dezembro 27, 2024

DIA DE S. JOÃO EVANGELISTA


27 de dezembro, dia de São João Evangelista.

São João Evangelista, junto com São João Batista são os dois santos São João mencionados no ritual maçônico.

Para a Maçonaria, a Festa de São João Evangelista foi utilizada por muitas das primeiras Grandes Lojas na Inglaterra e Escócia, bem como lojas individuais. A Loja de Edimburgo estava associada ao corredor de São João Evangelista na Catedral de St. Giles já no século XV. 

A Grande Loja de toda a Inglaterra, que era um órgão maçônico localizado principalmente na cidade de York, bem como sua antecessora, a Ancient Society of Freemasons na cidade de York, elegeu seu presidente e, a partir de 1725, seu grão-mestre no Festa de São João Evangelista. 

A Ancient Grande Loja da Inglaterra também elegeu seu Grão-Mestre no mesmo dia. Quando os Antigos e os Modernos se fundiram em 1813 para se tornar a Grande Loja Unida da Inglaterra, isso ocorreu na Festa de São João Evangelista.

A IMPORTÂNCIA DOS GRAUS SIMBÓLICOS - José Castellani


Os três graus simbólicos, Aprendiz, Companheiro e Mestre, comuns a todos os ritos maçônicos, representam a essência total de toda a doutrina moral da maçonaria. (...)

Os três graus simbólicos, síntese do universo maçônico, mostram a evolução racional da espécie humana, ou seja, intuição (Aprendiz), análise (Companheiro) e síntese (Mestre). 

O Aprendiz, ainda inexperiente, embora guiado pelos Mestres, realiza o seu trabalho quase empiricamente, através da intuição, apenas, representando o alvorecer das civilizações, dominadas pelo empirismo; o Companheiro, já tendo um método de trabalho analítico e ordenado, simboliza uma mais avançada fase da evolução da mente humana, enquanto que o Mestre, juntando, através da síntese, tudo o que está disperso, para a conclusão final da obra, representa o caminho derradeiro da mente, na busca da perfeição. (...)

Nas Lojas Simbólicas, verdadeira e única essência da maçonaria universal, o iniciado percorre um longo caminho desde as trevas do ocidente até à luz do oriente, tendo o seu lugar de acordo com suas aptidões e a sua ascensão de acordo com os seu méritos, concretizando as sábias lições da lenda do Mestre Hiram (...)

Acham muitos maçons desavisados, que os graus simbólicos são secundários e representam um mero apêndice da maçonaria, uma etapa primária e elementar, um trampolim para grandes escaladas, quando, na realidade, é basilar e relevante a sua importância, pois, como alicerces de toda a estrutura maçônica universal, nada mais existiria de maçônico sem eles, restando, apenas, as honorificências, de que o mundo profano é tão prenhe.

Excertos do livro Liturgia e Ritualística do Grau de Mestre Maçom 

ODE AO PRECONCEITO PROFANO - Roberto Ribeiro Reis


Gláucia,

O Maçom não tem filáucia,

Isso é intriga da oposição!

Quanta desdita e falácia,

É só perguntar pra Cássia,

Cujo esposo é nosso Irmão!


Gertrudes,

O Maçom possui virtudes,

E isso já não mostra a Globo;

Quanta bandeira de ódio,

Essa mídia só dá pódio

Ao rico, inda que seja bobo.


Andreia,

Esqueça essa falsa ideia

De que integremos uma seita;

A nossa Oficina é de respeito,

A turma toda tá de preconceito

Com nossa casa justa e perfeita.


Maria,

Deixa de lado essa heresia,

Felizmente ela não nos abala;

A Maçonaria é luz e rutilância

E repudia essa irrelevância,

Para qual silencia e se cala.


