janeiro 10, 2025

AS CORES DA MAÇONARIA - João Anatalino Rodrigues



Na Maçonaria há uma forte influência do simbolismo das cores. Existe uma Maçonaria azul, uma Maçonaria branca e uma Maçonaria vermelha, cada uma destas cores denotando uma fase da aprendizagem iniciática da Arte Real.

Não há uma razão histórica para a adoção deste simbolismo de cores, a não ser que se possa invocar motivos relativos à Revolução Francesa, relacionados com as cores da bandeira daquele país. Mas aí seriámos obrigados a diminuir consideravelmente o alcance da Arte Real, que na nossa opinião, foi muito mais razão que consequência daquele formidável momento histórico.

A alusão à cor azul, muito provavelmente provém da influência da tradição alquímica, pois de acordo com os adeptos da Arte de Hermes, a pedra filosofal, no decurso do seu processo de elaboração, assume, seguidamente, três cores: um negro azulado, conhecido como asa de corvo, um branco leitoso e um vermelho ígneo. O negro simboliza o reino de Saturno, a partir do qual são obtidas a pedra branca, que é o símbolo da lua, e a vermelha, símbolo do sol.

Portanto, são estas as cores da grande obra alquímica. Primeiro, um negro azulado profundo, evocando as trevas, a morte, o subterrâneo; depois o branco, que é o renascimento, a cor da regeneração; e por fim o vermelho, o fogo celeste, o raio de luz, o sol, como corolário desse processo.

Por analogia adotou-se este simbolismo às diferentes etapas do simbolismo iniciático maçônico. A chamada Maçonaria negra foi acrescentada depois, para simbolizar a posse de segredos duvidosos. Mas em princípio eram essas as cores, e na essência, repetia o caleidoscópio hermético.

Os alquimistas justificavam este simbolismo dizendo que toda semente seria inútil se permanecesse intacta na terra, sem apodrecer e ficar negra.

Era preciso primeiro a corrupção e a morte para, em seguida, ocorrer a regeneração. Era no azul-negro que se encontravam, dissimuladas, todas as demais cores, como dizia Nicolas Flamel no seu Rosário dos Filósofos.

Este negro era, na verdade, um azul profundo, perfeito, que integrava em si a “rosa branca” e a “rosa vermelha”, imagem da regeneração e da ascensão espiritual, respectivamente. Estas duas cores do azul representavam os dois graus de perfeição da pedra filosofal, “o pequeno e o grande magistério, “o emblema da sabedoria, a coroa do filósofo, o selo da ciência e da fé, unidas à dupla potência, espiritual e temporal” no dizer de Fulcanelli. Na vida do operador alquímico eram representativas das duas mudanças no seu estado da consciência (etapas lunar e solar), que se operavam pela prática do magistério hermético.

Na terminologia alquímica, “branquear latona”(deabbat ergo latonen) significava branquear o latão, isto é, liberar o metal das suas impurezas para que pudesse mudar de estado. Na mitologia grega, Latona era a mãe de Diana (a Lua), e Apollo (o Sol), deuses representativos da natureza e da luz, respectivamente.

Na prática alquímica, é quando a “pedra” assume essa cor púrpura (fogo dos fogos), assemelhando-se a uma romã madura, que ela adquire a capacidade de transformar metais ordinários em ouro. Em contato com ela, os metais impuros “morrem” e “renascem” num outro estado, da mesma forma que o iniciado Maçom ao toque da espada Flamígera.    

Na simbologia maçônica podemos encontrar um paralelo nas diversas fases graduais que o iniciado tem passar para atingir o ápice da Escada de Jacó. No Rito Escocês essas fases são representadas pela Maçonaria azul, correspondentes às Lojas Simbólicas, à Maçonaria branca, correspondente às Lojas de Perfeição e Capitulares, e à Maçonaria vermelha, que corresponde aos graus filosóficos. Este último comporta ainda uma divisão em Maçonaria negra, que integra os três últimos graus da escalada de trinta e três graus previstos.

“A cor negra”, escreve Fulcanelli, “foi atribuída a Saturno, que se tornou em Espagiria, o hieróglifo do chumbo; em Astrologia, um planeta maléfico, em Hermetismo o dragão negro ou chumbo dos filósofos; em Magia, a galinha negra etc. Nos templos do Egito, quando o recipiendário estava pronto para as provas iniciáticas, um sacerdote aproximava-se dele e segredava-lhe no ouvido esta frase misteriosa: “Lembra-te que Osíris é um deus negro!”

Osíris, como se sabe, era o deus da ressurreição, aquele que guiava a alma do defunto pelas trevas da Tuat até o seu encontro com a luz. “Tal como o dia, no Gênesis, sucede, à noite,” continua Fulcanelli,” a luz sucede à escuridão. Tem por símbolo a cor branca.

Atingindo este grau, os sábios asseguram que a sua matéria está livre de toda impureza, perfeitamente lavada e purificada. (….) A cor branca é a dos Iniciados porque o homem que abandona as trevas para seguir a luz passa do estado profano ao de Iniciado, de puro. É espiritualmente renovado.”

Não se pode deixar de comparar a simbologia do magistério alquímico com as diferentes fases da iniciação maçônica. O que busca o irmão quando se inicia na Maçonaria, senão uma mágica transformação no seu ser? A passagem do estado de profano para o de iniciado equivale, na iniciação maçónica, a essa renovação espiritual, essa transformação de substância, que no magistério alquímico é obtida pela manipulação da matéria.

Só que, diferentemente da Arte de Hermes, a matéria prima do Maçom é o seu próprio psiquismo. Sobre ele o iniciado trabalha, utilizando-se dos influxos da Loja e dos ensinamentos que recebe, para transformá-lo, de metal impuro em ouro. Troca o vício pela virtude, a preguiça pelo trabalho, a indiferença pela participação, o desconsolo pela esperança. Dessa transmutação emerge como espírito renovado, purificado, pronto para exercer um novo papel na sociedade.

Este é o significado do simbolismo contido na iniciação maçônica, na qual o recipiendário passa sucessivamente, pelas três fases da transmutação alquímica: a negra, simbolizada pela sua descida às sombras da morte, o branco da regeneração, simbolizado pela sua iniciação e o vermelho da exaltação, que simboliza o predomínio do espírito sobre a matéria, condição que ele, como iniciado, finalmente adquiriu.

Evidentemente, na Maçonaria moderna todo este simbolismo, que resume uma verdade iniciática, assumiu contornos de filosofia moral. O Maçom é um homem do mundo e para ele vive. As verdades do espírito devem ser transformadas em atitudes práticas para a melhoria da sociedade na qual ele atua.

A luta do Maçom é contra ele mesmo, para submeter as suas paixões e aprimorar o seu espírito contra os males que infelicitam a espécie humana. Afinal, como diz o ritual, o mal é o oposto da virtude. O Maçom deve trabalhar para eliminar este mal, aperfeiçoando as suas qualidades morais, e em consequência, as da humanidade como um todo. Por outras palavras, o que ele busca é a realização de um estado de perfeito equilíbrio dentro de si mesmo primeiro para, em seguida, transmiti-lo à comunidade na qual vive, pois ninguém pode dar senão o que tem.

