dezembro 27, 2024

A IMPORTÂNCIA DOS GRAUS SIMBÓLICOS - José Castellani


Os três graus simbólicos, Aprendiz, Companheiro e Mestre, comuns a todos os ritos maçônicos, representam a essência total de toda a doutrina moral da maçonaria. (...)

Os três graus simbólicos, síntese do universo maçônico, mostram a evolução racional da espécie humana, ou seja, intuição (Aprendiz), análise (Companheiro) e síntese (Mestre). 

O Aprendiz, ainda inexperiente, embora guiado pelos Mestres, realiza o seu trabalho quase empiricamente, através da intuição, apenas, representando o alvorecer das civilizações, dominadas pelo empirismo; o Companheiro, já tendo um método de trabalho analítico e ordenado, simboliza uma mais avançada fase da evolução da mente humana, enquanto que o Mestre, juntando, através da síntese, tudo o que está disperso, para a conclusão final da obra, representa o caminho derradeiro da mente, na busca da perfeição. (...)

Nas Lojas Simbólicas, verdadeira e única essência da maçonaria universal, o iniciado percorre um longo caminho desde as trevas do ocidente até à luz do oriente, tendo o seu lugar de acordo com suas aptidões e a sua ascensão de acordo com os seu méritos, concretizando as sábias lições da lenda do Mestre Hiram (...)

Acham muitos maçons desavisados, que os graus simbólicos são secundários e representam um mero apêndice da maçonaria, uma etapa primária e elementar, um trampolim para grandes escaladas, quando, na realidade, é basilar e relevante a sua importância, pois, como alicerces de toda a estrutura maçônica universal, nada mais existiria de maçônico sem eles, restando, apenas, as honorificências, de que o mundo profano é tão prenhe.

Excertos do livro Liturgia e Ritualística do Grau de Mestre Maçom 

ODE AO PRECONCEITO PROFANO - Roberto Ribeiro Reis


Gláucia,

O Maçom não tem filáucia,

Isso é intriga da oposição!

Quanta desdita e falácia,

É só perguntar pra Cássia,

Cujo esposo é nosso Irmão!


Gertrudes,

O Maçom possui virtudes,

E isso já não mostra a Globo;

Quanta bandeira de ódio,

Essa mídia só dá pódio

Ao rico, inda que seja bobo.


Andreia,

Esqueça essa falsa ideia

De que integremos uma seita;

A nossa Oficina é de respeito,

A turma toda tá de preconceito

Com nossa casa justa e perfeita.


Maria,

Deixa de lado essa heresia,

Felizmente ela não nos abala;

A Maçonaria é luz e rutilância

E repudia essa irrelevância,

Para qual silencia e se cala.


Vitória,

Os anais da sagrada história

Mostrarão a todos a real versão;

O mundo pede por misericórdia,

A ele damos a paz e a concórdia

Que o Maçom carrega no coração!


dezembro 26, 2024

A VELHICE NA MAÇONARIA - Juracy Vilela de Souza



Outrora, a velhice era uma dignidade; hoje, ela é um peso. "Francois Chateaubriand"

Quando fui iniciado, a vida para mim ganhou um novo sentido, pelas novas amizades e pelo ensinamento que recebia nas instruções de meus preceptores.

A sessão maçônica era uma coisa extraordinariamente nova e reveladora.

Sonhava em crescer na ordem e ser como aqueles irmãos mais antigos, pois via neles tanto conhecimento e amizade, meus sábios inspiradores.

Aqueles “velhinhos” eram a porta para meu ingresso no conhecimento e na filosofia da Arte Real.

Para mim, eles viviam num mundo de felicidade e que aquilo era uma herança, que levariam até os dias da velhice.

Esse sentimento inundava o meu espírito de paz e esperança.

Jamais poderia pensar que o caminhar dos anos trouxesse consigo mudanças tão importantes.

Parece que a juventude não conhece o segredo para a transmutação e quando a idade avança, somos pegos por uma realidade surpreendente, às vezes desalentadora.

A ordem que servimos por décadas a fio, dispensando os maiores esforços, nos abandonara na idade senil. Justamente quando estamos mais carentes e fragilizados.

Na America do Norte, os maçons idosos vão para o albergue da ordem onde vivem em paz e dignamente.

Toco nesse assunto, levando em conta casos de irmãos que vivem no mais completo abandono maçônico. Vitimados por uma enfermidade não saem para lugar algum, aprisionados em suas casas.

