de algo com radiação era o suficiente para atrair milhares de consumidores. No final das contas, era uma falsa ideia de valor.

Felizmente, os cremes radioativos não causaram muitos danos na pele de seus consumidores, mas nos bolsos sim. Já os trabalhadores das indústrias não tiveram tanta sorte assim, pois muitos deles morreram devido à constante exposição a diversos níveis de radiação e ao manuseio inadequado de componentes químicos.

O Tho-Radia não fez vítimas diretas, mas alguns produtos alimentícios se provaram letais o suficiente. A bebida energética chamada Radithor, que consistia em água destilada com pequenas quantidade de rádio, prometeu servir de medicação para enfrentar várias doenças, entre elas a diabetes, a impotência e perda do apetite sexual.

Levava tempo até que a pessoa sofresse de uma morte horrível, com direito a abcessos no cérebro, buracos no crânio e até perda da mandíbula depois de ter acumulado rádio o suficiente nos ossos, como aconteceu com o atleta Eben Byers em 1932.


https://www.megacurioso.com.br/misterios/114877-a-bizarra-industria-cosmetica-ao-longo-dos-seculos.htmR ef Histórias Antigas e Medievais

EPAMINONDAS - Esculpindo a escultura

 Uma das melhores palestras do ano.



dezembro 15, 2024

A CHAMA - Adilson Zotovici


Da Arte Real que proclama

Eterna busca da perfeição

Vez que superna, não à fama

Parte  cultural por vocação


Levar seu luzeiro a quem clama

À cada canteiro ou nação

Seu conhecimento que inflama

O tormento da inaptidão


No livre pedreiro o programa

De mentor, muito ou pouco, a missão

Vezeiro labor de quem ama


De filósofos a dedução;

Simples e minúscula chama

Flama maiúscula  escuridão !!




A LITERATURA DO TEMPO - Newton Agrella


As páginas do nosso livro continuam abertas.

Estamos próximos de encerrar o capítulo 2024 que trouxe uma série de emoções que se traduziram em momentos de grande emoção.

Alguns de uma felicidade incontida, outros que talvez mereçam cair no esquecimento.

No final das contas contudo, foi mais um acúmulo de experiências que a vida nos ofereceu. 

E só nos resta agradecer.

Um novo capítulo começa ganhar seus esboços.  

Novos episódios nos aguardam no capítulo 2025

O protagonismo humano será evidente, porém é claro, atrás da esperança de dias  cada vez melhores. 

Os votos de um tempo mais próspero, de bem estar cada vez mais consistente e de uma qualidade de vida mais sustentável são o combustível que nos impulsionam e fazem com que possamos entender a razão de viver.

Sempre bom lembrar que existir é uma circunstância que nos envolve neste Universo, porém justificar a nossa existência é um exercício de aprendizado contínuo que nos leva a aprimorar o nosso grau de Consciência.

A fronteira imaginária do tempo é um exercício cronológico que estabelece os limites de um prazo de validade, do qual não somos donos nem locatários.  

Somos simplesmente passageiros de uma nave chamada Terra.

O livro continua aberto, na expectativa de que o que venha a ser escrito possa aquecer a nossa alma sob o energizante sabor do Sol e a aquietar nossas dores sob a perene serenidade da Lua.

É um novo Tempo !


dezembro 14, 2024

A FILOSOFIA CONTIDA NO SIMBOLISMO DOS VIGILANTES NA MAÇONARIA(R.'.E.'.A.'.A) - Newton Agrella.


Inobstante o rito que seja praticado por uma Loja maçônica, há por trás disso uma filosofia contida no simbolismo que guarnece as funções de 1o.e 2o. Vigilantes.

O 1o.Vigilante protagoniza o significado da Força.  

Seja ela a força de caráter, moral, ética, mental e espiritual, bem como a força consistente das ações e empreendimentos humanos, para que possam existir por sí só.  

Ela simboliza ainda a determinação e voluntariedade do homem para erigir seu templo interior com firmeza   e base arquitetônica dos princípios de uma construção sólida.  

