maio 21, 2022

É VERDADE QUE O MAÇOM MATA?



-  SIM, É VERDADE, O LEGÍTIMO MAÇOM MATA!

Vocês precisavam ver o brilho nos olhos e o movimento de acomodação nas cadeiras dos interlocutores. Continuei:

– O Maçom Alexander Fleming ao descobrir a penicilina matou e ainda mata milhões de bactérias, mas permite a vida continue para muitos seres humanos.

– O Maçom Charles Chaplin com a poderosa arma da interpretação e sem ser ouvido, matou tanta tristeza, fez e ainda faz nascer o sorriso da criança ao idoso.

– O Maçom Henri Dunant ao fundar a Cruz Vermelha matou muita dor e abandono nos campos de guerra.

– O Maçom Wolfgang Amadeus Mozart em suas mais de 600 obras louvou a vida.

– O Maçom Antonio Bento foi um grande abolicionista que junto com outros maçons, além da liberdade, permitiram a continuidade da vida a muitos escravos.

– O Padre Feijó, o Frade Carmelita Arruda Câmara e o Bispo Azeredo Coutinho, embasados nas Sagradas Escrituras e como legítimos maçons, desenvolveram o trabalho sério de evangelização e quem sabe assim mataram muitos demônios.

-  O legítimo Maçom não é o homem que entrou para a Maçonaria, mas aquele que a Maçonaria entrou dentro dele.

– Houve e há Maçons em todos os seguimentos da sociedade e todos com o mesmo propósito; fazer nascer uma nova sociedade, mais justa e perfeita, lógico sem esquecer que o MAÇOM MATA, principalmente o preconceito.”

Autor desconhecido

maio 20, 2022

TRIPONTO...AÇÃO - Adilson Zotovici



Adilson Zotovici é poeta e intelectual maçónico, membro da ARLS Chequer Nassif-169 de S. Bernardo do Campo

Do livre pedreiro aceito

Requer perenal atenção

Sobre  o uso e o conceito

Da usual tripontuação


Triangulo justo, perfeito,

Sua tônica é a discrição

Ocultação é o preceito

Se harmônica abreviação


À recognição afeito

O qual preluz no jamegão

Tal filho da Luz eleito


Sinal da Tríade, Criação,

À Vigia eternal sujeito...

Seu usuário, guardião !


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O LUGAR DO APRENDIZ - Rui Bandeira



O local onde uma Loja maçônica se reúne é pelos maçons designado de Templo.

Dentro do Templo, e no decorrer de uma reunião de Loja, tudo existe segundo uma ordem determinada e todos têm assento em locais definidos. A segurança que psicologicamente é transmitida a quem se encontra num local ordenado, onde tudo e todos estão no seu lugar, ajudam à criação de uma atmosfera de confiança, descontração e concentração que é preciosa, quer para o bom desenrolar da sessão, quer para o conforto de todos, quer para a predisposição para atender aos assuntos do espírito, deixando-se efetivamente os metais à porta do Templo.

Como todos os outros obreiros, o Aprendiz tem o seu lugar determinado. Ou, melhor dizendo, uma zona da sala destinada a que ele ali se coloque e assista a tudo o que se passa.

Esse lugar, essa zona, situa-se nas cadeiras traseiras do lado Norte da sala.

O lado Norte aqui em causa é, como quase tudo em Maçonaria, simbólico.

Pode, portanto, corresponder ou não ao Norte geográfico.

Normalmente, as salas onde decorrem as reuniões de Lojas têm a forma retangular, com a entrada colocada num dos lados menores.

E quando não tem essa forma, utilizam-se os adereços necessários para que o local onde decorra a reunião tenha essa disposição.

O lado onde se situa a entrada é, por convenção, designado de Ocidente.

Logo, o lado oposto, onde se coloca a Cadeira de Salomão, é o Oriente.

A generalidade dos obreiros toma assento nos lados direito e esquerdo da entrada.

Convencionado que está que a entrada se situa no Ocidente, o lado direito de quem entra é, portanto, o Sul e o lado esquerdo de quem entra é o Norte.

Portanto, o Aprendiz toma assento na segunda fila do lado esquerdo de quem entra.

Como sempre, esta disposição tem um significado simbólico.

Para ser entendido, há que ter presente que a Maçonaria nasceu no hemisfério Norte.

Neste hemisfério, o que está situado a Norte é menos ensolarado, menos iluminado.

Em termos de Maçonaria, o Aprendiz ainda está na fase de transição da vida profana para a vivência maçônica.

Está em processo de aprendizagem dos símbolos, dos princípios, da vivência, da Maçonaria.

Está no início do percurso que todos os maçons procuram fazer, do seu aperfeiçoamento, da busca do Conhecimento do significado da Vida e da Morte, da Criação, do Universo, do Material e do Imaterial. 

Está, como os maçons dizem, no início do caminho para a Luz.

O Sol nasce a Oriente. Simbolicamente a Luz que o maçom busca encontra-se a Oriente.

Daí que seja no lado que simboliza o Oriente que se encontra a Cadeira de Salomão, onde toma assento o Venerável Mestre, que conduz a Loja e os seus Obreiros na busca, individual e coletiva, do aperfeiçoamento e do Conhecimento, na busca da Luz.

O Conhecimento, para quem não está preparado, pode ser nefasto, pode ser incompreendido ou mal compreendido e, logo, recusado, afastado, distorcido. 

Portanto, o acesso à Luz deve ser gradual, em função da capacidade, da preparação, do Caminhante.

Consequentemente, aquele que está ainda menos preparado, aquele que está ainda na fase inicial da sua Jornada, deve ser protegido do excesso de Luz, para que nele se não torne nefasto o que deve ser benfazejo.

Assim, deve tomar assento na zona mais protegida da Luz, ou seja, no Norte.

Quanto ao fato de tomar assento nas cadeiras traseiras, e não na primeira fila, tal deve-se, quer ao fato de, quanto mais ao Norte estiver, mais protegido estar da Luz em excesso, quer, muito mais prosaicamente, ao fato de o Aprendiz ainda ter uma reduzida intervenção nos trabalhos e ser conveniente deixar a primeira fila ser ocupada por quem pode intervir ou necessita de circular pela sala...

Protegido na sua zona, subtraído a movimentações, o Aprendiz está sossegado, em plenas condições de se concentrar, de tudo observar, de tudo apreender.

Em Maçonaria, o Aprendiz é um Homem do Norte...

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maio 19, 2022

A MAÇONARIA E A MULHER - Omar Cartes



A Maçonaria conhece dois períodos através da sua história: a Maçonaria Operativa, praticada por autênticos pedreiros e que no seu oficio desenvolviam um esforço físico considerável não apropriado para pessoas do sexo feminino e, a partir de 1717 dc, a Maçonaria Especulativa com os maçons aceitos (intelectuais) reunindo-se em tabernas, locais onde era absolutamente inconcebível contar com a presença de uma mulher honesta e de condições intelectuais elevadas.

Durante todos estes séculos, não existem antecedentes de alguma mulher ter pretendido ingressar na Maçonaria. Charles Johnson escreve em 1723 que a rainha Isabel de Inglaterra, protetora das artes, se tornou inimiga da Maçonaria porque, pretendendo ingressar nela, recebeu a resposta que devido ao seu sexo não lhe seria possível, o mesmo acontecendo com a Imperatriz Maria Eugenia de Áustria.