Vitória,

Os anais da sagrada história

Mostrarão a todos a real versão;

O mundo pede por misericórdia,

A ele damos a paz e a concórdia

Que o Maçom carrega no coração!


dezembro 26, 2024

GOOSE AND GRIDIRON - (O GANSO E A GRELHA) - Paulo M

 






É conhecido o relato segundo o qual, a 24 de junho de 1717, quatro lojas maçónicas se teriam reunido na taberna “Goose and Gridiron” (Ganso e Grelha) e aí constituido a primeira Grande Loja e eleito o seu primeiro Grão-Mestre. 

Este acontecimento é consensualmente considerado o “dia zero” da Maçonaria Especulativa. 

Não obstante a sua importância, não chegou aos nossos dias qualquer prova documental deste evento: nem uma ata (que só começaram a lavrar-se em 1723), nem uma lista, nem sequer um simples relato em primeira mão. 

De fato, o registo mais antigo de que dispomos são as Constituições de Andersen, na sua edição revista de 1738 – ou seja, 21 anos depois. 

Curiosamente, a versão original – de 1723 – nada refere a este respeito. 

Muito se especula, três séculos depois , quanto à precisão histórica da descrição de Andersen.

O que é certo é que, num local de Londres conhecido por St. Paul’s Churchyard (Adro da Igreja de S. Paulo), houve um edifício de cinco pisos onde esteve sediada uma associação musical chamada “The Mitre” (A Mitra). 

Numa altura em que mesmo os ricos e nobres eram frequentemente analfabetos, era quase garantido que o fosse a maioria da restante população. 

Isso levou os fabricantes de sinalética a privilegiar o uso de sinais pictóricos; por mais belo e sóbrio que pudesse ser um sinal escrito, seria inútil se a maioria da população não soubesse lê-lo. 

Estaria, por isso, afixado sobre a porta do “The Mitre” o brasão da Worshipfull Company of Musicians, com o propósito de identificar aquela como uma casa de música.

As armas desta antiga e prestigiada associação musical, fundada por volta de 1500 e hoje conhecida por The Musicians’ Company, consistem num escudo encimado por uma lira, tendo o escudo, na parte superior, dois leões separados por uma rosácea, e na parte inferior um cisne de asas abertas. 

O cisne a a lira eram, nesse tempo, comumente adotados como símbolo pelas associações musicais.

Pelo início do séc. XVIII a dita associação teria entrado em declínio, altura em que no edifício passou a funcionar uma estalagem e uma taberna; esta adotou o nome de “Goose and Gridiron”. 

Não sabemos, em absoluto, a razão deste nome, mas é clara a ligação entre o sinal que identificava a taberna e as armas dos músicos. 

No 1º volume de “Old and New London”, de 1878, o autor, Walter Thornbury, sugere poder o nome ter sido concebido como uma paródia de “Swan and Harp”, um nome popular na altura para casas de música. 

Mais prosaicamente, oferece a sugestão alternativa de que é simplesmente uma interpretação simplória do brasão da Companhia de Músicos pendurado por cima da porta do Mitre pelos pouco sofisticados frequentadores das lojas e tabernas.

Não me custa, no entanto, imaginar um dito britânico e corrosivo recém-estabelecido taberneiro, ainda sem nome nem símbolo à porta que não os dos anteriores ocupantes, quando indagado sobre se a sua casa era de música, responder que não, que aquilo era um ganso e uma grelha, e que entrassem e fossem bebendo uma cerveja enquanto esperavam pelo ganso…😁

O antigo edifício já não pode ser visitado: foi demolido no final do séc. XIX, época em que Londres assistiu a um grande aumento populacional. 

Já o sinal, de ferro e madeira pintada e datado do início do séc. XIX, pode ser visto no Museu de Londres.




A VELHICE NA MAÇONARIA - Juracy Vilela de Souza



Outrora, a velhice era uma dignidade; hoje, ela é um peso. "Francois Chateaubriand"

Quando fui iniciado, a vida para mim ganhou um novo sentido, pelas novas amizades e pelo ensinamento que recebia nas instruções de meus preceptores.

A sessão maçônica era uma coisa extraordinariamente nova e reveladora.