Diante disso o Nível é a jóia que   representa esse exercício filosófico, posto que este simboliza a Igualdade social e a Retidão de juízo. 

O Nível maçônico se constitui de um Esquadro de cujo ângulo desce uma uma Perpendicular.

Por outro lado, o 2o. Vgilante protagoniza o significado da Beleza das virtudes morais, bem como a beleza como  atributo estético de padrões comumente aceitos pelo homem, no processo de elaboração em tudo que se constrói, valendo-se do sentido oculto das Alegorias e dos Símbolos.

Dentro desta perspectiva, a jóia do 2o.Vigilante é o Prumo, posto que esta jóia, na linguagem semântica e na simbologia maçônica sugere a idéia de se agir com prudência, perspicácia e juízo. 

O Prumo sob a égide filosófica maçônica, traz consigo o símbolo da Pesquisa e da Investigação da Verdade.

Do ponto de vista Dialético, o Prumo aliado ao Esquadro sugere o caminho ao aprimoramento humano e permite desta forma a perfeita construção do Templo.

Registre-se que essa equação tem um sentido manifestamente especulativo, de caráter intelectual e antropocêntrico. 

O homem buscando o autoconhecimento em si e por si.



ESQUADRO E COMPASSO - Rui Bandeira

 

esquadro, compasso, sol, maçom


Talvez o mais conhecido dos símbolos da Maçonaria seja o que é constituído por um esquadro, com as pontas viradas para cima, e um compasso, com as pontas viradas para baixo.

Como normalmente sucede, várias são as interpretações possíveis para estes símbolos.

É corrente afirmar-se que o esquadro simboliza a retidão de caráter que deve ser apanágio do maçom. Retidão porque com os corpos do esquadro se podem traçar facilmente segmentos de reta e porque reto se denomina o ângulo de 90 º que facilmente se tira com tal ferramenta. Da retidão geométrica assim facilmente obtida se extrapola para a retidão moral, de caráter, a caraterística daqueles que não se “cosem por linhas tortas” e que, pelo contrário, pautam a sua vida e as suas ações pelas linhas direitas da Moral e da Ética. Esta caraterística deve ser apanágio do maçom, não especialmente por o ser, mas porque só deve ser admitido maçom quem seja homem livre e de bons costumes.

É também corrente referir-se que o compasso simboliza a vida correta, pautada pelos limites da Ética e da Moral. Ou ainda o equilíbrio. Ou a também a Justiça. Porque o compasso serve para traçar circunferência, delimitando um espaço interior de tudo o que fica do exterior dela, assim se transpõe para a noção de que a vida correta é a que se processa dentro do limite fixado pela Ética e pela Moral. Porque é imprescindível que o compasso seja manuseado com equilíbrio, a ponta de um braço bem fixada no ponto central da circunferência a traçar, mas permitindo o movimento giratório do outro braço do instrumento, o qual deve ser, porém, firmemente seguro para que não aumente ou diminua o seu ângulo em relação ao braço fixo, sob pena de transformar a pretendida circunferência numa curva de variada dimensão, torta ou oblonga, assim se transpõe para a noção de equilíbrio, equilíbrio entre apoio e movimento, entre fixação e flexibilidade, equilíbrio na adequada força a utilizar com o instrumento. Porque o círculo contido pela circunferência traçada pelo instrumento se separa de tudo o que é exterior a ela, assim se transpõe para a Justiça, que separa o certo do errado, o aceitável do censurável, enfim, o justo do injusto.