A Maçonaria teve um desenvolvimento extraordinário a partir de 1717, ingressaram nobres e intelectuais, informações encheram os jornais sobre a Ordem e muitas damas das Cortes européias começaram a questionar os motivos que poderiam existir para elas não pudessem ingressar. 

Na França e na Alemanha foram criadas algumas organizações que tentavam imitar uma Loja maçônica mas, como persistia a impossibilidade de superar a proibição do ingresso de mulheres, foi utilizado o esquema de criar lojas, chamadas de adoção, dependentes de uma Loja maçônica regular, na qual poderiam participar homens e mulheres, e que desenvolviam atividades mais do tipo social e de caridade, mas eram totalmente carentes de princípios filosóficos. Estas pseudo lojas acabaram desaparecendo com o período da Restauração.

Apagado o luxo e o esplendor da corte napoleônica, vem um período de pouca atividade feminina em torno da Maçonaria. Até que no século 19 aparecerem três mulheres extraordinárias, de elevado nível intelectual, ardentes feministas que, dentre todas as atividades que elas desenvolviam também pretendiam participar da Maçonaria. 

Maria Deraismes (1828-1933)(foto) francesa, solicita em 1881 seu ingresso na Loja Les Penseurs de Pucq, que aprova seu pedido, retirando-se da Grande Loja da França, mas cinco meses depois a Loja arrepende-se do passo dado, elimina de seus registros Maria Deraismes e volta ao seio da Grande Loja. Mas Maria Deraismes, já com conhecimento do Ritual, funda sua própria potência em 4 de Abril de 1893, nascendo a Grande Loja Simbólica Ecossaise Le Droit Humain. 

É iniciada Annie Besant (1847-1933) inglesa, que depois funda em 1902 a Order of the Universal Co-Masonry in the British Federation. 

Helena Petrovna Blavasky (1831-1891) russa, provavelmente mais conhecida na história do que as duas anteriores; também é uma profunda interessada na Maçonaria (muitos livros dela comprovam isso), mas ignoramos se ela ingressou na Loja Direitos Humanos.

Mas as Lojas Direitos Humanos e outras Lojas mistas ou femininas não conseguiram avançar dentro do campo que mais interessava: o reconhecimento como atividade maçônica regular ou legítima. 

A Grande Loja da França não proibiu seus membros de visitar Lojas de Direitos Humanos, mas não aceita em suas Lojas a visita de membros homens de Lojas mistas. Nenhuma Potência da Associação Maçônica Internacional reconheceu a Direitos Humanos.

Como podemos ver, a não aceitação de mulheres na Maçonaria está baseada exclusivamente na tradição. Não existe nenhuma outra razão fora dela. Hoje em dia a Maçonaria não tem mudado sobre a aceitação da Mulher nas suas práticas ritualísticas e certamente nunca mudará. 

Mas, mesmo que a Maçonaria não se pronuncie oficialmente sobre o assunto (conforme com sua política tradicional de não se envolver em polêmicas desgastantes que a nada conduzem) os que realmente conhecem a Maçonaria sabem que ela considera a Mulher com muito respeito dentro da sociedade humana e, tanto é assim, que para elas são reservadas homenagens especiais quando seu marido ou filho for iniciado nos seus Mistérios.

Elas também têm a oportunidade de participarem em sociedades para-maçônicas tais como Centros Femininos, Clube da Acácias, Filhas de Jó, Eastern Star, Ordem do Arco-íris, etc. nas quais elas têm a oportunidade de desenvolverem seus próprios ideais e princípios. 

Esta consideração pela mulher começa já na seleção dos candidatos que desejam um lugar entre nós: a esposa do candidato é entrevistada separadamente e se ela não estiver de acordo com o ingresso do marido, o processo é encerrado imediatamente, porque o espírito da Maçonaria é unir as famílias e não separá-las.

Resumindo, a Maçonaria exclui a mulher por razões exclusivamente tradicionalistas. Se for alterada esta proibição a Maçonaria morre e nasceria uma nova instituição sem vínculo algum com os antiquíssimos princípios que formam o alicerce de nossa Instituição.

LIDERANÇA MAÇÔNICA - Ir.’. Carlos Augusto Pereira da Silva

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"Uma das mais belas compensações desta vida é que ninguém pode tentar ajudar sinceramente o outro sem ajudar a si mesmo". (Charles Dudley Warner)

Devemos incentivar e encorajar os potenciais existentes no outro, que é nosso Irmão. Mais do que nunca, a MAÇONARIA precisa de Líderes. Líderes são aqueles que possuem um sonho e o colocam à disposição para que todos possam alcançá-lo. 

A presença e a atuação de Líderes em todos os níveis do relacionamento social é um fenômeno bem conhecido e muito estudado. 

Na Maçonaria seriam os falados Construtores Sociais, e este tema Liderança é eminentemente Maçônico porque o irmão precisa se auto determinar para seguir em sua carreira maçônica. Só chega lá, o irmão que lidera seus desejos, controlando-os para atingir os objetivos propostos pela Maçonaria. 

Os fundadores das grandes religiões e, infelizmente, alguns ditadores cruéis, possuíam em grau eminente essa característica: a capacidade de influenciar e conduzir pessoas, o que lhes permitia conquistar adeptos e seguidores. 

Costuma-se dizer que o Líder consegue captar e exprimir as ideias e intenções do grupo onde atua, as quais, não raro, os próprios liderados não conseguem formular claramente, mas que o Líder apreende e enuncia: ele diz o que as pessoas estão desejosas de ouvir e por isso é admirado e seguido. 

Impõem-se, contudo, algumas distinções. Enquanto os vanguardeiros do progresso, os verdadeiros profetas, falam de necessidades profundas que derivam de nossa natureza espiritual, valores e mudança de posturas e atitudes, que são ainda imprecisamente percebidas pelo grande grupo de irmãos, por exemplo a prática do bem, que é a garantia de se encontrar a Felicidade, ou o servir que é mais moderna compreensão de Liderança, os condutores que atuam exclusivamente no plano comum apontam e destacam vantagens materiais e imediatas, desfrutam delas e, não raro, empregam recursos condenáveis para influenciar os que seguem, como a exaltação do orgulho e da vaidade. 

É verdade, isto também ocorre na Maçonaria, os que se julgam maiores, mas não trabalham para o bem de todos e nem servem, mas criticam aqueles que o fazem e buscam uma solução, para o nosso bem comum. Não raro criticando o quê não fazem, ou emitindo boatos aos outros, daquilo que são. 

Falha de caráter, talvez desses que acham que precisam ter a resposta material ou algo em troca daquilo que julgam fazer correto. 

Esse é chamado do Líder Utilitarista, só faz algo se vê uma oportunidade em troca e de preferência para ele. Não, não é essa a liderança que a Maçonaria precisa. 

Como temos na moderna comunicação de massa facilidades que esse Líder se utiliza e em sua Loja ou no grande Grupo, usa tal processo para tirar vantagem, que ele julga oportuna. Lamentável não estarmos de olhos abertos para barrar, desde o seu nascedouro, tais procedimentos. 