Sonhava em crescer na ordem e ser como aqueles irmãos mais antigos, pois via neles tanto conhecimento e amizade, meus sábios inspiradores.

Aqueles “velhinhos” eram a porta para meu ingresso no conhecimento e na filosofia da Arte Real.

Para mim, eles viviam num mundo de felicidade e que aquilo era uma herança, que levariam até os dias da velhice.

Esse sentimento inundava o meu espírito de paz e esperança.

Jamais poderia pensar que o caminhar dos anos trouxesse consigo mudanças tão importantes.

Parece que a juventude não conhece o segredo para a transmutação e quando a idade avança, somos pegos por uma realidade surpreendente, às vezes desalentadora.

A ordem que servimos por décadas a fio, dispensando os maiores esforços, nos abandonara na idade senil. Justamente quando estamos mais carentes e fragilizados.

Na America do Norte, os maçons idosos vão para o albergue da ordem onde vivem em paz e dignamente.

Toco nesse assunto, levando em conta casos de irmãos que vivem no mais completo abandono maçônico. Vitimados por uma enfermidade não saem para lugar algum, aprisionados em suas casas.

Essa realidade é bem diferente dos templos aconchegantes e das amplas festas e Copos D'Água que um dia frequentaram.

Aquela alegria barulhenta e os abraços fraternos deram lugar ao abandono, ao ostracismo involuntário e ao silêncio cósmico que arrasa seu moral.

Se tivessem a mão amiga de um irmão, poderia ir à Loja, aos almoços e de novo serem felizes.

A maçonaria, pródiga em ajudar os velhinhos dos asilos profanos, vira a cara para seus próprios membros que nem sempre precisam de apoio pecuniário, apenas de uma visita.

A tentativa de levar irmãos à casa de um enfermo sempre resulta em fracasso, pois ninguém se interessa. As "ditas" Autoridades Maçônicas, esses, nunca vão.

O tempo corre célere e a vida escapa pelos dedos como o mercúrio.

Irmãos, ainda há tempo, embora curto, para amar o próximo, pois o Céu não pode esperar.



PEREGRINAÇÃO DE NATAL - Carlos Baccelli c


Em nossa peregrinação de Natal, na companhia de Chico, visitávamos cerca de dez, quinze casas nos diferentes bairros de Uberaba. Seguindo à frente, com Eurípedes Higino, os demais carros iam acompanhando o carro que transportava Chico pelas ruas escuras e esburacadas, vencendo, não raro, fortes enxurradas e lamaçal.

Numa das casas que, anualmente, visitávamos, nos deparamos com um jovem, com os seus quase trinta de idade, em cima de uma cama. A situação dele era precária. Forte, pesado, não caminhava e vivia deitado, alheio ao que se passava à sua volta.

Enquanto alguém deixava uma cesta básica na cozinha da família, bolos de Natal, pães e doces, Chico se encaminhava para o quarto estreito e, compadecido, ficava observando o rapaz em rude provação. O doente exibia calos nos punhos de ambas as mãos e na cabeça, principalmente na região da fronte. É que ele vivia esmurrando a si mesmo, ou batendo com a cabeça na parede!

Em uma de nossas visitas, quando saímos, Chico elucidou o quadro:

Ele foi um estrategista militar durante a guerra... Era muito inteligente e articulava planos de execução em massa dos inimigos. Como caiu pela inteligência, vive se recriminando, através dos murros que desfere na própria cabeça.

Não seria, então, o caso, Chico, - alguém perguntou de promover-se uma reunião de desobsessão para  auxiliá-lo? Ele deve viver atormentado por muitos espíritos obsessores... Talvez uma equipe de médiuns, se revezando em visitas a ele?...

Chico escutou a argumentação e respondeu baixinho:

Não, meu filho. Por enquanto, eu acho que ele está mais necessitado mesmo é de alguns lençóis...