Essa realidade é bem diferente dos templos aconchegantes e das amplas festas e Copos D'Água que um dia frequentaram.

Aquela alegria barulhenta e os abraços fraternos deram lugar ao abandono, ao ostracismo involuntário e ao silêncio cósmico que arrasa seu moral.

Se tivessem a mão amiga de um irmão, poderia ir à Loja, aos almoços e de novo serem felizes.

A maçonaria, pródiga em ajudar os velhinhos dos asilos profanos, vira a cara para seus próprios membros que nem sempre precisam de apoio pecuniário, apenas de uma visita.

A tentativa de levar irmãos à casa de um enfermo sempre resulta em fracasso, pois ninguém se interessa. As "ditas" Autoridades Maçônicas, esses, nunca vão.

O tempo corre célere e a vida escapa pelos dedos como o mercúrio.

Irmãos, ainda há tempo, embora curto, para amar o próximo, pois o Céu não pode esperar.



PEREGRINAÇÃO DE NATAL - Carlos Baccelli c


Em nossa peregrinação de Natal, na companhia de Chico, visitávamos cerca de dez, quinze casas nos diferentes bairros de Uberaba. Seguindo à frente, com Eurípedes Higino, os demais carros iam acompanhando o carro que transportava Chico pelas ruas escuras e esburacadas, vencendo, não raro, fortes enxurradas e lamaçal.

Numa das casas que, anualmente, visitávamos, nos deparamos com um jovem, com os seus quase trinta de idade, em cima de uma cama. A situação dele era precária. Forte, pesado, não caminhava e vivia deitado, alheio ao que se passava à sua volta.

Enquanto alguém deixava uma cesta básica na cozinha da família, bolos de Natal, pães e doces, Chico se encaminhava para o quarto estreito e, compadecido, ficava observando o rapaz em rude provação. O doente exibia calos nos punhos de ambas as mãos e na cabeça, principalmente na região da fronte. É que ele vivia esmurrando a si mesmo, ou batendo com a cabeça na parede!

Em uma de nossas visitas, quando saímos, Chico elucidou o quadro:

Ele foi um estrategista militar durante a guerra... Era muito inteligente e articulava planos de execução em massa dos inimigos. Como caiu pela inteligência, vive se recriminando, através dos murros que desfere na própria cabeça.

Não seria, então, o caso, Chico, - alguém perguntou de promover-se uma reunião de desobsessão para  auxiliá-lo? Ele deve viver atormentado por muitos espíritos obsessores... Talvez uma equipe de médiuns, se revezando em visitas a ele?...

Chico escutou a argumentação e respondeu baixinho:

Não, meu filho. Por enquanto, eu acho que ele está mais necessitado mesmo é de alguns lençóis...

É que a família pobre não conseguia ter lençóis em número suficiente para que o leito do rapaz se mantivesse sempre limpo era ali que ele fazia todas as suas necessidades fisiológicas, porque ninguém tinha força para levá-lo ao banheiro, que ficava lá fora, no quintal! E Chico acrescentou:

Como ele se encontra, ele já está no caminho da cura... A doença é o remédio de que ele precisa. Os espíritos obsessores, depois de terem feito o que queriam, já o largaram. Agora a tarefa é de Jesus, através de algum de nós que se disponha a ajudar...

Embora bem intencionado, vejamos o olhar do moralista espírita sobre a questão, que, naquele momento, era muito mais de caridade a ser posta em prática que de doutrinação espiritual. Muitos de nós, infelizmente, somos assim: vemos obsessão onde o problema, às vezes, é de extrema carência material!

Do Livro: O Médium Pés Descalços – item 56 de Carlos A. Baccelli

 

dezembro 25, 2024

CHRISMUKKAH


Chrismukkah é um neologismo da cultura pop que se refere à fusão dos feriados do Natal do Cristianismo e do Hanukkah do Judaísmo¹. Surgiu pela primeira vez nos países de língua alemã entre os judeus de classe média do século XIX. Após a Segunda Guerra      Mundial, o Chrismukkah tornou-se particularmente popular nos Estados Unidos, mas também é celebrado em outros países.

  ¹Chanucá ou Hanucá (em hebraico: חנוכה, romaniz.: ḥănūkkāh) é uma festa judaica, também conhecido como o Festival das luzes. "Chanucá" é uma palavra hebraica que significa "educar" ou "inauguração". A primeira noite de Chanucá começa após o pôr do sol do 24.º dia do mês judaico de Kislev e a festa é comemorada por oito dias. Uma vez que na tradição judaica o dia do calendário começa no pôr do sol, o Chanucá começa no 25.º dia.