Mas há ainda outra diferença essencial. Enquanto a Liderança a serviço do interesse material procura conduzir alinhando a vontade e anulando o discernimento dos seguidores, a Liderança Maçônica jamais emprega artifícios para tornar feliz a humanidade pelo amor, pelo aperfeiçoamento dos costumes, pela moral, pelo exemplo e pela ação. Aponta caminhos, sobretudo pelo exemplo, luta pelos seus ideais, reafirmando os compromissos individuais na Maçonaria. 

Na Maçonaria deve ocorrer de forma natural, sem ser prejudicado pelo interesse material, de negociações interesseiras e sem ilusão aos mais novos e ainda mais que precisamos ser líderes de homens-maçons que são voluntários. 

Mas há necessidade, por outro lado, da qualificação desses homens-maçons, sejam elas técnicas, sociais, humanistas, não desprezando jamais sua história social, já que após a iniciação, por ser um novo homem, não exclui sua vida passada cultural e social. Essa é sua bagagem, precisa ser respeitada. E o Líder, precisa ter a sensibilidade de observar como mostrar o caminho, para aquele que possui discernimento e para a aquele que ainda não possui. 

Nem todos meus irmãos, estão no mesmo nível de desenvolvimento, inclusive espiritual. O conhecimento e a qualificação refletem a tendência moderna de busca do aperfeiçoamento das atividades mediante a incorporação de técnicas e procedimentos novos que proporcionam maior rendimento e mais satisfação para os que se acham nelas envolvidos. 

Por isso, necessário se faz um planejamento para as Lojas conciliarem as técnicas modernas de gestão com as técnicas maçônicas, que não são em nenhuma hipótese excludentes. A Maçonaria busca na sociedade seu novo membro, portanto ela não está separada desta e precisa por ser progressista e se atualizar constantemente. 

O líder maçom precisa ter esta sensibilidade para quando necessário agir em tal sentido. É interessante lembrar, por exemplo, que na obra de MAQUIAVEL - O Príncipe, estudado como manual de liderança, possui sugestões como: o príncipe não precisa respeitar a palavra empenhada, sacrificar um amigo fortalece o príncipe, ou ainda o governante deve ser temido pelos governados. 

Esse tipo de liderança, não serve mais, a força não vence mais. Mas há os manuais dos líderes servidores, e são vários; O MONGE E O EXECUTIVO, COMO SE TORNAR UM LÍDER SERVIDOR, A SABEDORIA DOS MONGES NA ARTE DE LIDERAR, JESUS O MAIOR LÍDER DE TODOS OS TEMPOS, etc.., 

Esses recomendam servir desinteressadamente ao próximo, fazer o bem, sem olhar a quem, a forma correta de proceder no trato com o próximo. É este tipo de liderança que a Maçonaria precisa e está buscando. 

Maçons baseados no amor, nos princípios da moral e da razão, auxiliando o próximo na busca de tornar feliz a Humanidade, dando o norte, porque recebeu o norte, que é de ação e mudança para melhor. 

Sabe que, por estar a prumo, é ele quem comanda e não é comando por fórmulas, manuais ou rituais, e por se conhecerem sabem que o servir é o caminho da liderança clara, honesta e com objetivos comuns a todos. 

Por serem servidores, não lhes causa problema algum serem os últimos servidores a receberem os benefícios dos que procuram a colaboração fraterna. 

Quem abre uma estrada é o que enfrenta os piores lugares e momentos, mas são os que mostram o caminho a ser trilhado. E esses líderes a Maçonaria ainda está necessitando, são os que estudam, buscam soluções, falam, jogam aberto e se interessam sobremaneira com o próximo. 

O Verdadeiro líder maçônico gosta de gente, de seus irmãos e não de status ou de cargos, que são passageiros e momentâneos. O líder maçônico precisa servir para mudar, porque quem não muda não está servindo. 

É esse líder, ativo e com visão para servir, que estamos em nossas Lojas precisando, para atendermos aos anseios da sociedade, que é composta pelos próprios irmãos.

maio 18, 2022

ABÓBADA E O SINGULAR UNIVERSO PROPAROXÍTONO - Newton Agrella


Newton Agrella é escritor, tradutor e palestrante. Considerado um dos maiores intelectuais da maçonaria no país

"Há dois tipos de palavras: as proparoxítonas e o resto. 

As proparoxítonas são o ápice da cadeia alimentar do léxico. 

Estão para as outras palavras assim como os mamíferos para os artrópodes. 

As palavras mais pernósticas são sempre proparoxítonas.

Das mais lânguidas às mais lúgubres. Das anônimas às célebres. 

Se o idioma fosse um espetáculo, permaneceriam longe do público, fingindo que fogem dos fotógrafos e se achando o máximo.

Para pronunciá-las, há que ter ânimo, falar com ímpeto - e, despóticas, ainda exigem acento na sílaba tônica! 

Sob qualquer ângulo, a proparoxítona tem mais crédito. 

É inequívoca a diferença entre o arruaceiro e o vândalo. 

O inclinado e o íngreme. 

O irregular e o áspero. 

O grosso e o ríspido. 

O brejo e o pântano. 

O quieto e o tímido. 

Uma coisa é estar na ponta – outra, no vértice. 

Uma coisa é estar no topo – outra, no ápice. 

Uma coisa é ser fedido – outra é ser fétido. 

É fácil ser valente, mas é árduo ser intrépido. 

Ser artesão não é nada, perto de ser artífice. 

Legal ser eleito Papa, mas bom mesmo é ser Pontífice.

(Este último parágrafo contém algo raríssimo: proparoxítonas que rimam. Porque elas se acham únicas, exóticas, esdrúxulas. As figuras mais antipáticas da gramática.)

Quer causar um impacto insólito? Elogie com proparoxítonas. 

É como se o elogio tivesse mais mérito, tocasse no mais íntimo. 

O sujeito pode ser bom, competente, talentoso, inventivo – mas não há nada como ser considerado ótimo, magnífico, esplêndido

Da mesma forma, errar é humano. Épico mesmo é cometer um equívoco.

Escapar sem maiores traumas é escapar ileso – tem que ter classe pra escapar incólume. 

O que você não conhece é só desconhecido. O que você não tem a mínima ideia do que seja – aí já é uma incógnita.

Ao centro qualquer um chega – poucos chegam ao âmago.

O desejo de ser proparoxítona é tão atávico que mesmo os vocábulos mais ordinários têm o privilégio (efêmero) de pertencer a essa família – ou não seriam chamados de oxítonas e paroxítonas. 

Não é o cúmulo?"

Com isso deixemos o céu repousando para que a ABÓBADA proparoxítona assuma seu protagonismo vernacular !


O QUE É "LANDMARK"? - Kennyo Ismail



O Ir, Kennyo Ismail é professor universitário, editor, escritor, uma dos mais importantes intelectuais da maçonaria no país.

Essa é uma palavra muito escutada no meio maçônico e sempre presente na literatura da Ordem. Mas você sabe realmente o que é "landmark"?