Também é muito comum a referência de que o esquadro simboliza a Matéria e o compasso o Espírito, aquele porque, traçando linhas direitas e mostrando ângulos retos, nos coloca perante o facilmente percetível e entendível, o plano, o que, sendo direito, traçando a linha reta, dita o percurso mais curto entre dois pontos, é mais claro, mais evidente, mais apreensível pelos nossos sentidos – portanto o que existe materialmente. Por outro lado, o compasso traça as curvas, desde a simples circunferência ao inacabado (será?) arco de círculo, mas também compondo formas curvas complexas, como a oval ou a elipse. É, portanto, o instrumento da subtileza, da complexidade construída, do mistério em desvendamento. Daí a sua associação ao Espírito, algo que permanece para muitos ainda misterioso, inefável, obscuro, complexo, mas simultaneamente essencial, belo, etéreo. A matéria vê-se e associa-se assim à linha direita e ao ângulo reto do esquadro. O espírito sente-se, intui-se, descobre-se e associa-se portanto ao instrumento mais complexo, ao que gera e marca as curvas, tantas vezes obscuras e escondendo o que está para além delas – o compasso.

Cada um pode – deve! – especular livremente sobre o significado que ele próprio vê nestes símbolos. O esquadro, que traça linhas direitas, paralelas ou secantes, ângulos retos e perpendiculares, pode por este ser associado à franqueza de tudo o que é direito e previsível e por aquele à determinação, ao caminho de linhas direitas, claro, visível, sem desvios. O compasso, instrumento das curvas, pode por este ser associado à subtileza, ao tato, à diplomacia, que tantas vezes ligam, compõem e harmonizam pontos de vista à primeira vista inconciliáveis, nas suas linhas direitas que se afastam ou correm paralelas, oportunamente ligadas por inesperadas curvas, oportunos círculos de ligação, improváveis ovais de conciliação; enquanto aquele, é mais sensível à separação entre o círculo interior da circunferência traçada e tudo o que lhe está exterior, prefere atentar na noção de discernimento (entre um e outro dos espaços).

E não há, por definição, entendimentos corretos! Cada um adota o entendimento que ele considera, naquele momento, o mais ajustado e, por definição, é esse o correto, naquele momento, para aquela pessoa. Tanto basta!

O conjunto do esquadro e do compasso simboliza a Maçonaria, ou seja, o equilíbrio e a harmonia entre a Matéria e o Espírito, entre o estudo da ciência e a atenção às vias espirituais, entre o evidente, o científico, o que está à vista, o que é reto e claro e o que está ainda oculto ou obscuro. O esquadro é sempre figurado com os braços apontando para cima e o compasso com as pontas para baixo. Ambas as figuras se opõem, se confrontam: mas ambas as figuras oferecem à outra a maior abertura dos seus componentes e o interior do seu espaço. A oposição e o confronto não são assim um campo de batalha, mas um espaço de cooperação, de harmonização, cada um disponibilizando o seu interior à influência do outro instrumento. Assim também cada maçom se abre à influência de seus Irmãos, enquanto que ele próprio, em simultâneo, potencia, com as suas capacidades, os seus saberes, as suas descobertas, os seus ceticismos, as suas respostas, mas também as suas perguntas (quiçá mais importantes estas do que aquelas…) a modificação, a melhoria, de todos os demais.

Tantos e tantos significados simbólicos podemos descobrir e entrever nos símbolos mais conhecidos da Maçonaria… Aqui deixei, em apressado enunciado, alguns. Cada um é livre, se quiser, de colocar na caixa de comentários, o seu entendimento do significado destes símbolos, em conjunto ou separadamente, ou apenas de um só deles. Todos os significados simbólicos são bem-vindos! Cada um é também livre de, se quiser, nada partilhar, guardando para si as conclusões que nesse momento tire. Tão respeitável é uma como outra das posições. Este espaço é livre e de culto da Liberdade. Afinal de contas, tanto o esquadro como o compasso estão abertos… abertos às livres opções, entendimentos e escolhas de cada um!

dezembro 13, 2024

IDOSOS DEVEM FALAR MAIS


Os idosos são ridicularizados quando falam demais, mas os médicos veem isso como uma bênção, dizendo que os idosos aposentados deveriam falar mais porque atualmente não há como prevenir a perda de memória. A única maneira é falar e falar, cada vez mais. Existem pelo menos três benefícios para os idosos que falam mais...