UM DIA SEM GUERRAS - Adilson Zotovici


 

Uma oração pertinente

Feita sem qualquer engano 

Creio aceita por toda gente 

Iniciado ou profano


Natal de Paz, indulgente 

Ecumênico, soberano

Compraz, um dia, mormente 

A quem sofreu todo o ano 


Por luta cruel, renitente, 

Qual babel, por algum insano, 

Por conduta intransigente  


Divinal dia que o arcano 

É alegria incontinente 

Feliz Natal Cristiano ! 




FELIZ NATAL A VOCÊ !!! - Newton Agrella


Tô bem pertinho pessoal.

O duro é ter que me desviar de alguns tantos lugares em que o desentendimento e a intolerância não dão trégua e atrapalham demais.

São vários caminhos tortuosos, cheios de obstáculos, onde se ouvem ruídos, estampidos e estrondos de tudo quanto é tipo.

Seja no hemisfério norte, no hemisfério sul.

No Oriente ou no Ocidente.

Fato é, que por mais que se esforcem para disseminar mensagens de paz ou que entoem canções de  esperança por dias melhores, a coisa parece que ganha ares cada vez mais sinistros e intransponíveis.

Porém, desistir jamais !

Afinal de contas, levo  comigo um enorme saco  de Símbolos e de Alegorias, repleto de Desejos Positivos, que não posso me dar ao luxo de esmorecer.

Venho em nome de uma Luz Radiante e Inefável, fruto de um Princípio Criador e Incriado de tudo o que nos cerca.

Não importa por qual nome ele responda.

O que vale nesse instante é que eu possa empreender a jornada com o intuito de trabalhar por um mundo em que a Paz e a Harmonia entre os "Seres Pensantes" possam prevalecer.

Sigo com esse trenó, deslizando por todos os cantos do planeta, com a missão de cumprir um papel, que de há muito, deveria ter sido compreendido pela humanidade.

Conto com o seu aceno e com um sinal de aprovação de que tudo vai melhorar e de que eu posso completar  minha viagem.

Afinal de contas, temos novas gerações à nossa frente e precisamos deixar um legado positivo !

Passa o tempo e alguns ranços de preconceitos insistem em ocupar um incômodo espaço em nosso baú interior.

É hora de renovar, rever alguns conceitos e de deixar a vida fluir de maneira mais leve.

É tempo de semear amor, cultivar, dividir e compartilhar felicidade.

Ninguém fica pra semente.

A viagem tem que ser completada entre o 24 e o 25.

Há muita gente esperando ansiosa e  sobretudo um contingente imenso que nem sabe que eu vou passar.

FELIZ NATAL A VOCÊ !!!


JESUS CRISTO NASCEU EM 25 DE DEZEMBRO? - Almir Sant'Anna Cruz


Existem eventos que pela sua natureza quase não são questionados. Um deles refere-se ao Natal. 

Habituados que estamos a comemora-lo todos os anos em 25 de dezembro, jamais poderíamos supor que o nascimento de Jesus tivesse ocorrido em outra data. 

No entanto, é justamente o nascimento de Cristo o acontecimento histórico que mais tem atraído a atenção de inúmeros astrônomos e astrofísicos, além de historiadores, em particular daqueles interessados em problemas historiográficos e preocupados com a procura de uma explicação racional para o grande mistério da Estrela de Belém.

Segundo o internacionalmente famoso astrônomo e astrofísico brasileiro Ronaldo Rogério de Freitas Mourão (1935-2014) em sua obra “O livro de Ouro do Universo”, Jesus Cristo não nasceu em 25 de dezembro, apresentando argumentos astronômicos, climáticos e históricos, inclusive bíblicos, para apontar o seu nascimento no dia 23 de agosto do ano 7 AC. Como nossa era baseia-se no nascimento de Cristo, então, 2024 seria 2031!!!!!

E explica que o dia 25 de dezembro corresponde ao solstício do inverno no Hemisfério Norte. É o meio do inverno, dia depois do qual os dias começam a se alongar aos poucos.

A festa pagã do “dies solis invicti natalis”, ou seja, “dia do nascimento do Sol”, era celebrada no dia que coincidia com os meados da saturnália, estação durante a qual os trabalhos cessavam. 