A palavra inglesa “landmark”, se traduzida ao pé da letra, significa “marco de terra”. A palavra é referente àqueles marcos existentes em entradas de cidades, trevos, praças, etc. Os marcos costumam ser feitos de pedra, concreto ou outro material sólido, e são usados para indicar limites territoriais, fronteiras, registrar um acontecimento, ou mesmo servir de referência. São objetos proeminentes e resistentes, feitos e instalados para durarem e não serem deslocados, ou seja, imutáveis.

Sendo figura relacionada à simbologia da maçonaria operativa, suas características de relevância, referência, solidez e imutabilidade serviram para que o termo ilustrasse as leis permanentes da maçonaria regular, aquelas conhecidas no meio jurídico como “cláusulas pétreas” que, pela inalterabilidade, protegem os princípios e fundamentos da instituição.

Os landmarks maçônicos mais conhecidos e adotados no mundo são os “25 Landmarks de Mackey”. Porém, algumas Grandes Lojas, exercendo o poder soberano que possuem sobre suas leis e administrações, tem publicado suas próprias relações de landmarks, variando seus totais entre 7 e 54.

O que se observa em comum em todas as relações de landmarks das Obediências regulares são os seguintes princípios:

- Independência e autogoverno das Grandes Lojas;

- Crença num Ser Supremo;

- Crença na imortalidade da alma;

- Presença obrigatória dum livro sagrado, esquadro e compasso em Loja;

- Sigilo sobre os modos de reconhecimento;

- Maçom ser homem livre e adulto;

- Proibição de discussão sobre política e religião de forma sectária.

A maçonaria em geral entende que esses princípios são atributos que compõem a maçonaria e, na ausência de um ou mais desses, não se trata mais de maçonaria. Assim sendo, os landmarks, imutáveis, tem por objetivo garantir a perpetuidade da Sublime Ordem, deixando-a evoluir enquanto mantém a sua essência imaculada.

maio 17, 2022

O PAVIMENTO DE MOSAICO - José Castellani



O pavimento quadriculado é originário da Suméria, na Mesopotâmia ("terra entre rios"), região da Ásia, situada entre os rios Tigre e Eufrates, a qual abrigou, ao lado do vale do Nilo, as mais antigas civilizações organizadas e estratificadas da Terra. 

Estabelecidos na região de Sumer, ao sul da Mesopotâmia, a partir do V milênio a.C., os sumerianos influíram, decisivamente, na formação mística, metafísica e cultural dos demais povos asiáticos e mediterrâneos. Hoje, não restam mais dúvidas de que eles inventaram a escrita (cuneiforme); o sumeriano era a língua hierática (sagrada), usada nos textos religiosos de praticamente todos os povos antigos, enquanto o acadiano (de Acad, região ao norte de Sumer) era a língua diplomática, usada, inclusive, pelos egípcios.

Além da justiça, é certo que os sumerianos criaram quase tudo: administração e justiça fundadas em Códigos, que serviam de padrão; formas políticas de governo, que vão desde as cidades-estado até ao império; instrumentos de troca e de produção; formas de pensamento religioso, que dominaram o mundo antigo; a astronomia e a astrologia, técnicas de construção, que foram copiadas por outros povos (os especialistas Woolley e Parror reconstituíram,  além dos templos religiosos, as casas sumerianas de dois andares, protótipos das futuras casas gregas e romanas); e assim por diante.

A religião, contudo, foi o centro e o motor de toda a vida mesopotâmica, tornando-se a base de toda a religiosidade cósmica do mundo antigo e da mitologia greco-romana. Entre os símbolos religiosos sumerianos, encontrava-se o pavimento quadriculado, composto de quadrados brancos e negros intercalados, simbolizando os opostos, principalmente o dia e a noite, já que o culto era solar. 

O pavimento quadriculado era terreno sagrado, antecâmara dos santuários, só percorrido pelo sacerdote hierarquicamente mais graduado, nos dias mais importantes do calendário religioso.

Nem todos os demais povos, todavia, adotaram esse símbolo (os hebreus, por exemplo, não o usaram e ele não existia no templo de Jerusalém), enquanto muitos o adotaram apenas como elemento decorativo (caso dos antigos gregos e cretenses), sem qualquer conotação religiosa e sem caráter sagrado.

Em Maçonaria, nos ritos que o adotam, o pavimento não tem sentido sagrado, não sendo proibido pisá-lo (como absurdamente, ainda fazem algumas Lojas), pois ele recobre todo o solo do templo; nesse caso, a orla dentada é colocada junto ao rodapé, como guarnição do pavimento. 

Ele não tem, também, a importância que certos autores místicos lhe querem dar, pois antigos rituais NEM SEQUER O CITAM, demonstrando a sua finalidade de elemento decorativo, não essencial à simbologia maçônica. Quando, todavia, existir na decoração maçônica, deverá ocupar todo o solo do templo, incluído o átrio, pois este faz parte do templo.

Ele é, geralmente, chamado de mosaico, graças à lenda, segundo a qual Moisés teria assentado, no chão do Tabernáculo (em hebraico: suká = tenda, ou mishkán = santuário), pequenas pedras coloridas. 

O termo nada tem a ver com o pavimento, ou mural, feito de pedras, que formam desenhos, e nem com a palavra "musaeum" (museu), como querem alguns autores. 

Na realidade, o vocábulo mosaico, quando usado como adjetivo (como é o caso, em pavimento mosaico), É ALUSIVO A MOISÉS e, por extensão, ao hebraísmo; quando usado como substantivo, significa "pavimento feito de pequenas peças, que, pela disposição de suas cores, dão a aparência de desenhos.

Na Maçonaria inglesa e toda aquela sob sua influência, diz-se pavimento quadriculado (“checkered flooring"), sem qualquer alusão a mosaico, ou a Moisés. Isso, inclusive, seria o mais correto, evitando especulações cansativas e irrelevantes.

AZUL, AZUIS A FASE AZUL - Oduwaldo Alvaro



Estou entrando na minha última fase AZUL, 75 anos Jubileu de Diamantes, 50 anos de FEA USP (azul e branco), 50 anos de Esperia ( azul e branco), 30 anos de Maçonaria (azul e branco), sou só gratidão. Fiz 75 em 17 de maio e entrei no último quarto da minha fase azul

Poema 5 – “Azul, Azuis a Fase Azul” – Canto a Arte (Senhora de todos os conhecimentos e planos mental, intelectual e material.) outubro de 83. A poesia é um dos trabalhos mais dignificantes do homem e, além disso, permite a harmonização com o eterno.


Sinta o branco em seu peito,

A paz, o amor, um faixo de luz.

Em contraste ame o preto, 

O além, que à espiritualidade conduz.


Veja agora o amarelo,

O ouro, a gema, tudo é glória,

Próximo está do vermelho,

O fogo, o poder, e a força na história.


De outros matizes, alias,

Poderia o poeta lembrar,

O rosa, o marrom, até o lilás, 

E o verde imenso do mar.


Mas, seu sonho hoje é o azul,

Em todas as variações,

Que neste hemisfério sul,

A natureza traz nas estações.


Sonha com o mar azul e seu brilho,

Voa a delira com o azul do céu.

Vê o azul dos olhos de seu filho,

E até o azul diáfano do véu.