Primeiro: Falar ativa o cérebro, pois a linguagem e os pensamentos se comunicam, principalmente quando se fala rápido, isso naturalmente acelera o pensamento e melhora a capacidade de memória. Idosos que não falam têm maior probabilidade de desenvolver perda de memória.

Dois: Falar mais previne doenças mentais e reduz o estresse. Os idosos muitas vezes guardam tudo no coração sem dizer ou desabafar nada, sentem-se sufocados e desconfortáveis. Dar aos idosos a oportunidade de falar mais e ouvir uns aos outros irá ajudá-los a sentirem-se melhor.

Terceiro: A fala exercita os músculos ativos da face, exercita a garganta, aumenta a capacidade dos pulmões e reduz os perigos ocultos da vertigem e da surdez, que freqüentemente prejudicam os olhos e os ouvidos.

Resumindo: como adulto mais velho, a única maneira de prevenir a doença de Alzheimer é conversar ativamente e interagir com o maior número de pessoas possível. Não há outro remédio para isso. Por isso, é recomendado que grupos de amigos mais velhos se reúnam em algum lugar pelo menos uma vez por semana, durante cerca de 2 ou 3 horas, para trocar opiniões e eliminar o estresse com um sorriso.



SOBRE A AMIZADE - Marco Túlio Cicero



"A clara indicação de virtude, que naturalmente atrai uma mente de caráter semelhante, é o início da amizade". Nesse caso, o aumento do afeto é uma necessidade. Pois o que poderia ser mais irracional do que buscar prazer em coisas inanimadas, como cargos, fama, casas suntuosas e vestimentas, enquanto se tem pouco ou nenhum interesse em um ser sensível dotado de virtude, capaz de amar e retribuir o amor? Pois nada é mais prazeroso do que a reciprocidade de afeto e a troca mútua de bons sentimentos e favores. E se afirmarmos, com razão, que nada atrai e une tanto quanto a semelhança na amizade, será aceito como verdade que *os bons amam os bons e os unem a si mesmos, como se estivessem ligados pelo sangue e pela natureza*. 

[...] 

E já que não há amizade sem virtude, eu os encorajo a atribuir à essa uma importância tão elevada que, além dela, em seus pensamentos, nada seja mais valoroso do que a amizade.



dezembro 12, 2024

CHEGADA DO RITO SCHRÖEDER AO BRASIL - Werner Rinkus



O Rito Schröeder chegou ao Brasil em dezembro de 1855, com a fundação da Loja “Deutsche Freundschaft” (Amizade Alemã), por imigrantes alemães e suiços em Joinvile-SC.

Entretanto, este fato correu após a fundação do povoado denominado Dona Francisca, hoje município de Schroeder, cujo nome foi uma homenagem ao seu colonizador Senador Cristiano Mathias Schroeder, em 1851, sendo onde se concentraam as colônia germânicas e suíças, inicialmente.

Esta Loja (Amizade Alemã), em maio de 1859 uniu-se à Loja”Zum Südlichen Kreuze”(Ao Cruzeiro do Sul), que havia sido fundada em maio de 1856, tomando a nova Loja o título distintivo de “ Deutsche Freundschaft Zum Sülinchen Kreuze” Amizade Alemã ao Cruzeiro do Sul).

Naquela oportunidade, chegaram a compor o Rito Schröeder, cerca de 49 lojas, até o início da 1ª Guerra Mundial, somente no Rio Grande do Sul.

Infelizmente, o advento bélico fez com que o governo brasileiro, em 1917, proibisse as reuniões e o uso da língua alemã em todo o território nacional.

Esta proibição fez abater colunas todas as lojas Schröeder existentes. Assim permaneceu até 24 de junho de 1958, quando ocorreu a fundação da Loja Concórdia & Humanitas nº56, sob a jurisdição da GLMERGS, onde, então, voltou-se a desfrutar a beleza e o humanismo do genuíno Ritual Schröeder, primeiramente em alemão e posteriormente em português.