Esta é a ciência maçônica, a verdadeira ciência da vida. Através do trabalho prático, (do Maçom operativo) e teórico, (especulativo, que é busca do conhecimento, da Gnose), o Obreiro da Arte Real pode realizar a Alquimia maçônica., unindo-se, afinal, pelo trabalho de construção do universo moral que deve existir em todo irmão, com o Sublime Arquiteto do Universo, fonte fecunda de luz da qual todos saímos no início como matéria cósmica e à qual um dia voltaremos como espíritos radiantes de energia luminosa.

Por isso é que aqueles temerários que batem profanamente à porta do templo, a fim de se iniciarem nos Augustos Mistérios dos Obreiros da Arte Real, ali estão em busca de luz. É que na desordem que reina no mundo dos homens, esses corações sensíveis sentem a necessidade de buscar o exato equilíbrio entre as suas necessidades no mundo profano e as exigências do mundo sagrado, que são de cunho espiritual.

Sem ordem e harmonia nas suas próprias vidas, não as pode transmitir à comunidade em que vive, pois ele mesmo não as possui. Então precisa ser devidamente iniciado, para que possa adquirir tais qualidades. Mas para isso precisa ser puro e de bons costumes.

Ontem como hoje, as esperanças da humanidade são as mesmas: ela quer viver num estado de harmonia, equilíbrio social e ordem. Se as formas de se buscar esse estado ideal mudam, se as visões assumem diferentes configurações, o conteúdo significante dessas visões, no entanto, são os mesmos.

Em todos os tempos os homens repetem as mesmas fórmulas e sentem os mesmos anseios. Assim, o neófito que busca a realização maçônica carrega na sua alma o mesmo anseio do adepto que se iniciava na Arte de Hermes. E tanto nos laboratórios dos artistas, como nos templos maçónicos de hoje, quando um irmão é iniciado ouve-se dizer que

A luz foi feita,

A luz seja dada ao neófito.

Por fim, é relevante lembrar que na referida prancha do Mutus Líber, um homem e uma mulher, representando os dois princípios, feminino e masculino, que se unem para a criação, torcem um pano branco para fins de extrair dele o chamado “orvalho dos filósofos”. Este “orvalho” é exatamente a energia proveniente da natureza, a “flos coeli” capaz de animar a matéria inerte e provocar nela a transmutação. No templo maçônico, essa função é representada pelo equilíbrio de forças entre as duas colunas, sobre as quais Aprendizes e Companheiros realizam as suas fases de aprendizagem, recebendo cada um, conforme o ritual, o seu salário.

É desta maneira que os Obreiros da Arte Real, congregados no templo, formam uma Egrégora que capta, a exemplo da ação energética da síntese química, a “energia dos princípios”, que para o alquimista é o mercúrio filosófico, e para o Maçom é a tríplice argamassa com que se ligam as obras maçônicas.

Do livro “Conhecendo a Arte Real” – Ed. Madras, 2007

A LUZ MAÇÔNICA - Almir Sant'Anna Cruz


Após o juramento o recipiendário será retirado do templo para que seu traje seja recomposto, retornando ainda vendado.

E será pedido a seu favor que se lhe dê a Luz. 

E lhe será retirada a venda que cobre os seus olhos. 

E a Luz lhe será dada. 

E verá a Luz.

Readquirida a plenitude da visão, o agora neófito receberá o choque iniciático e verá a verdadeira Luz, símbolo da verdadeira iluminação interior que é a própria iniciação, se tornando um iluminado, um iniciado, aclarado por uma luz espiritual.

Em diversas religiões a Luz é considerada uma manifestação da divindade e, como tal, objeto de adoração como fonte primordial do conhecimento, em contraposição à escuridão, que representa o mal e a ignorância.

Em Gênesis (1:3-4) consta: E disse Deus: Haja luz. E houve luz. E viu Deus que era boa a luz; e fez Deus separação entre a luz e as trevas.

Simbolicamente, a Luz tem o significado de santidade e de conhecimento da Verdade. Consta no Evangelho de João (1:4-9): Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens; E a luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam. Houve um homem enviado de Deus, cujo nome era João. Este veio para testemunho para que testificasse da luz, para que todos cressem por ele. Não era ele a luz; mas para que testificasse da luz. Ali estava a luz verdadeira, que alumia a todo o homem que vem ao mundo. 

No mazdeismo, no judaísmo, no cristianismo e também na Maçonaria, jamais se deve assoprar uma vela, que representa a luz, o bem, o conhecimento, para que o hálito não a contamine. 

A visão da verdadeira Luz está acima da capacidade da inteligência humana e quando o iniciando recebe a Luz recebe a visão intuitiva da Verdade e torna-se um Maçom, um filho da Luz, um livre-pensador para quem a verdade só é Verdade quando se coaduna com a Razão.

Do livro - O que um Aprendiz Maçom deve saber - interessados contatar o Irm.’. Almir no whatsApp (21) 99568-1350

janeiro 09, 2025

SERÁ A MAÇONARIA PARA RICOS?!

 



Esta questão que usei como título deste post reflete uma questão e afirmação que ouço amiúde em alguns círculos profanos. Uns questionam na sua ignorância se a Maçonaria é para "ricos", outros afirmam de forma contundente que ela é feita para "ricos".

Posso afirmar que nem é uma coisa nem a outra!

Primeiro porque a Maçonaria é uma Ordem universal. Logo encontrando-se ela em qualquer parte do globo terrestre, seja nos países ditos de "primeira linha" como nos países classificados (injustamente!) como "terceiro-mundistas", a Maçonaria é o espelho da sociedade onde se encontra implantada. O que levará a que nos seus quadros de obreiros se encontrem gente de múltiplas origens, profissões ou de níveis académicos díspares. O que será sintomático da sua heterogeneidade e universalidade.

Mas apesar disso, é costume se afirmar que a Maçonaria é feita de uma elite de pessoas, mas "elite" essa que nada tem a haver com economia e finanças, mas apenas uma elite moral e social de pessoas que procuram evoluir e crescer espiritualmente através de uma via iniciática e que também procuram promover o progresso da sociedade, e apenas isso.

Nas Lojas Maçónicas encontramos gente de todas as idades (maiores de idade), logo pessoas que ainda estudam ou já trabalham ou ambas as situações, e dada a diferença e multitude de profissões que se podem encontrar numa Loja, será natural que se encontre gente mais "abonada" que outras, mas nada que não exista também no mundo profano, o que é natural!

Mas como é possível encontrar este "tipo" de gente, naturalmente se poderia confundir a Maçonaria com um clube de cavalheiros ou apenas como uma associação benfeitora e nada mais, o que é totalmente errado e que subverte os princípios que consagram a Ordem Maçónica. Evidentemente que a Filantropia, a Caridade e a Solidariedade Social existem, mas são apenas uma consequência da elevada moral que os maçons possam ter e nada mais. Para exercer essas qualidades em exclusivo existem outro tipo de associações com essas preocupações prementes, sejam os Rotários, os Lions ou outras similares.

Todavia e como este texto versa sobre "metais" (vulgo, dinheiro), posso reafirmar que apesar da Maçonaria não ser exclusiva de gente rica, ela não é uma Ordem barata, ou seja, existem sempre custos associados para quem faça parte dela.