Neste dia em que o Sol começava a se dirigir para o Norte, as casas eram decoradas com árvores, presentes eram trocados entre amigos e parentes, ceias e procissões eram realizadas pelos povos pagãos em homenagem ao Sol que voltava a sua posição elevada. Como os primeiros cristãos comemoravam esse feriado, a Igreja primitiva decidiu transformar tal cerimônia pagã numa festa genuinamente cristã. 

Assim, o dia 25 de dezembro passou a representar o dia do nascimento de Cristo, e não mais o nascimento do Sol.

No Oriente, o nascimento de Jesus foi inicialmente celebrado em 06 de janeiro, data que estava associada à Estrela de Belém. 

Essa comemoração tinha como objetivo substituir a cerimônia pagã que, em 06 de janeiro, se comemorava no templo de Kore, em Alexandria, no Egito, a virgem que deu à luz Aion, um deus pagão das Arábias.

Mas não será por esse conhecimento que deixaremos de comemorar o Natal no próximo dia 25

Feliz Natal para todos os Irmãos e família!

RABANADAS - Selma Bajgeilman


Origem judaica da rabanada na Espanha Medieval

A origem da rabanada pode ser rastreada à culinária das comunidades sefarditas (judeus da Península Ibérica) já desde o século XIII, que valorizavam o aproveitamento total dos alimentos, incluindo o pão. Após o Shabat, o pão que sobrava, como o challah, era reaproveitado ao ser embebido em líquidos, como leite ou vinho e também mel, e depois frito, criando um alimento simples, mas saboroso e energético. Essa prática se alinhava aos preceitos judaicos de evitar desperdícios e aproveitar os alimentos de forma criativa.

Em bairros judaicos do Oriente Médio, eram consumidas as chamadas "fatias de nascimento", ou torrijas, oferecidas às mães após o parto, um costume que prevaleceu em Toledo (Espanha) até tempos mais recentes. 

Durante o período da Inquisição, muitos judeus convertidos ao cristianismo (os chamados "cristãos-novos") mantiveram tradições judaicas disfarçadas em suas práticas culinárias. Assim a rabanada, nesso contexto adquiriu novos nomes. A rabanada aparece então registrada na Espanha pela primeira vez no século XV, em um texto de Juan del Encina que menciona o prato como ideal para a recuperação pós-parto: "mel e muitos ovos para fazer rabanadas". Essas características fazem referência ao nome “fatias de parida”, utilizado em Portugal, o que evidencia uma função medicinal além de culinária.

Receitas mais formais começaram a ser registradas no século XVII, como nos livros de Domingo Hernández de Maceras (1607) e Francisco Martínez Motiño (1611). Já no início do século XX, a rabanada era amplamente popular nas tabernas de Madrid, sendo frequentemente servida com vinho.

A rabanada, ou fatia dourada, encontrou em Portugal um novo significado. Tornou-se uma tradição natalina, associada às festas de fartura e celebração. O uso de leite, ovos e açúcar dava um caráter mais doce e festivo ao prato, que ganhou variações regionais, incluindo o uso de vinho verde no Minho ou em algrumas receitas vinho do Porto. A tradição portuguesa, trazida ao Brasil, consolidou o prato como parte indispensável das ceias natalinas, onde ele é frequentemente servido polvilhado com açúcar e canela.

Ao longo do tempo, a rabanada ganhou variações mais elaboradas, sendo servida com vinho do Porto, frutas vermelhas ou creme inglês, especialmente em versões contemporâneas e sofisticadas. Apesar dessas inovações, ela mantém sua essência como um prato que celebra a simplicidade e a valorização dos alimentos, carregando em sua história as marcas de diversas  épocas. Da herança judaica e da simplicidade das tavernas espanholas ao simbolismo natalino português, este doce é uma demonstração viva de como a culinária reflete a história, os costumes e as adaptações culturais.

dezembro 24, 2024

O QUE REALMENTE TEM VALOR NO NATAL? - José Marcos Theotonio


 

Mais um fim de ano chegou e com ele um monte de situações que parecem se repetir. As compras, os presentes, as festas, os amigos, as famílias, as comemorações, …

Mas nisso tudo, o que realmente tem valor? O que fica e que o tempo faz sedimentar?

Sim, porque há coisas que o tempo se encarrega de apagar, mas há outras que ficam para toda a vida, nas nossas mentes e nos nossos corações! E são essas as que realmente importam, as que realmente têm valor!

Por essa razão, na nossa reflexão, que também se repete todo fim de ano, escolhemos pensar no que realmente damos valor...

Natal é aniversário, mas aniversário é só presente?