Vislumbra aquele azul clarinho,

Das casinhas simples do interior ( Aparecida)

E, falar do azul com carinho,

É como falar do amor.


Quem neste imenso Brasil,

Com o azulão não se encantou ?

Voando em um céu de anil,

E, juntinho com ele, sonhou.


E o azul, como fase de vida,

Que até o grande Picasso,

Trilhou, como ave ferida,

Paloma, com a firmeza do traço.


Ah ! esse azul surpreendente,

Azul, muito mais que uma cor.

Aqui chega a ser cor de gente,

Com coração transbordando de amor.


E os simples buscam o azul,

Vestem azul, de azul são vestidos.

Voam alto, sonham em azul,

De pureza são revestidos.


Até na bandeira ele está,

Ocupando o espaço central.

E, um dia talvez estará,

Dominando o espaço vital.


E azuis serão nossos dias,

Com o homem ao encontro da Paz,

E, tudo aquilo que querias,

Liberdade, Igualdade Fraternidade então terás.


ODUWALDO ALVARO

Aprendiz e servidor,

Arteiro e rimador,

Outubro de 1983.

maio 16, 2022

MAÇONS E MAÇONARIA - Ir.'. Armando Riguetto (1994)





A Maçonaria, sempre decidida, enérgica e poderosa, age sigilosamente e com precauções, evitando manifestações e ações violentas. 

Daí, aqueles Maçons recém-iniciados, e mesmo os antigos menos conhecedores da Filosofia, dos feitos e da missão da Maçonaria, exaltarern-se e julgarem impropriamente estar a Maçonaria, através dos representantes maiores, alheia aos problemas e dificuldades do homem. 

Este juízo quase sempre ocorreu, mas já não tem razão de ser, pela interiorização da Maçonaria e pela facilidade com que um Irmão, de qualquer grau, pode falar com as autoridades e esclarecer-se. 

Numa de nossas visitas às Lojas, numa destas, de repente, numa das Colunas, em hora apropriada, um Irmão, bom Irmão, preocupado com a imagem da Maçonaria, lançou-nos a indagação: Eminente Irmão, por que oito entre dez maçons estão insatisfeitos (decepcionados) com a Maçonaria? 

Para muitos foi uma pergunta irreverente. 

Sem dúvida o foi, mas bem intencionada, refletindo suas reais dúvidas, que são de inúmeros outros que se calam, desejando, no íntimo, respostas que esclareçam, alertem e despertem. 

A nossa resposta foi dada calmamente, através de outra pergunta: Meu caro, será que a Maçonaria está satisfeita com dois entre dez maçons? 

Ela estará satisfeita com ele, com aquele outro, com você, comigo? 

A Maçonaria, em todos os tempos, tem se dedicado a iluminar a humanidade, disseminando, por toda a parte, os postulados da Luz e da Verdade. 

Mas os homens de hoje têm seus ouvidos e olhos fechados ao espiritual. Os maçons, em grande número, não têm saído do estado de Aprendiz. Neles ainda prevalece a matéria sobre o espírito.

Nós vivemos no presente, caminhando e construindo para o futuro, mas nada irá empanar as verdades eternas que nos vieram do passado. 

Aqueles que se contentam com o hoje, os imediatistas, aqueles para os quais basta urna Maçonaria contemplativa, "de rótulo" ou "de fachada", sem nenhum testemunho prático, sem nenhum estudo, realização ou participação, levariam, se fossem sós, a Maçonaria de nossos tempos a simples sinais, batidas de malhetes, "festinhas e exibição de adereços (anéis, chaveiros, distintivos,
etc) e crachás. 

Ficaria o futuro desligado do passado por intenso hiato. Os vindouros iriam classificar-nos de displicentes e até mesmo de incompetentes. 

A Maçonaria de hoje deve ser a mesma Maçonaria de ontem, usando habilmente as conquistas do progresso e da tecnologia, conservando imutáveis, como o são, os Landmarks, atingindo suas metas. 

Infelizmente, ela vê sua missão dificultada pelo alto grau de "metalização" de seus componentes. 

Os homens mudaram! Os maçons também. São homens diferentes. A sua escolha se faz num "universo" bem adulterado. São poucos os que trazem riso no rosto e preces nos lábios. O fio de barba já foi documento. Dez avais, hoje, ainda geram insegurança. 

É preciso escolher bem o futuro Maçom. 

A exigência da prática do sigilo, o cumprimento da Lei Iniciática do Silêncio, o ser estudioso, o cultivo do Esoterismo, o exercício da disciplina, o respeito à Lei e à Hierarquia, são as medidas capazes de fazer a Maçonaria contentar-se com oito entre 10 maçons. 

Mesmo que, como querem alguns, a Maçonaria deixe de ter ação política, pelo menos terá que preparar os homens públicos para nela se conduzirem com acerto, no bem coletivo, reparando as arestas do Edifício Social, tornando-o Justo. 

Avante Maçons! Construamos um mundo novo, real e de belezas. Construamos uma Sociedade Justa e Equitativa. 

As boas ações dispensam propaganda. Comecemos pela nossa reforma. Preparemos homens para a Maçonaria e não Maçonaria para os homens.

A ALEGORIA DA CAVERNA - Reinaldo de Freitas Lopes



Compartilharei agora com os meus  queridos e amados irmãos , uma metáfora escrita e descrita por Platão em seu Sétimo livro de : A República .

Nesta alegoria Platão  pretende exemplificar como o ser humano pode se libertar da condição de escuridão, que o aprisiona , por meio da luz da verdade , em que o filósofo discute sobre teoria do conhecimento, linguagem , educação e sobre um estado hipotético.

A alegoria é apresentada após a analogia do sol (508b a 509c ) , 

Seguindo uma linha historiográfica , o filósofo inicia : Pessoas acorrentadas, sem se poderem mover, forçados a olhar somente a parede do fundo da caverna , sem poder ver uns aos outros ou a si próprios. 

Atrás dos prisioneiros há uma fogueira, separada deles por uma parede baixa, por detrás da qual passam pessoas carregando objetos que representam *homens e outras coisas viventes*. 

As pessoas caminham por detrás da parede de modo que os seus corpos não projetam sombras , mas sim os objetos que carregam. Os prisioneiros não podem ver o que se passa atrás deles e vêem apenas as sombras que são projetadas na parede em frente a eles. Pelas paredes da caverna também ecoam os sons que vêm de fora, de modo que os prisioneiros , associando-os, com certa razão , às sombras, pensam ser eles as falas das mesmas. Desse modo, os prisioneiros julgam que essas sombras sejam a realidade .

Imagine que um dos prisioneiros seja libertado e forçado a olhar o fogo e os objetos que faziam as sombras (uma nova realidade , um conhecimento novo). A luz iria ferir os seus olhos e ele não poderia ver bem. 

Se lhe disserem que o presente era real e que as imagens que anteriormente via não o eram, ele não acreditaria. Na sua confusão, o prisioneiro tentaria voltar para a caverna, para aquilo a que estava acostumado e podia ver.