Existem os custos com a adesão na Ordem, as quotas mensais, as "subidas de grau", os materiais e demais parafernália maçónica, isto é, os aventais, luvas, colares, livros e outros acessórios e adereços que um maçom necessite para o seu dia-a-dia na Loja da qual que fará parte integrante. E aqui sim, é que se pode dizer profanamente "que a porca torce o rabo", porque regra geral, não são baratos tais materiais.

Mas também não serão mais caros do que outros relacionados com outras Ordens similares, ou associações civis ou clubes desportivos. - Nada na vida é borla! -

E aqui retorno à questão original, " Será a Maçonaria para ricos?!", claramente que não o é!

Mas não deixa de dar jeito ter algum dinheiro no bolso, nem que seja para auxiliar quem dele necessitar...

Fonte: apartirpedra.

LOJA KILWINNING N. 0


Ordem Heredom de Kilwinning

O diploma assinado por Cambacérès.

Foi por acaso, durante as vendas públicas de fim de ano, que o museu GLDF adquiriu um pergaminho excepcional do início do século XIX, assinado Cambacérès, Arquichanceler do Primeiro Império, dirigido a Pyron, que escreveu o famoso “Ladrilhador” guardado nos fundos permanentes do GLDF.

Este documento extremamente raro diz respeito à Ordem Heredom de Kilwinning, cuja história permanece obscura ainda hoje, porque os documentos sobre esta Ordem são poucos, tanto em fundos públicos como em publicações especializadas.

A Ordem Heredom de Kilwinning, originalmente ligada à Grande Loja Real de Edimburgo, foi, segundo a tradição, fundada em 1314 em Kilwinning, uma cidade na Escócia, no condado de Ayr, pelo Rei Robert 1st Bruce. Outra tradição relata que ali foi fundada uma loja por arquitetos maçons estrangeiros para construir a abadia local, fundada em 1140 por monges franceses de Tiron, localizada no departamento de Eure et Loir.

Esta autoridade real existiu até 1736 e foi somente em 1808 que a Loja Kilwinning parou de distribuir Cartas.

Esta Loja Kilwinning é considerada “imemorial” e ostenta o número 0 da Grande Loja da Escócia.

janeiro 08, 2025

A VAIDADE - Almir Sant'Anna Cruz



Muito se fala que devemos reprovar a Vaidade, confundindo-a geralmente com um dos 7 Pecados Capitais, a Soberba, que é o Orgulho, a Arrogância e a Vaidade desmedidas.

A Vaidade em excesso devemos, sim, combater, mas quem não tem “um pingo de Vaidade” é um relapso, uma pessoa que não cuida da sua aparência, que não se valoriza.

Todos nós, em maior ou menor escala, somos Vaidosos, e a mulher comumente é mais que o homem. E apreciamos isso nelas.

Muitos casamentos são desfeitos justamente por uma mudnça de comportamento, seja da mulher ou do homem, que durante a fase de namoro e noivado procuravam se mostrar de uma forma, e passados alguns anos de convívio relaxaram e deixaram de lado a Vaidade.

E nós, os Maçons? Não somos Vaidosos? 

Alguns ingressam nos nossos Quadros com o único intuíto de poderem se vangloriar de serem “Maçons”, como se isso acrecentasse algo ao seu status e não percebem que continuam sendo meros “Profanos de Avental”. 

Outros, para demonstrar uma erudição, real ou imaginária, por mera Vaidade, se apresentam em Loja para fazerem longos discursos, enfadonhos e muitas vezes sem qualquer conteúdo.

E parece que a Maçonaria, sem se aperceber, estimula essa Vaidade desmedida, com diplomas disso, medalhas e comendas daquilo, aventais coloridos diferenciando os Mestres, seja por seu Grau ou por ocuparem cargos em sua Alta Administração. 

E os chamados Graus Filosóficos, cursados por muitos que mal conhecem os Graus Simbólicos, criam inúmeros “pavões vaidosos”, com seus títulos pomposos, com uma infinidade de Graus que nem são iniciáticos, que se recebem por comunicação, mas com uma profusão de diplomas e aventais coloridos para afinal os Vaidosos poderem estufar o peito e dizer “sou 33”.

Portanto, meus IIrm.’. devemos nos policiar. Todos somos Vaidosos, mas o que não devemos é extrapolar, a Vaidade Desmedida deve ser combatida diuturnamente dentro de cada um de nós.

FALTA DE ATENÇÃO - Sidnei Godinho


Hoje, ao assistir um programa rural, sobre um projeto de integração social para inserção de idosos na agricultura comunitária, emocionou o testemunho de uma estudante de 12 anos 

Ao ser indagada do porquê de estar ali, com naturalidade respondeu: 

..."Meu tio morreu porque ninguém dava atenção para ele. Então eu venho aqui para dar atenção para os idosos e ajudar a cultivar as plantas"...

E de repente a questão do plantar e colher se tornou secundária diante da importância de se ter atenção no dia a dia. 

Aliás, ainda mais importante, a questão de se dar atenção aos que estão à nossa volta, por vezes invisíveis ou imperceptíveis. 

Focamos sempre em projetos que esquecemos de focar nas pessoas que o executam ou naquelas para quem empreendemos tanto vigor em ser bem sucedido. 

E as pessoas que não recebem atenção simplesmente morrem para a relação e, por vezes, até mesmo morrem para existência, ao se tornarem solitários, depressivos e infelizes. 

De que vale tanto suor para ser bem sucedido se não houver com quem comemorar? 

De que vale alcançar o topo se não se lembrar de quem o conduziu até lá? 

E o que se ganha com status, casas, carros, viagens se não houver com quem compartilhar seu real valor, não o monetário, mais aquele do conquistar os sonhos comuns. 

Hoje uma adolescente ensinou que nenhuma riqueza substitui um pouco de atenção, que o dinheiro compra o remédio, mas não compra a cura e que ninguém é imortal, mas que todos somos carentes da companhia dos amigos e do amor da família até o último suspiro. 

Aproveite este dia para olhar ao lado e dar mais atenção àqueles que lhe seguraram a mão e o ampararam para ser o vencedor que é. 

A Depressão é o fim do processo que se inicia com o abandono e a solidão, que atinge não apenas idosos. 

E tudo se resume na Falta de Atenção... 


janeiro 07, 2025

DIA DO LEITOR - Professor Luiz Carlos R. da Silva


Carpe Diem!

Hoje, 7 de janeiro, comemora-se o Dia do Leitor. Data criada pelo poeta e jornalista cearense Demócrito Rocha, em 7 de janeiro de 1928, para homenagear a fundação do jornal cearense O Povo. 

O Dia do Leitor é uma celebração que homenageia todos aqueles que encontram no ato de ler um verdadeiro prazer e uma fonte inesgotável de conhecimento. Celebrado no Brasil no dia 7 de janeiro, essa data nos lembra da importância da leitura para o crescimento pessoal e intelectual de cada indivíduo.

A leitura abre portas para novos mundos e perspectivas. Através dos livros, podemos viajar para lugares distantes, conhecer culturas diversas e viver aventuras extraordinárias. Ler é um ato de liberdade, que nos permite explorar o desconhecido e expandir nossos horizontes sem sair do lugar.

Além de proporcionar entretenimento, a leitura é fundamental para a formação de cidadãos críticos e conscientes. Ao ler, desenvolvemos habilidades essenciais como a interpretação de textos, o pensamento crítico e a capacidade de argumentação. Essas competências são indispensáveis para a participação ativa na sociedade e para o exercício pleno da cidadania.

O Dia do Leitor é uma oportunidade para celebrar os autores que nos presenteiam com suas histórias e para incentivar o hábito da leitura entre todas as idades. É um momento para refletir sobre a importância das bibliotecas, das livrarias e de todos os espaços que promovem o acesso aos livros.

Se você é um apaixonado por livros, que tal aproveitar este dia para compartilhar suas leituras favoritas com amigos e familiares? E se ainda não tem o hábito da leitura, esse pode ser o momento perfeito para começar uma nova jornada literária.

Ler é um ato de amor ao conhecimento e à imaginação. Feliz Dia do Leitor!


POR MEL E VINAGRE: OS 4 ELEMENTOS



Mel e vinagre: são dois produtos aparentemente contraditórios  devido a apreensões próprias, essencialmente gustativas e olfativas. 

Durante a minha iniciação pude sentir através do meu sentido (paladar) posto à prova para esse fim. A diferença puramente física entre a taça da amargura e o néctar. Com os olhos vendados, fui subitamente confrontado com a abordagem binária  do bem e do mal.

Mas será que o mel e o vinagre estão tão distantes assim?

O mel, na percepção popular e folclórica,   é comparado ao ouro - "o raio dourado do poeta" - esse ouro tão procurado pelos Alquimistas - objeto de muitas fantasias - fantasias que podem ser prejudiciais  se formos levados ao extremo no Mito do Filósofo. Pedra.

Por outro lado, o mel provém  da  fusão do trabalho do enxame   na colmeia - de uma química orgânica com os vários graus envolvidos nesta sociedade que é esta colmeia,  sendo a Rainha a verdadeira Venerável desta notável oficina semelhante à do 'Atanor. O ciclo   da produção do mel é o da passagem do invisível ao visível do virtual ao concreto do atemporal ao temporal   através do trabalho ali guiado pela natureza e suas funcionalidades - A abelha desprovida de cérebro, porém, atua respondendo a comandos desta natureza - neste caso não podem ser ações impulsionadas por algum inconsciente. Por outro lado, nós F \ M \ dotados de espírito ao sairmos de nossa Loja iremos reunir os sentimentos da sociedade  e também espalhar as lições de nossas reflexões - lá em nossa Colmeia/Loja (se me permite esse paralelo) elaboramos mel nosso mel é a quintessência espiritual.

Sem passar pelos quatro elementos não poderia ser produzido o Mel - Terra onde germinam as plantas com flores. Ar que transporta pólen e ajuda os movimentos dos insetos - Água necessária ao desenvolvimento botânico - Fogo sem sol e luz nada poderia prosperar. Veremos mais adiante que o vinagre também realiza   a intervenção ativa e essencial dos 4 elementos. Esses 4 elementos também são “sexuados” por causa de sua relação  com o Masculino e o Feminino, vemos novamente a percepção binária.

No simbolismo, o mel representa o conhecimento mas também a sabedoria - na antiguidade era reservado aos eleitos e aos iniciados aos seres excepcionais - não se alimentava Pitágoras exclusivamente de mel?

Todos os grandes profetas referem-se ao mel nas Escrituras. A Palavra é mel, representa doçura, justiça, virtude e bondade divina. O Alcorão fala em termos sagrados das abelhas e do mel: “o mel é a primeira bênção que Deus deu à Terra”. Virgílio chama o mel de dom celestial do orvalho, sendo o próprio orvalho um símbolo de iniciação. O mel também designará a felicidade suprema e o estado de nirvana. Símbolo de toda doçura, o mel do conhecimento é a base da felicidade humana

A perfeição do mel torna-o um elemento importante em muitos rituais religiosos. Para os egípcios vem das lágrimas do deus Rá e faz parte de todas as oferendas religiosas do Egito faraônico. No Islã, segundo o Profeta, restaura a visão, preserva a saúde e ressuscita os mortos. Entre os índios americanos, desempenha um papel importante nas cerimônias e rituais de iniciação e purificação. Alimento inspirador, ele deu o dom da poesia a Píndaro e o da ciência a Pitágoras

 No pensamento psicanalítico moderno, o mel simboliza o “Eu Superior”, a consequência última do trabalho interior sobre si mesmo. Resultado da transmutação do efêmero pó de pólen em suculento alimento da imortalidade, simboliza a transformação iniciática, a conversão da alma, a integração completa da pessoa. 

Sobre Pitágoras e Geometria   as células da colméia são inúmeros poliedros de formas hexagonais em tubos com 6 faces - pelo número 6 temos a ponte entre a quintessência 5 e o número 7 número perfeito   - o mel assim   como o copo de néctar seria simbolicamente o premonitório chamado  à perfeição e maestria.

O vinagre, além do amargor obtido no primeiro grau de sensibilidade gustativa - também é dependente dos 4 elementos - Como o mel, é palco de uma transmutação físico-química.

Também está presente no simbolismo dos Alquimistas representando paciência e sabedoria.

O vinagre de acácia encontra-se    nas preparações culinárias mediterrânicas e   já estava presente nas diversas preparações do antigo Egipto, quer pelo sabor, mas também pelo aroma…Não vou divagar ao meu nível de humilde companheiro no embalsamamento ou mesmo   na regeneração da acácia…

O vinagre é um líquido resultante de uma   geração celular gerando uma massa ectoplasmática chamada “mãe”.   Essa mãe, semelhante a uma hidra, crescerá até que se esgotem os elementos da fonte líquida que a nutre. Podemos então dividi-lo e ele participará de uma nova geração. Vinagre além do amargorsua evolução   é diferente da do mel, pois provém de uma geração parcialmente celular, enquanto o mel combina o trabalho das abelhas de todos os tipos,   bem como o das formigas, o vinagre é de fato um elemento, um produto de evoluções planetárias naturais, células imutáveis.

Não deveríamos também, depois de termos crescido na loja, nos dividir para participar da geração do mundo secular?

Se eu conseguisse comparar acima o lugar da Rainha na Colmeia com o do Venerável - não irei no exemplo do vinagre colocar a Venerável como "Mãe" - embora? o humor ajudando-nos a reconhecer-nos a zombar de nós mesmos como disse o nosso F \ Pierre D \   este humor deve permitir-nos ter uma perspectiva diferente - a seriedade permanente e sistemática gerando entre outros: pessimismo e cinismo.

Voltando a Pitágoras e à Geometria, a fórmula química básica   do vinagre é CH3 CO2 H

O que se traduz   graficamente também forma um hexágono o 6 novamente: ponte entre 5 e 7.

Essas 2 substâncias produzidas realmente representam   o bem e o mal, são tão contraditórias? representam  entre uma afirmação e o seu oposto a eterna e dolorosa escolha entre a tese e a sua antítese, entre uma afirmação e o seu oposto?

Não captamos à primeira vista, através do filtro dos nossos sentidos, uma diferença que na realidade não é uma?