O presente de verdade, o que importa, é quando estamos presentes na vida daqueles que nos valorizam!

Natal é comemoração, mas comemoração é o quê?

Comemoração, é trazer à memória, é recordar tudo que vivemos e valorizamos ao completar cada ciclo!

Natal é reunião, mas reunião é só juntar pessoas?

A verdadeira reunião, acontece quando nos unimos em torno daquilo que tem valor!

Natal é aproximação, mas do que temos que nos aproximar?

É preciso nos aproximar, trazer para perto, aqueles que têm os mesmos valores que os nossos!

Natal é reflexão, mas sobre quais coisas devemos refletir?

Temos que refletir, temos que pensar profundamente no valor de cada uma de nossas ações e escolhas!

Natal é dedicação, mas a quem devemos nos dedicar?

Saber reconhecer quem tem valor e abnegadamente nos empenharmos por eles!

Natal é simbologia, mas quais símbolos importam?

A compreensão do significado de cada coisa, é essencial para distinguirmos aquelas que são valiosas!

Natal é vida, mas o que fazer da vida?

Vida, é tudo o que você faz entre o nascimento (momento de entrada na vida) e a morte (momento de saída da vida), tendo ou não valor.

Portanto, nesse Natal e no Ano Novo que se aproxima, viva a sua vida como se não houvesse amanhã, de modo intenso e autêntico…

...em cada gesto dirigido para aqueles que são caros

...na forma que se comporta diante de cada situação

...como enxerga os problemas e as oportunidades

...sempre que tiver que fazer escolhas

...na forma de enxergar os momentos e as pessoas

...nos pensamentos e nos sentimentos dentro do seu íntimo!

Um feliz Natal e um Ano Novo de prosperidade aos clientes, amigos e parceiros.

Marcos Theotonio e Família

PEDREIRO LIVRE (Free Mason) - Alfério Di Giaimo Neto-



Qual seria a origem desse nome?

Quando, onde e por que foi dado?

Algumas supostas respostas, dadas a seguir, foram baseadas no conteúdo do livro do Ir.:Bernard Jones “The Freemason’s Guide and Compendium”.

Na verdade, muitas explicações são dadas sobre esse assunto. O que se sabe é que nos tempos das construções das Catedrais, os Maçons eram divididos em duas categorias: os maçons “rústicos”, quebradores de pedras, que extraiam os blocos e davam uma preparação preliminar aos mesmos, e os “especialistas” cujo trabalho era o de “acabamento” das referidas pedras, dando corte, formato e acabamento conforme o requerido na etapa final da construção.

Esses últimos eram os mais qualificados do grupo de Maçons. Podemos dizer que eram verdadeiros artistas na arte de acabamento em pedras.

Estes maçons é que foram chamados de “Freemasons”. Aparentemente esse nome foi usado nos primórdios dos Operativos.

Bernard Jones esclarece que a palavra “free” tinha muitos significados e é difícil precisar qual deles foi utilizado no termo “Freemason”. Três deles serão dados a seguir:

1) “Free” pode indicar a pessoa que era imune a leis e regras restritivas, particularmente com a liberdade de ir e vir para diversos lugares,

conforme a necessidade do seu trabalho.

2) Muitos Maçons de hoje acham que o termo foi aplicado originalmente, àquele fisicamente livre, que não era servo, muito menos um escravo.

3) O “Freemason” seria talvez aquele que trabalhava na pedra livre (free stone) que é um tipo de pedra calcárea, fácil de manusear, não muito dura.



PAPAI NOEL DESCOBRE UMA NOVA LOJA - Daniel Gonzalez

Era uma noite de verão no hemisfério Sul e estrelada quando Papai Noel recebeu um convite inusitado. Entre as milhares de cartas de crianças pedindo brinquedos de todos os tipos, uma ganhou destaque. Não era colorida, nem cheirava a perfumes, mas vinha em um envelope lacrado com um selo dourado que brilhava sob a luz da lareira. Intrigado, Papai Noel abriu com cuidado e leu as palavras misteriosas: “A Maçonaria o aguarda.”

Curioso, decidiu atender ao chamado. Afinal, por que não? Séculos de trabalho incessante distribuindo presentes, alegria e esperança já haviam lhe dado muita satisfação, mas algo dentro dele dizia que ainda faltava uma peça no grande quebra-cabeça de sua missão. Na noite marcada, vestiu-se com simplicidade e, pela primeira vez em séculos, deixou de lado o icônico gorro vermelho. Após consultar suas renas para encontrar o caminho, adentrou a porta de uma loja maçônica cercada de símbolos e mistérios que ele ainda não compreendia.