Caso ele decida voltar à caverna para revelar aos seus antigos companheiros a situação extremamente enganosa em que se encontram , os seus olhos , agora acostumados à luz, ficariam cegos devido à escuridão, assim como tinham ficado cegos com a luz. Os outros prisioneiros, ao ver isto, concluiriam que sair da caverna tinha causado graves danos ao companheiro e, por isso, não deveriam sair dali nunca. Se o pudessem fazer , matariam quem tentasse tirá-los da caverna.

Platão não buscava as verdadeiras essências na simples Phýsis , como buscavam Demócrito e seus seguidores. Sob a influência de Sócrates, ele buscava a essência das coisas para além do mundo sensível. E o personagem da caverna, que por acaso se liberte, corre como Sócrates, o risco de ser morto por expressar seu pensamento e querer mostrar um mundo totalmente diferente. Transpondo para a nossa realidade , é como se você acreditasse , desde que nasceu , que o mundo é de determinado modo e , então. vem alguém e diz que quase tudo aquilo é falso, é parcial, e tenta lhe mostrar novos conceitos, totalmente diferentes. 

Foi justamente por razões como essa que Sócrates foi morto pelos cidadãos de Atenas , inspirando Platão à escrita da Alegoria da Caverna pela qual Platão nos convida a imaginar que as coisas se passassem, na existência humana, comparavelmente à situação da caverna : 

Ilusoriamente, com os homens acorrentados a falsas crenças, preconceitos , ideias enganosas e , por isso tudo, inertes em suas poucas possibilidades.

Em *A República* no livro 7 , folhas 517c , Platão escreve :"Quando vista , esta alegoria deve nos levar à conclusão de que esta é de fato a causa de todas as coisas, de tudo que tem de correto (orthós) e belo (kálos), dando à luz no mundo visível para a luz, e mestra da luz , a si mesma no mundo inteligível. A caverna é uma metáfora da condição humana perante o mundo, no que diz respeito à importância do conhecimento filosófico e à educação como forma de superação da ignorância , isto é , a passagem gradativa do senso comum enquanto visão de mundo e explicação da realidade para o conhecimento filosófico , que é racional , sistemático e organizado , que busca as respostas não no acaso, mas na causalidade.

Segundo a metáfora de Platão, o processo para a obtenção da consciência , isto é , o conhecimento abrange dois domínios: 

O domínio das coisas sensíveis (eikasia e pístis) e... 

O domínio das ideias (diánoia e nóesis). 

Para o filósofo , a realidade está no mundo das idéias , um mundo real e verdadeiro  e a maioria da humanidade vive na condição da ignorância , no mundo das coisas sensíveis , este mundo , no grau da apreensão de imagens (eikasia) , as quais são mutáveis , não são perfeitas como as coisas no mundo das ideias e , por isso, não são objetos suficientemente bons para gerar conhecimento perfeitos. 

Inclusive , em 2016 , Neurocientistas chegaram a mesma conclusão de Platão relativo a percepção humana.

Quem aprende convosco é : REINALDO DE FREITAS LOPES M.M 


maio 15, 2022

A ESTRELA FLAMEJANTE OU RUTILANTE - José Castellani



A Estrela Flamejante poderá ser de cinco pontas, pentagonal, ou de seis pontas, hexagonal.

A estrela-símbolo tem sua origem entre os sumerianos --- na antiga Mesopotâmia --- onde três estrelas, disposta em triângulo, representavam a trindade divina : Shamash, Sin e Ichtar (Sol, Lua e Vênus). Entre os antigos hebreus, toda estrela pressupõe um anjo guardião ; e, segundo a concepção chinesa, cada ser humano possui uma estrela no céu.

A estrela Polar, em torno da qual gira o firmamento, sempre foi considerada como o primeiro motor, símbolo da proeminência; na China era o pilar solar, o entro do mundo.

A Estrela de Cinco Pontas, o tríplice triângulo cruzado é, originariamente, um símbolo da magia, o qual sempre aparece, em seus diversos ritos. Comum a todas as civilizações tradicionais, o desenho de uma estrela de cinco pontas --- estrela dos magos --- ou pentagrama, é a matriz do homem cósmico, o esquema simbólico do homem nas medidas do universo, braços e pernas esticados, do microcosmo humano. É a estrela flamejante dos herméticos, cujas cinco pontas correspondem a cabeça e aos quatro membros do Homem. E, como os membros executam o que a cabeça comanda, a estrela pentagonal é também o símbolo da vontade soberana à qual nada poderia resistir, de poder inquebrantável, desinteressado e judicioso.

Este é um conceito que procura refletir, em termos de estado de consciência, um equilíbrio ativo e a capacidade de compreensão, que deve possuir cada ser humano, para transformar a si mesmo num centro irradiante de vida, como uma estrela no firmamento. Esse cânone foi aplicado nas mais importantes obras de artes plásticas e de arquitetura, durante a Antiguidade clássica, principalmente na Grécia pitagórica --- o pentagrama corresponde ao Número de Ouro dos pitagóricos --- e no Renascimento, com Leonardo da Vinci, para o qual o pentagrama correspondia à divina proporção e o qual definia o cânone ideal do Homem, "cujo umbigo divide o corpo na mesma proporção, comanda a espiral logarítmica do crescimento, segundo a qual se desenvolvem os seres vivos, sem modificação de sua formas".

De acordo com a colocação de suas pontas, na magia, ela significa uma operação de magia branca, ou teurgia --- com uma ponta isolada, voltada para cima e duas para baixo --- ou de magia negra, goécia, nigromancia, ou feitiçaria --- com inversão, em relação à posição anterior. No primeiro caso, ela atrai as influências celestiais, que, por seu poder mágico, virão em apoio ao mago. No segundo caso, atrai as influências astrais maléficas.

Nesse caso, obrigatoriamente, a estrela deve ser composta por todos os metais e, em sua consagração, deve-se soprar cinco vezes, uma em cada ponta, aspergindo água lustral outras cinco vezes. Seca-se na fumaça dos cinco perfumes ---incenso, mirra, aloés, enxofre e flor de cânfora --- soprando mais cinco vezes, pronunciando, a cada vez, um dos nomes dos cinco gênios : Gabriel, Rafael, Anael, Samael e Orifiel (2). A seguir, a estrela é colocada no chão, virando-se as pontas, sucessivamente, para o norte, o sul, o leste e o oeste, pronunciando, ao mesmo tempo, em voz alta, as letras iôd, hé, va e hé --- do nome hebraico de Deus --- e, em voz baixa, as letras aleph e tav (ou tau), primeira e última do alfabeto hebraico (similares a alfa e ômega). Depois disso, a estrela deve ser colocada sobre o altar das invocações, sendo rezadas as preces dos silfos, das ondinas, salamandras e gnomos (3).

No caso da magia, a missão principal do uso do pentagrama é testemunhar a obra que se está fazendo : sendo uma obra de luz, a ponta única da estrela estará voltada para cima ; se for uma ação das trevas, a posição estará invertida.

Para os ocultistas, todos os mistérios da magia e da alquimia oculta, todos os símbolos da gnose e todas as chaves cabalísticas da profecia resumem-se no pentagrama, que Paracelso --- cujo verdadeiro nome era Aurelius Teophrastus Bombastus von Hohenhein --- alquimista do século XVI, proclamava como o maior e o mais poderoso de todos os signos.