Os sentidos não devem assumir uma preponderância subjectiva nas nossas percepções, para isso a ajuda do cinzel e do martelo que nos são fornecidos durante a primeira viagem de elevação como companheiro - deve permitir-nos   aceder ao discernimento que conduz à ordem interna. Assim, por vezes, por falta desta ordem interna,   caímos em questões comportamentais   na armadilha dualista oposta do Mel e do vinagre, alternando mudanças de humor que têm como consequência desestabilizar-nos e possivelmente desestabilizar os outros com uma certa   perversão na procura de afirmação do nosso ego.

Na realidade, o binário sentido sensorial, intelectual e emocionalmente é muitas vezes um e deve levar ao progresso em direção ao universal.

Este é o significado da práxis (   dialética em movimento).

O copo de vinagre da nossa iniciação que perpetramos constantemente representa nossos erros nossos medos nossa ignorância também pode nos lembrar que querer engolir tudo com avidez pode causar  indigestão com muitas vezes uma rejeição nauseante - deixando nojo na boca.

A taça de néctar com mel  deve ser também o antídoto para o sabor do fel, da tranquilidade e da serenidade nas nossas ações e pensamentos. O caminho margeado   pelas imagens simbólicas do  mel e do vinagre nas minhas   próprias palavras atuais (os marcos do caminho  que pode ser).   vários outros) esta jornada é a de toda a vida desde toda a eternidade, é complexa ao enfrentar nossos impulsos e sensações, sejam conscientes ou inconscientes  - ao enfrentar as contrações dos outrosàs convulsões da sociedade.

Como Companheiro devo portanto tender a reconhecer e mergulhar na complexidade dos mecanismos da vida interior da vida relacional da vida social e com  a ajuda das ferramentas que me são fornecidas nas minhas viagens devo ser capaz de agir sobre as contradições da vida, colocando o amor no centro das minhas ações e dos meus comportamentos.

Os quatro elementos de uma espiral ortogenética (ortogênese   sendo   o crescimento harmonioso) contribuem para toda a evolução criativa - embora às vezes possam estar em oposição -   sendo o ritmo natural da natureza e as estações um regulador formidável.

Mel e vinagre - néctar e amargor - bem e mal?

Existe um vinagre de mel – Por que   acomodar a nossa comida e por que   não   acomodar os nossos pensamentos e ações com mel e vinagre com síntese? - é tudo uma questão de dosagem. A maçonaria me fornece os elementos de dosagem de medição para eu usar conforme apropriado.

(Desconheço o autor)

O VINHO E SEU SIMBOLISMO


O vinho é um sonho com seus nomes lendários, Petrus, Château-Latour, Pomerol, Hospices de Beaune, Haut Médoc, Graves, Sauternes, Margaux, Mouton-Rothschild, Cheval Blanc, Château-Lafite, Château d'Yquem, Haut-Brion , Chateau Pichon Longueville Lalande, Château Léoville Barton, Claret, Château Cos d'Estournel, Château Dauzac, Château Palmer, Château Canon, Château Talbot, Château Léoville Las Cases, Château Beychevelle, Chambolle Musigny, Volnay, Richebourg, La Tâche, Chambertin, Corton, Romanée Conti, Hermitage, Sassicaia, Tignanello, Tokaï, Laurent-Perrier, Mumm, Veuve Clicquot, Bouzy, Taittinger, Gerwurtztraminer, Castelo Chalon, etc.

Mas… além da bebida…

Porquê esta escolha: depois de vários trabalhos sobre Jean, sobre o simbolismo da festa, sobre o significado simbólico do prato escolhido para esta festa, nomeadamente a carne cozida, sobre Agapè no significado do amor, pareceu-me que 'um ingrediente essencial do nosso São João praticado com nossos hábitos uma vez por ano dentro da Respeitável Loja Maimônides está um pouco esquecido em nosso trabalho, mas não em nosso paladar, e, esse é um pouco o elo que permite, ou melhor, faz com que muitos irmãos queiram visitantes que venham compartilhá-lo e apreciá-lo conosco, chamei: o VINHO, e como se diria num banquete segundo Platão ao pronunciar um elogio a Sócrates “ Invino Veritas ”.

Temos o hábito, todos os anos no nosso rito, de tratar um assunto sobre São João, representando o ciclo de renascimentos, equivalente aos solstícios impostos pela natureza, que nos levam a trabalhar graças a Deméter sobre o Orfismo e o Hermetismo.

Lembro aos Aprendizes mais jovens que no Rito Escocês Antigo e Aceito celebramos aqui o retorno da luz.

O solstício de inverno é uma das festas importantes do ano: o sol está no ponto mais baixo, só pode nascer novamente. “ Em Sainte Luce, os dias ficam cada vez mais longos .”

É a ressurreição da natureza, proclamam os druidas: “ O trigo germina ”. É a festa pagão-cristã: preparamos o guisado com vinho tinto que ferveu numa panela de barro sob as brasas durante um dia ( penso que quando o nosso V\ M\ falar nas colunas algum F\. Não falhemos para discutir o tema clássico da luz, do renascimento, do ciclo e do hermetismo ).

Voltemos um pouco ao tema escolhido, o vinho, que acompanha a nossa refeição desta noite; mas, além da bebida, não existe outro símbolo próximo da nossa visão esotérica no vinho...

O vinho pertence à categoria das “ bebidas da aliança ”, consideradas o resultado da ação do Enxofre sobre Mercúrio, ou seja, do Céu na Terra.

O vinho garante a ligação entre os deuses e os homens, e a ligação entre os homens

Histórico

Mesmo que não seja de natureza essencial à vida, como o ar, a terra ou a água, o vinho, como o fogo, as ferramentas ou o queijo, pertence à primeira geração de descobertas que diferenciaram o homem dos animais.

A cerveja e a cidra já eram conhecidas há mais tempo, assim como o pão e o queijo.

Isto prova que a produção de uma bebida a partir do sangue da videira não era tarefa dos povos primitivos e que era necessário ter atingido um certo grau de evolução para se dedicar com sucesso à vinificação.

Como qualquer grande obra humana, esta descoberta é reivindicada pela maioria das civilizações da época e do suposto local de seu aparecimento. Nunca saberemos em que momento da sua história o homem começou a beber vinho. Parece que há mais de 5.000 anos.

As origens da vinha e do vinho começaram na Transcaucásia

A cultura do vinho desenvolveu-se na Índia e depois espalhou-se pela bacia do Mediterrâneo (Egito, Síria, Itália). O vinho torna-se então objeto de cultos divinos dedicados primeiro a Osíris, depois a Dionísio e finalmente a Baco. Os egípcios atribuem isso a Osíris, os armênios a Noé, os gregos a Dionísio, os romanos a Baco.

Hoje, acredita-se que a Grécia seja o primeiro país europeu a produzir vinho. Mas foi do Egito que os gregos levaram esta arte.

Os selos nas tampas das ânforas encontradas nos túmulos do período pré-dinástico são tão precisos que mencionam a natureza da terra, o seu proprietário e o principal enólogo. Poucos rótulos hoje são tão sinceros!

Relação do Vinho com Deus ao longo da história da nossa civilização

O vinho foi durante muito tempo considerado um presente dos deuses. Cada civilização tinha o seu deus do vinho. Através dos seus poderes estimulantes e inebriantes, o vinho permitiu desligar-se dos laços terrenos e integrar-se com a divindade.