Entretanto foi no Estado do Rio Grande do Sul, que as lojas do Rito Schröeder se desenvolveram com maior ênfase, quando lá se estabeleceram as colonizações alamãs e italianas, surgindo (cada uma em sua época) fundações de associações, clubes e lojas maçônicas.

Com o advendo da 2ª Guerra Mundial, todas as lojas que utilizavam rito alemão foram obrigadas a trocar o seu rito (Schröeder) pelo rito Escocês. Com isso várias Lojas abateram colunas.

Havia muita pressão sobre os alemães e italianos, mormente sobre os alemães, já que eram os causadores diretos da 2ª Guerra Mundial. Quando, finalmente, foi permitida a reabertura das Lojas, no pós guerra, foi procurada uma maneira de se fundar uma loja no idioma alemão, a fim de preservar e manter as tradições e cultura germânica. Fundou-se, então, uma loja que trabalhava no Rito Escocês, porém, onde todo o ritual era lido e falado em alemão.

Somente tempos depois é que foi escolhido o Rito de Schröeder, sendo que, por falta de informações, possuía a denominação Schröeder, porém trabalhava no Escocês.

Assim surgiu de forma bastante peculiar, o Rito Schröeder no Rio Grande do Sul.

Com a chegada do valoroso Ir:. Kurt Max Hauster, da Alemanha, trazendo consigo o ritual alemão da Loja Absalom, foi que os irmãos daquela Loja tomaram conhecimento oficial, não só da formatação da loja, como, também, do rito, propriamente dito.

Todo o material então foi repassado à vários obreiros que se incumbiram de organizar as traduções, colocando-as em ordem para posterior elaboração dos rituais.

Feito isso, foi passado à Loja Concórdia & Humanitas, no dia 24/06/1958 (data oficial) e, assim, deram início aos trabalhos que têm curso até a presente data, principalmente nos estados do Sul do Brasil.

https://www.brasilmacom.com.br/rito-de-schroeder/

A INSUSTENTÁVEL LEVEZA DA VAIDADE -; Newton Agrella


Tanto se escreve e se fala a respeito da Vaidade, porém este é um dispositivo humano que parece não querer se desvencilhar da alma.

Apesar de sua natureza fugaz e transitória, ela se revela a cada pouco como um perigoso combustível  que assim como uma droga, ela vicia e produz um efeito devastador.

Pior que tudo isso, a vaidade tem a nociva propriedade de valorizar a nossa própria existência, seja no terreno da aparência, dos atributos físicos e das qualidades intelectuais.

A sensação mais vã que ela promove é a de que esses atributos e qualidades venham a ser reconhecidos e admirados pelos outros.

Apesar de que um dos lemas promulgados pela Maçonaria seja o de "levantar templos às virtudes e cavar masmorras aos vícios" a Vaidade tem se mostrado cada vez mais evidente e circunstante entre os maçons à medida que o tempo passa.

O apego despudorado ao poder,   aos elogios fáceis, aos títulos, homenagens e medalhas, tornaram-se lugares-comuns, ao invés do esforço e dedicação ao crescimento interior, espiritual e intelectual, conforme os princípios Maçônicos basilares.

A despeito das tradições litúrgicas e eloquentes que são componentes do acervo histórico e cultista da Sublime Ordem - e que sem dúvida devem ser preservadas - a importância que tem sido dada aos aspectos aparentais denotam a superficialidade a que a Vaidade conduz.

A expressão de orgulho do próprio sucesso ou da ostentação das próprias qualidades nada mais significam que um traço inequívoco de insegurança e de necessidade de auto-afirmação.

Cavar masmorras à Vaidade é um exercício que exige despojamento da alma, desapossar-se e desapegar-se de tudo aquilo que tem um caráter vazio e fugaz.  

Aliás, a etimologia da palavra Vaidade é originária dos termos latinos "vanitas", "vanitatis" : cujo significado é nada mais do que "Vacuidade" (aquilo que se refere ou é próprio do vácuo) ou seja: VAZIO ABSOLUTO.

Isso portanto, traduz por si só o caráter singular desse substantivo.

Ao Maçom, impõe-se desenvolver e trabalhar continuamente o "auto-reconhecimento",  conhecer-se a si mesmo.

Parafraseando o renomado pensador e escritor francês Honoré de Balzac: 

"...é melhor deixar a Vaidade aos que não tem outra coisa para exibir..."

Se de um lado ela é uma via expressa rumo à satisfação, concomitantemente é o terreno mais fértil para a desvirtude se desenvolver.

dezembro 11, 2024

RESERVA SOBRE AS FORMAS DE RECONHECIMENTO - Rui Bandeira


 

Antigamente era, em muitos locais, perigoso ser maçom. 

Ainda hoje o é, em várias partes do globo. 

Os maçons tinham necessidade de se conseguirem reconhecer uns aos outros, sem necessidade de perguntar. 

Com efeito, se um maçom perguntasse a outrem se também era maçom e esse outrem não só não fosse maçom como denunciasse quem o inquirira, estava o caldo entornado… 

Havia, pois, que arranjar maneira de um maçom se poder assegurar que outro homem também tinha essa qualidade, de forma que, se assim fosse, o interrogado soubesse que tal interrogação lhe estava a ser feita e soubesse responder da mesma forma, mas que, se o interrogado não fosse maçom, não se apercebesse sequer da interrogação. 

Havia que criar uma forma de um maçom se dar a conhecer como tal, de maneira que só os maçons se apercebessem disso e só eles reconhecessem essa forma. 

Havia que poder testar se alguém que se arrogava de ser maçom efetivamente o era. 

E, sobretudo, havia que tudo isto fazer de forma discreta, apenas perceptível por quem devesse perceber. 

E havia, obviamente que guardar segredo dessas formas de reconhecimento.

Antigamente,não havia as facilidades e rapidez de comunicações e de deslocação que há hoje. 

Os agregados populacionais eram fechados, muito mais isolados do que agora e, sobretudo, mais distantes, em termos de tempos de viagem. 

Ir de Lisboa a Londres demorava semanas. Ir de Lisboa ao Porto demorava dias. 

Ir da Europa à Ásia, a África ou à América demorava meses. 

Um viajante que chegava a um qualquer local era um desconhecido e desconhecia quase todas ou todas as pessoas desse local. 

Se se arrogava qualquer título ou condição, não havia meios de comunicação rápidos que permitissem verificar, em terras distantes, se o afirmado era verdade.

Viajar era demorado e perigoso. 

Os maçons em viagem podiam beneficiar do auxílio de seus Irmãos. 

Muitas vezes sendo – viajante e residente – desconhecidos um dos outro. 

Não bastava ao viajante dizer que era maçom. 

Tinha de comprovar essa qualidade.

Antigamente era, pois. essencial que existissem formas de reconhecimento discretas, eficazes e de conhecimento restrito aos maçons. 

Que deviam ser e eram avaramente guardadas em segredo.

Essas formas de reconhecimento eram e são constituídas por determinados sinais, por certas palavras, por específicos toques. 

Os sinais permitiam que os maçons se reconhecessem como tal no meio de uma multidão, se preciso fosse, sem que mais ninguém se apercebesse. 

As palavras permitiam confirmar esse reconhecimento, constituindo uma segunda forma de verificação, que confirmaria a identificação ou permitiria desmascarar impostor que, por conhecimento ou sorte, tivesse efetuado corretamente um sinal de identificação. 

Os toques, discretos, permitiam, além de uma fácil identificação mútua absolutamente discreta e insuscetível de ser detectada por estranhos, também desmascarar impostores, pois não bastava, nem basta, usar um certo toque: é preciso saber quando o usar, para quê e que deve suceder em seguida…

Sempre os sinais de reconhecimento foram objeto de curiosidade profana. 

Por quem perseguia a Maçonaria e os maçons, por razões evidentes. 

Por quem, não sendo maçom, gostaria de se infiltrar entre os maçons ou, viajando, beneficiar da ajuda que os maçons residentes davam aos maçons viajantes. 