É que a família pobre não conseguia ter lençóis em número suficiente para que o leito do rapaz se mantivesse sempre limpo era ali que ele fazia todas as suas necessidades fisiológicas, porque ninguém tinha força para levá-lo ao banheiro, que ficava lá fora, no quintal! E Chico acrescentou:

Como ele se encontra, ele já está no caminho da cura... A doença é o remédio de que ele precisa. Os espíritos obsessores, depois de terem feito o que queriam, já o largaram. Agora a tarefa é de Jesus, através de algum de nós que se disponha a ajudar...

Embora bem intencionado, vejamos o olhar do moralista espírita sobre a questão, que, naquele momento, era muito mais de caridade a ser posta em prática que de doutrinação espiritual. Muitos de nós, infelizmente, somos assim: vemos obsessão onde o problema, às vezes, é de extrema carência material!

Do Livro: O Médium Pés Descalços – item 56 de Carlos A. Baccelli

 

dezembro 25, 2024

CHRISMUKKAH


Chrismukkah é um neologismo da cultura pop que se refere à fusão dos feriados do Natal do Cristianismo e do Hanukkah do Judaísmo¹. Surgiu pela primeira vez nos países de língua alemã entre os judeus de classe média do século XIX. Após a Segunda Guerra      Mundial, o Chrismukkah tornou-se particularmente popular nos Estados Unidos, mas também é celebrado em outros países.

  ¹Chanucá ou Hanucá (em hebraico: חנוכה, romaniz.: ḥănūkkāh) é uma festa judaica, também conhecido como o Festival das luzes. "Chanucá" é uma palavra hebraica que significa "educar" ou "inauguração". A primeira noite de Chanucá começa após o pôr do sol do 24.º dia do mês judaico de Kislev e a festa é comemorada por oito dias. Uma vez que na tradição judaica o dia do calendário começa no pôr do sol, o Chanucá começa no 25.º dia.

UM DIA SEM GUERRAS - Adilson Zotovici


 

Uma oração pertinente

Feita sem qualquer engano 

Creio aceita por toda gente 

Iniciado ou profano


Natal de Paz, indulgente 

Ecumênico, soberano

Compraz, um dia, mormente 

A quem sofreu todo o ano 


Por luta cruel, renitente, 

Qual babel, por algum insano, 

Por conduta intransigente  


Divinal dia que o arcano 

É alegria incontinente 

Feliz Natal Cristiano ! 




FELIZ NATAL A VOCÊ !!! - Newton Agrella


Tô bem pertinho pessoal.

O duro é ter que me desviar de alguns tantos lugares em que o desentendimento e a intolerância não dão trégua e atrapalham demais.

São vários caminhos tortuosos, cheios de obstáculos, onde se ouvem ruídos, estampidos e estrondos de tudo quanto é tipo.

Seja no hemisfério norte, no hemisfério sul.

No Oriente ou no Ocidente.

Fato é, que por mais que se esforcem para disseminar mensagens de paz ou que entoem canções de  esperança por dias melhores, a coisa parece que ganha ares cada vez mais sinistros e intransponíveis.

Porém, desistir jamais !

Afinal de contas, levo  comigo um enorme saco  de Símbolos e de Alegorias, repleto de Desejos Positivos, que não posso me dar ao luxo de esmorecer.

Venho em nome de uma Luz Radiante e Inefável, fruto de um Princípio Criador e Incriado de tudo o que nos cerca.

Não importa por qual nome ele responda.

O que vale nesse instante é que eu possa empreender a jornada com o intuito de trabalhar por um mundo em que a Paz e a Harmonia entre os "Seres Pensantes" possam prevalecer.

Sigo com esse trenó, deslizando por todos os cantos do planeta, com a missão de cumprir um papel, que de há muito, deveria ter sido compreendido pela humanidade.

Conto com o seu aceno e com um sinal de aprovação de que tudo vai melhorar e de que eu posso completar  minha viagem.

Afinal de contas, temos novas gerações à nossa frente e precisamos deixar um legado positivo !