Em Mitologia. Na bacia do Mediterrâneo (Egito, Síria, Itália), o vinho tornou-se objeto de cultos divinos dedicados primeiro a Osíris, depois a Dionísio e, finalmente, a Baco.

A mitologia egípcia associa o vinho ao culto de Osíris, Deus da vida após a morte, símbolo da renovação da vida, mas é o Deus Rá, Deus do sol e criador do mundo quem introduz o vinho na terra para preservar o raça humana da ira da deusa Hathor.

Os egípcios apreciavam a “ doçura ” do vinho mas o seu consumo era limitado porque o vinho, tendo um carácter sagrado, era utilizado principalmente em cerimónias religiosas.

Na mitologia grega, Dionísio, filho de Zeus e Semele, simboliza o Deus da videira e do vinho. Dionísio transmitiu aos homens o uso da videira e estabeleceu um novo culto. Este culto era celebrado em toda a Grécia uma vez por ano durante os festivais da primavera. As Dionísias decorreram durante 3 dias, no primeiro dia os vinhos de todos os proprietários foram consagrados aos deuses nos santuários. No segundo dia foram organizadas inúmeras competições relacionadas com o vinho e, finalmente, o terceiro dia foi marcado por tumultuosas procissões em que os génios da terra e da fertilidade eram representados por máscaras e também por hinos em homenagem a Dionísio.

Na mitologia romana, o nome Baco representa o Deus da videira e do vinho. As festas realizadas em homenagem a Baco tornam-se locais de embriaguez, luxúria e desordem social. No mundo judaico-cristão. O mundo judaico-cristão é fortemente marcado pelo simbolismo do vinho. Assim, a videira aparece pela primeira vez na Bíblia, depois do dilúvio. A videira, representando o dom de Deus aos homens, torna-se a imagem de Israel e do seu povo.

Entre os hebreus o vinho é símbolo de vida, é a bebida da oferta feita a Deus. Representante do povo eleito, a vinha do Senhor é objeto de todos os seus cuidados. A árvore da vida no paraíso às vezes é comparada a uma videira. A videira, representando o dom de Deus aos homens, torna-se a imagem de Israel e do seu povo. Noah é o primeiro a praticar esta cultura. O rei Salomão possui vinhedos.

O vinho também simboliza o sangue da vida, Jesus realiza seu primeiro milagre ao transformar água em vinho durante as bodas de Caná. O vinho na tradição cristã é servido em banquetes, é fonte de alegria, paz e vida, mas também é utilizado na liturgia e representa o vínculo sagrado entre o homem e Deus.

Princípio da Vinificação

É a transformação da uva em vinho? Podemos compará-la a uma mutação alquímica, porque a uva vem da videira, que está ligada à terra e que seguirá o processo que relembro abaixo:

Vinificação tinto

Desengace: Primeiro devemos desengaçar a videira, ou seja, separar os grãos do engaço (escolha da matéria prima, ou escolha do leigo).

Esmagamento: Consiste em esmagá-lo com os pés, obtemos assim um suco chamado mosto, sendo a pasta restante chamada bagaço, há aqui a separação cara aos nossos alquimistas, e paralelismo com o nosso gabinete de reflexão.

Inicia-se a fermentação alcoólica, é um fenômeno natural durante o qual o açúcar da uva se transforma em álcool sob a influência de fungos da família das leveduras. Há aquecimento e depois borbulha para formar uma espuma. O enólogo deve manter a temperatura entre 25° e 30°. O lado barulhento e tumultuado pode nos fazer pensar na primeira viagem do destinatário.

A maceração é então o período durante o qual o bagaço vai impregnar o mosto e dar-lhe corpo e cor. Aqui podemos pensar na 2ª viagem.

A Fermentação Maloláctica é a fase final da vinificação durante a qual o ácido málico é transformado em ácido láctico e dióxido de carbono (encontramos aqui novamente uma referência à alquimia e uma semelhança com a 3ª viagem do destinatário).

Nesta fase é necessário incluir o fator tempo (algumas semanas). Em seguida o nosso vinho será clarificado para garantir limpidez, envelhecer corretamente e melhorar em barricas de carvalho até estabilizar. É depois engarrafado, protegido do contacto com o ar por rolhas e deixado a repousar até atingir o seu máximo grau de perfeição.

Não encontramos aqui ainda uma semelhança com o nosso percurso, nomeadamente, escolha da matéria prima, descida à sala de reflexão, decomposição, fermentação, purificação, trabalho sobre si mesmo em barril, e perfeição para encontrar claridade ou luz.

Como preâmbulo ao nosso banquete, recordarei que o culto a Baco continuou a ser praticado em segredo, próximo do Orfismo, Baco tinha o poder de dar vida após a morte. Ressuscitar dos mortos era comum entre os deuses antigos.

Comer a carne da Divindade, beber seu sangue representado pelo vinho, era familiar aos seguidores do Orfismo, irei um pouco mais longe fazendo a seguinte pergunta: “ Existe influência do Orfismo e do culto a Baco na consciência cristã? » ( Compartilhando alimentos e bebidas ).

Para concluir, diria que de todas as substâncias consumíveis, o vinho é o único que mantém uma relação privilegiada com a fala. Falamos muitas vezes de um vinho de honra. De um vinho sacramental, de um néctar dos Deuses, de um vinho de amizade. ( A mensagem é transmitida assim ). Diz-se também que o vinho sobe à cabeça, não vemos isso na nossa qualidade de maçons como um sinal ou uma direção divina?

Terminarei com a permissão do nosso V\ M\, propondo-vos trazer uma saúde in vino veritas em homenagem a todos aqueles buscadores, profetas ou simples filósofos que souberam, como nós fazemos esta noite, como associar o Divino com esta bebida para celebrar este festival de luz no Rito Escocês Antigo e Aceito.

Mão direita nos braços!

Braços para cima!

No alvo!

Fogo !

Felizes incêndios!

O mais brilhante de todos os fogos!

Braços para frente!

Abaixem suas armas!

Mas acima de tudo, não esqueçamos um dos princípios fundamentais que ligarão a nossa busca maçónica à manutenção da nossa carta de condução: a moderação nos bens deste mundo.

Citações:

Um homem que só bebe água tem segredos a esconder dos seus pares .”

“ Só Deus fez a água, o homem fez o vinho ” Victor Hugo

janeiro 06, 2025

DIA DE REIS - Adilson Zotovici


Lá do céu a Estrela Guia

O Oriente a iluminar

Reis Magos em companhia 

Cá na terra a visitar


Com presentes de valia

Incenso à Fé sublimar

Ouro qual sabedoria 

Mirra para purificar


Pra brindar a quem nascia

Num humilde, Sacro Lugar

Por sua Mãe Virgem Maria


Gaspar, Melchior, Baltazar

Levaram a *JESUS* que viria

"No céu e na terra Reinar"!



DIA DE REIS...- Ivan Froldi Marzollo

 






Dia de Reis a Epifania após o Solstício. 


A partir deste conto do quarto rei Mago e um texto do dia de Reis busquei um paralelo a data do dia 06 de Janeiro neste ensaio .