Durante o ritual de iniciação, Papai Noel percebeu que estava vivendo algo único. Não era apenas uma cerimônia. Entre luzes, sons de trovão, espadas erguidas, águas, fogo e palavras solenes, sentiu como se cada elemento ressoasse profundamente em sua alma. Ele, que passara a eternidade entregando alegria às pessoas, agora recebia um presente raro: a oportunidade de refletir sobre si mesmo. Quando finalmente se tornou um aprendiz, o Venerável Mestre o saudou com um sorriso enigmático:

— Bem-vindo, irmão. Sua jornada começa agora.

Nos meses seguintes, Papai Noel se dedicou com afinco aos estudos maçônicos. Ele, que achava que já conhecia todos os mistérios do mundo, descobriu que a fraternidade ia muito além de símbolos e rituais. Cada lição, cada reunião trazia novos significados para a sua própria missão. Logo compreendeu que a construção do “templo interior” era tão importante quanto os sorrisos que ele levava nas noites de Natal.

Na Maçonaria, viu novidades que jamais imaginara. Não eram brinquedos encantados ou renas mágicas, mas ideias que iluminavam caminhos invisíveis. Aprendeu sobre igualdade, liberdade e fraternidade, valores que já praticava de forma intuitiva. Percebeu que, assim como na sua fábrica de presentes, o trabalho em equipe era essencial. Observou irmãos de diferentes origens e culturas trabalhando juntos, como tijolos de um edifício invisível, erguidos pela força da união e da solidariedade.

Certo dia, durante uma sessão, um dos irmãos o questionou:

— Irmão Noel, o que o trouxe até nós?

Ele respondeu com serenidade, enquanto ajeitava sua barba branca:

— Sempre espalhei alegria, mas sentia que faltava algo. Aqui, encontrei o que procurava: um propósito maior, uma luz que não se apaga ao nascer do sol de 26 de dezembro.

Com o passar do tempo, Papai Noel percebeu que sua missão natalina havia ganhado um novo brilho. Agora, seus presentes não eram apenas objetos, mas também mensagens. Levava consigo o simbolismo da esperança, do entendimento e da ideia de que todos, como pequenos aprendizes, podiam construir um mundo melhor, um tijolo por vez.

Naquela noite de Natal, enquanto cruzava os céus com suas renas, Papai Noel fez algo diferente. Ao lado de cada brinquedo e doce, deixou um presente invisível: a semente de um desejo por mais luz, mais união e mais amor entre os homens.

E assim, o velho barbudo tornou-se mais do que um símbolo natalino. Tornou-se um verdadeiro construtor de um mundo melhor, um maçom em espírito e coração, levando a todos, ano após ano, não apenas presentes, mas o convite para também se tornarem parte dessa grande obra, agora entendeu que era um homem livre e de bons costumes.

dezembro 23, 2024

O POEMA REGIUS - Antônio Freitas

 


O Manuscrito de Halliwell ou Poema Regius foi escrito em 1390. Mas só foi reconhecido em 1757, quando o Rei George II da Inglaterra o entregou à  Biblioteca Real, sendo estudado então. Hoje é  considerado como o doc. mais antigo da Maçonaria, rivalizando com a "Carta de Bolonha". 

Em 1840, James Orchard Halliwell o estudou e descobriu a essência do documento relativa à  Maçonaria operativa.

O documento descreve o Ofício de Construtor como atividade nobre, ligada à aristocracia, à  realeza. Daí  o título de Arte Real.

São versos com direitos e deveres dos Maçons. O Título é "Aqui inicia a Constituição da Arte da Geometria segundo Euclides." São 15 Artigos e anexos.

Um Mestre nao poderá tomar um servo como Aprendiz ou emprega-lo com o engodo do lucro, pois seu senhor poderá buscar o Aprendiz onde quer que vá. Se ele fosse recrutado na LOJA , poderia haver desordem. Um caso destes prejudicaria a todos. Todos os maçons seriam atingidos. Se tal homem assumisse o ofício muitas desordens ocorreriam. Para a paz e a harmonia, admitam um Aprendiz de boa condição. Antigamente e o que estava escrito, o Aprendiz deveria ser de alta linhagem. Assim, filhos de grandes senhores aprenderam a Geometria, fonte de beneficios.* Artigo 4° do Poema Regius, 1390.