Passa o tempo e alguns ranços de preconceitos insistem em ocupar um incômodo espaço em nosso baú interior.

É hora de renovar, rever alguns conceitos e de deixar a vida fluir de maneira mais leve.

É tempo de semear amor, cultivar, dividir e compartilhar felicidade.

Ninguém fica pra semente.

A viagem tem que ser completada entre o 24 e o 25.

Há muita gente esperando ansiosa e  sobretudo um contingente imenso que nem sabe que eu vou passar.

FELIZ NATAL A VOCÊ !!!


 DOS CONFLITOS HUMANOS

O conflito é uma presença constante em nossas vidas. Desde o princípio. O homem primitivo se viu na necessidade de caçar e pescar para suprir as necessidades de sua família. Daí, talvez, a origem do seu caráter bélico. O homem é a realidade mais profunda e mais complexa que se conhece no mundo natural. Por isso, oferece diversas leituras sobre a sua totalidade.

Vivemos num mundo de conflitos que afligem todos nós, seja qual for nossa posição econômica, cultural, raça, gênero ou idade. Uma elevadíssima quantidade de homens e mulheres se veem atormentados por grandes lutas emocionais, que lhes roubam a paz, fazendo-os viver num clima de apreensão e ansiedade.

Na verdade, os elementos perturbadores da felicidade – a dor, a angústia, a ansiedade, o sentimento de culpa, o stress, o medo, a ira, a inveja e a vaidade – são apenas efeitos de uma causa comum, primária e básica. A grande maioria dos conflitos emerge do egoísmo e da ânsia de possuir cada vez mais. Enquanto não for vencida essa ânsia, não cessarão os conflitos. Quando finalmente essa luta chegar ao fim, emergirá a natureza verdadeira e divina que consagrará com sua coroa cintilante a fronte do ser triunfante e eterno. E assim, como acontece nas enfermidades físicas, também neste complicado terreno é preciso investigarmos a origem do mal, para que possamos tratá-lo.

Uma outra fonte de conflito entre as pessoas está na resposta que damos ao que nos acontece. Se alguém é agredido verbalmente e responde da mesma forma, pronto. Está estabelecido o conflito. A partir daí, ele só vai crescer e gerar desentendimento, que pode vir a se tornar eterno. No entanto, se o agredido permanece em silêncio, ou se responde de forma equilibrada, o conflito não se instala porque não cria atrito nem encontra ambiente propício para sua disseminação.

Heráclito (535-475 a.C.), filósofo pré-socrático considerado o pai da dialética, notabilizou-se por enxergar no conflito entre os opostos o nascedouro da concórdia, da harmonia, afirmando que os contrários ocupam perfeitamente o mesmo espaço simultaneamente, como o início e o final de uma esfera. “Polemos pater panton”, “o conflito é o pai de todas as coisas”, é uma frase dele que traduz bem esse pensamento. Mas, no caso descrito por ele, a discussão tem sempre um enfoque de respeito entre os oponentes, porque a dialética é a busca do consenso.

Assim, tudo é regido pela dialética, a tensão e o revezamento dos opostos. Portanto, o real é sempre fruto da mudança, ou seja, da oposição entre os contrários. Para Heráclito, a dialética pode ser exterior – um raciocínio de dentro para fora – ou imanente do objeto, quando se foca na observação atenta do ser. 

Heráclito entende o processo dialético como um princípio. Essa ideia permite que o ser seja uno, ao mesmo tempo em que se encontra mergulhado nas constantes mutações do contexto em que vive. Ele ainda afirmava que “a única coisa imutável no universo é a mudança” e que “quem não sabe escutar não sabe falar”, significando que a oposição dos contrários seja efetuada com equilíbrio e harmonia. 

Também acredito que esse é o melhor caminho a ser seguido.

Heitor Rodrigues Freire – Corretor de imóveis e advogado.

JESUS CRISTO NASCEU EM 25 DE DEZEMBRO? - Almir Sant'Anna Cruz


Existem eventos que pela sua natureza quase não são questionados. Um deles refere-se ao Natal. 

Habituados que estamos a comemora-lo todos os anos em 25 de dezembro, jamais poderíamos supor que o nascimento de Jesus tivesse ocorrido em outra data. 

No entanto, é justamente o nascimento de Cristo o acontecimento histórico que mais tem atraído a atenção de inúmeros astrônomos e astrofísicos, além de historiadores, em particular daqueles interessados em problemas historiográficos e preocupados com a procura de uma explicação racional para o grande mistério da Estrela de Belém.

Segundo o internacionalmente famoso astrônomo e astrofísico brasileiro Ronaldo Rogério de Freitas Mourão (1935-2014) em sua obra “O livro de Ouro do Universo”, Jesus Cristo não nasceu em 25 de dezembro, apresentando argumentos astronômicos, climáticos e históricos, inclusive bíblicos, para apontar o seu nascimento no dia 23 de agosto do ano 7 AC. Como nossa era baseia-se no nascimento de Cristo, então, 2024 seria 2031!!!!!

E explica que o dia 25 de dezembro corresponde ao solstício do inverno no Hemisfério Norte. É o meio do inverno, dia depois do qual os dias começam a se alongar aos poucos.

A festa pagã do “dies solis invicti natalis”, ou seja, “dia do nascimento do Sol”, era celebrada no dia que coincidia com os meados da saturnália, estação durante a qual os trabalhos cessavam. 

Neste dia em que o Sol começava a se dirigir para o Norte, as casas eram decoradas com árvores, presentes eram trocados entre amigos e parentes, ceias e procissões eram realizadas pelos povos pagãos em homenagem ao Sol que voltava a sua posição elevada. Como os primeiros cristãos comemoravam esse feriado, a Igreja primitiva decidiu transformar tal cerimônia pagã numa festa genuinamente cristã. 

Assim, o dia 25 de dezembro passou a representar o dia do nascimento de Cristo, e não mais o nascimento do Sol.

No Oriente, o nascimento de Jesus foi inicialmente celebrado em 06 de janeiro, data que estava associada à Estrela de Belém. 

Essa comemoração tinha como objetivo substituir a cerimônia pagã que, em 06 de janeiro, se comemorava no templo de Kore, em Alexandria, no Egito, a virgem que deu à luz Aion, um deus pagão das Arábias.

Mas não será por esse conhecimento que deixaremos de comemorar o Natal no próximo dia 25

Feliz Natal para todos os Irmãos e família!

RABANADAS - Selma Bajgeilman


Origem judaica da rabanada na Espanha Medieval

A origem da rabanada pode ser rastreada à culinária das comunidades sefarditas (judeus da Península Ibérica) já desde o século XIII, que valorizavam o aproveitamento total dos alimentos, incluindo o pão. Após o Shabat, o pão que sobrava, como o challah, era reaproveitado ao ser embebido em líquidos, como leite ou vinho e também mel, e depois frito, criando um alimento simples, mas saboroso e energético. Essa prática se alinhava aos preceitos judaicos de evitar desperdícios e aproveitar os alimentos de forma criativa.

Em bairros judaicos do Oriente Médio, eram consumidas as chamadas "fatias de nascimento", ou torrijas, oferecidas às mães após o parto, um costume que prevaleceu em Toledo (Espanha) até tempos mais recentes. 

Durante o período da Inquisição, muitos judeus convertidos ao cristianismo (os chamados "cristãos-novos") mantiveram tradições judaicas disfarçadas em suas práticas culinárias. Assim a rabanada, nesso contexto adquiriu novos nomes. A rabanada aparece então registrada na Espanha pela primeira vez no século XV, em um texto de Juan del Encina que menciona o prato como ideal para a recuperação pós-parto: "mel e muitos ovos para fazer rabanadas". Essas características fazem referência ao nome “fatias de parida”, utilizado em Portugal, o que evidencia uma função medicinal além de culinária.

Receitas mais formais começaram a ser registradas no século XVII, como nos livros de Domingo Hernández de Maceras (1607) e Francisco Martínez Motiño (1611). Já no início do século XX, a rabanada era amplamente popular nas tabernas de Madrid, sendo frequentemente servida com vinho.

A rabanada, ou fatia dourada, encontrou em Portugal um novo significado. Tornou-se uma tradição natalina, associada às festas de fartura e celebração. O uso de leite, ovos e açúcar dava um caráter mais doce e festivo ao prato, que ganhou variações regionais, incluindo o uso de vinho verde no Minho ou em algrumas receitas vinho do Porto. A tradição portuguesa, trazida ao Brasil, consolidou o prato como parte indispensável das ceias natalinas, onde ele é frequentemente servido polvilhado com açúcar e canela.

Ao longo do tempo, a rabanada ganhou variações mais elaboradas, sendo servida com vinho do Porto, frutas vermelhas ou creme inglês, especialmente em versões contemporâneas e sofisticadas. Apesar dessas inovações, ela mantém sua essência como um prato que celebra a simplicidade e a valorização dos alimentos, carregando em sua história as marcas de diversas  épocas. Da herança judaica e da simplicidade das tavernas espanholas ao simbolismo natalino português, este doce é uma demonstração viva de como a culinária reflete a história, os costumes e as adaptações culturais.

dezembro 24, 2024

O QUE REALMENTE TEM VALOR NO NATAL? - José Marcos Theotonio


 

Mais um fim de ano chegou e com ele um monte de situações que parecem se repetir. As compras, os presentes, as festas, os amigos, as famílias, as comemorações, …

Mas nisso tudo, o que realmente tem valor? O que fica e que o tempo faz sedimentar?

Sim, porque há coisas que o tempo se encarrega de apagar, mas há outras que ficam para toda a vida, nas nossas mentes e nos nossos corações! E são essas as que realmente importam, as que realmente têm valor!

Por essa razão, na nossa reflexão, que também se repete todo fim de ano, escolhemos pensar no que realmente damos valor...

Natal é aniversário, mas aniversário é só presente?

O presente de verdade, o que importa, é quando estamos presentes na vida daqueles que nos valorizam!

Natal é comemoração, mas comemoração é o quê?

Comemoração, é trazer à memória, é recordar tudo que vivemos e valorizamos ao completar cada ciclo!

Natal é reunião, mas reunião é só juntar pessoas?

A verdadeira reunião, acontece quando nos unimos em torno daquilo que tem valor!

Natal é aproximação, mas do que temos que nos aproximar?

É preciso nos aproximar, trazer para perto, aqueles que têm os mesmos valores que os nossos!

Natal é reflexão, mas sobre quais coisas devemos refletir?

Temos que refletir, temos que pensar profundamente no valor de cada uma de nossas ações e escolhas!

Natal é dedicação, mas a quem devemos nos dedicar?

Saber reconhecer quem tem valor e abnegadamente nos empenharmos por eles!

Natal é simbologia, mas quais símbolos importam?

A compreensão do significado de cada coisa, é essencial para distinguirmos aquelas que são valiosas!

Natal é vida, mas o que fazer da vida?

Vida, é tudo o que você faz entre o nascimento (momento de entrada na vida) e a morte (momento de saída da vida), tendo ou não valor.

Portanto, nesse Natal e no Ano Novo que se aproxima, viva a sua vida como se não houvesse amanhã, de modo intenso e autêntico…

...em cada gesto dirigido para aqueles que são caros

...na forma que se comporta diante de cada situação

...como enxerga os problemas e as oportunidades

...sempre que tiver que fazer escolhas

...na forma de enxergar os momentos e as pessoas

...nos pensamentos e nos sentimentos dentro do seu íntimo!

Um feliz Natal e um Ano Novo de prosperidade aos clientes, amigos e parceiros.

Marcos Theotonio e Família