Uma premissa se faz necessaria: 

A exegese do sincretismo religioso permeia a verdade universal que é o Grande Mestre Jesus e toda o exoterismo em torno do Cristo.

Há uma forma empírica com base em astronomia, neste sentido  a sequência do nascimento de Jesus é completamente astrológica.

A estrela no Leste é Sírius, a estrela mais brilhante no céu noturno, que no dia 24 de Dezembro, se alinha com as 3 estrelas mais brilhantes no cinturão de Órion.

Estas 3 estrelas são chamadas hoje como também eram chamadas antigamente: “3 Reis” ou “As três Marias”(mais conhecido no Brasil).

Os 3 Reis e a estrela mais brilhante, Sírius, todas apontam para o nascer do Sol no dia 25 de Dezembro. Esta é a razão pela qual os Três Reis “seguem” a estrela a Leste, para “localizar” o “nascer” do Sol.

A Virgem Maria é a constelação de Virgem, também conhecida como Virgo a Virgem. Virgo em latim significa virgem. Virgo também é referido como a “Casa do Pão”, e a representação de Virgo é uma virgem segurando um feixe de espigas de trigo. A constelação que simboliza o grau II.

Esta “casa do pão” e seu símbolo das espigas de trigo representam Agosto e Setembro, época das colheitas. Por sua vez, Bethlehem ou Belém, é a tradução à letra de “A casa do Pão”. Bethlehem é também a referência à constelação de Virgem, um lugar do Céu, não na Terra.

Outro fenômeno muito interessante que ocorre no dia 25 de Dezembro é o  Solstício de Verão e o dia mais longo .

É cediço que os Planetas orbitam em torno do Sol Deus Superior , porém é conveniente na linguagem de senso comum dizer que o Sol se move, aqui adotaremos a forma rasa e não a empirica relacionada a rotação e translação da terra .

Na perspectiva de quem está no hemisfério Norte, o Sol parece se mover para o sul aparentando ficar pequeno e fraco, o encurtar dos dias e o fim das colheitas conforme se aproxima o Solstício de Inverno simbolizando a morte, para os mais antigos. Era a morte do Sol, no 22 º dia de Dezembro, o falecimento do Sol estava completamente realizado. O Sol, tendo-se movido continuamente para o sul durante 6 meses, faz com que atinja o seu ponto mais baixo no céu. Aqui ocorre algo curioso, o sol deixa, aparentemente, de se movimentar para o sul, durante 3 dias. (22, 23, 24).

Durante estes 3 dias de pausa, o Sol reside nas redondezas das constelações de Alpha Crucis ou mais conhecido como Cruzeiro do Sul e Constelação de Crux. Depois deste período, no dia 25 de Dezembro, o Sol move-se 1 grau, desta vez para o norte, perspectivando dias maiores, calor, e a Primavera. E assim se diz: que o Sol morreu na Cruz (Constelação de Crux).

Esteve morto por 3 dias, apenas para ressuscitar ou nascer uma vez mais. Esta é a razão pela qual Jesus e muitos outros Deuses do Sol partilham a idéia da crucificação, morte de 3 dias e o conceito de ressurreição.

Há uma lenda de que, sem fazer parte da Revelação,  nos ensina o que Deus espera de nós.

Dizem que houve um quarto Rei Mago, que também viu a estrela brilhar em Belém e decidiu segui-la. Como presente, pensou em oferecer ao Menino um baú cheio de pérolas preciosas. No entanto, em seu caminho, ele encontrou várias pessoas que estavam pedindo sua ajuda.

Este Rei Mago os assistiu com alegria e diligência, e ele deixou a cada um deles uma pérola. Mas isso estava atrasando sua chegada e esvaziando seu baú. Ele encontrou muitos pobres, doentes, aprisionados e miseráveis, e não podia deixá-los sem supervisão. Ele ficou com eles pelo tempo necessário para aliviar a dor e depois partiu, o que foi novamente interrompido por outro desamparado.

Aconteceu que quando finalmente chegou a Belém, os outros reis magos não estavam mais lá e o Menino Jesus fugira com seus pais para o Egito, porque o rei Herodes queria matá-lo. O Rei Mago continuou procurando-o sem a estrela que o guiara antes.

Ele procurou, procurou e procurou ... e dizem que ele passou mais de trinta anos viajando pela terra, procurando a criança e ajudando os necessitados. Até que um dia chegou a Jerusalém justamente no momento em que a multidão enfurecida exigia a morte de um pobre homem. Olhando-o, ele reconheceu algo familiar em seus olhos. Entre dor, sangue e sofrimento, pode ver em seus olhos o brilho daquela estrela. Aquele que estava sendo executado era a criança que ele havia procurado por tanto tempo.

A tristeza encheu seu coração, já velho e cansado pelo tempo. Embora ainda guardasse uma pérola na bolsa, era tarde demais para oferecer à criança que agora, transformada em homem, pendia de uma cruz. Ele havia falhado em sua missão. E sem mais para onde ir, ficou em Jerusalém para esperar a morte chegar.

Apenas três dias se passaram quando uma luz ainda mais brilhante do que mil estrelas encheram seu quarto. Foi o Ressuscitado que veio ao seu encontro! O Rei Mago, caindo de joelhos diante Dele, pegou a pérola que ficou e estendeu-a a Jesus, que a segurou e carinhosamente disse:

"Você não falhou. Pelo contrário, você me encontrou por toda a sua vida. Eu estava nu e você me vestiu. Eu estava com fome e você me deu comida. Eu estava com sede e você me deu uma bebida. Eu fui preso e você me visitou. Eu estava em todas as pessoas necessitadas que você assistiu no seu caminho. Muito obrigado por tantos presentes de amor! Agora você estará comigo para sempre, porque o céu é a sua recompensa ".

A história não requer explicação ... a reflexão deste conto é poder dar  continuidade ao seu trabalho todas as vezes que ajudamos alguém ao longo dessa caminhada chamada vida. Hoje termina o tempo litúrgico do Natal e desejo que as bênçãos e os ensinamentos do  Mestre Jesus  acompanhe vocês todos os dias deste ano.

Muita Paz e amor na sua vida.”

Doze dias depois do Natal, a Epifania, palavra que significa, segundo a etimologia grega, “aparição”, marca o retorno percebido da luz após o solstício de inverno no hemisfério Norte, e por aqui o Solsticio de Verão

A verdade é mais direta. Quando do nascimento de Jesus, os únicos magos orientais conhecidos eram os Medos, originários do império persa, o atual Irã. Eles praticavam o zoroastrismo, a forma reformada do mazdaismo, e eram especialistas na ciência dos astros. Sem a estrela brilhante que os teria guiado, eles certamente não teriam empreendido uma viagem de mais de 1.600 km com o único propósito de depositar ouro, incenso e mirra aos pés de um recém-nascido.  Antes de sua pregação, o mazdeismo, religião de Ahura Mazda, resultou de um amálgama de velhas crenças, incluindo a coexistência de múltiplas divindades. Entre elas, Mitra parece ocupar um lugar proeminente. A ele se sacrificavam animais, enquanto que durante a sua adoração se consumia uma bebida energética feita de efedra, a haoma.

A sua missão é mais fundamental: 

eles vieram legar ao cristianismo e ao novo mundo, por seu gesto simbólico, o melhor de sua religião, proporcionando uma ponte entre suas próprias crenças e o primeiro cristianismo que a permeará amplamente.