O nome de Estrela Flamejante, foi dado, à Estrela de Cinco Pontas, pelo teólogo, médico e alquimista alemão, Enrique Cornélio Agrippa de Neteshein, nascido em Colônia, no final do século XV e que também se dedicava à magia, à alquimia e à cabala.

Em maçonaria, a Estrela Flamejante só foi introduzida na metade do século XVIII, na França --- consta que a iniciativa foi do barão de Tshoudy --- sendo um símbolo totalmente desconhecido das organizações medievais de ofício e dos primeiros maçons aceitos. Esclareça-se que, no Craft inglês, a Estrela Flamejante (Blazing Star) é a de seis pontas.

No âmbito maçônico ela tem sido mais associada às escolas pitagóricas (4). Mas convém lembrar que Pitágoras também era dedicado à magia, não sendo estranha, portanto, a adoção da estrela pentagonal como símbolo distintivo de sua comunidade. Com a sua ponta única voltada para cima, nela se inscreve a figura de um homem --- daí ser chamada de estrela hominal --- como símbolo das qualidades espirituais humanas; em posição invertida, com a ponta isolada voltada para baixo, nela se inscreve a figura de um homem, com a cabeça para baixo, ou a de uma cabeça de bode, representando, em ambos os casos, os atributos da materialidade e da animalidade. Encontrada entre o esquadro, que serve para medir a terra, e o compasso, que serve para medir o céu, a estrela simboliza o homem regenerado, o Companheiro, em sua integridade.

Em Loja, a Estrela Flamejante fica colocada ao Sul, pendente do teto, ou nele pintada --- também pode ser colocada na parede Sul --- ocupando posição intermediária entre o Sol, no Oriente, e a Lua, no Ocidente, como representação do planeta Vênus. Há, também, uma explicação mística, para essa posição: o 2º Vigilante da Loja, que fica na Coluna do Sul --- a da Beleza ---- ou do Meio-Dia (5), é, na correspondência das Dignidades e Oficiais da Loja com os deuses do panteão greco-romano, assimilado a Afrodite (Vênus romana), deusa da beleza, do amor e do casamento. Para o Rito Moderno, a Estrela é a estrela Polar, guia dos navegantes, simbolizada como guia dos Companheiros Maçons.

A associação --- escola, ou escolas pitagóricas --- sobreviveu a ele, mas, na metade do século V a.C., novas perseguições obrigaram os pitagóricos a se dispersar por várias regiões da Grécia. Porém, tudo, em relação a Pitágoras, é incerto, até mesmo as suas crenças, pois ele não escreveu nenhum livro e os seus seguidores guardavam, zelosamente, os seus segredos. Diversas lendas, em torno de Pitágoras e do pitagorismo, cresceram, rapidamente, ao passo que os pitagóricos posteriores a ele, assim como os membros de outras sociedades, atribuíam-lhe as suas próprias teorias, para dar-lhes um cunho de autoridade. Em sua época, Pitágoras não era muito acatado, chegando, o seu contemporâneo, Xenófanes, poeta e filósofo, nascido na Jônia, a zombar dele, devido à sua crença na transmigração das almas.

A Estrela de Seis Pontas, ou Hexagonal, ou Hexagrama, é a Estrela Flamejante (Blazing Star) do rito inglês, estando presente no Painel Alegórico do grau de Companheiro Maçom, embora algumas instruções do rito façam diferença entre a estrela flamejante (pentagonal) e o hexagrama .

Composto por dois triângulos equiláteros superpostos, um de ápice superior e um de ápice inferior, o hexagrama é um símbolo universal. Para os hindus, ele representava a energia primordial, fonte de toda a criação, exprimindo a penetração do yoni pelo lingam, ou união dos princípios feminino e masculino. Yoni é uma palavra sânscrita, que designa o símbolo do órgão sexual feminino, no hinduísmo ; é representado, geralmente, por um triângulo invertido, com uma pequena depressão na superfície, a qual permite a inserção do lingam. Yoni simboliza, também, o princípio feminino, ou o aspecto passivo da natureza. Lingam também é um termo sânscrito e não é apenas o sinônimo do falo, mas, sim, a representação da integração entre os dois sexos, simbolizando o poder generativo do universo.

Os sessenta e quatro hexagramas chineses, ou Koua, derivados dos oito trigramas, são figuras geométricas compostas pela combinação dos traços de Yang e Ying, que compõem o I-Ching, ou Livro das Mutações, cujo ponto de partida é o segundo mês do solstício de inverno, onde o Yang sucede ao Ying:o hexagrama Fou.

Todavia, desde a mais remota Antiguidade, a estrela hexagonal era o símbolo do matrimônio perfeito, porque as duas naturezas --- os dois triângulos --- a masculina e a feminina, interpenetram-se e se harmonizam, para formar uma figura inteiramente nova (a estrela). Todavia, apesar da perfeita interação, ambos os princípios originais conservam a sua individualidade. Como no matrimônio, ou conúbio : um macho e uma fêmea, que se juntam, para criar uma nova figura (uma nova vida), sem que cada um deles perca a sua individualidade. 

Algumas instruções do rito inglês, altamente místicas, afirmam : Cinco nasceu de quatro; Seis é formado pelo ambiente sintético, emanado de Cinco. A atmosfera psíquica, que envolve nossa personalidade, compõe-se, sob o ponto de vista hermético, da água vaporizada pelo fogo, ou de água ígnea, ou seja, do fluido vital , carregado de energias ativas. Essa união do Fogo e da Água é representada, graficamente, pela figura muito conhecida do Signo de Salomão. Dos dois triângulos entrelaçados, um é masculino-ativo e o outro é feminino-passivo. O primeiro simboliza a energia individual, o ardor que emana da própria personalidade ; o segundo, representado por um triângulo invertido, em forma de taça, destina-se a receber o orvalho depositado pela umidade, através do espaço. A Estrela Flamejante corresponde ao microcosmo humano, ou seja, ao homem, considerado como um mundo em miniatura, enquanto os dois triângulos entrelaçados designam a estrela do macrocosmo, ou seja, do mundo, em toda a sua infinita extensão.

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2. Esses são todos nomes de anjos da mais alta hierarquia.

3. Silfo, do latim : sylfi, orum, é o ser macho sobrenatural, o qual, segundo crenças celtas e germânicas, ocupava, no mundo invisível, posto intermediário entre o gnomo e a fada. Gnomo (neologismo criado pelo alquimista Paracelso) é a designação dada aos seres sobrenaturais, os quais, segundo os cabalistas, habitavam o interior da terra, guardando os seus tesouros e riquezas naturais. Ondina (do francês : ondine), na mitologia germânica e nórdica, é o gênio do amor, o qual vive nas águas. Salamandra (do grego: salamándra, pelo latim: salamandra), símbolo mitológico do fogo, é um animal fantástico, constituído de energia ígnea, com a aparência aproximada de um lagarto, o qual vive em meio às chamas; na alquimia, é um signo gráfico, representativo do elemento fogo. Na natureza, salamandra é o nome genérico de anfíbios urodelos da família dos da família dos Salamandrídeos.