Ou, simplesmente, por quem era curioso…

Milhares e milhares de maçons conhecem os sinais de reconhecimento. 

Ao longo do tempo, milhões de maçons acederam a esse conhecimento, nas quatro partidas do Mundo. 

Houve zangas. 

Houve dissensões. 

Houve abandonos. 

Houve traições. 

Houve inconfidências. 

Um segredo só é verdadeiramente secreto se for conhecido apenas por um – e, mesmo assim, se este não falar a dormir… 

Era inevitável que as formas de reconhecimento dos maçons fossem expostas. 

Existem livros. 

Existem filmes. 

Existem vídeos. 

Existem panfletos. 

Existem, hoje em dia, inúmeros suportes em que estão expostas aos profanos as formas de reconhecimento dos maçons. 

Mas também existem publicados nos mesmos suportes formas de reconhecimento falsas ou inventadas ou simplesmente ultrapassadas… 

Quem está de fora tem o magno problema de descobrir o que é verdadeiro e o que é falso, de distinguir o certo do inventado, de descortinar o que se mantém vigente e o que foi ultrapassado…

Por isso, ainda hoje, as formas de reconhecimento vigentes, apesar de conhecidas por milhões, apesar de repetidamente expostas, continuam a ser úteis e eficazes.

Mas, mesmo que algum profano consiga conhecer os sinais, palavras e toques certos e consiga descobrir quando os utilizar e como o fazer corretamente, ainda assim só logrará, quando muito, enganar alguns maçons durante algum tempo e acabará – porventura mais cedo do que mais tarde – por ser desmascarado como impostor. 

Porque não basta executar o sinal certo na hora precisa, pela forma correta, nem dizer a palavra adequada, pela forma prescrita, a quem deve ouvi-la, nem dar o toque acertado, no momento asado e sabendo o que se deve passar a seguir. 

Tudo isso já é suficientemente complicado – mas não basta. 

Tudo isso, ainda que porventura executado de forma atinada, constitui ainda uma determinada informação: que quem o fez tem um determinado nível de conhecimentos, uma certa postura e compostura, um exigível comportamento, um específico nível de desenvolvimento pessoal, social e espiritual. 

Ser maçom e ser reconhecido como maçom não é só conhecer e saber executar sinais, palavras e toques. 

Isso é o que menos importa. 

É, sobretudo, saber fazer um percurso, utilizar um método, avançar num caminho.

As formas de reconhecimento são apenas sinais exteriores básicos e nem sequer particularmente importantes. 

Isso também, mas sobretudo muito mais, é que faz com que um maçom seja reconhecido como tal pelos seus Irmãos.

Reservo o segredo dos sinais, palavras e toques que constituem as formas de reconhecimento dos maçons, porque a isso me comprometi. 

Mas digo e afirmo: podíamos divulgar, publicar, mostrar, explicar, exemplificar, ensinar, filmar e exibir o filme, executar todos os sinais, palavras e toques de reconhecimento; podíamos ensinar a toda a gente como e quando e por que forma utilizar cada um deles. 

Ainda assim, pouco tempo e apenas um razoável cuidado bastariam para reconhecer quem efetivamente é maçom e quem, ainda que perfeitamente executasse todos os sinais, palavras e toques, não o é!

Porque ser maçom é muito mais do que saber sinais, palavras e toques. 

Ser reconhecido como tal implica muito mais do que essas minudências, pois não basta saber sinais, palavras e toques para ser reconhecido maçom. 

É preciso efetivamente sê-lo e vivê-lo e praticá-lo.

Que nunca ninguém se esqueça disto. 

Seja profano ou tenha sido iniciado. 

Especialmente estes!




FÉ, ESPERANÇA E CARIDADE NA VISÃO MAÇÔNICA - Sidney Godinho


Quando  se  analisa  a  arquitetura  de  uma  loja maçônica,  estruturada  em  suas  Jóias  e  luzes,  e divididos  seus  conhecimentos  em  seus  graus hierárquicos,  representados  por  suas  ferramentas  de trabalho,  pode-se  bem  depreender  que  ao  Ap.’.  compete a  Força  e  a  Fé,  pois  é  o  início  e  como  todo  principiante, basta  somente  crer  naquilo  que  agora  tem  como Verdade  Absoluta,  para  malhar  e  cumprir  as  orientações que  lhe  são  ministradas. 

É  a  exploração  do  Corpo  como  matéria,  pois  os sentimentos  afloram  enquanto  a  razão  é  ofuscada  pela empolgação  natural  do  desconhecido.  

A  Fé  se  define como  “a  primeira  das  três  virtudes  teologais;  um conjunto  de  dogmas  e  doutrinas  que  constituem  um culto”  (Aurélio,  2006)  e  sendo  o  dogma  “um  ponto fundamental  e  indiscutível  de  uma  doutrina  ou  um sistema”  (Aurélio,  2006),  clarifica-se  ao  Ap.’.  explorar  a Força  de  seu  corpo  e  crer  com  toda  sua  Fé. 

Já  ao  C.’.M.’.,  a  maturidade  alcançada,  após  os trabalhos monitorados, permite-lhe avançar doutrinariamente  e  abandonar  o  Rés-do-Chão, alternando  seu caminhar e explorando novas crenças,  onde  o  corpo  é  deixado fora  e  a  Alma  é  trabalhada  para  fundamentar  o  que  era Fé  e  então  torná-la  em  Esperança  ou  seja  na  “segunda das  três  virtudes  teologais;  esperar  aquilo  que  se  deseja” (Aurélio,  2006).  

"Onde  outrora  se  cria,  hoje  se  deseja." 

A  literatura  maçônica  relata  que  nas  antigas escolas  operativas  e  mesmo  nos  primórdios  das  lojas especulativas  tinham-se  como  graus  apenas  o  Ap.’.  e  o C.’.M.’.,  visto  que  comparado  a  atividade  laboral  era  o Comp.’.  o  executor  das  tarefas  em  uma  obra  e  o habilitado  para  tal,  cabendo  ao  Ap.’.  ser  seu  auxiliar braçal.  

Somente  mais  tarde  a  função  de  M.’.  foi introduzida  como  um  controle  de  qualidade  e  um organizador  da  execução  de  um  empreendimento,  o  que também  foi  trazido  para  a  Ordem  como  o  mais  alto grau. 

Esta  visão  do  Maçom  somente  pode  ser conseguida  quando  ele  consegue  ver  a  si  mesmo, interiorizando-se  para  enfrentar  seus  temores  e questionar  suas  crenças,  libertando-se  de  preconceitos obscuros  e  alcançando  a  clarividência  no  meio  que  o circunda. 

É  o  que  na  psicologia  Junguiana  se  denomina Inconsciente  Individual,  ou  seja:  no  inconsciente estariam  ocultas  a  sede  de  poder  e  notoriedade,  além de  complexos  e  conflitos  que  se  traduzem  em dinâmicas  patológicas  e  demandam  profunda  reflexão como parte  de  um tratamento  psicoterapêutico. 

A  este  processo  de  diferenciação  da personalidade,  pela  seleção  psicológica  do  ego  de Freud,  Jung  chama  de  Individuação.  

É  um  meio  pelo qual  a  pessoa  se  torna  singular,  ainda  que  sujeita  às forças  da  coletividade. 

É  uma  análise  dinâmica  que  passa  pela compreensão  da  finitude  da  existência  material, objetiva,  face  à  inevitabilidade  da  morte  física,  e  vai  ao limite  da  busca  da  existência  de  Deus,  para  justificar sua  auto-realização  como  o  encontro  da  totalidade  da Vida. 

Cabe  agora  ao  Mestre  propagar  a  Última  Virtude e  a  mais  importante,  o  AMOR,  pois  como  Aprendiz  e Companheiro  já  vislumbrou  a  Fé  e  a  Esperança.