Assim, Zaratustra, é uma das chaves do pensamento iraniano, também moldou o pensamento maçônico no século XVIII, sem ofensa a Voltaire. Sua filosofia moral, diferente da que Nietzsche revelou em Assim Falava Zaratustra, continua a ser, acima de tudo uma ode à felicidade e um caminho em direção a melhor viver em sociedade, longe das trevas. Nossos Reis Magos da Epifania não seriam o elo que continua a nos unir hoje a ele? Sua palavra original, em todo caso, sempre ilumina o pavimento mosaico, ao mesmo tempo em que guia os homens para o Bom Pensamento, a Boa Palavra e a Boa Ação, quando ele escreve nos Gathas:

Oh! Ahura Mazda

Zarathustra segue o caminho de teus pensamentos  mais evolutivos e produtivos para o mundo. Que pela irradiação da Justiça e da ação que emana do Pensamento justo, nossa vida material e espiritual tome força e que a Serenidade ilumine nosso mundo interior e nos leve a uma vida feliz.” 

O ensinamento emprestado de Zoroastra tendia a reconhecer um Deus único, e lhe conferia um lugar essencial entre dois princípios, o dualismo cujo é o fundamento  consciente dos iniciados  e o maniqueísmo do  bem e o mal. Como o parentesco de tal religião com o cristianismo era flagrante, e que assim Zoroastro era considerado mais velho que Moisés, a tentação era grande de concluir que o cristianismo representava apenas uma forma entre outras de um monoteísmo acessíveis todos os homens, independentemente da Revelação.  Zoroastro se tornaria, assim, uma figura emblemática do deísmo. ”

Neste dia de Reis felicito  a todos por este dia especial Feliz dia de Reis. Hoje em muitas escolas esotéricas é um dia de grande  fortaleza energética e com denominações variadas .

 Em escolas de Planta de Poder há a denominação como dia da Consagração, data de grande importância aos  iniciados mestres que conhecem a Seita Hermética que foi criada pelo Divino Rei Salomão.  

Que a Luz Trina da representação esotérica dos Reis Magos nos ilumine e permita a clareza e conceda a Sabedoria do Divino Rei Salomão na condução de nossas decisões neste ano de bons augúrios, que a Grande Estrela o Grande Arquiteto do Universo guarneça todos os filhos do Divino Mestre Jesus .


O TEMPO DE ESTUDOS - Almir Sant'Anna Cruz


Concluída a Ordem do Dia, o Venerável Mestre, repetido pelos Vigilantes, anuncia de forma ritualizada o início do Tempo de Estudos.

Ragon (1781-1882) em seu Ritual do Aprendiz Maçom já nos ensinava: Achamos que, se as oficinas colocassem em prática e desenvolvessem matérias maçônicas, não haveria exclusões de irmãos do quadro das Lojas por faltar às sessões. Devem ter-lhe prometido uma instrução de que ele não ouviu mais falar desde que foi recebido. A oficina é, portanto, mais digna decensura do que o Irm.’. recalcitrante. De que serve à Ordem uma oficina que deixa seus irmãos na ignorância?”

Pois bem, o Tempo de Estudos é uma das mais importantes fases de uma sessão maçônica e cabe ao Venerável Mestre organizar um ciclo de Estudos, Palestras, Seminários e Simpósios do interesse da Ordem e dos Irmãos do Quadro. 

É no Tempo de Estudos que um Irmão previamente designado deve conduzir as instruções aos Aprendizes e Companheiros. 

É também no Tempo de Estudos que se deve expor, estudar e debater assuntos de doutrina, filosofia, legislação, história, ritualística e simbologia maçônica, assim como assuntos técnicos, científicos, artísticos ou de outra natureza do interesse da Ordem ou da cultura humana. 

Deve-se observar a proibição da exposição e debate de qualquer matéria de ordem política partidária e proselitismo religioso, que poderá ferir suscetibilidades de alguns Irmãos 

O Irmão designado para apresentar o tema deve organizar previamente o trabalho, apresentando-o de pé para ser visto; alto para ser ouvido; e pouco para ser apreciado, não excedendo, por bom-senso, 20 minutos, embora não haja limitação do tempo a ser despendido nessa importantíssima fase da sessão, de forma a que os Irmãos que assim o desejaram possam dela participar.

Algumas Obediência denominam essa fase da sessão como sendo “Quarto de Hora de Estudos”, que consideramos indesejável, pois quarto de hora é o mesmo que 15 minutos, tempo insuficiente para apresentação de um tema com profundidade. É ficar apenas no trivial.

Peça de Arquitetura é um jargão maçônico que se originou na França para definir um trabalho escrito sobre assuntos maçônicos. Não é correto utilizá-lo quando o trabalho, seja ele técnico, científico ou de qualquer outra natureza, não seja maçônico. Igualmente não é correto se referir a um discurso, mesmo maçônico, que não foi lido.

Do livro *Maçonaria para Maçons, Simpatizantes, Curiosos e Detratores. Interessados contatar o Irm.’. Almir no whatsApp (21) 99568-1350

O TAMANHO É ASSIM...- Newton Agrella


 

A cada dia, mais me convenço de que o nosso limitado conhecimento sobre tudo à nossa volta se restringe aos modestos confins que conseguimos divisar entre o Céu e a Terra.

Há um hiato infinito para se compreender a Razão e a Fé, como dois, dentre os mais importantes atributos humanos.

A RAZÃO, como uma afirmação inequívoca e exata sobre toda e qualquer matéria, objeto de senso comum e que não impõe dúvidas, ainda que, invariavelmente submetida a provas e contra provas, como atestado de sua legitimidade.

E a FÉ, que por sua vez, consiste no entendimento e adoção incondicional de uma tese, princípio, conceito ou hipótese, como sendo uma verdade ou afirmação irrefutável, destituída da necessidade de qualquer condição, prova ou critério objetivo de verificação, pela única e indiscutível confiança que se deposita nela ou num agente transmissor.

Grosso modo, parece improvável dissociar duas disposições tão significativamente humanas, até mesmo nas mais difusas correntes filosóficas.

Quando trabalhamos no exercício de nossa capacitação interior, com o claro desejo de ganhar mais alguns pontos para o aprimoramento de nossa consciência, de algum modo sentimos-nos  impotentes ao nos darmos conta de que ainda não sabemos formular as perguntas, para obtermos respostas que nos convençam ou que ao menos nos satisfaçam.

A Filosofia Especulativa Maçônica tem como propósito examinar e se possível eliminar as eternas oscilações antinômicas, ou seja; a contradição entre proposições, princípios ou ideias.

Esse processo especulativo se instaura por meio de uma concepção dinâmica e relacional entre atualidades e virtualidades, relacionalidade e existência. 

Destacando que a existência não é uma categoria vazia e destituída de forma e conteúdo. E a ferramenta mais adequada de que dispomos chama-se "inteligência". 

Esta sim, permite-nos transitar pels tênue linha entre a Razão e a Fé, de modo que possamos sedimentar nossa construção simbólica com alicerces cada vez mais consistentes.

Somos Razão quando pensamos. 

Somos Fé quando sentimos.