4. Pitágoras (Pythagoras, ou Puthagoras), nasceu em Samos e por volta de 513 a.C. , fixou-se em Crotona, no sul da Itália, certamente para escapara da tirania de Polícrates, governante de Samos. Em Crotona, ele fundou uma sociedade religiosa, a qual conseguiu grande influência política ; todavia, uma rebelião ocorrida na região o forçou a se mudar para Metaponto, onde faleceu.

5. Meio-dia, substantivo masculino, designa a hora, ou o momento em que o Sol está no zênite --- a pino --- e que divide o dia em duas partes iguais. Designa, também, o Sul, os países meridionais e a região sul de um país. Assim, tanto é correta a referência, à Coluna, como do Sul quanto a referência como Coluna do Meio-dia.

A MAÇONARIA E O CONTEXTO NACIONAL - Marco A. Mello Raposo



"Num passado bastante remoto, nossa instituição apresentava-se como contraponto às tiranias, aos entraves à roda evolutiva econômica e social e aos desmandos da Igreja Católica em sua busca por um poder cada vez maior sobre os povos e sobre os Estados; enfim tratava-se de uma instituição que incomodava aos déspotas poderosos de então. Por isso ela era sempre mantida na linha de fogo da polêmica e da controvérsia.

Nunca a maçonaria foi tão atacada e vilipendiada pela Igreja e perseguida pelos Estados como naquela época.

Mas, apesar disso, ela fazia a roda da vida da humanidade girar. As renomadas personalidades que compunham a instituição naqueles tempos lhe trazia prestígio e respeito, não só por serem nomes que detinham poder, mas principalmente por se tratar de homens de coragem, com a firme determinação de combater tudo aquilo que representasse ameaça à paz, à soberania e a justiça social.

Lamentavelmente, tudo isso transformou-se em relíquias de um passado remoto.

Entretanto, meus Irmãos, parece que o processo cíclico que faz girar a roda da vida está nos impelindo em direção do renascimento daquela gloriosa fase de nosso passado. Nada ocorre ao acaso. Tudo na vida tem seu momento próprio de nascer, morrer, renascer, num contínuo ciclo evolutivo.

É chegada a hora de mais um renascimento! Portanto, meus Irmãos, não desprezemos a disposição de mais de 100.000 Irmãos espalhados pelo País em querer a inserção de nossas instituições numa luta clara e frontal pela busca de um futuro mais digno para nossa Nação, tendo nossos atuais dirigentes à frente desse processo, comandando-nos e orientando-nos conforme as luzes de suas sabedorias.

Preparamos, para o atingimento desse objetivo, uma estratégia inicial que esperamos venha a ser gradativamente enriquecida pelos Irmãos que forem aderindo ao propósito estabelecido, e vislumbrem novas ações que possam aprimorá-la.

Temos o dever moral de honrar as nossas mais nobres tradições e dar início a um processo que contribua, de forma incisiva, para a correção dos rumos atuais em defesa de nossa Pátria, de nossos lares, de nossas famílias e, pela busca do Bem Comum.

No Ritual do Aprendiz Maçom, durante a abertura dos trabalhos, quando o Venerável Mestre pergunta: ‘para que nos reunimos aqui Irmão 1º Vigilante?’, ele então responde: ‘para combater a tirania, a ignorância, os preconceitos e os erros, e glorificar o Direito, a Justiça e a Verdade; para promover o bem estar da Pátria e da Humanidade, levantando Templos à Virtude e cavando masmorras ao vício.’

Meus estimados Irmãos, vamos então dar cumprimento ao determinado em nosso Ritual! Vamos romper com essa inércia! Vamos dar um basta nessa sujeira que emporcalha a Nação!

Vamos mostrar a nossos filhos e netos que um dia esse País poderá vir a ter governantes dignos, honestos, capazes e comprometidos com ideais mais elevados! Mostremos a esse País que além de Maçons somos brasileiros, e que em nossas veias corre sangue!

Prostrar-se, indignado sem nada fazer, é estar conivente com a disseminação dos vermes que contaminam as entranhas dos poderes constituídos!

Lá está nossa Bandeira! Nosso símbolo maior! Símbolo de luta e de esperança. Não a desapontemos! Não adianta só criticar tudo o que vem ocorrendo de errado com nosso País. É chegada a hora de perguntarmos para nós mesmos: o que podemos e devemos fazer por ele?

Para atingirmos tal propósito necessitamos disciplina, perseverança e tenacidade. Não podemos continuar inertes, deixando que escorra por nossas mãos a grande oportunidade de resgatarmos os mais nobres legados da maçonaria universal. Já deixamos passar preciosas oportunidades de levar adiante um trabalho sério que só engrandeceria a Instituição a qual pertencemos; que só nos dignificaria e nos enobreceria; que só nos abençoaria com o orgulho de sermos simplesmente Maçons.

Transformemos esta noite de 6 de outubro de 2009, num marco que simbolize o início de nossa caminhada rumo ao resgate de nossos consagrados valores e de nossa verdadeira identidade. Que o GADU nos abençoe nos combates do porvir.

Que sejamos um só corpo, um só espírito, um só coração na luta por uma Maçonaria mais presente, mais ativa e mais afeta aos destinos de nossa Nação. Que a história da Maçonaria brasileira venha, no futuro, orgulhar-se de todos nós.

O que procurei trazer na noite de hoje foi uma opinião livre de vícios e preconceitos e suficientemente honesta e sincera, para me expor a atrair sobre mim toda a sorte de interpretações e sentimentos. Entretanto, meus Irmãos, estejam certos de que desejo apenas o bem estar de nossa Pátria.

Herdamos denso legado de Irmãos que nos antecederam numa jornada rica em Instituição. Por elas sonharei, enquanto me for permitido sonhar; por elas lutarei, enquanto me for permitido lutar e por elas tombarei, se preciso for tombar.

Nunca nos esqueçamos, meus Irmãos, de que ninguém é tão pobre que nada tenha a dar, nem tão aquinhoado pela vida que nada tenha a receber, nem tão bruto que nada possa ensinar ou tão sábio que nada reste aprender. 

Dobremo-nos, humildes e esperançosamente, ante o golpe do Maço do Criador e sujeitemo-nos à orientação de Seu Cinzel, para que mereçamos compor a Grande Obra da Criação. E, se um dia encontrarmos as trevas da decepção em nossa jornada maçônica, não nos quedemos como tantos insensatamente o fazem, amaldiçoando a escuridão.

Acendamos as luzes dos nossos espíritos, e iluminemos o caminho daqueles que se deixaram ficar. Que sejamos um elo que se funde à cadeia infinita que une todos os Maçons do universo na Divina Tarefa.

Colocamo-nos, em nossa Loja, à disposição de todos os Irmãos que acreditem ser possível reescrever a nossa história.

Venerável Mestre, agradecemos a oportunidade que nos foi confiada, e coloco-me à disposição de todos os Irmãos aqui reunidos para um profícuo debate sobre o que acabamos de apresentar.

Texto extraído de uma palestra do Irmão Marco Antonio Mello Raposo, Mestre Maçom da Loja Vale do Piabanha (GLERJ), proferida no ano de 2009, na Loja Jesus Cristo, no Rio de Janeiro: